Modulo IV Novo Material - CPA 20
Modulo IV Novo Material - CPA 20
Modulo IV Novo Material - CPA 20
Série – 20
Módulo IV
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4. Instrumentos de Renda Variável, Renda Fixa e Derivativos...................................................... 8
4.1.6.2 Distinções entre Análise Técnica (ou Grafista) e Análise Fundamentalista ........ 18
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4.1.8 Conceitos Gerais de Práticas de Boa Governança Corporativa.................................. 20
4.2.3.1.1 Características: Tesouro Selic (Antiga LFT), Tesouro Pré Fixado (Antiga LTN),
Tesouro IPCA + Juros (Antiga NTN-B), Tesouro IPCA (Antiga NTN-B Principal) e
Tesouro Pré Fixado + Juros (Antiga NTN-F) ................................................................. 26
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4.2.3.2.1 Certificado de Depósito Bancário – CDB e Letras Financeiras – LF:
Características ............................................................................................................. 29
4.2.3.3.1.1 Escritura................................................................................................. 32
4.2.3.4 Títulos do Segmento Agrícola: Cédula de produtor Rural – CPR, Letra de Crédito
do Agronegócio – LCA e Certificado de Recebíveis do Agronegócio – CRA.
Características ................................................................................................................. 34
4.2.4 Tributação: IOF e Imposto de Renda sobre as aplicações financeiras de renda fixa
para Pessoa Física e Jurídica, exceto em Fundos de Investimento: fato gerador; alíquotas;
prazos; base de cálculo e agente responsável pelo recolhimento. .................................... 39
4.2.5 FGC – Fundo Garantidor de Crédito: produtos e serviços que possuem garantia do
FGC, limites de cobertura e operacionalização ................................................................... 43
4.3 Derivativos......................................................................................................................... 44
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4.3.1 Termo, Futuros, Swaps e Opções: Características Formais dos Derivativos .............. 45
4.3.2 Tipos de opções e representação gráfica: PUT (opção de venda) e CALL (opção de
compra). compra/venda de put, compra/venda de call. Titular e lançador. ...................... 49
4.3.3 Efeito no prêmio das opções: taxa de juros, tempo para o vencimento, volatilidade,
preço do ativo objeto e preço de exercício O prêmio da CALL é função das seguintes
variáveis: ............................................................................................................................. 56
4.3.5 Contratos futuros de balcão sem entrega física (NDF – non deliverable forward).
Conceito .............................................................................................................................. 57
4.3.6 Tributação: IOF e Imposto de Renda sobre nas operações de derivativos para Pessoa
Física e Jurídica negociadas em mercado de bolsa e de balcão: fato gerador; alíquotas;
prazos; base de cálculo e agente responsável pelo recolhimento. .................................... 58
4.4.2 Modalidades: valor nominal protegido e valor nominal em risco. Conceito ............. 60
4.4.3 Distribuição via oferta pública: Instrução CVM 569 Cap. II; Documento de
informações Essenciais Cap. III; Material Publicitário Cap. IV ............................................ 60
4.4.4 Tributação: IOF e Imposto de Renda sobre as aplicações em COE para Pessoa Física e
Jurídica: fato gerador; alíquotas; prazos; base de cálculo e agente responsável pelo
recolhimento. ...................................................................................................................... 62
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4.5.4 Sistema de Pagamento Brasileiro – SPB. Conceito e Finalidade ................................ 65
4.6.3.3 Instrução CVM 476 (art. 1º, art. 2º, art. 3º e art. 13º) (AE) ................................ 70
4.6.3.4 Ofertas públicas de aquisição de ações: instrução CVM 361 (art. 1º, art. 2°
incisos I ao IV, art. 3°) (AE) .............................................................................................. 71
4.7 Código Anbima de Regulação e Melhores Práticas para Ofertas Públicas de Distribuição e
Aquisição de Valores Mobiliários ............................................................................................ 72
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4. Instrumentos de Renda Variável, Renda Fixa e Derivativos
4.1.1 Definição
A principal característica dos títulos de renda variável é a impossibilidade de predeterminar a
rentabilidade do investimento. Como o próprio nome já define os títulos de renda variável são
voláteis e podem apresentar grandes rentabilidades em pequenos prazos ou prejuízos, ou seja,
ter uma redução do seu valor. Os principais títulos de renda variável são as ações.
Uma ação representa uma fração de capital de uma sociedade anônima. O proprietário da
ação de uma empresa torna-se seu acionista, ou seja, é um dos proprietários, portanto tem
direito a participação nos lucros proporcionalmente à quantidade de ações que possuir.
São aquelas que conferem ao acionista os direitos de um sócio comum, dentre os quais se
destacam o direito de receber dividendos e o direito de voto em assembleia, na proporção de
um voto por ação. Portanto, os acionistas que detêm ações ordinárias são aqueles que podem
decidir os rumos da empresa, já que a assembleia-geral tem poderes para decidir todos os
negócios relativos ao objeto da companhia e tomar as resoluções que julgar convenientes à
sua defesa e desenvolvimento.
São aquelas que não permitem o direito de voto, porém atribuem ao seu titular algumas
vantagens:
a) Prioridade de reembolso do capital no caso de dissolução da sociedade;
b) Prioridade no recebimento de dividendos (fixos ou mínimos).
Bônus de Subscrição
Bônus de subscrição são títulos negociáveis emitidos por sociedades por ações, que conferem
aos seus titulares, nas condições constantes do certificado, o direito de subscrever ações do
capital social da companhia, dentro do limite de capital autorizado no estatuto.
Os bônus de subscrição não se confundem com os direitos de subscrição. Estes são os direitos
que a Lei confere aos acionistas para subscrever ações ou títulos conversíveis em ações em
novas emissões. Portanto, em uma nova emissão de ações, debêntures conversíveis em ações
ou mesmo bônus de subscrição, os acionistas têm a preferência de subscrever a emissão por
um determinado período. Durante esse período, esse direito pode ser negociado, mas, ao fim
do prazo estipulado, o direito ou é exercido ou é extinto.
Você já pode ter visto algo a respeito dos American Depositary Receipt alguma vez na sua vida.
Esse termo está presente em muitos jornais e noticiários econômicos, mas você sabe o que
significa?
Para uma empresa brasileira, por exemplo, começar a ter seus ativos negociados nas grandes
bolsas de valores americanas, ela não pode simplemente disponibilizar suas ações como faz na
Bovespa.
É exatamente para isso que o sistema de ADR foi criado. Nos anos 20, os Recibos Depositários
Americanos (tradução livre de American Depositary Receipt) foram introduzidos no mercado
com o objetivo de empresas estrangeiras conseguirem participar das grandes Bolsas dos
Estados Unidos.
Os ADRs são comprados e vendidos nos mercados norte-americanos, assim como os outros
títulos regulares emitidos/financiados nos EUA, por um banco ou corretora. A diferença é que
eles são lastreados a empresas estrangeiras!
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As emissões de ADRs são classificadas em 3 níveis ou categorias, sendo que cada nível tem as
suas exigências, observe o quadro a seguir:
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paridade de preços com pares globais por meio da prestação de informações
reconhecidas internacionalmente
melhor valuation internacional ao se colocar junto a seus pares
moeda de troca opcional para possíveis fusões e aquisições
Nota: Caracteriza-se por BDR não patrocinado, o programa instituído por uma ou mais
instituições depositárias ou emissoras de certificados, sem um acordo com a companhia
emissora dos valores mobiliários objeto dos certificados de depósitos e com negociação nos
moldes do BDR Patrocinado Nível I.
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4.1.3 AGO (Assembleia Geral Ordinária) e AGE (Assembleia Geral
Extraordinária). Conceitos e atribuições.
Realizada uma vez por ano nos quatro primeiros meses após o encerramento do exercício
social e tem por objetivo o cumprimento das normas legais, tais como:
- Tomar as contas dos administradores, examinar, discutir e votar as demonstrações
financeiras;
- Deliberar sobre a destinação do lucro líquido do exercício e a distribuição de dividendos;
- Eleger os administradores e os membros do Conselho Fiscal, quando for o caso.
Normalmente utilizada para exceções e pode ser convocada para discutir e deliberar sobre
quaisquer outros assuntos de interesse social. Não tem prazo estipulado para sua realização,
nem objeto determinado.
