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REVISÃO DE CONTEÚDO

Unidade I
A POLÍTICA NACIONAL DE PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES (PNPIC)

PNPIC: implantação:
Com a implantação da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares
(PNPIC), houve a regularização de novas terapias e sua aplicação através do Sistema
Único de Saúde (SUS). Segundo seu respectivo escrito relata, o processamento de
descentralização da saúde por meio da atenção primária e da colaboração popular
proporcionam aos municípios grande emancipação e independência. Dessa maneira,
as técnicas que constam relacionadas nos documentos que fazem parte da PNPIC são
preconizadas e seu desimpedimento na cadeia de atendimentos subordina-se à
utilização da administração local, levando em conta suas predileções de procura.

Medicina alternativa
A PNPIC abrange os procedimentos médicos e meios terapêuticos, que são chamados
pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como medicina complementar, alternativa
ou tradicional, que estão voltados à busca pelo equilíbrio do corpo através de
estímulos que ativem as ferramentas intrínsecas orgânicas, para que se recupere o
bem-estar e se previnam pioras, com técnicas seguras e acolhedoras, que auxiliam na
formação da conexão terapêutica e na união entre o meio ambiente, a sociedade e o
ser humano. Na PNPIC, há também o compartilhamento da visão do processo saúde,
doença e autocuidado.

Acupuntura e homeopatia
A PNPIC abrange os procedimentos médicos e os meios terapêuticos na
implementação das diretrizes sob as seguintes asserções que nortearam todos os
caminhos trilhados:
O prosseguimento da Medicina Tradicional Chinesa – Acupuntura (MTCA), em
peculiaridade multiprofissional, está contextualizado para as classes profissionais
constantes no quadro de trabalhadores do SUS e em conformidade com o nível de
atenção a ser utilizada na MTCA.
No caso da homeopatia, a premissa utilizada para o seu desenvolvimento dentro da
PNPIC também considerou que quem a realizaria seria uma equipe multiprofissional,
tendo sempre em mente quem ela seria e em qual nível de atenção seria realizada a
prestação de atendimento dentro do SUS.

Diretrizes
Tendo a realidade mencionada como norteadora, foram criadas diretrizes para
nortear, regularizar e implementar as práticas integrativas e complementares em
saúde (PICS).

 MTA – Acupuntura (9 diretrizes);


 GESTÃO DA HOMEOPATIA (7 diretrizes);
 MEDICINA ANTROPOSÓFICA (1 diretriz);
 PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERAPIA (9 diretrizes);
 TERMALISMO SOCIAL E A CRENOTERAPIA (1 diretriz).

Gestão da PNPIC
Tem relações com as atribuições de programar, orientar, ordenar, gerir, fiscalizar e
administrar. Prima por incentivar a participação, a autonomia e a responsabilidade de
seus trabalhadores e usuários, tendo como foco pontos administrativos, os quais têm
uma metodologia orientada na imersão política-administrativa, portanto tem uma
parcela de componentes com cunho mais humanitários, sendo diferente de
administração, que tem por significado planejar, ter o controle e dar dirigibilidade aos
materiais, parte de custeio e força advinda do controle do ser humano.

Níveis de gestão da PNPIC


Uma gestão de qualidade deve contemplar a aplicação dos princípios de gestão, que
são planejar, organizar, dirigir e controlar, tirando o máximo de proveito dos recursos
disponíveis, podendo ser humanos, de custeio e físicos. A gestão, então, variará com o
grau e o nível hierárquico dentro do território nacional, sendo dividida em:

1. FEDERAL;

2. ESTADUAL;

3. MUNICIPAL.

Estudo de caso: mão


na massa
Agora, por meio da prática, concretizaremos o que foi aprendido sobre a PNPIC, que é
de suma importância para sua carreira.
Imagine que você foi convidado para ministrar uma palestra sobre a PNPIC, tendo
como público-alvo estudantes que estão cursando graduação nos mais diversos cursos
da área da saúde. Lembre-se de que estes alunos têm a pretensão de iniciar a carreira
nas práticas integrativas e complementares, então sua palestra será de grande valia
para a aquisição de conhecimentos básicos sobre o histórico do surgimento das
políticas nacionais de práticas integrativas e complementares, contando quais foram as
primeiras a serem integradas, se existem regras e diretrizes para acompanhá-las e
quais são elas, finalizando com as estâncias que fazem parte da gestão e da
administração na aplicação da PNPIC.
Sua função como palestrante é encantar os estudantes e sanar as dúvidas deles,
descrevendo desde o histórico da PNPIC até a forma que ocorrem as gestões, de forma
clara e objetiva.
Quando e como se deu o início da Política Nacional de Práticas Integrativas e
Complementares? Quais foram as regras norteadoras e as primeiras técnicas a serem
implantadas?

Resolução
Para solucionarmos o desafio proposto, podemos nos guiar pelo seguinte histórico da
Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares, cuja gestão ocorre nos
níveis federal, estadual e municipal.

