Resolução CME Nº 120 - 2016 - Educação Infantil
Resolução CME Nº 120 - 2016 - Educação Infantil
Resolução CME Nº 120 - 2016 - Educação Infantil
Resolve,
CAPÍTULO I
DA EDUCAÇÃO INFANTIL
SEÇÃO I
DA CONCEPÇÃO E DA FINALIDADE
SEÇÃO II
DOS OBJETIVOS
SEÇÃO III
DA OFERTA DA EDUCAÇÃO INFANTIL
Art. 13. A Educação Infantil será oferecida em espaços institucionais coletivos, não
domésticos, cuja finalidade é educar e cuidar de crianças de até 5 (cinco) anos de idade, no período
diurno, em jornada integral ou parcial, regulados e fiscalizados pelo Conselho Municipal de
Educação e submetidos a controle social.
Parágrafo único. As instituições de Educação Infantil deverão apresentar Proposta Político-
Pedagógica e Regimento que contemplem a organização do processo educativo, assegurando a
unidade, a continuidade e a especificidade da aprendizagem e do desenvolvimento infantil nas
diferentes faixas etárias.
Art. 14. As instituições classificam-se nas seguintes categorias administrativas:
I. públicas: as criadas ou incorporadas, mantidas e administradas pelo Poder Público;
II. privadas: as mantidas e administradas por pessoa física ou jurídica, de direito privado,
enquadradas nas categorias de particulares, comunitárias, confessionais e filantrópicas (nos termos
do artigo 20 da Lei nº 9.394/96).
Art. 15. A oferta da Educação Infantil é livre à iniciativa privada, atendidas as seguintes
condições:
I . cumprimento das normas gerais da educação nacional e do respectivo sistema de ensino;
II. autorização de funcionamento e avaliação de qualidade pelo Poder Público;
III. capacidade de autofinanciamento, ressalvado o previsto no artigo 213 da Constituição
Federal.
Art. 16. O regime de funcionamento das instituições de Educação Infantil deve atender aos
direitos da criança e às necessidades da comunidade e far-se-á no período diurno, em jornada
integral (mínimo de 7 horas diárias de atendimento) ou parcial (mínimo de 4 horas diárias de
atendimento), compreendendo o tempo total que a criança permanece na instituição.
Art. 17. A Educação Infantil terá carga horária mínima anual de 800 (oitocentas) horas,
distribuída por um mínimo de 200 (duzentos) dias de trabalho educacional.
Art. 18. A frequência mínima exigida para a Educação Infantil, pré-escola, é de 60%
(sessenta por cento) do total de horas.
§1º A infrequência na Educação Infantil não pode, em nenhuma hipótese, implicar na
retenção da criança ou constituir-se como pré-requisito para matrícula no Ensino Fundamental.
§2º A infrequência não pode resultar em punição da criança, nem mesmo implicar na perda do
direito à vaga na instituição.
§3º A infrequência da criança, não justificada pelos pais ou responsáveis, deverá ser
comunicada pela instituição ao Conselho Tutelar, conforme Lei Municipal 8.410/2006.
Art. 19. É dever dos pais ou responsáveis efetuar a matrícula das crianças a partir dos 4
(quatro) anos de idade, na Educação Infantil, pré-escola.
Art. 20. As vagas em creches e pré-escolas, em instituições públicas, devem ser oferecidas
em locais próximos às residências das crianças ou aos locais de trabalho dos pais ou responsáveis,
com observância da demanda manifesta.
CAPÍTULO II
DA PROPOSTA POLÍTICO-PEDAGÓGICA E DO REGIMENTO DAS INSTITUIÇÕES
CAPÍTULO III
DA ORGANIZAÇÃO E DO FUNCIONAMENTO
Art. 29. A organização de agrupamentos ou turmas deverá possibilitar as condições para que
se concretizem os objetivos da Educação Infantil, as condições de aprendizagem e desenvolvimento
das crianças, suas necessidades e especificidades, e as exigências contidas nesta Resolução para a
organização do espaço físico, sendo estabelecidas as seguintes relações:
I. do nascimento a 11 meses de idade – máximo de 15 crianças: até 5 crianças, um professor;
de 6 a 10 crianças, um professor e um auxiliar do professor; de 11 a 15 crianças, um professor
e dois auxiliares do professor;
II. 1 ano a 1 ano e 11 meses – máximo de 15 crianças: até 5 crianças, um professor; de 6 a 10
crianças, um professor e um auxiliar do professor; de 11 a 15 crianças um professor e dois
auxiliares do professor;
III. 2 anos a 2 anos e 11 meses – máximo de 18 crianças: até 9 crianças, um professor; de 10 a
18 crianças, um professor e um auxiliar do professor;
IV. 3 anos a 3 anos e 11 meses – máximo de 20 crianças: até 10 crianças, um professor; de 11
a 20 crianças, um professor e um auxiliar do professor;
V. 4 anos a 4 anos e 11 meses – máximo de 20 crianças – um professor;
VI. 5 anos a 5 anos e 11 meses – máximo de 25 crianças – um professor.
§1º Em todo agrupamento deve haver um professor; em hipótese alguma, o auxiliar do
professor poderá substituí-lo.
