Reis KCF Me Bauru
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Reis KCF Me Bauru
DE CRIANÇAS DE 4 A 6 ANOS
BAURU
2008
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DE CRIANÇAS DE 4 A 6 ANOS
BAURU
2008
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Banca Examinadora:
BAURU
Set/2008
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AGRADECIMENTOS
À querida orientadora, Profª. Drª. Ana Claúdia Bortolozzi Maia, pelo acolhimento, dedicação,
companheirismo, empenho e “puxões de orelha”, sem o que o desenvolvimento e realização
desse trabalho não teria sido possível.
À Profª. Drª. Lúcia Pereira Leite, a Profª. Drª. Maria de Fátima Bellancieri e ao Prof. Dr.
Rinaldo Correr, pelas sugestões enriquecedoras, contribuindo para o desenvolvimento do
estudo.
As colaboradoras da EMEI onde a coleta de dados foi realizada, especialmente a
Coordenadora Solange Santos Ferreira dos Reis, pelo acolhimento, incentivo e contribuição
indispensáveis à produção deste estudo.
Às professoras, Marcileni Padovani, Maria Inês Oliveira, Flávia Paiva, Luciana Duarte,
Teresinha Maganha e Regina Magre, que gentilmente colaboraram com a realização da
pesquisa, oportunizando meu encontro com as mães de seus alunos.
As mães participantes, pela disposição em expressar pensamentos e sentimentos sobre a vida.
À bibliotecária Lilian Barbosa, que gentilmente me orientou quanto à aplicação das normas.
À Iracema, Roberta e Elisabete, amigas queridas que investiram tempo e dedicação na leitura,
sugestões e correções da presente dissertação.
À querida amiga Keka, pela colaboração e incentivo.
Ao querido amigo irmão Tom, pelo companheirismo, sempre resolvendo enigmas.
Aos amigos amados, Ester e Hélio, que mesmo em outro plano, caminham lado a lado
comigo, me estimulando sempre a prosseguir e lutar para alcançar meus objetivos.
À Regina, Soninha, Rafael, Guto, Alexandre e Jonas, amigos de jornada, pela compreensão,
paciência e incentivo, especialmente nessa etapa.
À minhas tias, Sonia e Jussara, e irmãos, Victor e Juliana, por serem parte da minha vida.
Enfim, aos educadores e amigos de sempre, que de alguma forma também colaboraram para a
construção desta obra.
6
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RESUMO
premissa que a construção social de gênero é influenciada pela educação sexual familiar, esta
relacionadas aos aspectos sociais da vida privada e pública: ao feminino o cuidado de filhos e
nas falas destas mães, seja pelas concepções pessoais sobre o feminino e o masculino, seja
mães, tendo por base o padrão sexista, direcionam a educação dos filhos em função dos
padrões de gênero, embora essa diferenciação não apareça, pelo próprio relato das mães,
quando relatam as brincadeiras e brinquedos de que seus filhos gostam. Novos estudos
poderão aprofundar a questão, ouvindo pais e outros membros da família, além das próprias
ABSTRACT
Gender matters are defined by biological, psychological and social aspects and they are set
culturally, from different ways, in different historical periods. From the premise that the social
4 to 6 year-old children. For the data collection it was used a questionnaire and the answers
were grouped from the content analysis in three categories: 1) characteristics attributed to
gender, 2) advantages and disadvantages and 3) conceptions about the boys’s and girls’s
education. In the reports, several gender stereotypes were identified as female characteristics
(passivity, sensibility and emotion) and male characteristics (reason, strength, objectivity).
The advantages attributed to gender were, mostly, related to the social aspects of private and
public life: to the female the care of children and to the male, the work world. We conclude
that: the sexual stereotypes are reproduced in these mothers’s speech, whether by the personal
conceptions about the female and the male, by the attributions of advantages and
disadvantages that are related to the gender. Besides, the mothers, basing on the sexist pattern,
direct the children’s education in function of the gender patterns, although this differentiation
doesn’t appear, by the own mothers’s report, when they report the games and toys that their
children like. New studies can deepen the matter, listening to the parents and other members
of the family, besides the own children in the kindergarten age or more advanced.
Key-words: childhood, gender, sexual roles, sexual stereotypes and sexual education.
9
LISTA DE QUADROS
INTRODUÇÃO.................................................................................................................. 11
MÉTODO............................................................................................................................ 58
1. Participantes...................................................................................................................... 59
2. Local................................................................................................................................. 60
3. Material............................................................................................................................. 60
4. Procedimentos.................................................................................................................. 61
RESULTADOS E DISCUSSÃO...................................................................................... 64
APÊNDICES....................................................................................................................... 111
INTRODUÇÃO
de gênero se forma e como os papéis sexuais são ensinados e aprendidos, pois na nossa
cada uma dessas configurações há diferentes papéis estereotipados e estes papéis são
população adulta (SILVA, 2000; NAVARRO, 2005).1 Este estudo pretende compreender os
estereótipos sexuais na infância a partir do relato de mães. Entendemos ser relevante estudar
como as mães explicitam conceitos sobre gênero, buscando compreender como educam
a concepção sobre gênero de mães e o que elas relatam sobre a educação de seus filhos
(COZBY, 2003; SPATA, 2005), utiliza-se de abordagem qualitativa para análise de dados e
se justifica uma vez que, se identificados padrões rígidos de gênero na infância, propostas
questões sociais subjacentes aos papéis sexuais e a formação dos estereótipos sexuais. Já no
processo educativo, especialmente aquele que ocorre na família, como um espaço em que se
1 Os primeiros estudos que trataram das relações de gênero no Brasil acompanharam os diferentes
momentos dos movimentos feministas e a temática principal era o estudo da igualdade entre sexos, pensando nas
questões da condição da mulher e do trabalho.
13
apresentada a partir de pesquisas com adultos (mães e/ou pais; e professoras), com crianças e
com adolescentes e universitários. Esta literatura nem sempre se refere a estudos recentes ou
brasileiros, no entanto, estes estudos serão apresentados para ilustrar alguns dados empíricos
que exploram os estereótipos na educação familiar visando embasar a análise dos dados nesta
pesquisa.
14
CAPÍTULO 1
GÊNERO E SOCIEDADE:
A CONSTRUÇÃO DE ESTEREÓTIPOS
15
e, dentre estes vários meios sociais, um deles é a família. Para estudar os estereótipos
sexuais.
gênero, como já afirmavam Tucker e Money (1975), que são a fecundação masculina e
fundamental, pois cada sociedade possui crenças e valores que são transmitidos por
Concordamos com Mead, quando afirma que a cultura tem influência direta
“próprias” a cada sexo e, portanto, o que seria estabelecido como masculino e/ou
feminino.
sociais dos sexos masculino e feminino. Sua pesquisa foi realizada com culturas
primitivas da Nova Guiné, entre 1931 - 1933, com três tribos indígenas: Arapesh,
Mundugumor e Tchambuli. Seu estudo demonstrou que a cultura pode impor a ambos
representação dos papéis sexuais pode ser distinta, dependendo do contexto ao qual a
pessoa está inserida. Foi constatado que a diferença sexual é uma construção social
nossa sociedade atribui papéis diferentes aos dois sexos, cercando-os desde o
sexo.
17
2004).
mesmo ocorre entre a espécie humana (WALL, 2007). Dessa maneira, há fatores sociais
contexto cultural. Hoshino (1993) comenta que os fatores psicossociais são decorrentes
biológica dos sexos (BELOTTI, 1975; LINTON, 1987; FRANCO; FAGUNDES, 2001).
Para Diniz (1997) o gênero é definido como uma estrutura social originada
impõe costumes que possuem códigos e regras rígidas, configurando-se como mitos que
exerce influência direta e indireta sobre outra geração, sendo oferecida, dessa maneira,
dentro de um contexto social, o qual cria condições para sua existência e manutenção; é
na sociedade, por meio do processo educativo, que nos socializamos, isto é, adquirimos
arquetípico do homem caçador versus a fêmea frágil. Esta autora exemplifica a questão
de feminilidade que exige das mulheres uma postura passiva, submissa, afetiva,
(VAITSMAN, 1994).
doméstico. A primeira como uma função masculina e a segunda como uma função
família. (COSTA, 1983). Fonseca (2008) comenta que a família burguesa da Europa do
século XVIII era marcada pela figura da mãe zelosa e do pai provedor. Após as grandes
por sobrepor papéis do trabalho remunerado com a função de educar filhos e cuidar da
família.
homens foram vistos como alvos de prazer e volúpia, dotados de desejos sexuais
religiosas (RIBEIRO, 2004). Rocha (1998) argumenta que as mulheres retratam hoje
dois modelos femininos: por um lado, a mulher que cuida da família e filhos e por outro
a mulher que é independente e que busca realização profissional e pessoal, muitas vezes
que são os laços afetivos que constituem a base de sustentação e que configuram as
tarefas e papéis delegados a cada membro. Esta autora divide o processo de socialização
inicialmente pela família, seria marcada por oferecer a possibilidade de tornar um ser
que a pessoa está inserida, como por exemplo, regras sobre a divisão social e do
que vivem, por vontade própria, sob normas comuns” (HOUAISS; VILLAR, 2004, p.
diferentes contextos culturais e momentos históricos e, por isso, em dada cultura, ela se
configura como um novo e diferente espaço social. Mattos (1988, p. 66) esclarece que:
Uma sociedade, por mais que possa parecer igual a qualquer outra, traz em
sua organização peculiaridades que a torna distinta. O estudo de uma
sociedade inclui o conhecimento de seu macrocosmo, de seu processo de
herança cultural e a interação da mesma com seus grupos constitutivos. Essa
interação vem entremeada de lealdades, fidelidades, identidades e diferenças
sócio-culturais, encontro de homens, de geração, de grupos étnicos, etc.
aprovação e desaprovação por parte dos pais e da sociedade de modo geral para
e a qual gênero eu pertenço, para depois perceber que esse gênero se difere de outros,
22
isto é, qual gênero eu não pertenço e num terceiro momento, ocorre a imitação desse
modo configurado na identidade de gênero, podendo ser mais ou menos coerente com
ressonância afetiva. Já a identificação é movida pelo desejo de ser como a outra pessoa,
estimulada pelo vinculo emocional entre quem se identifica e quem é admirado e será
imitado. Para realizar esse movimento, a criança vai se engajar em brincadeiras e jogos,
pois este é o meio empregado por ela para se comunicar, assimilar e acomodar o que
capta do mundo ao seu redor. E a respeito, Alencar (1982, p. 112) comenta que:
(2006, p. 5) acrescenta:
grupo social, de acordo com o padrão de normalidade esperado para o sexo biológico.