 Anos de 1980 (8ª Conferência Nacional de Saúde): Anos de 1980


Historicamente, a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares
(PNPIC) surgiu nos anos 1980 no Brasil, a partir da 8ª Conferência Nacional de
Saúde, que teve ação de promoção, para que discussões fossem realizadas e
houvesse, a partir daí, um grande crescimento acerca das políticas públicas em
torno das novas formas de cuidar da saúde, tendo como foco a disponibilização
da possibilidade de acesso dessas formas terapêuticas para a população.
 2006 (Criação e edição da PNPIC.): 2006 Na data marcada, no mês de fevereiro
de 2006, com o projeto redigido de forma finalizada, com todas as alterações e
sugestões devidamente seguidas e constantes no texto, finalmente o projeto
teve sua aprovação pelo Conselho Nacional de Saúde, concretizando a Política
Nacional de Práticas Integrativas e Complementares, publicada na forma das
Portarias Ministeriais nº 971, de 3 de maio de 2006, e nº 1.600, de 17 de julho
de 2006.
 2017 (Publicação da Portaria nº 145/2017.) 2017 A Portaria nº 145, de 11 de
janeiro de 2017, incluiu a lista de procedimentos já prestados pelo SUS no
âmbito da atenção básica, acrescentando novas práticas às existentes,
totalizando 29 terapias do tipo PICS que poderiam ser ofertadas pela rede do
SUS dispostas nos diversos graus de intricamento do serviço de saúde, nada
obstante, mais centradas nas ofertas presentes na atenção básica.

Síntese conceitual
A seguir, destacamos os principais conceitos estudados ao longo desta unidade de
ensino. Assim, objetivamos que você possa fixá-los.

Principais conceitos
 Com a PNPIC, novas terapias e a aplicação delas no SUS foram regularizadas.
 A PNPIC contempla procedimentos e terapias compreendidos como medicina
complementar, a exemplo da acupuntura e crenoterapia.
 A gestão da PNPIC é compartilhada entre os níveis federal, estadual e
municipal.

Referências
BRASIL. Portaria nº 702, de 21 de março de 2018. Altera a Portaria de Consolidação nº
2/GM/MS, de 28 de setembro de 2017, para incluir novas práticas na Política Nacional.
Brasília, DF: Ministério da Saúde, [2022].
BRASIL. Glossário temático: práticas integrativas e complementares em saúde. Brasília,
DF: Ministério da Saúde, 2018. Disponível em: https://bit.ly/3NuVBRJ. Acesso em: 22
fev. 2022.
BRASIL. Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS – PNPIC-
SUS. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2006.
BRASIL. Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS – PNPIC-
SUS: atitude de ampliação de acesso. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2015.
BRASIL. Portaria nº 849, de 27 de março de 2017. Inclui a Arteterapia, Ayurveda,
Biodança, Dança Circular, Meditação, Musicoterapia, Naturopatia, Osteopatia,
Quiropraxia, Reflexoterapia, Reiki, Shantala, Terapia Comunitária Integrativa e Yoga à
Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares. Brasília, DF: Ministério da
Saúde, [2022].
BRASIL. Portaria nº 971, de 3 de maio de 2006. Aprova a Política Nacional de Práticas
Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Único de Saúde. Brasília, DF:
Ministério da Saúde, [2022].
BRASIL. Portaria nº 2.761, de 19 de novembro de 2013. Institui a Política Nacional de
Educação Popular em Saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde (PNEPS -SUS).
Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2013.
BRASIL. Resolução nº 466, de 12 de dezembro de 2012. Aprova as diretrizes e normas
regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos e revoga as Resoluções
CNS nos. 196/96, 303/2000 e 404/2008. Brasília, DF: Ministério da Saúde, [2022].
Disponível em: https://bit.ly/3yOfWxs. Acesso em: 27 mar. 2022.
Unidade II
DESENVOLVIMENTO DAS PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES EM SAÚDE
(PICS) NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS)

PNPIC
A Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) contempla
diretrizes e responsabilidades institucionais de recursos terapêuticos no SUS
denominados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) de medicina tradicional e
complementar/alternativa.
As PICS podem ser ofertadas no SUS em todos os âmbitos da atenção à saúde, tanto na
atenção básica quando nos serviços da alta e média complexidade, já que a oferta
delas é transversal a toda a Rede de Atenção à Saúde.

Histórico PICS
1978: Declaração de Alma-Ata  Na Declaração de Alma-Ata, elaborada na
Conferência Internacional sobre Cuidados Primários à Saúde, em 1978, a Medicina
Tradicional Complementar e Integrativa foi incorporada na Atenção Primária à Saúde.

1986: Introdução das PICS no âmbito dos serviços de saúde  No Brasil, em 1986,
ocorreu a 8ª Conferência Nacional de Saúde, que incorporou a Medicina Tradicional
Complementar e Integrativa na Atenção Primária à Saúde.

1988: Criação do SUS e institucionalização das PICS  Em 1988, o SUS foi criado, e as
PICS foram institucionalizadas a partir das Resoluções da Comissão Interministerial de
Planejamento e Coordenação.

1996: Aprovação da incorporação das PICS no SUS  Na 10ª Conferência Nacional de


Saúde, realizada em 1996, as PICS foram incorporadas no SUS.

