Eleições (Parte 2)
Eleições (Parte 2)
Eleições (Parte 2)
Autor:
Ricardo Torques
26 de Março de 2023
Sumário
1 - Voto Secreto.............................................................................................................................................. 3
6 - Recontagem ............................................................................................................................................... 6
Gabarito ........................................................................................................................................................... 58
Atos
Cédula de Mesas
Voto secreto Preparatórios Seções Eleitorais
votação Receptoras
para a votação
Polícia dos
Fiscalização das Material de
Local de Votação Trabalhos Voto em Trânsito
Eleições Votação
Eleitorais
Encerramento da
Voto no Exterior
votação
Boa aula!
VOTAÇÃO MANUAL
1 - Voto Secreto
O voto, instrumento pelo qual os eleitores expressam sua vontade, de acordo com a Constituição, é cláusula
pétrea, portanto suas principais características não podem ser reduzidas ou abolidas, nem mesmo por
emenda constitucional. Segundo o inc. II, do §4º, do art. 60 da CF.
DIRETO – deve ser exercido diretamente pelo próprio cidadão, sem intermediários.
Atualmente, existe apenas uma modalidade de eleição indireta que está prevista no art.
81 §1º da CF, havendo vacância dos cargos de Presidente e de Vice-Presidente nos dois
últimos anos de mandato. Não há questionamentos sobre essa regra vez que foi prevista
pelo Poder Constituinte Originário.
O CE traz apenas uma regra em relação ao voto, prevista no art. 103. Esse dispositivo possui menor
relevância, pois ele foi “pensado” em 1965, quando houve edição do Código Eleitoral. Àquela época, a
votação era manual.
Hoje, a votação manual é excepcionalíssima. Vale dizer: apenas se houver algum defeito irrecuperável na
urna eletrônica e não houver como substituí-la é que será utilizada a votação por intermédio de cédulas.
Dessa forma, vamos passar por esses assuntos de forma breve e objetiva, uma vez que, “teoricamente”, tais
assuntos podem ser exigidos em prova.
O art. 103, do CE, do qual falávamos, prevê algumas formas de assegurar o sigilo do voto, direito público
subjetivo do eleitor que garante sua liberdade de escolha, quais sejam:
Havendo ruptura no sigilo, de acordo com o art. 220 IV do CE, a votação será considerada nula.
Atualmente, as regras relativas à votação manual observam a Lei das Eleições, mais especificamente os
dispositivos constantes do art. 82 ao 89. Portanto, será necessário estudar os dispositivos do CE em análise
conjunta com a Lei das Eleições.
2 - Cédula Oficial
Em relação à cédula oficial de votação, leia inicialmente a regra constante do art. 104, do CE.
Não devemos nos preocupar em memorizar o dispositivo acima, tendo em vista que não encontramos
questões anteriores de concurso sobre a matéria. Em síntese, o dispositivo fixa regras na emissão das cédulas
de papel. Trata, inclusive, da ordem dos candidatos que aparecerá nas cédulas e como se dará a inscrição de
novo nome em caso de substituição de candidato após a emissão do documento em papel.
Regramento semelhante consta do art. 83, da Lei das Eleições. Apenas para agregar conhecimento, façamos
um comentário. Na emissão da cédula de papel, serão confeccionados dois modelos: um para as eleições a
cargos majoritários, que será na cor amarela, e outro para as eleições a cargos proporcionais, que será na
cor branca.
Assim:
CARGOS PROPORCIONAIS: haverá espaço para que o eleitor escreva o nome, o número do
candidato, a sigla ou o número do partido.
O procedimento de votação manual observa a regra contida no art. 84, da Lei das Eleições.
Vocês conseguem imaginar uma questão trocando as cores acima para as eleições
majoritárias e proporcionais?
Não, não é mesmo? Nem eu consigo cogitar uma questão nesses termos. Então, sem maiores digressões,
sigamos!
4 - Determinação do voto
Na hipótese de dúvida entre o número e o nome, prevalecerá o número do candidato na forma do art.
85 do CE.
Considera-se voto de legenda, na cédula para votação proporcional, se o eleitor assinar o número do
partido no local previsto na cédula conforme art. 86.
No procedimento manual, a figura do fiscal de partido é destacada, uma vez que ele poderá acompanhar os
atos de apuração. Segundo a Lei das Eleições, os fiscais deverão permanecer, nos atos de apuração, a uma
distância não superior a um metro da mesa.
Para evitar fraudes e facilitar a fiscalização os escrutinadores e seus auxiliares usarão canetas da cor
vermelha, já que na votação o eleitor usará canetas na cor azul. Acreditem, essa regra existe e consta do art.
87.
6 - Recontagem
Para finalizar esse primeiro tópico da aula, vejamos o art. 88, que disciplina as hipóteses nas quais haverá
determinação de recontagem dos votos.
Art. 88. O Juiz Presidente da Junta Eleitoral é obrigado a recontar a urna, quando:
Em razão disso, o CE, no Título II, disciplina os “atos preparatórios da votação”. Assim, são dezenas de
dispositivos que trazem regras voltadas para a organização das eleições.
Os servidores da Justiça Eleitoral serão os responsáveis por preparar tudo para o pleito. Dessa forma, as
regras que veremos a seguir disciplinam atividades a serem desempenhadas pelos servidores, o que justifica
o nosso estudo.
Devemos, contudo, estar atentos, pois muitos dos dispositivos que veremos restam inaplicáveis em razão de
alterações do procedimento eleitoral por legislações específicas e, especialmente, por conta da
informatização do processo eleitoral brasileiro.
Nesse sentido, encarem o estudo com mais tranquilidade. Quando for realmente relevante para a prova,
faremos o alerta.
Vimos, por diversas vezes em nosso curso, que nenhum requerimento de inscrição eleitoral ou
de transferência será recebido dentro dos 150 dias anteriores à data da eleição. É o período
em que o cadastro eleitoral encontra-se fechado. Contudo, pode ocorrer de o interessado
efetuar o pedido de transferência, por exemplo, e tal requerimento demorar a ser analisado,
dadas as diligências e as atividades internas da Justiça Eleitoral. Em razão disso, fixa o art. 114,
do CE, uma obrigação voltada para a Justiça Eleitoral:
ATÉ 70 DIAS ANTES DAS ELEIÇÕES TODOS OS REQUERIMENTOS DE ALISTAMENTO DEVEM TER SIDO
ANALISADOS E, SE NECESSÁRIO, OS RESPECTIVOS TÍTULOS DEVEM ESTAR PRONTOS PARA ENTREGA AOS
ELEITORES
Evidentemente que a regra acima torna-se, em grande medida, obsoleta. Hoje, ao comparecer à Justiça
Eleitoral, caso esteja tudo regular, o cidadão sai do cartório eleitoral com o título em mãos, confeccionado
no próprio ato.
Contudo, a regra existe, não está revogada e, em tese, poderá ser exigida em prova.
A regra impõe um dever aos juízes eleitorais e servidores: caso não cumprido o § único do artigo acima
mencionado, a conduta ou a omissão do servidor será considerada crime de perturbação ou de impedimento
do alistamento, sujeitando o responsável (Juiz eleitoral, Chefe de Cartório ou servidor responsável) à pena
de detenção (15 dias a seis meses) ou 30 a 60 dias-multa. Com a informatização da justiça eleitoral essa regra
perde aplicabilidade.
Além do prazo acima, o art. 115, do CE, fixa prazo de 30 dias antes da data das eleições para que o juiz
eleitoral da zona respectiva comunique ao TRE responsável o número de eleitores alistados.
Para finalizar, cumpre a leitura do art. 116, do CE. Na realidade, o dispositivo, embora em vigor, encontra-se
ultrapassado, vejamos o porquê.
Conforme a norma citada, à Justiça Eleitoral compete dar ampla publicidade aos nomes dos candidatos
inscritos, a fim de que o eleitor os conheça e exerça o seu voto. Contudo, dado o estágio de estruturação do
processo eleitoral em nosso país, tal norma tornou-se obsoleta, especialmente em razão da ampla e massiva
propaganda eleitoral, de modo que a divulgação dos candidatos ocorre naturalmente. Cabe, ainda, mais uma
observação o art. 205 §5º do CE, citado no artigo foi revogado pela lei 9.504/1997.
Desse modo, compete a nós apenas conhecer a regra acima, sem maiores preocupações. De todo modo, é
importante lembrar que, nos locais de votação, haverá lista com nomes e números dos candidatos para
auxiliar o eleitor, caso necessário.
SEÇÕES ELEITORAIS
Seção Eleitoral é o local onde são recepcionados os eleitores no dia do pleito. Na seção eleitoral funcionará
a mesa receptora, a qual é composta, segundo a legislação, por seis pessoas que são designadas pelo juiz
eleitoral.
O art. 117, do CE, disciplina o número de eleitores por seção eleitoral, fixando o número mínimo e máximo
de eleitores.
De acordo com o dispositivo citado, cada seção eleitoral terá, no mínimo, 50 eleitores, variando o número
máximo no caso de capital de estado ou nas demais localidades. A limitação máxima tem o objetivo de
facilitar a execução dos trabalhos eleitorais e a mínima de controlar o orçamento da justiça eleitoral.
Para a capital, o número máximo estabelecido pelo CE, por seção eleitoral, é de 400 eleitores. Para as demais
localidades fixa-se o máximo de 300 eleitores por seção.
Esse dispositivo, embora esteja em vigor, é relativizado pela Lei nº 6.996/1982 que atribui a
responsabilidade para fixar o número de eleitores por seção ao TSE e pela Lei 9.504/97 já que o parágrafo
único do art. 84 também prevê que a justiça eleitoral fixará o número de eleitores por seção. A lei 6.996/82
trata do processamento eletrônico de dados nos serviços eleitorais.
Dessa forma, o Órgão Máximo da Justiça Eleitoral fixará o número de eleitores por seção eleitoral de acordo
com o número de cabinas eleitorais. É o que prevê o art. 11, da Lei nº 6.996/1982.
Da leitura do dispositivo citado podemos diferenciar, claramente, seções eleitorais de mesas receptoras.
Em regra, para cada seção, temos uma cabina de votação, com mesários, material para votação etc. Contudo,
a Lei nº 6.996/1982 permite que, dentro de uma mesma seção, sejam agregadas várias mesas receptoras.
Nesse contexto, estabelece o parágrafo único acima que, dentro de uma mesma seção, haverá, NO MÍNIMO,
duas cabinas eleitorais dentro da mesma mesa receptora.
De toda forma, para fins da nossa prova, é importante memorizar os limites mínimos e
máximos estabelecidos pelo CE, contudo, sem esquecer que esses limites são flexibilizados
segundo critérios de conveniência e de oportunidade do TSE.
Art. 118. Os Juízes Eleitorais organizarão relação de eleitores de cada Seção, a qual será
remetida aos Presidentes das Mesas Receptoras para facilitação do processo de votação.
Analisamos as seções eleitorais e a distinguimos das mesas. No próximo tópico, vamos aprofundar o estudo
das mesas receptoras. Atenção, o tópico seguinte é frequente em provas!
MESAS RECEPTORAS
1 - Regras Gerais
Até aqui vimos alguns aspectos pontuais referentes à organização das eleições e dos locais de votação. Neste
capítulo, vamos analisar detidamente as mesas receptoras. Veremos, para além das regras do CE, alguns
dispositivos específicos da Lei das Eleições.
Por mesa receptora devemos compreender o grupo de eleitores – constituídos pelo presidente, por 1º e 2º
mesários, por dois secretários e por um suplente – que são convocados pela Justiça Eleitoral para
receberem os votos.
Mas, Professor, quando eu vou votar tem apenas quatro pessoas, há algum erro?
Não, não há erro nenhum! Hoje, devido ao fato de os procedimentos serem informatizados, facilitando a
execução, é um exagero seis pessoas para organizarem a votação. Em face disso, nos anos eleitorais, o TSE
edita uma série de Resoluções, disciplinando aspectos específicos. Entre os dispositivos tratados, há um deles
que dispensa a necessidade de convocação de seis cidadãos, porém, exige, ao menos, quatro.
De toda forma, se não for editada a Resolução em determinado ano eleitoral, a regra contida no art. 120
deve ser respeitada.
Antes de estudar o art. 120, vejamos o art. 119, que confirma a regra de que, para cada seção eleitoral,
haverá uma mesa receptora. O TSE, por meio de Resoluções, prevê a possibilidade de agregação das seções
eleitorais visando a racionalização dos trabalhos e desde que não importe prejuízos. A agregação ocorre
quando duas seções eleitorais funcionam juntas, com uma mesma urna recebendo os votos dos eleitores de
ambas. Leia o art. 14 da Resolução 23.611/2019.
Vejamos, também, a art. 120, que trata da composição da junta, conforme comentado acima:
2 - Vedações à Nomeação
O §1º, do art. 120, do CE, é absolutamente importante para nossos estudos. Ele estabelece restrições a
determinadas pessoas, as quais não poderão ser nomeadas como membros, presidentes ou mesários das
mesas receptoras. A norma tem como escopo preservar a lisura do pleito.
não podem ser nomeados para as mesas receptoras candidatos, cônjuge do candidato
e parentes até 2º grau.
não podem ser nomeados para as mesas receptoras membros de diretórios de partidos
que atuem na função executiva.
O argumento é o mesmo que o disposto acima. Contudo, fixa-se uma limitação entre os
membros de partidos políticos: apenas não poderão fazer parte das mesas receptoras
aqueles que exercerem a função executiva.
não podem ser nomeados para as mesas receptoras as autoridades, os agentes policiais
e os servidores ocupantes de cargo de confiança no Poder Executivo.