Os acionistas têm alguns direitos essenciais os quais nem o Estatuto Social nem a Assembléia
Geral podem retirar, independentemente da espécie de ações que possuam. Resumo abaixo:
- votar, direito obtido por meio das ações ordinárias – cada ação igual a um voto;
- participar no acervo da companhia em caso de liquidação, segundo a lei das S.A, em caso de
liquidação e depois de pagos todos os credores, deve-se fazer o rateio entre os acionistas à
proporção que se forem apurando os haveres sociais;
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- retirar-se da sociedade nos casos previstos na Lei das S.A. Consiste no direito do acionista se
retirar da empresa mediante o reembolso do valor de suas ações, quando for dissidente de
deliberação de assembléia que aprovar determinadas matérias definidas na legislação. É
conferido a qualquer acionista e pode ser exercido desde que ele, num prazo de 30 dias da
publicação da ata de assembléia, for contra o que foi deliberado sobre: criação ou alterações
de ações preferenciais, redução de dividendo obrigatório, incorporação ou fusão da
companhia, participação em grupo de sociedades e mudança do objeto da companhia.
Dividendos são uma parcela do lucro apurado por uma sociedade anônima, distribuída aos
acionistas por ocasião do encerramento do exercício social, de acordo, no Brasil, com o § 2º do
art. 202 da lei das sociedades anônimas.
Pode-se então optar pelo reinvestimento automático do dividendo para comprar mais ações.
O dividendo só será distribuído após efetuados os devidos descontos em favor do Estado. No
Brasil, a lei 6.404 obriga as sociedades a distribuírem pelo menos 25% dos lucros. Os
dividendos podem ter periodicidade diversa: mensal, trimestral, semestral, anual, etc., desde
que conste no estatuto da empresa o período determinado. A Assembleia Geral Ordinária
(AGO) é quem determina a parcela a ser distribuída como dividendo, de acordo com os
interesses da empresa, através da manifestação de seus acionistas. O montante a ser
distribuído deverá ser dividido pelo número de ações emitidas pela empresa, de modo que
ações de mesma natureza tenham a mesma remuneração. Se o estatuto não definir o
percentual do lucro a ser distribuído, a empresa deverá pagar a metade do lucro líquido do
exercício.
Ganho de Capital: é o resultado obtido na venda da ação, isto é, a diferença entre o preço da
aquisição e o preço da alienação (venda).
O pagamento da remuneração aos acionistas também pode ser feito na forma de Juros sobre o
Capital Próprio - JCP, criado pela Lei 9.249 de 26/12/95.
É uma remuneração alternativa da empresa ao acionista, calculada sobre as contas do
patrimônio líquido e limitada ao valor da TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo). O efetivo
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pagamento ou crédito dos juros fica condicionado à existência de lucros, computados antes da
dedução dos juros, ou de lucros acumulados, em montante igual ou superior ao valor de duas
vezes os juros a serem pagos ou creditados.
Os JSCP pagos aos acionistas sofrem a incidência de imposto de renda na fonte pela alíquota
de 15%, e são imputados aos acionistas na conta dos dividendos obrigatórios, pelo seu valor
líquido.
Os valores pagos a títulos de juros sobre o capital próprio representam despesa financeira que
podem ser deduzidos da base de cálculo do lucro da companhia, diminuindo o valor do IR
recolhido, daí o interesse pelo seu pagamento.
4.1.4.2.3 Bonificação
4.1.4.2.4 Subscrição
É o exercício do direito, pelo acionista, em adquirir novas ações emitidas por uma companhia.
Tal aquisição é feita ao preço fixado para subscrição que, normalmente, é inferior ao preço de
mercado. Se não quiser exercer seu direito de subscrição o acionista pode negociá-lo no
mercado.
O conceito atual de acionista controlador não mais o associa apenas à pessoa, física ou
jurídica, que detém a maioria das ações com direito a voto. Por outro lado, busca-se identificar
em uma sociedade quem de fato exerce o poder de controle, seja uma pessoa ou grupo de
pessoas.
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companhia por meio de documento que formaliza o “acordo de voto” (deve ser de
conhecimento público e arquivado na sede da empresa).
É o acionista proprietário de ações de uma empresa com direito a voto sem, no entanto,
possuir o controle acionário, pois o total de suas ações não lhe garante o controle da
sociedade.
No jargão do mercado de capitais, a expressão tag along significa dar aos acionistas
minoritários, que detêm ações ordinárias (com direito a voto) de uma empresa, os mesmos
direitos ofertados aos acionistas controladores, no caso de venda ou transferência de controle.
O tag along é previsto na legislação brasileira na Lei das S.As. Ela obriga que o controlador
assegure aos acionistas minoritários o preço mínimo de 80% do valor pago por ação ou lote de
ações em caso de venda da empresa.
- relatório da administração;
- demonstrações financeiras com notas explicativas; e
- pareceres dos auditores independentes.
4.1.5.1 Definições
4.1.5.2 Distinção
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4.1.5.3 Impactos para as empresas emissoras e seus acionistas
As ofertas podem ser primárias ou secundárias. Quando a empresa vende novos títulos e os
recursos dessa venda vão para o caixa da empresa, as ofertas são chamadas de primárias. Por
outro lado, quando não envolvem a emissão de novos títulos, caracterizando apenas a venda
de ações já existentes - em geral dos sócios que querem desinvestir ou reduzir a sua
participação no negócio - e os recursos vão para os vendedores e não para o caixa da empresa,
a oferta é conhecida como secundária (block trade).
O Preço Justo de uma ação vai determinar o potencial que aquele ativo representa para o
mercado. A importância deste processo está ligada ao fato de que ele contribui diretamente
para as decisões de compra e venda dos papéis no mercado.
Abaixo os principais métodos utilizados para a determinação do preço justo de uma ação.
Certamente, em algum momento de nossas vidas já nos deparamos com situações como essa:
Essa métrica de valor fixada é popularmente adotada como referência de valor para as
empresas em geral, porém, o Mercado de Capitais apresenta inúmeros indicadores variáveis
que proporcionam melhores condições de determinar o valor das empresas que diferem do
múltiplo valor/faturamento.
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Em outras palavras, os múltiplos são valores padronizados de ativos, de maneira que se
possam comparar empresas de alguma forma entre si, tornando assim referências de mercado
para que não haja super ou sub avaliação de ativo em relação ao mercado. Existem diversos
múltiplos de mercado, dentre os mais conhecidos, temos: P/L (P= Preço e L= Lucro) e
VE/EBITDA (VE = Valor da Empresa e EBITDA, termo em inglês para LAJIDA = Lucro antes de
juros, impostos, depreciação e amortização).
O Índice Preço/Lucro (P/L) de uma ação (também chamado de “múltiplo de lucros”) é usado
para medir quão baratos ou caros os preços das ações estão.
O preço por ação (numerador) é o preço de mercado de uma ação. O lucro por ação
(denominador) é o lucro líquido da empresa mais recente do período de um ano, dividido pelo
número de ações.
Por exemplo:
Se uma ação tem índice PL de 5,00, significa que o prazo previsto para retorno do investimento
é de 5 anos. É importante verificar se a empresa costuma distribuir o lucro sob a forma de
dividendos. Se ela não distribuir, esse índice é apenas teórico.
A razão principal de calcular o índice P/L é tornar comparável para os investidores duas ou
mais ações de empresas de diferentes setores, sob a ótica do investimento mais atrativo.
O VE/EBTIDA tem o mesmo significado do índice P/L, a diferença é que o EBTIDA considera o
lucro antes dos Juros, Impostos, Depreciação e Amortização e não o lucro líquido contábil. É
um importante indicador da lucratividade das empresas. Quanto menor for esse índice, indica
que a empresa está subavaliada (pode contribuir na decisão de compra de ações).
Fluxo de caixa é um dos principais conceitos em finanças, pois o valor de um ativo está na sua
capacidade de gerar fluxos de caixa. Embora todo mundo tenha uma boa noção do que é um
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fluxo de caixa, acho importante explicar o conceito para que tenhamos uma compreensão
uniforme do termo fluxo de caixa.
Operacional: Refere-se ao fluxo de caixa gerado pelas operações de uma empresa, como por
exemplo, receitas, custos, despesas administrativas, etc. O fluxo de caixa operacional está
diretamente ligado a demonstração de resultados (DRE) e variação no capital de giro. Contudo,
lucro e fluxo de caixa são conceitos distintos. É normalmente utilizado para o cálculo do fluxo
de caixa descontado nas operações de fusões e aquisições. Considera os seguintes elementos
relevantes:
A Análise Técnica, ou Gráfica, caracteriza-se pelo conjunto de técnicas e estudos apoiados nos
movimentos históricos nos preços de mercado dos ativos financeiros. As ferramentas gráficas
e técnicas matemáticas que fazem parte desta abordagem buscam tentar prever os
movimentos futuros nas cotações de títulos e ações, pares de moedas, índices, preços de
commodities etc., negociados em mercado aberto.