2003: Constituiu-se o Grupo de Trabalho – atual PNPIC  Em 2003, foi criado o grupo
de trabalho no Ministério da Saúde que futuramente daria origem à PNPIC.

2006: Implantação das PICS no SUS  Nesse ano, as PICS foram institucionalizadas no
SUS por intermédio da PNPIC, aprovada por meio de Portaria GM/MS nº 971, de 3 de
maio de 2006.

Procedimentos
Atualmente, as PICS são ofertadas gratuitamente à população pelo SUS. A seguir,
confira quais procedimentos passaram a integrar o SUS em cada ano de implantação.
2006 (5 práticas) 2017 (14 novas práticas) 2018 (10 novas práticas)
Acupuntura Arteterapia Apiterapia
Homeopatia Ayurveda Aromaterapia
Fitoterapia Biodança Bioenergética
Termalismo social/crenopterapia Dança circular Constelação familiar
Antroposofia Meditação Cromoterapia
Musicoterapia Geoterapia
Naturopatia Hipnoterapia
Osteopatia Imposição de mãos
Quiropraxia Ozonioterapia
Reflexoterapia Terapia de florais
Reiki
Shantala
Terapia comunitária integrativa

Yoga

Cenário das PICS no Brasil


O Brasil é referência mundial no que diz respeito às PICS na Atenção Básica de Saúde.
As PICS podem ser encontradas em todo o território nacional brasileiro, distribuídas
nos municípios, a depender da oferta e da demanda de cada região. Em 2019, elas
foram ofertadas em 17.335 serviços da Rede de Atenção à Saúde, estando presente
em todas as capitais (100%) e em 4.297 municípios (77%), sendo que 90% deles estão
na Atenção Primária à Saúde (APS). Nos dados parciais obtidos para o ano de 2019, a
auriculoterapia foi a prática mais ofertada, tanto na APS quanto na Média e Alta
Complexidade (MAC).

Fases de implantação das PICS


FASE 1
Definição de proposta
Levantamento dos responsáveis; diagnóstico situacional; análise organizacional.
FASE 2
Elaboração do Plano de Desenvolvimento da Implantação das PICS.
Regulamentação da oferta das PICS; capacitação profissional; apoio matricial;
cooperação horizontal; criação de serviços de especialidades em PICS; criação de
serviços hospitalares e serviços ligados às redes temáticas; cadastro dos serviços em
PICS nos SCNES (Sistema de Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde) ; divulgação
do plano.

Formas de acesso
Para ter acesso aos recursos terapêuticos ofertados pelas PICS, o usuário deve ser
encaminhado pela Unidade de Saúde da Família (USF)/Unidade Básica de Saúde (UBS)
ou ir diretamente ao local e se informar sobre a disponibilidade de horários e se a
prática desejada está sendo ofertada no seu município. Os profissionais ou
especialistas da Atenção Básica são os responsáveis pelo encaminhamento do paciente
para a realização da prática de interesse. Alguns locais também atendem por procura
espontânea, conforme definição da gestão local.

Estudo de caso: mão na massa


Chegou o momento de exercitarmos o que aprendemos por meio de uma situação
próxima à da realidade profissional.

Apresentação
Imagine que você foi contratado para elaborar um plano de implantação de
determinada PICS no SUS do município de Salvador, por se destacar na entrevista
devido ao seu excelente currículo profissional. O gestor do município – e seu chefe –
solicitou que você fosse na sala dele para obter algumas informações essenciais para a
implementação da prática que estava sendo mais procurada pela população. A
proposta já estava definida, e nesse documento você encontrou quem seriam os
atores responsáveis, o diagnóstico situacional e a análise organizacional local. Lá, seu
chefe também te deu as seguintes informações:
1. Demanda local.
2. Profissionais capacitados.
3. Estabelecimentos associados.
4. Verba disponível para implantação da prática.
5. Municípios adjacentes que tinham a prática implementada.
6. Formas de divulgação da nova prática para a população local.
7. Formas de acesso.
Em seguida, o seu chefe te pergunta se alguma informação está faltando para que
você comece a elaborar o modelo de implantação da prática voltado única e
exclusivamente para o município de Salvador, e você prontamente responde que as
informações que te foram dadas são mais do que suficientes.
Com base nessas informações e no Modelo de Implantação elaborado pelo Ministério
da Saúde, comece a pôr em prática o que você foi contratado para fazer. O desafio não
é tão grande, já que você foi considerado um dos melhores profissionais na sua área.
 É importante que você, enquanto profissional de saúde no exercício de
sua profissão, conheça sobre as práticas integrativas e
complementares no Sistema Único de Saúde. Fazendo isso, você se
tornará um profissional capacitado e cada vez mais apto para o
mercado profissional. Lembre-se: conhecimento nunca é demais!
Resolução
Como sabemos, o seu chefe, gestor de Salvador, te pediu para implementar uma
prática integrativa de acordo com a demanda local. Para isso, você fez o levantamento
de todas as práticas que ofertadas no município, assim como qual prática ainda não foi
ofertada e que estava sendo mais procurada. Com isso, você fez um rastreio nos
estabelecimentos da Atenção Primária de Saúde, USF e UBS e descobriu qual prática
estava sendo procurada com mais frequência e se já existia algum centro de referência
em Salvador para verificar a possibilidade de uma cooperação horizontal. Feito isso,
você cadastrou essa prática no SCNES e foi em busca da regulamentação e de
profissionais de saúde que tinham interesse em exercer a prática.
Dentre os profissionais capacitados, já estavam cadastrados um fisioterapeuta, um
médico clínico, uma terapeuta ocupacional e uma fonoaudióloga, ou seja, a sua equipe
multiprofissional já estava completa. Você só precisou verificar a disponibilidade de
horários com esses profissionais, para a Secretaria de Saúde de Salvador poder
divulgar à população a oferta da nova prática. Ficou combinado também com os
profissionais dos serviços de saúde que eles iriam informar, nas salas de espera das
UBS e USF, a oferta dessa atividade.

