Revisão de Conteúdo
Revisão de Conteúdo
Revisão de Conteúdo
Unidade I
A POLÍTICA NACIONAL DE PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES (PNPIC)
PNPIC: implantação:
Com a implantação da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares
(PNPIC), houve a regularização de novas terapias e sua aplicação através do Sistema
Único de Saúde (SUS). Segundo seu respectivo escrito relata, o processamento de
descentralização da saúde por meio da atenção primária e da colaboração popular
proporcionam aos municípios grande emancipação e independência. Dessa maneira,
as técnicas que constam relacionadas nos documentos que fazem parte da PNPIC são
preconizadas e seu desimpedimento na cadeia de atendimentos subordina-se à
utilização da administração local, levando em conta suas predileções de procura.
Medicina alternativa
A PNPIC abrange os procedimentos médicos e meios terapêuticos, que são chamados
pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como medicina complementar, alternativa
ou tradicional, que estão voltados à busca pelo equilíbrio do corpo através de
estímulos que ativem as ferramentas intrínsecas orgânicas, para que se recupere o
bem-estar e se previnam pioras, com técnicas seguras e acolhedoras, que auxiliam na
formação da conexão terapêutica e na união entre o meio ambiente, a sociedade e o
ser humano. Na PNPIC, há também o compartilhamento da visão do processo saúde,
doença e autocuidado.
Acupuntura e homeopatia
A PNPIC abrange os procedimentos médicos e os meios terapêuticos na
implementação das diretrizes sob as seguintes asserções que nortearam todos os
caminhos trilhados:
O prosseguimento da Medicina Tradicional Chinesa – Acupuntura (MTCA), em
peculiaridade multiprofissional, está contextualizado para as classes profissionais
constantes no quadro de trabalhadores do SUS e em conformidade com o nível de
atenção a ser utilizada na MTCA.
No caso da homeopatia, a premissa utilizada para o seu desenvolvimento dentro da
PNPIC também considerou que quem a realizaria seria uma equipe multiprofissional,
tendo sempre em mente quem ela seria e em qual nível de atenção seria realizada a
prestação de atendimento dentro do SUS.
Diretrizes
Tendo a realidade mencionada como norteadora, foram criadas diretrizes para
nortear, regularizar e implementar as práticas integrativas e complementares em
saúde (PICS).
Gestão da PNPIC
Tem relações com as atribuições de programar, orientar, ordenar, gerir, fiscalizar e
administrar. Prima por incentivar a participação, a autonomia e a responsabilidade de
seus trabalhadores e usuários, tendo como foco pontos administrativos, os quais têm
uma metodologia orientada na imersão política-administrativa, portanto tem uma
parcela de componentes com cunho mais humanitários, sendo diferente de
administração, que tem por significado planejar, ter o controle e dar dirigibilidade aos
materiais, parte de custeio e força advinda do controle do ser humano.
1. FEDERAL;
2. ESTADUAL;
3. MUNICIPAL.
Resolução
Para solucionarmos o desafio proposto, podemos nos guiar pelo seguinte histórico da
Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares, cuja gestão ocorre nos
níveis federal, estadual e municipal.
Síntese conceitual
A seguir, destacamos os principais conceitos estudados ao longo desta unidade de
ensino. Assim, objetivamos que você possa fixá-los.
Principais conceitos
Com a PNPIC, novas terapias e a aplicação delas no SUS foram regularizadas.
A PNPIC contempla procedimentos e terapias compreendidos como medicina
complementar, a exemplo da acupuntura e crenoterapia.
A gestão da PNPIC é compartilhada entre os níveis federal, estadual e
municipal.
Referências
BRASIL. Portaria nº 702, de 21 de março de 2018. Altera a Portaria de Consolidação nº
2/GM/MS, de 28 de setembro de 2017, para incluir novas práticas na Política Nacional.
Brasília, DF: Ministério da Saúde, [2022].
