Prótese Parcial Removível (Miguel Luiz Da Silva) (250522)
Prótese Parcial Removível (Miguel Luiz Da Silva) (250522)
Prótese Parcial Removível (Miguel Luiz Da Silva) (250522)
ODONTOLOGIA
CUIABÁ/MT
2022
MIGUEL LUIZ DA SILVA
CUIABÁ/MT
2022
MIGUEL LUIZ DA SILVA
Professor(a) Orientador(a):
__________________________________
Professor(a) Avaliador(a):
__________________________________
Professor(a) Avaliador(a)
__________________________________
Coordenador(a) do Curso de Odontologia
__________________________________
FACULDADE FASIPE-CPA DE CUIABÁ
CUIABÁ/MT
2022
DEDICATÓRIA
AGRADECIMENTOS
Na área da odontologia reabilitadora a PPR é uma das opções de escolha para os pacientes. É
um dos tipos de reabilitação parcial com o custo mais baixo, quando comparado com implantes
dentários, por exemplo. Devolverá: a função mastigatória, a fonética, fator social e até
psicológica. Para o dentista é um desafio pois envolve vários passos até a instalação final e
entrega da prótese ao paciente. O planejamento da PPR requer diversos procedimentos como
desgastes, transferências e moldagens, onde cada etapa é necessária para o assentamento e
adaptação com o objetivo de atingir o sucesso na reabilitação. Dentre as etapas para a confecção
da PPR a moldagem ainda é um desafio grande, principalmente pelo risco das distorções do
material de moldagem e bolhas nos modelos. Com o objetivo de facilitar esta etapa, onde se é
necessária a cópia fiel das arcadas, surge o sistema digital, e com a utilização de determinados
aparelhos, como o scanner, o dentista consegue eliminar o risco da distorção, além de ter
vantagens como eliminação da contaminação de materiais enviados ao laboratório protético e
agilidade na confecção do procedimento. Este trabalho teve como objetivo analisar os processos
que envolvem a reabilitação com a PPR, e o que as transformações digitais trouxe para o
profissional, paciente e para a odontologia. Para isto, foi utilizado a revisão bibliográfica,
realizada a partir do levantamento de artigos científicos coletados em bancos de dados de
publicações cientificas, como Google Acadêmico, PubMed, Bireme. Também foram inclusos
os livros que são utilizados como referência na área de prótese.
In the area of rehabilitation dentistry, PPR is one of the options of choice for patients. It is one
of the types of partial rehabilitation with the lowest cost, when compared to dental implants,
for example. It will return: the masticatory function, phonetics, social and even psychological
factor. For the dentist it is a challenge because it involves several steps until the final installation
and delivery of the prosthesis to the patient. PPR planning requires several procedures such as
wear, transfers and moldings, where each step is necessary for settlement and adaptation in
order to achieve success in rehabilitation. Among the steps for making the PPR, the molding is
still a big challenge, mainly due to the risk of distortions of the molding material and bubbles
in the models. In order to facilitate this step, where a true copy of the arches is needed, the
digital system appears, and with the use of certain devices, such as the scanner, the dentist is
able to eliminate the risk of distortion, in addition to having advantages such as elimination
contamination of materials sent to the prosthetic laboratory and agility in the preparation of the
procedure. This study aimed to analyze the processes that involve rehabilitation with PPR, and
what digital transformations have brought to the professional, patient and dentistry. For this, a
bibliographic review was used, carried out from the survey of scientific articles collected in
databases of scientific publications, such as Google Scholar, PubMed, Bireme. Books that are
used as a reference in the area of prosthesis were also included.
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 8
2. DESENVOLVIMENTO.................................................................................................. 10
2.1. Nomenclatura e Possibilidades da Prótese Parcial removível ..................................... 10
2.2. Dados Epidemiológicos.................................................................................................... 12
2.3. Modelo de estudo e modelo funcional ............................................................................ 12
2.4. Obtenção do modelo e planejamento PPR .................................................................... 13
2.5. Importância da adaptação e higiene da PPR ................................................................ 14
2.6. Fluxo digital e PPR .......................................................................................................... 15
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................. 17
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 18
8
1. INTRODUÇÃO
2. DESENVOLVIMENTO
A prótese parcial removível é uma estrutura que utilizamos para repor de forma parcial
a ausência dos dentes naturais. A falta dos elementos dentários para a cavidade oral acarreta
perdas nas suas funções básicas de mastigação e fonação, o que capacita a prótese devolver
estas funções além de restaurar a estética facial (AMARAL, 2016).
