Livro Botanica Economica
Livro Botanica Economica
Livro Botanica Economica
BOTÂNICA
ECONÔMICA
São Paulo,
2021
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO AUTORA
TECNOLÓGICA PAULA SOUZA Juliana Nazeré Alves Souza
Diretora-Superintendente Laura Laganá
Coordenador de Ensino Rafael Ferreira Alves Informamos que é de inteira responsabilidade do(s)
Superior de Graduação autor(es) a emissão dos conceitos. Nenhuma parte desta
publicação poderá ser reproduzida por qualquer meio
ou forma sem prévia autorização do CPS.
Coordenador de Ensino Almério Melquíades de Araújo
Médio e Técnico
D
outora e Mestre em Ciências dos Materiais e
Aplicações Nucleares pelo IPEN/USP. Especia-
lista em Formação de Professores, Teorias do
Ensino e Aprendizagem e Educação a Distância pela
PUC-SP e em Designer Instrucional para EaD Virtual,
pela Universidade Federal de Itajubá. Graduada em
Ciências Biológicas e Pedagogia. Colaboradora volun-
tária no Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares
(IPEN-CNEN), no Laboratório do CTR - tecnologia das
Radiações na USP. Foi docente de Bioquímica Aplicada
na FATEC Luigi Papaiz e Gestão Ambiental, na FATEC
Itaquera, além de Biologia e Gestão Ambiental, na
ETEC Juscelino Kubitscheck de Oliveira. Conteudista
do Programa Especial de Formação Pedagógica de Do-
centes, no Centro Paula Souza/ Brasil Profissionalizado.
Participa do Grupo de Estudos SEED na Faculdade de
Educação da USP. Orienta TCC e é Tutora presencial
no curso de Pós Graduação - Especialização Gestão
em Saúde pela UNIFESP. Também é Orientadora de
TCC no Aperfeiçoamento Ensino e Aprendizagem na
Educação de Jovens e Adultos. Faz parte, desde 2015,
do corpo editorial da revista Perspectiv@as - Um olhar
para a educação de jovens e adultos. É coordenadora
de Projetos de Biologia e colaboradora de Análise Curri-
cular, todos pelo Centro Paula Souza.
B
otânica Econômica se torna fun-
damental para gerar informações
que possam subsidiar o manejo
sustentável das plantas extraí-
da, é através desse estudo que se
busca o conhecimento e o resgate do saber
botânico tradicional particularmente relacio-
nado ao uso dos recursos da flora e tem for-
necido muitos dados sobre as plantas úteis
do mundo. Espera-se promover a formação
continuada dos professores e Coordenado-
res, incentivando-os na busca por estraté-
gias de promoção nos estudos em Botânica,
ampliando assim as oportunidades para um
aprendizado de qualidade e o desenvolvi-
mento humano sustentável, para todos os in-
tegrantes das comunidades educativas.
Vamos juntos
nessa caminhada
ao conhecimento!
Lucilia Guerra
Diretora do Centro de Capacitação Técnica, Pedagógica e de Gestão
SUMÁRIO
1. Capítulo................................................................................................. 12
2. Capítulo ................................................................................................ 21
3. Capítulo................................................................................................. 24
4. Capítulo ................................................................................................ 30
4.2.7 Organização dos tecidos nas raízes e nos Caules – fibras ..................................................... 41
4.2.9. Fibras - Organização dos Tecidos (Cilindro central), Caule (estrutura e classificação)........ 42
4.7 Taninos........................................................................................................................................ 50
4.8 Corantes...................................................................................................................................... 51
4.9 Látex............................................................................................................................................ 52
4.12 Coloides..................................................................................................................................... 58
5. Capítulo................................................................................................. 62
5. 1 Etnobotânica e Etnofarmacologia.............................................................................................. 62
5.2 Tipos de vegetais classificados por princípio ativos (Plantas Medicinais, Plantas Tóxicas,
Plantas Alucinógenas, Plantas Inseticidas, Plantas Herbicidas e Plantas Biodinâmicas).............. 62
6. Capítulo................................................................................................. 66