24
humano (CAVALCANTI, 1990; MAIA, 2005). Para Paiva (1989), seria importante que
as pessoas mantivessem uma relação coerente entre a identidade e os papéis sexuais que
que vivem. Desta maneira, quanto mais as atitudes de uma pessoa, em relação aos
sociais, também em relação à função sexual, isto é, ao gênero. Azeredo (1993, p. 44)
cada um, buscando agir de maneira a satisfazê-las. Contudo, esse comportamento pode
dementes; palavra emprestada do jargão tipográfico que usa de um molde metálico nas
Pereira (2002) comenta que no campo das ciências sociais usa-se o termo
de uma mesma cultura” (PEREIRA, 2002, p. 52) e que essas crenças, além de
26
professores, além dos meios de comunicação de massa. Nas suas palavras sobre os
estereótipos seriam:
D’Amorim (1997) salienta que a base dos estereótipos sexuais diz respeito a
pois através dessas situações é que se pode constatar as diferentes expectativas sociais
é, pois, o conjunto de crenças acerca dos atributos pessoais adequados a homens e mulheres,
como das crenças e dos mitos sociais que surgem em diferentes contextos, é atender às
configurando-se em expressões máximas como “isto é para homem”, “as mulheres são
“naturais” e existe toda uma estrutura, na qual a família, religião, escola, meios de
tendência unissex, estereótipos sexuais ainda são crenças comuns em muitos discursos
feminino.
29
O primeiro estágio seria quando a criança tem contato e aprende sobre as características
relacionadas a cada um dos gêneros, o que ocorreria até os quatro anos de idade. O
segundo estágio seria aquele em que as crianças elaboram de modo mais complexo a
internalização do seu próprio gênero, o que ocorreria entre os quatro e seis anos de
àquelas informações relevantes para o seu próprio gênero. Finalmente, num terceiro
Essas diferenças são engendradas nas crianças pouco a pouco por diversos
mecanismos que envolvem suas interações com os adultos, as outras crianças,
a televisão, o cinema, a música etc. A demarcação do que cabe aos meninos
ou às meninas se inicia bem cedo e ocorre pela materialidade e também pela
subjetividade. Essas relações influenciam nas elaborações que as crianças
fazem sobre si, os outros e a cultura, e contribuem para compor sua
identidade de gênero.
entretanto, optamos por discorrer neste estudo, sobre os papéis e estereótipos sexuais no
CAPÍTULO 2
GÊNERO E FAMÍLIA:
A EDUCAÇÃO SEXUAL SEXISTA
31
desejáveis ideologicamente.
estereótipos sexuais (MEAD, 1969; WHITAKER, 1988; MAIA, 2005). Este processo é
histórico o qual está inserida. Para este autor, a família tem a função de proteger,
representação que é feita do papel sexual que será exercido por homens e mulheres
do que é ser menina e menino já existem e são manifestadas. Após o nascimento, essas
Alencar (1982) diz que a família possui uma força modeladora em relação
aos indivíduos que dela fazem parte, cabendo a ela o compromisso de socializá-los,
transmitindo valores, crenças e costumes coerentes com a cultura a qual está inserida,
feminino e o masculino.
construção do gênero quando oferece modelos no que diz respeito ao papel sexual que
33
nascimento de meninos, geralmente valorizado, é festejado não pela utilidade que eles
possam ter na família, mas pela repercussão social que significa o filho varão,
público e social.
relação ao gênero associa opiniões de fatores positivos como, por exemplo, o bom
como, por exemplo, o mau humor da mãe ou o aspecto doente ao nascimento da menina
(BELOTTI, 1975). Para Cole e Cole (2003) as expectativas dos pais começam a moldar
suas reações em relação ao bebê, seja menino ou menina, antes mesmo que este bebê
socialização dos filhos, pois os filhos geralmente desejam agradá-los, buscando sua
dos filhos, já que são as primeiras pessoas com as quais eles se identificam
incorporados e, assim, a educação de seus filhos, quando são meninas ou meninos, pode
função de crenças sociais atribuídas aos filhos e filhas quanto ao gênero. Estudos
sexos, enfatizando a concepção do que é ser feminino e do que é ser masculino (MEAD,
consentido e excluído, para ambos os sexos, especialmente quando das crianças exige-
aprendizagem, no qual ele recebe modelos que lhe oferecem parâmetros do que deve
identificação e isso também irá ocorrer com a aprendizagem dos papéis sexuais.
Para Cole e Cole (2003) os bebês humanos não são apenas organismos
biológicos, mas também entidades culturais, e este fator é que irá determinar a maneira
desenvolvem. Por esse motivo é que meninos e meninas são tratados de maneira
diferente, devido a crenças de que tenham que desempenhar papéis diferentes. Papalia e
Olds (1998) asseguram que os pais exercem influência direta na construção do gênero,
pois a maioria deles trata filhos e filhas de maneira diferente, enfatizando diferenças
mulheres.
Whitaker (1995) afirma que as crianças são educadas por meio de estímulos
gênero ao qual pertençam. Para esta autora, há quatro fatores na socialização das
crianças que reforçam a educação sexista: (a) orientação espacial, (b) auto-estima e
A autora chama a atenção para o fato de que na socialização sexista, as meninas são
profissões, na vida adulta, retraídas e pouco ousadas como, por exemplo, ser costureira,
existência.
atitudes dos pais que não foram intencionalmente ensinadas a criança, por meio de
fisicamente mais parecido com o pai, e o imita, sendo recompensado por agir como um
menino; o mesmo deve ocorrer com a menina em relação à mãe (PAPALIA; OLDS,
1998). Optamos por compartilhar desta abordagem, pois ela corresponde de modo mais
Whitaker (1995) alerta que não é fácil romper com modelos prevalecentes,
por exemplo, que meninos devam ser agressivos, ativos e rebeldes e que meninas devam
ser meigas, passivas e suaves. Pereira (2002, p. 154) a este respeito diz que:
crianças está baseada nas diferenças sexuais existentes entre meninos e meninas,
CAPÍTULO 3
E DESENVOLVIMENTO HUMANO
40
pudessem nos auxiliar a perceber qual o panorama das pesquisas acerca de estereótipos
sexuais, tanto com a população adulta, quanto jovem e infantil. Desta maneira,
aleatoriamente em uma escola de classe média da cidade de São Paulo, tendo como
os dados foi uma escala contendo vinte e quatro itens, retirados do Sex-Role
submetidas a uma análise fatorial e após foram transformadas em escores fatoriais, com
meninos e meninas. Apenas nas respostas dos pais em relação ao fator 1 (prestativo x
(6,54). Eles consideram meninas como sendo mais prestativas, delicadas e interessadas
prestativos e competitivos, ambos obtendo médias mais altas nos itens referentes a
médias mais altas em: interessado em aventuras fora de casa, competitivo e agressivo.
41
que comandar e dependente. As mães por sua vez demonstraram diferença significativa
somente no que se refere ao interesse pela vida familiar em relação às meninas (4,42) e
estabelecidos, estando evidente que pais demonstram maior estereotipia em relação aos
papéis sexuais do que as mães. Concluindo, desta maneira que os adultos do estudo em
Em outro estudo realizado por Rubin et al. (1974) com 30 casais primíparos
foi solicitado que os pais e mães descrevessem seus bebês recém-nascidos, sendo que os
bebês femininos foram percebidos como mais suaves, menores e com traços mais finos,
enquanto os bebês masculinos foram descritos como grandes e parecidos com seus pais.
que as mães, evidenciando maior estereotipia, sendo que somente as mães haviam
protetor. Isso revela que após o nascimento dos filhos os pais passam a defini-los
que possuíam a respeito do futuro dos filhos observando se o sexo da criança exercia
42
mesmas pretendiam para seus filhos. Assim, realizaram entrevistas e por meio de
população de nível econômico médio para a de nível baixo. As mães de nível médio
demonstraram expectativas iguais tanto para filhos como filhas quanto a chegarem à
meninos, considerando 62,3% (meninos) e 26,7% (meninas) para as mães de São Paulo
as mães de nível médio consideraram os altos cargos e apenas para meninos (2,2%),
proprietários, sendo para nível médio 88,9% (meninos) e 71,2 (meninas), nível baixo de
meninos profissões de maior valorização social, ficando mais evidente este fato nos
Raiser (1985) realizou uma pesquisa em Brasília com 400 pessoas de ambos
os sexos a respeito dos estereótipos sexuais com favelados. Para tal a autora construiu
itens, dos quais 26 avaliavam tanto homens quanto mulheres e dois deles eram
concordância entre os sexos quanto aos estereótipos sexuais, salientando que a mulher é
vista segundo três dimensões: casa, marido e filhos, sendo responsável pela execução
43
das tarefas domésticas, pela procriação e cuidado com os filhos. Já ao homem foram
agosto de 1992 a agosto de 1993, tendo como objetivo refletir sobre a socialização
e meninos foi estudada por meio de quatro pontos: das diferenças do relacionamento da
educadoras expressam sobre ser menina e ser menino; da maneira como as educadoras
mais carinhosos, duas acharam que meninos e meninas são iguais neste aspecto e as
demais consideram as meninas mais carinhosas e mais fáceis de lidar. Constatando que
instrumento utilizado foi o Teste de Percepção Social para Crianças (TPS), contendo
cada um dos sete membros da família nuclear incluindo o pai, a mãe, o participante e os
mais velhos e femininos; mais novos e masculinos, e mais novos e femininos. Por meio
família nuclear que permitiu a comparação entre eles. Os resultados demonstraram que
são conferidas às mães as características de: proteção (89%), afeto (90%) e as funções
45
de dona de casa (90%), além de poder (79%), força (59%) e independência (79%). Ao
contrário, o pai é considerado como forte (91%), corajoso (96%) e independente (82%),
além de possuir características afetivas (77%) e de proteção (82%). O irmão mais velho
foi definido como forte (74%), agressivo (76%), ativo (68%) e pouco afetivo (35%). Por
outro lado, a irmã mais velha é considerada carinhosa (61%), protetora (64%), caseira
(59%), ativa (68%) e agressiva (60%). Aos irmãos mais novos foram atribuídas
irmã mais nova foi considerada da mesma maneira, contudo sendo vista também como
carinhosa (64%) e caseira (59%). Este estudo demonstrou que ao fazer a análise dos
classificado como carinhoso, protetor, gostando de ajudar nas coisas referentes ao lar.