Desde 1920 estudiosos da escola americana de odontologia, como Kennedy, Applegate,
estudam a PPR com a finalidade de classificá-la para melhor, estes estudos foram de extrema
importância e é utilizado até os dias de hoje. Pela longevidade dos estudos sobre a PPR, é uma
prótese que tem muita bagagem cientifica, sendo muitas vezes a melhor escolha para uma
adequada reabilitação (GIL,1998).
Ao que se refere a nomenclatura, estas definem o termo desta prótese de acordo com
cada palavra: Prótese pois cuida da reposição dos tecidos que faltam sendo substituídos por
dentes artificiais. Parcial pois o paciente ainda tem alguns elementos em boca, sendo este
parcialmente desdentado e Removível pois esta prótese é confeccionada com a finalidade de
ser removida e reposicionada para que haja a manutenção da higiene corretamente
(KLIEMANN, 2011).
A PPR ainda pode ser chamada de pontes moveis, aparelhos parciais moveis e aparelhos
parciais removíveis (DIFIORI, 1983).
As PPR’s estão indicadas em casos de extremidades livres uni ou bilaterais, ausência de
suporte posterior (PIGOZZO, 2013).
A perda dos dentes altera as funções naturais do paciente, mas a questão estética é o
principal motivo que leva o paciente a procurar por reabilitação protética, pois afeta a
autoimagem e a interação social do paciente com outros indivíduos. Muitas vezes é um desafio
para os profissionais devolver a estética pois além dos dentes há outras estruturas que garantem
11
maior naturalidade (suporte labial, aumento da dimensão vertical de oclusão). A estética pode
ser o principal motivo para a busca de profissionais, mas é necessário identificar quaisquer
outras alterações que pode ter modificado o funcionamento do sistema tais como: a mastigação
e a fonação (CARR, 2011).
Além dos fatores já citados, a perda dentária pode gerar ao paciente problemas
psicológicos, pelo sentimento de incompletude e constrangimento (COSTA et al., 2016).
Mesmo sendo uma opção prática e acessível de reabilitação, deve ser considerado as
limitações motoras dos pacientes, nesse caso a PPR não é indicado pois o que a delibera
removível é sua facilidade de poder ser inserida na boca ou removida pelo próprio paciente,
devido ao risco de acidentes, em virtudes dos grampos e outras estruturas da PPR podendo
lesionar a cavidade oral, ou até mesmo a deglutição ou broncoaspiração deste tipo de prótese
(HIDALDO, 013).
Algumas vezes a PPR acaba interferindo na estética dependendo da configuração dos
dentes que servirão de pilar, e como opção de melhora na estética da prótese o paciente pode
optar por um encaixe de precisão como por exemplo a prótese adesiva, este tipo de prótese
requer que os elementos vizinhos ao espaço protético tenham um encaixe, e este pode variar de
forma, tamanho e flexibilidade. Pela alta demanda estética esta opção se torna uma alternativa
para a estabilização da PPR, aumentando a satisfação do cliente melhorando a estética da
prótese (COSME et al., 2005).
No universo da PPR podemos observar uma infinidade de opções para a sua
estabilização e funcionalidade para aumentar a estética e melhor conforto do paciente que à
utiliza. Opções como os Attachmentes, que são dispositivos pré-fabricados e seus componentes
são acoplados na PPR com as finalidades de aumentar a estética da prótese, o seu uso muitas
vezes substitui o uso de grampos (VASCONCELLOS et al., 2013).
Outra possibilidade é a PPR overlay com recobrimento oclusal, tem como objetivo a
restaurar a Dimensão Vertical de Oclusão (DVO) e reduzir os prejuízos que esta perda causa
ao sistema estomatognático (GOMES, 2019).