6.1.2 Propriedades gerais dos Óleos Essenciais, Óleos Aromáticos e Óleos Voláteis.................... 66
6.1.3 Métodos de extração dos Óleos Essenciais, Óleos Aromáticos e Óleos Voláteis.................. 66
Referências Bibliográficas................................................................................................................. 68
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 01 - Esquema do caule mostrando a posição dos meristemas primários e os tecidos primários deles derivados........... 32
FIGURA 03 - Esquemas dos três tipos básicos de caules vistos em corte transversal........................................................................ 33
FIGURA 10 - Desenho esquemático interno do Caule mostrando a Coifa, Pelo Radicular entre outras estruturas......................... 42
FIGURA 12 – Espécie Pinus elliotti é a principal espécie produtora de resina cultivada no Brasil..................................................... 49
FIGURA 16 - Esquema geral da interface entre o metabolismo primário e as vias de síntese dos metabólitos secundários......... 54
LISTA DE QUADROS
QUADRO 01 - Características gerais de madeira dura da madeira mole Estimativas dos grupos de
espécies conhecidas no Brasil................................................................................................................................................ 54
LISTA DE TABELAS
TABELA 01 - Estimativas dos grupos de espécies conhecidas no Brasil................................................................................ 14
TABELA 02 – Síntese dos métodos de manejo realizados por comunidades tradicionais nas regiões neotropicais........... 18
TABELA 03 - Alguns exemplos de sistemas de manejo de solo, vegetação, água etc., usados
por camponeses na América Latina......................................................................................................................................... 19
TABELA 10 - Principais princípios ativos com funções medicinais dos vegetais e informações a respeito de cada um...... 64
CAPÍTULO 01
1.1 CONCEITOS DE BOTÂNICA ECONÔMICA E ORIGENS E
ABORDAGEM ATUAL DA AGRICULTURA
1.1.1 Conceitos de Botânica Econômica
A Botânica Econômica trata das espécies úteis ao homem em seus aspectos sis-
temáticos, ecológicos, técnicos, econômicos, agronômicos e sociológicos (LAGO-PAI-
VA, 2015). Para ser bem-sucedida ela deve ser feita em equipe interdisciplinar com
botânicos, ecologistas, antropólogos, químicos, nutricionistas etc. (PRANCE, 1989).
Na perspectiva de seu uso prático a botânica econômica é o estudo das
plantas para a humanidade. Uma exibição em potencial poderia envolver um pou-
co de trigo ao lado de vários bens de consumo e produtos industriais diretamente
derivados do trigo, explicando diretamente suas origens. A botânica econômica
é vista por muitos cientistas como uma maneira de esclarecer o público sobre as
ligações entre os produtos manufaturados e o meio ambiente (SALATINO & BU-
CKERIDGE, 2016).
Já a Etnobotânica tem sido definida como “o estudo das inter-relações dire-
tas entre seres humanos e plantas” (FORD, 1978). A Etnobotânica é produto de mu-
danças históricas ocorridas dentro e fora da academia. CLÉMENT (1998), afirma que
ainda existe uma forte influência de interesses no âmbito da Botânica Econômica, a
qual direcionou os primeiros trabalhos sobre uso e conhecimento de plantas. Porém,
já começam a surgir estudos motivados por razões não econômicas.
A Etnobotânica e a Botânica Econômica compartilham lugares comuns des-
de que surgiram dentro e fora da academia. Ainda hoje, em muitos estudos, o limi-
te entre as duas abordagens é difícil de ser estabelecido. A Botânica econômica re-
flete uma abordagem essencialmente descritiva, fortemente carregada pela ideia
de registro e catálogo das plantas úteis de uma região, num esforço de reunir in-
formações sobre novos produtos. A Etnobotânica reúne sistemas de classificação
de plantas realizados por populações nativas e as primeiras teorias sobre relações
entre pessoas e plantas (CLÉMENT, 1998)
Dica: É possível trabalhar em sala de aula questões para retratar a vida do ho-
mem pré-histórico, observando como viviam esses seres, os tipos de animais
que são visualizados, comida e o manejo e produção do fogo. Como no filme
são mostradas, várias espécies de homens, podemos estudar a evolução ao
longo do tempo, conforme a teoria de Darwin. Outro ponto importante, a ser
trabalhado são as primeiras manifestações de linguagem no homem, e como
já havia diferenças de uma tribo para outra.