Síntese conceitual
Adiante, destacamos os principais conceitos estudados ao longo desta unidade de
ensino. Assim, objetivamos que você possa fixá-los.

Principais conceitos
 Em 2006, as PICS foram institucionalizadas no SUS por intermédio da PNPIC.
 As PICS são ofertadas pelo SUS, gratuitamente, em um total de 29
procedimentos.
 As fases de implantação das PICS no SUS são definição da proposta e
elaboração do Plano de Desenvolvimento da Implantação das PICS.

Referências
BRASIL. Glossário Temático: Práticas Integrativas e Complementares em Saúde.
Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2018.
BRASIL. Manual de Implantação de Serviços de Práticas Integrativas e Complementares
no SUS. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2018.
BRASIL. Política nacional de práticas integrativas e complementares no SUS - PNPIC-
SUS: atitude de ampliação de acesso. 2. ed. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2006.
(Série B. Textos Básicos de Saúde).

Unidade III
DESENVOLVIMENTO DAS PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES EM SAÚDE
(PICS) NO MUNDO

MTCI
Medicinas Tradicionais Complementares e Integrativas (MTCI) são a soma de
conhecimentos, capacidades e práticas baseadas em teorias, crenças e experiências de
diferentes culturas, utilizadas para manter a saúde e prevenir, diagnosticar, melhorar
ou tratar doenças físicas e mentais.

PICS no mundo
Os países, cada vez mais, desejam e continuam se movimentando para integrar a
prática da Medicina Tradicional e Complementar aos mais variados níveis de atenção
dos serviços de saúde. As MTCI abrangem um modelo de cuidado à saúde que não
consta nem faz parte da tradição do cuidado ou da medicina tida como convencional e
usual em determinado país, bem como não está, em sua totalidade, integrado ao
sistema de saúde vigente. Em alguns países, sua inserção nos sistemas de saúde
acontece de forma complementar ao sistema convencional, já em outros, esses termos
são usados, alternadamente, para fazer referência à medicina tradicional.
 No ano de 2019, houve um aumento de 79 para 109 no número de
países que realizaram a implantação ou ampliaram o número inicial do
marco legal e regulatório em medicina tradicional chinesa e indiana.

A seguir, saiba como as PICS têm sido compreendidas nas Américas, especialmente
nos Estados Unidos, e na Europa.

PICS nos EUA


A prática da medicina alternativa, nome ainda utilizado em algumas regiões dos EUA,
vem sendo substituída pela denominação Práticas ou Terapias Integrativas e
Complementares, reafirmando a importância da relação terapeuta-paciente com foco
no indivíduo como um todo. Nos Estados Unidos, é o governo quem estimula a
pesquisa e a adesão às PICS. O National Center for Complementary and Integrative
Health, que é parte do Departamento Nacional de Saúde, é o órgão responsável pela
investigação científica voltada para o uso e a segurança das intervenções de medicina
complementar e integrativa, bem como pela melhoria da saúde. As evidências
científicas permitirão que o público e os profissionais de saúde utilizem essas técnicas
para a tomada de decisões em saúde.

PICS nas Américas


Nas Américas, existe o intercâmbio com as culturas locais e ancestrais, dos povos
indígenas ou originários e tradicionais, sendo utilizadas práticas menos invasivas,
oriundas de outros países, tais como a acupuntura e a homeopatia. Cada país possui
uma variedade própria de práticas reconhecidas e institucionalizadas ou consideram
uma determinada prática de maneira distinta em relação a outro país, levando em
conta sua inserção sociocultural e suas particularidades. Brasil, Bolívia, Colômbia,
Cuba, EUA, Haiti, México, Nicarágua, Paraguai, Uruguai, Venezuela são exemplos de
países que implementam as MTCI nos serviços de saúde como oferta principal de
tratamento ou como medicina complementar.
Vale ainda mencionar que as diferentes origens das MTCI nas Américas são:
 Medicina tradicional norte-americana.
 Medicina tradicional andina.
 Medicina tradicional mesoamericana.
 Medicina tradicional amazônica.
 Medicina tradicional afro-americana.
 Medicina tradicional comunidades Rom.