BRASIL. Glossário temático: práticas integrativas e complementares em saúde. Brasília,
DF: Ministério da Saúde, 2018. Disponível em: https://bit.ly/3NuVBRJ. Acesso em: 22
fev. 2022.
BRASIL. Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS – PNPIC-
SUS. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2006.
BRASIL. Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS – PNPIC-
SUS: atitude de ampliação de acesso. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2015.
BRASIL. Portaria nº 849, de 27 de março de 2017. Inclui a Arteterapia, Ayurveda,
Biodança, Dança Circular, Meditação, Musicoterapia, Naturopatia, Osteopatia,
Quiropraxia, Reflexoterapia, Reiki, Shantala, Terapia Comunitária Integrativa e Yoga à
Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares. Brasília, DF: Ministério da
Saúde, [2022].
BRASIL. Portaria nº 971, de 3 de maio de 2006. Aprova a Política Nacional de Práticas
Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Único de Saúde. Brasília, DF:
Ministério da Saúde, [2022].
BRASIL. Portaria nº 2.761, de 19 de novembro de 2013. Institui a Política Nacional de
Educação Popular em Saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde (PNEPS -SUS).
Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2013.
BRASIL. Resolução nº 466, de 12 de dezembro de 2012. Aprova as diretrizes e normas
regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos e revoga as Resoluções
CNS nos. 196/96, 303/2000 e 404/2008. Brasília, DF: Ministério da Saúde, [2022].
Disponível em: https://bit.ly/3yOfWxs. Acesso em: 27 mar. 2022.
Unidade II
DESENVOLVIMENTO DAS PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES EM SAÚDE
(PICS) NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS)
PNPIC
A Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) contempla
diretrizes e responsabilidades institucionais de recursos terapêuticos no SUS
denominados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) de medicina tradicional e
complementar/alternativa.
As PICS podem ser ofertadas no SUS em todos os âmbitos da atenção à saúde, tanto na
atenção básica quando nos serviços da alta e média complexidade, já que a oferta
delas é transversal a toda a Rede de Atenção à Saúde.
Histórico PICS
1978: Declaração de Alma-Ata Na Declaração de Alma-Ata, elaborada na
Conferência Internacional sobre Cuidados Primários à Saúde, em 1978, a Medicina
Tradicional Complementar e Integrativa foi incorporada na Atenção Primária à Saúde.
1986: Introdução das PICS no âmbito dos serviços de saúde No Brasil, em 1986,
ocorreu a 8ª Conferência Nacional de Saúde, que incorporou a Medicina Tradicional
Complementar e Integrativa na Atenção Primária à Saúde.
1988: Criação do SUS e institucionalização das PICS Em 1988, o SUS foi criado, e as
PICS foram institucionalizadas a partir das Resoluções da Comissão Interministerial de
Planejamento e Coordenação.
2003: Constituiu-se o Grupo de Trabalho – atual PNPIC Em 2003, foi criado o grupo
de trabalho no Ministério da Saúde que futuramente daria origem à PNPIC.
2006: Implantação das PICS no SUS Nesse ano, as PICS foram institucionalizadas no
SUS por intermédio da PNPIC, aprovada por meio de Portaria GM/MS nº 971, de 3 de
maio de 2006.
Procedimentos
Atualmente, as PICS são ofertadas gratuitamente à população pelo SUS. A seguir,
confira quais procedimentos passaram a integrar o SUS em cada ano de implantação.