§2º Nos agrupamentos ou turmas, independente da faixa etária, deverá ser respeitada a relação
metragem/criança mínima de 1,50m².
§3º Os agrupamentos ou turmas, em jornada integral, deverão contar, necessariamente, com,
no mínimo, um professor e um auxiliar do professor, por turno, observados os incisos do artigo 29.
Art. 30. Os agrupamentos podem ser constituídos por crianças da mesma idade:
I. do nascimento a 11 meses;
II. 1 ano a 1 ano e 11 meses;
III. 2 anos a 2 anos e 11 meses;
IV. 3 anos a 3 anos e 11 meses;
V. 4 anos a 4 anos e 11 meses;
VI. 5 anos a 5 anos e 11 meses.
§1º Os agrupamentos podem também ser constituídos por crianças com idades aproximadas,
mas contendo apenas dois recortes etários, seja para atendimento parcial ou integral.
§2º A instituição que optar pelo agrupamento com dois recortes etários, ou agrupamento
misto, deverá esclarecer às famílias das crianças ou seus responsáveis, acerca do agrupamento de
referência da criança e da idade legal para o ingresso na Pré-Escola e fazer o registro da ciência da
família/responsável em documento específico.
§3º Ao matricular as crianças de até 3 anos e constituir os agrupamentos por idade, a
instituição deve atentar para a idade legal estabelecida na Normativa do Conselho Municipal de
Educação para o ingresso na Pré-Escola.
§4º A organização em agrupamentos de crianças deverá estar prevista na Proposta Político-
Pedagógica das instituições de Educação Infantil.
§5º Nos agrupamentos mistos, deverá ser respeitada a relação professor-criança
correspondente à menor idade das crianças agrupadas, independente da quantidade de crianças com
menor idade.
Art. 31. Para atender às peculiaridades dos educandos da Educação Especial, nas instituições
educacionais regulares, haverá, quando necessário, professores do Atendimento Educacional
Especializado, profissionais de apoio, cuidadores, tradutores e intérpretes de Libras, professores
bilíngues (Língua Portuguesa e Libras) e guias intérpretes para surdos cegos, conforme o disposto
na Lei 13.146/2015.
Art. 32. Nas instituições que oferecem atendimento em período integral, deverá ser garantida,
pela SME ou pelas mantenedoras das instituições privadas, a permanência de um profissional do
magistério, para coordenar o atendimento às crianças entre os turnos matutino e vespertino.
Art. 33. Para suprir as faltas ou períodos de licença do professor, a SME ou a mantenedora
deverá garantir outro professor para substituí-lo, imediatamente.
Art. 34. Os funcionários responsáveis pelos serviços de limpeza e organização do ambiente
educativo, de alimentação, da secretaria e da portaria não podem exercer a função docente, nem
substituir o professor em sua ausência.
Art. 35. A escrituração educacional se constitui no registro sistemático das ações pedagógicas
e administrativas da instituição e, nos documentos por ela abarcados, devem ser garantidas
autenticidade, regularidade/atualização e organização.
§1º A escrituração educacional deverá ser organizada em arquivos ativo e passivo e conter os
seguintes documentos:
I. referentes à instituição:
a) comprovantes da regularidade jurídica e do aspecto físico;
b) Regimento;
c) Proposta Político-Pedagógica e calendário das atividades letivas;
d) dossiês dos profissionais contendo, no mínimo, dados de identificação pessoal e
profissional, comprovação legal de habilitação para o exercício do magistério e comprovante do
regime de trabalho do servidor, de acordo com a função exercida;
e) registros da ação administrativa e pedagógica em documentos específicos;
f) coletânea da legislação educacional.
II. referentes às crianças:
a) registros de matrícula;
b) dossiês contendo, no mínino, cópia do Registro de Nascimento e do Cartão de Vacinação,
comprovante de endereço, cópia de documentos pessoais dos pais ou responsáveis legais,
prescrições e atestados médicos para aquelas, cujas especificidades demandam esses documentos;
c) diários de agrupamentos;
d) relatórios descritivos do processo de avaliação da aprendizagem e do desenvolvimento;
e) planejamento de atividades.
