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Plano de Curso Criminologia 02

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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
DEPARTAMENTO DE DIREITO - DDI

PLANO DE AULA

Disciplina: Criminologia (302476) Professor: Dr. Paulo Renato Vitória


Curso: Direito Contato: prvitoria@gmail.com – 79 99929 3009
Créditos: 04
Carga Horária: 60 Horários: Terças-feiras - 18:50 às 22:20 – Didática 6, sala 002
Início: 30/01/2024
Término: 11/04/2024
Sábados – atividades assíncronas supervisionadas (reposições)

EMENTA

Criminologia: objeto e método e pressupostos epistemológicos. Etiologia criminal. Fenomenologia criminal. Conceito disciplinar:
Sistemas penais e sistemas de controle social. A construção de uma ciência criminal autônoma. Criminologia Positivista:
Antropologia Criminal e Escolas Funcionalistas. Movimento de defesa social: Políticas criminais. Prevenção do crime e
tratamento do delinqüente. A Nova Criminologia da Reação Social: interacionismo. Criminologia Crítica. Movimentos radicais da
Criminologia. Movimento abolicionista. Políticas de segurança pública: eficientismo penal e garantismo constitucional. Controle
social penal internacional e a criminalização dos conflitos sociais na ordem global.

OBJETIVOS

Analisar as principais ideias e instituições da criminologia moderna a partir de uma reflexão crítica em torno de sua gênese e de
seus fundamentos éticos, políticos e epistemológicos, de forma a compreender os limites, possibilidades, paradoxos e contradições
das diferentes perspectivas criminológicas da atualidade.

Proporcionar aos estudantes do curso de direito, conhecimentos teóricos e práticos que lhes permitam compreender o fenômeno da
criminalidade em seus aspectos causais e preventivos a partir de abordagens originais, críticas e autônomas;

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

 Introdução: origem e formação do Estado moderno/colonial;


 Crítica da razão racista: o humanismo ocidental e o nascimento da criminologia;
 Escola clássica e escola positivista;
 A criminologia enquanto ciência empírica: objeto, método e pressupostos epistemológicos;
 Etiologia criminal. Fenomenologia criminal;
 Teorias do consenso: Escola de Chicago, teoria de associação diferencial, teoria da anomia e teoria da subcultura
delinquente);
 Teorias do conflito: Labbeling approach e teoria crítica;
 Teoria tradicional e teoria crítica do direito;
 Teorias e perspectivas criminológicas contemporâneas;
 A criminologia desde uma perspectiva decolonial: gênero, raça, classe e sexualidade como marcadores interseccionais;
 Políticas Criminais Alternativas: minimalismo, abolicionismo, garantismo, feminismo, realismo de esquerda e realismo
marginal.
 Conceito disciplinar: sistemas penais e sistemas de controle social;
 Vitimologia;
 Políticas de segurança pública: eficientismo penal e garantismo constitucional;
 Prevenção do crime e tratamento do delinqüente;
 Controle social penal internacional e a criminalização dos conflitos sociais na ordem global.

METODOLOGIA
 Aulas expositivas/dialogadas;
 Leitura e discussão de textos;
 Apresentação de seminários temáticos em grupos;
 Elaboração e apresentação de um trabalho final em grupo
 Exibição de filmes.

RECURSOS AUXILIARES

 Quadro branco e marcador;


 Datashow;
 Projetor;
 Caixas de som.

AVALIAÇÃO:

a) Apresentação de seminários sobre os textos de leitura obrigatória (esta atividade será realizada em grupo, com
avaliação da participação individual de cada aluno/a, cujo peso será correspondente a 25% da nota final);

b) Participação ativa nas aulas e nos debates (avaliação individual, equivalente a 25% da nota final);

c) Trabalho final escrito: artigo de até 5 páginas, sobre um tema atual e relevante para o a criminologia, em diálogo
com no mínimo três referenciais teóricos utilizados em sala de aula (atividade realizada em grupo, equivalente a
25% da nota final).

d) Breve apresentação do trabalho final (atividade realizada em grupo, cujo peso será correspondente a 25% da nota
final);

OBS: Os trabalhos escritos serão entregues e apresentados por todos os grupos na aula do dia 02/04/2024.

LEITURA OBRIGATÓRIA (disponível no SIGAA):

AGOZINO, Biko. “Humanifesto” para a descolonização da criminologia e da justiça. Revista Direito e Práxis, v. 14, nº 02, 2023,
p.1402-1428.

ALVAREZ, Marcos César. O homem delinqüente e o social naturalizado: apontamentos para uma história da criminologia no
Brasil. Revista Teoria & Pesquisa, v. 47, 2005, p. 71-92.

GROSFOGUEL, Ramón. A estrutura do conhecimento das universidades ocidentalizadas: racismo/sexismo epistêmico e os quatro
genocídios/epistemicídios do longo século XVI. Revista Sociedade e Estado, v. 31, nº 1, 2016, p. 25-49.

GUIMARÃES, Jonhatan Razen Ferreira; QUEIROZ, Marcos Vinícius Lustosa. Frantz Fanon e criminologia crítica: pensar o
estado, o direito e a punição desde a colonialidade. Revista Brasileira de Ciências Criminais, v. 135, 2017, p. 307-341.

KARAM, Maria Lúcia. Proibição às drogas e violação a direitos fundamentais. Revista Brasileira de Estudos Constitucionais,
v. 7, nº 25, 2013.