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Entre os pais da Análise Técnica estão os americanos William Peter Hamilton (1867 – 1929) e
Charles Dow (1851 – 1902), um dos fundadores da Dow Jones e do Wall Street Journal. Charles
Dow formulou uma série de estudos que vieram a compor o âmago da Análise Técnica e que
ficaram conhecidos como a Teoria de Dow.
Análise Fundamentalista
A análise fundamentalista se configura com a mais tradicional das duas, sendo utilizada há
mais tempo e considerada de mais confiança entre os analistas de mercado. Ela se compõe
pelo conjunto de estudos e análises debruçados nos fundamentos macro e microeconômicos
das empresas que operam no mercado.
Para a análise fundamentalista, existe uma diferença crítica entre o valor da empresa
negociado em forma de preço de mercado, derivado das cotações de suas ações nas bolsas de
valores, e o valor verdadeiro (ou potencial) da empresa. Esse valor é referido como valor
intrínseco e reflete o verdadeiro preço da empresa a partir de suas premissas operacionais,
indicadores macroeconômicos e expectativas de crescimento.
Podem ocorrer mais dois eventos importantes neste processo, o desdobramento (conhecido
como Split) ou o grupamento (conhecido como inplit). Veremos adiante suas definições e o
impacto sobre os preços e quantidade de ações do investidor.
Desdobramento (Split): aumento da quantidade de ações de uma empresa, sem que haja
alteração na participação dos sócios. As empresas fazem este procedimento com o intuito de
melhorar a liquidez de suas ações.
Grupamento: redução da quantidade de ações de uma empresa, sem que haja alteração na
participação dos sócios.
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4.1.8 Conceitos Gerais de Práticas de Boa Governança Corporativa
IBGC – Instituto Brasileiro de Governança Corporativa, primeiro órgão criado no Brasil com
foco específico em Governança Corporativa - faz revisões do Código Brasileiro das melhores
Práticas de Governança Corporativa.
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Ações à Vista
Fato Gerador
- Os ganhos auferidos por qualquer beneficiário, inclusive pessoa jurídica isenta, em operações
realizadas nas Bolsas de Valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas, exceto day trade.
Alíquotas
As perdas incorridas nas operações do mercado à vista, opções, futuros e a termo, poderão ser
compensadas com os ganhos líquidos auferidos, no próprio mês ou nos meses subsequentes,
inclusive nos anos calendário seguintes, em outras operações realizadas em qualquer das
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modalidades operacionais previstas, exceto no caso de perdas em operações de day trade,
que somente serão compensadas com ganhos auferidos em operações da mesma espécie.
O próprio investidor recolhe seus impostos via DARF quando o assunto é mercado de ações.
Este recolhimento é efetuado até o último dia útil do mês posterior à venda.
OBSERVAÇÕES:
1) Não será considerado o valor ou quantidade de estoque do ativo existente em data anterior
a da operação de day trade.
2) Na apuração do resultado da operação serão considerados, pela ordem, o primeiro negócio
de compra com o primeiro negócio de venda, ou o primeiro negócio de venda com o primeiro
negócio de compra, sucessivamente.
3) Será admitida a compensação de perdas incorridas em operações day trade realizadas no
mesmo dia.
4) O investidor, na apuração dos ganhos líquidos auferidos no mês, somente poderá
compensar as perdas incorridas em operações day trade com os resultados positivos obtidos
em operações de mesma espécie (day trade) realizadas no mês.
5) O resultado mensal da compensação de que trata o item anterior:
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a) se positivo, integrará a base de cálculo mensal do imposto sobre a renda incidente sobre os
ganhos líquidos;
b) se negativo, poderá ser compensado com os resultados positivos de operações day trade
apurados nos meses subsequentes.
6) Ao término do ano-calendário, à pessoa física ou à pessoa jurídica isenta ou optante pelo
Simples Nacional, que possua saldo de imposto sobre a renda retido na fonte sobre operações
day trade que não tenha sido compensado na forma do item anterior, fica facultado o pedido
de restituição desse saldo na forma prevista na legislação.
4.2.1 Definição
Os títulos de renda fixa ao contrário dos de renda variável mensuram sua rentabilidade, por
meio de prefixação ou indexado a um determinado índice de reajuste.
Os Instrumentos de renda fixa são títulos representativos de emissão de dívida que permitem
aos seus emissores captar recursos junto ao mercado, ou seja, são papéis que representam
uma confissão de dívida com data pré-determinada para pagamento. Os principais papéis de
renda fixa são os títulos públicos federais e os privados (CDB, LH, nota promissória,
debêntures, etc.).
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4.2.2.3 Formas de Amortização e Pagamento de Juros:
Em alguns títulos de taxa pós-fixada pode existir o pagamento intermediário de juros, o
denominado cupom, caso, por exemplo, do Tesouro IPCA (antiga NTN-B, corrigida pelo IPCA e
do Tesouro Pré Fixado com Juros (antiga NTF-F, corrigidas por taxa pré fixada).Também são
emitidos títulos sem juros ou puros, conhecidos como “zero cupom”.
Alguns títulos são corrigidos pela variação de um determinado indexador, por exemplo, o IGP-
M e o Câmbio, os mais comuns. Além do indexador há uma taxa de juros prefixada,
denominada de cupom.
Esse cupom existe para que o fluxo financeiro do título seja ajustado ao custo de oportunidade
do mercado, sendo utilizado para balizar todas as cotações. A taxa de juros mais utilizada
como referência é o CDI.
- Covenant: Covenants são itens dos contratos dos empréstimos e financiamentos, criados
para proteger o interesse do credor. Estes itens estabelecem condições que não podem ser
descumpridas; caso isto ocorra, o credor poderá exigir o vencimento antecipado da dívida.
Para quem está emprestando, os covenants reduzem o risco de não pagamento da dívida; para
quem está captando o recurso, uma dívida com covenants geralmente possui uma taxa de
juros menor. Estas cláusulas contratuais podem variar caso a caso, como por exemplo:
A principal finalidade das cláusulas de cross default é a proteção do credor contra terceiros
potencialmente na sua mesma condição. Por exemplo, caso ocorra uma situação de quebra de
covenants, existirá uma situação de default, e o montante devido pela empresa emissora
poderá vir a tornar-se vencido antecipadamente.
Os Títulos Públicos são emitidos pelo Governo Federal com o objetivo de captar recursos para
o financiamento da dívida pública e das atividades governamentais (educação, saúde etc).
Ao comprar um título público, você empresta dinheiro para o governo brasileiro em troca do
direito de receber no futuro uma remuneração por este empréstimo, ou seja, você receberá o
que emprestou mais os juros sobre esse empréstimo.
O órgão responsável pela emissão e controle dos títulos, e pela administração da dívida
mobiliária federal, é a Secretaria do Tesouro Nacional.
Há uma grande variedade de títulos públicos, cada um com características próprias em termos
de prazos (vencimentos) e rentabilidade.
Os títulos públicos são resgatados em data predeterminada por um valor específico, atualizado
ou não, por indicadores de mercado, como, por exemplo, índices de preços.
4.2.3.1.1 Características: Tesouro Selic (Antiga LFT), Tesouro Pré Fixado (Antiga
LTN), Tesouro IPCA + Juros (Antiga NTN-B), Tesouro IPCA (Antiga NTN-B
Principal) e Tesouro Pré Fixado + Juros (Antiga NTN-F)
Título com rentabilidade diária vinculada à taxa de juros básica da economia (taxa média das
operações diárias com títulos públicos registrados no sistema SELIC, ou, simplesmente, taxa
SELIC).
- Prazo: definido pelo Ministro de Estado da Fazenda, quando da emissão do título;
- Modalidades: nominativa, escritural e negociável;
- Valor Nominal (de emissão): R$ 1.000,00 (mil reais);
- Rendimento: taxa média ajustada dos financiamentos diários apurados no Sistema Especial
de Liquidação e de Custódia - SELIC para títulos públicos federais, divulgada pelo Banco Central
do Brasil, calculada sobre o valor nominal;
- Resgate: pelo valor nominal, acrescido do respectivo rendimento, desde a data-base do
título.
- Forma de pagamento: No vencimento
Tesouro IPCA + Juros (Antiga NTN - B – Nota do Tesouro Nacional - Série B.)
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- Modalidade: nominativa, escritural e negociável.