§2º Os documentos de que tratam os incisos I e II deverão permanecer na secretaria da
instituição educacional e ser disponibilizados ao Serviço de Inspeção Escolar, sempre que
solicitados.
CAPÍTULO IV
DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO
CAPÍTULO V
DOS ESPAÇOS FÍSICOS, DAS INSTALAÇÕES E DOS EQUIPAMENTOS
Art. 50. Entende-se por criação o ato próprio pelo qual é formalizada, por quem de direito, a
intenção de criar ou incorporar e manter uma instituição para desenvolver a Educação Infantil, em
conformidade com esta Normativa.
§1º O ato de criação se efetiva para as instituições públicas de Educação Infantil, por meio de
decreto do Poder Público Municipal, e para as instituições da iniciativa privada, por meio de
Contrato Social ou equivalente registrado em cartório ou na Junta Comercial do Estado de Goiás.
§2º O ato de criação de uma instituição de Educação Infantil não autoriza o seu
funcionamento, visto que esse depende de ato próprio do Conselho Municipal de Educação.
Art. 51. Entende-se por denominação o ato próprio pelo qual é formalizado o nome da
instituição.
Art. 52. Não serão admitidas denominações que façam alusão a outro campo de prestação de
serviço, como pousada, hotel, brinquedoteca e outros que não dizem respeito ao campo educacional.
Parágrafo único. As instituições já pertencentes ao Sistema Municipal de Educação que,
porventura, tenham sido denominadas com alguma dessas nomenclaturas serão orientadas pelo
Conselho Municipal de Educação a fazer a alteração do nome de fantasia e ou empresarial, se for
necessário, conforme deliberação do Conselho Pleno.
CAPÍTULO VII
SEÇÃO I
DA AUTORIZAÇÃO DE FUNCIONAMENTO
Art. 53. A Autorização de Funcionamento, ato pelo qual o Conselho Municipal de Educação
autoriza a instituição a desenvolver a Educação Infantil, será concedida pelo prazo de até 5 (cinco)
anos civis.
Art. 54. O pedido de Autorização de Funcionamento para desenvolver a Educação Infantil,
realizado pelas instituições públicas, será protocolizado no Conselho Municipal de Educação pela
direção da instituição, no prazo de até 120 (cento e vinte) dias antes do início das atividades letivas,
e deve ser instruído com cópia da seguinte documentação:
I. requerimento subscrito pelo diretor da instituição, destinado à Presidência do Conselho
Municipal de Educação, solicitando-lhe Autorização de Funcionamento para desenvolver a
Educação Infantil;
II. ficha de identificação da instituição;
III. termo de ciência das normativas do Conselho Municipal de Educação e das normativas
nacionais relativas à Educação Infantil, subscrito pelo diretor da instituição;
IV. Lei de Criação e de Denominação da instituição;
V. Decreto Municipal de Nomeação do diretor da instituição;
VI. Alvará de Autorização Sanitária Municipal atualizado, expedido pelo órgão municipal
competente;
VII. Laudo técnico do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás, atualizado;
VIII. Alvará de Localização e Funcionamento, expedido pelo órgão municipal competente,
para as instituições construídas e/ou locadas a partir da data de publicação desta Resolução;
IX. Proposta Político-Pedagógica da instituição e ata de sua aprovação pela comunidade
educacional;
X. Relatório ou Parecer emitido pela Coordenadoria Regional de Educação relativo à
Proposta Político-Pedagógica da instituição;
XI. Resolução, Parecer e Deliberação Plenária relativos ao último ato autorizador, quando da
solicitação de Autorização subsequente.
§1º Em caso de primeira solicitação de Autorização de Funcionamento, cópia da ata de
aprovação do Regimento e da Proposta Político-Pedagógica deve ser encaminhada ao Conselho
Municipal de Educação, em até 90 (noventa) dias, a contar do início das atividades letivas.
§2º A instituição que funcionar em prédio não pertencente ao Poder Público Municipal deve
apresentar laudo técnico comprobatório da condição de uso da edificação, conforme o estabelecido
no artigo 49.
