Alberto Elias Lopes Can Ado
Alberto Elias Lopes Can Ado
Alberto Elias Lopes Can Ado
BELO HORIZONTE
2007
1
Às minhas queridas tias Balbina e Thereza que partiram sem nunca terem tido a
oportunidade de terem conhecimentos sobre sexo e sexualidade através dos pais e
nem da escola.
Às sobrinhas Ana Elisa, Ana Isabel e Isadora para que quando estiverem na escola,
tenham um currículo satisfatório de sexo e sexualidade capaz de conduzi-las à uma
adolescência com alegria e dignidade que o ser humano merece.
5
AGRADECIMENTOS
RESUMO
Introdução: Este estudo, descritivo, de corte transversal, teve por objetivo avaliar os
conhecimentos sobre sexo e sexualidade, na população de alunos de ambos os
gêneros, com idade entre10 e 15 anos de idade, nas cinco escolas públicas de
Pitangui-MG, em 2006. Métodos: Como instrumento de pesquisa para coleta de
informações, utilizou-se um questionário contendo 23 questões baseadas nos
conteúdos curriculares do MEC (PCNs), SEE-MG e manuais de ensino neles
baseados. Quatro questões procuravam avaliar a origem dos conhecimentos sobre
sexo e sexualidade: Quem? Onde? Quantas vezes no ano? Quais assuntos foram
mais discutidos no ambiente escolar? Foram coletados dados referentes ao nome da
escola, idade o aluno em anos e meses, série em curso, gênero e turno. Em todas
as questões havia a opção "Não sei", para ser marcada se o adolescente
desconhecesse o tema. Foram providenciadas medidas para que não houvesse
comunicação entre os alunos, para que houvesse tempo suficiente para as
respostas, professores treinados em aplicação de testes, conferência de
questionários entregues e devolvidos (faltosos) pelo pesquisador. Resultados: De
um total válido de 1421 adolescentes (86,4%), participaram da pesquisa 524 alunos
(31,9%), sendo que 863 (52,5%) não consentiram em responder e 34 alunos (2,1%)
não compareceram. 58,2% eram do gênero feminino e 41,8% do gênero masculino.
Em relação às respostas válidas houve 39,6% de erros, 43,3% de acertos e 17,1%
de desconhecimentos. Os adolescentes das idades e séries mais avançadas e do
gênero feminino mostraram maior percentual de acertos nas questões. Quanto à
anatomia dos aparelhos reprodutores a resposta mais errada foi o local anatômico
da ocorrência da fecundação (79,1%); o nome da célula reprodutora masculina a
mais acertada (83,3%) e a que mais desconhecem é o local anatômico da produção
dos espermatozóides (16,7%). Em fisiologia 63,7% acertaram a primeira
transformação feminina na puberdade, 38% erraram a relação entre gravidez/ ciclo
menstrual e 60,8% desconhecem a definição de menarca. Nos conhecimentos de
sexualidade 73,8% acertaram a definição de sexualidade responsável, 71,7%
erraram a concepção de relação sexual e 23,1% desconhecem a definição de
masturbação. A mãe e a televisão são as duas principais fontes de conhecimentos
sobre sexo e sexualidade; a escola ensina em média duas vezes por ano; sendo os
aparelhos reprodutores o assunto melhor explicado na escola sobre sexo e
sexualidade. Conclusão: Pode-se concluir que o gênero feminino apareceu em
maior porcentagem. Houve maior percentual de acerto nas questões de anatomia,
fisiologia e sexualidade em alunos das séries mais avançadas (7ª e 8ª séries), e em
relação ao gênero existe um maior percentual de erros e desconhecimento entre o
gênero masculino e aproximadamente o mesmo percentual de erros. Adolescentes
de 5ª a 8ª séries das escolas públicas de Pitangui-MG demonstram erros e
desconhecimentos sobre sexo e sexualidade, e a alta falta de consentimento tende a
comprovar os dados estatísticos.
ABSTRACT
LISTA DE FIGURA
LISTA DE GRÁFICOS
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 Estatísticas descritivas para a Idade das crianças nas faixas etárias de
10,0 a 12,0 e de 12,1 a 15,0 anos .............................................................. 37
Tabela 2 Distribuição de freqüências das variáveis de caracterização dos alunos
participantes da pesquisa ........................................................................... 132
Tabela 3 Distribuição das respostas dos alunos que participaram da pesquisa em
cada questão .............................................................................................. 133
Tabela 4 Distribuição das respostas dos alunos que participaram da pesquisa em
cada questão, classificadas como acerto, erro ou desconhecimento ........ 139
Tabela 5 Distribuição dos alunos que participaram da pesquisa de acordo com o
Gênero........................................................................................................ 142
Tabela 6 Percentual de acertos em questionário de conteúdos sobre sexo e
sexualidade de alunos de escolas públicas da cidade de Pitangui,
Minas Gerais (2006 .................................................................................... 143
Tabela 7 Percentual de erros em questionário de conteúdos sobre sexo e
sexualidade de alunos de escolas públicas da cidade de Pitangui,
Minas Gerais (2006 .................................................................................... 144
Tabela 8 Percentual de desconhecimento (“Não sei”) em questionário de
conteúdos sobre sexo e sexualidade de alunos de escolas públicas da
cidade de Pitangui, Minas Gerais (2006).................................................... 145
Tabela 9 Resultado do teste para comparação das respostas nas diversas
questões ..................................................................................................... 148
Tabela 10 Percentual de acertos, erros e desconhecimento de questões relativas
a conteúdos sobre sexo e sexualidade de alunos de escolas públicas
de Pitangui, Minas Gerais (2006) segundo o gênero masculino ................ 149
Tabela 11 Percentual de acertos, erros e desconhecimento de questões relativas
a conteúdos sobre sexo e sexualidade de alunos de escolas públicas
de Pitangui, Minas Gerais (2006) segundo o gênero feminino................... 150
Tabela 12 Estatísticas descritivas para a Idade das crianças de acordo com a
série ............................................................................................................ 151
Tabela 13 Percentual de acertos, erros e desconhecimento de questões relativas
a conteúdos sobre sexo e sexualidade de alunos de escolas públicas
de Pitangui, Minas Gerais (2006) segundo a faixa etária de 10,0 a 12,0
anos ............................................................................................................ 151
13
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .................................................................................... 17
1.1 Saúde escolar e ensino de sexo e sexualidade .................................. 17
2 REVISÃO DE LITERATURA .............................................................. 26
2.1 O conhecimento sobre sexualidade na escola.................................... 26
3 OBJETIVOS........................................................................................ 31
3.1 Objetivo geral ...................................................................................... 31
3.2 Objetivos específicos .......................................................................... 31
4 ADOLESCENTES E MÉTODOS ........................................................ 32
4.1 Cenário do estudo ............................................................................... 32
4.2 Métodos .............................................................................................. 33
4.2.1 Seleção dos adolescentes .................................................................. 33
4.2.2 Caracterização da população estudada .............................................. 35
4.2.3 Coleta dos dados (Aplicação do questionário escrito)......................... 37
4.3 Considerações éticas .......................................................................... 39
4.4 Análise estatística dos dados.............................................................. 40
5 RESULTADOS.................................................................................... 42
5.1 Estudo do nível de conhecimento de conteúdos sobre sexo e
sexualidade ......................................................................................... 42
5.1.1 Questões acertadas ............................................................................ 42
5.1.2 Questões erradas................................................................................ 43
5.1.3 Questões de desconhecimento ("não sei") ......................................... 45
5.2 Erros, acertos e desconhecimento (“não sei”) no total de questões,
de acordo com a série, gênero e idade ............................................... 46
5.3 Fontes do conhecimento sobre sexo e sexualidade............................ 49
5.3.1 Pessoas de convivência do aluno ....................................................... 49
5.3.2 Local de informação sobre sexo e sexualidade .................................. 51
6.3.3 Freqüência anual de informação sobre sexo e sexualidade na 53
escola..................................................................................................