- Valor nominal na data-base (emissão): múltiplo de R$ 1.000,00;
- Atualização do valor nominal: pela variação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA),
desde a data-base do título;
- Pagamento de juros: semestralmente. O primeiro cupom de juros a ser pago contemplará a
taxa integral definida para seis meses, independentemente da data de emissão do título.
- Resgate do principal: em parcela única, na data do seu vencimento;
Os leilões de títulos públicos são realizados por meio de processos competitivos. Podem
participar diretamente dos leilões, apresentando propostas, as instituições regularmente
habilitadas no sistema eletrônico disponibilizado pelo Banco Central. As demais pessoas
jurídicas e as pessoas físicas podem participar das ofertas públicas apenas por intermédio das
referidas instituições.
O Tesouro Nacional emite títulos da dívida pública no mercado primário, por meio de ofertas
públicas competitivas, na modalidade de leilões. Uma vez emitidos, os títulos podem ser
livremente negociados entre as partes, formando assim o mercado secundário de títulos
públicos.
Concebido em 2002, esse Programa surgiu com o objetivo de democratizar o acesso aos títulos
públicos, ao permitir aplicações com apenas R$ 30,00. Antes do Tesouro Direto, o
investimento em títulos públicos por pessoas físicas era possível somente indiretamente, por
meio de fundos de renda fixa que, por cobrarem elevadas taxas de administração,
especialmente em aplicações de baixo valor, reduziam a atratividade desse tipo de
investimento.
Além de acessível e de apresentar opções de investimento que se encaixam aos seus objetivos
financeiros, o Tesouro Direto oferece boa rentabilidade e liquidez diária, mesmo sendo a
aplicação de menor risco do mercado.
Representa, portanto, uma excelente oportunidade para você realizar seu planejamento
financeiro sem complicação.
No Tesouro Direto, o próprio investidor gerencia seus investimentos, que podem ser de curto,
médio ou longo prazo.
Os títulos poderão ser resgatados antes do vencimento pelo seu valor de mercado, uma vez
que o Tesouro Nacional garante a recompra do título diariamente. Caso o investidor não
queira gerenciar seus investimentos, ele poderá autorizar uma das instituições financeiras
habilitadas a operar no Tesouro Direto (Agentes de Custódia) para efetuar compras e vendas
dos títulos públicos.
Prazos de liquidação
A sigla CDB significa Certificado de Depósito Bancário. São títulos nominativos de renda fixa e o
rendimento pode ser prefixado ou pós-fixado. Faz parte da modalidade de depósito a prazo,
ou seja, é um título de renda fixa emitido pelos bancos em que a remuneração e o prazo são
negociados no momento da aplicação. Funciona como um depósito que permite receber o seu
dinheiro mais o juro ao final do prazo predeterminado.
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- Formas de remuneração e prazos
O rendimento prefixado é aquele onde é possível saber quanto vai render o seu investimento
até o vencimento do título, pois o percentual de remuneração (taxa de juros) é definido no
momento da aplicação.
O CDB prefixado é ideal para quem deseja saber antecipadamente a remuneração, que leva
em consideração o valor que foi aplicado e o prazo de vencimento do investimento.
Já no rendimento pós-fixado, a remuneração é conhecida posteriormente à aplicação, de
acordo com a variação do indexador do produto e, ainda, o percentual contratado no
momento da aplicação.
- Formas de resgate
Tendo em vista que o CDB é um Depósito a Prazo, existe uma data marcada para que ocorra o
resgate do valor investido. Nessa data, ocorre o crédito em conta corrente do cliente do valor
aplicado acrescido da remuneração que tenha sido contratada (menos os impostos devidos).
Caso o cliente necessite dos recursos antes do vencimento do papel, pode solicitar o resgate
dentro das condições fixadas pela instituição emissora do título.
Letras Financeiras
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A debênture é um valor mobiliário emitido por sociedades anônimas, representativo de dívida,
que assegura a seus detentores o direito de crédito contra a companhia emissora.
Os recursos captados pela empresa por meio da distribuição de debêntures podem ter
diferentes usos: investimentos em novas instalações, alongamento do perfil das dívidas,
financiamento de capital de giro etc.
Ao disponibilizar seus recursos para serem utilizados pela empresa, o comprador (ou
debenturista, debenturista proprietário, titular de debênture, como é chamado) faz jus a uma
remuneração.
Desta forma, a debênture é um título de crédito privado em que os debenturistas são credores
da empresa e esperam receber juros periódicos e pagamento do principal - correspondente ao
valor unitário da debênture - no vencimento do título ou mediante amortizações nas quais se
paga parte do principal antes do vencimento, conforme estipulado em um contrato específico
chamado "Escritura de Emissão".
Conversíveis: são aquelas que podem ser trocadas por ações da companhia emissora. As
condições de conversibilidade devem estar explícitas na escritura de emissão das debêntures,
a qual conterá as bases da conversão, a espécie e classe das ações em que a debênture poderá
ser convertida e o prazo ou época para o exercício do direito à conversão.
II - uma das seguintes remunerações básicas, ajustada, para mais ou para menos, por taxa fixa:
a) Taxa Referencial - TR ou Taxa de Juros de Longo Prazo - TJLP, observado o prazo mínimo de
um mês para vencimento ou período de repactuação;
b) Taxa Básica Financeira - TBF, observado o prazo mínimo de dois meses para vencimento ou
período de repactuação;
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c) Taxas flutuantes, observado que a taxa utilizada como referencial deve:
- basear-se em operações contratadas a taxas de mercado prefixadas, com prazo não inferior
ao período de reajuste estipulado contratualmente.
Na emissão de debêntures com cláusula de correção monetária com base em índice de preços,
deve ser atendido o prazo mínimo de um ano para vencimento ou repactuação.
O prêmio das debêntures não pode ter como base a TR, a TBF, a TJLP, o índice de preços, a
variação da taxa cambial ou qualquer outro referencial baseado em taxa de juros. No entanto
se admite que o prêmio das debêntures tenha como base a variação da receita ou do lucro da
companhia emissora.
4.2.3.3.1.1 Escritura
É o documento em que estão descritas as condições sob as quais a debênture será emitida,
tais como direitos conferidos pelos títulos, deveres da emissora, montante da emissão e
quantidade de títulos, datas de emissão e vencimento, condições de amortização e
remuneração, juros, prêmio etc.
4.2.3.3.1.2. Registros
A debênture, quando da sua emissão, deverá ser registrada na CVM (Comissão de Valores
Mobiliários) e, por ser emissão escritural, também na CETIP/SND (Sistema Nacional de
Debêntures) onde são efetuados os controles de transferências e as liquidações financeiras das
operações.
32
4.2.3.3.1.4. Cláusulas de resgate e vencimento antecipado e covenants:
Garantia Real - envolvendo o comprometimento de bens ou direitos que não poderão ser
negociados sem a aprovação dos debenturistas, para que a garantia não fique comprometida.
Garantia Flutuante - assegura privilégio geral sobre o ativo da emissora, mas não impede a
negociação dos bens que compõe esse ativo.
Existem dois tipos de emissões sem garantia: as Quirografárias (debênture sem privilégio) e as
Subordinadas. Em ambos os casos, o debenturista não terá nenhuma garantia ou preferência
no caso de liquidação da companhia.
- A Companhia emissora;
- O agente fiduciário;
- A CVM; e
- Os debênturistas.
Obs.: a legislação não permite que instituições financeiras emitam Notas Promissórias.
Registro
Quando de sua emissão a Nota Promissória Comercial deverá ser registrada na CETIP, ou em
outro sistema de custódia e de liquidação autorizado pelo BACEN.
É uma promessa de entrega futura de produtos rurais (CPR de Produtos). Por meio desse
instrumento, seus emitentes — produtores rurais, suas associações e cooperativas — recebem
pagamento à vista relativo à venda de mercadorias.
34
Certificado de recebíveis do agronegócio – CRA
Garantias: CRA não está coberto pelo Fundo Garantidor de Crédito – FGC
Tributação: os rendimentos são isentos de IR, quando a CRA for emitida em favor de pessoa
física.
A LCA é um título emitido por uma instituição financeira. É utilizado para captar recursos para
participantes da cadeia do agronegócio. Criados pela Lei nº 11.076, esses papéis tem como um
de seus atrativos o fato de que os investidores pessoas físicas têm seus rendimentos isentos de
Imposto de Renda. Outro diferencial é o fato de as LCAs emitidas a partir de 23 de maio de
2013 terem cobertura do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) até o limite estabelecido pelo
Fundo para recursos numa mesma instituição. O prazo mínimo varia de acordo com o
indexador que possui.