Além disso, as crianças tendem a apresentar uma valorização de si mesmas e das figuras
parentais, junto com uma visão mais positiva dos irmãos mais velhos em detrimento dos
respeito dos papéis sexuais transmitidos por meio da educação familiar e social
inferioridade da mulher perante o homem no que diz respeito à vida pessoal, social e
profissional.
ocupações e que eles deveriam lembrar de cada par apresentado. O material foi
composto por 24 cartões diferentes contendo nome próprio e ocupação, dos quais 12
era pequeno (3 segundos com um intervalo de 2 segundos entre um cartão e outro), para
freqüentes a profissão professora (7), seguida por treinadora de cavalos (4) e enfermeira
estudo 2 o objetivo foi investigar se as crianças desta fase apresentavam uma atitude
maternal, com o intuito de constatar a influencia que as mesmas podem exercer nas
47
lhes explicou que veriam 10 figuras de pessoas adultas (as pessoas não mostravam
que deveriam fazer era dar um nome a essas pessoas e quando o pesquisador mostrava a
figura falava a ocupação da pessoa e solicitava ao participante que lhe desse um nome.
revelaram crenças de tipificação sexual a respeito das ocupações adultas. Além disso, os
dados também revelam que essa tipificação sexual foi maior em relação ao feminino do
empregada.
formado por crianças de ambos os sexos. A coleta dos dados foi realizada por meio de
da criança quando brincava com outras do mesmo sexo e quando brincava em grupo
atividades que não tiveram a interferência de adultos. Para a análise dos dados os
jogar objetos no outro e pedir para brincar. No grupo MI ocorreu mais o comportamento
de jogar objetos no outro (77%) e insultar (72,2%), seguido por importunar (60%) e
outro, insultar e brincadeira turbulenta, mas importunar (5,6%) e ameaçar (4%) tiveram
mostraram mais agitadas na interação com os meninos e mais calmas entre si. Os
sala, que se distribuíram em: uma turma de maternal (3 a 4 anos), uma de jardim (4 e 5
Campinas, SP. Observou, durante 6 meses, e registrou três momentos de interação das
crianças que ela observou não discriminaram suas brincadeiras pelo sexo. A autora
conclui que pais e filhos são participantes ativos das transformações sociais em nossa
comunidade.
das crianças sobre sexualidade, buscando levantar o que as mesmas tinham a dizer,
públicas e uma particular de uma cidade no interior de Minas Gerais, nos anos de 1993
vantagens de cada sexo” e o “por que” e “para quê existem”. A pesquisadora, por meio
de categorias de resposta, mostrou que para as crianças, sejam meninos ou meninas, (a)
existem atividades próprias em função do gênero, (b) que ser menino pressupõe
atividade e ser menina passividade, e ainda, (c) que gostariam de realizar atividades
considerado apropriado para ambos os gêneros. Na opinião dos meninos “luta” (58% à
estereótipos sexuais quanto a escolha das brincadeiras tidas como “adequadas” a cada
gênero.
51
meninos e 90 meninas. Para coletar os dados foi aplicada uma entrevista contendo duas
partes. A primeira tratava sobre a cultura lúdica e sobre as preferências e hábitos das
crianças, buscando investigar o porquê das preferências, onde eram realizadas e com
meninas). Essas brincadeiras foram propostas aos participantes que foram questionados
classe baixa preferem brincar mais de fantasia e pega-pega e costumam brincar com
mais frequencia em casa e na rua, com irmãos, primos e sozinhas. As meninas de classe
na escola e em lugares como sítio, praia e casa de campo, tendo por companhia mais os
meninos da classe média alta brincam mais de fantasia, pega-pega e bola, na escola, em
casa e em lugares como clube, campo de paintball e represa, por exemplo, e mais na
companhia de amigos. Constatando que na classe média alta as crianças brincam com
uma variedade maior de brincadeiras, em locais diversos e com uma variedade maior de
favorecida.
da pesquisa 668 sujeitos, sendo 245 meninas e 423 meninos, com idades entre 1 e 18
registraram 17379 episódios de brincadeiras na rua, sendo que deles 13680 foram
participação dos meninos nas brincadeiras de rua. Dos meninos de até 14 anos, 100%
brincaram e das meninas 91%. Sendo que a maior ocorrência de brincadeiras na rua foi
entre a faixa etária dos 7 aos 12 anos para os meninos e dos 4 aos 9 anos para as
condizentes com as expectativas quanto aos papéis sexuais adultos para ambos os
gêneros. Na faixa etária dos 4 aos 6 anos a quantidade dos registros foi similar,
possivelmente por disporem do mesmo tempo livre para brincar. E finalmente, na faixa
53
etária dos 13 aos 15 anos, perceberam uma tendência ao recolhimento das meninas em
calculado o fator tipificação sexual nas brincadeiras, que demonstrou uma tendência de
estereotipização das brincadeiras por gênero. Dessa forma, apenas duas brincadeiras
que de modo geral meninos e meninas brincam das mesmas brincadeiras, não sendo este
que descrevessem todos os aspectos que poderiam ser utilizados para caracterizar uma
pessoa típica do sexo masculino e do sexo feminino. Dessa maneira organizou uma
totalizando 288 atributos. Estes foram submetidos a uma análise de conteúdo, onde os
questionário definitivo que foi aplicado aos 100 participantes. A coleta foi realizada
uma escala de 1 a 7, cada item se era mais ou menos típico do homem ou da mulher. Os
54
resultados apontaram que a maioria dos atributos que formavam o estereótipo masculino
para o homem (74%) e amiga e sensível para a mulher (72%). Contudo, os referentes a
características físicas também apareceram, tais como ter corpo atlético para o homem
(15%) e bonita para a mulher (16%). E alguns atributos relacionados a papéis sociais
apareceram, tais como trabalhador para o homem (11%) e orientadora dos filhos para a
mulher (12%). Porém, os estereótipos de gênero que foram classificados como mais
característicos do masculino refletem uma orientação voltada mais para a ação, tidos
cidade do Rio de Janeiro, sendo 210 homens e 269 mulheres, que responderam ao
uma escala de cinco pontos para avaliar. Os itens se subdividiam em uma escala de
masculinidade composta por oito itens relacionados a traços instrumentais e uma escala
atitudes sobre a mulher foi composta por 25 itens, sendo 11 considerados positivos e 14
interpessoal.
representações variavam de uma geração para a outra. Fizeram parte da amostra 100
participantes de ambos os sexos e de duas gerações, uma tendo idade inferior a 25 anos
livre de palavras: “O que é para você o masculino?” e “O que é para você o feminino?”.
feminino de uma geração para outra e para ambos os gêneros. Ao solicitar que as
vistas como fortes e ao mesmo tempo afetivas. Para a geração mais velha, o feminino é
associado à figura de vítima e os mais jovens consideram com erotismo. Aos homens
são enfatizados aspectos da relação com o mundo, para os mais jovens e os mais velhos
utilizando a instrução: “Imagine que você vai encontrar uma pessoa pela primeira vez e
a única coisa que você sabe é que a pessoa é um adulto masculino. Marque, no
quais as características que eram semelhantes a eles próprios. Metade dos participantes
recebeu a instrução para começar pelo gênero masculino e depois ir para o feminino e a
outra metade para começar com o feminino e depois descrever o masculino e ambos os
mulheres; os dados reforçam a idéia de que há uma visão estereotipada sobre o gênero
masculino e feminino.
meninas; em alguns casos, crianças pequenas não possuíam ainda padrões rígidos de
gênero, embora seus pais revelassem estereótipos. A partir da literatura consultada e dos
MÉTODO
59
1. PARTICIPANTES
em três grupos etários: três de 4 anos, seis de 5 anos e cinco de 6 anos de idade e 11
mães de meninas, sendo: quatro de 4 anos, quatro de 5 anos e três de 6 anos de idade. A
idade das mães variou entre 23 e 45 anos, sendo todas alfabetizadas. Todas as
2. LOCAL
cidade do interior do estado de São Paulo, foi contatada para a realização da pesquisa e
escolhida aleatoriamente pela pesquisadora, tendo como referência uma listagem geral
período da manhã e da tarde em turmas diferentes: Jardim I-A (30 alunos), Jardim I-B
(30 alunos), Jardim II-A (20 alunos), Jardim II-B (18 alunos), Pré-Escola I-A (30
alunos) e Pré-Escola I-B (30 alunos), totalizando 158 crianças e, portanto, 158 mães.