PICS na Europa
As Terapias Integrativas e Complementares (TIC) é a terminologia dada às PICS no
continente europeu, sendo um conceito que é, simultaneamente, uma nova visão e
um novo paradigma da saúde, incluindo todas as práticas que promovem e melhoram
a saúde, o processo de fortalecimento e a recuperação de doenças. A European
Federation for Complementary and Alternative Medicine é o órgão responsável pela
regulamentação das práticas em 23 países, visando melhorar a disponibilidade e o
acesso aos serviços das PICS, garantindo os direitos profissionais, a regulamentação e o
desenvolvimento de projetos nessa área. Na Europa, a abordagem das TIC e suas
formas de aplicação podem mudar radicalmente de um país para outro e, até mesmo,
dentro de um único país, entre diferentes grupos socioeconômicos. Existem mudanças
significativas no tratamento, nas regras e nomenclaturas das práticas que são
diferentes, não havendo padronização de procedimentos e terapias.

Estudo de caso: mão na massa


Adiante, será apresentada uma situação em que você poderá aplicar os seus
conhecimentos sobre as PICS.

Apresentação
Imagine que você é um profissional de saúde com especialização em PICS e que
trabalha na Rede Regional em MTCI para as Américas. A rede é uma iniciativa inclusiva,
de governança horizontal, da qual participam, atualmente, diversas instituições de 15
países, incluindo Argentina, Brasil, Bolívia, Chile, Colômbia, Cuba, Equador, EUA,
Guatemala, México, Nicarágua, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela.
 A rede de MTCI para as Américas articula as instituições que geram
políticas, regulam, formam profissionais, pesquisam, desenvolvem
programas e educam o público em geral no tocante aos diversos
sistemas médicos e terapêuticos das MTCI, e que, por meio da
colaboração e da gestão do conhecimento, apoiam a tomada de
decisões em diferentes âmbitos, a fim de aproveitar as contribuições
potenciais das MTCI à saúde com segurança, qualidade e pertinência.

Você escolheu trabalhar lá pois a Rede Regional em MTCI para as Américas é uma
iniciativa colaborativa com diversos atores sociais (organizações, instituições
governamentais e não governamentais, entre outros) criada para desenvolver uma
agenda comum e avançar rumo à integração das MTCI nos sistemas e serviços de
saúde dos países da América, de acordo com os contextos nacionais.
Você foi contratado para ser coordenador de uma equipe responsável por:
 Regulamentação.
 Criação de políticas públicas.
 Formação de profissionais.
 Pesquisa e desenvolvimento.
 Desenvolvimento de programas para educação do público em geral em relação
aos diversos sistemas médicos e terapêuticos das MTCI existentes.
Você já contratou a sua equipe multiprofissional e, agora, precisa criar políticas
públicas, regulamentar as práticas existentes no continente americano, formar e
capacitar profissionais, validar cientificamente as MTCI e desenvolver programas para
informar o público geral sobre as MTCI existentes e disponíveis. Como você pode
resolver esse problema?

Resolução
Como você atua na Rede Regional em MTCI para as Américas, é possível:
Estabelecer laços de cooperação: Estabelecer laços de cooperação entre os atores
sociais dos países da região das Américas e desenvolver diferentes aspectos das MTCI:
políticas públicas, regulação (de práticas, produtos e profissionais), formação de
recursos humanos, pesquisa, educação em saúde e prestação de serviços de saúde.
Compilar e sistematizar informações: Compilar e sistematizar informações técnicas,
científicas, regulatórias e de políticas públicas em MTCI nas Américas por meio de uma
base de dados e da BVS em MTCI a partir da colaboração entre atores em nível
regional.
Gerir a BVS em MTCI: Gerir a BVS (Biblioteca Virtual em Saúde) em MTCI como um
espaço de encontro entre os diversos atores sociais que trabalham em MTCI na região
das Américas com o objetivo de desenvolver um panorama regional sobre os
diferentes aspectos das MTCI, facilitar a troca de experiências, facilitar o acesso à
informação científica, técnica e de educação em saúde, apoiar o fortalecimento de
capacidades e a visibilidade de boas práticas.
Promover a pesquisa: Promover a pesquisa colaborativa em MTCI na região das
Américas.
Favorecer o resgate de conhecimentos: Favorecer, de maneira participativa, o resgate
dos conhecimentos ancestrais, incluindo a medicina tradicional indígena e de outras
diversidades étnicas.
Promover a visibilidade: Promover a visibilidade, em nível mundial, das políticas
públicas, modelos de integração, saberes e práticas das medicinas tradicionais, dos
desenvolvimentos conceituais e de pesquisas em MTCI realizadas na região das
Américas.
Apoiar processos de tomada de decisões: Apoiar os processos de tomada de
decisões para a integração das MTCI aos sistemas e serviços de saúde na região das
Américas, de acordo com os contextos nacionais, seguindo as recomendações da
Estratégia OMS de Medicina Tradicional.

Síntese conceitual
A seguir, destacamos os principais conceitos estudados ao longo desta unidade de
ensino. Assim, objetivamos que você possa fixá-los.