Algas 4.774
Angiospermas 33.419
Briófitas 1.574
Fungos 5.720
Gimnospermas 30
O manejo dos recursos nas florestas tropicais obedece a dois tipos de ma-
nipulação: a de comunidades e a de espécies individuais. Esse enquadramento
foi assim reconhecido por outros pesquisadores: manipulação de vegetação em
massa e manipulação de plantas individuais, manipulação em massa (manejo silví-
cola) e como indivíduos (manejo arborícola); manejo sucessional que inclui os dois
métodos acima citados (reconhecidos neste texto) e foi definido como a alteração
do curso natural da sucessão nas florestas tropicais pelo favorecimento da distri-
buição de espécies úteis (BALÉE, 1989).
Muitas pesquisas têm revelado que as culturas indígenas das regiões tropi-
cais manipulam com ótimo aproveitamento os seus recursos naturais.
BALÉE (1989) estima que aproximadamente 11,8% da floresta de terra fir-
me da Amazônia é antropogênica, sendo que a manipulação humana desse recur-
so foi fator cultural de grande importância na adaptação do homem à Amazônia. A
existência de extensas áreas de zonas antropogênicas nas florestas tropicais de-
ve-se ao sistema de manejo de plantas exercido pelas diversas etnias.
Na Tab. 2 (abaixo) sintetiza os diferentes métodos gerais de manejo tradi-
cional reportados na literatura. Na Tab. 3 (logo em seguida), por sua vez, evidencia
a diversidade dessas práticas tradicionais quando inseridas em um sistema com-
plexo de manejo dos recursos naturais e uso da terra. Nela é possível observar os
diferentes métodos de manejo.
Limitação
Objetivo Práticas de manejo
ambiental
THOMAS (1988) mostra que plantas ruderais como alimentos nos ambien-
tes agrícolas surgem muitas espécies de plantas espontâneas ou ruderais; são as
chamadas “ervas-daninhas” ou “inços”. No entanto, entre elas existem diversas
espécies utilizadas tradicionalmente como alimentos, podendo garantir suprimen-
to quase ilimitado de verduras:
1) Amaranthus spp. (“carurus”);
2) Bidens pilosa (“picão-preto”);
3) Emilia fosbergii e Emilia sonchifolia (“serralha-vermelha”);
4) Erechtites hieraciifolius (“gondó ou “capiçoba”);
5) Lactuca canadensis (“almeirão-paulista” ou “almeirão-roxo”);
6) Pluchea sagittalis (“quitoco”);
7) Hypochaeris brasiliensis (“almeirãozinho-de-gramado”);
8) Porophyllum ruderale (“arnica-da-horta”);
9) Anredera cordifolia (“bertalha”);
10) Lagenaria siceraria (“abóbora-d’água”, “porongueira”, “cabaceira”, “caxi”);
11) Melothria pendula (“pepininho”);
12) Momordica charantia (“melão-de-são-caetano”);
13) Portulaca oleracea (“beldroega”);
14) Citrus limonia (“limão-capeta”, “limão-creme”, “limão-cravo”);
15) Urera aurantiaca (“cansanção”).
b) Plantas oleaginosas
“Macaúba” (Acrocomia sp.) e (Acrocomia viegasii), “bocaiúva’ (Acrocomia
totai) e outras espécies de Acrocomia (Palmáceas) são fontes extremamente pro-
missoras de óleo alimentar de grande aceitação e de gorduras industriais de am-
pla aplicação. O babaçu (Orbignya speciosa), de vasta distribuição no Brasil, cujo
potencial oleífero ainda permanece quase totalmente potencial, poderia ser al-
tamente compensador para pequenos agricultores e suas famílias, se submetido
a cultivo racional, que inclui condução em áreas naturais (com plano de manejo)
e plantio em bases racionais, com beneficiamento em agroindústria coletiva (de
associação). Existem muitas outras espécies promissoras de plantas oleaginosas
que poderiam ser exploradas no Brasil, tanto para fins domésticos, quanto comer-
ciais.
