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Gestão do manejo de gramíneas da espécie Panicum maximum

Chapter · September 2020

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4 authors:

Janaina Martuscello Otávio Goulart de Almeida


Federal University of São João del-Rei University of Tennessee
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Liana Jank Mateus Santos


Brazilian Agricultural Research Corporation (EMBRAPA) Brazilian Agricultural Research Corporation (EMBRAPA)
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GESTÃO DO MANEJO DE GRAMÍNEAS DA ESPÉCIE
Panicum maximum

Janaina Azevedo Martuscello1


Otávio Goulart de Almeida2
Liana Jank3
Mateus Figueiredo Santos3

1. Introdução

Em anos recentes, a pecuária brasileira vem se manten-


do constante em relação ao efetivo de cabeças de bovinos, com
o rebanho nacional passando de 211,7 milhões de bovinos em
2014 para 218,2 milhões em 2016 com seguidos declínios para
215 e 213,5 milhões de cabeças de bovinos nos anos de 2017 e
2018, respectivamente (IBGE, 2020). Este plantel encontra-se
distribuído em áreas de pastagens nativas e cultivadas que so-
madas representam aproximadamente 192 milhões de hectares,
sendo o segundo maior rebanho de bovinos (em termos de nú-
mero total de animais) e o maior rebanho comercial de bovinos
de corte do mundo (FERRAZ & FELÍCIO, 2010; FAO, 2018), fa-
zendo com que o Brasil seja reconhecido como um dos maiores
-
tância da utilização do pasto como sendo a principal fonte de
alimento, cerca de 96,49% do rebanho brasileiro de bovinos é
alimentado exclusivamente a pasto, e mesmo os 3,51% restan-
1
Professora Associada do Departamento de Zootecnia da Universi-
dade Federal de São João del-Rei; [email protected]
2
Doutorando do Programa de Pós Gradução em Ciência Animal e
Pastagens da Esalq/USP
3
Pesquisador da Embrapa Gado de Corte

65
JANAINA AZEVEDO MARTUSCELLO ET AL.

tes passam por algum período de sua vida produtiva por essas
-
ríodo de sua vida produtiva nas pastagens (ANUALPEC, 2018).
Em muitos locais, as pastagens têm passado por redução
avançada em sua capacidade de produção, resultado dos avan-
çados processos de degradação que limitam e/ou inviabilizam a
atividade pecuária. Tudo isso é derivado da falta de manejo que
engloba as falhas no ajuste da taxa de lotação, bem como à falta

produção de forragem. O manejo do pastejo quando realizado


de maneira assertiva, possibilita produção de forragem que, con-

das plantas. Considerando a grande importância das pastagens,


e que o manejo da desfolhação afeta a produção de forragem
e o desempenho animal, estudos focando manejo estratégico
são fundamentais para garantir a produtividade e a sustenta-
bilidade dos sistemas de produção baseados em pastagens.
O processo de colheita do alimento no pasto é realizado
pelo próprio animal em decorrência do pastejo, visando obter
suas necessidades de manutenção para externar seu potencial
produtivo (NABINGER & PONTES, 2001). No entanto, o contrá-
-
to, que o alimento é fornecido no cocho com auxílio de mão-de-
-obra e/ou maquinário (DIAS-FILHO, 2010). Neste sentindo, em
sistema de pastejo os animais têm a oportunidade de selecionar
sua própria dieta, demonstrando preferência por algum compo-
nente do pasto que pode estar relacionado com a estrutura do
dossel forrageiro e/ou com a oferta de forragem (HODGSON
et al., 1994). A produção animal a pasto pode ser determinada
por diversos fatores, como o clima do local, gramínea utiliza-
da, condições de solo, de fertilidade, tipo e categoria animal e