2006 (5 práticas) 2017 (14 novas práticas) 2018 (10 novas práticas)
Acupuntura Arteterapia Apiterapia
Homeopatia Ayurveda Aromaterapia
Fitoterapia Biodança Bioenergética
Termalismo social/crenopterapia Dança circular Constelação familiar
Antroposofia Meditação Cromoterapia
Musicoterapia Geoterapia
Naturopatia Hipnoterapia
Osteopatia Imposição de mãos
Quiropraxia Ozonioterapia
Reflexoterapia Terapia de florais
Reiki
Shantala
Terapia comunitária integrativa
Yoga
Formas de acesso
Para ter acesso aos recursos terapêuticos ofertados pelas PICS, o usuário deve ser
encaminhado pela Unidade de Saúde da Família (USF)/Unidade Básica de Saúde (UBS)
ou ir diretamente ao local e se informar sobre a disponibilidade de horários e se a
prática desejada está sendo ofertada no seu município. Os profissionais ou
especialistas da Atenção Básica são os responsáveis pelo encaminhamento do paciente
para a realização da prática de interesse. Alguns locais também atendem por procura
espontânea, conforme definição da gestão local.
Apresentação
Imagine que você foi contratado para elaborar um plano de implantação de
determinada PICS no SUS do município de Salvador, por se destacar na entrevista
devido ao seu excelente currículo profissional. O gestor do município – e seu chefe –
solicitou que você fosse na sala dele para obter algumas informações essenciais para a
implementação da prática que estava sendo mais procurada pela população. A
proposta já estava definida, e nesse documento você encontrou quem seriam os
atores responsáveis, o diagnóstico situacional e a análise organizacional local. Lá, seu
chefe também te deu as seguintes informações:
1. Demanda local.
2. Profissionais capacitados.
3. Estabelecimentos associados.
4. Verba disponível para implantação da prática.
5. Municípios adjacentes que tinham a prática implementada.
6. Formas de divulgação da nova prática para a população local.
7. Formas de acesso.
Em seguida, o seu chefe te pergunta se alguma informação está faltando para que
você comece a elaborar o modelo de implantação da prática voltado única e
exclusivamente para o município de Salvador, e você prontamente responde que as
informações que te foram dadas são mais do que suficientes.
Com base nessas informações e no Modelo de Implantação elaborado pelo Ministério
da Saúde, comece a pôr em prática o que você foi contratado para fazer. O desafio não
é tão grande, já que você foi considerado um dos melhores profissionais na sua área.
É importante que você, enquanto profissional de saúde no exercício de
sua profissão, conheça sobre as práticas integrativas e
complementares no Sistema Único de Saúde. Fazendo isso, você se
tornará um profissional capacitado e cada vez mais apto para o
mercado profissional. Lembre-se: conhecimento nunca é demais!
Resolução
Como sabemos, o seu chefe, gestor de Salvador, te pediu para implementar uma
prática integrativa de acordo com a demanda local. Para isso, você fez o levantamento
de todas as práticas que ofertadas no município, assim como qual prática ainda não foi
ofertada e que estava sendo mais procurada. Com isso, você fez um rastreio nos
estabelecimentos da Atenção Primária de Saúde, USF e UBS e descobriu qual prática
estava sendo procurada com mais frequência e se já existia algum centro de referência
em Salvador para verificar a possibilidade de uma cooperação horizontal. Feito isso,
você cadastrou essa prática no SCNES e foi em busca da regulamentação e de
profissionais de saúde que tinham interesse em exercer a prática.
Dentre os profissionais capacitados, já estavam cadastrados um fisioterapeuta, um
médico clínico, uma terapeuta ocupacional e uma fonoaudióloga, ou seja, a sua equipe
multiprofissional já estava completa. Você só precisou verificar a disponibilidade de
horários com esses profissionais, para a Secretaria de Saúde de Salvador poder
divulgar à população a oferta da nova prática. Ficou combinado também com os
profissionais dos serviços de saúde que eles iriam informar, nas salas de espera das
UBS e USF, a oferta dessa atividade.
Síntese conceitual
Adiante, destacamos os principais conceitos estudados ao longo desta unidade de
ensino. Assim, objetivamos que você possa fixá-los.
Principais conceitos
Em 2006, as PICS foram institucionalizadas no SUS por intermédio da PNPIC.
As PICS são ofertadas pelo SUS, gratuitamente, em um total de 29
procedimentos.
As fases de implantação das PICS no SUS são definição da proposta e
elaboração do Plano de Desenvolvimento da Implantação das PICS.