5.3.4 Assunto sobre sexo e sexualidade sendo explicado na escola........... 54
6 DISCUSSÃO ....................................................................................... 57
16
1 INTRODUÇÃO
atenção para o fato de que “a única parte útil da medicina é a higiene”. Tal
(GONDRA, 1980).
endócrina, hereditária, etc. No item VII destaca: Higiene mental nos meios escolares,
contudo, sua proposta não apresenta mudanças significativas das mesmas do inicio
ao ensino da saúde. O autor conclui que seu trabalho não passava de uma tentativa
Essas questões de políticas do corpo que exigem atenção por direito próprio, são
escolar e educação para a saúde, alterando assim sua formulação. Contribuiu para
mudanças que deveriam ocorrer para sua melhora. A comissão destaca que é
Paulo Freire (1997) considera como saber fundamental que mudar é difícil, mas é
se entrelaçam e, muitas vezes, não precisam ser tratados separadamente. Exige por
parte do educador uma constante formação, mas acreditam que o próprio trabalho e
sexualidade.
colocada como outro tema transversal, diferindo do tratamento dado até então aos
dois temas, pois sexualidade era parte do ensino higienista da saúde ou do ensino
escolas esclarece
[...] seja tratado como algo fundamental na vida das pessoas, questão
ampla e polêmica, marcada pela história, pela cultura e pela revolução
social. As crianças e adolescentes trazem noções e emoções sobre sexo,
adquiridas em casa, em suas relações pessoais e em suas vivências, além
do que recebem pelos meios de comunicação. (PCN, 1998).
Ainda esclarece: “a escola não substitui nem concorre com a família, mas possibilita
humana;
y conhecer seu corpo, valorizar e cuidar de sua saúde como condição necessária
estereótipos;
desejos do outro;
relação a dois;
sexualmente transmissíveis/AIDS;
métodos contraceptivos;
sexualidade.
Meyer (1998) e Louro (1997) defendem uma educação para a saúde baseando-se
sexual. Mas pelos livros didáticos, pelas indagações dos professores e professoras,
Foucault (1988) falando do saber sexual interroga por que colocar a questão: porque
sexo é assim tão secreto? Que força é essa que, durante tanto tempo, o reduziu a
desenvolver esse espaço pedagógico como uma área de formação dos educandos,
Os livros didáticos que os alunos recebem são escolhidos pelos professores em uma
O documento defende que a educação sexual não pode estar a serviço exclusivo de
homem não existe no vácuo, mas é uma fração cultural de uma certa sociedade,
resolução dos problemas do grupo a que pertence. Sem perder sua característica de
universalidade, a educação sexual não pode ficar alheia à vida social presente e aos
drogas.
Silva (1998) salienta que educação sexual não pode contemplar só anatomia e
relações humanas. Que busque liberar homens e mulheres dos estereótipos, desde
sexuais e suas expectativas. Saito (1994) defende uma educação sexual voltada
inteligência passa também por fases e elas correspondem, mesmo em suas grandes
intelectual.
agindo em excessiva tomada de risco que, quando unida à conduta sexual, resulta
2 REVISÃO DE LITERATURA
Em Belém, de 114 crianças e adolescentes que vivem nas ruas, 23,7% são meninas
Essas crianças têm contato com adultos em bares e acabam ingressando muito
Hayes (1993) relata que 17% dos meninos e 5% das meninas, nos EUA, haviam tido
na primeira relação.
anos, com maior incidência seguida de perto pelo grupo de 15 a 19 anos de idade.
27
(PERRINE, 1985).
(BUENO, 1997).
grau incompleto referiram ter aprendido sobre sexo em casa 23,7%, na escola
referiram ter aprendido sobre sexo em casa 54%; na escola 15,8%; e em livros 18%.
conduta sexual do adolescente. Mostra, ainda, uma associação entre o uso da pílula
que seu uso acarreta visibilidade sobre o fato. (MACHADO et al, 1995).
papel importante nas atividades sexuais dos adolescentes. (GRANT et al, 1988).
Ensinamentos para que os adolescentes possam ter uma visão crítica do que é
3 OBJETIVOS
sexo.
4 ADOLESCENTES E MÉTODOS
Pitangui, com uma área de 563 Km2, população estimada em 24.313 habitantes,
Pitangui/MG.
Ciências seguir o capítulo de Aparelho Genital, que, nos livros doados pela SEE–
MG, abordam o assunto. Não acontecem palestras sobre sexo e sexualidade (temas
alunas adolescentes.
Essas escolas não foram agraciadas com Projetos estaduais ou municipais sobre
4.2 Métodos
participar do estudo, houve explicação para o aluno em cada sala de aula pelo
(ANEXOS 1 e 2). Foi pedido que os faltosos do dia da distribuição dos termos de
participação.
maioria, esquecimento.
preenchido.
y Um aluno devolveu o termo rasurado pela mãe, onde ela culpa a mídia pelos
escrito pela mãe, um dia após a data para entrega, demonstrando grande
encontrava no trabalho.
Critérios de inclusão
da mesma;
Critérios de exclusão
se devem a: 13,6% estavam fora da faixa etária estudada; 52,5% não consentiram
Total de Alunos
N=1.645 (100,0%)
. FIGURA 1 – Fluxograma com o número e percentual de alunos por Escola e na amostra válida total
de acordo com a participação na pesquisa
80%
% do Total Válido de Alunos
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
E. E. P. J. L. E. E. G. C. M. L. E. E. M. A. E. E. P. J. TOTAL
Cançado Capanema Guimarães Oliveira Valadares
primeira com as crianças de 10,0 a 12,0 anos e a segunda com as crianças de 12,1
a 15,0 anos.