Principais conceitos
 Pelo mundo, cada país apresenta uma variedade própria de terapias,
metodologias e condutas reconhecidas e institucionalizadas ou qualifica
determinada terapia de maneira distintiva em relação a outro país,
considerando sua inserção sociocultural e suas particularidades.
 Na Europa, abordagem e formas de aplicação das PICS podem mudar
radialmente de um país para outro e, até mesmo, dentro de um único país,
entre diferentes grupos socioeconômicos.
 Nas Américas, existe o intercâmbio com as culturas locais e ancestrais, dos
povos indígenas ou originários e tradicionais, sendo utilizadas práticas menos
invasivas.
 Nos EUA, é o governo que estimula a pesquisa e a adesão às PICS. Acupuntura,
quiropraxia, massoterapia são exemplos de práticas que são cobertas pelos
seguros de saúde.

Referências
BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de implantação de serviços de práticas
integrativas e complementares no SUS. 1. ed. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2018.
BRASIL. Ministério da Saúde. Práticas integrativas e complementares (PICS). Brasília,
DF: Ministério da Saúde, 2020. Disponível em: https://bit.ly/3z6UTGF. Acesso em: 25
maio 2022.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria Executiva. Secretaria de Atenção à
Saúde. Glossário temático: práticas integrativas e complementares em saúde. Brasília,
DF: Ministério da Saúde, 2018.
NACIONAL CENTER OF COMPLEMENTARY AND INTEGRATIVE
HEALTH. Complementary, alternative, or integrative health: what’s in a name? 2021.
Disponível em: https://bit.ly/3MSRCyF. Acesso em: 25 maio 2022.
WORLD HEALTH ORGANIZATION. Report on financial and administrative implications
for the secretariat of resolutions proposed for adoption by the executive board or
health assembly. 2014. Disponível em: https://bit.ly/38lMm7x. Acesso em: 25 maio
2022.

Unidade IV
INOVAÇÕES EM TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES

Revisão da unidade
A seguir, retomaremos conceitos sobre a medicina do estilo de vida, inovações em
PICS e equipes multipliciplinares.

Medicina do estilo de vida


De acordo com a OMS, o consumo excessivo de bebidas alcoólicas, tabagismo,
sedentarismo e má alimentação são hábitos de vida não saudáveis que estão entre as
principais causas das doenças crônicas não transmissíveis. A medicina do estilo de vida
pode ser definida como uma abordagem interdisciplinar voltada para a promoção da
saúde e prevenção de doenças por meio da manutenção de hábitos de vida saudáveis.
 Nesse contexto, os programas de prevenção e promoção da saúde são
extremamente importantes, pois eles melhoram o estado de saúde e a
qualidade de vida de pessoas, famílias, comunidades, estados e países,
e reduzem tanto mortes prematuras quanto os custos com
tratamentos médicos.

PILARES DA MEDICINA DO ESTILO DE VIDA


 ATIVIDADE FÍSICA;
 ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL;
 CONTROLE DE TÓXICOS;
 SAÚDE DO SONO;
 CONEXÕES PESSOAIS E INTERPESSOAIS;
 SAÚDE MENTAL.

Evolução das PICS


Quanto ao processo de evolução em terapias integrativas e complementares, podemos
listar precedentes históricos importantes para a implementação e consolidação
da PNPIC, em 2006:

1960: Movimento de contracultura;


1970: Programa de medicina tradicional, instituído pela OMS, e reforma sanitária
brasileira;

1988: Criação do Sistema Único de Saúde (SUS);


1986-2003: Relatórios da 8ª, 10ª, 11ª e 12ª Conferência Nacional de Saúde
(recomendando a incorporação das PICS no SUS).
A implementação das terapias integrativas e complementares na atenção primária à
saúde ocorre por meio destas quatro etapas:
ETAPA 1: Estabelecimento de responsáveis Consiste na definição do núcleo
responsável pela implantação e solidificação das PICS.
ETAPA 2: Análise situacional - Trata-se do mapeamento de profissionais competentes
já existentes.
ETAPA 3: Processo de regulamentação - Implica a organização do acesso, além da
regulamentação.
ETAPA 4: Ciclo de implantação - Envolve pactuação de planos locais, tutoria e
atividades de educação permanente em saúde.

Inovações e vantagens em PICS


No SUS, a inovação pode ser utilizada para solucionar os problemas dos sistemas de
saúde por meio da pesquisa e desenvolvimento. Um desses problemas é a falta de
embasamento científico que as PICS têm e como isso afeta a sua inserção nos
tratamentos que são indicados para os pacientes. Visando transpor esse problema, a
OPAS (Organização Pan-Americana da Saúde) e a OMS estão sistematizando as
evidências científicas em medicinas tradicionais complementares e integrativas para
preencher as lacunas no conhecimento de algumas práticas.

Física quântica, epigenética e medicina de precisão são exemplos das áreas da ciência
que vêm sendo utilizadas com essa finalidade. Porém, diversos estudos clínicos ainda
precisam ser conduzidos para que os mecanismos fisiológicos das PICS sejam
elucidados e comprovados cientificamente.