→ servidores efetivos do Poder Executivo, desde que não ocupem cargo de confiança.
não podem ser nomeados para as mesas receptoras aqueles que pertencem ao serviço
eleitoral.
Além disso, existem duas vedações específicas na Lei das Eleições, que tratamos aqui por
questões didáticas. Vejamos:
Qualquer eleitor que não se enquadrar entre as vedações acima poderá ser, em tese, nomeado mesário. O
§2º, do art. 120, contudo, estabelece que serão preferencialmente nomeados mesários os eleitores que
forem da respectiva seção eleitoral. Ademais, dentre esses eleitores, serão preferencialmente nomeados os
eleitores com curso superior, professores e serventuários da Justiça.
Sabemos que, em determinados locais, as preferencias dificilmente serão alcançadas, para tentar mitigar
essas dificuldades a Resolução 22.098/2005 admite, de forma excepcional, a convocação, para atuar como
mesário, de eleitor não integrante daquela seção eleitoral.
Pergunta-se:
Logo, eu, futuro servidor da Justiça Eleitoral, serei um forte candidato a ser mesário nas
eleições?
Cuidado! É óbvio que não! Embora o servidor da Justiça Eleitoral seja um serventuário da justiça, ele se
enquadra na vedação expressa constante do art. 120, §1º, IV, do CE. Volte ao quadro acima, se necessário.
Cuidado para não perderem uma questão da prova por desatenção!
4 - Procedimento de Nomeação
Os mesários serão nomeados pelo Juiz Eleitoral. Compete à Justiça Eleitoral conferir ampla publicidade ao
rol dos mesários escolhidos, por intermédio de jornal oficial e, se não houver, em Cartório.
O exercício da função constitui dever cívico indeclinável. Somente será dispensada da função de mesário a
pessoa que apresentar justificativa ao Juiz Eleitoral, no prazo de cinco dias, a contar da nomeação.
Dessa forma, passado o prazo de 5 dias, a contar da nomeação, somente se houver algum fato superveniente
o cidadão poderá desincumbir-se da nomeação sem consequências.
Para finalizarmos o dispositivo, vejamos o §5º, que prevê o dever de os nomeados informarem que se
encontram impedidos nos termos do §1º, que estudamos acima.
Com a nomeação, os mesários deverão comparecer no cartório eleitoral, onde serão instruídos e informados
a respeito dos deveres e das atribuições que desempenharão no dia das eleições. Ao comparecerem, serão
informados a respeito das hipóteses de impedimento que estudamos acima, sob pena de serem
responsabilizados criminalmente nos termos do art. 310, do CE.
É importante registrar que o CE estabelece que os mesários devem se apresentar às 7 horas no dia das
eleições.
Como vimos ao longo das aulas, os partidos políticos exercem uma função fiscalizadora importante dos
serviços e das atividades eleitorais. Entre elas, destaca-se a possibilidade de a agremiação impugnar a
nomeação da mesa receptora.
Essas regras são disciplinadas tanto no Código Eleitoral como na Lei das Eleições. Como a Lei das Eleições é
norma posterior e como, nessa parte, o Código Eleitoral foi recepcionado como lei ordinária, entende-se que
as regras do art. 121 foram derrogadas no que diferirem da Lei das Eleições.
É a que consta do art. 63, caput, da Lei das Eleições, que citamos:
Art. 63. Qualquer partido pode reclamar ao Juiz Eleitoral, no PRAZO DE CINCO DIAS, da
nomeação da Mesa Receptora, devendo a decisão ser proferida em 48 horas.
§ 1º Da decisão do Juiz Eleitoral caberá recurso para o Tribunal Regional, interposto dentro
de três dias, devendo ser resolvido em igual prazo.
Com relação ao recurso, a disciplina prevista na LE é a mesma que vimos acima no CE:
§ 1º Da decisão do Juiz Eleitoral caberá recurso para o Tribunal Regional, interposto dentro
de TRÊS DIAS, devendo ser resolvido em igual prazo.
Como mencionamos acima, será ministrado uma espécie de curso para instrução e para preparação dos
convocados antes das eleições. É o que disciplina o art. 122 do CE.
Como vimos, a mesa receptora é composta pelo presidente, por mesários, por secretários e por suplentes.
Nós analisaremos, a partir de agora, as funções de cada um deles e os procedimentos adotados no dia das
eleições.
Veremos as funções, de forma detalhada, no desenvolvimento dos assuntos, contudo, vejamos, desde já, a
função principal de cada um dos integrantes:
O secretário, por sua vez, tem a função de preencher a ata da mesa receptora de votos,
relacionando as ocorrências registradas.
O art. 123, do CE, trata justamente da atribuição dos mesários de atuar como substituto do Presidente em
caso de ausência.
O Presidente deverá
O mesário assumirá os
comunicar o mesário com
Os mesários substituem o trabalhos caso o
a antecedência mínima
Presidente em caso de Presidente não se
de 24 horas caso não
ausência. apresente até as 7h30min
possam comparecer às
no dia das eleições.
eleições.
Como dissemos acima, a nomeação para compor a mesa receptora no dia das eleições constitui um dever
cívico do qual somente de forma justificada poderá o eleitor declinar. Em razão disso, o art. 124, do CE,
estabelece uma penalidade administrativa caso o membro da Mesa não compareça no local, no dia e nos
horários ajustados.
Devemos saber que o art. 7º da CF veda a vinculação do salário-mínimo para qualquer fim, por isso o art.
129 §1º e o art. 133, da Resolução 23659/2021, indicam outra base de cálculo para aplicação de multas
previstas no código eleitoral, veja o texto legal:
Art. 129. A pessoa que deixar de se apresentar aos trabalhos eleitorais para os quais foi
convocada e não se justificar perante o juízo eleitoral nos 30 dias seguintes ao pleito
incorrerá em multa.
§ 2º A aplicação da multa de que trata este artigo observará, no que couber, o disposto
nos §§ 1º a 3º do art. 127 desta Resolução.
Art. 133. A base de cálculo para aplicação das multas previstas nesta Resolução, salvo se
prevista de forma diversa, será R$ 35,13 (trinta e cinco reais e treze centavos).
De acordo com o TSE, o não comparecimento injustificado não implica, necessariamente, crime eleitoral de
recusa ou de abandono do serviço eleitoral sem justa causa (art. 344, do CE). Argumenta-se que é suficiente
a sanção administrativa prevista no art. 124, em face do não comparecimento.1
O juiz eleitoral, ao arbitrar a multa dentro dos parâmetros estabelecidos deve levar em consideração a
condição econômica do eleitor (art. 367, I, do CE), podendo ser elevada até 10 vezes o máximo estabelecido
(art. 367, §2º, do CE).
Vimos que, para compor a mesa receptora, serão nomeados, preferencialmente, os serventuários da Justiça
e os professores. Logo, é comum a nomeação de servidores públicos. Nesse caso, a penalidade pelo não
comparecimento no local, na data e no horário não será a multa acima analisada, mas a suspensão do
servidor, que será arbitrada em até 15 dias. A penalidade neste caso é muito mais severa vez que no caso de
suspensão o servidor deixa de receber os salários em função do período que ficar afastado.
1
HC nº 638/2009, do TSE.
Por outro lado, o art. 98 da Lei 9.504/97 estabelece um período de licença remunerada mediante declaração
de serviços prestados expedida pela Justiça Eleitoral.
Art. 98. Os eleitores nomeados para compor as mesas receptoras ou juntas eleitorais e os
requisitados para auxiliar seus trabalhos serão dispensados do serviço, mediante
declaração expedida pela Justiça Eleitoral, sem prejuízo do salário, vencimento ou qualquer
outra vantagem, pelo dobro dos dias de convocação.
Se a mesa receptora não funcionar em razão da ausência de seus membros, a multa será aplicada em dobro.
É o que se extrai do art. 124, §3, o CE. Também serão aplicadas em dobro as penalidades previstas caso o
membro abandone os trabalhos no dia da votação e não compareça para justificar a falta em até 3 dias.
Na sequência, o art. 125 e 126, do CE, estabelecem algumas regras que não são mais aplicáveis, dada a
impossibilidade de o eleitor votar em outra seção. No sistema eletrônico permite-se o voto apenas na seção
respectiva, o art. 62 da Lei 9.504/97 afirma que nas seções em que for adotada urna eletrônica apenas
poderão votar os eleitores constantes das folhas de votação.
Por conta disso, a Justiça Eleitoral, tão logo tome conhecimento desse fato no dia das eleições,
empreenderá meios para retomada imediata da votação no local, podendo adotar, inclusive, a votação
manual.
Vimos, no início desse capítulo, a função de cada um dos integrantes da mesa receptora. Vimos também que
a função dos mesários é auxiliar o presidente nas suas atribuições, bem como substituí-lo em caso de
ausência ou de impedimento. Para finalizarmos o assunto desse capítulo, vejamos, de forma objetiva, as
atribuições conferidas aos presidentes e aos secretários.
As atribuições do presidente vêm estabelecidas no art. 127, do CE. Devemos lembrar que essas atividades
podem ser desempenhadas pelos mesários em caso de substituição ou em auxílio ao Presidente.
As hipóteses do incs. I e VI serão aplicadas raramente, uma vez que, atualmente, o registro de votos se dá
diretamente por meio da urna eletrônica. De todo modo, é possível a votação manual em situações
excepcionais de inoperabilidade do sistema eletrônico.
2
NETO, Jaime Barreiro. Código Eleitoral para Concursos. 3ª edição, rev., ampl. e atual., Bahia: Editora JusPodvim, 2014, p.
63.
pela ordem do pleito, com poderes, inclusive para retirar do recinto quem não guardar a
devida compostura ou estiver praticando ato atentatório à liberdade eleitoral.
ATRIBUIÇÕES DO PRESIDENTE
• decidir contingências que ocorrerem no dia das eleições
• manter a ordem
• comunicar ao Juiz Eleitoral sobre as ocorrências que dele depender
• encaminhar à Justiça Eleitoral os materiais utilizados no dia das eleições
• assinar as observações dos Fiscais e dos Delegados de partido
• fiscalizar eventual distribuição de senhas, bem como recolhê-las.
• anotar o não comparecimento da ficha de eleitores.
ATRIBUIÇÕES DO SECRETÁRIO
A utilização de estabelecimentos de internação coletiva de hansenianos estava presente nos arts. 51, 151 e
157 do CE, todos esses artigos foram revogados pela Lei 7.904/1989, por isso o art. 130 perdeu o objeto. O
art. 130 foi muito criticado pela doutrina por criar uma situação discriminatória, de forma que não pode ser
aplicado3.
A princípio aplicam-se as regras constantes da Lei das Eleições, cujos dispositivos serão inicialmente tratados.
3
BARROS, Francisco Dirceu. Direito Eleitoral, 12ª edição, rev., ampl. e atual., Rio de Janeiro: Editora Forense, 2015, p. 494.
Para o exercício de tal mister, em regra, não há limitações. Desse modo, poderão os partidos ou as coligações
indicar quem lhes aprouver. Vejamos o que dispõe o art. 65, caput, da LE, que se destaca ao trazer pessoas
que não podem ser nomeadas fiscais ou delegados de partidos políticos:
Art. 65. A escolha de Fiscais e Delegados, pelos partidos ou coligações, não poderá recair
em menor de dezoito anos ou em quem, por nomeação do Juiz Eleitoral, já faça parte de
Mesa Receptora.
Em regra, os partidos indicam um delegado que fiscalizará todo o local de votação, ainda que exista mais de
uma seção. Tal prerrogativa é possível dado o permissivo existente no §1º.
Para que sejam identificados, os delegados e os fiscais de partidos circularão pelo local de votação com
credencial. É o que se extrai dos §§2º e 3º.
Ao art. 65, da LE, foi acrescentado o §4º pela Lei nº 12.981/2013. Segundo o dispositivo, poderão ser
credenciados, no máximo, 2 fiscais ou delegados de partidos políticos por seção eleitoral.
Esses delegados possuem a prerrogativa de fiscalizar todas as fases do processo de votação, ou seja, a
apuração e a totalização dos votos, conforme dispõe o art. 66, da LE.
Após a conclusão dos programas, os partidos políticos poderão consultá-los para fins de
fiscalização. Contudo, não terão acesso às chaves eletrônicas privadas e às senhas de
acesso, que ficam sob sigilo da Justiça Eleitoral.
O procedimento de carga e de lacração das urnas com os programas que serão utilizados
no dia do pleito ocorrerá em audiência pública com a convocação de partidos e de
coligações para acompanhar o procedimento.
No dia do pleito, há a fiscalização por amostragem das urnas pela denominada “votação
paralela”, acompanhada por partidos e por coligações.
Quando da finalização da votação, a mesa receptora deverá emitir o boletim de urna (BU). Esses boletins são
emitidos em diversas vias, dentre as quais uma delas será levada para a sede do Juízo. Além disso, no dia das
eleições, ao final dos trabalhos, o fiscal de partido credenciado pode solicitar, diretamente para o Presidente
da seção eleitoral, cópia dos BUs para fins de fiscalização. É o que se extrai do art. 67 e 68, da LE.
De acordo com o art. 69, da LE, a impugnação deve ser apresentada à Junta Eleitoral. Caso não seja recebida
por esse órgão, o partido político deverá apresentá-la diretamente ao TRE no prazo de 48 horas. Igual prazo
será concedido ao TRE para análise do recebimento da impugnação para processamento.