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GESTÃO DO MANEJO DE GRAMÍNEAS DA ESPÉCIE Panicum maximum

o método de pastejo, dos quais podem ser alterados de acor-


do com o manejo. Para isso, um dos principais fatores é a es-
colha ideal da planta forrageira sendo o ponto de partida para
se determinar o tipo de manejo que será empregado na área.
Há muitos anos no Brasil, estudos sobre as cultivares
da espécie Panicum maximum (sin. Megathyrsus maximus) vem
sendo desenvolvidos. Isso se deve ao fato de a espécie englo-
bar quantidade considerável de cultivares que são utilizadas nas
pastagens brasileiras (VALLE et al., 2013). P. maximum se adap-
ta à diferentes condições edafoclimáticas e, devido a sua alta
produção de forragem, torna-se necessário que sua implantação
seja feita em locais de solos com média a alta fertilidade (JANK
et al., 2010), sendo, essa espécie, muito responsiva à adubação
-
gem (MARTUSCELLO et al., 2005; MARTUSCELLO et al., 2015).
Objetiva-se com esse texto dissertar sobre a ges-
tão do manejo de pastagens de forrageiras da espé-
cie P. maximum, apresentando as estratégias de mane-

2. Histórico da espécie

A origem do P. maximum e sua entrada no Brasil foram


muito bem documentadas por Jank (1995). O capim-colonião
foi a primeira cultivar de P. maximum a entrar no Brasil vindo
da África, possivelmente como cama para os escravos nos navios
e foi descarregado nos locais em que os navios foram atracados.
Uma vez no Brasil, se alastrou e adaptou tão bem que foi consi-
derado nativo em muitas regiões. Foi a primeira cultivar de forra-
geira a ser plantada por sementes no Brasil, inclusive por avião.

67
JANAINA AZEVEDO MARTUSCELLO ET AL.

Os trabalhos com melhoramento genético desta espé-


cie no Brasil se iniciaram em 1982, com a importação de uma
coleção representativa da variabilidade natural da espécie na
África, mediante um acordo-cooperação feita entre a Embrapa

le Développement en Coopération), instituição de pesquisa


francês. Por meio deste acordo, a Embrapa Gado de Corte re-
cebeu a coleção do ORSTOM de mais de 400 acessos da espé-
cie, coletados no Centro de Origem, no Quênia e no Tanzânia.
Os acessos da coleção foram avaliados na Embrapa Gado
de Corte quanto a produção agronômica em parcelas em dois ní-
veis de adubação, alto e baixo (JANK, 1995; JANK et al., 1997)
e foram caracterizados morfologicamente (JANK et al., 1997).
Cerca de 44% dos acessos da coleção apresentaram valores de
características agronômicas melhores que a cv. Colonião. Todas
as características agronômicas possíveis foram avaliadas, mas
as mais determinantes na seleção foram a produção de matéria
seca de folhas, porcentagem de folhas, rebrota após os cortes e
produção de sementes (JANK, 1995). As produções sem adubo
em relação à adubada e a produção na seca, e esta produção em
relação à total anual também foram consideradas, entre outras
características. Os melhores 25 acessos iniciais foram avaliados
em sete regiões do país, e os melhores deste grupo foram avalia-
dos sob pastejo. Com isto, foram lançadas as cvs. Tanzânia-1 em
1990, Mombaça em 1993, Massai em 2001 e BRS Zuri em 2014.
Desde a chegada da coleção, vários cruzamentos entre
plantas foram realizados e seus híbridos avaliados e selecionados
na Embrapa Gado de Corte e parceiros. Os híbridos BRS Tamani
e BRS Quênia foram lançados em 2015 e 2017, respectivamente.
Estas cultivares representam mais de 97% das cultivares da espécie
comercializadas no Brasil. Outras cultivasres desenvolvidas e lan-

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GESTÃO DO MANEJO DE GRAMÍNEAS DA ESPÉCIE Panicum maximum

çadas por outros grupos de pesquisa são relatadas em Jank (1995).


Após esta data, as cultivares Áries, Atlas, Myiagui e Paredão fo-
ram lançadas, mas ainda com pequena participação no mercado.