IV - o valor nominal;
Securitizar é transformar direitos creditórios - como os provenientes das vendas a prazo nas
atividades comerciais, financeiras ou prestação de serviços - em títulos negociáveis no
mercado. O Certificado de Recebível Imobiliário, assim, é uma securitização de direitos
creditórios originados nos financiamentos imobiliários.
O CRI é emitido a partir de um Termo de Securitização, documento com valor legal, assentado
no Registro de Imóveis e na CVM, onde estão listados os créditos imobiliários que servem de
lastro para a emissão do certificado.
a) não podem ser emitidos com cláusula de correção monetária com base na variação da taxa
cambial;
36
b) podem ser ajustados mensalmente por índices de preços setoriais ou gerais ou pelo índice
de remuneração básica dos depósitos de poupança, se emitidos com prazo de vencimento
mínimo de 36 meses.
Aspectos tributários: isenção de Imposto de renda sobre sua remuneração, para investidores
pessoa física.
LCI é um dos instrumentos de Renda Fixa mais procurados pelo investidor pessoa física e que
mais cresceram nos últimos anos, por conta de sua isenção de Imposto de Renda para esse
público. Representa uma fonte de recursos para o setor imobiliário, pois possui como lastro
créditos imobiliários.
Ao optar pela LCI, o investidor assume o risco primário do emissor. Conta ainda com a
segurança adicional de que está vinculado à carteira da de crédito imobiliário da instituição
financeira. Outro diferencial é o fato de ser é elegível à cobertura do Fundo Garantidor de
Crédito (FGC).
A LCI será emitida sob a forma nominativa, podendo ser transferível mediante endosso em
preto, e conterá:
VI - os juros, fixos ou flutuantes, que poderão ser renegociáveis, a critério das partes;
Obs.: A LCI não poderá ter prazo de vencimento superior ao prazo de quaisquer dos créditos
imobiliários que lhe servem de lastro.
No mercado de títulos de renda fixa, operações compromissadas são operações de compra (ou
venda) de títulos com compromisso de revenda (ou recompra) dos mesmos títulos em uma
data futura, anterior ou igual à data de vencimento dos títulos.
Os bancos compram e mantém títulos em suas carteiras. Eles podem propor vender esse título
a você, com o compromisso de recomprá-lo daqui a um determinado período de tempo. É
como se o banco estivesse pedindo dinheiro emprestado a você e dando como garantia um
título de sua carteira. Dessa maneira, o banco não se desfaz do título, e você não possui de
fato esse título, pois ele pertence ao banco. Se a negociação fosse definitiva, o banco venderia
o título a você sem o compromisso de recomprá-lo.
Nas operações compromissadas, pelo menos uma das partes contratantes deve ser banco
múltiplo, banco comercial, banco de investimento, banco de desenvolvimento, sociedade de
crédito, financiamento e investimento, sociedade corretora de títulos e valores mobiliários,
sociedade distribuidora de títulos e valores mobiliários ou a Caixa Econômica Federal,
habilitado para a realização dessas operações.
As operações compromissadas são usadas quando uma instituição financeira pode estar
precisando temporariamente de dinheiro, mas não quer se desfazer de parte dos seus títulos.
Então ela “vende” parte deles para outra entidade com o compromisso de recomprá-los numa
data futura, em troca do pagamento de juros.
A caderneta de poupança é um dos investimentos mais populares do país, que conta com
simplicidade e baixo risco. Além disso, é garantida pelo governo e suas regras de
funcionamento são reguladas pelo Banco Central.
Funcionamento: uma única conta engloba até 28 subcontas, exceto para pessoa jurídica com
fins lucrativos que terá uma única data de aniversário.
Obs.: Contas abertas nos dias 29, 30 e 31, terão como data de aniversário o dia primeiro do
mês seguinte.
38
Rentabilidade: variação da TR (taxa referencial) + 0,5% ao mês quando a Selic superior a 8,5%
ao ano. Os rendimentos gerados são creditados mensalmente nas contas de pessoas físicas e
jurídicas imunes e trimestralmente para pessoas jurídicas. Quando a SELIC for igual ou inferior
a 8,5% ao ano a remuneração será de 70% da Selic + TR.
Resgates: podem ser efetuados a qualquer momento, mas o rendimento só incidirá sobre o
saldo que no dia do aniversário estiver na conta há pelo menos 30 dias.
Garantias: possui a garantia do FGC (Fundo Garantidor de Crédito) para minimizar o risco de
crédito contra a instituição financeira que for associada ao fundo. Será garantido até o valor de
R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais) por CPF ou CNPJ.
Aspecto tributário para pessoa física: a remuneração é isenta de Imposto de Renda para
pessoas físicas e condomínios de edifícios residenciais ou comerciais.
Aspecto tributário para pessoa jurídica: devido ao pagamento dos rendimentos trimestrais a
alíquota será de 22,5% (vinte e dois e meio por cento), retido na fonte.
Fato Gerador
O IOF será cobrado à alíquota de 1% (um por cento) ao dia sobre o valor do resgate, cessão ou
repactuação, limitado ao rendimento da operação, em função do prazo, conforme tabela
constante do anexo I, para:
I – às operações realizadas no mercado de renda fixa;
II - o resgate de cotas de fundos de investimento e de clubes de investimento (com carteira
com menos de 67% em ativos de renda variável).
39
- O IOF será cobrado à alíquota de 0,5% (zero vírgula cinco por cento) ao dia sobre o valor de
resgate de quotas de fundos de investimento, constituídos sob qualquer forma, na hipótese de
o investidor resgatar cotas antes de completado o prazo de carência para crédito dos
rendimentos.
- Ficam sujeitas à alíquota 0% (zero) as operações:
I - de titularidade das instituições financeiras e das demais instituições autorizadas a funcionar
pelo Banco Central do Brasil, excluída a administradora de consórcio;
II - das carteiras dos fundos de investimento e dos clubes de investimento;
III - do mercado de renda variável, inclusive as realizadas em Bolsas de Valores, de
mercadorias, de futuros e entidades assemelhadas;
IV - de resgate de cotas dos fundos e clubes de investimento em ações, assim considerados
pela legislação do imposto de renda (carteiras com no mínimo 67% em ativos de renda
variável).
V - com Certificado de Direitos Creditórios do Agronegócio - CDCA, com Letra de Crédito do
Agronegócio - LCA e com Certificado de Recebíveis do Agronegócio – CRA;
VI - com Debêntures de que trata o art. 52 da Lei nº 6.404, com Certificados de Recebíveis
Imobiliários – CRI, de que trata o art. 6º da Lei nº 9.514, e com Letras Financeiras – LF.
Isenção do IOF
- negociações com Cédula de Produto Rural - CPR realizadas nos mercados de Bolsas e de
Balcão;
- de negociações com Certificado de Depósito Agropecuário - CDA e com Warrant
Agropecuário – WA.
Base de Cálculo
40
Imposto de Renda sobre as aplicações financeiras de Renda Fixa para Pessoa
Física, exceto em Fundos de Investimento
Fato gerador
Alíquotas
Prazo de
Modalidade Alíquotas Retenção
Permanência
até 180 dias 22,50%
Aplicações de Renda Imposto
de 181 a 360 dias 20,00%
Fixa de renda
de 361 a 720 dias 17,50% na fonte
acima de 720 dias 15,00%
41
Base de cálculo
Diferença positiva entre o valor de alienação e o valor da aplicação , líquido do IOF, no
caso de títulos e operações de renda fixa;
Para Pessoa Jurídica o raciocínio é o mesmo e a tabela também é a mesma, com exceção das
regras de isenção e não incidência, não aplicáveis para este público.
Prazo de
Modalidade Alíquotas Retenção
Permanência
até 180 dias 22,50%
Aplicações de Renda Imposto
de 181 a 360 dias 20,00%
Fixa de renda
de 361 a 720 dias 17,50% na fonte
acima de 720 dias 15,00%
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4.2.5 FGC – Fundo Garantidor de Crédito: produtos e serviços que possuem
garantia do FGC, limites de cobertura e operacionalização
- Depósitos de poupança
- Letras de câmbio
- Letras imobiliárias
- Letras hipotecárias
43
O total de créditos de cada pessoa contra a mesma
instituição associada, ou contra todas as instituições
Limite de Garantia associadas do mesmo conglomerado financeiro, será
garantido até o valor de R$ 250.000,00 (duzentos e
cinquenta mil reais).
4.3 Derivativos
Derivativos são contratos que derivam a maior parte de seu valor de um ativo subjacente, taxa
de referência ou índice. O ativo subjacente pode ser físico (café, ouro, etc.) ou financeiro
(ações, taxas de juros, etc.), negociado no mercado à vista ou não (é possível construir um
derivativo sobre outro derivativo). Os derivativos podem classificados em contratos a termo,
contratos futuros, opções de compra e venda, operações de swaps, entre outros, cada qual
com suas características.