O Presidente da Junta poderá ser responsabilizado criminalmente e poderá ser afastado das respectivas
atribuições, caso deixe de receber impugnações, de mencionar os protestos dos partidos ou impeça o
exercício fiscalizatório dos partidos e das coligações na forma do art. 70.
Art. 71. Cumpre aos partidos e coligações, por seus Fiscais e Delegados devidamente
credenciados, e aos candidatos, proceder à instrução dos recursos interpostos contra a
apuração, juntando, para tanto, cópia do boletim relativo à urna impugnada.
Para finalizar os dispositivos da LE sobre o tema, vejamos o art. 72, que prevê uma série de condutas que
serão consideradas crimes no que diz respeito aos atos de fiscalização pelos partidos políticos.
O TSE4 entende, no caso da conduta prevista no inciso III, que não haverá aplicação do Princípio da
Insignificância ao dano cometido contra o patrimônio público em detrimento de serviços públicos essenciais.
4
Ac.-TSE, de 11.5.2017, no AI nº 13146
O art. 131 menciona que cada partido poderá nomear dois delegados para cada município e dois fiscais
para cada mesa receptora. Em sentido semelhante, a Lei das Eleições prevê que serão constituídos, no
máximo, dois fiscais por seção.
Lembrem-se de que a seção eleitoral é o local de votação, onde são instaladas as mesas receptoras, e a
atuação desses fiscais se dá no mesmo lugar. Não é mesmo?!
Vamos em frente!
Os parágrafos §3º ao §6º disciplinam regras relativas às credenciais dos fiscais e dos delegados de partido. O
CE prevê uma série de regras relativas à expedição de credenciais para os fiscais, as quais devem ser
assinadas pelo magistrado. O entendimento atual é no sentido de que os partidos possuem liberdade para
confecção das credenciais, desde que sejam razoáveis e observem eventuais resoluções do TSE a respeito.
Aplica-se, portanto, em substituição às regras acima, o contido no art. 65, §§2º e 3º, da Lei das Eleições, já
citados nesse tópico.
§ 7º O Fiscal de cada partido poderá ser substituído por outro no curso dos trabalhos
eleitorais.
A fiscalização das mesas receptoras deverá ser a mais ampla possível para que se possa assegurar a
normalidade e legitimidade das eleições. Os partidos e coligações exercem a fiscalização por meio de
delegados e fiscais credenciados, porém os candidatos registrados também são considerados fiscais dado
seu interesse direto e pessoal. Para finalizarmos a disciplina do CE, vejamos o art. 132:
Art. 132. Pelas Mesas Receptoras serão admitidos a fiscalizar a votação, formular
protestos e fazer impugnações, inclusive sobre a identidade do eleitor, os candidatos
registrados, os Delegados e os Fiscais dos partidos.
o assunto não é tão exigido em provas, basta uma leitura atenta do CE e, em seguida, elencaremos o rol de
materiais trazidos pela doutrina de Rodrigo Martiniano Ayres Lins5.
Dos incisos do art. 133, o mais importante é compreender que o rol é exemplificativo (ao mencionar qualquer
outro material que o Tribunal julgue necessário ao regular o funcionamento da Mesa). Em razão disso, o TSE
edita diversas normas que disciplinam quais são os materiais que devem estar disponíveis no dia das eleições.
Da leitura dos dispositivos acima, podemos concluir que muitos dos materiais mencionados não são mais
utilizados. Outros, contudo, de significativa importância, como, por exemplo, os formulários de justificativa,
nem sequer são mencionados. Conforme dissemos, vejamos, então, a lista de documentos apresentada pela
doutrina, que é o suficiente para a nossa prova.
5 LINS, Rodrigo Martiniano Ayres. Direito Eleitoral Descomplicado. 2ª edição, rev., atual. e ampl. São Paulo: Editora Ferreira,
2014.
A responsabilidade por esses documentos é do presidente da mesa receptora. Assim, o referido presidente
deve verificar se todo o material necessário para a votação está disponível.
Assim, se constatar a ausência de parte do material necessário até 48 horas antes das eleições, deverá
diligenciar, junto ao cartório, os documentos faltantes.
LUGARES DA VOTAÇÃO
Os locais de votação são designados 60 dias antes das eleições pelos juízes eleitorais, conferindo-se
publicidade, conforme disciplina o art. 135, do CE. Esses locais devem ser, preferencialmente, públicos. A
utilização de bens imóveis privados para os trabalhos eleitorais é subsidiária. De todo modo, se necessária
a utilização de local privado, tal uso deve ser gratuito e é obrigatória a cessão pelo proprietário. Trata-se de
==282900==
Ainda quanto à utilização de imóveis privados para a instalação dos locais de votação, os §§ 4º e 5º, do art.
135, estabelecem duas importantes vedações, vejamos:
§ 6º Os Tribunais Regionais, nas capitais, e os Juízes Eleitorais, nas demais Zonas, farão
ampla divulgação da localização das Seções.
§ 6ºA Os Tribunais Regionais Eleitorais deverão, a cada eleição, expedir instruções aos
Juízes Eleitorais para orientá-los na escolha dos locais de votação, de maneira a garantir
acessibilidade para o eleitor com deficiência ou com mobilidade reduzida, inclusive em seu
entorno e nos sistemas de transporte que lhe dão acesso.
Por fim, os demais parágrafos tratam da possibilidade de impugnação pelos partidos políticos dos locais de
votação, que devem ser apresentados no PRAZO DE TRÊS DIAS, a contar da publicação dos locais pela Justiça
Eleitoral, com decisão pelo órgão judicial em 48 HORAS.
Do julgamento da impugnação em primeira instância, cabe recurso ao TRE respectivo no PRAZO DE TRÊS
DIAS, com mesmo prazo para julgamento.
O art. 136, do CE, trata da instalação de seções eleitorais em locais especiais, como vilas, povoados e
estabelecimentos de internação coletiva, hospitais e casas de acolhimento coletivo. Para tanto, esses locais
específicos devem possuir ao menos 50 eleitores, segundo a dicção do dispositivo. Lembre-se de que no caso
de estabelecimento carcerário apenas os presos provisórios poderão exercer o direito de voto uma vez que
os condenados de forma definitiva terão seus direitos políticos suspensos.
Leia, por fim, os arts. 137 e 138. Dos dispositivos citados, devemos memorizar que o Juiz Eleitoral
comunicará, em até 10 dias antes da realização do pleito, a requisição de imóveis públicos ou privados para
a instalação das mesas receptoras.
O poder de polícia aqui exercido se destina a garantir a ordem pública. São impostas restrições para permitir
a execução das atividades estatais. Abrange medidas fiscalizatórias e decisórias para assegurar o exercício
regular do direito de voto.
Em que pese a redação do art. 140, do CE, prevendo que dentro do recinto de votação, local onde está
instalada a mesa receptora, somente poderão ficar os membros da mesa, o fiscal do partido devidamente
credenciado e o eleitor, este último apenas durante o tempo necessário para a realização do voto algumas
outras autoridades como o próprio juiz eleitoral ou promotor eleitoral poderão permanecer no recinto pelo
tempo que julgarem necessário.
Para finalizar, vejamos o art. 141, do CE, que determina que o policiamento permaneça até segunda ordem
do Presidente da mesa a uma distância de 100 metros do local de votação.
INÍCIO DA VOTAÇÃO
No dia das eleições, logo cedo, os membros da mesa receptora verificarão as condições do local de votação
e avaliarão se todo o material necessário encontra-se devidamente organizado e a postos. Às 8 horas inicia-
se a votação se todos os procedimentos estiverem em ordem de acordo com os arts. 142 e 143 do CE.
§ 2º Observada a prioridade assegurada aos candidatos, têm preferência para votar o Juiz Eleitoral da Zona,
seus auxiliares de serviço, os eleitores de idade avançada, os enfermos e as mulheres grávidas. Uma hora
antes de iniciar os trabalhos de votação, o Presidente deverá comparecer ao local para se certificar de que,
no local, o material e a urna estão em ordem e se os fiscais de partido estão presentes. Neste momento, o
presidente de mesa emitirá a zerézima da urna para comprovar que não há votos anteriores registrados e
autorizar o início dos trabalhos conforme determina o art. 44 da Resolução 23.372/2011. O relatório da
zerézima deverá ser assinado pelo primeiro secretário e pelos fiscais dos partidos ou coligações de assim
quiserem.
Às 8 horas inicia-se a votação. Em relação à votação, há uma ordem de preferência fixada no §2º. Memorize:
1º candidatos
TERÃO PREFERÊNCIA
PARA VOTAR
Juiz Eleitoral
enfermos
mulheres grávidas
O art. 144 do CE prevê a hora de início e término da votação. O dispositivo prevê a possibilidade do horário
do término se estender quando ressalva o disposto no art. 153 do CE. Pode existir uma fila de pessoas
aguardando sua vez para votar às 17 horas, neste caso serão distribuídas senhas e recolhidos os títulos desses
eleitores. A votação só será encerrada quando o último cidadão exercer seu direito de voto.
Para finalizar, registre-se que o art. 145 encontra-se revogado pela Lei das Eleições, dado que, segundo o art.
62, caput, somente poderão votar nas respectivas urnas os eleitores que constarem das respectivas folhas
de votação. Desse modo, é inaplicável o art. 145.
O ATO DE VOTAR
Para exercer o ato de votar, o eleitor deverá se apresentar à respectiva seção eleitoral munido de
documento pessoal com foto e com o título de eleitor. Contudo, caso compareça APENAS COM O
DOCUMENTO OFICIAL COM FOTO poderá votar, caso saiba a respectiva seção.
O TSE, no final de 2017, lançou o aplicativo de celular "E-título", o qual permite o acesso a uma via digital do
título eleitoral. Caso o eleitor já tenha realizado o cadastramento biométrico, o título digital terá foto,
desobrigando a apresentação de documento de identificação no momento do voto, além disso, constará
informações sobre sua quitação eleitoral e endereço do local de votação.
Apenas para fixar, são considerados documentos oficiais: a carteira de identidade (incluindo não apenas o
RG, mas também carteiras funcionais e profissionais), o certificado de reservista, a carteira de trabalho e a
carteira nacional de habilitação, desde que contenha foto.
Assim, munido do documento, o eleitor apresenta-se em fila, se houver. Note que, embora o art. 146, do CE,
mencione a retirada de senhas, essa situação ocorrerá apenas em hipóteses excepcionais e ao final da
votação, com o encerramento às 17 horas para que sejam registrados os eleitores que adentraram ao local
de votação até as 17 horas.
Com o sistema eletrônico de votação, não existe mais a possibilidade do voto em separado. Ou seja, quando
o eleitor não constar da lista de eleitores ele não poderá votar, ainda que esteja munido do título eleitoral.
Isso porque as listas emitidas são coincidentes com os assentamentos do cartório eleitoral. Assim, é comum,
na prática, o eleitor comparecer para votar e não estar regular com a Justiça Eleitoral.
Os incisos IX ao XIV possuem rara aplicabilidade, uma vez que a votação é eletrônica e apenas
excepcionalmente será utilizada a votação manual. De todo modo registre-se que, de acordo com a Lei das
Eleições (art. 84), o TSE fixará o tempo de votação, não se aplicando, portanto, a limitação de um minuto.
No sistema eletrônico, o eleitor se apresenta na fila, se houver, e aguarda admissão para adentrar ao local
de votação. Ao ser chamado, apresentará o documento oficial com foto (nos termos que vimos acima) e o
título de eleitor, se o possuir. Tais documentos poderão ser analisados pelos fiscais de partido político.
Localizado o eleitor na lista de eleitores, o eleitor será autorizado a votar. Concluída a votação, o cidadão
terá o título e os documentos restituídos. Além disso, será entregue a ele o comprovante de votação.
Registre-se que o eleitor NÃO poderá portar, durante o exercício do voto, o aparelho celular, em razão do
que prevê o art. 91-A, da Lei das Eleições. Dada a repercussão dos assuntos em razão dos selfies tirados ao
lado da urna eletrônica, há a possibilidade de que o assunto seja exigido em prova.
Fique atento também para a exigência da exibição do respectivo título. O STF julgando a ADI 4.467
interpretou este artigo conforme a Constituição e decidiu que a ausência do título não constitui por si só
óbice ao exercício do sufrágio.
É possível que haja impugnação à identidade do eleitor. Os membros da mesa receptora, os fiscais de partido,
candidatos ou qualquer eleitor podem impugnar verbalmente ou por escrito a identidade do eleitor. O
Presidente procurará solucionar a impugnação registrando as ocorrências em ata. Note que a impugnação
deve ocorrer antes do exercício do voto. Contudo, persistindo a dúvida, o juiz eleitoral será requerido. O art.
147, do CE trata do assunto.
Art. 148. O eleitor somente poderá votar na Seção Eleitoral em que estiver incluído o seu
nome.
§ 1º Essa exigência somente poderá ser dispensada nos casos previstos no art. 145 e seus
parágrafos.
§ 2º Aos eleitores mencionados no art. 145 não será permitido votar sem a exibição do
título, e nas folhas de votação modelo 2 (dois), nas quais lançarão suas assinaturas, serão
sempre anotadas na coluna própria as Seções mencionadas nos títulos retidos.
O art. 149 trata da preclusão da impugnação ao ato de votar. Somente a impugnação efetuada no instante
em que o eleitor se apresentar para votar será levada a efeito. Após, inadmite-se a impugnação.
Em relação ao eleitor cego, o art. 150 prevê que a votação observará condições especiais de votação e a
adoção do sistema Braille.