Atuação profissional em PICS


Adaptabilidade e inovação são habilidades essenciais para todas as profissões de saúde
e, quando aliadas à amplitude e versatilidade terapêutica das PICS, nos permitem
obter tratamentos alternativos vantajosos que visam o bem-estar físico e emocional do
indivíduo. Desde que tenha formação necessária para a prática específica, o
profissional de saúde pode realizá-la dentro do conceito de atenção e cuidado à saúde.
Enfermeiro, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, farmacêutico e biomédico são exemplos de
profissionais que podem se capacitar para atuar em PICS, sendo que a atuação em PICS
vai depender das resoluções de cada conselho de classe de cada área de formação .

Equipes
As equipes que compõem o quadro de profissionais atuantes em PICS de um
estabelecimento de saúde são responsáveis pelo compartilhamento de saberes
multidisciplinares, cuja transversalidade do cuidado está pautada na oferta do cuidado
próximo da vida das pessoas, em seu contexto social e familiar. O processo de cuidado
exige uma intrínseca interação entre as diferentes categorias profissionais que
compõem as equipes de saúde do SUS.
 Busca-se assistência qualificada de caráter multiprofissional, no ensino
e na busca por saberes, na atenção para com as questões gerenciais e
normas instituídas e na realização de educação e promoção da saúde.
Práticas em grupo
As práticas integrativas e complementares precisam ser mais divulgadas tanto para a
sociedade quanto para profissionais da área da saúde, trazendo uma qualificação e o
entendimento para esses profissionais, visando, assim, à melhoria para atender aos
pacientes com mais humanização. As PICS precisam ser mais divulgadas tanto para a
sociedade quanto para profissionais da área da saúde. Em vista disso, destacamos a
seguir as práticas em grupo que podem ser realizadas no SUS.

Arteterapia: Técnica artística visual expressiva terapêutica, que favorece a saúde


mental e física do usuário por meio da análise do inconsciente e do consciente. Usa a
arte como meio de comunicação entre paciente e profissional, em grupo ou
individualmente.
Bioenergética: Prática terapêutica realizada em grupo advinda da psicanálise que
busca entender a personalidade em termos do corpo e de seus processos energéticos.
Isso está relacionado à energia que existe em cada indivíduo que está associada ao seu
estado de vitalidade. Energia que é produzida por meio da respiração e como
resultado do metabolismo energético e que existe em cada indivíduo e está associada
ao seu estado de vitalidade.
Biodança: Prática expressiva corporal que visa restabelecer a renovação e o equilíbrio
emocional e físico, necessários para o desenvolvimento humano, por meio dos
movimentos da dança, do canto, da música e de atividades em grupo. Promove a
renovação orgânica, integração, comunicação e a resistência ao estresse.
Constelação familiar: Por meio do conhecimento das bases que fundamentam o
relacionamento humano e do inconsciente familiar, é possível criar condições para que
o indivíduo seja direcionado para o crescimento e cura. É uma prática que pode ser
realizada em grupo, em atendimentos individuais ou durante workshops, abordando
um tema a cada encontro.
Dança circular: Método expressivo corporal que utiliza o canto, o ritmo e a dança de
roda para promover o auxílio mútuo, a igualdade e a integração humana objetivando o
bem-estar mental, emocional, físico e social. Geralmente realizada em grupos, em que
as pessoas dançam em círculos, acompanhando com movimentos de braços e mãos e
com cantos.
Musicoterapia: Técnica expressiva que usa a música (ritmo, som, harmonia e melodia)
no seu mais amplo sentido de forma individual ou em grupo. Promove a comunicação,
expressão, relação interpessoal, aprendizagem, atendendo necessidades emocionais,
espirituais, mentais, cognitivas e sociais do paciente.
Terapia comunitária integrativa: Prática integrativa realizada em grupo que envolve os
membros da comunidade e acontece em espaços abertos. A experiência de vida de
cada indivíduo e o conhecimento são fundamentais para a troca de experiências, apoio
emocional e diminuição do isolamento social.

Acupuntura
A acupuntura é um exemplo de PICS que, atualmente, é regulamentada em todas as
profissões de saúde. Conheça, agora, exemplos de situações em que a acupuntura
pode ser utilizada dentro do contexto de diferentes áreas:

Fisioterapia: Condições neurológicas, orto-traumáticas, musculoesqueléticas e


desporto.
Fonoaudiologia: Paralisia facial, sequelas de acidente vascular encefálico, lesão do
nervo trigêmeo, obstrução nasal, disfunção da articulação mandibular, zumbido.
Biomedicina: Fins estéticos e tratamento dos sistemas respiratório, digestório,
neurológico.
Farmácia: Odontalgias pós-operatórias, náuseas e vômitos pós-quimioterapia ou
cirurgia em adultos.
Psicologia: Hiperatividade e déficit de atenção, doenças mentais, depressão pós-parto,
esclerose múltipla, stress, depressões.

Estudo de caso: mão na massa


Estudante, chegou a hora de você aplicar tudo o que aprendeu, nesta unidade, sobre
as inovações em PICS. Vamos lá!