3. MATERIAL
atitudes e posturas das mães frente à educação sexual dos filhos. Para cada temática de
brincadeiras de meninos e meninas. Na última questão aberta (11 a), apresentou-se uma
4. PROCEDIMENTOS
participantes. Ressalta-se que os pais das 158 crianças na faixa etária entre 4 e 6 anos da
porque a intenção era entrevistar os pais pensando que a educação dos filhos é função
entanto, diante do fato de apenas dois pais comparecerem para a pesquisa, optamos por
Brinquedos” (Apêndice C), foi feita uma busca por imagens no site
idade entre 4 e 6 anos, semelhante a idade dos filhos das participantes efetivas. A partir
deste estudo piloto, algumas alterações foram realizadas no questionário, tais como:
dados.
estavam reunidas em uma sala de aula na escola, ampla e com privacidade. Todas
que deveria ser respondido de modo individual. Na última questão, 11a, a prancha da
“loja de brinquedos” era oferecida para cada uma delas para que pudessem responder à
teve duração média de 30 minutos. Toda a coleta ocorreu no mês de maio de 2007.
Todas as respostas foram transcritas na íntegra (Apêndice D). Após leitura exaustiva, os
63
Neste sentido, para responder as concepções sobre estereótipos de gênero das mães, as
meninas, na análise dos resultados, optamos por separar os relatos, de modo a sugerir ou
levantar hipóteses para as possíveis diferenças nos relatos, caso fossem encontradas.
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RESULTADOS E DISCUSSÃO
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do corpo físico com ou sem adjetivos (por exemplo: “seios” como característica
masculina).
vestimenta, ao uso de adornos e cuidados pessoais. Exemplos: usar “laços e fitas” como
MAIA, 2005) e, portanto, vão além dos aspectos inatos, relativos à natureza biológica e
1988; HEILBORN, 1995; DINIZ, 1997; FRANCO; FAGUNDES, 2001; MAIA, 2005).
acolhedora, frágil, educada, etc) refletindo a visão histórica do feminino apontada por
mulher ativa e produtiva que assume como conta Ribeiro (2004) e Rocha (1998), o
trabalho fora de casa, cuja personalidade agrupa valores éticos e íntegros (sensata,
etc). E ainda ressaltam a figura da “nova mulher” como nos diz Nolasco (1993), que é
uma mulher vaidosa e elegante, organizada e prática. Além disso, uma mulher sensível
identidade machista e sisuda (sério, autoritário, pouco emotivo, decidido, mandão, etc.)
valentão, etc.) (WHITAKER, 1995; RIBEIRO, 2004; MAIA, 2005). Ao mesmo tempo,
é vaidoso (elegante, másculo), íntegro (ético, com caráter) e ainda, um homem gentil e
estereótipos sexuais reproduzindo aqueles já apontados por outros autores que estudam
gênero, como Whitaker (1988), Vianna; Ridenti (1998), Moreno (1999), Labbé; Puech
Confiante, determinada, lutadora, corajosa, M9, M9, M10, M10, M13, M16, M21, M21, M22
forte, encara desafios
Sensível, frágil, não racional M1, M5, M7, M16, M19, M22
FEMININAS Vaidosa, elegante M3, M5, M9, M11, M19, M23
Íntegra, ter caráter, justa, ética, sincera, sensata, M2, M10, M10, M11, M19, M24
Trabalhadora, batalhadora, responsável M6, M10, M11, M16, M23, M25
Inteligente, astuta, curiosa M6, M9, M10, M10, M11
Instinto M15, M24
Organizada, prática M8, M8
Feminina M19, M20
Outras: fofoqueira, limpa M9, M25
Grosseiro, áspero, enérgico, impaciente, M22, M2, M16, M5, M2, M19, M20, M3, M6,
impulsivo, mandão, autoritário, egoísta, durão, M22, M22
Gentil, prestativo, acolhedor, respeitador, M10, M13, M19, M10, M10, M11, M13, M13,
Atencioso, bondoso, educado, companheiro, M19, M21, M23
carinhoso
Batalhador, trabalhador, responsável M7, M15, M9, M11, M16, M18, M21
MASCULINAS Valentão, corajoso, forte, másculo, machista M9, M10, M13, M10, M23, M3
Independente, confiante, decidido, Prático, M24, M21, M10 M24, M11 M6, M11
organizado Inteligente,
Racional, não chora, pouco emotivo, sério M7, M16, M7, M8, M2
Ético, ter caráter, íntegro M10, M11, M19
Modos de agir, jeito de falar, fala alto M4, M4, M1
Elegante vaidoso M6, M23
Inseguro M9
Quadro 4 - Subagrupamento das características comportamentais femininas e masculinas.
2 Lembramos, no entanto, que as categorias não foram expostas à juízes, isto é, as características
foram agrupadas apenas com o critério do pesquisador, na tentativa de ilustrar melhor como elas se
distribuíam em freqüência, portanto, elas podem ser organizadas de modo diferente, dependendo da
compreensão de outras pessoas sobre esse agrupamento.
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presente. Os dados reforçam o que afirmam Rocha (1998) quanto ao fato das mulheres
servem socialmente homens e mulheres os estereótipos aparecem com mais força. Nas
casa, pelos filhos, pelo marido, ou seja, pela família. As funções relativas ao papel da
uma vez que há “a facilidade pelos serviços domésticos” enquanto que o trabalho fora
de casa, para uma possível ajuda financeira nas despesas da casa, só foi considerado em
quando afirmam que a identidade feminina foi e ainda é definida pelos papéis
da educação dos filhos também foi considerado, embora com menor destaque. Além
70
disso, o papel do erotismo masculino relacionado a ter várias parceiras sexuais, também
roupas, enfeites como laços e fitas, além de cuidados com as unhas, cabelo e
maquiagem enquanto que o masculino incluiu tipos de roupas específicas como a cueca,
Whitaker (1988; 1995) Moreno (1999), Sayão (2002b) e Souza (2006). Também
do masculino e do feminino.
das mães que destacavam a valorização social masculina diante de uma sociedade que
por exemplo, o fato de homens terem maior liberdade e tempo livre por assumirem
menor número de tarefas diárias. Além disso, teriam vantagens sociais por se
amorosa diversificada sem ter que enfrentar o julgamento moral por parte da sociedade.
Quadro 5 – Agrupamento das respostas das mães sobre as vantagens em ser homem.
1995; NOLASCO, 1993; NUNES; SILVA, 2000; RIBEIRO, 2004; MAIA, 2005).
afetiva e emocional.
vantagem afetiva e emocional incluiu relatos das mães sobre questões emocionais nos
nas categorias.
imperativo biológico (PAIVA, 1989). A gravidez e parto são aspectos valorizados por
maternidade, que sabemos ser social. Nesta tarefa da maternidade, atributos como a
porém, sabemos que cuidar e educar filhos diz respeito também a paternidade e não é
73
BARBATO, 2004).
pela obrigação em sustentar a casa e trabalhar fora é, no olhar dessas mães, ruim porque
eles não vivem a educação dos filhos que seria uma vantagem do feminino, mas ao
mesmo tempo, é ruim porque exige demais dele um tempo e uma dedicação com a vida
consideram dificuldades à mulher o fato de não ser reconhecida e ter que lidar com
moral incluiu relatos sobre o fato de ser menos respeitada e sofrer maior discriminação
físico, ao corpo que fecunda, foi citada. De modo geral, para elas, a sociedade respeita
mais o masculino e o considera mais apto e mais capaz para exercer as atividades
trabalho público e privado, isto é, diante da não exigência aos homens do trabalho
3 Apesar desta resposta da mãe citar uma desvantagem relacionada à escolha profissional,
optamos por incluí-la na categoria “Desvantagem moral”, por entender que a crítica referia-se a
discriminação de gênero antes do trabalho.
76
doméstico que o favorece a fazer outras atividades como descansar, estudar, jogar bola
etc. Alguns poucos relatos lembraram a vantagem masculina em ter uma família e ser
pai nesta família, além de serem menos discriminados pela sociedade que o permite e o
família, isto é, participar menos da educação e do crescimento dos filhos e não vivenciar
vantajoso, tem seu fardo, uma vez que exige mais do homem e é um imperativo social
que é permissiva sexualmente aos homens também cobra que eles sejam machões e que
nunca fraquejem, o que podemos sugerir que tenha a ver com o relato de M22, quando
lembra que o masculino tem a desvantagem diante de tudo isso, de se engajar mais em
violência e criminalidade.
responsabilizar-se pelo sustento da casa, embora isso lhe custe o educar e ver menos
seus filhos. O tempo livre de descanso e lazer favorecido pela flexibilidade social dos
educação dos filhos. Tanto os aspectos biológicos de gerar alguém e também a vida
necessária para outras pessoas, sendo respeitada por sua condição feminina, oferecendo
cuidados à família, além do aspecto afetivo, também foi citado por M21, como
desvantajoso.
diminuem a competição justa com os homens. A mesma legislação que a protege diante
A vantagem afetiva, ser respeitada e amada, também tem a outra face que é a
78
perpassa todos os discursos. Nos dados não tivemos acesso ao ponto de vista dos pais e,
como afirmam Silva, Guarido e Graciano (1976), La Rosa (1979), Afonso e Leal (2007)
uma mulher. Além disso, no relato das mães há uma certa contradição sobre os papéis
Muitas mães (M3, M6, M8, M9, M10, M12, M13, M15, M17, M19, M20,
meninos ou meninas, todas as crianças devem ser respeitadas pelos pais e requerem
Por outro lado, outras mães (M1, M5, M21, M25, M4, M12, M16, M7,
educação. O quadro 9 mostra as duas categorias de respostas, quando se trata das mães
Quadro 9 - Categorias das respostas das mães sobre a percepção de diferenças na educação de filhos
meninos e meninas.