De acordo com o TSE, em caso de pessoas com deficiência é possível contar com auxílio de uma pessoa de
sua confiança. Embora a regra seja pela impossibilidade de que o eleitor seja acompanhado na cabina de
votação, entendeu o órgão máximo da Justiça Eleitoral que é mais importante o exercício do direito ao voto
do que o sigilo. Dito de outra forma, o TSE entendeu que o exercício do voto é um direito fundamental mais
importante que a garantia constitucional do sigilo.
Antes de seguirmos com a matéria, vamos trazer duas situações específicas relevantes apontadas pela
doutrina que podem ocorrer no ato de votar.
Neste caso, segundo Rodrigo Martiniano Ayres Lins6, se o eleitor se recusar a votar ou se tiver dificuldades
em exercer o voto, cabe ao Presidente da mesa receptora lançar um código próprio no terminal e reter o
comprovante de votação do eleitor.
Caso o eleitor compareça novamente em momento posterior para o exercício do voto, o direito deverá ser
assegurado regularmente.
Neste caso, seguindo os autores7, o Presidente da mesa receptora informará o fato ao eleitor, solicitando
que retorne à cabina e conclua a votação. Se ainda persistir com a recusa, lança-se o código próprio,
considerando-se nulos os votos subsequentes.
6
LINS, Rodrigo Martiniano Ayres. Direito Eleitoral Descomplicado, p. 416.
7
LINS, Rodrigo Martiniano Ayres. Direito Eleitoral Descomplicado, p. 416.
VOTO NO EXTERIOR
Como já estudamos em aulas anteriores, o voto é obrigatório, como regra, uma vez que as exceções que
tornam o voto facultativo estão previstas na própria constituição. Assim, aquele que possui domicílio no
exterior mantém o direito e o dever de votar. Trata-se de uma prerrogativa expressamente disciplinada pelo
Código Eleitoral. Para tanto o TRE do Distrito Federal cuidará do processamento do alistamento ou
transferência da inscrição do eleitor.
O alistamento ou transferência dos eleitores residentes no exterior deve seguir as mesmas regras aplicadas
no Brasil, ou seja, no ano eleitoral deve ser feita em até cento e cinquenta e um dia antes da eleição.
De acordo com o Código eleitoral, até 30 dias antes do pleito, o interessado que estiver residindo no exterior
deve informar a condição à Justiça Eleitoral para que seja inserido na lista de eleitores. Essa medida era
importante para a organização das seções eleitorais. O CE determina um mínimo de 30 eleitores inscritos
para instalar uma seção, assim, quando o mínimo não é atingido, os eleitores são alocados na seção mais
próxima dentro do país. Hoje, com o processamento eletrônico, as informações estão sempre à disposição
por meio dos relatórios gerenciais do sistema.
O eleitor que, mesmo morando no exterior, mantiver seu domicílio eleitoral no Brasil, continua
obrigado a votar em todas as eleições, devendo proceder a justificativa caso não o faça. Para
aqueles que transferiram o domicílio para o exterior, a ausência nas eleições locais será
automaticamente justificada. Conforme disciplina o art. 225, do CE e os seguintes.
às sedes das
Cônsules-Gerais o Ministério das
Missões ao TRE/DF, que
encaminham as Relações
Diplomáticas, que fará a apuração
urnas Exteriores, que
as despacham dos votos
procede a entrega
para
VOTO EM TRÂNSITO
O voto em trânsito foi criado em 2009 apenas para a eleição aos cargos de Presidente e de vice-Presidente
da República. Com a Lei nº 13.165/2015, o voto em trânsito foi ampliado para abranger todos os cargos das
eleições gerais.
Art. 233-A. Aos eleitores em trânsito no território nacional é assegurado o direito de votar
para Presidente da República, Governador, Senador, Deputado Federal, Deputado
Estadual e Deputado Distrital em urnas especialmente instaladas NAS CAPITAIS E NOS
MUNICÍPIOS COM MAIS DE CEM MIL ELEITORES. (Redação dada pela Lei nº 13.165, de
2015)
Se você prestou atenção ao dispositivo acima, saberá responder prontamente. O voto em trânsito ocorrerá
apenas em urnas específicas e essas urnas serão instaladas nas capitais e em municípios com mais de 100.000
habitantes. Para que o eleitor possa votar em trânsito, a Lei nº 13.165/2015 trouxe inúmeras regras
específicas. Vejamos:
Os incisos acima trazem uma regra geral e outra específica, que restringe o voto em trânsito daqueles que
estiverem fora do estado-membro onde são domiciliados.
1ª REGRA: para poder votar em trânsito é necessário requerer à Justiça Eleitoral, no prazo
de 45 dias, e indicar o local em que estará no dia das eleições.
2ª REGRA: essa regra divide-se em duas: para aqueles que estiverem no Estado de
domicílio, mas fora do município onde vota; e para aqueles que estiverem fora do Estado
de domicílio.
FORA DO MUNICÍPIO E DO ESTADO DE DOMICÍLIO: nesse caso, o eleitor somente poderá votar para
as eleições de Presidente e de vice-Presidente da República.
FORA DO MUNICÍPIO, MAS NO ESTADO DE DOMICÍLIO: nesse caso, o eleitor poderá votar para todos
os cargos das eleições gerais.
Essas são as regras gerais relativas às eleições em trânsito. O §2º permite também o voto em trânsito para
os membros das Forças Armadas, dos órgãos de segurança pública (polícia federal; polícia rodoviária federal;
polícia ferroviária federal; polícias civis; polícias militares e corpos de bombeiros militares) e das guardas
municipais. Essas pessoas poderão votar em trânsito, caso estejam em serviço.
Para viabilizar o voto em trânsito do pessoal que trabalha com a segurança pública, o §3º, do art. 233-A, do
CE, prevê que a Justiça Eleitoral deverá ser informada, com antecedência de 45 dias antes da data das
eleições, quais os membros e os servidores estarão em serviço no dia das eleições.
ENCERRAMENTO DA VOTAÇÃO
O encerramento das eleições ocorre às 17 horas. Caso haja eleitores em fila, aguardando para votar, o
Presidente da mesa receptora fará uso das senhas, as quais entregará aos eleitores remanescentes, para que
possam votar, tal como disciplina o art. 153, do CE.
Se não houver mais eleitores, ou todos os eleitores remanescentes já tiverem votado, declara-se o
encerramento das eleições. O art. 154, do CE, disciplina que devem ser adotadas várias providências, os quais
iremos analisar na sequência.
Devemos lembrar que várias das hipóteses raramente são aplicáveis, por conta do sistema eletrônico de
votação. De todo modo, para que o material fique completo e para que a sua preparação seja integral, leia
o art. 154 do CE.
Com o processo eletrônico, há a emissão do boletim de urna (denominados de BUs), a partir da própria urna
eletrônica. Além disso, permanece a necessidade de lavratura da ata, principal atribuição do secretário.
• data da eleição
• identificação da zona eleitoral
• data e horário de encerramento da votação
• código de identificação da urna
• número de eleitores habilitados a votar
• número de eleitores votantes no pleito
• votação conferida para cada candidato e para cada legenda
• soma geral dos votos computados
Até 12 horas do dia seguinte ao término das eleições deve-se informar ao TRE e aos
partidos políticos: número de eleitores que votaram em cada uma das seções e o número
de votantes na Zona Eleitoral.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Concluímos uma das aulas mais importantes e longas do curso. Estudem essa aula com calma e atenção.
Até lá!
Ricardo Torques
[email protected]
@eleitoralparaconcurso
QUESTÕES COMENTADAS
FCC
1. (FCC/MPE-PE – 2022) Segundo o que estabelece a legislação eleitoral acerca das condutas de
agentes públicos em campanhas eleitorais, é permitido
A) usar materiais ou serviços, custeados pelos Governos ou Casas Legislativas, ainda que excedam as
prerrogativas consignadas nos regimentos e normas dos órgãos que integram.
B) ao prefeito ceder servidor público do município para comitês de campanha eleitoral de candidato, partido
político ou coligação, durante o horário de expediente normal, ainda que o servidor não esteja licenciado.
C) ao agente público permitir uso promocional em favor de candidato, partido político ou coligação, de
distribuição gratuita de bens e serviços de caráter social custeados ou subvencionados pelo Poder Público,
tendo em vista a função social da referida ação.
D) realizar, no primeiro semestre do ano de eleição, despesas com publicidade dos órgãos públicos federais,
estaduais ou municipais, ou das respectivas entidades da Administração indireta, que excedam a média dos
gastos no primeiro semestre dos três últimos anos que antecedem o pleito.
E) ao prefeito municipal ceder, em benefício de candidato, partido político ou coligação, bem imóvel
pertencente à administração municipal, para a realização de convenção partidária.
Comentários
Lei n. 9.504/1997:
Art. 73. São proibidas aos agentes públicos, servidores ou não, as seguintes condutas
tendentes a afetar a igualdade de oportunidades entre candidatos nos pleitos eleitorais:
II - usar materiais ou serviços, custeados pelos Governos ou Casas Legislativas, que
excedam as prerrogativas consignadas nos regimentos e normas dos órgãos que integram;
Art. 73. São proibidas aos agentes públicos, servidores ou não, as seguintes condutas
tendentes a afetar a igualdade de oportunidades entre candidatos nos pleitos eleitorais:
III - ceder servidor público ou empregado da administração direta ou indireta federal,
estadual ou municipal do Poder Executivo, ou usar de seus serviços, para comitês de
campanha eleitoral de candidato, partido político ou coligação, durante o horário de
expediente normal, salvo se o servidor ou empregado estiver licenciado;
A alternativa C está incorreta. É proibido o uso promocional da distribuição gratuidade de bens e serviços de
caráter social custeados ou subvencionados pelo Poder Público:
Art. 73. São proibidas aos agentes públicos, servidores ou não, as seguintes condutas
tendentes a afetar a igualdade de oportunidades entre candidatos nos pleitos eleitorais:
IV - fazer ou permitir uso promocional em favor de candidato, partido político ou coligação,
de distribuição gratuita de bens e serviços de caráter social custeados ou subvencionados
pelo Poder Público;
Art. 73. São proibidas aos agentes públicos, servidores ou não, as seguintes condutas
tendentes a afetar a igualdade de oportunidades entre candidatos nos pleitos eleitorais:
VII - realizar, no primeiro semestre do ano de eleição, despesas com publicidade dos órgãos
públicos federais, estaduais ou municipais, ou das respectivas entidades da administração
indireta, que excedam a média dos gastos no primeiro semestre dos três últimos anos que
antecedem o pleito; (Redação dada pela Lei nº 13.165, de 2015)
Art. 73. São proibidas aos agentes públicos, servidores ou não, as seguintes condutas
tendentes a afetar a igualdade de oportunidades entre candidatos nos pleitos eleitorais:
I - ceder ou usar, em benefício de candidato, partido político ou coligação, bens móveis ou
imóveis pertencentes à administração direta ou indireta da União, dos Estados, do Distrito
Federal, dos Territórios e dos Municípios, ressalvada a realização de convenção partidária;
2. (FCC/TRE-SE - 2015) A respeito da fiscalização das eleições, é correto afirmar que
a) o presidente do partido ou o representante da coligação deverá registrar na Justiça Eleitoral o nome das
pessoas autorizadas a expedir credenciais dos fiscais e delegados.
b) as credenciais dos fiscais e delegados serão expedidas pela Justiça Eleitoral.
c) a escolha de fiscais e delegados poderá recair em quem, por nomeação do Juiz Eleitoral, já faça parte de
Mesa Receptora.
d) o fiscal não pode ser nomeado para fiscalizar mais de uma seção eleitoral no mesmo local de votação.
e) a escolha de fiscais poderá recair em pessoa menor de 18 anos de idade e a de delegados só naqueles que
já tiverem alcançado a maioridade.
Comentários
A alternativa A está correta e é o gabarito da questão, de acordo com o art. 65, da LE, §§ 2º e 3º.
Art. 65. A escolha de Fiscais e Delegados, pelos partidos ou coligações, não poderá recair
em menor de dezoito anos ou em quem, por nomeação do Juiz Eleitoral, já faça parte de
Mesa Receptora.
A alternativa B está incorreta, com base no § 2º, citado acima. Compete aos partidos ou coligações expedir
as credenciais dos Fiscais e Delegados.
A alternativa C está incorreta, pois, conforme caput, do art. 65, citado acima, a escolha de Fiscais e Delegados
não poderá recair sobre quem já faça parte da mesa receptora.
A alternativa E está incorreta, com base no caput, do art. 65, conforme esquema acima.
3. (FCC/TJ-RR - 2015) Entre os atos preparatórios à votação, destaca-se a constituição das Mesas
Receptoras de Votos. Segundo a disciplina normativa que rege sua composição
a) admite-se a participação, como integrantes da mesma Mesa, de eleitores que tenham relação de
parentesco.
b) a nomeação dos membros da Mesa deve recair preferencialmente sobre eleitores da própria seção
eleitoral e, dentre estes, sobre diplomados em escola superior, professores e serventuários da Justiça.
c) é cabível sua redução numérica, mediante dispensa devidamente concedida pelo Tribunal Regional
Eleitoral competente, para, no mínimo, dois membros.
d) devem ser nomeados, para cada Mesa, um presidente, um primeiro e um segundo mesários, três
secretários e dois suplentes.
e) admite-se a participação, como mesários, de eleitores menores de dezoito anos, diversamente do que
permitido para Mesas Receptoras de Justificativas.
Comentários
A alternativa A está incorreta, por aplicação do art. 64, da Lei nº 9.504/1997, que veda “a participação de
parentes em qualquer grau ou de servidores da mesma repartição pública ou empresa privada na mesma
Mesa, Turma ou Junta Eleitoral”.
