Imunidade
Imunidade
Imunidade
Imunidade
1.1 Conceito
1.2 Classificação
Inata (inespecífica): o indivíduo já nasce com esse tipo de imunidade. Consiste num
conjunto de processos ou respostas inespecíficas que conferem proteção contra agentes
patogénicos impedindo a entrada dos agressores, ou destruindo-os se já se encontrarem no
interior do organismo. Estes processos são dados de forma inespecífica, e são
representados por barreiras físicas (pele, mucosas) químicas (mediadores inflamatórios) e
biológicas (macrofagos).
Adquirida (específica): ocorre após contacto com um agente invasor, por exemplo, vírus e
bactérias, e é específica contra esse agente. Actua de forma diferente e específica
consoante o agente patogénico e tem um efeito de memória, ou seja, o organismo
memoriza o agente patogénico numa primeira interação e em interações posteriores a
resposta imunitária é mais rápida e poderosa.
2. Imunização
2.1 Conceito
2.2 Tipos
3. Vacinas
A vacina é uma preparação biológica que fornece imunidade adquirida ativa para uma
doença particular. Estimula respostas imunológicas protetoras do hospedeiro para
combater o patógeno invasor.
3.1.1 Inativada
3.1.2 Atenuada
Algumas vacinas contêm micro-organismos vivos e atenuados. Muitos destes são vírus
ativos que foram cultivados sob condições que desativam suas propriedades virulentas, ou
que usam organismos estreitamente relacionados, mas menos perigosos, para produzir
uma ampla resposta imune. Embora a maioria das vacinas atenuadas sejam virais, algumas
são de natureza bacteriana. Exemplos incluem as doenças virais febre amarela, sarampo,
catapora, caxumba e rubéola e a doença bacteriana tifo.
Vacinas atenuadas têm vantagens e desvantagens. Elas normalmente provocam uma
resposta imunológica duradoura e são as preferíveis para vacinar adultos. Mas podem não
ser seguras para indivíduos com imunidade comprometida e raramente podem sofrer
mutação para a forma virulenta e causar a doença.
3.1.3 Toxoide
São vacinas feitas de compostos tóxicos inativos que causam doenças e não o
micro-organismo. Vacinas desses tipos incluem a de tétano e difteria. Conhecidas por sua
eficácia, nem todos os toxoides são de micro-organismos. O veneno da cascavel, por
exemplo, é utilizado em vacinas para cães contra picadas de cobras.
3.1.4 Subunidade
Consiste em uma subunidade proteica, que gera uma resposta do sistema imunológico.
Exemplos incluem a vacina contra hepatite B, composta de proteínas da superfície do vírus
previamente extraídas do soro sanguíneo de pacientes cronicamente infectados. Hoje
produz-se através de recombinação de DNA de agentes virais através de levedura, que é
então purificada.
3.1.5 Conjugada
3.1.6 Experimental
3.1.7 Valência
A valência de uma vacina multivalente pode ser denotada a partir do prefixo em grego ou
latim, como no caso das vacinas tetravalente ou quadrivalente. Em alguns casos, a vacina
monovalente pode ser preferível por sua rápida resposta no sistema imunológico.
3.1.8 Heterotípica
Também conhecida como vacina heteróloga ou "vacinas de jennerianas", são aquelas em
que os patógenos são oriundos de outros animais, que não causam a doença ou causam
apenas sintomas leves que podem ser tratados. Um exemplo clássico foi o uso da varíola
bovina por Jenner quando testou sua hipótese sobre a imunização das ordenhadeiras.
Um exemplo mais recente, é a vacina BCG, feita a partir da bactéria bovina Mycobacterium
bovis que protege o corpo humano contra a tuberculose.
3.2 Eficácia
Porém, isto somente não faz de uma vacina ideal. Para ser ideal, ela também deve:
● Não causar infecção;
● Induzir imunidade de longa duração;
● Ter baixo custo;
● Ser de fácil administração;
● Não ter efeitos secundários.
3.3 Segurança
A absoluta segurança de uma vacina nunca pode ser garantida. Por isso, existem alguns
problemas que podem afetar a segurança, que são:
3.4 Contra-indicações
As razões para não vacinar uma pessoa são escassas. As contra-indicações são incomuns
e a maior parte dos indivíduos com uma contra-indicação permanente estará sob os
cuidados de um médico. Porém existem ressalvas a aplicação de vacinas nas seguintes
situações:
● Reações iniciais: ocorrem dentro das primeiras 24 horas. Incluem eritema e edema
no local da injeção, febre, dor, síncope e, raramente, episódios hiperesponsivos ou
anafilaxia;
● Reações tardias: Ocorrem em algumas semanas depois da vacinação. Incluem
encefalite e encefalopatias e, algumas vezes, levam a dano cerebral significante.
Felizmente, efeitos adversos graves são raros atualmente.
Para que a vacinação de rotina exista e seja eficaz, é importante que as pessoas sejam
vacinadas nas idades recomendadas.
Este sistema de vacinação funciona em três estratégias:
Além de serem vacinadas nas idades recomendadas pelo calendário, também devem
receber as vacinas oferecidas nas campanhas de vacinação. Uma não exclui a outra.
Na unidade hospitalar:
● Garantir que todas as crianças e as mulheres em idade fértil sejam vacinadas;
● Escutar os utentes e responder as suas perguntas;
● Comunicar as famílias sobre a importância de completar o calendário de vacinação;
● Uma pessoa bem atendida e orientada pelos profissionais de saúde é um
mobilizador para as boas práticas em saúde na sua comunidade;
Na comunidade:
● Conhecer a sua comunidade;
● Estar em contacto com os Líderes da comunidade;
● Dar todas as vacinas às crianças com o calendário incompleto e 1 mês depois fazer
o reforço;
● Informar sobre possíveis efeitos adversos das vacinas e orientar para o que deve e
não fazer;
● Visitar as famílias para assegurar que cumprem com a vacinação de suas crianças;
● Participar das equipas Móveis e Avançadas.