3. O manejo do pastejo em Panicum maximum

O manejo do pastejo sob lotação rotativa, que é o mais


comumente utilizado para as gramíneas da espécie P. maximum,
é devido, principalmente, ao seu hábito de crescimento. Por mui-
to anos, esse manejo foi realizado de maneira simplista e gene-
ralista, tomando como critério a utilização de calendário juliano
-

produtores mostrando que as plantas não respeitam esse calendá-


rio, mas sim, condições ótimas para seu crescimento. Condições
estas, que podem estar atreladas ao ambiente ao qual a planta
está inserida (condição de luz, água, temperatura e nutrientes

o manejo. Entretanto, mesmo não sendo o manejo mais ideal, o

rurais, pela facilidade na troca de lotes de um pasto para o outro,


por demandar menos mão-de-obra, mas que restringe de certa

É compreensível que ainda seja comum a utilização de

que em muitos locais a mão-de-obra para pequeno/médio pro-


dutor é escassa e/ou muitas das vezes é realizada pela própria
família. Em um passado não muito distante, alguns trabalhos

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JANAINA AZEVEDO MARTUSCELLO ET AL.

-
rentes cultivares de P. maximum: capim-mombaça (RIBEIRO et
al., 2008; EUCLIDES et al., 2008), capim-tanzânia (MELLO &
PEDREIRA, 2004; BRAGA et al., 2009; EUCLIDES et al., 2014) e
capim-massai (EUCLIDES et al., 2008) (Tabela 1). Esses manejos

como ‘dias de ocupação’ como sendo o tempo em que os animais


permaneceriam pastejando uma determinada área do pasto e/
ou piquete, ‘dias de descanso’ como sendo o tempo que se acre-
ditava ser necessário para que o pasto conseguisse se reestabe-
lecer para uma nova condição de pré-pastejo, momento em que
os animais retornariam aquela mesma área, e o ‘ciclo de pastejo’
seria o somatório dos dias de ocupação e os dias de descanso.

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GESTÃO DO MANEJO DE GRAMÍNEAS DA ESPÉCIE Panicum maximum

Tabela 1. -
canso) de algumas cultivares de P. maximum (Sin. Megathyrsus
maximus)

No decorrer dos anos pesquisadores da área de manejo


de pastagens investiram esforços nas pesquisas, nas descobertas
e no conhecimento de como se dava o acúmulo de forragem, e
constataram que seria necessário entender os aspectos morfoló-
-
VA & PEDREIRA, 1997; DA SILVA & NASCIMENTO JR., 2007).
Os estudos de Brougham (1955, 1956, 1957) focados na compre-
ensão dos processos de rebrotação em pastos de plantas de clima

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JANAINA AZEVEDO MARTUSCELLO ET AL.

temperado, foram fundamentais para todo o conhecimento que


existe nos dias de hoje. Brougham (1955) estudando azevém
perene, trevo branco e vermelho descreveu a curva sigmoide
da dinâmica de crescimento das plantas durante intervalos en-
tre desfolhações. Assim, o crescimento do pasto foi dividido em
três fases distintas, descritas por Brougham (1957) (Figura 1):

- Fase 1 (logarítmica): em que a taxa de crescimento aumenta


exponencialmente;
- Fase 2 (linear): em que o crescimento está a uma taxa máxima
constante;
- Fase 3 (assintótica): a taxa de crescimento diminui, a princípio,
lentamente, mas depois a uma taxa crescente até que os aumen-

Figura 1. Curva sigmoide de crescimento em suas fases: logarítmica


(Fase 1), linear (Fase 2) e assintótica (Fase 3) (Adaptado de Brou-
gham, 1957)

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GESTÃO DO MANEJO DE GRAMÍNEAS DA ESPÉCIE Panicum maximum

O mesmo padrão de crescimento foi descrito por Hodg-


son (1990), sendo que na primeira fase o crescimento é mais len-
to, seguida pela segunda fase em que o incremento é acelerado

medida que o dossel se aproxima do rendimento teto (Figura 2).