Art. 55. O pedido de Autorização de Funcionamento para desenvolver a Educação Infantil,
realizado pelas instituições privadas, será protocolizado no Conselho Municipal de Educação pelo
representante legal da instituição ou responsável com procuração, no prazo de até 120 (cento e
vinte) dias antes do início das atividades letivas, e deve ser instruído com cópia da seguinte
documentação:
I. da mantenedora:
a) requerimento subscrito pelo representante legal da instituição, destinado à Presidência do
Conselho Municipal de Educação, solicitando-lhe Autorização de Funcionamento para desenvolver
a Educação Infantil;
b) termo de ciência das normativas do Conselho Municipal de Educação e das normativas
nacionais relativas à Educação Infantil, subscrito pelo representante legal da instituição;
c) certidões negativas das Fazendas Federal, Estadual e Municipal de seu domicílio;
d) Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ), com especificação da atividade econômica
relativa à Educação Infantil;
e) Contrato Social, registrado em cartório ou na Junta Comercial do Estado de Goiás (Juceg),
ou documento equivalente;
f) Estatuto e atas atualizadas de eleição e de posse da atual diretoria, quando instituição de
fins filantrópicos;
g) Carteira de Identidade, Cadastro de Pessoa Física e comprovante de endereço do(s)
representante(s) legal(is) da mantenedora.
II. da unidade educacional:
a) ficha de identificação da instituição;
b) comprovante do nome empresarial, de fantasia (se houver) e de endereço;
c) declaração de ciência acerca do Registro de Proteção de Marca, expedido pelo Instituto
Nacional de Propriedade Industrial/INPI, subscrita pelo(s) representante(s) legal(is) da instituição;
d) comprovante de propriedade do imóvel ou do contrato de sua locação, cessão ou comodato,
com prazo de vigência de, no mínino, 5 (cinco) anos;
e) planta baixa ou croqui dos espaços que compõem o prédio da instituição;
f) Laudo Técnico do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás, atualizado;
g) Alvará de Autorização Sanitária Municipal, atualizado, expedido pelo órgão municipal
competente;
h) Alvará de Localização e Funcionamento, expedido pelo órgão municipal competente;
i) Regimento e ata de sua aprovação pela comunidade educacional;
j) Proposta Político-Pedagógica e ata de sua aprovação pela comunidade educacional;
k) relatório acerca da Proposta Político-Pedagógica da instituição, emitido pela Secretaria
Municipal de Educação e Esporte, no caso de instituições conveniadas;
l) relação nominal dos profissionais das áreas pedagógica e administrativa, com a respectiva
formação profissional e função exercida, acompanhada dos comprovantes da formação e contrato
de estágio e termo de voluntariado, quando couber;
m) memorandos dos profissionais vinculados à Secretaria Municipal de Educação e Esporte,
efetivos e contratos temporários, que estiverem atuando na instituição, no caso de instituições
conveniadas;
n) folhas de qualificação civil e contrato de trabalho dos profissionais das áreas pedagógica e
administrativa, registrados na Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS), atualizada de
acordo com a função exercida na instituição;
o) Resolução, Parecer e Deliberação Plenária relativos ao último ato autorizador, quando da
solicitação de Autorização subsequente.
§1º Em caso de primeira solicitação de Autorização de Funcionamento, cópia da Ata de
Aprovação do Regimento e da Proposta Político-Pedagógica deve ser encaminhada ao Conselho
Municipal de Educação, em até 90 (noventa) dias, a contar do início das atividades letivas.
§2º As instituições conveniadas com a Secretaria Municipal de Educação e Esporte devem
anexar ao processo cópia da Declaração de Celebração de Convênio, expedida pela Secretaria.
Art. 56. O pedido de Autorização de Funcionamento, para a instituição que já tenha esse ato
autorizador, deverá ser protocolizado no Conselho Municipal de Educação, no prazo de até 120
(cento e vinte) dias antes do fim da vigência do ato.
Art. 57. Quando da solicitação de Autorização de Funcionamento, a Divisão de Inspeção
Escolar do Conselho Municipal de Educação deve verificar, in loco, as condições de funcionamento
da instituição e apresentar Relatório de Verificação Prévia, devidamente, fundamentado nos
dispositivos legais desta Resolução.
Art. 58. Quando negada a Autorização de Funcionamento, a instituição poderá recorrer da
decisão do Conselho Municipal de Educação, no prazo de 30 (trinta) dias, a contar a partir da data
do recebimento da notificação, e, ao recorrer, deverá comprovar, com documentos, que as
irregularidades que motivaram a negação do ato foram sanadas.
Art. 59. É vedado à instituição de Educação Infantil funcionar sem o ato de Autorização de
Funcionamento.
Parágrafo único. À instituição que mantiver a oferta da Educação Infantil, sem ato
autorizador, poderão ser aplicadas as medidas previstas no artigo 64 e em seus incisos.
SEÇÃO II
DA MUDANÇA DE CNPJ, MANTENEDORA, ENDEREÇO E DENOMINAÇÃO
CAPÍTULO VIII
DOS PROCEDIMENTOS E DAS SANÇÕES
CAPÍTULO IX
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS
Sala das sessões plenárias, aos sete dias do mês de dezembro de 2016.