Tabela 1
Estatísticas descritivas para a Idade das crianças nas faixas etárias de
10,0 a 12,0 e de 12,1 a 15,0 anos.
Os alunos também foram divididos em dois grupos de acordo com a série que
cursam: o primeiro grupo foi formado por alunos de 5ª e 6ª série 308 (58,8%) e o
quais assuntos foram mais discutidos no ambiente escolar sobre sexo e sexualidade
(ANEXO 3).
meses; série em curso; gênero e turno. Em todas as questões havia a opção “Não
Antes da aplicação do mesmo foi explicado aos alunos para não se identificarem,
O horário escolhido era sempre após a primeira aula (prazo de entrada do aluno no
foram devolvidos.
Para impedir qualquer tipo de identificação, após análise dos dados todos os
Para análise e processamento das respostas dos alunos foi utilizado o software
“Statistical Package for the Social Sciences” – SPSS®, versão 13.0 (2004).
12,0 anos / 12,1 a 15,0 anos) e séries (5ª e 6ª / 7ª e 8ª) com a média, mediana,
mínimo, máximo, e desvio padrão. Esses resultados foram qualificados em: erros,
acertos ou desconhecimento.
Foi utilizado Qui-quadrado para avaliar associação entre o percentual de alunos que
As comparações entre os gêneros, idades e séries com relação aos acertos, erros e
(ANEXO 7).
42
5 RESULTADOS
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
GRÁF. 4.
24, respectivamente).
46
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
5ª. ou 6ª. 7ª. ou 8ª.
6.
48
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
Masculino Feminino
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
10,0 a 12,0 anos 12,1 a 15,0 anos
sexualidade dos alunos (questão 20) para a amostra total, segundo o gênero e a
total válido aponta a mãe, seguida pelos amigos 24,6% e o pai é o que menos
conversa 5,7%.
A mãe - 36,4% entre 10,0 e 12,0 anos e 30,9% entre 12,1 e 15,0 anos -, e os
amigos - 16,9% (10,0 a 12,0) e 26,8% (12,1 a 15,0 anos), são os que também
40
30
%
20
10
0
Mãe Amigos Professor Colegas Pai Ninguém
do colégio
Quem conversa com você sobre sexo e sexualidade?
GRÁFICO 8 - Distribuição percentual das respostas na questão "Quem conversa com você sobre
sexo e sexualidade" entre os alunos de escolas públicas da cidade de Pitangui, Minas Gerais (2006)
Feminino Masculino
50%
40%
30%
20%
10%
0%
Mãe Pai Professor Amigos Colegas do Ninguém
colégio
Quem conversa com você sobre sexo e sexualidade?
GRÁFICO 9 - Distribuição percentual das respostas na questão "Quem conversa com você sobre
sexo e sexualidade" entre os alunos de escolas públicas da cidade de Pitangui, Minas Gerais (2006),
de acordo com o gênero
51
50%
40%
30%
20%
10%
0%
Mãe Pai Professor Amigos Colegas do Ninguém
colégio
Quem conversa com você sobre sexo e sexualidade?
GRÁFICO 10 - Distribuição percentual das respostas na questão "Quem conversa com você sobre
sexo e sexualidade" entre os alunos de escolas públicas da cidade de Pitangui, Minas Gerais (2006)
de acordo com a série
alunos (questão 21) para a amostra total, segundo o gênero e a faixa etária, estão
A questão mostra a TV com 36,6% do total válido, seguido das revistas 32,3%.
40
30
%
20
10
0
TV Revistas Livros Rádio Nenhum local
Onde você obtém informações sobre sexo e sexualidade?
GRÁFICO 11 - Distribuição percentual das respostas na questão "Onde você obtém informações
sobre sexo e sexualidade" entre os alunos de escolas públicas da cidade de Pitangui, Minas Gerais
(2006)
Feminino Masculino
50%
40%
30%
20%
10%
0%
Revistas Livros Rádio TV Nenhum local
Onde você obtém informações sobre sexo e sexualidade?
GRÁFICO 12 - Distribuição percentual das respostas na questão "Onde você obtém informações
sobre sexo e sexualidade" entre os alunos de escolas públicas da cidade de Pitangui, Minas Gerais
(2006), de acordo com o gênero
50%
40%
30%
20%
10%
0%
Revistas Livros Rádio TV Nenhum local
Onde você obtém informações sobre sexo e sexualidade?
GRÁFICO 13 - Distribuição percentual das respostas na questão "Onde você obtém informações
sobre sexo e sexualidade" entre os alunos de escolas públicas da cidade de Pitangui, Minas Gerais
(2006), de acordo com a faixa etária
53
sexualidade na escola (questão 22) para a amostra total, segundo o gênero e a faixa
Duas vezes (31,5%), nunca teve (27,1%) e não sei (21,9%) foram as mais
respondidas.
etárias e gênero.
30
20
%
10
0
Nunca teve 2 vezes 4 vezes 6 vezes Mais de 6 Não sei
vezes
Quantas vezes por ano você teve aula sobre sexualidade na escola?
GRÁFICO 14 - Distribuição percentual das respostas na questão "Quantas vezes por ano você teve
aulas sobre sexo e sexualidade" entre os alunos de escolas públicas da cidade de Pitangui, Minas
Gerais (2006)
54
Feminino Masculino
50%
40%
30%
20%
10%
0%
Nunca teve 2 vezes 4 vezes 6 vezes Mais de 6 Não sei
vezes
Quantas vezes por ano você teve aula sobre sexualidade na escola?
GRÁFICO 15 - Distribuição percentual das respostas na questão "Quantas vezes por ano você teve
aulas sobre sexo e sexualidade" entre os alunos de escolas públicas da cidade de Pitangui, Minas
Gerais (2006), de acordo com o gênero
50%
40%
30%
20%
10%
0%
Nunca teve 2 vezes 4 vezes 6 vezes Mais de 6 Não sei
vezes
Quantas vezes por ano você teve aula sobre sexualidade na escola?
GRÁFICO 16 - Distribuição percentual das respostas na questão "Quantas vezes por ano você teve
aulas sobre sexo e sexualidade" entre os alunos de escolas públicas da cidade de Pitangui, Minas
Gerais (2006), de acordo com a faixa etária
na aula (questão 23) para a amostra total segundo o gênero e a faixa etária estão
DST/AIDS 26,5%.