Referências
BRASIL. Glossário Temático: Práticas Integrativas e Complementares em Saúde.
Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2018.
BRASIL. Manual de Implantação de Serviços de Práticas Integrativas e Complementares
no SUS. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2018.
BRASIL. Política nacional de práticas integrativas e complementares no SUS - PNPIC-
SUS: atitude de ampliação de acesso. 2. ed. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2006.
(Série B. Textos Básicos de Saúde).
Unidade III
DESENVOLVIMENTO DAS PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES EM SAÚDE
(PICS) NO MUNDO
MTCI
Medicinas Tradicionais Complementares e Integrativas (MTCI) são a soma de
conhecimentos, capacidades e práticas baseadas em teorias, crenças e experiências de
diferentes culturas, utilizadas para manter a saúde e prevenir, diagnosticar, melhorar
ou tratar doenças físicas e mentais.
PICS no mundo
Os países, cada vez mais, desejam e continuam se movimentando para integrar a
prática da Medicina Tradicional e Complementar aos mais variados níveis de atenção
dos serviços de saúde. As MTCI abrangem um modelo de cuidado à saúde que não
consta nem faz parte da tradição do cuidado ou da medicina tida como convencional e
usual em determinado país, bem como não está, em sua totalidade, integrado ao
sistema de saúde vigente. Em alguns países, sua inserção nos sistemas de saúde
acontece de forma complementar ao sistema convencional, já em outros, esses termos
são usados, alternadamente, para fazer referência à medicina tradicional.
No ano de 2019, houve um aumento de 79 para 109 no número de
países que realizaram a implantação ou ampliaram o número inicial do
marco legal e regulatório em medicina tradicional chinesa e indiana.
A seguir, saiba como as PICS têm sido compreendidas nas Américas, especialmente
nos Estados Unidos, e na Europa.
PICS na Europa
As Terapias Integrativas e Complementares (TIC) é a terminologia dada às PICS no
continente europeu, sendo um conceito que é, simultaneamente, uma nova visão e
um novo paradigma da saúde, incluindo todas as práticas que promovem e melhoram
a saúde, o processo de fortalecimento e a recuperação de doenças. A European
Federation for Complementary and Alternative Medicine é o órgão responsável pela
regulamentação das práticas em 23 países, visando melhorar a disponibilidade e o
acesso aos serviços das PICS, garantindo os direitos profissionais, a regulamentação e o
desenvolvimento de projetos nessa área. Na Europa, a abordagem das TIC e suas
formas de aplicação podem mudar radicalmente de um país para outro e, até mesmo,
dentro de um único país, entre diferentes grupos socioeconômicos. Existem mudanças
significativas no tratamento, nas regras e nomenclaturas das práticas que são
diferentes, não havendo padronização de procedimentos e terapias.
Apresentação
Imagine que você é um profissional de saúde com especialização em PICS e que
trabalha na Rede Regional em MTCI para as Américas. A rede é uma iniciativa inclusiva,
de governança horizontal, da qual participam, atualmente, diversas instituições de 15
países, incluindo Argentina, Brasil, Bolívia, Chile, Colômbia, Cuba, Equador, EUA,
Guatemala, México, Nicarágua, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela.
A rede de MTCI para as Américas articula as instituições que geram
políticas, regulam, formam profissionais, pesquisam, desenvolvem
programas e educam o público em geral no tocante aos diversos
sistemas médicos e terapêuticos das MTCI, e que, por meio da
colaboração e da gestão do conhecimento, apoiam a tomada de
decisões em diferentes âmbitos, a fim de aproveitar as contribuições
potenciais das MTCI à saúde com segurança, qualidade e pertinência.
Você escolheu trabalhar lá pois a Rede Regional em MTCI para as Américas é uma
iniciativa colaborativa com diversos atores sociais (organizações, instituições
governamentais e não governamentais, entre outros) criada para desenvolver uma
agenda comum e avançar rumo à integração das MTCI nos sistemas e serviços de
saúde dos países da América, de acordo com os contextos nacionais.