Todo esse processo de crescimento está intimamente relaciona-
do com o aumento da área foliar, acompanhado do aumento na
altura do pasto. Devido a todos esses estudos, o manejo baseado
nos 95% de interceptação luminosa (IL) correlacionando com a
altura do pasto começou a ser utilizado por gramíneas tropicais,
tornando uma alternativa de manejo mais assertiva, visando
atrelar estruturas adequadas de dossel e produtividade animal.
Várias pesquisas nas últimas décadas com gramíneas tropicais
sugeriram o momento de interrupção da rebrotação aos 95% de
IL relacionando-a com a altura de manejo, com isso, foi cons-
tatado que seria o momento mais indicado como estratégia de
manejo sob lotação rotativa (CARNEVALLI et al., 2006; PEDREI-
RA et al., 2007; BARBOSA et al., 2007; DIFANTE et al., 2009a).

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JANAINA AZEVEDO MARTUSCELLO ET AL.

Figura 2. -
cessos de crescimento, senescência e acúmulo líquido (b) durante
o processo de rebrotação em pastos de azevém perene (Adaptado
de Hodgson, 1990)

A partir desses estudos pioneiros com gramíneas de cli-


ma tropical utilizando a correlação existente entre intercepta-
ção de luz pelo dossel e altura do pasto, vários outros traba-
lhos foram realizados já utilizando a própria altura estabelecida,
constatando assim esses resultados. Já foram estudadas diver-
sas cultivares da espécie P. maximum. Destaca-se os trabalhos
com o capim-mombaça (CARNEVALLI et al., 2006; DA SILVA et
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GESTÃO DO MANEJO DE GRAMÍNEAS DA ESPÉCIE Panicum maximum

al., 2009; EUCLIDES et al., 2015; EUCLIDES et al., 2017; CAR-


VALHO et al., 2017; DA SILVA et al., 2020), capim-tanzânia
(BARBOSA et al., 2007; DIFANTE et al., 2009a; DIFANTE et al.,
2009b; BARBOSA et al., 2011; LEMOS et al., 2014), capim-mas-
sai (EUCLIDES et al., 2008; GURGEL et al., 2017), capim-aruana
(ZANINI et al., 2012); capim-tamani (TESK et al., 2020), ca-
pim-zuri (BARBOSA, 2020), capim-quênia (TESK et al., 2020).
O primeiro trabalho realizado com esse manejo foi com
o capim-mombaça (CARNEVALLI, 2003), vislumbrando que as
gramíneas de clima tropical pudessem ter o mesmo padrão de
resposta das gramíneas de clima temperado, mas claro, em suas
devidas proporcionalidades e peculiaridades. O manejo do pas-
tejo com os 95% de IL mostra o acúmulo crescente de folhas com
um pequeno aumento no acúmulo de colmo e material morto.
A partir do momento em que a IL ultrapassa esse valor ocorre
grande aumento no acúmulo de colmo e material morto em re-
lação a folha (Figura 3). Para não ocasionar perdas da forragem
produzida em relação ao acumulado (balanço entre crescimen-
to e senescência) (Figura 2b) o crescimento do pasto deve ser
interrompido e o animal tem que colher a forragem antes que
as taxas de senescência e alongamento de colmos aumentem.
Esse é o ponto de convergência existente entre altura do dos-
sel, índice de área foliar (IAF) e os 95% de IL captados pelo
dossel (BROUGHAM, 1956; HODGSON, 1990; CARNEVALLI
et al., 2006; BARBOSA et al., 2007; PEDREIRA et al., 2007).

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JANAINA AZEVEDO MARTUSCELLO ET AL.

Figura 3. Esquema do acúmulo de forragem durante o período de


rebrotação em pastos de capim Mombaça submetidos a estratégias
de manejo aos 95% de IL e IL máxima (Adaptado de Carnevalli, 2003)

Barbosa et al. (2007) trabalhando com capim-tanzânia


manejado aos 90, 95 e 100% de IL encontraram as alturas de
60, 70 e 85 cm, respectivamente. De acordo com os resultados
pastos manejados aos 90% de IL apresentaram maior número de
ciclos de pastejo. Entretanto, aqueles manejados com 95% de IL
apresentaram maiores acúmulos totais de forragem. Mas, vale
salientar que os pastos manejados aos 90% de IL podem per-
mitir acúmulos, principalmente de folhas, iguais com os pastos
manejados com a meta de 95% de IL, apontado para o que se

amplitude de altura para interrupção de rebrotação (Figura 4).