30
25
20
%
15
10
0
Aparelhos DST / AIDS Adolescência Anticoncepção Nenhum deles
reprodutores e puberdade (como evitar
(do homem e gravidez)
da mulher)
GRÁFICO 17 - Distribuição percentual das respostas na questão "Qual assunto é melhor explicado na
escola sobre sexo e adolescência" entre os alunos de escolas públicas da cidade de Pitangui, Minas
Gerais (2006)
Feminino Masculino
Nenhum deles
Qual assunto
DST / AIDS
é melhor
explicado na
Anticoncepção
escola sobre
sexo e
Adolescência e puberdade
adolescência?
Aparelhos reprodutores
GRÁFICO 18 - Distribuição percentual das respostas na questão "Qual assunto é melhor explicado na
escola sobre sexo e adolescência" entre os alunos de escolas públicas da cidade de Pitangui, Minas
Gerais (2006), de acordo com o gênero
56
Nenhum deles
Qual assunto
é melhor DST / AIDS
explicado na
Anticoncepção
escola sobre
sexo e Adolescência e puberdade
adolescência?
Aparelhos reprodutores
GRÁFICO 19 - Distribuição percentual das respostas na questão "Qual assunto é melhor explicado na
escola sobre sexo e adolescência" entre os alunos de escolas públicas da cidade de Pitangui, Minas
Gerais (2006), de acordo com a faixa etária
57
6 DISCUSSÃO
desses conhecimentos.1
escolares.
Segundo Soriano (2004), esse tipo de pergunta serve principalmente para realizar
variam entre culturas, entre grupos e mesmo entre indivíduos, mas apresentam um
2002).
Nas escolas de ensino básico pesquisadas (5ª a 8ª) séries, um dado merece
1.421 alunos dentro da faixa etária (86,4%), 863 alunos (52,5%) não
assinados por eles ou pelos pais, restando uma amostra final de 524 alunos
concomitantes com conflitos afetivos, crises religiosas nas quais se pode oscilar do
Peter Scales (1981) aponta como argumentos contra a educação sexual que ela
morais" que não geram contestações e eles servem como únicas orientações para o
Tiba (1994) diz que quando os filhos percebem que pais e escolas discordam,
tendem a jogar um contra o outro. Muitos dos pais de adolescentes foram educados
função reprodutiva dos órgãos sexuais, sem abordar suas funções na resposta
épocas menos em outras mais, e, ainda hoje, desencadeando uma luta interior entre
novas ainda não tendo formas fixas e sinais de solução, em caso de conflitos. Até
60
que ponto essa criação original será capaz de diminuir repressão sexual em lugar de
determinar nova repressão sexual, talvez insidiosa porque revestida com a capa da
liberação.
normas, valores e costumes, quanto pode ser reflexiva. (CARVALHO; PINTO, 2003).
Básica), SEE/MG realizado em 2000, 89,5% dos pais dos alunos da 8ª série diziam
saber ler e escrever; sendo que 6,9% nunca estudaram, e 38,7% só possuíam
merece ser analisado para explicar a falta de compreensão para assinatura dos
Silva (2001) descreve efeitos da política curricular (agora currículo) na sala de aula.
nos EUA. Somente 31% dos estudos continham informações básicas para estimar a
índice de conhecimento em DST, a família tem mais efeito (ensina melhor) que a
algum motivo, ser talvez proibitivo nas escolas. Esse estudo apresenta três
(mais de 100); e, em terceiro lugar, as conclusões levantadas nos estudos não são
Com relação ao gênero houve uma tendência do sexo feminino, com 58,2%,
Unesco (2000) nas capitais da federação, sobre violência, Aids e drogas nas
fenômeno que vem se repetindo nas últimas décadas, e a explicação reside no fato
podendo determinar impacto positivo na área social nos próximos anos, enquanto os
entre outros.
63
Fundação Perseu Abramo (2005), escreve no relatório que a presença maciça das
de nossas escolas. Mesmo que se admita que existem muitas formas de viver os
nortear suas ações por um padrão: haveria apenas um modo adequado, legítimo,
desejada e assumida – tal como fazem, por exemplo, muitos jovens homens e
sabemos, estão longe de ser uma evidência segura das identidades! Não apenas
modelagens, dietas, hormônios, lentes. Tudo isso torna cada vez mais problemática
a pretensão de tomá-los como estáveis e definidos. Tudo isso torna cada vez mais
nosso tempo. Um tempo em que a diversidade não funciona mais com base na
lógica da oposição e da exclusão binária, mas, em vez disso, supõe uma lógica mais
infantil para a vida adulta e tem sua conceituação sustentada mais na Psicologia e
anos; média dos 14 aos 16 anos; tardia dos 17 aos 20 anos. Julgamos importante,
anatomia, o aparelho reprodutor feminino teve 64,6%, sendo uma das mais
acertos.
integral das mesmas, aumentar a qualidade de vida das novas gerações mediante a
assim como dos métodos anticoncepcionais que poderiam ser usados neste
momento.
órgãos mais identificados foram o pênis (82,9%), bolsa escrotal (46%) e vagina
(40,8%); maior dificuldade nas trompas (21%), útero (19,7%) e ovários (9,2%).
Constataram que mais de 90% dos adolescentes do sexo masculino e 80% do sexo
sobre mecanismo pelo qual ocorre a menstruação, sendo que 100% não
Bauru/SP), com idades entre 12 a 15 anos, num total de 167 dúvidas, que foram
o que é masturbação, sendo que nas nossas escolas pesquisadas, 54,3% das
primeira relação sexual: 13,4 anos em Vitória, 14,4 no Rio de Janeiro, no sexo
masculino; 15,0 anos em Porto Alegre, 15,2 em São Paulo, no sexo feminino,
anterior para evitar gravidez indesejada e DST. A faixa etária predominante nas
capitais pesquisadas mostra que a maioria das primeiras relações sexuais ocorrem
entre 10 a 14 anos: Manaus (69,8%), Recife (63,3%). O relatório ainda mostra que
tanto o sexo masculino quanto o feminino desconhece o que é período fértil: Rio de
acredita que os adolescentes que levam uma vida sexual ativa devem manter-se
quanto para a menina. 80% dos jovens venezuelanos de sua pesquisa não
evitá-la; 68% desconhecem que existem consultas médicas para tal fim.