Com o advento de novos tempos, a PPR acaba sendo tratada como um tratamento
ultrapassado. No sentido de que o foco da odontologia seja a prevenção e pacientes que
necessitem reabilitar espaços protéticos, são direcionados para realizarem próteses fixas sobre
implante. No Brasil existe esta tendência de reabilitação principalmente nos centros onde o fator
econômico não interfere na escolha reabilitadora, mas a quantidade de planejamentos elegendo
a PPR como escolha devido seu custo baixo e funções biomecânicas e estéticas, ainda são muito
grandes (MORAIS, 2015).
12
Pesquisas nos Estados unidos mostraram que mesmo a alta de uso de próteses
implantossuportadas, a PPR ainda é uma opção que estará longe de entrar em desuso. Outros
fatores que ainda tornam a PPR a primeira escolha em reabilitações parciais são em casos que
o paciente tenha funções de microcirculação prejudicada, assim como é na diabetes, em
algumas doenças hepática e em caso de pacientes fumantes crônicos (NETO et al., 2011).
O bom planejamento da PPR garante que será uma estrutura que não causará irritação
dos tecidos, cáries, interferência na fala, mobilidade e efeito de torque nos dentes e possível
perda dos pilares (TUDEIA, 2018).
As próteses removíveis dependem de vários fatores para a sua estabilização e adaptação
correta em boca. Cerca de 50% das PPRs realizadas não são utilizadas pelos pacientes, a falta
de planejamento resulta em falta de preparos, nichos e plano guias que entre outros
componentes biodinâmicos fazem com que a peça entre e não esteja corretamente adaptada
(Kaiser, 2002).
Essa correta adaptação da prótese, gera conforto e não machuca o paciente. A má
adaptação, a falta de higiene pode causar reabsorção ósseas, provocando lesões e dor, sendo as
causas de maior desistência do paciente ao tratamento reabilitador com a PPR. As maiores
lesões por adaptação incorreta e má higiene são: estomatite protética, queilite, úlcera por
trauma, candidíase e hiperplasia fibrosa inflamatória. Se a PPR for um fator de retenção de
15
Atualmente vivemos na era digital, e assim como ocorre no mundo, a odontologia passa
a incorporar novos processos, técnicas, materiais e equipamentos. Isso gera o desenvolvimento
de melhorias na qualidade, que como vimos que a prótese que não tem adaptação adequada
reduz a adesão do paciente a permanecer com a reabilitação protética. A tecnologia CAD CAM
teve início na odontologia em 1971, desde esta época a digitalização do modelo através de
scanners de bancada e assim já era realizado o modelo digital, a partir daí, enviado para um
software para a produção do projeto. E então uma máquina realizaria a usinagem do que foi
projetado. No decorrer dos anos houve a evolução dos scanners e a captação de imagem passou
a ser diretamente na cavidade oral. A mudança de moldagem analógica para a moldagem digital
trouxe como benefício aumento da precisão e consequentemente melhor adaptação (ROCHA,
2021).
16
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A prótese parcial removível é um dos tipos de reabilitação parcial com o valor mais
acessível, que pode devolver: a função mastigatória, da fonética, fator social e até psicológico.
Sua adaptação é essencial para uma boa higienização e longevidade do trabalho
reabilitador protético.
Faz-se necessário e fundamental que o Cirurgião Dentista (Protesista) tenha um amplo
conhecimento e que seja respeitado cada etapa do seu processo de fabricação, e adaptação para
obtenção de uma reabilitação oral satisfatória.
Com esta pesquisa, foi possível concluir que mesmo havendo necessidade de maior
literatura à vir se tornar disponível, os recursos digitais para a confecção da Prótese Parcial
Removível (PPR) existente nos dias atuais no mercado, favorecem os procedimentos clínicos e
laboratoriais para a melhor confecção deste tipo de prótese, principalmente por permitir obter
um modelo de gesso o mais fiel possível à boca do paciente, levando-se em consideração a
extrema necessidade de tal modelo (bem como sua fidelidade à anatomia bucal de cada
paciente), pois não se faz PPR diretamente na boca.
18
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