Ebook Dislexia

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Ebook complementar

Índice

SOBRE A NEUROINSIGHT 4

DISLEXIA

O que é a Dislexia? 5
Sinais de alerta 6
Causas e sintomas da Dislexia 8
Tipos de Dislexia 10
Leitura e Dislexia 14
Dislexia e Problemas Visuais 16
Problemas de visão binocular 17
relacionados à dislexia
Neuropsicologia e dislexia 19

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Dislexia

A dislexia é uma perturbação do neurodesenvolvimento e da aprendizagem


que afeta a capacidade do indivíduo ler, escrever e soletrar.

Caracteriza-se por dificuldades no processamento fonológico, que se refere à


capacidade de descodificar e reconhecer palavras e compreender a relação
entre as letras e os sons.

Esta perturbação também pode afetar outras áreas da aprendizagem, como a


matemática e as capacidades organizacionais.

A dislexia pode se manifestar de diferentes maneiras e a gravidade dos


sintomas podem variar de pessoa para pessoa. Aqui estão alguns sinais e
sintomas comuns de dislexia:
06

01. Dificuldade em ler com precisão e fluência,


especialmente com palavras desconhecidas.

02. Problemas com a ortografia, incluindo erros


ortográficos frequentes de palavras comuns.

03. Dificuldade em reconhecer palavras visuais e em


evocá-las rapidamente

Dificuldades em descodificar palavras desconhecidas,


04.
incluindo dificuldade em pronunciar palavras e
misturar sons.

05. Dificuldade em compreender o que é lido, mesmo


quando palavras individuais são reconhecidas.
07

06. Dificuldade em organizar e expressar pensamentos


por escrito.

07. Dificuldade em lembrar e seguir instruções de várias


etapas.

08. Confundir letras e números que parecem


semelhantes (por exemplo, "b" e "d", "6" e "9").

09. Velocidade de leitura e escrita lenta.

010. Dificuldade em aprender uma língua estrangeira.


É importante ressaltar que esses sintomas
isoladamente não indicam necessariamente
dislexia, sendo necessária uma avaliação formal
por um profissional qualificado para confirmar o
diagnóstico.

As causas exatas da dislexia não são totalmente conhecidas, no entanto, a


investigação sugere que é provável que seja uma combinação de fatores
genéticos, neurológicos e ambientais.

Aqui estão algumas das possíveis causas da dislexia:

Fatores genéticos
A dislexia tende a ocorrer em famílias, sugerindo um componente genético.
Estudos identificaram genes específicos que podem estar associados à
dislexia, embora os fatores genéticos envolvidos provavelmente sejam
complexos e envolvam múltiplos genes.

Fatores neurológicos
Estudos de neuroimagem mostraram que indivíduos com dislexia têm
diferenças na estrutura e função cerebral em comparação com indivíduos sem
dislexia. Especificamente, pode haver diferenças na forma como o cérebro
processa a linguagem e na conectividade entre diferentes regiões cerebrais
envolvidas na leitura.
Fatores ambientais
A exposição a toxinas e ao tabagismo durante a gravidez e o baixo peso ao
nascer, foram associados a um maior risco de desenvolvimento de dislexia.
Além disso, fatores como má nutrição, falta de exposição à linguagem e à
leitura e suporte educacional inadequado também podem contribuir.

Fatores cognitivos
A dislexia também pode estar associada a défices cognitivos específicos, como
dificuldades no processamento fonológico ou na memória de trabalho. Estes
défices podem afetar a capacidade de reconhecimento e descodificação de
palavras, podendo também afetar outras áreas do desempenho académico. É
importante observar que a dislexia não é causada por fatores como falta de
esforço, inteligência ou motivação, e não está relacionada com a preguiça.
Embora não haja cura conhecida para a dislexia, a identificação e a
intervenção precoces podem ajudar os indivíduos com dislexia a desenvolver
estratégias de leitura e escrita eficazes e alcançar o sucesso académico.
10

Tipos de dislexia

Há três grandes tipos de dislexia: a dislexia visual (ortográfica ou


diseidética), a dislexia auditiva (fonológica ou disfonética), e a
dislexia visual e auditiva ou mista, que é uma combinação das duas
anteriores.