“firmeza” aos meninos, reforçadas por uma educação familiar que deveria ser rígida e
firme aos meninos e por uma educação disciplinadora e vigiada às meninas, quando
socialmente “má fama” e “ficar grávida”, como se fosse próprio das meninas o estímulo
a relações sexuais imorais, na sua vida privada. Mais uma vez a vida pública masculina
versos a vida privada feminina aparece nos relatos (VAITSMAN, 1994; CAIXETA;
BARBATO, 2004).
pode ser visto na preocupação da mãe M16 em educar seu filho menino justamente em
ajudá-lo a ser amoroso, uma característica considerada feminina, sem que isso o
interessante lembrada pela mãe M7 ao educar meninas é a identificação com o sexo, por
ser ela também uma mulher, como comentou Belotti (1975) na construção do gênero.
influenciam o modo de perceber dessas mães sobre como educam seus filhos, quando se
Nunes e Silva (2000), Maia (2005), Zenhas (2007) têm denunciado como a educação
familiar, aqui representada nas vozes das mães, influencia o modo de educar seus filhos
Para muitas mães (M1, M3, M4, M8, M9, M10, M11, M13, M14, M16,
M17, M20, M21, M22 e M24), não há atividades que sejam proibidas para meninos e
meninas. Dentre estas, algumas valorizam as regras e valores sociais que devem ser
meninos. Exemplos: “Acredito que tanto meninos ou meninas podem brincar e fazer o
que gostam, sempre respeitando algumas regras” (M1) e “acho que as crianças podem
orientação dos pais sobre as atividades que meninos e meninas realizam exemplo:
No entanto, para as mães M2, M5, M6, M7, M15, M18, M19, M23, M25,
meninas. Nestas atividades, haveria aquelas que seriam próprias para meninos ou
exemplo, ter mais força para exercer alguma atividade de grande esforço, tipo “esporte
violento”. Nestes casos, essas atividades seriam restritas aos meninos, porque as
sexistas, mas sem justificativas, como por exemplo: “menino deve brincar só com
(M15). Ou quando a mãe ameniza o sentido da proibição, esta é substituída pela regra
atividades e sobre a necessidade de direitos iguais aos meninos e meninas. Além disso,
atividades que envolvem as orientações dos adultos e o fato das atividades poderem ser
“perigosas”.
pode”, lembrando a repressão sexual, discutida por Chauí (1985) e também em Maia e
Maia (2005).
meninas. Veremos mais adiante que, a despeito das atividades proibidas a meninos e
meninas, na concepção destas mães, seus relatos revelam que as crianças pouco se
Não podemos proibi-lo e sim ensiná-lo o Menino deve brincar só com brinquedos
que é certo-M2 de meninos e meninas devem brincar só
Esportes que exigem muita força, porque com brinquedos de meninas – M15
meninas são delicadas-M5 Não brincar de enforcar o outro-M25
Meninos brincam de carrinhos, joga bola, a menina pode brincar de boneca e
etc. Meninas brincam de bonecas, gostam casinha, amarelinha porque ela é mulher
Compreensão de que há de filmes de princesas – M6 – M25
atividades que sejam A sociedade proíbe brincadeiras com
proibidas para meninos e boneca pra meninos e brincadeiras de
meninas jogar bola para meninas (futebol). A
maioria dos pais teve uma infância onde
tudo era separado, brinquedos para
meninas e meninos – M7
Jogar bola por exemplo, é muito violento,
para meninos, a menina é mais delicada-
M18
Há atividades como uma posição de peso
um pouco mais elevado- M19
eu não gostaria que minhas filhas
jogassem futebol ou fizessem musculação
– M23
Quadro 10 - Categorias das respostas das mães sobre a compreensão de atividades proibidas para
meninos e/ou meninas.
85
3.3 Compreensão das mães sobre haver ou não brinquedos próprios para meninos
e meninas
Para algumas mães (M2, M3, M7, M8, M9, M10, M13, M17, M18, M23)
possam brincar com tudo, é preciso, segundo as mães, haver orientação observando as
atitudes das crianças ou a adequação do brinquedo com a idade das crianças. Há uma
compreensão de que as crianças devem ser vistas como crianças e isso as tornaria mais
A relação direta de que não há brinquedos específicos para meninas e meninos, aparece
no relato de três mães (M3, M7 e M18) que esclarecem que o “brincar de tudo” não
mudaria a identidade feminina ou masculina de seus filhos. Exemplo: “se ela for
brincar de bola, carrinho, não deixará de ser mais menina do que é” (M7).
Para outras mães (M1, M4, M5, M6, M11, M12, M14, M15, M16, M19,
M20, M21, M22, M24, M25) há a compreensão que alguns brinquedos seriam
“carrinhos” aos meninos. Ainda neste agrupamento, há outras mães que também
M12, por exemplo, “tem que haver essa diferença para estimular o sexo da criança” e
para M16, brincar de bonecas faria nas meninas despertar seu “lado de se tornar mãe”.
Três outras mães, mas comedidas, percebem a diferença nos brinquedos, mas a
relaciona aos padrões sociais que impõe essa discriminação. Ex: “tem, porque a
meninas. Também ressaltam o espaço ampliado que implica em maior movimento nas
o relato da M21: “meninos gostam de brincadeiras e brinquedos que não fiquem tanto
(GOMES, 2003). As proibições refletem uma “boa intenção” das mães em socializar
seu filho homem de modo que ele corresponda o padrão heterossexual e macho que a
3.4 Relato das mães sobre as brincadeiras e brinquedos preferidos de seus filhos
conjuntos temáticos:
ou quebra-cabeça;
game;
4 Na verdade, as bonecas poderiam incluir todos os tipos possíveis porque não tivemos acesso a que
tipo específico de bonecas/os as mães se referiam.
5 A mesma observação da nota acima, se aplica aos carrinhos.
89
das mesmas brincadeiras e brinquedos, com exceção de “carrinho” citado apenas por
mães de meninos (M1, M2, M3 e M17). Os jogos de regras aparecem mais para os
Brincadeiras de papéis, freqüentes nesta idade, são citadas por várias mães de meninas
(M7, M8, M18, M23) e uma mãe de menino (M2), que conta que seu filho gosta de
brincar de casinha, imitando relações “mamãe-filhinho”, quando brinca com a sua irmã.
que imitam bebês e/ou miniatura de adultos. Há, entre as meninas, muitas citações de
Mas há, também, muitas citações de brincar de bonecos, entre os meninos, ainda que
que essas brincadeiras que exigem movimento e amplo espaço são apreciadas por
ambos os sexos, como por exemplo, “andar de bicicleta”, ainda que o “jogar futebol” e
ambos os sexos. Beraldo (1993) também observou diferenças nas brincadeiras com
relação a estereotipia masculina e feminina. Nos dois estudos, a diferença foi percebida
participantes deste estudo tinham idade entre 4 e 6 anos, como no estudo de Finco
(2004), que constatou não perceber brincadeiras discriminadas por gênero entre as
3.5 Compreensão das mães sobre a contribuição que elas têm para que seus filhos
filhos de modo que eles se tornem, na vida adulta, homens e mulheres, como afirma
91
também Finco (2004). Algumas mães (M1, M4, M8, M9, M10, M13, M15, M17, M19,
M20, M21 e M23) relacionaram esta contribuição pensando em valores gerais para o ser
humano adulto, sem especificamente relacionar esses valores à questão de gênero como,
condutas adequadas.
diálogo sobre papéis masculinos e femininos (M2, M3, M16, M22, M24), seja de modo
reprodutivista (M5, M6, M7, M11, M12, M14, M18 e M25). Neste último caso, as mães
sentar-se. Exemplos: “como se comportar, vestir, falar e agir como uma mulher” (M5)
ou “se vestir como menina, como sentar corretamente, falar corretamente” (M6). A
mãe M18 reúne o conjunto do ensino sobre o feminino “passar para ela o que é ser
esse aprendizado seria orientado pela “convivência com o pai no papel de homem,
pela mãe M25 quando ensina seu filho que um homem não deve ficar brincando de
“agarrar”, nem “beijar” outros homens porque isso “se torna muito feio”.
93
Contribuindo, ensinando como se comportar, [ensino a ser homem] com palavras, exemplos, com
vestir, falar e agir como uma mulher, mais o atitudes M12
restante o mundo também ensina com o passar Orientando em questões próprias do masculino na
do tempo M5 convivência com o pai no papel de homem, marido,
Como tomar banho, se vestir como menina, companheiro M14
Educando, de como sentar corretamente, falar corretamente Eu ensino ser homem não ficar brincando de
modo M6 agarrar e nem beijar o homem se torna muito feio
reprodutivista, Com certeza por tudo que eu puder fazer para M25
sobre padrões de minha filha se tornar uma mulher será
gênero6 maravilhoso M7
Ensino e contribuo para que ela se torne uma
mulher com as tais qualidades de uma mulher.
Sabendo o seu papel mulher feminina e de
responsabilidade M11
Tentando passar para ela o que é ser mãe, dona
de casa e mulher M18
Quadro 13 - Categorias das respostas das mães sobre como percebem a contribuição que têm na
educação dos filhos meninos e/ou meninas.
6 Incluímos como relatos das mães o tema educar sobre gênero de modo reprodutivista quando o
tema referia-se a um modo considerado “correto”, fazendo referência a uma normatividade social
relacionada ao feminino e ou ao masculino.
94
meninas, e justificaram suas escolhas. A escolha dos brinquedos foi realizada a partir
brinquedos.
Ao escolher brinquedos para meninos, algumas mães (M6, M1, M9, M12,
M14, M16, M19, M20, M21, M22, M23, M25), basearam suas escolhas no fato de as
brinquedos. Os brinquedos escolhidos por estas mães foram: Bola, Carrinho, Boneco
Superman, Forte apache, Lap top, Máscara homem-aranha, Bicicleta azul. Em alguns
Outras mães (M2, M3, M4, M5, M7, M8, M10, M11, M15, M17, M21,
M24) basearam suas escolhas no fato do brinquedo ser educativo e saudável, isto é,
envolvendo atividade física com prazer. Os brinquedos escolhidos por estas mães
foram: Carrinho, Boneco transformers, Forte Apache, Lap top, Bateria, Bicicleta azul e
Pula-pula azul. As justificativas para a escolha destes brinquedos não pareceram ser
para meninas, carrinho para meninos, por exemplo. Por fim, as mães M13 e M18
uma futura profissão, como diz a M18 “passa bastante a vocação”. Ver quadro 15.