44
Os derivativos são tidos como instrumentos Financeiros que transferem riscos.
Mercado à termo está relacionado com futuro. Uma operação a termo consiste em uma
compra ou venda de uma determinada quantidade de ações, a um preço pré-estabelecido,
com uma prazo determinado de liquidação. Essas condições são livremente acordadas entre os
investidores, tendo que, obrigatoriamente, ter um prazo mínimo de 16 dias e um prazo
máximo de 999 dias corridos. O preço negociado será o valor da ação mais um valor de juros,
acordado livremente entre as partes negociantes, sempre em função do prazo do contrato.
O contrato a termo é muito parecido com um contrato futuro, com algumas diferenças. No
contrato a termo, há um acordo bilateral, que não pode ser transferidos à terceiros. Um
contrato futuro é totalmente padronizado, podendo ser negociado livremente no mercado,
encerrando a posição. No contrato a termo, se qualquer uma das partes quiser encerrar o
contrato antecipadamente, a outra parte deverá aceitar. Além disso, não há ajustes diários de
posição para o contrato a termo, sendo o resultado financeiro apurado na data de liquidação
do contrato. A operação a termo é realizada em leilão, com uma operação muito parecida com
o mercado à vista.
45
- São negociações realizadas fora de Bolsa, geralmente em mercado de Balcão (maioria);
- Baixa liquidez;
Exemplo: Vamos analisar como é negociada uma operação de compra de ações no mercado
a termo.
Empresa: XPTO
Juros: R$ 300,00
Importante: Neste caso, no vencimento do contrato (30 dias), supomos que, se a cotação
estiver R$ 21,00, o investidor pagará R$ 20,30, que significa o preço contratado no início da
operação a termo. O mesmo ocorre se a cotação estiver a R$ 22,00, pagará o preço contratado
de R$ 20,30. O objetivo principal da operação foi buscar a proteção de preço.
46
Contratos Futuros
Os contratos futuros surgiram muito antes das negociações de ações, ainda no século XII,
como uma necessidade da administração de risco, principalmente no setor agrícola. Um
produtor agrícola normalmente fica exposto ao risco de variação do preço do seu produto até
a colheita, isso porque os preços de produtos agrícolas variam em função de efeitos que
podem prejudicar ou favorecer a colheita, incluindo-se aí também a própria sazonalidade dos
períodos de safra e entressafra. Tal variação pode ser significativamente grande a ponto de dar
lucros absurdos ou enormes prejuízos para o produtor.
* Preço: Livremente acordado entre as partes, entre um intervalo de preço permitido pela
bolsa.
* Margem de garantia: depósito que deverá ser efetuado, por ambas as partes (comprador e
vendedor) e pode ser em: dinheiro, carta de fiança, títulos públicos ou privados.
Contrato de SWAP
Podemos definir swap como um contrato de derivativo por meio do qual as partes pactuam
uma troca de fluxos de caixa relativos a uma operação em um determinado período futuro
sem que haja troca do principal.
Os swaps podem ser realizados sobre taxas de juros, indexadores, moedas, commodities, ou
outros ativos e derivativos.
As operações com "swap", no entanto, não se restringem a troca de juros. São também usuais
"swaps" de:
O principal motivo para a realização de um Swap está associado à gestão de risco. Por meio do
swap é possível minimizar o grau de exposição a riscos de mercado, compatibilizando os
prazos, as moedas e os indexadores dos ativos e passivos.
48
- Alterar a moeda de um fluxo de rendimento de um ativo;
Em resumo Opções são contratos nos quais uma das partes tem só o DIREITO (comprador ou
titular) e a outra parte tem só a OBRIGAÇÃO (vendedor ou lançador).
- Lançador: é o vendedor da opção, ou seja, aquele que cede o direito ao titular, devendo
comprar ou vender o ativo ao titular, se este o desejar;
- Tipos de opções: Opção de Compra (CALL): compreende o direito de comprar o ativo por um
determinado preço, se assim desejar o investidor. Opção de Venda (PUT): é o direito de vender
o ativo por um determinado preço, se assim desejar o investidor.
49
- Prêmio: corresponde ao preço de negociação da opção definido pelo mercado, ou seja, é o
preço que o titular paga pela opção ao lançador. O prêmio é pago no ato da negociação sem
direito a devolução, caso não haja exercício;
- Preço de Exercício (strike price): refere-se ao valor futuro pelo qual o ativo será negociado,
ou o preço pelo qual o titular pode exercer o seu direito;
- Data de Vencimento: corresponde ao dia em que a posição pode ser exercida ou que cessam
os direitos do titular de exercer sua opção;
- Valor Intrínseco: é a diferença entre o valor atual do ativo-objeto que está sendo negociado
no mercado a vista e o preço de exercício da opção, sendo uma medida intuitiva do seu valor;
- Séries de uma Opção: quando há lançamento de opções, as Bolsas o fazem por séries que
compreendem a fixação do preço de exercício para uma mesma data, sendo cada série
identificada por um código que identifica se a opção é de venda ou de compra e o mês de
vencimento;
- Opção Americana: quando permite o exercício do direito em qualquer dia, até o dia do
vencimento.
Alguns cenários possíveis e representações gráficas deste mercado e que poderão ser
cobrados em sua prova
Exemplo 1: Um investidor pagou R$ 5,00 de prêmio por uma opção de compra a R$ 50,00. No
dia do exercício, o valor da mesma ação no mercado a vista era de R$ 60,00. A opção deve ser
exercida?
Resposta: Sim, pois ele pode comprar a R$ 50,00, abaixo do preço no mercado a vista.
50
E qual o ganho com a operação, dado que ele vendeu as ações?
Resposta:
Exemplo 2: Um investidor pagou R$ 5,00 de prêmio por uma opção de compra a R$ 50,00. No
dia do exercício, o valor da mesma ação no mercado a vista era de R$ 40,00. A opção deve ser
exercida?
Resposta: Não, pois o investidor pode comprar o ativo por R$ 40,00, mais barato do que os R$
50,00. Não exercendo seu direito, o investidor estará assumindo um prejuízo em R$ 5,00
(prêmio). Portanto, o titular só vai exercer uma opção no ponto em que a operação passe a dar
retorno.
Suponha que o comprador da opção paga um prêmio de R$ 2,00 e, com isso, adquire o direito
de comprar uma ação por R$ 100,00.
51
O gráfico mostra que:
- Se o preço da ação na data do exercício for menor que R$ 100,00, o titular não exercerá e
perderá R$ 2,00 correspondentes ao valor do prêmio.
- Se o preço da ação estiver acima de R$ 102,00, o titular exercerá e terá ganhado líquido.
Portanto, o ganho do vendedor está limitado ao prêmio que recebeu pela venda da opção de
compra, sendo que esse ganho vai diminuindo à medida que há o exercício da opção pelo
titular. O prejuízo do vendedor vai aumentando à medida que o preço do ativo aumenta.
Suponha que o lançador da opção receba um prêmio de R$ 2,00 e, com isso, assume a
obrigação (se exercido) de vender a ação por R$ 100,00 ao comprador da opção.
52
O gráfico mostra que:
- Se o preço da ação na data do exercício for menor que R$ 100,00, o lançador ganhará R$ 2,00
correspondentes ao valor do prêmio. Lucro limitado ao prêmio.
- Se o preço da ação estiver entre R$ 100,00 e R$ 102,00, o ganho irá diminuir a medida que
cresce o preço de mercado e se anulará quando atingir os R$ 102,00.
- Se o preço da ação estiver acima dos R$ 102,00, o lançador terá perdas crescentes.
O titular de uma opção de venda somente exercerá seu direito enquanto o preço de
exercício for maior que o preço do ativo-objeto. Comprar uma opção de venda permite
garantir um preço mínimo para vender o ativo caso este se desvalorize. Pode ser considerada
uma estratégia de hedge eficaz.
Suponha que o titular da opção paga um prêmio de R$ 2,00 e, com isso, tem o direito de
vender uma ação por R$ 100,00.
53
O gráfico mostra que:
- Se o preço da ação, na data de exercício, for superior a R$ 100,00, o titular não exercerá e
perderá R$ 2,00 correspondentes ao valor do prêmio pago.
- Se o preço da ação estiver entre R$ 98,00 e R$ 100,00, o titular exercerá e reduzirá o prejuízo.