Dislexia visual (Ortográfica ou Diseidética)

A dislexia visual caracteriza-se por um conjunto de problemas relacionados


com a sequência, ou seja, com a incapacidade de sequenciar eventos ou
coisas. Por exemplo, a criança com dislexia visual tem dificuldade em
sequenciar as letras do alfabeto e as letras nas palavras, os dias da semana e
os meses do ano, os eventos de uma história por uma ordem definida ou, até,
em seguir instruções relativamente simples quer elas sejam verbais quer
sejam dadas por escrito. Apresenta ainda problemas de discriminação visual,
confundindo letras e palavras parecidas, revertendo-as por vezes. São de isso
exemplo as trocas de bês por dês ou ato por ota. A escrita da criança com
dislexia visual tende a ser inconstante, apresentando letras de tamanhos
diferentes, omissões, rotações, reversões, emendas e rasuras frequentes.

Também os desenhos que ela faz aparentam muitas vezes imaturidade,


faltando-lhe pormenores essenciais. Para além dos problemas citados, a
criança com dislexia visual pode ainda apresentar problemas de orientação
temporal e espacial que a levam, por exemplo, a perder-se nos corredores da
escola, a atrasar-se para uma aula ou a chegar uma hora depois quando lhe é
pedido para fazer um recado que demoraria dez minutos.
Dislexia auditiva (Fonológica ou Disfonética)

A criança com dislexia auditiva tem problemas com certas funções auditivas
intra-sensoriais, tendo dificuldade, por exemplo, em distinguir as unidades de
som da linguagem, sendo-lhe difícil, portanto, transformá-las em palavras ou,
vice-versa, pode não conseguir dividir uma palavra nas suas partes mais
simples (sílabas).

Tem ainda problemas em relacionar os sons da palavra com a palavra escrita,


ou seja, relacionar o fonema com o grafema. Soletrar é também uma tarefa
difícil para uma criança com dislexia auditiva. A criança com dislexia auditiva
apresenta problemas na discriminação auditiva, tendo dificuldade em
diferenciar letras e palavras cujo som é parecido.

Por exemplo, pode confundir o som do m com o do n, as letras b ,d ,t, p e g,


não perceber que os sons iniciais e finais de palavras são iguais (berço e barco,
casa e brasa), trocar a ordem das consoantes (calmo, clamo), confundir os
dígrafos (telha, tenha), não perceber as rimas (quando lhe é pedido para dizer
palavras que rimem com gato, poderá responder, goto ou sapo, ou mesmo
inventar palavras sem significado, zato ou sato).
A criança com dislexia auditiva pode ainda apresentar problemas na memória
auditiva. Se associarmos estes problemas à dificuldade em combinar as
sílabas, por vezes ela pronuncia certas palavras de uma forma sem nexo.

Por exemplo, poderá dizer ólucos por óculos ou aminal por animal. Também é
frequente que ela troque letras ou sílabas em pequenas frases, dizendo, por
exemplo, A saca (casa) é feita de perdas (pedras).

Como resultado de tudo isto, é frequente ver uma criança com dislexia
auditiva a adicionar ou omitir letras ou sílabas às palavras, a escrever vogais e
dígrafos incorretamente e a desrespeitar as regras gramaticais.

Finalmente, no que diz respeito à escrita, a criança com dislexia auditiva tende
a escrever muito devagar, rasurando muito o texto, devido à sua insegurança
em soletrar as palavras.

Contudo, a sua escrita é melhor do que a da criança com dislexia visual, uma
vez que esta tem dificuldade na formação da letra, levando-a muitas vezes a
produzir uma escrita quase ininteligível.
Dislexia mista

A criança com dislexia tende a apresentar comportamentos associados a


ambas as áreas, visual e auditiva, ou seja, alguns problemas são de ordem
auditiva ao passo que outros são de ordem visual.

É importante notar que estes tipos de dislexia nem sempre são distintos e
podem ocorrer simultaneamente no mesmo indivíduo.