d) Fontes de proteínas
“Macaúba” (Acrocomia utilissima); “bocaiúva” (Acrocomia totai); “guariro-
ba” ou “gueiroba” (Syagrus oleracea); “cajueiro” (Anacardium occidentale), cujas
sementes são aditivo alimentar importante, com propriedades funcionais marcan-
tes, além de poder garantir renda apreciável; “ora-pro-nobis” (Pereskia aculeata) e
“quiabentos” (Pereskia grandifolia, Pereskia bahiensis, Pereskia violacea, Pereskia
e) Plantas frutíferas
“Bananeira-da-terra” ou “bananeira-pacová” (cultivares de Musa) e “bana-
neiras” (cultivares de Musa, Musáceas); “açaí” (Euterpe oleracea); “juçara” ou “pal-
miteiro” (Euterpe edulis); existe demanda para o aproveitamento da polpa de seus
frutos, análoga à do “açaizeiro” (Euterpe oleracea); a polpa, extraída em máquina
ou em peneiras, pode ser aproveitada na alimentação diária do agricultor e ser
industrializada (pelo menos congelada, por motivos sanitários) já embalada pela
associação, na forma de polpa, sorvetes simples ou mistos, bebidas refrigerantes
e energéticas, etc., todos de alto valor comercial e mercado cativo. As sementes,
ainda férteis após o processamento, retornam para a propriedade, podendo ser
lançadas nas matas, para formação de mais palmeiras.
Com manejo correto e muitas palmeiras na propriedade, pode-se aproveitar
a polpa e o palmito, com proveito para o agricultor, tanto financeiro, quanto sani-
tário e alimentar; As lagartas e outros insetos-praga podem ser parcialmente con-
troladas por animais nativos protegidos pelo agricultor (LAGO-PAIVA, 2015), não
chegando a atingir populações que sejam significativas na redução da produção.
As espécies sugeridas podem ser substituídas, em cada região, por espécies que
se destaquem por suas qualidades agrícolas, nutricionais ou organolépticas (sabor
e prazer na ingestão).
Os agricultores diligentes poderão selecionar as espécies, divulgando-as
entre seus vizinhos ou por meio de associações de agricultores, que deverão provi-
denciar cursos sobre o plantio e a utilização desses itens alimentares e comerciais.
Os PFNM têm atraído considerável interesse global, nos últimos anos, devi-
do ao crescente reconhecimento de sua contribuição aos objetivos socioeconômi-
cos e ambientais. Incluir a conservação da diversidade biológica, uma vez que, ao
mesmo tempo em que mantém a floresta conservada, permite melhoria do bem-
-estar da comunidade que nela vive (FAO, 1992, 1994, 1995).
ELIAS & SANTOS (2016) realizaram uma pesquisa sobre os produtos flo-
restais não madeireiros e valor potencial de exploração sustentável da floresta
Figura 04. Resumo dos tecidos merismáticos (Fonte: RAVEN, et al. Biologia Vegetal, 2001).
b) Coco
As características da fibra, como coloração uniforme, elasticidade, durabili-
dade e resistência à tração e à umidade, oferecem muitas possibilidades de utiliza-
ção como matéria-prima natural para a indústria na fabricação de xaxins, esteiras,
cordas, tapetes, escovas, vassouras. A fibra de coco também pode auxiliar na área
agrícola como matéria-prima para controle de erosão e repovoamento da vege-
tação de áreas degradas. Por sua lenta decomposição, protege o solo diminuindo
a evaporação, aumentando a retenção e a atividade microbiana do solo. Tem-se
também utilizado esta fibra como reforço em matrizes poliméricas, por exemplo,
em compósitos com plásticos, apresentando vantagens quando comparada a ou-
tros materiais sintéticos, com relação a biodegradabilidade e a reciclabilidade.
c) Jarina
O marfim-vegetal ou jarina (Phytelephas macrocarpa) é uma palmeira de
crescimento lento com belas frondes que brotam diretamente do chão. Logo abai-
xo das folhas nascem grandes aglomerados fibrosos que consistem em frutos le-
nhosos bem compactos. As folhas (palhas) são utilizadas na cobertura de casas
por populações locais e as fibras para confecção de cordas. Contudo, a parte mais
usada da planta é a semente sendo a mais nobre da Amazônia para uso em bio-
jóias. O marfim vegetal é uma alternativa ecológica e prática, por se parecer com o
de origem animal.