Lembre-se, ainda, de que, de acordo com o art. 120, §1º, do Código Eleitoral, não podem ser nomeados
presidentes e mesários:
A alternativa B é a correta e gabarito da questão. Os mesários, de acordo com o §2º, do art. 120, do CE,
estabelece que os mesários são nomeados, de preferência entre os eleitores da própria seção, e, dentre
estes, os diplomados em escola superior, os professores e os serventuários da Justiça.
A alternativa C está incorreta. Aqui temos uma cobrança um pouco mais aprofundada. A Resolução TSE nº
23.999/2014 (art. 9, §2º), editada para as Eleições de 2014, previu a redução do número de membros da
mesa receptora para 4 e da mesa de justificativa para 2. Logo, o erro da alternativa está em falar que a mesa
receptora de votos poderá ser composta por 2 membros, quando, na realidade, poderá ser reduzida para 4.
Cumpre registrar que, embora o fundamento desse dispositivo esteja em uma Resolução específica, o TSE
adota sistematicamente essa disciplina, permitindo a redução do número de membros da mesa receptora
para apenas 4.
A alternativa D está incorreta. De acordo como art. 120 do Código Eleitoral constituem a mesa receptora:
“um presidente, um primeiro e um segundo mesários, dois secretários e um suplente”.
A alternativa E está incorreta, pois, de acordo com o art. 63, §2º, da Lei nº 9.504/1997, exige-se 18 anos de
idade para que seja nomeado presidente ou mesário.
4. (FCC/AL-PE - 2014) Quanto aos trabalhos das mesas receptoras, julgue o item subsequente.
A polícia dos trabalhos eleitorais perante as Mesas Receptoras cabe somente ao Juiz Eleitoral e à força
armada.
Comentários
A assertiva está incorreta. A polícia dos trabalhos eleitorais caberá ao Presidente da Mesa receptora e ao
Juiz eleitoral. As forças armadas deverão manter-se afastadas conforme os artigos 139 e 141 do CE.
Comentários
Essa questão requer o conhecimento do art. 65, da Lei nº 9.504/97. Vamos analisar as alternativas:
A alternativa A está incorreta. De acordo com o §2º, as credenciais de fiscais e delegados serão expedidas
pelos partidos ou coligações.
A alternativa D está correta e é o gabarito da questão, com base no art. 65, §1º.
§ 1º O fiscal poderá ser nomeado para fiscalizar mais de uma Seção Eleitoral, no mesmo
local de votação.
A alternativa E está incorreta. Segundo o §3º, ainda do art. 65, o presidente do partido ou o representante
da coligação deverá registrar na Justiça Eleitoral o nome das pessoas autorizadas a expedir as credenciais
dos fiscais e delegados.
6. (FCC/TJ-AL - 2015) A fase que antecede a realização da votação abrange, entre outros atos, a
designação dos locais de votação e das seções eleitorais. Segundo a disciplina normativa que rege a
matéria,
a) é vedado designar como local de votação prédio sediado em fazenda, sítio ou qualquer propriedade rural
privada, mesmo que exista edifício ou equipamento público na respectiva área.
b) a designação de imóveis particulares como locais de votação enseja a cessão obrigatória do bem e o
pagamento de indenização pelo seu uso durante as eleições.
c) é vedada a designação de propriedade pertencente a autoridade policial como local de votação, exceto no
caso de não se encontrar, na região, edifício público em condições adequadas para sediar seção eleitoral.
d) é vedada a designação de propriedade pertencente a delegado de partido político como local de votação,
exceto no caso de não se encontrar, na região, edifício público em condições adequadas para sediar seção
eleitoral.
e) é vedado sediar seções eleitorais em estabelecimentos penais e em unidades de internação tratadas pelo
Estatuto da Criança e do Adolescente.
Comentários
A alternativa B está incorreta, pois a cessão de imóveis particulares não acarreta pagamento de indenização.
Conforme o art. 135, § 3º, a cessão é gratuita.
As alternativas C e D estão incorretas, com base no art. 135, § 4º. É simplesmente vedada a designação de
propriedade pertencente à autoridade policial e delegado de partido, não há qualquer ressalva.
A alternativa E está incorreta, conforme art. 136, do CE. Deverão ser instaladas seções eleitorais em
estabelecimentos de internação coletiva.
a) estabelecimentos penais.
b) imóvel pertencente a candidato, ainda que em área rural.
c) propriedade pertencente a cônjuge de delegado de partido.
d) propriedade particular, desde que seja efetuado o pagamento de justa e prévia indenização pelo seu uso.
e) propriedade pertencente à autoridade policial.
Comentários
Art. 135. Funcionarão as mesas receptoras nos lugares designados pelos juízes eleitorais 60
(sessenta) dias antes da eleição, publicando-se a designação.
§ 3º A propriedade particular será obrigatória e gratuitamente cedida para esse fim.
§ 4º É expressamente vedado uso de propriedade pertencente a candidato, membro do
diretório de partido, delegado de partido ou autoridade policial, bem como dos
respectivos cônjuges e parentes, consanguíneos ou afins, até o 2º grau, inclusive.
§ 5º Não poderão ser localizadas seções eleitorais em fazenda sítio ou qualquer
propriedade rural privada, mesmo existindo no local prédio público, incorrendo o juiz nas
penas do Art. 312, em caso de infringência. (Redação dada pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966)
Da leitura dos dispositivos acima, você pode concluir que as alternativas B, C, D e E estão incorretas.
A alternativa A, que é o gabarito da questão, está de acordo com o art. 1º Resolução TSE nº 23.219/2010,
que prevê “os Juízes Eleitorais, sob a coordenação dos Tribunais Regionais Eleitorais, criarão seções eleitorais
especiais em estabelecimentos penais e em unidades de internação de adolescentes, a fim de que os presos
provisórios e os adolescentes internados tenham assegurado o direito de voto, observadas as normas
eleitorais e as normas específicas constantes desta resolução”.
CESPE
Comentários
A alternativa A está incorreta, pois cabe ao presidente da mesa receptora exercer a polícia dos trabalhos
eleitorais, podendo autorizar a permanência no recinto da mesa receptora dos membros que a integram,
dos candidatos, de um fiscal, de um delegado de cada partido e o eleitor durante o tempo necessário para
votar. É o que consta do art. 140, CE, fundamento da alternativa.
A alternativa B está incorreta. De acordo com o art. 220, III, do CE, a votação será nula se encerrada antes
das 17 horas. Hoje, a urna eletrônica, que possui um relógio interno, não permite o encerramento antes das
17 horas.
A alternativa C está correta e é o gabarito da questão, pois compete ao Presidente manter a ordem, inclusive
com uso de força pública, se necessário, conforme prevê o art. 127, III, do CE.
A alternativa D está incorreta, de acordo com o art. 123, § 2º e 3º, do CE. Caso o Presidente não esteja
presente às 7 horas e trinta minutos será substituído pelo primeiro mesário. Se faltar qualquer membro da
mesa, o presidente poderá nomear ad hoc qualquer eleitor presente para completar a mesa.
9. (CESPE/TRE-BA - 2017) Atualmente, a votação e a totalização dos votos são feitas por sistema
eletrônico, sendo possível a utilização do sistema convencional de votação por cédulas quando,
a) mesmo sem haver falhas nas urnas eletrônicas, o TRE assim determinar, com fundamento no princípio da
celeridade do processo eleitoral.
b) havendo falha nas urnas eletrônicas, o STF assim determinar, por meio de decisão proferida pelo seu
plenário.
c) havendo falha nas urnas eletrônicas, o TRE do estado ou do Distrito Federal assim determinar, com
fundamento no princípio da segurança do processo eleitoral.
d) mesmo sem haver falha nas urnas eletrônicas, o TSE assim determinar, no exercício de seu poder
discricionário.
e) havendo falha nas urnas eletrônicas, o TSE assim determinar, após verificar a impossibilidade de utilização
das urnas de contingência.
Comentários
De acordo com o art. 59, da Lei nº 9.504/1997, será de competência do TSE autorizar, em caráter excepcional,
a utilização de cédulas para a votação manual.
Por outro lado, a alternativa D não pode ser considerada, pois a utilização de cédulas é excepcional, e não
segundo decisão arbitrária do TSE.
10. (CESPE/TJ-PR - 2017) No que diz respeito ao processo eleitoral, assinale a opção correta.
a) Aos eleitores em trânsito que se encontrarem fora de seu domicílio eleitoral, mas na mesma unidade da
Federação, será assegurado o direito de votar para presidente da República, governador, senador, deputado
federal, deputado estadual e deputado distrital.
b) O princípio da anualidade eleitoral ou da anterioridade tem sido interpretado de maneira estrita e foi
sistematicamente observado nas alterações da legislação havidas desde 1993 e na sua interpretação.
c) Em caso de não comparecimento de um dos membros da mesa, o presidente deverá convocar, em tempo
hábil, o suplente designado.
d) O eleitor que se encontrar no exterior durante o processo eleitoral de seu país poderá votar para
presidente e vice-presidente, senador e deputado federal.
Comentários
A alternativa A está correta e é o gabarito da questão, conforme prevê o art. 233, §1º, III, do CE.
A alternativa B está incorreta. De fato, o princípio da anualidade eleitoral ou da anterioridade foi criado em
1993 com a aprovação da Emenda Constitucional (EC) nº 4, que deu nova redação ao art. 16, da Constituição
Federal. Com a nova redação, o dispositivo passou a determinar que a lei que alterar o processo eleitoral
entrará em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de
sua vigência. Portanto, é uma Lei em sentido amplo e não estrito.
A alternativa C está incorreta. Com base no §3º, do art. 123, do Código Eleitoral, poderá o presidente, ou
membro da mesa que assumir a presidência, nomear ad hoc, dentre os eleitores presentes e obedecidas às
prescrições do §1º, do art. 120, os que forem necessários para completar a mesa.
A alternativa D está incorreta. De acordo com o caput, do art. 225, do CE, apenas nas eleições para
presidente e vice-presidente da República poderá votar o eleitor que se encontrar no exterior.
11. (CESPE/TRE-RS - 2015) Tendo em vista que a prática de nepotismo, o favorecimento de particulares
em contratações públicas, o abuso de poder e o desrespeito à legislação, de modo geral, afetam a
estabilidade do processo eleitoral em qualquer circunscrição e podem vir, inclusive, a alterar o resultado
das eleições, assinale a opção correta.
a) Podem ser nomeados presidentes ou mesários das mesas receptoras autoridades e agentes policiais, bem
como aqueles que compõem o quadro de terceirizados, entendidos como tais os que prestam serviços à
administração pública como empregados de pessoa jurídica de direito privado detentora de contrato oriundo
de certame licitatório.
b) Quando da escolha dos locais para a votação, não havendo imóveis públicos em condições adequadas,
pode o juiz eleitoral designar que as mesas receptoras funcionem em propriedade particular, a qual será
obrigatoriamente cedida para esse fim, sem ônus financeiro para a administração.
c) A força armada designada para assumir o trabalho de polícia eleitoral poderá transitar livremente nas
seções eleitorais e nos lugares de votação, independentemente de autorização, já que é sua
responsabilidade manter a ordem e a paz no ambiente destinado às eleições.
d) Para exercer o ato de votar, é indispensável que o eleitor apresente o seu título eleitoral acompanhado
de documento de identificação pessoal com foto.
e) O TSE não pode contratar cidadãos que mantenham entre si relação de parentesco, ainda que por
afinidade, até o quinto grau, devendo, em casos de vínculo legítimo entre dois contratados, optar pela
dispensa de um deles.
Comentários
Parece uma questão difícil, mas não é. Vamos analisar cada uma das alternativas. Preste atenção!
A alternativa A está incorreta, pois, de acordo com o art. 120, §1º, III, do Código Eleitoral, não podem ser
nomeados Presidentes e Mesários “as autoridades e agentes policiais, bem como funcionários no
desempenho de cargos de confiança do Executivo”.
A alternativa B é a correta e gabarito da questão em face do que dispõe o art. 135, do Código Eleitoral.
Veja que a legislação citada fala em preferência a ser conferida aos imóveis públicos. Caso não disponíveis,
portanto, poderá ser utilizada propriedade particular, sem qualquer ônus financeiro para a Administração.
A alternativa C está incorreta. Ao tratar da “polícia dos trabalhos eleitorais”, prevê o art. 141, do Código
Eleitoral, que a força armada deverá manter-se longe 100 metros da seção eleitoral e não poderá aproximar-
se do lugar da votação, ou nele penetrar, sem ordem do presidente da mesa.
O erro da alternativa D está no fato de que o art. 91-A, da Lei nº 9.504/1997, não é aplicável na sua estrita
literalidade. Esse dispositivo foi objeto da ADI 4.467 e, em sede liminar, fixou interpretação no sentido de
que apenas a ausência de documento oficial de identidade com fotografia impede o exercício do direito de
voto. Assim, se o eleitor comparecer apenas com documento com foto poderá votar. Agora, se ele
comparecer com o título e não estiver munido de documento com foto, restará impedido de votar, pois não
terá como comprovar a sua identidade, salvo no caso de E-título com foto.
Por fim, a alternativa E está incorreta, pois a limitação para o grau de parentesco é até o 2º grau e não 5º,
como estabelecido na questão. Na realidade, a redação da alternativa gera dúvida ao mencionar “contratar”,
no sentido de nomear. Nós estudamos no art. 120, §2º, do CE.
12. (CESPE/MPE-TO - 2012) Julgue o item a seguir a respeito de fiscalização das eleições, material e
lugares destinados à eleição, início da votação e apuração nas juntas eleitorais, nos tribunais regionais
eleitorais e no Tribunal Superior Eleitoral.