- Se o preço da ação for inferior a R$ 98,00, o titular exercerá e seu ganho será crescente a
medida que o preço cai.
Se o preço do ativo subir, o investidor perderá. Nesse caso o lançador de uma opção de venda
ficará com o prêmio se a opção for exercida.
Portanto, conclui-se que após o exercício da opção por parte do titular da opção de venda, o
ganho do lançador fica limitado. Nos pontos em que o preço de mercado seja superior ao
preço de exercício, o investidor estará sempre elevando seu retorno.
Suponha que o lançador da opção receba um prêmio de R$ 2,00 e, com isso, assume a
obrigação de comprar (se exercido) a ação por R$ 100,00 do titular da opção.
54
O gráfico mostra que:
- Se o preço da ação, na data do exercício, for menor que R$ 98,00, o lançador terá perdas,
pois será exercido.
- Se o preço da ação estiver entre R$ 98,00 e R$ 100,00, o ganho irá diminuir a medida que cai
o preço da ação e se anulará quando atingir os R$ 98,00.
No quadro abaixo, podemos observar a relação que existe entre o preço de exercício da opção
e o preço do ativo-objeto.
55
No dinheiro = At the Money
4.3.3 Efeito no prêmio das opções: taxa de juros, tempo para o vencimento,
volatilidade, preço do ativo objeto e preço de exercício O prêmio da CALL é
função das seguintes variáveis:
- Preço à vista: quanto maior, maior o prêmio;
56
4.3.4. Estratégias de proteção, alavancagem e posicionamento
Proteção ou Hedge: A busca de hedge, ou proteção contra oscilações inesperadas nos preços,
é uma prática antiga. Ela começou em meados do século XIX no mercado de commodities
agrícolas de Chicago. Agricultores e pecuaristas que traziam seus produtos à cidade para
vender queriam reduzir o risco de quedas súbitas nas cotações. Se muita gente levasse sua
produção ao mercado no mesmo dia, a oferta seria muito superior à demanda e os preços
desabariam. Para evitar esse risco, compradores e vendedores passaram a negociar os preços
antes da entrega. Essa foi a origem das operações a termo. Posteriormente, essas operações
foram aperfeiçoadas e deram origem aos modernos derivativos, hoje comuns no mercado
financeiro. Funciona como um ”seguro de preço”.
O especulador pode manter posições em aberto de um dia para o outro, por períodos mais ou
menos longos, como pode, também, fazer uma aposta direcional de preços ao longo de um
mesmo dia, realizando uma compra e uma venda não simultâneas para o mesmo vencimento,
na mesma sessão de negociação, executando o chamado day-trade. Ao final daquele dia, seu
resultado será a diferença apurada entre preço de venda e preço de compra.
4.3.5 Contratos futuros de balcão sem entrega física (NDF – non deliverable
forward). Conceito
O Contrato a Termo de Moeda sem entrega física é uma operação de compra ou venda
de moeda estrangeira, em data futura, por paridade predeterminada.
A liquidação financeira se dá pela diferença entre esta paridade e a cotação de
referência na data do vencimento. A operação permite proteção contra oscilações de
moeda, sendo adequada principalmente para empresas exportadoras, importadoras e
companhias com ativos e/ou passivos em moeda estrangeira.
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Principais características:
- Liquidação no vencimento.
- Uso de garantias.
Alíquotas
Prazo de
Modalidade Alíquotas Retenção
Permanência
até 180 dias 22,50%
Aplicações de Renda Imposto
de 181 a 360 dias 20,00%
Fixa de renda
de 361 a 720 dias 17,50% na fonte
acima de 720 dias 15,00%
OBSERVAÇÕES:
58
2) Para efeito de apuração e pagamento do imposto mensal sobre os ganhos líquidos, as
perdas incorridas em operações de swap poderão ser compensadas somente com operações
de swap.
3) Poderão ser considerados como custo da operação os valores pagos a título de cobertura
(prêmio) contra eventuais perdas incorridas em operações de swap.
4) Quando a operação de swap tiver por objeto taxa baseada na remuneração dos depósitos
de poupança, esta remuneração será adicionada à base de cálculo do imposto, ficando o valor
do mesmo limitado ao rendimento auferido na liquidação da operação de swap.
Agente Responsável pelo Recolhimento: O imposto será retido pela pessoa jurídica que
efetuar o pagamento do rendimento, na data da liquidação ou cessão do respectivo contrato.
Este instrumento foi criado pela Lei 12.249/10, mesma que instituiu as Letras Financeiras, mas
foi regulamentado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) do Banco Central no segundo
semestre de 2013. Representa uma alternativa de captação de recursos para os bancos.
O COE é um título parecido com as Notas Estruturadas, muito populares nos Estados Unidos e
na Europa. Em uma só aplicação, o COE proporciona diversificação e acesso a novos mercados.
Para você, fica mais fácil acompanhar o desempenho, pois o COE já vem montado como um
único instrumento, o que significa também uma única tributação. Os custos possivelmente
seriam maiores caso você direcionasse seus recursos a vários ativos separadamente.
Quem emite os COEs são bancos, mas eles são registrados na Cetip, que está autorizada e
preparada para fazer também o depósito e a liquidação do COE. Caso seu banco seja
credenciado no Cetip | Certifica, melhor para você, que pode contar com a segurança adicional
deste selo.
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O COE tem vencimento, valor mínimo de aporte, indexador e cenário de ganhos e perdas
(figura) definidos pelos bancos para diferentes perfis de investidor.
4.4.3 Distribuição via oferta pública: Instrução CVM 569 Cap. II; Documento de
informações Essenciais Cap. III; Material Publicitário Cap. IV
CAPÍTULO II – OFERTA PÚBLICA DE DISTRIBUIÇÃO DE COE
Art. 2º A oferta pública de distribuição de COE realizada nos termos desta Instrução fica
dispensada de registro na CVM e será realizada por instituições intermediárias habilitadas a
atuar como integrantes do sistema de distribuição de valores mobiliários.
60
Parágrafo único. Na hipótese em que tenha sido utilizada dispensa com base no inciso
II, § 2º do art. 3º, o emissor deve manter versão eletrônica do DIE em endereço na rede
mundial de computadores, em língua portuguesa, sendo que o acesso ao documento não
poderá ser restrito por senhas ou qualquer empecilho ao acesso do público em geral.
Art. 9º Caso o material publicitário do COE contenha cenários, não poderá ser
dado destaque ao melhor cenário em detrimento dos outros cenários.
61
Art. 10 Caso as informações divulgadas em materiais publicitários apresentem
incorreções ou impropriedades que possam induzir o investidor a erros de avaliação,
a CVM pode exigir:
II – a veiculação, com igual destaque e por meio do veículo usado para divulgar
a informação original, de retificações e esclarecimentos, devendo constar, de forma
expressa, que a informação está sendo republicada por determinação da CVM.
Art. 12. Toda informação divulgada por qualquer meio, inclusive o DIE, na qual
seja incluída referência à rentabilidade passada de um COE, deve:
Existe cobrança de imposto de renda sobre os rendimentos que você conseguir investindo
em COE. Na data de vencimento do COE, que é quando você recebe o dinheiro que você
investiu e sua rentabilidade, o banco faz a retenção do imposto sobre o rendimento. Você
62
não precisa fazer nada. A tabela é a mesma aplicada em outros investimentos de renda
fixa como CDB, Tesouro Direto, Fundos de Investimento, etc.
Observação: IOF cobrado normalmente conforme tabela regressiva até 29 dias e NÃO
CONTA COM GARANTIA DO FGC.
É um sistema gerido e operado pelo Banco Central do Brasil em parceria com a ANDIMA -
Associação Nacional das Instituições do Mercado Financeiro. O SELIC é o depositário central
dos títulos emitidos pelo Tesouro Nacional e pelo Banco Central do Brasil processando a
emissão, resgate, pagamento de juros e custódia desses títulos. Todos os títulos são
escriturais, isto é, emitidos exclusivamente na forma eletrônica.
Também conhecida como Clearing House - ou câmara de compensação também pode ser
definida como o sistema pelo qual as bolsas garantem o cumprimento dos compromissos de
compra e venda assumidos em pregão. Pode ser uma estrutura interna ou externa, adjunta à
bolsa. A clearing é responsável pelo registro de todas as operações realizadas,
acompanhamento das posições mantidas, compensação financeira dos fluxos e liquidação dos
contratos.