Figura 05 - Exemplo de Fibra (Palmeira Jarina). Fonte: COSTA & RODRIGUES, 2006.
d) Piaçava
A palmeira (Attalea funifera), conhecida por piaçava ou piaçaba, é espécie
nativa e endêmica do sul do Estado da Bahia. Produtora de fibra longa, resistente,
rígida, lisa, de textura impermeável e de alta flexibilidade, essa palmeira se desen-
volve bem em solos de baixa fertilidade e com características físicas inadequadas
para a exploração econômica de muitos cultivos. A importância econômica da pia-
çaveira está na extração das suas fibras industriais, destacando-se a fabricação de
vassouras, enchimento nos assentos de carros, cordoaria e escovões.
Quadro 01. Características gerais de madeira dura da madeira mole. Fonte. Autor.
Usos da goma: adesivos, engomar tecidos, engomar papéis, liga em doces, tintas,
excipientes (cápsulas) para remédios.
- Tipos de resinas
Resinas naturais - diferentes resinas são produzidas de maneira natural no
meio ambiente por diversas espécies de árvores, sementes, raízes e frutos, como
as coníferas (pinheiros). Em poucos casos, como a goma-de-laca, também podem
ser produzidas por insetos. Alguns exemplos de resinas naturais conhecidas e uti-
lizadas são: Âmbar; Incenso; Bálsamo do Peru; Resina de mamona; Breu (Floresta
Amazônica); Coplas sul-americanas; Laca; Goma-laca e Mirra.
Resinas sintéticas - algumas das principais resinas sintéticas existentes no mercado
são: Resinas fenólicas; Resinas epóxi; Resinas poliéster e Resinas polipropileno.
Resinas duras – exemplo: Pedra de âmbar (pedra amarela); insolúvel em
água, solúvel em álcool. Uso: tintas, vernizes, adesivos, plásticos...
4.7 Taninos
4.7.1 Propriedades dos Taninos
4.9 Látex
4.9.1 Propriedades do Látex
4.10 Amido
4.10.1 Propriedades do Amido
Com uma vasta gama de aplicações nos mais diversos segmentos, o amido
tem papel importante na indústria de alimentos, papel e corrugados, petrolífera,
construção civil, química, farmacêutica, têxtil, de bens de consumo e muitas ou-
tras. Destacando-se pela grande importância para a indústria alimentícia, entre as
inúmeras funções dos amidos, pode-se elencar viscosidade, cremosidade, estabi-
lidade, adesividades e formação de filme como as principais.
4.11 Pectina
4.11.1 Propriedades da Pectina
Pectina
Pectinas e acidez Pouca Pectina e Pouca Pectina e
adequada e
adequada acidez adequada ácido
pouco ácido
Bananas verdes
Maças maduras
Figos verdes
Frutas cítricas Figos maduros
Melão maduro -
Goiabas maduras Damascos Romã
(pingo de limão
Uvas maduras Morangos Pêssegos
ou vinagre), por-
Amora Pêras
que o melão não
Maracujá
tem acidez.
Tabela 08. Pectinas e acidez – Frutas para geleia. Fonte: (CRUESS, 1973).
4.12 Coloides
Os coloides são misturas que apresentam o aspecto de soluções, isto
é, uma mistura homogênea, mas, ao fazer-se uma análise mais detalhada dos
componentes da mistura, percebemos que se trata de uma mistura heterogênea.
No nosso dia a dia, os coloides estão presentes nas mais variadas formas, como
leite, cremes, fumaça e neblina.
O leite, apesar de parecer uma mistura homogênea, é um exemplo de co-
loide. Os coloides são classificados como misturas heterogêneas com, pelo me-
nos, duas fases e são compostas por dispersante e disperso. O primeiro equivale
ao solvente de uma solução, e o segundo corresponde ao soluto e possui tamanho
médio de 1 nanômetro (nm) a 100 nm — 1 nm = 10-9 m. As partículas coloidais não
se sedimentam e não podem ser separadas por filtração simples, devido ao seu ta-
Plantas medicinais
Princípio ativo – cura enfermidades.
Plantas tóxicas
Princípio ativo – provoca intoxicações leves ou agudas.
Plantas alucinógenas
Princípio ativo – produz alterações no sistema nervoso central.
Plantas herbicidas
Princípio ativo - impede desenvolvimento de outras espécies vegetais eli-
minando competição. Ex. eucaliptos.
Plantas biodinâmicas
Plantas que possuem princípio ativos. Ex. todas.
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