Às oito horas do dia da eleição, supridas as possíveis deficiências, deve o presidente declarar iniciados os
trabalhos, procedendo-se em seguida à votação, começando-se pelos candidatos e eleitores presentes.
Comentários
A assertiva está correta, uma vez que reproduz o que dispõe o art. 143, do CE.
13. (CESPE/MPE-TO - 2012) Assinale a opção correta a respeito de fiscalização das eleições, material e
lugares destinados à eleição, início da votação e apuração nas juntas eleitorais, nos tribunais regionais
eleitorais e no Tribunal Superior Eleitoral.
a) A propriedade particular será obrigatória e gratuitamente cedida para o fim de funcionamento das mesas
receptoras, sendo expressamente vedado o uso, para esse fim, de propriedade pertencente a autoridade
policial.
b) Às sete horas do dia da eleição, supridas as possíveis deficiências, deve o presidente declarar iniciados os
trabalhos, procedendo-se em seguida à votação, começando-se pelos candidatos e eleitores presentes.
c) Compete às juntas eleitorais dos locais de votação apurar os votos relativos aos candidatos a deputado
estadual.
d) Um fiscal não pode ser nomeado para fiscalizar mais de uma seção eleitoral no mesmo local de votação.
e) Tratando-se de seções de zonas eleitorais em que o alistamento se fizer pelo processamento eletrônico
de dados, os juízes eleitorais devem enviar ao presidente de cada mesa receptora, pelo menos setenta e
duas horas antes da eleição, as folhas individuais de votação dos eleitores da seção, devidamente
acondicionadas.
Comentários
A alternativa A está correta e é o gabarito da questão, tendo em vista o que prevê o art. 135, § 3º e § 4º.
A alternativa B está incorreta, pois os trabalhos serão declarados iniciados no dia da votação às 08 horas de
acordo com o art. 143 do CE.
A alternativa C está incorreta, pois se trata de competência do TRE e não da Junta eleitoral, conforme já
vimos em aula anterior.
A alternativa D está incorreta, pois os fiscais, dentro do mesmo local de votação, podem atuar em diversas
seções simultaneamente, na forma do art. 65 §1º da Lei da Eleições.
A alternativa E está incorreta. A resposta desta assertiva está no art. 12 da Lei 6.996/1982 que dispõe sobre
a utilização de processamento eletrônico de dados nos serviços eleitorais.
Art. 12 - Nas seções das Zonas Eleitorais em que o alistamento se fizer pelo processamento
eletrônico de dados, as folhas individuais de votação serão substituídas por listas de
eleitores, emitidas por computador, das quais constarão, além do nome do eleitor, os
dados de qualificação indicados pelo Tribunal Superior Eleitoral.
FGV
14. (FGV/TJ-MG – 2022) Sobre votação e seções eleitorais, assinale a afirmativa correta.
A) Os filiados a partidos políticos não podem ser nomeados presidentes e mesários das seções eleitorais.
B) É imprescindível, sob pena de preclusão, impugnar problema com a urna eletrônica no momento da
votação, devendo ficar consignado na ata da seção eleitoral.
C) Os menores de 18 anos podem ser nomeados presidentes e mesários das seções eleitorais, exceto se não
estiverem alistados como eleitores.
D) Sem título de eleitor, o eleitor/eleitora não poderá votar, mesmo que seja inscrito na seção eleitoral e
conste da respectiva pasta a sua folha individual de votação.
Comentários
A alternativa A está incorreta. O art. 120, § 1º, do Código Eleitoral, elenca aqueles que não podem ser
nomeados presidentes e mesários, rol de que não constam os filiados a partido político:
A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. De acordo com o art. 149 do Código Eleitoral, o recurso
contra a votação só é admissível se tiver ocorrido impugnação perante a própria mesa receptora, o que se
aplica inclusive a problemas com a urna eletrônica:
Art. 149. Não será admitido recurso contra a votação, se não tiver havido impugnação
perante a mesa receptora, no ato da votação, contra as nulidades arguidas.
A alternativa C está incorreta. Não podem ser nomeados presidentes e mesários os menores de 18 anos, de
acordo com o art. 63, § 2º, da Lei n. 9.504/1997:
A alternativa D está incorreta. O STF, na ADI 4467, conferiu interpretação conforme ao art. 91-A da Lei n.
9.504/1997 e ao art. 47, § 1º, da Resolução TSE n. 23.218/2010, para declarar que a ausência do título de
eleitor no momento da votação não constitui, por si só, óbice ao exercício do sufrágio.
1. A inovação legislativa trazida pelo art. 91-A da Lei nº 9.504/1997, com redação dada pela
Lei nº 12.034/2009, a partir da qual exigida a apresentação concomitante do título eleitoral
e de documento oficial com foto para identificação do eleitor no dia da votação, embora
pensada para combater a fraude no processo eleitoral, instituiu óbice desnecessário ao
exercício do voto pelo eleitor.
2. Questão equacionada sob o viés do princípio da proporcionalidade, ante a suficiência de
documento oficial com foto para identificação do eleitor, revelando-se medida adequada
e necessária para garantir a autenticidade do voto.
3. Com a imposição da apresentação dos dois documentos, alguns eleitores, regularmente
alistados, seriam alijados de participar do processo eleitoral caso não estivessem portando
o título eleitoral no dia da votação, com eventuais reflexos na soberania popular (CF, art.
14) e no processo democrático.
4. O título representa a manifestação documental da qualidade de eleitor e tem sua
utilidade, no momento da votação, direcionada à identificação da seção em que inscrito o
eleitor, bem como à sua identificação pela mesa receptora (Código Eleitoral, art. 46, § 5º).
Sua ausência, a teor do art. 146, VI, do Código Eleitoral, em absoluto prejudica o exercício
pleno dos direitos políticos do eleitorado.
5. Com o advento da biometria, a discussão quanto à inconstitucionalidade do art. 91-A da
Lei nº 9.504/1997 perdeu força, mas não de todo esvaziada, uma vez mantida,
alternativamente, a identificação pelo método tradicional, mediante apresentação de
documento com foto, (i) para os ainda não cadastrados biometricamente – a meta para a
totalidade dos eleitores foi estabelecida pela Justiça Eleitoral para 2022 –; (ii) para aqueles
aos quais inviabilizada a biometria no dia da votação, por indisponibilidade momentânea
ou ocasional do sistema ou impossibilidade de leitura das informações datiloscópicas do
eleitor (impressão digital); e (iii) para o eleitorado geral, em situações excepcionais, como,
v.g., nas eleições municipais de 2020, ante o cenário deflagrado pela pandemia da Covid-
19.
6. A análise da constitucionalidade do art. 91-A da Lei nº 9.504/1997 há de levar em
consideração o aprimoramento dos mecanismos de garantia da segurança do voto, já
conquistada pela sociedade sua autenticidade, mediante a identificação do eleitor pela
biometria, bem assim, de forma secundária, por documento com fotografia, a afastar
qualquer entendimento segundo o qual a ausência do título eleitoral, no momento da
votação, impede o exercício do voto.
7. Ação julgada procedente, confirmada a medida cautelar, para atribuir interpretação
conforme à Constituição aos arts. 91-A da Lei nº 9.504/1997 e 47, § 1º, da Res.-TSE nº
23.218/2010, no sentido de que a ausência do título de eleitor no momento da votação
não constitui, por si só, óbice ao exercício do sufrágio.
CONSULPLAN
15. (CONSULPLAN/TRE-RJ - 2017) “Qualquer partido pode reclamar ao Juiz Eleitoral, no prazo
de__________, da nomeação da Mesa Receptora, devendo a decisão ser proferida em__________.”
Assinale a alternativa que completa correta e sequencialmente a afirmativa anterior.
a) 48 horas / 5 dias
b) 5 dias / 48 horas
c) 10 dias / 48 horas
d) 24 horas / 48 horas
Comentários
Art. 63. Qualquer partido pode reclamar ao juiz eleitoral, no prazo de cinco dias, da
nomeação da mesa receptora, devendo a decisão ser proferida em 48 horas.
Outras Bancas
16. (ESPE/MPE-TO - 2012) Julgue o item a seguir a respeito de fiscalização das eleições, material e
lugares destinados à eleição, início da votação e apuração nas juntas eleitorais, nos tribunais regionais
eleitorais e no Tribunal Superior Eleitoral.
A propriedade particular será obrigatória e gratuitamente cedida para o fim de funcionamento das mesas
receptoras, sendo expressamente vedado o uso, para esse fim, de propriedade pertencente a autoridade
policial.
Comentários
A assertiva está correta, tendo em vista o que prevê o art. 135, § 3º e §4º, do CE. As mesas receptoras devem
funcionar nos locais designados pelos juízes. Essa designação deve ocorrer 60 dias antes das eleições. A
propriedade particular poderá ser utilizada e deve ser cedida de forma obrigatória e gratuita.
17. (IBFC/TRE-AM - 2014) Caio é servidor público concursado e foi nomeado para ser mesário.
Entretanto, sem justa causa, deixou de comparecer no local, dia e hora determinados para realização da
eleição. Nessa hipótese pode-se afirmar que Caio:
a) Não tinha a obrigação de comparecer, pois servidores públicos não podem ser nomeados mesários.
b) Pode ser penalizado com suspensão de até quinze dias.
c) Está sujeito à pena de detenção de até seis meses, por embaraçar o exercício do sufrágio.
d) Deverá ser conduzido, pela autoridade policial, até o local da votação a fim de garantir os trabalhos da
mesa receptora.
Comentários
Como Caio é servidor público, sofrerá a pena de 15 dias de suspensão, de acordo com o § 2º, do artigo citado
acima.
Comentários
A alternativa A está incorreta, pois os mesários poderão substituir o Presidente da mesa conforme o art.
123, do CE.
A alternativa B está incorreta. As competências do Presidente da Mesa estão previstas no art. 127, do CE. E
essa competência descrita na alternativa não está contida naquele rol por ser atribuição do secretário.
Art. 119. A cada Seção Eleitoral corresponde uma Mesa Receptora de votos.
A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. Vejamos o art. 120, § 1º, do CE.
Comentários
Para responder à questão, é necessário conhecer o art. 120, do CE, que disciplina:
20. (Inédita - 2017) De acordo com a doutrina, “o presidente da mesa exercerá, durante o período de
votação, o poder de polícia na sua respectiva seção, podendo, para isso, requisitar a presença de força
policial, se necessário”. Assinale a alternativa que não completa uma atribuição do Presidente, de acordo
com o Código Eleitoral:
a) decidir imediatamente todas as dificuldades ou dúvidas que ocorrerem.
b) manter a ordem, para o que disporá de força pública necessária.
c) comunicar ao Juiz Eleitoral, que providenciará imediatamente as ocorrências cuja solução deste
dependerem.
d) lavrar a ata da eleição.
e) fiscalizar a distribuição das senhas e, verificando que não estão sendo distribuídas segundo a sua ordem
numérica, recolher as de numeração intercalada, acaso retidas, as quais não se poderão mais distribuir.
Comentários
Dentre as atribuições acima, a única que não consta é a presente na alternativa D, que é o gabarito da
questão.
Art. 127. Compete ao Presidente da Mesa Receptora, e, em sua falta, a quem o substituir:
I – receber os votos dos eleitores;
II – decidir imediatamente todas as dificuldades ou dúvidas que ocorrerem;
III – manter a ordem, para o que disporá de força pública necessária;
IV – comunicar ao Juiz Eleitoral, que providenciará imediatamente as ocorrências cuja
solução deste dependerem;
V – remeter à Junta Eleitoral todos os papéis que tiverem sido utilizados durante a
recepção dos votos;
VI – autenticar, com a sua rubrica, as cédulas oficiais e numerá-las nos termos das
instruções do Tribunal Superior Eleitoral;
VII – assinar as fórmulas de observações dos Fiscais ou Delegados de partido, sobre as
votações;
VIII – fiscalizar a distribuição das senhas e, verificando que não estão sendo distribuídas
segundo a sua ordem numérica, recolher as de numeração intercalada, acaso retidas, as
quais não se poderão mais distribuir.
IX – anotar o não-comparecimento do eleitor no verso da folha individual de votação.
A lavratura da ata da eleição é competência dos secretários, conforme se extrai do art. 128, II, do CE.
Comentários
A alternativa A está correta e é o gabarito da questão, em razão do que prevê o art. 117, caput.
A alternativa B está incorreta, uma vez que não podemos afirmar que o limite máximo é de 400 eleitores.
Como se extrai do dispositivo citado, há dois limites específicos, uma para as capitais e outro para as demais
Comarcas.
22. (Inédita - 2017) Não podem ser nomeados Presidentes e Mesários das mesas receptoras:
a) Funcionários públicos investidos em cargos em confiança em qualquer dos Poderes da União.
b) Funcionários públicos não estáveis.
c) Candidatos e respectivos parentes até 4º grau, bem como o cônjuge.
d) Os que pertencem ao serviço eleitoral.
e) Filiados a partidos políticos.
Comentários
Para responder à questão, devemos conhecer o art. 120, §1º, do CE. Vejamos:
A alternativa A está incorreta, pois a vedação aos ocupantes de confiança não abrange todos os Poderes, tal
como mencionado. De acordo com inc. III, a vedação restringe-se aos ocupantes de cargos de confiança no
Poder Executivo.
A alternativa C está incorreta, pois a vedação atinge apenas os parentes até 2º grau.