Além disso, a dislexia pode variar em termos de gravidade e impacto, ou seja,


pode ter diferentes impactos nas capacidades de leitura e escrita,
dependendo do perfil cognitivo do indivíduo.
14

Leitura e dislexia

A leitura é um processo complexo que envolve várias regiões do cérebro que


trabalham em conjunto para descodificar a linguagem escrita e atribuir um
significado ao texto. Em indivíduos com dislexia, esse processo pode ser
interrompido ou prejudicado, levando a dificuldades na fluência, precisão e
compreensão da leitura.

A investigação mostrou que várias regiões do cérebro estão envolvidas no


processo de leitura, como por exemplo o:

• Lobo occipital: Esta região do cérebro é responsável pelo processamento de


informações visuais, como letras e palavras.

• Lobo temporal: O lobo temporal está envolvido no processamento da


linguagem, incluindo a descodificação e a atribuição de significado às palavras.

• Lobo parietal: O lobo parietal desempenha um papel importante no


processamento de informações espaciais, como a localização de letras e
palavras.

• Lobo frontal: O lobo frontal está envolvido em funções executivas, como


atenção, memória de trabalho e tomada de decisões, que são importantes
para uma leitura bem sucedida.
Estudos mostram que indivíduos com dislexia podem sofrer diferenças na
conectividade entre regiões do cérebro que funcionam durante a leitura.
Por exemplo, pode haver diferenças na forma como o cérebro processa os
fonemas (as menores unidades de som da linguagem), o que pode afetar a
capacidade de descodificar palavras. Além disso, pode haver diferenças na
conectividade entre diferentes regiões do cérebro, o que pode afetar a
capacidade de atribuir significado às palavras e compreender o texto.

Alguns dos circuitos neurais que foram implicados na dislexia incluem:

• Circuito do processamento fonológico: Este circuito envolve as conexões


entre os lobos occipital, temporal e parietal e é responsável por processar os
fonemas e mapeá-los na linguagem escrita.
• Circuito do processamento atencional: Este circuito envolve as conexões
entre os lobos frontal e parietal e é responsável por sustentar a atenção e
manter o foco durante as tarefas de leitura.
• Circuito de regulação emocional: Este circuito envolve as conexões entre o
córtex préfrontal, a amígdala e o hipocampo, e é responsável por regular as
respostas emocionais às tarefas de leitura.
• Circuito de motivação e recompensa: Este circuito envolve as conexões
entre o córtex pré-frontal, o corpo estriado e a amígdala, sendo responsável
por promover a motivação e o engagement durante as tarefas de leitura.

Compreender os circuitos neurais envolvidos na dislexia pode contribuir para


o desenvolvimento de intervenções mais direcionadas e, consequentemente,
ajudar indivíduos com dislexia a desenvolver estratégias de leitura eficazes e
superar os desafios associados a essa perturbação.
16

Dislexia e problemas visuais

Como muitos sistemas e capacidades visuais estão envolvidos na leitura, é


importante que os leitores com dificuldades sejam avaliados por um
optometrista que possa verificar não apenas a acuidade visual (nitidez e
clareza), mas também a visão funcional (como os olhos trabalham em
conjunto para fornecer informações aos centros de processamento visual do
cérebro). Alguns estudos apontam que certos sintomas da dislexia podem ser
causados por problemas de visão binocular, em particular uma condição
conhecida como insuficiência de convergência ou dificuldades na coordenação
ocular. Problemas de convergência ocorrem quando os olhos não trabalham
em conjunto de forma eficaz, afetando principalmente a visão ao perto da
criança, enviando informações falsas ou defeituosas para o cérebro.

Por exemplo, quando eles estão a ler, cada olho pode estar a olhar para uma
letra diferente. Em casos extremos, os problemas de visão binocular podem
deixar o texto desfocado ou as palavras parecerem se mover ou “nadar na
página”. Esse efeito ocorre quando o cérebro tenta processar a informação, de
modo a tornar as palavras mais claras.