68
Fernàndez et al (2000), em estudo com alunos de três escolas chilenas, sendo duas
corretas, somente 30,5% conhecem a duração do ciclo menstrual, 53,7% não sabem
Nacional sobre Demografia e Saúde de 1966 mostrou que 18% das adolescentes de
todos os partos destas, 31.857 eram meninas entre 10 e 14 anos. Os dados dizem
não. Se nos EUA anualmente 1 milhão de adolescentes engravida, sendo que 60%
estima-se que ocorra uma provável relação de 1 aborto para 4,3 nascimentos.
prática.
foi 12,4 anos e de primeira ejaculação 12,2 anos; e, destes, somente 12,3% tiveram
96,48% reconhecem a existência das DSTs, 85% somente sabem da AIDS, sendo
como DST. Em nossa pesquisa verificamos que 54,45 dos alunos reconhecem a
Rickert et al (1990) destacam que, apesar de esforços crescentes para lidar com a
dos meninos dessa idade relatam ter tido a primeira relação sexual. Como uma das
DSTs, que está crescendo continuamente nos Estados Unidos. Embora a faixa
etária entre 20 e 24 anos tenha maiores índices de DST, a faixa entre 15 e 19 anos
vem em segundo lugar. Quando ajustado para a atividade sexual, os índices de DST
são muito maiores para os jovens entre 13 e 20 anos do que em outro qualquer
grupo: 15%
Survey realizado por Benson and Torpy (1995) para avaliar o comportamento de
Biologia.
Lima (1999), em pesquisa com 362 gestantes e/ou puéperas menores de 18 anos
71
em hospital público de São Paulo, conclui que a escola parece continuar sendo o
fato, são poucas aquelas que trabalham com esse tema. Em sua pesquisa, mostra
praticamente a mesma (20%), tanto para o grupo que havia sido orientado
anos da policlínica docente "Wilfredo Pérez Pérez", de San Miguel del Padrón, em
alunos da sede e zona rural de 1º grau das escolas municipais, de ambos os sexos,
anos regular, com ligeira melhora aos 12 anos, resultados esses que corroboram
com nosso estudo que num total das questões erradas e desconhecidas
(insatisfatório, 55,37% de questões); sendo que a faixa etária de 10,0 a 12,0 anos
benefícios para eles mesmos, mas certamente também os traz para as mulheres.
72
Esse caráter relacional tem sido a ênfase de trabalho desenvolvido com homens
modelo que séculos de história construíram não é fácil, mas, ao mesmo tempo, se
pesquisados.
6.2.2 Sexualidade
(73,8%); fatores que ocorrem nas primeiras relações sexuais (61,2%); diferença
que tendemos a examiná-la a partir de sua visão moderna, em que ele aparece
processo, a luta que se trava atualmente no campo das disciplinas que o integram e
no interior de cada uma delas, para impor uma definição ou uma visão dominante
74
Conclui que, paradoxalmente, os dados por ele levantados revelam que apenas
etária de 13 a 16 anos.
ejaculação) dos rapazes, pois esta não é festejada, ninguém fica sabendo e não é
mas apenas na inauguração de sua capacidade de ter prazer sexual; por isso ele
não comenta o fato com o pai e às vezes nem com os irmãos. Sobre o ficar, ele
esclarece que é uma prática que não obedece a regras conhecidas, que raramente
ter relação quando a garota já tem vida sexual, o que chega a ser um atropelo das
funções, pois raramente estão maduros para a vida sexual. Nas meninas, o ficar
75
começa entre os 12 e os 14 anos. Conclui que o ficar até agora produziu resultados
mais benéficos que nocivos, é uma maneira de se iniciar no jogo sexual com mais
afeto.
Botell (1999) relata que grande parte de gravidez indesejada são de adolescentes,
porque não fazem planejamento familiar. Existem opiniões de que o uso de métodos
Ellsworth (2001), acredita que o diálogo usado pelos professores(as) como aspecto
para o constante diálogo cotidiano. A sexualidade nas famílias pode ser discutida a
mesma.
Klosinski (2006) analisa que podemos nos deparar com crises psicossociais de
Britzman (2001) explica que reprimir na psicanálise não significa exatamente jogar
alguma coisa fora, ela está mais próxima de nossa paixão pela ignorância do que de
ignorar e esquecer uma idéia ou uma tentativa para separar o afeto da idéia, é um
reprimido tão estranho é que as novas idéias se tornam afixadas a velhos afetos.
novo conteúdo ainda contém o núcleo da velha dinâmica ou do velho afeto, sendo
desenvolvam uma curiosidade para com aquilo que não é aprendido e que
conhecimento.
sexualidade, mas como uma das dimensões segundo as quais pode ser descrita,
uma certa "maneira de falar"; e essa maneira de falar mostraria como ela está
E, acrescenta que tal análise seria feita não da direção do episteme, mas no sentido
ser empurrados para o sexo com o pretexto de ser essa uma forma de exercício do
"imposição de opção".
78
orientar os jovens para que protelem ao máximo sua iniciação sexual, tenham
veículo muito importante para a educação sexual, mas variáveis como o despreparo
realidade nos mostra que ignorar o tema ou privilegiar o aspecto informativo não foi
não asseguram sua eficácia entre os adolescentes. Isso talvez ocorra porque as
aos adolescentes.
pais.
educação sexual dos alunos,, ainda que essa, subliminarmente, se realize por
expressões.
reflexão por parte dos educadores para pensar seus próprios valores, considerando
interagem mais tempo com eles, podendo assim tanto ensinar como reforçar as
superior de ensino.
Abramovay, Castro e Silva, (2004) (relatório da UNESCO), citam que de nove das 14
Metade dos jovens pesquisados indicam que colegas ou amigos são os que mais
lhes informam sobre sexo: 44% em Salvador; 55% em Florianópolis. Contudo, tais
proporções estão muito próximas às registradas para o caso das mães. Dados
sugestivos que amigos e pais (principalmente mães) são fontes importantes, ainda
empecilho ao diálogo entre pais e filhos. Ainda que a maioria afirme ter
70,7% e 45,8%.
Bruno et al (1997), em seus estudos corroboram com nossos dados, apontando que
82
Goiás, Rena (1995) constata que a mãe é a maior fonte de informações sobre
menstruação/ ejaculação.
Em estudo, Maia (1998) mostra que os pais percebem o que acontece com as filhas
das mesmas; e sentimento de inaptidão para falar tanto sobre sexualidade como
Freire (1997) assinala que a posição da mãe ou do pai é a de quem, sem nenhum
embora batendo-se pelo acerto de sua visão das coisas, jamais tenta impor sua
são totais, mas que precisam viver. Para que possam fazê-las, têm que encontrar
certa aprovação nos seus pais para não sentirem culpa. Porém, esta aprovação não
deve ter como preço a exigência de que informem sobre seus atos. Precisam viver
suas experiências para eles. Exigir informação é tão patológico como proibir e é
reclamam que eles dominam a situação, não se dando conta que escutar é o
KNOBEL, 1981).
diálogo sobre sexualidade com amigas, mas estas estão quase sempre tão
sido o primeiro tema mais citado pelos jovens entrevistados (51%). Quanto a discutir
adulto familiar como universo de referência, sendo citada a mãe (59%), em primeiro
tempo com eles, podendo assim tanto ensinar como reforçar as informações sobre
sexualidade.