Ao escolher brinquedos para meninas, as mães M1, M2, M6, M11, M19,
M15, M14, M13, M22 e M23 basearam suas escolhas no fato de as crianças, pela idade
escolhidos por estas mães foram: boneca Barbie, panelas e fogão, cozinha, patins,
carrinho de bebê, bicicleta rosa, boneca bebê, castelo da Barbie, Pula-pula da Barbie,
pônei e Toca Cd. Há tanto brinquedos considerados típicos femininos que restringem a
menina ao espaço limitado das tarefas domésticas como cuidar da casa, cozinha, filhos.
Mas também há brincadeiras que exigem espaço e movimento, como andar de patins,
Característica do
Brinquedo como -um carrinho de bombeiro, quem sabe uma futura profissão – M13
um estímulo ao Caminhão de -porque o menino já nasce falando de profissão, o carro de bombeiro, por exemplo
interesse por Bombeiros já passa bastante sua vocação – M18
Quadro 15 – Motivos de escolhas das mães sobre um presente para crianças meninos, de idade igual ao
filho(a).
As outras mães (M4, M17, M9, M24, M16, M3, M7 E M5) basearam suas
às crianças. Os brinquedos escolhidos por estas mães foram: Castelo, Lap top, Teatro,
Casa e Bicicleta. Dentre as justificativas para estes brinquedos o gênero não pareceu
Cozinha porque é lindo e as meninas adoram brincar com panelinhas (eu adorava!) – M1
Carrinho de - carrinho de boneca, para levar para passear, brincar, sonhar – M13
Bebê
Bicicleta - nesta idade as crianças gostam de correr e andar de bicicleta pelo menos as minhas
Identificação do Rosa são assim. M23
Brinquedo com a -porque está na fase de imitar a mãe, ela se acha capaz de cuidar da filhinha como se
Idade e Gênero da fosse um bebê de verdade – M2
Criança e Boneca - uma boneca deixa a menina vaidosa pois ela vai querer brincar, conversar e
preocupação em Bebê “expressar” todo o seu jeitinho para brincar com a boneca trocando de
agradar a criança roupinhas,dando comidinha e brincando de casinha – M11
- daria a boneca, seria um presente pela qual eu saberia que ela ia gostar – M22
Castelo - porque todas as meninas adoram e sonham em ser uma princesa e ter seus castelos
da – M21
Barbie - porque elas adoram bonecas e coisas da Barbie – M20
- eu daria um castelo da Barbie para a menina porque ela é mulher – M25
Pula-Pula - eu daria o da Barbie para a menina somente por uma convenção social, mas o
da Barbie brinquedo tem a mesma função – M10
- por ela ser muito caseira e gosta de brincar de casinha, imitando as vezes a mãe,
Casa limpando e cuidando da casa – M18
Pônei - porque ela poderia brincar penteando os cabelos do pônei – M12
brinquedo que ela escolheria porque ela mesma gostava deve: “as meninas adoram
brincar com panelinhas (eu adorava!). Gilligan (1982) acredita que a identificação da
mãe com a filha menina contribui para a educação diferente de filhos e filhas. Outras
mães (M8 e M23) identificam suas filhas na escolha do brinquedo para outras crianças:
“minha filha adora dançar e cantar” (M8) e “as crianças gostam de correr e andar de
As mães são responsáveis pela socialização dos filhos (as) (GOMES, 1994;
COLE; COLE, 2003). O relato das mães demonstra que elas reproduzem em maior e
menor intensidade, a educação sexista embora seus filhos e filhas não tenham ainda os
padrões rígidos de modelos, feminino e masculino, uma vez que, segundo elas,
meninas.
100
CONSIDERAÇÕES FINAIS
101
mulher restrita ao lar e à maternidade (mundo privado) versus o homem livre e voltado
sido lembrado. No caso do feminino, dois modelos apareceram no discurso das mães: o
representado nas mudanças sociais vigentes (o que, é claro, também poderá se tornar
estereótipo). Uma hipótese para este dado é que as colaboradoras deste estudo eram
mães, e como tal, eram mulheres e femininas e isso, possivelmente, influenciou o modo
como elas trataram o feminino. Essas mães relataram sobre o papel da mulher a partir
do espelho de uma figura feminina que vive as mudanças culturais sobre os papéis
sexuais, mudanças estas que, possivelmente, não foram percebidas nas concepções
sobre o masculino.
As mães retrataram o gênero social e parecem educar seus filhos com esta
concepção. Não compreendem, no entanto, que tanto elas, quanto seus filhos e filhas
estão expostos aos padrões estereotipados sobre o masculino e o feminino, isto é, que a
determinação do “ser homem” ou “ser mulher” depende da construção social que elas
profissões e também modos de sentir e agir, passam por questões culturais explicitadas
Tendo por base o padrão sexista, as mães, em geral, direcionam a educação dos filhos
em função dos padrões de gênero. No entanto, essa diferenciação não aparece quando
encontrados. Pesquisas futuras poderiam, por exemplo, ouvir pais e outros membros da
se o discurso das mães mudaria sendo elas mães de meninos ou de meninas. Há,
fase de formação de sua personalidade. Pensar nisto é uma das formas de evitar a
almejando que as pessoas possam ser as mulheres e os homens que desejarem e não o
REFERÊNCIAS
104
CHAUÍ, M. Repressão sexual: essa nossa (des) conhecida. São Paulo: Brasiliense,
1985.
FINCO, D. Faca sem ponta, galinha sem pé, homem com homem mulher com
mulher: relações de gênero nas brincadeiras numa pré escola. Campinas: Unicamp,
2004.
GILLIGAN, C. Uma voz diferente. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos, 1982.
GRANATO, A. Garoto, deixa a boneca. Filha, futebol não! Revista Veja, São Paulo, v.
36, n. 23, p. 56-57, maio 2003.
LA ROSA, J. Estereótipos do papel sexual. Psico, Rio Grande do Sul, n. 15, p. 55-71,
1979.
______. Identidade e Papéis Sexuais: uma discussão sobre gênero na escola. In:
______; MAIA, A. F. (ORG). Sexualidade e Infância. Cadernos CECEMCA n. 1.
Bauru, Faculdade de Ciências: Cecemca; Brasília: MEC/SEF, 2005. (p. 66-82).
WALL, F. Eu, primata. Porque somos como somos. Tradução de Laura Teixeira
Motta. São Paulo: Cia das Letras, 2007.
110
APÊNDICES
112
Criança:
Data da aplicação:
1. Quais características você acha que são próprias de “ser mulher” (femininas)?
2. Quais características você acha que são próprias de “ser homem” (masculinas)?
Explique.
6. Na sua opinião, há atividades que são proibidas para meninos ou meninas? Quais? Por quê?
9. Você acha que ensina ou contribui para seu filho (a) se tornar um homem (mulher)? Como?
10. Se você fosse dar um presente para um menino da idade do seu filho (a) qual você daria?
Por quê?
11. Se você fosse dar um presente para uma menina da idade do seu filho (a) qual você daria?
Por quê?
ȱ
113
Assinatura: ________________________________________
1. Quais características você acha que são próprias de “ser mulher” (femininas)?
Físicas: cabelo um pouco comprido, laços e fitas, roupas claras; comportamento: sensível, delicada, tom baixo da voz – M1
A delicadeza, as formas, o jeito amoroso de tratar os assuntos do dia-a-dia, a mulher é mais sensata posso dizer que pensa mais com o
coração – M2
Cuidado com a família e a casa (zelo), vaidade, cuidado com a educação dos filhos e de suas conduta morais;“coração mole” mais
compreensiva – M3
É mais delicada em tudo que faz, as roupas, as vezes a cores que usam – M4
Vaidosa, se preocupa com a aparência, maqueia, sensíveis. Caracterísiticas físicas, tem seios, cabelos compridos, unhas compridas.
Pode gerar um filho, tem facilidade em serviços domésticos – M5
Meiga, inteligente, ser mãe, ter seio, menstruar, ser bonita, trabalho – M6
Respeito, afinidade, calma, “carinho de mãe”, não é tanto racional, usa saia, o olhar para o semelhante – M7
Cuidadosa, organizada, amável, prática – M8
Ser “vaidoza”; Encarar desafios e lutar; Não se deixar abater por qualquer motivo; Saber ouvir e tentar compreender as coisas; Fofocar e ser
curiosa- M9
Carinhosa, doce, corajosa, acolhedora, forte, inteligente, astuta, trabalhadora, justa, ética – M10
Meiga, responsável, vaidosa, inteligente, mãe, ter caráter – M11
Amor pelo filho, a preocupação com o mesmo – M12
Carinhosa, atenciosa, educadora, corajosa – M13
Brincar de boneca, maquiagem, arrumar os cabelos, usar vestido – M14
Pelo jeito, pelo instinto, a mulher que se vestir como mulher, através do comportamento de mulher, pelo jeito delicado, sensível – M15
Corajosa, amorosa, responsável – M16
A de ser mãe, cuidar da casa, olhar os filhos, se cuidar, ou seja, ir a manicure, cabeleireiro, usar acessórios, ajudar nas despesas da casa caso
seja necessário – M17
Ser diferente no comportamento, nos fazeres domésticos – M18
Feminilidade, íntegras, educadas, cuidadosas, gentil, elegante, sensível, etc – M19
São mais femininas e delicadas – M20
Amiga, companheira, amorosa, confiante – M21
Carinhosa, sensível, companheira, amiga, determinada – M22
Delicada, vaidosa, batalhadora, carinhosa, feminina – M23
Sinceridade, instinto, capacidade de ser dez pessoas em apenas um só corpo e alma – M24
Eu acho que ser mulher pode fazer o serviço de casa porque ela é mais limpinha e pode ter as características pode ser muito trabalhadeira –