Apresentação
Imagine que você é um profissional de saúde formado e com especialização para
trabalhar com acupuntura. Enquanto procurava por uma oferta de trabalho, você se
deparou com a vaga:
PROFISSIONAL DE SAÚDE ESPECIALIZADO EM PICS:
Pré-requisitos:
 Experiência profissional na atenção primária da saúde (APS), voltada tanto para
atuação profissional quanto para gestão.
 Experiência profissional como membro de uma equipe multidisciplinar em PICS.
 Especialização em PICS que podem ser realizadas em grupos.
 Especialização em pesquisa e desenvolvimento em medicina e saúde
integrativa.
 Experiência em medicina do estilo de vida e interface com terapias alternativas
e complementares.
Para ser selecionado, além de preencher os pré-requisitos citados, você precisa passar
por uma etapa de análise curricular e por uma entrevista com o chefe do
estabelecimento de saúde do seu município. Por se destacar na entrevista devido ao
seu excelente currículo profissional, você foi selecionado para próxima etapa. Nessa
etapa, você deve elaborar um projeto, com quatro itens.
Lembre-se
É importante que você, enquanto profissional de saúde no exercício de sua profissão,
conheça sobre as inovações em terapias integrativas e complementares. Fazendo isso,
você se tornará um profissional capacitado e cada vez mais apto para o mercado
profissional.
Lembre-se que conhecimento nunca é demais!
Itens do projeto:
 Determinação de uma prática validada cientificamente.
 Plano de implantação voltado para atenção primária.
 Profissionais para compor a equipe multiprofissional.
 Interface com a medicina do estilo de vida.

Resolução
Com base no seu vasto conhecimento em pesquisa e desenvolvimento em medicina e
saúde integrativa, você optou pela escolha de uma prática que fosse validada
cientificamente para que pudesse ser utilizada como tratamento complementar ao
tratamento convencional segundo as diretrizes da OMS. Sim, você optou pela
acupuntura!
Como a atenção primária é desenvolvida com o mais alto grau de descentralização e
capilaridade, ocorrendo no local mais próximo da vida das pessoas, para implantar a
acupuntura na atenção primária do seu município você definiu as seguintes etapas:
ETAPA 1 Estabelecimento de responsáveis:
ETAPA 2 Análise situacional:
ETAPA 3 Processo de regulamentação:
ETAPA 4 Ciclo de implantação:
Segundo o que aprendemos, as equipes que compõem o quadro de profissionais
atuantes em PICS de um estabelecimento de saúde são responsáveis pelo
compartilhamento de saberes multidisciplinares, cuja transversalidade do cuidado está
pautada na oferta do cuidado próximo da vida das pessoas, em seu contexto social e
familiar. Assim, para compor a equipe multiprofissional, você optou por profissionais
de saúde capacitados e atuantes em PCIS incluindo um fisioterapeuta, um
farmacêutico, um médico clínico, uma terapeuta ocupacional, um biomédico, uma
fonoaudióloga, ou seja, a sua equipe multiprofissional já estava completa!
O último passo foi estabelecer uma relação entre a acupuntura e os princípios
fundamentais da medicina do estilo de vida, que são: atividade física, controle de
tóxicos, saúde do sono, conexões pessoais e interpessoais, saúde mental e
alimentação saudável. Sabendo que:
A medicina do estilo de vida consiste em uma abordagem multidisciplinar que
reconhece o ser humano como promotor de seu bem-estar e saúde, por meio da
interação com o meio em que vive e com seus hábitos de vida.
A acupuntura é uma abordagem terapêutica que estimula pontos espalhados por todo
o corpo através da inserção de agulhas metálicas finas visando a prevenção de agravos
e doenças, a manutenção, a promoção e a recuperação da saúde.
Você concluiu o seu projeto informando que uma interface entre a acupuntura e a
medicina do estilo de vida poderia ser estabelecida com o objetivo de tratar, prevenir
ou reverter doenças associadas.

Síntese conceitual
A seguir, destacamos os principais conceitos estudados ao longo desta unidade de
ensino. Assim, objetivamos que você possa fixá-los.

Principais conceitos
 A medicina do estilo de vida é uma abordagem interdisciplinar pautada em
hábitos saudáveis.
 Adaptabilidade e inovação são habilidades que, quando aliadas às PICS,
possibilitam tratamentos alternativos vantajosos.
 As PICS demandam equipe multiprofissional.
 A implementação das PICS deve seguir estas etapas: estabelecimento dos
responsáveis; análise situacional; regulamentação; e ciclo de implantação.
 Como exemplo de PICS, destacamos a acupuntura e as práticas grupais, como
constelação familiar, dança circular e bioenergética.

Referências
BRASIL. Ministério da Saúde. Glossário Temático - Práticas Integrativas e
Complementares em Saúde. 1 ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2018.
BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de Implantação de Serviços de Práticas
Integrativas e Complementares no SUS. 1 ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2018.
BRASIL. Ministério da Saúde. Política nacional de práticas integrativas e
complementares no SUS - PNPIC-SUS: atitude de ampliação de acesso. 2 ed. Brasília:
Ministério da Saúde, 2006. (Série B. Textos Básicos de Saúde).

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