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GESTÃO DO MANEJO DE GRAMÍNEAS DA ESPÉCIE Panicum maximum

Figura 4. Esquema do acúmulo de forragem durante o período de

de manejo aos 90, 95 e 100% de IL (Adaptado de Barbosa, 2004)

A frequência de desfolhação é um fator determinan-


te na expressão da plasticidade fenotípica das plantas (BAR-
BOSA et al., 2011). Pastos de capim-tanzânia apresentaram
também efeito das frequências de desfolhações na densida-

correspondendo a 90% de IL, principalmente se comparada ao


correspondente a 100% de IL (BARBOSA et al., 2011). Assim,
essas desfolhações mais frequentes (90% de IL) não prejudi-
cam os pastos, ou seja, o capim-tanzânia, apresenta amplitude
de utilização variando entre 60 a 70 cm. Logo, estudos devem
ser conduzidos no intuito de se estimar essa faixa de variação
para entrada dos animais nas várias cultivares de P. maximum.

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JANAINA AZEVEDO MARTUSCELLO ET AL.

pastos de capim-mombaça com altura de entrada de 80 e 90 cm,


encontrou maior produção de forragem para pastos com altura
de 90 cm de pré-pastejo, entretanto, a maior produção de leite foi
observado em pastos com altura de entrada de 80 cm (Tabela 2).

Tabela 2. Produção de forragem e de leite em pastos de ca-


pim-mombaça manejo com 80 e 90 cm de altura de pré-pas-
tejo

TAF (Taxa de acúmulo de forragem). Fonte: Rodrigues, 2020.

Barbosa (2020) avaliou o capim-zuri manejado na altu-


ra recomendada pela Embrapa de 70-75 cm e aos 95% de IL. O
estudo consistia na altura de 70 cm ou quando o dossel forragei-
ro atingisse os 95% de IL, condições de pré-pastejo, e a condição
de pós-pastejo foram alturas de 30 e 50 cm, caracterizando 57 e
29% de intensidade de desfolhação, respectivamente. O valor en-
contrado na correlação de altura e 95% de IL foi de 77 cm, seme-
lhante ao sugerido pela Embrapa. Para a variável altura e IL não
houve diferença, isso pelo falo das alturas terem sido bastante

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GESTÃO DO MANEJO DE GRAMÍNEAS DA ESPÉCIE Panicum maximum

próximas, entretanto, houve efeito para a condição de pós-pas-


tejo. O pasto manejado com intensidade de desfolhação leniente
apresentou maior número de ciclos de pastejo do que os pastos
manejados com intensidade severa, 6 e 3 ciclos, respectivamen-
te. O AF e a TAF também foram superiores para o manejo lenien-
te. Em relação às características morfológicas, o manejo leniente
apresentou maior proporção de folha e menor de material morto
e, o manejo severo, apresentou menor proporção de folha e maior
de material morto (Tabela 3). Para que as plantas consigam se
restabelecer para uma nova condição de pré-pastejo, é necessário
que existam boas características de pós-pastejo que forneçam às
plantas possibilidades para crescer. Esse trabalho mostra clara-
mente que o manejo leniente é mais favorável para as plantas do
que o manejo severo, ao qual a utilização do pasto deve ser feita
de maneira a não exaurir e este se manter estável e produtivo.

Tabela 3. Produção de forragem e características morfológi-


cas do capim-zuri sob intensidades de desfolhação (leniente
e severa)

AF (Acúmulo de forragem); TAF (Taxa de acúmulo de forragem).


Fonte: Barbosa, 2020.

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JANAINA AZEVEDO MARTUSCELLO ET AL.