64
4.5.4 Sistema de Pagamento Brasileiro – SPB. Conceito e Finalidade
O Sistema de Pagamentos Brasileiro foi reestruturado no ano de 2002, com a função de reduzir
o risco sistêmico. A seguir as principais medidas adotadas com a reestruturação:
-oferta de empréstimo ponte diário (redesconto intradia), mediante operações de compra pelo
BACEN de títulos públicos federais em poder dos bancos, que deverão recomprar os títulos do
BACEN no próprio dia, registrando em tempo real o resultado financeiro na conta Reservas
Bancárias;
-Segurança e confiabilidade: redução do risco de crédito nos pagamentos, que são irreversíveis
(não podem ser sustados ou devolvidos por falta de fundos, como pode ocorrer com cheques),
além de proporcionar melhora na imagem do país internacionalmente, reduzindo assim, o
risco Brasil.
65
4.6 Ofertas Públicas de Valores Mobiliários
Nota: pode ter mais de um Banco coordenador, porém um será denominado coordenador
líder.
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4.6.1.2 Agência de Rating
É uma empresa especializada na avaliação e classificação de riscos de crédito.
Suas classificações de riscos orientam investidores quanto à qualidade dos títulos emitidos por
empresa, ou por um país, por exemplo.
A função de Banco Mandatário pode ser desempenhada por banco comercial ou múltiplo que
tenha carteira comercial com conta “Reservas Bancárias” junto no Banco Central do Brasil.
Indicado pela companhia emissora, é responsável pela confirmação financeira de todos os
pagamentos e movimentações realizados pelo emissor. Cabem ainda ao banco mandatário
atribuições como:
4.6.1.6 Depositário
A Instituição depositária é a instituição ou entidade que presta os serviços de:
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• Registro de debêntures escriturais;
• Custódia de valores mobiliários;
• Agente emissor de certificados.
4.6.1.7 Custodiante
Pessoa jurídica credenciada na CVM para o exercício da atividade de prestador de serviço de
custódia, que compreende a liquidação, o controle e a guarda dos ativos junto aos
depositários.
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Mecanismo de Estabilização de Preços:
Normalmente utilizado em ofertas públicas para que evitar ao máximo oscilações fora do
comum na cotação das ações alvo da oferta, o que seria prejudicial para todos os lados.
http://www.cvm.gov.br/export/sites/cvm/legislacao/inst/anexos/400/inst400.pdf.
O sistema de precificação das operações tem como finalidade definir o preço dos títulos que
serão negociados. Vejamos como isso ocorre:
Preço Fixo: Preço definido em AGE (Assembleia Geral Extraordinária) ou RCA (Reunião do
Conselho de Administração) da empresa Emissora.
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4.6.3.2 Risco de Rateio/Não Concretização
Numa distribuição, com garantia de acesso a todos os investidores, os critérios de rateio são
previamente conhecidos. A não concretização de uma operação de oferta pública poderá
ocorrer por alguns dos itens abaixo:
4.6.3.3 Instrução CVM 476 (art. 1º, art. 2º, art. 3º e art. 13º) (AE)
Dispõe sobre as ofertas públicas de valores mobiliários distribuídas com esforços restritos e a
negociação desses valores mobiliários nos mercados regulamentados.
Art. 1º Serão regidas pela presente Instrução, as ofertas públicas de valores mobiliários
distribuídas com esforços restritos.
I – notas comerciais;
II – cédulas de crédito bancário que não sejam de responsabilidade de instituição financeira;
III – debêntures não-conversíveis ou não-permutáveis por ações;
V - certificados de recebíveis imobiliários ou do agronegócio;
VI - letras financeiras, desde que não relacionadas a operações ativas vinculadas;
VII - certificados de direitos creditórios do agronegócio;
VIII – cédulas de produto rural - financeiras que não sejam de responsabilidade de instituição
financeira;
X – certificados de operações estruturadas;
XI – os seguintes valores mobiliários, desde que emitidos por emissor registrado na categoria
A:
a) ações;
XII – debêntures permutáveis por ações, desde que tais ações sejam emitidas por emissor
registrado na categoria A;
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XIII – certificados de depósito de valores mobiliários mencionados neste parágrafo; e
XIV – certificados de depósito de valores mobiliários no âmbito de programa de BDR
Patrocinado Nível I, Nível II e Nível III.
Art. 2º As ofertas públicas distribuídas com esforços restritos deverão ser destinadas
exclusivamente a investidores profissionais, conforme definido em regulamentação
específica, e intermediadas por integrantes do sistema de distribuição de valores
mobiliários.
Parágrafo único. Não será permitida a busca de investidores através de lojas, escritórios ou
estabelecimentos abertos ao público, ou com a utilização de serviços públicos de
comunicação, como a imprensa, o rádio, a televisão e páginas abertas ao público na rede
mundial de computadores
4.6.3.4 Ofertas públicas de aquisição de ações: instrução CVM 361 (art. 1º, art. 2° incisos I ao
IV, art. 3°) (AE)
Dispõe sobre o procedimento aplicável às ofertas públicas de aquisição de ações de companhia
aberta, o registro das ofertas públicas de aquisição de ações para cancelamento de registro de
companhia aberta, por aumento de participação de acionista controlador, por alienação de
controle de companhia aberta, para aquisição de controle de companhia aberta quando
envolver permuta por valores mobiliários, e de permuta por valores mobiliários.
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Art. 1º Esta Instrução regula o procedimento aplicável a quaisquer ofertas públicas de
aquisição de ações de companhias abertas, e ainda o processo de registro das ofertas públicas
para cancelamento de registro para negociação de ações nos mercados regulamentados de
valores mobiliários, por aumento de participação do acionista controlador, por alienação de
controle de companhia aberta e para aquisição de controle de companhia aberta quando
envolver permuta por valores mobiliários e de permuta por valores mobiliários.
Art. 2o A Oferta Pública de Aquisição de ações de companhia aberta (OPA) pode ser de uma
das seguintes modalidades:
III – OPA por alienação de controle: é a OPA obrigatória, realizada como condição de eficácia
de negócio jurídico de alienação de controle de companhia aberta, por força do art. 254-A da
Lei 6.404/76;
IV – OPA voluntária: é a OPA que visa à aquisição de ações de emissão de companhia aberta,
que não deva realizar-se segundo os procedimentos específicos estabelecidos nesta Instrução
para qualquer OPA obrigatória referida nos incisos anteriores;
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II. Evitar quaisquer práticas que infrinjam ou estejam em conflito com as regras e
princípios contidos neste Código, na legislação pertinente e/ou nas demais normas
estabelecidas pela ANBIMA;
IV. Cumprir todas as suas obrigações, devendo empregar, no exercício de sua Atividade, o
cuidado que toda pessoa prudente e diligente costuma dispensar à administração de seus
próprios negócios, respondendo por quaisquer infrações ou irregularidades que venham a ser
cometidas durante o período em que prestarem as atividades reguladas por este Código; e
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IV. Incluir, no formulário de referência, informações, se houver das políticas de
responsabilidade social, patrocínio e incentivo cultural adotadas pela emissora, assim como
dos principais projetos desenvolvidos nessas áreas ou dos quais participe;
§1º. No que diz respeito às alíneas “a” e “c” do inciso VI acima, cada coordenador é
responsável pela prestação de suas informações, estando individualmente sujeito às
penalidades previstas no presente Código no caso de descumprimento.
§2º. As Ofertas Públicas de CRI devem observar exclusivamente as informações exigidas pelo
inciso VI do caput e o capítulo III do Anexo I deste Código.
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§3º. As instituições participantes que atuem na qualidade de coordenadores devem zelar para
que, quando a emissora informar, na seção “Destinação de Recursos” do prospecto, a sua
intenção de destinar recursos da oferta para liquidar ou amortizar dívidas devidamente
individualizadas, dentro do curso de pagamentos ordinário ou extraordinário, com os
coordenadores e seus respectivos controladores ou controladas que sejam instituições
financeiras, sejam explicitadas na seção “Operações Vinculadas à Oferta”, de forma clara e
compreensível, as informações abaixo listadas no que diz respeito às operações
individualizadas descritas na seção “Destinação de Recursos” do prospecto e que serão,
conforme informações da emissora, liquidadas e/ou amortizadas com recursos captados na
oferta.
§4º. O disposto neste artigo não se aplica às Ofertas públicas de ações com esforços restritos.
Art. 11 - Nas Ofertas públicas de ações com esforços restritos em que atuem na qualidade de
coordenadores, as instituições participantes deverão, na forma deste Código, zelar pela
elaboração do memorando, a fim de que apresentem informações suficientes, claras e
precisas, para que o investidor tome a decisão de investimento com as informações
necessárias disponíveis, observadas, ainda, as disposições constantes no artigo 2º do Capítulo I
do Anexo II.
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