Você foi contratado para ser coordenador de uma equipe responsável por:
Regulamentação.
Criação de políticas públicas.
Formação de profissionais.
Pesquisa e desenvolvimento.
Desenvolvimento de programas para educação do público em geral em relação
aos diversos sistemas médicos e terapêuticos das MTCI existentes.
Você já contratou a sua equipe multiprofissional e, agora, precisa criar políticas
públicas, regulamentar as práticas existentes no continente americano, formar e
capacitar profissionais, validar cientificamente as MTCI e desenvolver programas para
informar o público geral sobre as MTCI existentes e disponíveis. Como você pode
resolver esse problema?
Resolução
Como você atua na Rede Regional em MTCI para as Américas, é possível:
Estabelecer laços de cooperação: Estabelecer laços de cooperação entre os atores
sociais dos países da região das Américas e desenvolver diferentes aspectos das MTCI:
políticas públicas, regulação (de práticas, produtos e profissionais), formação de
recursos humanos, pesquisa, educação em saúde e prestação de serviços de saúde.
Compilar e sistematizar informações: Compilar e sistematizar informações técnicas,
científicas, regulatórias e de políticas públicas em MTCI nas Américas por meio de uma
base de dados e da BVS em MTCI a partir da colaboração entre atores em nível
regional.
Gerir a BVS em MTCI: Gerir a BVS (Biblioteca Virtual em Saúde) em MTCI como um
espaço de encontro entre os diversos atores sociais que trabalham em MTCI na região
das Américas com o objetivo de desenvolver um panorama regional sobre os
diferentes aspectos das MTCI, facilitar a troca de experiências, facilitar o acesso à
informação científica, técnica e de educação em saúde, apoiar o fortalecimento de
capacidades e a visibilidade de boas práticas.
Promover a pesquisa: Promover a pesquisa colaborativa em MTCI na região das
Américas.
Favorecer o resgate de conhecimentos: Favorecer, de maneira participativa, o resgate
dos conhecimentos ancestrais, incluindo a medicina tradicional indígena e de outras
diversidades étnicas.
Promover a visibilidade: Promover a visibilidade, em nível mundial, das políticas
públicas, modelos de integração, saberes e práticas das medicinas tradicionais, dos
desenvolvimentos conceituais e de pesquisas em MTCI realizadas na região das
Américas.
Apoiar processos de tomada de decisões: Apoiar os processos de tomada de
decisões para a integração das MTCI aos sistemas e serviços de saúde na região das
Américas, de acordo com os contextos nacionais, seguindo as recomendações da
Estratégia OMS de Medicina Tradicional.
Síntese conceitual
A seguir, destacamos os principais conceitos estudados ao longo desta unidade de
ensino. Assim, objetivamos que você possa fixá-los.
Principais conceitos
Pelo mundo, cada país apresenta uma variedade própria de terapias,
metodologias e condutas reconhecidas e institucionalizadas ou qualifica
determinada terapia de maneira distintiva em relação a outro país,
considerando sua inserção sociocultural e suas particularidades.
Na Europa, abordagem e formas de aplicação das PICS podem mudar
radialmente de um país para outro e, até mesmo, dentro de um único país,
entre diferentes grupos socioeconômicos.
Nas Américas, existe o intercâmbio com as culturas locais e ancestrais, dos
povos indígenas ou originários e tradicionais, sendo utilizadas práticas menos
invasivas.
Nos EUA, é o governo que estimula a pesquisa e a adesão às PICS. Acupuntura,
quiropraxia, massoterapia são exemplos de práticas que são cobertas pelos
seguros de saúde.
Referências
BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de implantação de serviços de práticas
integrativas e complementares no SUS. 1. ed. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2018.