23. (Inédita - 2017) De acordo com o Código Eleitoral, entre os eleitores da respectiva seção serão
preferencialmente nomeados servidores os:
a) militares, professores e serventuários da Justiça.
b) professores, serventuários da Justiça Eleitoral e pessoas com ensino superior.
c) pessoas com ensino médio completo, serventuários da Justiça e juízes de paz.
c) pessoas com ensino superior, professores e empregados públicos
d) pessoas com ensino superior, professores e serventuários da Justiça.
e) professores e serventuários da Justiça com ensino superior.
Comentários
Comentários
Devemos lembrar que, em razão da Lei nº 6.996/1982, essa delimitação pelo CE poderá ser flexibilizada pelo
TSE.
Comentários
A assertiva está incorreta. De acordo com o art. 120, §1º, do CE, apenas os parentes de 2º grau do candidato
é que são impossibilitados de serem nomeados presidentes ou mesários.
26. (Inédita - 2017) Com base na disciplina do Código Eleitoral, julgue o item subsecutivo:
Caso o membro da mesa receptora não compareça no local, no dia e nos horários ajustados sofrerá
penalidade administrativa consistente em 1 salário-mínimo.
Comentários
A assertiva está incorreta. Conforme quadro abaixo – retirado do art. 124, do CE – a multa será arbitrada
pelo juiz e será fixada em valor entre ½ e 1 salário-mínimo.
Importante registrar, ainda, que não se trata de multa decorrente de ação criminal.
27. (Inédita - 2017) De acordo com o Código Eleitoral, julgue o item seguinte:
Compete ao Presidente da Mesa Receptora lavrar a ata da eleição.
Comentários
28. (Inédita - 2017) De acordo com o Código Eleitoral, julgue o item seguinte:
Compete ao Secretário distribuir senhas aos eleitores para votação se necessário. Já a fiscalização e o
recolhimento das senhas intercaladas são do Presidente.
Comentários
A assertiva está correta. A distribuição de senhas nas eleições eletrônicas não é comum, dada a agilidade do
procedimento. Contudo, em situações excepcionais, como em caso de necessidade de trocar urnas ou em
razão de problemas técnicos, é possível a distribuição das senhas.
Em tais situações, compete ao secretário distribuí-las e ao presidente fiscalizar, a quem também compete a
retirada de senhas intercaladas, nos termos dos arts. 127, VIII e 128, I, ambos do CE.
Comentários
Para responder à presente questão, devemos conhecer o art. 65, da Lei das Eleições, que assim dispõe:
Art. 65. A escolha de Fiscais e Delegados, pelos partidos ou coligações, não poderá recair
em menor de dezoito anos ou em quem, por nomeação do Juiz Eleitoral, já faça parte de
Mesa Receptora.
30. (Inédita - 2017) No que atine aos locais de votação assinale a alternativa incorreta:
a) Os locais de votação – onde serão instaladas as mesas receptoras – serão designados pelos Juízes Eleitorais
60 dias antes das Eleições.
Comentários
A alternativa A está correta, em razão do que prevê o art. 135, caput, do CE.
A alternativa B e C, do mesmo modo, está correta, em razão do que prevê o §12º, do art. 135, do CE.
A alternativa D está correta em razão do que prevê o art. 135, §3º, do CE.
A alternativa E está incorreta e é o gabarito da questão. Não há tal restrição na legislação eleitoral.
LOCAIS DE VOTAÇÃO
31. (Inédita - 2017) De acordo com o Código Eleitoral, algumas pessoas possuem preferência para votar.
Entre elas assinale a alternativa que não contempla uma hipótese prevista expressamente:
a) Juiz Eleitoral
b) enfermos
c) servidores públicos
d) servidores da Justiça Eleitoral
e) mulheres grávidas
Comentários
§ 2º Observada a prioridade assegurada aos candidatos, têm preferência para votar o Juiz
Eleitoral da Zona, seus auxiliares de serviço, os eleitores de idade avançada, os enfermos
e as mulheres grávidas.
Logo, a alternativa C é o gabarito da questão, uma vez que os servidores públicos não possuem preferência
para votar.
32. (Inédita - 2017) No que diz respeito a portar o aparelho celular no momento da votação, assinale a
alternativa correta, segundo disciplina da Lei das Eleições:
a) O eleitor deverá entregar o celular ao presidente de mesa que o reterá durante o período que o eleitor
estiver dentro da cabina de votação.
b) O eleitor deverá retirar a bateria do seu aparelho deixando-a com o presidente da mesa receptora
enquanto exerce o voto.
c) O eleitor deverá deixar o aparelho celular no silencioso enquanto estiver no recinto onde estiver instalada
a mesa receptora.
d) O eleitor poderá ingressar na cabina de cotação com o aparelho celular dada a liberdade de manifestação,
princípio constitucional.
e) O eleitor não poderá portar aparelho celular dentro da cabina de votação.
Comentários
As alternativas A e B estão incorretas, pois não há qualquer referência à entrega do aparelho ao presidente
da Mesa Receptora ou retirada da bateria.
A alterativa C está incorreta, pois a legislação declina que o cidadão não poderá ingressar com o aparelho
dentro do espaço destinado ao voto, sem qualquer referência ao modo de uso do aparelho.
Por fim, a alternativa D contraria frontalmente a literalidade do art. 91-A, acima citado.
33. (Inédita - 2017) Acerca do voto em trânsito e do voto no exterior, assinale a alternativa correta:
a) embora previstos, o voto em trânsito e o voto no exterior dependem de resolução do TSE para serem
aplicados.
b) embora previstos, o voto em trânsito depende de resolução do TSE para serem aplicados.
c) embora previstos, o voto no exterior depende de resolução do TSE para serem aplicados.
d) tanto o voto em trânsito quanto o voto no exterior estão expressamente previstos no CE. Em relação ao
voto no exterior ele é admitido apenas para votação aos cargos de Presidente e vice-Presidente da República.
Já o voto em trânsito é admissível para os cargos de Presidente da República, Governador, Senador,
Deputado Federal, Deputado Estadual e Deputado Distrital.
e) tanto o voto em trânsito quanto o voto no exterior estão expressamente previstos no CE e aplicam-se
apenas para votação aos cargos de Presidente, vice-Presidente da República e Senador da República.
Comentários
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Fácil, não?
Art. 144. O recebimento dos votos começará às 8 (oito) horas e terminará, salvo o disposto
no art. 153, às 17 (dezessete) horas.
LISTA DE QUESTÕES
FCC
1. (FCC/MPE-PE – 2022) Segundo o que estabelece a legislação eleitoral acerca das condutas de
agentes públicos em campanhas eleitorais, é permitido
A) usar materiais ou serviços, custeados pelos Governos ou Casas Legislativas, ainda que excedam as
prerrogativas consignadas nos regimentos e normas dos órgãos que integram.
B) ao prefeito ceder servidor público do município para comitês de campanha eleitoral de candidato, partido
político ou coligação, durante o horário de expediente normal, ainda que o servidor não esteja licenciado.
C) ao agente público permitir uso promocional em favor de candidato, partido político ou coligação, de
distribuição gratuita de bens e serviços de caráter social custeados ou subvencionados pelo Poder Público,
tendo em vista a função social da referida ação.
D) realizar, no primeiro semestre do ano de eleição, despesas com publicidade dos órgãos públicos federais,
estaduais ou municipais, ou das respectivas entidades da Administração indireta, que excedam a média dos
gastos no primeiro semestre dos três últimos anos que antecedem o pleito.
E) ao prefeito municipal ceder, em benefício de candidato, partido político ou coligação, bem imóvel
pertencente à administração municipal, para a realização de convenção partidária.
2. (FCC/TRE-SE - 2015) A respeito da fiscalização das eleições, é correto afirmar que
a) o presidente do partido ou o representante da coligação deverá registrar na Justiça Eleitoral o nome das
pessoas autorizadas a expedir credenciais dos fiscais e delegados.
b) as credenciais dos fiscais e delegados serão expedidas pela Justiça Eleitoral.
c) a escolha de fiscais e delegados poderá recair em quem, por nomeação do Juiz Eleitoral, já faça parte de
Mesa Receptora.
d) o fiscal não pode ser nomeado para fiscalizar mais de uma seção eleitoral no mesmo local de votação.
d) a escolha de fiscais poderá recair em pessoa menor de 18 anos de idade e a de delegados só naqueles que
já tiverem alcançado a maioridade.
3. (FCC/TJ-RR - 2015) Entre os atos preparatórios à votação, destaca-se a constituição das Mesas
Receptoras de Votos. Segundo a disciplina normativa que rege sua composição
a) admite-se a participação, como integrantes da mesma Mesa, de eleitores que tenham relação de
parentesco.
b) a nomeação dos membros da Mesa deve recair preferencialmente sobre eleitores da própria seção
eleitoral e, dentre estes, sobre diplomados em escola superior, professores e serventuários da Justiça.
c) é cabível sua redução numérica, mediante dispensa devidamente concedida pelo Tribunal Regional
Eleitoral competente, para, no mínimo, dois membros.
d) devem ser nomeados, para cada Mesa, um presidente, um primeiro e um segundo mesários, três
secretários e dois suplentes.
e) admite-se a participação, como mesários, de eleitores menores de dezoito anos, diversamente do que
permitido para Mesas Receptoras de Justificativas.
4. (FCC/AL-PE - 2014) Quanto aos trabalhos das mesas receptoras, julgue o item subsequente.
A polícia dos trabalhos eleitorais perante as Mesas Receptoras cabe somente ao Juiz Eleitoral e à força
armada.
5. (FCC/TRE-TO - 2011) Na fiscalização das eleições,
a) as credenciais de fiscais e delegados deverão ser expedidas exclusivamente pela Justiça Eleitoral.
b) a escolha dos fiscais ou delegados de partido ou coligação poderá recair em quem, por nomeação do Juiz
Eleitoral, já faça parte da Mesa Receptora.
c) a escolha dos fiscais ou delegados de partido ou coligação poderá recair em pessoa com 16 anos.
d) o fiscal poderá ser nomeado para fiscalizar mais de uma Seção Eleitoral no mesmo local de votação.
e) o presidente do partido ou representante da Coligação não precisa registrar na Justiça Eleitoral o nome
das pessoas autorizadas a expedir as credenciais dos fiscais e delegados.
6. (FCC/TJ-AL - 2015) A fase que antecede a realização da votação abrange, entre outros atos, a
designação dos locais de votação e das seções eleitorais. Segundo a disciplina normativa que rege a
matéria,
a) é vedado designar como local de votação prédio sediado em fazenda, sítio ou qualquer propriedade rural
privada, mesmo que exista edifício ou equipamento público na respectiva área.
b) a designação de imóveis particulares como locais de votação enseja a cessão obrigatória do bem e o
pagamento de indenização pelo seu uso durante as eleições.
c) é vedada a designação de propriedade pertencente a autoridade policial como local de votação, exceto no
caso de não se encontrar, na região, edifício público em condições adequadas para sediar seção eleitoral.
d) é vedada a designação de propriedade pertencente a delegado de partido político como local de votação,
exceto no caso de não se encontrar, na região, edifício público em condições adequadas para sediar seção
eleitoral.
e) é vedado sediar seções eleitorais em estabelecimentos penais e em unidades de internação tratadas pelo
Estatuto da Criança e do Adolescente.
7. (FCC/TJ-PI - 2015) NÃO é vedado designar como local de votação
a) estabelecimentos penais.
b) imóvel pertencente a candidato, ainda que em área rural.
c) propriedade pertencente a cônjuge de delegado de partido.
d) propriedade particular, desde que seja efetuado o pagamento de justa e prévia indenização pelo seu uso.
e) propriedade pertencente à autoridade policial.
CESPE
d) mesmo sem haver falha nas urnas eletrônicas, o TSE assim determinar, no exercício de seu poder
discricionário.
e) havendo falha nas urnas eletrônicas, o TSE assim determinar, após verificar a impossibilidade de utilização
das urnas de contingência.
10. (CESPE/TJ-PR - 2017) No que diz respeito ao processo eleitoral, assinale a opção correta.
a) Aos eleitores em trânsito que se encontrarem fora de seu domicílio eleitoral, mas na mesma unidade da
Federação, será assegurado o direito de votar para presidente da República, governador, senador, deputado
federal, deputado estadual e deputado distrital.
b) O princípio da anualidade eleitoral ou da anterioridade tem sido interpretado de maneira estrita e foi
sistematicamente observado nas alterações da legislação havidas desde 1993 e na sua interpretação.
c) Em caso de não comparecimento de um dos membros da mesa, o presidente deverá convocar, em tempo
hábil, o suplente designado.
d) O eleitor que se encontrar no exterior durante o processo eleitoral de seu país poderá votar para
presidente e vice-presidente, senador e deputado federal.
11. (CESPE/TRE-RS - 2015) Tendo em vista que a prática de nepotismo, o favorecimento de particulares
em contratações públicas, o abuso de poder e o desrespeito à legislação, de modo geral, afetam a
estabilidade do processo eleitoral em qualquer circunscrição e podem vir, inclusive, a alterar o resultado
das eleições, assinale a opção correta.
a) Podem ser nomeados presidentes ou mesários das mesas receptoras autoridades e agentes policiais, bem
como aqueles que compõem o quadro de terceirizados, entendidos como tais os que prestam serviços à
administração pública como empregados de pessoa jurídica de direito privado detentora de contrato oriundo
de certame licitatório.
b) Quando da escolha dos locais para a votação, não havendo imóveis públicos em condições adequadas,
pode o juiz eleitoral designar que as mesas receptoras funcionem em propriedade particular, a qual será
obrigatoriamente cedida para esse fim, sem ônus financeiro para a administração.
c) A força armada designada para assumir o trabalho de polícia eleitoral poderá transitar livremente nas
seções eleitorais e nos lugares de votação, independentemente de autorização, já que é sua
responsabilidade manter a ordem e a paz no ambiente destinado às eleições.
d) Para exercer o ato de votar, é indispensável que o eleitor apresente o seu título eleitoral acompanhado
de documento de identificação pessoal com foto.
e) O TSE não pode contratar cidadãos que mantenham entre si relação de parentesco, ainda que por
afinidade, até o quinto grau, devendo, em casos de vínculo legítimo entre dois contratados, optar pela
dispensa de um deles.