MONTEIRO, Vitória de Oliveira; DAMASCENO, Roberta Amaral; MORAIS, Rômulo Fonseca. Uma imaginação anticolonial: a
epistemologia do abolicionismo penal em torno dos sentidos da violência. Revista Direito e Práxis, v. 12, nº 01, 2021, p.497-523.

PIRES, Thula Rafaela de Oliveira. Criminologia crítica e pacto narcísico: por uma crítica criminológica apreensível em pretuguês.
Revista Brasileira de Ciências Criminais, v. 135, nº 25, 2017, p. 541-562.

WEIGERT, Mariana de Assis Brasil; DE CARVALHO, Salo. Criminologia Feminista com Criminologia Crítica: perspectivas
teóricas e teses convergentes. Revista Direito e Práxis, v.11, nº03, 2020, p.1783-1814.

LEITURA COMPLEMENTAR (disponível em: https://drive.google.com/drive/folders/1J-5-m-


ORRPJuEkucmWynoks9WQOyce-5?usp=sharing)

ALVAREZ, Marcos César. A criminologia no Brasil ou como tratar desigualmente os desiguais. DADOS – Revista de Ciências
Sociais, v. 45, nº 4, 2002, p. 677-704.
AMORIM, Antônio Leonardo; DIOGO, Hélen Rejane Silva Maciel; VERAS NETO, Francisco Quintanilha. As dificuldades do
corpo negro brasileiro ser “vítima”: uma análise da engenharia do terror racial pela lente teórica de(s)colonial e da vitimologia
crítica. Revista da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Uberlândia, v. 51, nº 1, 2023, p. 603-627.

ANDRADE, Vera Regina Pereira de. Do paradigma etiológico ao paradigma da reação social: mudança e permanência de
paradigmas criminológicos na ciência e no senso comum. Revista Sequência – Estudos Jurídicos e Políticos, v. 16, nº 30, 1995,
p. 24-36.

ANITUA, Gabriel Inácio. Histórias dos pensamentos criminológicos. Rio de Janeiro: Revan; Instituto Carioca de Criminologia,
2008.

BALLESTRIN, Luciana. América Latina e o giro decolonial. Revista Brasileira de Ciência Política, nº11, 2013, p. 89-117.

BARATTA, Alessandro. Criminologia crítica e crítica do direito penal. Rio de Janeiro: Revan; Instituto Carioca de
Criminologia, 2014.

BATISTA, Vera Malaguti. Adesão subjetiva à barbárie In: BATISTA, Vera Malaguti. Loïc Wacquant e a questão penal no
capitalismo neoliberal. Rio de Janeiro: Revan, 2012, p. 307-320.

BATISTA, Vera Malaguti. Introdução crítica à criminologia brasileira. Rio de Janeiro: Revan, 2015.

BATISTA, Nilo. Introdução crítica ao direito penal brasileiro. Rio de Janeiro: Revan, 2007.

BECCARIA, Cesare. Dos delitos e das penas. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2011.

BRAGATO, Fernanda Frizzo. Discursos desumanizantes e violação seletiva de direitos humanos sob a lógica da colonialidade.
Revista Quaestio Iuris, v. 09, nº 04, 2016, p. 1806-1823.

BRAGATO, Fernanda Frizzo. Para além do discurso eurocêntrico dos direitos humanos: contribuições da descolonialidade.
Revista Novos Estudos Jurídicos - Eletrônica, v. 19, nº 1, 2014, p. 201-230.

CARVALHO, Salo de; DUARTE, Evandro Piza. Criminologia do preconceito: racismo e homofobia nas ciências criminais.
São Paulo: Saraiva, 2017.

CARVALHO, Salo de. Antimanual de criminologia. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2008.

FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir: nascimento da prisão. Petrópolis: Vozes, 1999.

LOMBROSO, Cesare. O homem delinquente. São Paulo: Ícone, 2007.

LYRA FILHO, Roberto. Criminologia dialética. Brasília: Ministério da Justiça, 1997.

MARTINS, Nicole Emanuelle Carvalho. A construção do “outro” através da criminologia positivista de Nina Rodrigues: a
perpetuação do discurso dos saberes ocidentais na margem do mundo. Dissertação (Mestrado) – Pontifícia Universidade
Católica do Rio de Janeiro, Programa de Pós-Graduação em Direito. 2022.

MARTINS, Fernanda; GAUER, Ruth M. C. Poder punitivo e feminismo: percursos da criminologia feminista no Brasil. Revista
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MBEMBE, Achille. Necropolítica: biopoder, soberania, estado de exceção, política da morte. Revista Arte & Ensaios, nº 32,
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PASSETTI, Edson. Sociedade de controle e abolição da punição. Revista São Paulo em Perspectiva, v. 13, nº 3, 1999, p. 56-66.

RUSHE, Georg; KIRCHHEIMER, Otto. Punição e estrutura social. Rio de Janeiro: Revan; Instituto Carioca de Criminologia,
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SHECAIRA, Sérgio Salomão. Criminologia. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2014.

VALOIS, Luís Carlos. O direito penal da guerra às drogas. Belo Horizonte: D´Plácido, 2017.

WACQUANT, Loïc. A tempestade global da lei e ordem: sobre punição e neoliberalismo. Revista de Sociologia e Política, v. 20,
nº 41, 2012, p. 7-20.

ZAFFARONI, Eugenio Raúl. Em busca das penas perdidas: a perda de legitimidade do sistema penal. Rio de Janeiro: Revan,
1991.

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