M25
2. Quais características você acha que são próprias de “ser homem” (masculinas)?
Físicas: cabelo curto, roupas largas; Comportamento: falar alto – M1
São ásperos, sérios, fazem as coisas por impulso as vezes, não pensam antes de fazer algumas coisas, acham que sempre estão certos e que
devem ser respeitadas as suas opiniões – M2
Manutenção das despesas maiores do lar, machismo, autoridade – M3
O modo de agir, o jeito de falar – M4
Tem barba, são mais preocupados financeiramente. Não tem muita paciência – M5
Inteligente, autoritário, chefe de família, ter barba, elegante, trabalhador – M6
Batalhador, mais racional, não chora (eu acho errado mais muitos são do tipo que homem não chora). Usar cueca. Ganhar dinheiro para
sustentar a casa. “Ele pode namorar muitas garotas” (já a mulher não) – M7
Não conseguem fazer mais de uma atividade ao mesmo tempo. Não são muitos emotivos – M8
Achar que “podem tudo” e “sabem tudo”; chamar a responsabilidade para si; mostrar ser valentão, embora seja só aparência, pois por dentro
são tão inseguros como as mulheres – M9
Homem: gentil, prestativo, corajoso, forte, decidido, trabalhador, ético, acolhedor – M10
Responsáveis, inteligente, organizado, ter caráter, respeitador – M11
Sustentar a casa e ajudar na educação dos filhos- M12
Atencioso, corajoso, bondoso, gentil – M13
Brincar com carrinhos, jogar futebol, brincar com ferramentas – M14
Pela aparência, atitudes, pelo jeito de agir, de se vestir, pelo comportamento o homem tem que colocar calça, bermudas e não se prostituir,
não usar brincos – M15
Responsável, enérgico, racional – M16
Ser pai, cuidar das necessidades financeiras do lar, dar atenção aos filhos, ou seja tanto o sexo masculino quanto o feminino tem as mesmas
características – M17
Nas brincadeiras, na responsabilidade, no vestimento – M18
Impõe, educados, íntegros,gentil, etc – M19
São mais autoritários e mandões – M20
Confiante, companheiro, responsável – M21
Durão, egoísta, quer ser sempre o dono da verdade, parece que já nasce grosso – M22
Trabalhador, ser másculo, vaidoso, carinhoso – M23
Práticos, independentes – M24
Eu acho que homem tem que trabalhar para manter e tem que ter as características ou pode ser muito próprio de ser homem – M25
Eu vejo hoje que as vantagens hoje em dia são as mesmas,principalmente no mercado de trabalho, na educação, mas a mulher tem sua
vantagem no homem que é a possibilidade de ser mãe gerar alguém – M5
O homem tem maior tempo. Ex: estudar, jogar bola, etc. A mulher tem mais tempo para cuidar do filho quando nasce – M6
De ser homem não tenho muita clareza mais acho que ele não tem que pensar no que fazer quando chega em casa. Logo a mulher quando
chega ainda faz hora extra em casa – M7
Perante a sociedade os homens não precisam realizar muitas tarefas. A vantagem de ser mulher é poder ser mãe – M8
Hoje, acredito que ambos possuem as mesmas vantagens. A mulher já avançou muito e já ocupa um lugar privilegiado na sociedade – M9
A maior vantagem de ser mulher é poder ter filhos e criá-los, e ser forte para encarar a vida e carinhosa para educar as crianças. É saber que
você comanda a sua casa e todos precisam de você! Acho isso ótimo. A maior vantagem de ser homem é não precisar lavar roupa – M10
Os homens tem as maiores vantagens pois são colocados a ser aptos em todos os afazeres, com isso eles se tornam os verdadeiros machões.
Ainda nos dias de hoje são poucas as vantagens de uma mulher – M11
O homem por ter mais chances de arrumar um emprego melhor. E a mulher por poder ter filhos – M12
Ser homem ter uma família unida ser pai. Ser mulher, ser mãe, educando seu filho para ser feliz – M13
Eu acho que tudo pode ser conquistado de ambas as partes – M14
O homem trabalha pra cumprir as obrigações e a mulher tem as suas vantagens porque elas tem mais tempo para os filhos – M15
Na minha opinião as vantagens de ser homem ainda é na questão profissional que ainda existe preconceito com relação a capacidade da
mulher desenvolver a função igual ou melhor que o homem – M16
Não vejo vantagens em nem um aspecto, pois mulheres e homens tem as mesmas chances – M17
Vantagem da responsabilidade – M18
Existem diversas; no trabalho, na sociedade, etc – M19
Mulher – São mais respeitadas; Homem – São mais ouvidos – M20
Homem, passa responsabilidades, segurança, mulher, amor, carinho – M21
Homem: a vida social e financeira. Mulher: a única vantagem é que a lei a protege e a cerca de algumas situações – M22
Hoje não tem vantagens, ambos estão disputando o mesmo espaço e desempenhando o mesmo papel – M23
Na sociedade o homem ainda tem o melhor salário e vantagens em determinados empregos. E só trabalha fora. Mulher – não consigo pensar
em nada no momento, acho que seria dessa capacidade de ela se ajustar a qualquer mudança – M24
Eu gosto de ser mulher eu gosto de fazer doce. Eu acho que ser homem é difícil porque tem que trabalhar pegar serviço pesado – M25
5. Você considera que existem facilidades ou dificuldades para educar meninos/meninas? Explique.
Não, acredito que são formas diferentes mas que precisam de dedicação e respeito dos pais – M1
Não só depende da ação dos pais – M2
Acho que não tem diferença. Hoje em dia o pensamento machista de que o menino deve ser controlador e que não deve ser sentimental não
deve existir mais. O respeito mútuo deve ser explorado sempre – M3
A mesma coisa hoje em dia. Mulher tem que tomar mais cuidado por engravidar cedo, etc. Homem é com bebida, drogas, etc – M4
Sim têm, na maioria das vezes depende do que você vai explicar para a menina você tem que ser mais delicada, já com menino as vezes não
precisa tanto – M5
A educação seria a mesma para ambos os sexos – M6
Eu acho mais fácil educar meninas pois pensamos como elas logo se for menino temos que voltar – M7
Acredito que as dificuldades para educar são as mesmas, independente do sexo, e uma delas é frear o consumismo – M8
117
Não. Ambos os sexos requerem cuidados especiais, atenção e acima de tudo, muito amor – M9
Existe facilidade e dificuldades. Ensiná-los a serem pessoas felizes e bem resolvidas, a respeitar a individualidade e o espaço das pessoas, a
se respeitar, explicar sobre sexo, drogas, todas essas questões deixam os pais ansiosos e inseguros. O meio externo, influências, a escola pode
ser uma aliada nessa educação e isso facilita um pouco – M10
Existe a dificuldade pois hoje as crianças estão muito espertas, atentos em tudo o que vêem e fazem. Alguns pais não sabem ou não
conseguem lidar com os comportamentos – M11
Ambos tem suas preocupações, o crescimento do menino por não se envolver em roubo, drogas, etc. E a menina por não se meter com mas
companias e engravidar, etc – M12
Filho ou filha as dificuldades e as facilidades vão sempre existir. Pai, mãe ou responsável tem que ser firme, forte, e leal, sincero. O amor
fala mais alto – M13
Não as dificuldades são iguais – M14
Não. Porque devemos orientar da mesma maneira tanto os meninos como as meninas – M15
Sim. Dificuldades e facilidades. Dificuldades para você tornar o seu filho um homem de caráter sendo mas também com sentimentos de amor
para com as pessoas, educação sem o que os torne afeminados – M16
Considero que não exista nem dificuldade nem facilidade, pois para educar tem que haver respeito, carinho, atenção com tudo que diz
respeito as crianças sejam meninas ou meninos – M17
Quando se tem uma base sólida da família não é complicado, porque se tem que ter uma boa comunicação – M18
Não; os dois são mesmas coisas, porque os dois nos dias de hoje estão no mesmo nível de preocupação – M19
Não, pois todos meninos ou meninas, você tem que educar com bastante amor e carinho – M20
Sim, porque o menino você tem as vezes que ser mais firme, já as meninas compreensivas desde cedo – M21
Meninos tem mais dificuldade, por serem mais rebeldes e pela criminalidade que a em nossa cidade – M22
Não sei pois só tenho filhas – M23
As duas, eu acho que nossa sociedade hoje tem facilidades, mas nossa vida corrida, violência e a falta de ética em todos os setores da nossa
sociedade dificulta nessa educação – M24
Eu acho que educar uma criança meninos tem que ter educação que os pais tem que dar eu acho que educar menina que educar uma criança
