7 - Transtornos Da Aprendizagem

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TRANSTORNOS DA

APRENDIZAGEM
LEGISLAÇÃO
• Política
Nacional de Educação Especial na Perspectiva da
Educação Inclusiva (2008)
• http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&vie
w=download&alias=16690-politica-nacional-de-educacao-espe
cial-na-perspectiva-da-educacao-inclusiva-05122014&Itemid=3
0192
• População atendida.
LEGISLAÇÃO
•A nova Política Nacional de Educação Especial: Equitativa,
Inclusiva e com Aprendizado ao Longo da Vida (PNEE), lançada
em 2020 e revogada pelo Decreto nº 11.370/2023, de 01 de
janeiro de 2023
Temas:

• Transtornos da aprendizagem e dificuldades


• Aspectos neuropsicopedagógicos da dislexia
• Discalculia
• Disortografia
• Disgrafia
Dificuldade x transtorno x deficiência
• São a mesma coisa?
• Se não, qual a diferença entre eles?
Dificuldade x transtorno
• O desempenho escolar depende e se correlaciona com diferentes
questões, como aspectos emocionais, físicos, e também de relações.
Quando são observados comprometimentos ambientais, como
metodologias de ensino, dinâmica familiar ou ambientes pouco
estimuladores, podem ser observadas as dificuldade escolares, que
independem de questões neurobiológicas do indivíduo, mas sim de
fatores externos. O Transtorno específico da aprendizagem é
caracterizado pela interferência direta de aspectos intrínsecos ao
indivíduos, ou seja, depende de alterações neurobiológicas, que
podem estar relacionadas a hereditariedade ou disfunções neuronais.
Prevenção dos distúrbios/transtornos:
• Assistência
pré-natal; parto bem assistido; alimentação e sono
adequados; afetividade e estimulação; apoio, incentivo e
acompanhamento.

Transtorno da Aprendizagem NÃO É:


• TDAH, deficiência, falta de oportunidade educacional
Transtorno específico da aprendizagem
• Segundo o DMS-5, está relacionado a dificuldade de
aprendizagem ou de outras habilidades que podem ser
desenvolvidas no meio acadêmico. As dificuldades podem
aparecer em um ou mais campos. Como na leitura, escrita e
cálculos matemáticos.
• Etiologia: Sua etiologia ainda é discutível, levanta-se a
possibilidade de sua causa estar relacionada a origem
genética, porém, mesmo com maior tendência hereditária,
podem ser levantados outros fatores que podem interferir
no desenvolvimento e desempenho dessas habilidades,
como fatores ambientais, sendo eles, ocorrência durante o
parto por exemplo, ou disfunções neurológica
Transtorno específico da aprendizagem:
características
• Podem ser identificadas dificuldades de aprendizagem e
limitação no desenvolvimento de habilidades acadêmicas.
• As habilidades acadêmicas comprometidas estão abaixo do
esperado para sua idade, afetando seu desempenho
cotidiano e profissional.
• Essas dificuldades de aprendizagem apresentam-se no anos
escolares, porém, podem não se manifestar
completamente até que as exigências pelas habilidades
acadêmicas
• Essas dificuldades de aprendizagem não podem ser
explicadas por outros comprometimentos como,
dificuldade intelectual, acuidade visual, entre outros
Manifestações dos transtornos (caract. Gerais):
pré-escolares
• Falar mais tarde
• Dificuldade em encontrar palavras apropriadas em
conversações
• Dificuldade em nomear rapidamente palavras de certas
categorias
• Rimas
• Dificuldade com aprender alfabeto, dias da semana, cores,
números, etc.
• Agitada e se distrai com facilidade
• Dificuldade para seguir ordens
Manifestações dos transtornos (caract.
Gerais): fase escolar inicial
• Demora para aprender relação letra-som
• Dificuldades para sintetizar sons e formar palavras
• Erros constantes de ortografia e leitura
• Dificuldades de lembrar sequências
• Lentidão para aprender novas habilidades
• Dificuldades no planejamento
Manifestações dos transtornos (caract.
Gerais): fase escolar – séries mais avançadas
• Lentidão para aprender prefixo, sufixo, rota lexical e outras estratégias de
leitura
• Evita leitura em voz alta
• Dificuldades com enunciados de matemática
• Soletra a mesma palavra de modo diferente
• Evita tarefas que envolvem leitura e escrita
• Dificuldade para lembrar o que leu
• Trabalha lentamente
• Dificuldade para generalizar conceitos
• Faz confusões em termos de endereços e informações
dificuldades de aprendizagem
Dificuldades ou problemas de aprendizagem:
• Vários fatores os constituem.