Tesk et al. (2020) trabalharam com os capins Tamani e


Quênia na altura de 35 e 55 cm em pré-pastejo, respectivamen-
te, submetidos a duas condições de pós-pastejo de 15 e 25 cm
para capim-tamani e 20 e 35 cm para o Quênia, caracterizando
intensidade de desfolhação leniente (30%) e severa (60%) para
cada um dos capins. Apesar de não ter apresentando diferença
estatística para AF entre as intensidades de desfolhação, o ma-
nejo leniente apresentou 840 kg MS ha-1 a mais do que o severo,
valor este bastante expressivo. Para as características morfológi-
cas no pré-pastejo, a produção de folha para o manejo leniente
foi de 930 g kg-1 caracterizando 13% a mais do que o manejo
severo, que apresentou 820 g kg-1. A proporção de material mor-
to obteve valores de 38 g kg-1 para o leniente e de 67 g kg-1 para
o severo. Já a proporção de colmo apresentou valores bem dis-
crepantes entre as intensidades de desfolhação, sendo a lenien-
te com valor de 35 e a severa com 115 g kg-1, respectivamente
(Tabela 4). Esses valores são em relação ao efeito da intensi-
dade de desfolhação independente da cultivar. Tanto os dados
de Barbosa (2020) quanto os dados de Tesk et al. (2020) mos-
tram que a intensidade de desfolhação é fator primordial para
a produção de forragem e adequadas características morfológi-
cas, no qual os pastos manejados sob intensidade de desfolha-
ção leniente caracteriza plantas com maior proporção de folhas
que é, de fato, o que se busca, além de menores proporções de
colmo e material morto, resultando em pastos mais produtivos.

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GESTÃO DO MANEJO DE GRAMÍNEAS DA ESPÉCIE Panicum maximum

Tabela 4. Produção de forragem e características morfológi-


cas dos capins Tamani e Quênia submetidos a intensidades de
desfolhação (leniente e severa)

AF (Acúmulo de forragem); TAF (Taxa de acúmulo de forragem).


Fonte: Tesk et al., 2020.
*Os dados apresentados são do verão de 2016.

O capim-massai, híbrido gerado por cruzamento espon-


tâneo entre P. maximum e P. infestum foi estudado por Souza
(2016) com manejo de 90 e 95% de IL e intensidades de des-
folhação de 15 e 25 cm. O período de descanso foi menor para
o manejo mais leniente (90% de IL e 25 cm) com 48 dias e, o
maior período de descanso foi para o manejo mais severo (95%
de IL e 15 cm) com 68 dias. Entretanto, os dias de ocupação não
foram afetados pelas frequências e intensidades de desfolhação
(P = 0,1300), apresentando valor médio de 11 dias. Os valores
de acúmulo de forragem e taxa de acúmulo de forragem não
foram afetados pelos manejos em estudo, com valores médios de
6344 kg MS ha-1 e 116 kg MS ha-1 dia-1. Dados similares foram

81
JANAINA AZEVEDO MARTUSCELLO ET AL.

reportados por Emerenciano Neto et al. (2013) manejando o ca-


pim-massai a 50 cm em pré-pastejo e 25 cm no pós-pastejo. Os
valores obtidos nesse estudo foram de 6355 kg MS ha-1 no acú-
mulo de forragem e de 73 kg MS ha-1 dia-1 para taxa de acúmulo
de forragem. Para as características morfológicas, a proporção de
folha foi maior para o pós-pastejo de 25 cm independente da fre-
quência de desfolhação. Já para a proporção de colmo a frequên-
cia de 95% de IL apresentou os maiores valores. A proporção de
material morto, entretanto, foi maior para o manejo de maior in-
tensidade com 15 cm (Tabela 5). Assim, podemos destacar que,
para o capim-massai, independente da frequência de desfolhação
(90 e 95% der IL), o pós-pastejo de 25 cm, ou seja, manejo mais
leniente, apresentou as melhores características de dossel, cor-
roborando com a informações obtidas por Barbosa (2020) com o
capim-Zuri e Tesk et al. (2020) com os capins Tamani e Quênia.