Se os olhos tiverem dificuldade em manter o foco, a criança pode se cansar


rapidamente ao ler ou a fazer outra tarefa. Se os olhos tiverem dificuldade no
rastreamento, pode-se perder o lugar ou pular palavras e linhas durante a
leitura, prejudicando a compreensão da mesma.
17

Problemas de visão binocular


relacionados à dislexia

Inverter letras como b e d


Quando as crianças com dislexia leem, os seus olhos estão continuamente a
mover-se da esquerda para a direita e da direita para a esquerda, fazendo-os
oscilar. Como resultado, eles leem “b” tanto da esquerda para a direita quanto
da direita para a esquerda, dando a aparência de um “d”.

Pular palavras e linhas durante a leitura


É incrivelmente fácil para as crianças pular palavras e linhas, já que os seus
olhos se movem tão rapidamente.

Dificuldades de ortografia
Quando as pessoas com dislexia leem, elas não olham para todas as letras.
Normalmente, se se olhar apenas para algumas letras numa palavra é possível
ler a mesma. No entanto, para soletrar corretamente, é necessário lembrar de
cada letra.

Dificuldade em copiar do quadro


Ao copiar do quadro, deve-se primeiro olhar para o quadro, depois para o
papel e, finalmente, de volta para o quadro. Quando uma criança tem
problemas em controlar os movimentos dos olhos e focar, torna-se difícil
retornar ao local correto.
18

Problemas de visão binocular


relacionados à dislexia

As palavras aparecem desfocadas ou duplicadas,


ou se movem
A maioria das pessoas com dislexia tem dificuldade de concentração. Um olho
está focado numa letra, enquanto o outro está focado numa letra diferente.
Isso significa que o cérebro está a receber duas imagens ao mesmo tempo, o
cérebro alterna entre as duas imagens para perceber qual delas deve
processar, dando o efeito de movimento à palavra. Adicionalmente, a
combinação das duas imagens e o uso de ambas, resulta em imagens
desfocadas ou duplicadas.

Compreensão de leitura reduzida


As crianças com dislexia normalmente olham mais vezes por minuto para um
mesmo local, a maioria das quais está no lugar errado. Como resultado, os
indivíduos gastam muita energia mental filtrando as informações incorretas,
apresentando dificuldades em compreender o que leram devido à falta de
poder de processamento.

Leitura lenta
O cérebro de uma criança com dislexia leva muito tempo a descobrir qual
deve ser a próxima letra ou palavra por causa dos movimentos oculares
frequentes. Como resultado, eles releem o texto mais do que uma vez até que
o seu cérebro o entenda.

Tensão ocular ou cansaço ao ler


Toda vez que os olhos se movem durante a leitura, é necessário refocalizá-los.
Isso pode acontecer 1.000 vezes por minuto para uma pessoa disléxica. Não é
surpresa que seja cansativo e possa causar cansaço visual.
Neuropsicologia e dislexia

Existe uma forte relação entre a neuropsicologia e a dislexia, pois a dislexia é


uma perturbação do neurodesenvolvimento que afeta a forma como o
cérebro processa a linguagem.

A neuropsicologia é o ramo da psicologia que se concentra na relação entre o


cérebro e o comportamento e pode fornecer informações valiosas sobre os
processos cognitivos subjacentes que contribuem para a dislexia.

Estudos usando técnicas de neuroimagem, como fMRI e EEG, identificaram


diferenças na estrutura e função do cérebro em indivíduos com dislexia em
comparação com indivíduos com desenvolvimento típico.

Essas diferenças são particularmente evidentes em áreas do cérebro


envolvidas no processamento fonológico, como o hemisfério esquerdo do
cérebro.

Existem relações complexas e inter-relacionadas entre a neuropsicologia e a


dislexia, e os vários mecanismos cognitivos e neurais implícitos nesta
perturbação. De seguida, serão descritas algumas das principais relações:
20

1. Consciência fonológica
A consciência fonológica refere-se à capacidade de reconhecer e manipular
sons em palavras, e é uma área chave de dificuldade na dislexia. As crianças
com dislexia geralmente têm dificuldade com o processamento fonológico, o
que pode dificultar a aprendizagem da leitura e da ortografia.