BRASIL. Ministério da Saúde. Práticas integrativas e complementares (PICS). Brasília,
DF: Ministério da Saúde, 2020. Disponível em: https://bit.ly/3z6UTGF. Acesso em: 25
maio 2022.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria Executiva. Secretaria de Atenção à
Saúde. Glossário temático: práticas integrativas e complementares em saúde. Brasília,
DF: Ministério da Saúde, 2018.
NACIONAL CENTER OF COMPLEMENTARY AND INTEGRATIVE
HEALTH. Complementary, alternative, or integrative health: what’s in a name? 2021.
Disponível em: https://bit.ly/3MSRCyF. Acesso em: 25 maio 2022.
WORLD HEALTH ORGANIZATION. Report on financial and administrative implications
for the secretariat of resolutions proposed for adoption by the executive board or
health assembly. 2014. Disponível em: https://bit.ly/38lMm7x. Acesso em: 25 maio
2022.
Unidade IV
INOVAÇÕES EM TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES
Revisão da unidade
A seguir, retomaremos conceitos sobre a medicina do estilo de vida, inovações em
PICS e equipes multipliciplinares.
Física quântica, epigenética e medicina de precisão são exemplos das áreas da ciência
que vêm sendo utilizadas com essa finalidade. Porém, diversos estudos clínicos ainda
precisam ser conduzidos para que os mecanismos fisiológicos das PICS sejam
elucidados e comprovados cientificamente.
Equipes
As equipes que compõem o quadro de profissionais atuantes em PICS de um
estabelecimento de saúde são responsáveis pelo compartilhamento de saberes
multidisciplinares, cuja transversalidade do cuidado está pautada na oferta do cuidado
próximo da vida das pessoas, em seu contexto social e familiar. O processo de cuidado
exige uma intrínseca interação entre as diferentes categorias profissionais que
compõem as equipes de saúde do SUS.
Busca-se assistência qualificada de caráter multiprofissional, no ensino
e na busca por saberes, na atenção para com as questões gerenciais e
normas instituídas e na realização de educação e promoção da saúde.
Práticas em grupo
As práticas integrativas e complementares precisam ser mais divulgadas tanto para a
sociedade quanto para profissionais da área da saúde, trazendo uma qualificação e o
entendimento para esses profissionais, visando, assim, à melhoria para atender aos
pacientes com mais humanização. As PICS precisam ser mais divulgadas tanto para a
sociedade quanto para profissionais da área da saúde. Em vista disso, destacamos a
seguir as práticas em grupo que podem ser realizadas no SUS.
Acupuntura
A acupuntura é um exemplo de PICS que, atualmente, é regulamentada em todas as
profissões de saúde. Conheça, agora, exemplos de situações em que a acupuntura
pode ser utilizada dentro do contexto de diferentes áreas:
Apresentação
Imagine que você é um profissional de saúde formado e com especialização para
trabalhar com acupuntura. Enquanto procurava por uma oferta de trabalho, você se
deparou com a vaga:
PROFISSIONAL DE SAÚDE ESPECIALIZADO EM PICS:
Pré-requisitos:
Experiência profissional na atenção primária da saúde (APS), voltada tanto para
atuação profissional quanto para gestão.
Experiência profissional como membro de uma equipe multidisciplinar em PICS.
Especialização em PICS que podem ser realizadas em grupos.
Especialização em pesquisa e desenvolvimento em medicina e saúde
integrativa.
Experiência em medicina do estilo de vida e interface com terapias alternativas
e complementares.
Para ser selecionado, além de preencher os pré-requisitos citados, você precisa passar
por uma etapa de análise curricular e por uma entrevista com o chefe do
estabelecimento de saúde do seu município. Por se destacar na entrevista devido ao
seu excelente currículo profissional, você foi selecionado para próxima etapa. Nessa
etapa, você deve elaborar um projeto, com quatro itens.
Lembre-se
É importante que você, enquanto profissional de saúde no exercício de sua profissão,
conheça sobre as inovações em terapias integrativas e complementares. Fazendo isso,
você se tornará um profissional capacitado e cada vez mais apto para o mercado
profissional.