Características das dificuldades ou problemas de


aprendizagem:
• Desempenho não compatível com capacidade.
• Dificuldade ultrapassa a dos colegas, acarreta em baixa
autoestima
• Transitórias (em sua grande parte)
• Podem ser evitadas se respeitado o nível cognitivo da criança e
interações
Surgem:
• Na escola, na família, por causa de problemas socioculturais,
efeitos colaterais de medicação (ex.: sonolência), por causa de
problemas emocionais, etc.
Diagnóstico:
• Inferir a partir de desempenho acadêmico
• Autoestima, motivação, etc.
• Interdisciplinar:
psicologia, pedagogia, neurologia, entre
outros profissionais
Diagnóstico: cuidados!
• Rotulação: incapaz, etc.
• Estilos de aprendizagem
• “Culpabilização”
• Aceitação e inclusão
DISLEXIA
•“...
transtorno específico que
algumas pessoas possuem
para processar a informação
precedente da linguagem
escrita” (MOLINA et al,
1998).
BRADY et al (2003)
•“Dislexia é uma dificuldade de aprendizagem de
origem neurológica. É caracterizada pela
dificuldade com a fluência correta na leitura e por
dificuldade na habilidade de decodificação e
soletração. Essas dificuldades resultam
tipicamente do déficit no componente fonológico
da linguagem que é inesperado em relação a
outras habilidades cognitivas consideradas na faixa
etária.”
• A dislexia ou Transtorno específico da
aprendizagem com prejuízo na leitura, é
caracterizada pela dificuldades em ler,
interpretar e escrever. Essa persistente
comprometimento é relacionado a
decodificar, ler isoladamente as palavras e
relacioná-las.
• prejuízo na leitura, na velocidade de
reconhecimento de palavras e no processo
de decodificação, que pode ser relacionado
ou não a dificuldade de compreensão.
Como é caracterizada a dislexia?
“É caracterizada por dificuldades na correção e/ou fluência na
leitura de palavras e por baixa competência leitora e ortográfica.
Estas dificuldades resultam tipicamente de um défice na
componente fonológica da linguagem que é frequentemente
imprevisto em relação a outras capacidades cognitivas e às
condições educativas. Secundariamente podem surgir
dificuldades de compreensão leitora, experiência de leitura
reduzida que podem impedir o desenvolvimento do vocabulário e
dos conhecimentos gerais." (Associação Internacional de Dislexia,
2003, apudTeles, 2009).
características:
• Na expressão oral, podem ser encontradas dificuldades em selecionar as palavras
adequadas para comunicar, isso ocorre tanto na linguagem escrita como oral,
ademais, apresentam vocabulário pobre e pouco expansivo.
• Na leitura/escrita, geralmente utilizam-se de uma leitura lenta e silabada. Para a
realização de leitura silenciosas, precisam algumas vezes do apoio articulatório
dos lábios, além de perderem a linha de leitura e terem dificuldades na
compreensão e interpretação de textos
• Ao nível da consciência fonológica, revelam grandes dificuldades, isto é, na
tomada de consciência de que as palavras faladas e escritas são constituídas por
fonemas; -confundem/invertem/substituem letras, sílabas ou palavras; – na escrita
espontânea (composições/redações) mostram severas complicações (dificuldades
na composição e organização de ideias).
Comorbidades
A Dislexia pode coexistir ou ser confundida com outros transtornos do
neurodesenvolvimento, que também são listados no DSM-5, como por
exemplo:
• Distúrbio Específico de Linguagem (DEL): Distúrbio relacionado ao
comprometimento da aquisição e do desenvolvimento da linguagem
oral, podendo comprometer outras habilidades acadêmicas;
• Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH):
caracterizado principalmente pelas alterações comportamentais, além
de outros comprometimentos em relação ao desenvolvimento da
linguagem oral;
• Discalculia: dificuldade persistente na execução e interpretação de
cálculos matemáticos;
• Transtorno do Desenvolvimento da Coordenação (TDC)
Etiologia
•Fator relacionado a herança
•Fator relacionado a lateralização cerebral
(hemisfério esquerdo)
•Fator relacionado ao comportamento social
1- Identificar letras
2- dar significado à
palavra
3- processa toda a
informação
3 2
1 1 e 2 nos disléxicos
são menos
ativados
Compensa com 3
ou hemisfério
direito é ativado
No geral, a criança pode apresentar as seguintes
dificuldades:
• Dificuldade de discriminação visual;
• Velocidade de percepção baixa;
• Tendência a reversão, inversão;
• Dificuldade em seguir e reter sequências visuais e/ou
auditivas
• Memória visual e/ou fonológica prejudicadas;
• Desenho com poucos detalhes;
• Dificuldade em análise/síntese visuais e/ou auditivas;
• Ausência ou dificuldade em consciência fonológica;
Características na pré-escola:
• Atraso na linguagem
• Frases curtas e mal pronunciadas que continuam além
do tempo normal
• Omissões, trocas de sílabas, fonemas
• Deficiência fonológica
• Falta de interesse por livros impressos
• Dificuldades para aprender nomes e sons das letras