As avaliações neuropsicológicas podem identificar áreas específicas que


apresentam alguns défices no processamento fonológico, de modo a
direcionar os programas de intervenção que se concentram na instrução
fonética e no treinamento da consciência fonológica.

2. Atenção
A atenção desempenha um papel crucial na aprendizagem e pode afetar as
capacidades de leitura e escrita. Crianças com dislexia geralmente têm
dificuldade em manter a atenção e alternar entre tarefas, o que pode dificultar
o foco atencional nas tarefas de leitura e escrita.

As avaliações neuropsicológicas podem identificar as áreas específicas da


atenção que apresentam mais dificuldades, sendo desenvolvidos programas
de intervenção que se concentram na melhoria do controlo atencional.
3. Emoções
As crianças com dislexia podem experimentar emoções negativas, como
frustração, ansiedade e baixa auto-estima devido às suas dificuldades de
leitura e escrita. Essas emoções podem afetar ainda mais o seu desempenho e
motivação para aprender. Avaliações neuropsicológicas podem identificar
fatores emocionais que estão a afetar o desempenho da criança,
implementando intervenções como a terapia cognitivo-comportamental com o
intuito de ajudar a criança a controlar as suas emoções e a melhorar a sua
motivação.

4. Circuitos neurais
Estudos de neuroimagem identificaram diferenças na estrutura e função do
cérebro em indivíduos com dislexia em comparação com indivíduos com
desenvolvimento típico. Essas diferenças são particularmente evidentes em
áreas do cérebro envolvidas no processamento fonológico, como o hemisfério
esquerdo do cérebro. As avaliações neuropsicológicas podem ajudar a
identificar os circuitos neurais específicos que são afetados na dislexia,
implementando programas de intervenção que visam o fortalecimento desses
circuitos.

5. Motivação
As crianças com dislexia podem ter uma motivação reduzida para aprender
devido às suas dificuldades com a leitura e a escrita. As avaliações
neuropsicológicas podem identificar fatores motivacionais específicos que
estão a afetar o desempenho da criança, desenvolvendo intervenções como
entrevistas motivacionais que podem ajudar a criança a desenvolver uma
atitude positiva em relação à aprendizagem.
22

Assim, as avaliações neuropsicológicas também podem ajudar a identificar


forças e fraquezas cognitivas específicas que contribuem para a dislexia.

Por exemplo, muitos indivíduos com dislexia têm dificuldade no


processamento fonológico ou na capacidade de reconhecer e manipular os
sons das palavras. Outros défices cognitivos comuns na dislexia incluem
memória de trabalho, velocidade de processamento e atenção. Ao identificar
esses défices cognitivos específicos, as avaliações neuropsicológicas podem
desenvolver programas de intervenção direcionados que atendam às
necessidades específicas de indivíduos com dislexia.

Por exemplo, um programa de intervenção de leitura que se concentra na


instrução fonética e no treinamento da consciência fonológica pode ajudar a
melhorar as habilidades de leitura em indivíduos com dislexia.

Em síntese, a relação entre a neuropsicologia e a dislexia é fundamental para


compreender os mecanismos neurais e cognitivos subjacentes da dislexia e
desenvolver intervenções eficazes para apoiar indivíduos com dislexia.
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O Centro Neurosensorial é a clínica que aborda a visão como um processo


neurológico complexo que necessita de ser integrado com
os outros sentidos, como é o caso da audição, propriocepção, (postura), etc.,
fundamentais para o desenvolvimento de processos
ao nível da linguagem, leitura e escrita, com rendimento global positivo.
De um modo geral, no Centro Neurosensorial, trabalha-se a relação intima
e indicossiável da emoção e a razão, como sendo dois hemisférios
fundamentais para a saúde mental do ser humano.
A natureza complexa e sofisticada desta abordagem implica por sua vez,
um corpo clínico multidisciplinar motivado para compreender
e melhor a saúde dos indivíduos, como sendo essa a premissa do Centro.

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