Dados do PROEB/MG (2002) mostram que 73% dos alunos da 8ª série fazem leitura
de algum livro não didático, e que 73,6% fazem leitura de alguma revista em
quadrinho.
Em uma escola pública de Ribeirão Preto, Crepaldi et al (1997) verificaram que entre
de 7ª e 8ª séries, encontrou como média geral em horas diante da televisão por dia:
3h e 07 minutos; 33,8% apenas lêem algum jornal e 74,9% lêem algum tipo de
revista.
sociedade brasileira, entre jovens (um dos mais baixos do mundo), coloca a
globalizante, fazendo cortes por sexo, idade, região (rural e urbana), estratos
gostam; 39,5% dizem ter mensagem sexualidade positiva; 56,6% acreditam que
(CADENAS,1995).
externos, típica desta fase de separação dos modelos familiares, faze com que
aqueles carentes de referências que suportem esta passagem tomem aos padrões e
comportamentos sexuais que a mídia exibe como "regra de conduta". Muitas vezes,
entretanto, o que a mídia mostra está em total contradição com o sentimento que o
adolescente experimenta, o que pode fazer com que ele se sinta desrespeitado,
2006).
Andrade (2004) acredita que mídia e educação fazem parte do universo da cultura,
sujeitos. Essas estratégias são chamadas, dentro da perspectiva teórica dos estudos
Montenegro (2000) escreve que tanto os setores que se opõem à educação sexual,
Silva e Soares; Andrade; Figueira (2003), afirmam que a televisão exerce muita
reconhecem isso, e até afirmam que " a televisão é mais interessante que a escola",
mas talvez o que seja mais evidente na comparação entre tais instituições, sejam
sentido de manter as tradições; e a televisão por outro lado, busca, mais do que
para estarmos felizes ou não, ajustados ou não, passam pela maneira como
relação aos jovens e seus espaços sociais, principalmente a televisão, por ser esta
uma das fontes principais de lazer e informação utilizadas por jovens brasileiros. O
sua inserção na cultura, construção essa baseada nas revistas periódicas (Capricho,
por exemplo), que circulam em todo território nacional e que fala dos cuidados com o
corpo, dando ênfase à atividade física, à beleza e à moda; existindo nessa leitura
88
uma pedagogia que, de certa forma, está educando adolescentes no que diz
A pergunta "quantas vezes por ano você teve aula de sobre sexualidade na
escola" mostrou 31,5% duas vezes; e 27,1% relataram nunca terem tido aula de
gênero e idade.
informações, no âmbito escolar, têm estado distantes das vivências e das emoções
dos alunos, sendo avaliadas, inclusive pelos alunos, como desinteressantes ou não
influência em não praticarem relações sexuais antes dos 16 anos de idade; ainda
saúde.
para lidar com a realidade em situações físicas e sociais que os adolescentes vivem.
A educação e a escola são responsáveis por esse processo e, para isso, são
adolescentes.
deformadora. Não há garantia de que o aluno venha a receber da rua ou através dos
abordá-la. A questão, agora, não é decidir se trata ou não do assunto, mas sim
saber como lidar com ele. Por enquanto, a maioria das escolas deixa o assunto nas
mãos dos professores(as) e não tem muito controle sobre o que eles falam em
Para Cahn (1999), o papel do analista se mostra bem limitado quanto aos
professores, a não ser ao contribuir para a reflexão sobre sua maneira de ser e de
por exemplo, o pensamento mágico, em que eles acreditam que "certas coisas" não
vão acontecer com eles, apesar das situações de risco em que se envolvem.
adolescentes vivenciem esta fase conturbada sem interromper seus sonhos, seus
estudos, e com isso, almejar uma melhor qualidade de vida. Tratar a questão na
escola, com professores habilitados, poderia ser uma contribuição significativa para
Pesquisa com adolescentes de primeiro e segundo graus mostra que não usam
(81,3%), sendo o códon o mais citado por eles. O anovulatório oral foi mais citado
pela classe social mais baixa. Dos que tinham vida sexual ativa, apenas 59,5%
tinham usado ou estavam usando algum método, 39,5% o códon e 20% a pílula,
Lima (1999) acredita que a escola ainda seja o local privilegiado para a oferta da
orientação sexual, embora se perceba que, de fato, são poucas as que trabalham
com esse tema. Em sua pesquisa com adolescentes em São Paulo, gestantes e
contraceptivos é praticamente a mesma (20%), tanto para o grupo que havia sido
Para Júnior (1997), na escola, a sala de aula representa um espaço onde diferentes
conflitos.
a informar que têm conhecimentos sobre DST: 77,7% em São Paulo a 66,3% em
93
Goiânia. A escola é considerada pelos pais como uma importante fonte de apoio na
palestras e conversas com professores são tidas como boas estratégias para
Distrito Federal.
Moore (2000), em uma pesquisa nos EUA, baseada no SIECUS Guidelines for
professores das escolas públicas da Flórida. Os tópicos estão agrupados por idade,
sexual. A Sociedade de Medicina do Adolescente diz que a abstinência não pode ser
usada como coerção, mas outros modos de evitar gravidez e doenças são
ressaltando que a tradução Educação foi feita por Orientação. (BONATO, 1996).
educação, fazer capacitação dos docentes, através de uma relação dialética entre
equipe de saúde e docentes, sendo que nenhum possui o saber e uma única
verdade.
possam lidar adequadamente com sua sexualidade, sem correr riscos inaceitáveis
7 CONCLUSÕES
brasileiras.
espermatozóides e da fecundação.
exclusivamente masculino.
apontados como quem mais conversa com eles sobre sexo e sexualidade.
96
televisão e as revistas.
8 COMENTÁRIOS FINAIS
com os adolescentes.
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110
ANEXOS
111
ANEXO 1
TERMO DE CONSENTIMENTO
TERMO DE CONSENTIMENTO
ANEXO 2
TERMO DE CONSENTIMENTO
TERMO DE CONSENTIMENTO
Assinatura do responsável:______________________________________________
ANEXO 3
ANEXO 3
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE
ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
( ) vagina
( ) não sei
15. A fecundação é:
( ) Uma relação sexual
( ) O encontro do espermatozóide com o óvulo
( ) Uma gestação
( ) A perda da virgindade
( ) não sei
17. No ciclo menstrual normal, a maior possibilidade de uma mulher engravidar é entre:
( ) 1º e 8º dia do ciclo.