tem que ter uma educação tem que ter uma ir a escola para ser educar – M25
6. Na sua opinião, há atividades que são proibidas para meninos ou meninas? Quais? Por quê?
Não, acredito que tanto meninos ou meninas podem brincar e fazer o que gostam, sempre respeitando algumas regras – M1
Não, no caso dele porque brincar com a irmã e no caso não podemos proibí-lo e sim ensiná-lo o que é certo – M2
Proibidas acredito que não. Só não acho muito interessante ficar incentivando o lado feminino ou masculino da criança do sexo oposto. Ex:
meu filho já quis passar esmalte e batom, eu passei e expliquei o porque não era comum e ele entendeu; não proibi mas também não
incentivei – M3
Hoje em dia acho que não – M4
Sim esportes que exigem muita força, porque meninas são delicadas – M5
Sim: ex: meninos brincam de carrinhos, joga bola, etc. Meninas brincam de bonecas, gostam de filmes de princesas – M6
Eu não proíbo nada mais a sociedade proíbe brincadeiras com boneca pra meninos e brincadeiras de jogar bola para meninas (futebol). A
maioria dos pais teve uma infância onde tudo era separado, brinquedos para meninas e meninos – M7
Não, acho que as crianças podem brincar do que quiserem, só precisamos ficar atentos para ensinar os princípios e valores para conviver na
sociedade- M8
Na minha opinião todos têm os mesmos direitos – M9
Não. Eles podem brincar com qualquer coisa desde que não seja perigoso, tipo nadar em rios, pular de lugares altos, mas carrinho, boneca,
panela, esconde-esconde, pega-pega, tudo é válido! – M10
Não. Acho que qualquer atividade pode ser feita tanto menina, ou menino desde que se exista regras e limites – M11
Não – M12
Não. Desde que o menino ou menina gosta, os pais orientando ambos – M13
Não eu acho que tudo depende da maneira que é passado – M14
Sim. Menino deve brincar só com brinquedos de meninos e meninas devem brincar só com brinquedos de meninas – M15
Não, na minha opinião todas as atividades podem ser direcionadas para ambos os sexos – M16
Não, pois crianças não tem malicia ou maldade naquilo que fazem – M17
Jogar bola por exemplo, é muito violento, para meninos, a menina é mais delicada – M18
Sim. Embora não com clareza, mas há atividades como uma posição de peso um pouco mais elevado – M19
Não, desde que a criança goste, não vejo porque proibir – M20
Não, deixo meu filho brincar do que ele “quizer”, já que ele tem irmãs e ele tem que conviver com elas – M21
Não. Porque todos são capazes de realizar atividades da mesma forma – M22
Que são proibidas não, mas eu não gostaria que minhas filhas jogassem futebol ou fizessem musculação – M23
Não. Hoje em dia as atividades estão muito restritas, porque onde moro como a maioria de outros pais, a criança perdeu espaço para brincar e
interagir com outras crianças – M24
Eu acho que atividades são proibidas não brincar de enforcar o outro atividade (poderia ser brincar de balanço ou carrinho eu acho que a
menina pode brincar de boneca e casinha, amarelinha porque ela é mulher) – M25
9. Você acha que ensina ou contribui para seu filho (a) se tornar um homem (mulher)? Como?
Eu ensino bons valores, independente de sexo. Ele deve entender que devemos respeitar as pessoas como elas são – M1
Sim, procuro mostrar a ele o que é certo e errado e mostro que algumas atitudes que certos homens fazem não está certo. Que deve sempre
haver diálogo – M2
Sim. Converso muito com ele sobre respeito com as “meninas”, ele é bastante observador e já percebeu que há mulheres que ficam em casa
enquanto os maridos trabalham e ele já questionou sobre isso – M3
Sim. Ensinando ela me ajudar nas tarefas. A fazer as coisas sozinha, a respeitar os mais velhos, a ajudar os outros – M4
Contribuindo,ensinando como se comportar, vestir, falar e agir como uma mulher, mais o restante o mundo também ensina com o passar do
tempo – M5
Sim: como tomar banho, se vestir como menina, como sentar corretamente, falar corretamente – M6
Com certeza por tudo que eu puder fazer para minha filha se tornar uma mulher será maravilhoso. Como: colocar os dois lados o certo e o
errado não ficar passando a “mão” na cabeça em tudo, mostrando que podemos errar que temos que ouvir um não (e que não dói) – M7
Acho que contribuo tentando transmitir bons princípios,embora ninguém seja perfeito, mas procuro ensinar o que é certo e errado – M8
Sim. Procuro ensinar a minha filha a ser uma lutadora, a nunca desistir, a sempre conversar com as pessoas (diálogo), a ser uma pessoa de
bem, dentro dos princípios cristãos – M9
Claro! Ensinando princípios, a ser verdadeiro, se lançando pra vida com segurança, apostando que ele sabe fazer, incentivando cada
conquista dela – M10
Ensino e contribuo para que ela se torne uma mulher com as tais qualidades de uma mulher. Sabendo o seu papel mulher feminina e de
responsabilidade – M11
Sim, com palavras, exemplos, com atitudes – M12
Ensino e contribuo para meu filho, para se tornar um homem responsável, leal que tenha caráter. Procurando ensinar a ele, o que é certo,
errado, o que é bom ou ruim – M13
Sim orientando em questões próprias do masculino na convivência com o pai no papel de homem, marido, companheiro – M14
Sim, criando responsabilidade entre ambas as partes – M15
Sim, contribuo ensinando coisas do comportamento masculino sem que o torne no futuro um homem grosseiro e machista – M16
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10. Se você fosse dar um presente para um menino da idade do seu filho (a) qual você daria? Por quê? N°
(3 - ) porque os meninos gostam muito de carrinhos – M1
(3 - ) porque esta é fase de eles aprenderem a dividir e a brincar ou se relacionar com outras crianças – M2
(21 - ) gosto de incentivar o aprendizado da criança – M3
(14 - ) eu gosto de coisas que usam a imaginação e não coisas como armas e incentivam a coisas ruins – M4
(26 - ) porque na minha opinião é muito saudável e ao mesmo tempo prazeroso – M5
(12 - ) porque a maioria dos meninos que converso querem ser um herói – M6
(14 - ) por usar a imaginação do menino ele não vai só brincar de uma maneira vai soltar a imaginação podendo cada dia brincar de uma
maneira diferente – M7
(39 - ) porque gosto de música, acho que um instrumento musical dá disciplina e a criança se envolve com arte – M8
(21 - ) em primeiro lugar, toda vez que vou comprar um presente para alguma criança é ela que escolhe. E com certeza ela escolheria o lap
top – M9
(35 - ) Eu daria uma bola pula-pula, porque é muito legal, sentar e sair pulando, gasta energia, aprende se equilibrar, torna as pernas fortes, e
a sensação deve ser maravilhosa – M10
(3 - ) pois seria um brinquedo apto a idade do menino, não correndo perigo nenhum com o brinquedo como ter peças pequenas que poderiam
ser engolidas – M11
(26 - ) porque ele adora andar com sua bicicleta – M12
(16 - ) um carrinho de bombeiro, que sabe uma futura profissão – M13
(12 - ) super homem, porque ele iria ficar feliz – M14
(21 - ) porque a criança vai criando uma criatividade maior no aprendizado, elas começam a aprender a escrever e a ler – M15
(23 - ) porque toda a criança sonha em poder ser um super herói, sonha com super poderes – M16
(5 - ) por ser um brinquedo que pode mudar de figura (articulado) e usar a sua imaginação para brincar – M17
(16 - ) porque o menino ja nasce falando de profissão, o carro de bombeiro por exemplo já passa bastante sua vocação – M18
(26 - ) porque qualquer menino gostaria de ganhar uma bicicleta – M19
(26 - ) porque todos os meninos adoram andar e ter uma bicicleta p/ brincar – M20
(14 - ) ele adora brincar com homenzinhos e criar situações com os brinquedos – M21
(1 - ) talvez por não conhecer o gosto do garoto, e a bola é sempre bem recebida pelos meninos. Já que pra alguns pais o sonho é levar o filho
ao futebol ou até mesmo virar um grande jogador como o Ronaldinho – M22
(26 - ) toda criança gosta de andar de bicicleta e se tiver pais que participam irá aproveitar bastante – M23
(21 - ) é um brinquedo interativo, onde traz jogos e atividades de aprendizagem – M24
(9 - ) eu daria um carinho porque ele é um homem – M25
11. Se você fosse dar um presente para uma menina da idade do seu filho (a) qual você daria? Por quê? N°
(6 - ) porque é lindo e as meninas adoram brincar com panelinhas (eu adorava!) – M1
(15 - ) porque está na fase de imitar a mãe, ela se acha capaz de cuidar da filhinha como se fosse um bebê de verdade – M2
(22 - ) é uma forma de estimular a criatividade lúdica da criança – M3
(18 - ) com 4 anos está na fase de usar a imaginação e bonecas, a criança conversa – M4
(26 - ) tenho a mesma opinião tanto para menino como para menina – M5
(2 - ) porque a maioria das amigas dela tem o mesmo gosto de serem um dia princesa – M6
(25 - ) pois para mim a socialização de uma criança é importante pois brinquedo pode soltar a imaginação e colocar tudo que pensa nas
brincadeiras – M7
(40 - ) porque minha filha adora dançar e cantar – M8
(21 - ) o mesmo, é um brinquedo educativo, e ela escolheria esse – M9
(24 - ) eu daria a bola da Barbie para a menina somente por uma convenção social, mas o brinquedo tem a mesma função – M10
(15- ) uma boneca deixa a menina vaidosa pois ela vai querer brincar, conversar e espressar todo o seu jeitinho para brincar com a boneca
trocando de roupinhas,dando comidinha e brincando de casinha, não querendo brincar com brinquedos de meninos – M11
(29- ) porque ela poderia brincar penteando os cabelos do pônei – M12
(11- ) carrinho de boneca, para levar para passear, brincar, sonhar – M13
(9 - ) Depende que ela gosta (Patis), porque ela iria ficar feliz – M14
(4 - ) porque é um brinquedo ideal pela idade dela – M15
(22 - ) despertar a criatividade o uso da imaginação o amor para pela arte teatral – M16
(18 - ) pelo mesmo motivo da questão (11a) usar a imaginação para brincar – M17
(25 - ) por ela ser muito caseira e gosta de brincar de casinha, imitando as vezes a mãe, limpando e cuidando da casa – M18
(2 - ) uma menina brinca muito de boneca nesta fase – M19
(18 - ) porque elas adoram bonecas e coisas da Barbie – M20
(18 - ) porque todas as meninas adoram e sonham em ser uma princesa e ter seus castelos – M21
(15 - ) daria a boneca, seria um presente pela qual eu saberia que ela ia gostar, e também ela aprenderia a viver com as diferenças e aprender
que o racismo e outros não são importantes, que na verdade somos todos iguais. Aproveitando que a boneca é negra – M22
(13 - ) nesta idade as crianças gostam de correr e andar de bicicleta pelo menos as minhas são assim. Querem ir em tudo quanto é lugar de
bicicleta - M23
(21 - ) é um brinquedo interativo, onde traz jogos e atividades de aprendizagem – M24
(18 - ) eu daria um castelo da Barbe para a menina porque ela é mulher – M25