Lembre-se que conhecimento nunca é demais!
Itens do projeto:
Determinação de uma prática validada cientificamente.
Plano de implantação voltado para atenção primária.
Profissionais para compor a equipe multiprofissional.
Interface com a medicina do estilo de vida.
Resolução
Com base no seu vasto conhecimento em pesquisa e desenvolvimento em medicina e
saúde integrativa, você optou pela escolha de uma prática que fosse validada
cientificamente para que pudesse ser utilizada como tratamento complementar ao
tratamento convencional segundo as diretrizes da OMS. Sim, você optou pela
acupuntura!
Como a atenção primária é desenvolvida com o mais alto grau de descentralização e
capilaridade, ocorrendo no local mais próximo da vida das pessoas, para implantar a
acupuntura na atenção primária do seu município você definiu as seguintes etapas:
ETAPA 1 Estabelecimento de responsáveis:
ETAPA 2 Análise situacional:
ETAPA 3 Processo de regulamentação:
ETAPA 4 Ciclo de implantação:
Segundo o que aprendemos, as equipes que compõem o quadro de profissionais
atuantes em PICS de um estabelecimento de saúde são responsáveis pelo
compartilhamento de saberes multidisciplinares, cuja transversalidade do cuidado está
pautada na oferta do cuidado próximo da vida das pessoas, em seu contexto social e
familiar. Assim, para compor a equipe multiprofissional, você optou por profissionais
de saúde capacitados e atuantes em PCIS incluindo um fisioterapeuta, um
farmacêutico, um médico clínico, uma terapeuta ocupacional, um biomédico, uma
fonoaudióloga, ou seja, a sua equipe multiprofissional já estava completa!
O último passo foi estabelecer uma relação entre a acupuntura e os princípios
fundamentais da medicina do estilo de vida, que são: atividade física, controle de
tóxicos, saúde do sono, conexões pessoais e interpessoais, saúde mental e
alimentação saudável. Sabendo que:
A medicina do estilo de vida consiste em uma abordagem multidisciplinar que
reconhece o ser humano como promotor de seu bem-estar e saúde, por meio da
interação com o meio em que vive e com seus hábitos de vida.
A acupuntura é uma abordagem terapêutica que estimula pontos espalhados por todo
o corpo através da inserção de agulhas metálicas finas visando a prevenção de agravos
e doenças, a manutenção, a promoção e a recuperação da saúde.
Você concluiu o seu projeto informando que uma interface entre a acupuntura e a
medicina do estilo de vida poderia ser estabelecida com o objetivo de tratar, prevenir
ou reverter doenças associadas.
Síntese conceitual
A seguir, destacamos os principais conceitos estudados ao longo desta unidade de
ensino. Assim, objetivamos que você possa fixá-los.
Principais conceitos
A medicina do estilo de vida é uma abordagem interdisciplinar pautada em
hábitos saudáveis.
Adaptabilidade e inovação são habilidades que, quando aliadas às PICS,
possibilitam tratamentos alternativos vantajosos.
As PICS demandam equipe multiprofissional.
A implementação das PICS deve seguir estas etapas: estabelecimento dos
responsáveis; análise situacional; regulamentação; e ciclo de implantação.
Como exemplo de PICS, destacamos a acupuntura e as práticas grupais, como
constelação familiar, dança circular e bioenergética.
Referências
BRASIL. Ministério da Saúde. Glossário Temático - Práticas Integrativas e
Complementares em Saúde. 1 ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2018.
BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de Implantação de Serviços de Práticas
Integrativas e Complementares no SUS. 1 ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2018.
BRASIL. Ministério da Saúde. Política nacional de práticas integrativas e
complementares no SUS - PNPIC-SUS: atitude de ampliação de acesso. 2 ed. Brasília:
Ministério da Saúde, 2006. (Série B. Textos Básicos de Saúde).