( ) 8º ao 16º dia do ciclo.
( ) 16º ao 28º dia do ciclo.
( ) não sei
22. Quantas vezes por ano você teve aula sobre sexualidade na escola?
( ) 2 vezes
( ) 4 vezes
( ) 6 vezes
( ) nunca teve
( ) mais de seis vezes
( ) não sei.
ANEXO 4
ANEXO 5
COEP – UFMG
123
124
ANEXO 6
ANEXO 7
Tabela 2
Distribuição de freqüências das variáveis de caracterização
dos alunos participantes da pesquisa
marcou mais de uma opção (e assim a sua resposta foi anulada) ou porque ele
desconhecimento.
Tabela 3
Distribuição das respostas dos alunos que participaram da pesquisa em cada questão
Questão Resposta Frequência % Total % Válido
De onde vem a Válido Vagina 280 53,4 53,6
menstruação? Vulva 11 2,1 2,1
Ovário 75 14,3 14,4
Útero 137 26,1 26,2
Não sei 19 3,6 3,6
Total 522 99,6 100,0
Ausente Em branco 1 ,2
Anulada 1 ,2
Total 2 ,4
Qual o nome da Válido Pubarca 60 11,5 11,5
primeira Telarca 45 8,6 8,6
menstruação?
Menarca 100 19,1 19,1
Não sei 318 60,7 60,8
Total 523 99,8 100,0
Ausente Anulada 1 ,2
Qual a primeira Válido Pêlos nas axilas 241 46,0 46,2
mudança no corpo Aumento dos testículos 135 25,8 25,9
do menino?
Ejaculação 70 13,4 13,4
Não sei 76 14,5 14,6
Total 522 99,6 100,0
Ausente Em branco 2 ,4
Qual a primeira Válido Aumento das mamas 333 63,5 63,7
mudança no corpo Primeira menstruação 149 28,4 28,5
da menina?
Ovulação 22 4,2 4,2
Não sei 19 3,6 3,6
Total 523 99,8 100,0
Ausente Em branco 1 ,2
134
Tabela 4
Distribuição das respostas dos alunos que participaram da pesquisa em cada questão,
classificadas como acerto, erro ou desconhecimento
Questão Resposta Frequência % Total % Válido
Origem anatômica da Válido Erro 366 69,8 70,1
menstruação Acerto 137 26,1 26,2
Não sabe 19 3,6 3,6
Total 522 99,6 100,0
Ausente 2 ,4
Definição da menarca Válido Erro 105 20,0 20,1
Acerto 100 19,1 19,1
Não sabe 318 60,7 60,8
Total 523 99,8 100,0
Ausente 1 ,2
Primeira transformação Válido Erro 205 39,1 39,3
anatômica masculina na Acerto 241 46,0 46,2
puberdade
Não sabe 76 14,5 14,6
Total 522 99,6 100,0
Ausente 2 ,4
Primeira transformação Válido Erro 171 32,6 32,7
anatômica Acerto 333 63,5 63,7
feminina na puberdade
Não sabe 19 3,6 3,6
Total 523 99,8 100,0
Ausente 1 ,2
Anatomia do aparelho Válido Erro 125 23,9 23,9
reprodutor feminino Acerto 337 64,3 64,6
Não sabe 60 11,5 11,5
Total 522 99,6 100,0
Ausente 2 ,4
Anatomia do aparelho Válido Erro 180 34,4 34,4
reprodutor masculino Acerto 269 51,3 51,4
Não sabe 74 14,1 14,1
Total 523 99,8 100,0
Ausente 1 ,2
Nome do hormônio Válido Erro 116 22,1 22,4
exclusivamente masculino Acerto 104 19,8 20,1
Não sabe 297 56,7 57,4
Total 517 98,7 100,0
Ausente 9 7 1,3
Nome do hormônio Válido Erro 147 28,1 28,2
exclusivamente feminino Acerto 88 16,8 16,9
Não sabe 287 54,8 55,0
Total 522 99,6 100,0
Ausente 2 ,4
140
Tabela 5
Distribuição dos alunos que participaram da pesquisa de acordo com o Gênero
Gênero
Escola Total
Feminino Masculino
E. E. M. A. Oliveira 62 33 95
65,3% 34,7% 100,0%
E. E. P. J. Valadares 55 50 105
52,4% 47,6% 100,0%
E. E. P. J. L. Cançado 66 43 109
60,6% 39,4% 100,0%
C. M. L. Guimarães 58 47 105
55,2% 44,8% 100,0%
E. E. G. Capanema 64 46 110
58,2% 41,8% 100,0%
Total 305 219 524
58,2% 41,8% 100,0%
143
Tabela 6
Percentual de acertos em questionário de conteúdos sobre sexo e sexualidade de alunos de
escolas públicas da cidade de Pitangui, Minas Gerais (2006)
Número
Respostas
Questão de %
Válidas
Acertos
Nome da célula reprodutora masculina 521 434 83,3%
Fatores que ocorrem nas primeiras relações sexuais 520 318 61,2%
Tabela 7
Percentual de erros em questionário de conteúdos sobre sexo e sexualidade de alunos de
escolas públicas da cidade de Pitangui, Minas Gerais (2006)
Respostas Número
Questão %
Válidas de Erros
Local anatômico da ocorrência da fecundação 517 409 79,1%
Fatores que ocorrem nas primeiras relações sexuais 520 101 19,4%
Tabela 8
Percentual de desconhecimento ("Não sei") em questionário de conteúdos sobre sexo e
sexualidade de alunos de escolas públicas da cidade de Pitangui, Minas Gerais (2006)
Número de
Respostas
Questão Desconhe- %
Válidas
cimento
Definição da menarca 523 318 60,8%
Fatores que ocorrem nas primeiras relações sexuais 520 101 19,4%
as porcentagens variam de questão para questão. Para avaliar essa hipótese foi
E / D). O valor p do teste foi igual a 0,001 o que indica que há diferença significativa
demais, cada uma delas foi comparada com o percentual geral de acerto, erro e
denotadas por E). Porém, foram observados 366 erros, 137 acertos e 19
Tabela 9
Resultado do teste para comparação das respostas nas diversas questões
Tabela 10
Percentual de acertos, erros e desconhecimento de questões relativas a conteúdos sobre
sexo e sexualidade de alunos de escolas públicas de Pitangui, Minas Gerais (2006)
segundo o gênero masculino
Respostas Percentual
Assunto
Válidas
Erro Acerto Desconhece
Origem anatômica da menstruação 218 72,5% 22,5% 5,0%
Definição da menarca 218 24,3% 20,6% 55,0%
Primeira transformação anatômica masculina 219 48,9% 46,6% 4,6%
na puberdade
Primeira transformação anatômica feminina na 219 41,6% 52,1% 6,4%
puberdade
Anatomia do aparelho reprodutor feminino 217 29,5% 58,5% 12,0%
Anatomia do aparelho reprodutor masculino 218 42,7% 47,2% 10,1%