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GESTÃO DO MANEJO DE GRAMÍNEAS DA ESPÉCIE Panicum maximum

Tabela 5. Características morfológicas do dossel na interação


entre frequência (90 e 95% de IL) e intensidade de desfolhação
(15 e 25 cm) em pastos de capim-massai.


Adaptado de Souza (2016).

Segundo Sbrissia et al. (2009) a interrupção da rebro-


tação antes dos 95% de IL resulta em forragem de melhor valor
nutritivo, acarretando também melhor desempenho animal. O
manejo sob lotação rotativa apresenta possibilidades entre as
combinações de períodos de pastejo, frequência e intensidade
de desfolhação, sendo importante levar em consideração a com-

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JANAINA AZEVEDO MARTUSCELLO ET AL.

binação desses efeitos como forma de garantir a capacidade de


rebrota do pasto e a produção de forragem (PARSONS et al.,
1988). Entretanto, em sistemas pastoris, a utilização inadequada
dessas combinações apresenta graves implicações na produtivi-
dade dos pastos, afetando de maneira negativa a formação e o ar-
ranjo de estruturas do dossel forrageiro (BARBOSA et al., 2007).
Uma vez assumido que o momento mais indicado para
interromper a rebrotação é aos 95% de IL (ou sua altura de dos-
sel correspondente) isso se tornou um critério de manejo muito
estreito para tomadas de decisão. Para tanto, é comum encontrar
situações em que mais de um piquete concomitantemente che-
gue na meta alvo de manejo, inviabilizando a utilização de todos
os piquetes ao mesmo tempo. Nessas situações, seria necessário

de interceptação de luminosa). Mesmo com o aprimoramento do

de utilizar os piquetes no momento certo. Assim, serão necessá-

dos pastos antes dos 95% de IL, de modo a encontrar a altura


mínima necessária de utilização sem causar danos nas plantas e
sem comprometer o desempenho dos animais, visto que o limite
superior já foi estabelecido em não ultrapassar os 95% de IL.
O fato é que, o manejo do pastejo busca encontrar re-
lações entre as metas de altura do pasto no momento pré-pas-

-
de do manejo vêm da perspectiva de tentar otimizar a colhei-
ta de forragem adequando suas estruturas, de modo a não
afetar as relações existentes entre os principais componen-
tes do sistema de produção, planta e animal. O resultado dis-
so seriam ambientes pastoris mais favoráveis e produtivos.

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GESTÃO DO MANEJO DE GRAMÍNEAS DA ESPÉCIE Panicum maximum

Contudo, o avançar das pesquisas e dos estudos é na


busca de novas tecnologias e aperfeiçoamento do manejo. Um
breve resumo seria que, por muito tempo, acreditou-se que o

ocupação fosse o ideal. Com a dúvida de que esse seria a melhor


opção, pesquisadores descobriram que as plantas não seguem
o calendário juliano e, a partir de diversos estudos concluíram
que o manejo ideal seria por luz, no qual existe uma correlação
entre interceptação luminosa e altura de dossel. Essa descoberta
revolucionou o manejo das gramíneas tropicais, visto que elas
respondem de maneira similar as gramíneas de clima tempera-
do. Avançando um pouco mais, percebeu-se que o manejo dos
95% de IL não era mais o limite inferior e sim o limite superior
(limite máximo), antes do momento em que as plantas iniciam
o alongamento exacerbado de colmo e aumentam a senescên-
cia em detrimento de folhas de maior qualidade. Assim, o avan-
çar das descobertas do manejo do pastejo é muito dinâmico e

-
cia do uso dos sistemas de produção baseados em pastagens.

ANUÁRIO DA PECUÁRIA BRASILEIRA - ANUALPEC. FNP Con-


sultoria/Agros Comunicação, São Paulo, SP. 2018, 279.

BARBOSA, P.L.

severity. 2020. Tese (Doutorado em Ciência Animal e Pasta-


gens) - Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, Uni-
versidade de São Paulo, Piracicaba, 2020.

85
JANAINA AZEVEDO MARTUSCELLO ET AL.

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