12. (CESPE/MPE-TO - 2012) Julgue o item a seguir a respeito de fiscalização das eleições, material e
lugares destinados à eleição, início da votação e apuração nas juntas eleitorais, nos tribunais regionais
eleitorais e no Tribunal Superior Eleitoral.
Às oito horas do dia da eleição, supridas as possíveis deficiências, deve o presidente declarar iniciados os
trabalhos, procedendo-se em seguida à votação, começando-se pelos candidatos e eleitores presentes.
13. (CESPE/MPE-TO - 2012) Assinale a opção correta a respeito de fiscalização das eleições, material e
lugares destinados à eleição, início da votação e apuração nas juntas eleitorais, nos tribunais regionais
eleitorais e no Tribunal Superior Eleitoral.
a) A propriedade particular será obrigatória e gratuitamente cedida para o fim de funcionamento das mesas
receptoras, sendo expressamente vedado o uso, para esse fim, de propriedade pertencente a autoridade
policial.
b) Às sete horas do dia da eleição, supridas as possíveis deficiências, deve o presidente declarar iniciados os
trabalhos, procedendo-se em seguida à votação, começando-se pelos candidatos e eleitores presentes.
c) Compete às juntas eleitorais dos locais de votação apurar os votos relativos aos candidatos a deputado
estadual.
d) Um fiscal não pode ser nomeado para fiscalizar mais de uma seção eleitoral no mesmo local de votação.
e) Tratando-se de seções de zonas eleitorais em que o alistamento se fizer pelo processamento eletrônico
de dados, os juízes eleitorais devem enviar ao presidente de cada mesa receptora, pelo menos setenta e
duas horas antes da eleição, as folhas individuais de votação dos eleitores da seção, devidamente
acondicionadas.
FGV
14. (FGV/TJ-MG – 2022) Sobre votação e seções eleitorais, assinale a afirmativa correta.
A) Os filiados a partidos políticos não podem ser nomeados presidentes e mesários das seções eleitorais.
B) É imprescindível, sob pena de preclusão, impugnar problema com a urna eletrônica no momento da
votação, devendo ficar consignado na ata da seção eleitoral.
C) Os menores de 18 anos podem ser nomeados presidentes e mesários das seções eleitorais, exceto se não
estiverem alistados como eleitores.
D) Sem título de eleitor, o eleitor/eleitora não poderá votar, mesmo que seja inscrito na seção eleitoral e
conste da respectiva pasta a sua folha individual de votação.
CONSULPLAN
15. (CONSULPLAN/TRE-RJ - 2017) “Qualquer partido pode reclamar ao Juiz Eleitoral, no prazo
de__________, da nomeação da Mesa Receptora, devendo a decisão ser proferida em__________.”
Assinale a alternativa que completa correta e sequencialmente a afirmativa anterior.
a) 48 horas / 5 dias
b) 5 dias / 48 horas
c) 10 dias / 48 horas
d) 24 horas / 48 horas
Outras Bancas
16. (ESPE/MPE-TO - 2012) Julgue o item a seguir a respeito de fiscalização das eleições, material e
lugares destinados à eleição, início da votação e apuração nas juntas eleitorais, nos tribunais regionais
eleitorais e no Tribunal Superior Eleitoral.
A propriedade particular será obrigatória e gratuitamente cedida para o fim de funcionamento das mesas
receptoras, sendo expressamente vedado o uso, para esse fim, de propriedade pertencente a autoridade
policial.
17. (IBFC/TRE-AM - 2014) Caio é servidor público concursado e foi nomeado para ser mesário.
Entretanto, sem justa causa, deixou de comparecer no local, dia e hora determinados para realização da
eleição. Nessa hipótese pode-se afirmar que Caio:
a) Não tinha a obrigação de comparecer, pois servidores públicos não podem ser nomeados mesários.
b) Pode ser penalizado com suspensão de até quinze dias.
c) Está sujeito à pena de detenção de até seis meses, por embaraçar o exercício do sufrágio.
d) Deverá ser conduzido, pela autoridade policial, até o local da votação a fim de garantir os trabalhos da
mesa receptora.
18. (IESES/TRE-MA - 2015) Sobre as mesas receptoras assinale a alternativa correta:
a) Em caso de ausência do presidente da mesa não podem os demais mesários substituí-lo.
b) Compete ao presidente da mesa receptora distribuir aos eleitores as senhas de entrada previamente
rubricadas ou carimbadas segundo a respectiva ordem numérica.
c) A cada circunscrição eleitoral corresponde uma mesa receptora de votos.
d) Não podem ser nomeados presidentes e mesários os membros de diretórios de partidos que estejam no
exercício função executiva.
19. (Inédita - 2017) No que diz respeito à Mesa Receptora, assinale a alternativa que contempla a
composição completa, segundo a disciplina do Código Eleitoral:
a) presidente, vice-presidente, mesário, dois secretários e suplente.
b) presidente, 1º e 2º mesários, secretário e suplente.
c) presidente, 1º e 2º mesários, dois secretários e suplente.
d) presidente, dois mesários, 1º e 2º secretários e suplente.
e) presidente, dois mesários, dois secretários e 1º e 2º suplentes.
20. (Inédita - 2017) De acordo com a doutrina, “o presidente da mesa exercerá, durante o período de
votação, o poder de polícia na sua respectiva seção, podendo, para isso, requisitar a presença de força
policial, se necessário”. Assinale a alternativa que não completa uma atribuição do Presidente, de acordo
com o Código Eleitoral:
a) decidir imediatamente todas as dificuldades ou dúvidas que ocorrerem.
b) manter a ordem, para o que disporá de força pública necessária.
c) comunicar ao Juiz Eleitoral, que providenciará imediatamente as ocorrências cuja solução deste
dependerem.
d) lavrar a ata da eleição.
e) fiscalizar a distribuição das senhas e, verificando que não estão sendo distribuídas segundo a sua ordem
numérica, recolher as de numeração intercalada, acaso retidas, as quais não se poderão mais distribuir.
21. (Inédita - 2017) No que diz respeito ao número de eleitores por seção, o Código Eleitoral prevê
critérios mínimos e máximos. Assinale a alternativa correta:
a) Cada seção eleitoral não poderá ter menos de 50 eleitores.
b) As seções eleitorais não poderão exceder 400 eleitores.
c) As seções eleitorais não poderão exceder 300 eleitores nas seções localizadas nas capitais e não poderão
exceder 400 eleitores nas seções localizadas nas demais localidades.
d) As Seções Eleitorais não terão mais de 350 eleitores nas capitais e de 450 nas demais localidades, nem
menos de 50 eleitores.
e) As Seções Eleitorais não terão mais de 450 eleitores nas capitais e de 65- nas demais localidades, nem
menos de 50 eleitores.
22. (Inédita - 2017) Não podem ser nomeados Presidentes e Mesários das mesas receptoras:
a) Funcionários públicos investidos em cargos em confiança em qualquer dos Poderes da União.
b) Funcionários públicos não estáveis.
c) Candidatos e respectivos parentes até 4º grau, bem como o cônjuge.
d) Os que pertencem ao serviço eleitoral.
e) Filiados a partidos políticos.
23. (Inédita - 2017) De acordo com o Código Eleitoral, entre os eleitores da respectiva seção serão
preferencialmente nomeados servidores os:
a) militares, professores e serventuários da Justiça.
b) professores, serventuários da Justiça Eleitoral e pessoas com ensino superior.
c) pessoas com ensino médio completo, serventuários da Justiça e juízes de paz.
c) pessoas com ensino superior, professores e empregados públicos
d) pessoas com ensino superior, professores e serventuários da Justiça.
e) professores e serventuários da Justiça com ensino superior.
24. (Inédita - 2017) Acerca do tema Eleições, julgue o item a seguir:
O Código Eleitoral fixa números mínimo e máximo de eleitores por seção eleitoral. O número mínimo de
eleitores é fixo, ou seja, ao menos 50 eleitores por seção, seja ela localizada na capital ou nas demais
localidades do Estado. Em relação ao número máximo, fixa a legislação que, nas capitais, serão 300 eleitores
e nas demais localidades serão 400 eleitores.
25. (Inédita - 2017) Julgue o item a seguir:
De acordo com o Código Eleitoral, não podem ocupar o cargo de presidente ou mesário no dia das eleições
candidatos, bem como o cônjuge e parentes até 4º grau do candidato.
26. (Inédita - 2017) Com base na disciplina do Código Eleitoral, julgue o item subsecutivo:
Caso o membro da mesa receptora não compareça no local, no dia e nos horários ajustados sofrerá
penalidade administrativa consistente em 1 salário-mínimo.
27. (Inédita - 2017) De acordo com o Código Eleitoral, julgue o item seguinte:
Compete ao Presidente da Mesa Receptora lavrar a ata da eleição.
28. (Inédita - 2017) De acordo com o Código Eleitoral, julgue o item seguinte:
Compete ao Secretário distribuir senhas aos eleitores para votação se necessário. Já a fiscalização e o
recolhimento das senhas intercaladas são do Presidente.
29. (Inédita - 2017) Os partidos políticos ou as coligações possuem a prerrogativa de fiscalizar os
trabalhos durante o pleito eleitoral. Para tanto, poderão nomear fiscais. De acordo com o Código Eleitoral,
não poderão ser nomeados fiscais:
a) menores de 18 anos e pessoas nomeadas para compor a Mesa Receptora
b) menores de 16 anos e pessoas nomeadas para compor a Mesa Receptora
c) menores de 18 anos e pessoas nomeadas para compor a Junta Eleitoral
d) menores de 16 anos e pessoas nomeadas para compor a Junta Eleitoral
e) menores de 21 anos e pessoas nomeadas para compor a Mesa Receptora
30. (Inédita - 2017) No que atine aos locais de votação assinale a alternativa incorreta:
a) Os locais de votação – onde serão instaladas as mesas receptoras – serão designados pelos Juízes Eleitorais
60 dias antes das Eleições.
b) Entre os locais de votação devem ser escolhidos, preferencialmente, os edifícios públicos.
c) Na falta de locais públicos em número suficiente e em condições adequadas serão escolhidos bens imóveis
particulares.
d) A utilização de bens particulares, se necessário, é obrigatório e gratuito.
e) Em prédios públicos, veda-se a instalação de mesas receptoras, em edifícios utilizados pelo Poder
Legislativo.
31. (Inédita - 2017) De acordo com o Código Eleitoral, algumas pessoas possuem preferência para
votar. Entre elas assinale a alternativa que não contempla uma hipótese prevista expressamente:
a) Juiz Eleitoral
b) enfermos
c) servidores públicos
d) servidores da Justiça Eleitoral
e) mulheres grávidas
32. (Inédita - 2017) No que diz respeito a portar o aparelho celular no momento da votação, assinale
a alternativa correta, segundo disciplina da Lei das Eleições:
a) O eleitor deverá entregar o celular ao presidente de mesa que o reterá durante o período que o eleitor
estiver dentro da cabina de votação.
b) O eleitor deverá retirar a bateria do seu aparelho deixando-a com o presidente da mesa receptora
enquanto exerce o voto.
c) O eleitor deverá deixar o aparelho celular no silencioso enquanto estiver no recinto onde estiver instalada
a mesa receptora.
d) O eleitor poderá ingressar na cabina de cotação com o aparelho celular dada a liberdade de manifestação,
princípio constitucional.
e) O eleitor não poderá portar aparelho celular dentro da cabina de votação.
33. (Inédita - 2017) Acerca do voto em trânsito e do voto no exterior, assinale a alternativa correta:
a) embora previstos, o voto em trânsito e o voto no exterior dependem de resolução do TSE para serem
aplicados.
b) embora previstos, o voto em trânsito depende de resolução do TSE para serem aplicados.
c) embora previstos, o voto no exterior depende de resolução do TSE para serem aplicados.
d) tanto o voto em trânsito quanto o voto no exterior estão expressamente previstos no CE. Em relação ao
voto no exterior ele é admitido apenas para votação aos cargos de Presidente e vice-Presidente da República.
Já o voto em trânsito é admissível para os cargos de Presidente da República, Governador, Senador,
Deputado Federal, Deputado Estadual e Deputado Distrital.
e) tanto o voto em trânsito quanto o voto no exterior estão expressamente previstos no CE e aplicam-se
apenas para votação aos cargos de Presidente, vice-Presidente da República e Senador da República.
34. (Inédita - 2017) O recebimento dos votos começa e termina respectivamente às
a) 8 horas e 17 horas
b) 9 horas e 18 horas
c) 10 horas e 19 horas
d) 11 horas e 20 horas
e) 12 horas e 21 horas
GABARITO
1. E 9. E 17. B
2. A 10. A 18. D
3. B 11. B 19. C
4. INCORRETA 12. CORRETA 20. D
5. D 13. A 21. A
6. A 14. B 22. D
7. A 15. B 23. D
8. C 16. CORRETA 24. INCORRETA
25. INCORRETA
26. INCORRETA
27. INCORRETA
28. CORRETA
29. A
30. E
31. C
32. E
33. D
34. A