Nome do hormônio exclusivamente masculino 215 26,0% 25,6% 48,4%
Nome do hormônio exclusivamente feminino 217 30,4% 22,1% 47,5%
Nome da célula reprodutora masculina 219 11,4% 84,9% 3,7%
Doenças sexualmente transmissíveis 218 42,7% 46,3% 11,0%
Nome da célula reprodutora feminina 219 21,5% 71,2% 7,3%
Local anatômico da produção dos 218 56,4% 33,0% 10,6%
espermatozóides
Função da uretra masculina 217 27,6% 59,0% 13,4%
Local anatômico da ocorrência da ovulação 218 41,3% 45,0% 13,8%
Definição de fecundação 217 29,0% 58,5% 12,4%
Local anatômico da ocorrência da fecundação 217 77,9% 7,8% 14,3%
Relação risco de gravidez / ciclo menstrual 218 35,3% 27,1% 37,6%
Definição de masturbação 218 61,0% 19,3% 19,7%
Definição de sexualidade 219 38,4% 58,0% 3,7%
Concepção de relação sexual 218 71,1% 10,1% 18,8%
Fatores que ocorrem nas primeiras relações 217 29,5% 56,7% 13,8%
sexuais
Diferença entre sexualidade e amor 215 31,6% 55,3% 13,0%
Definição de sexualidade responsável 216 19,9% 67,1% 13,0%
Tabela11
Percentual de acertos, erros e desconhecimento de questões relativas a conteúdos
sobre sexo e sexualidade de alunos de escolas públicas de Pitangui, Minas Gerais (2006)
segundo o gênero feminino.
Respostas Percentual
Assunto
Válidas Erro Acerto Desconhece
As estatísticas descritivas para a Idade das crianças em cada série agrupada são
Tabela 12
Estatísticas descritivas para a Idade das crianças de acordo com a série
Tabela 13
Percentual de acertos, erros e desconhecimento de questões relativas a conteúdos sobre
sexo e sexualidade de alunos de escolas públicas de Pitangui, Minas Gerais (2006) segundo
a faixa etária de 10,0 a 12,0 anos
Respostas Percentual
Assunto
Válidas Erro Acerto Desconhece
Tabela 14
Percentual de acertos, erros e desconhecimento de questões relativas a conteúdos
sobre sexo e sexualidade de alunos de escolas públicas de Pitangui (2006) segundo
a faixa etária de 12,1 a 15,0 anos
Respostas Percentual
Assunto
Válidas Erro Acerto Desconhece
Tabela 15
Percentual de acertos, erros e desconhecimento de questões relativas a conteúdos
sobre sexo e sexualidade de alunos de escolas públicas de Pitangui (2006) que
cursam a 5ª ou a 6ª série
Respostas Percentual
Assunto
Válidas Erro Acerto Desconhece
Tabela 16
Percentual de acertos, erros e desconhecimento de questões relativas a conteúdos
sobre sexo e sexualidade de alunos de escolas públicas de Pitangui (2006) que
cursam a 7ª ou a 8ª série
Respostas Percentual
Assunto
Válidas Erro Acerto Desconhece
Tabela 17
Número e percentual de erros, acerto e desconhecimento no total de questões sobre
conteúdos de sexualidade aplicado em alunos de escolas públicas de Pitangui, Minas
Gerais (2006) de acordo com a série
5ª. ou 6ª. 2.731 (38,8%) 2.904 (41,3%) 1.398 (19,9%) 7.033 (100,0%)
7ª. ou 8ª. 1.564 (31,6%) 2.442 (49,4%) 940 (19,0%) 4.946 (100,0%)
2
χ = 85,734; p = 0,001.
Tabela 18
Número e percentual de erros, acerto e desconhecimento no total de questões sobre
conteúdos de sexualidade aplicado em alunos de escolas públicas de Pitangui, Minas
Gerais (2006) de acordo com o gênero
Tabela 19
Número e percentual de erros, acerto e desconhecimento no total de questões
sobre conteúdos de sexualidade aplicado em alunos de escolas públicas de Pitangui,
Minas Gerais (2006) de acordo com a faixa etária
10,0 a 12,0 anos 1.128 (40,4%) 1.129 (40,5%) 534 (19,1%) 2.791 (100,0%)
12,1 a 15,0 anos 3.167 (34,5%) 4.217 (45,9%) 1.804 (19,6%) 9.188 (100,0%)
2
χ = 35,614; p = 0,001.
erro, acerto e desconhecimento nas questões. Pode-se observar que, entre os mais
velhos.
(há observações ausentes, tanto porque foram deixadas em branco pelos alunos,
tanto porque os alunos marcaram mais de uma opção e a questão foi anulada). Em
seguidas as questões são descritas para cada faixa etária, e para cada gênero.
Tabela 20
Distribuição de freqüências (número e percentual de respostas) da questão
"Quem conversa com você sobre sexo e sexualidade" entre os alunos de escolas
públicas de Pitangui, Minas Gerais (2006)
Tabela 21
Distribuição de freqüências (número e percentual de respostas) da questão
"Onde você obtém informações sobre sexo e sexualidade" entre os alunos de
escolas públicas de Pitangui, Minas Gerais (2006)
Tabela 22
Distribuição de freqüências (número e percentual de respostas) da questão
"Quantas vezes por ano você teve aula sobre sexo e sexualidade na escola"
entre os alunos de escolas públicas de Pitangui, Minas Gerais (2006)
Tabela 23
Distribuição de freqüências (número e percentual de respostas) da questão
"Qual assunto é melhor explicado na escola sobre sexo e adolescência"
entre os alunos de escolas públicas de Pitangui, Minas Gerais (2006)
80 70
60
60
50
Frequência
Frequência
40
40
30
20
20
10
0 0
10,00 11,00 12,00 13,00 14,00 15,00 12,00 12,50 13,00 13,50 14,00 14,50 15,00
Idade Idade
GRÁFICO 20 - Distribuição das idades dos alunos de acordo com a série agrupada
Os dois grupos foram comparados quanto à idade dos alunos através de um teste
distribuição dessa variável não é normal (o que pode ser percebido pela assimetria
O valor p do teste foi igual a 0,001 o que indica que há uma diferença significativa
NLM: WS 460
CDU: 616-053.2