• Dificuldades com canções, poesias, rimas infantis
• Esquece nome de objetos, pessoas, lugares
Características ensino fundamental:
• Leitura lenta, silabada • Dificuldade lembrar nome
• Não entende o que lê objetos, pessoas
• Dificuldade com consciência • Dificuldade com cópia da lousa
fonológica • Dificuldade em manusear
• Dificuldade com rimas, mapas, dicionários, lista
aliterações telefônica,
• Confunde fonemas com sons • Vocabulário pobre
semelhantes
• Demora ou rejeição em
• Pula linha
atividades escolares
• Dificuldade em memorizar
alfabeto, tabuada
Alliende e Condemarin (1989)
• A criança movimenta os lábios ou murmura ao ler?
• A criança movimenta a cabeça ao longo da linha?
• A leitura silenciosa é mais rápida que a oral, ou mantém o mesmo
ritmo de velocidade?
• A criança segue a linha com o dedo?
• A criança faz excessivas fixações dos olhos ao longo da linha
impressa?
• A criança demonstra excessiva tensão ao ler?
• A criança efetua excessivos retrocessos da vista ao ler?
Tipos de dislexia
•Disfonética ou fonológica (lobo temporal)
•Diseidética (lobo ocipital)
•Mista (pré-frontal, frontal, occipital e
temporal)
Diseidética (lobo ocipital) / VISUAL segundo
Jardini (2003)
• Inversões: pra par
• Omissões: óclos
• Aglutinações: omeninofoi
• Trocas espaciais: b/d, p/q, 2/5, 21/12, par/pra, as/as
• Não soletra, analisa nem sintetiza palavra
• Disgrafia
• Confusão direita/esquerda
• Desajeitado
DISLEXIA
VISUAL
Disfonética ou fonológica (lobo temporal)
segundo Jardini (2003)
• Trocas surdas/sonoras: p/b, t/d, k/g, f/v, x/j, s/z
• Troca arquifonemas: ar, na, as, al
• Troca vogais: a/o, e/i, o/u
• Troca grupos consonantais: pra/pla
• Omissões
• Muitos erros em ditado
• Confusão direita e esquerda
• Não soletra
mista
Consciência fonológica
•Sampaio (2012) afirma que crianças
disléxicas possuem uma inabilidade com
a consciência fonológica, ou seja, o
conhecimento acerca da estrutura
sonora da linguagem. Isso implica em um
provável atraso na aquisição de leitura e
escrita.
•A consciência fonológica associada ao conhecimento
das regras de correspondência entre grafemas e
fonemas permite à criança uma aquisição da escrita
com maior facilidade, uma vez que possibilita a
generalização e memorização destas relações
(som-letra).
•Sub-habilidades: Rimas e aliterações; consciência de
palavras; consciência silábica, consciência fonêmica
(ZORZI, 2003).
Consciência fonológica, ortografia, morfologia:
• Consciência fonológica: sons
• Consciência ortográfica: perceber visualmente sequências de letras,
padrões (d/b/p/q)
• Consciência morfológica: significado ao soletrar
Envolve treinar....
1- Associar som-letra
2- identificar rima
3- fluência da leitura em voz alta e silenciosa
4- escrita automática de letras
5- habilidade de estudo e realização de provas
Método das boquinhas (Renata Jardini)
No diagnóstico descartar:
• Imaturidade para aprendizagem
• Problemas emocionais
• Métodos insatisfatórios de aprendizagem
• Déficit cultural
• Déficit intelectual
• Problemas visuais
• Problemas auditivos
Testes para avaliação
• TDE-II, WISC, Prolec, Confias
• Testes neuropsicológicos
• Discriminaçãofonológica, leitura de pseudopalavras,
consciência sintática, semântica, atenção, linguagem
oral.
Em sala de aula, criança menor:
• Método multissensorial
• Método fônico
• Ênfase ao trabalhar as letras na relação nome-som
• Mais tempo para cópia do quadro
• Trabalhar com rima e canções
• Exercícios envolvendo figuras para que se identifiquem
os fonemas, rimas, aliterações.
Em sala de aula, criança maior:
• Evitar pedir para ler em voz alta
• Evitar jogos como stop
• Mais tempo para cópia do quadro
• Avaliação diferenciada: texto curto, perguntas mais diretas
• Mais tempo para resolver prova
• Retomada de avaliação no contra turno
• Prova oral
• Para dislexia severa: ledor
• Não descontar nota pela ortografia
• Não exigir avaliação de língua estrangeira
DISCALCULIA
•Cálculo,contagem,
resolução de
problemas ...
• O Transtorno específico da aprendizagem com prejuízo na
matemática, também denominado discalculia, refere-se a um
distúrbio de aprendizagem que compromete competências
relacionadas a cálculos matemáticos, enquanto demais áreas
encontram-se como o esperado. Dessa forma, trata-se de uma
desordem neurológica que afeta as habilidades de
compreender e manipular números.
• Indivíduos com discalculia apresentam, em testes de
inteligência, desempenhos superiores nas funções verbais
comparativamente às funções não verbais. Ou seja, são
sujeitos que revelam um ritmo execução de atividades lento,
que usa muitas vezes dedos para contar. Podem
demonstrar-se ansiosos , desmotivados e têm receio de
fracassar.
Caracterização
• As dificuldades relacionadas a discalculia variam em diferentes níveis,
como na compreensão e memorização de regras matemáticas, na
sequencialização de números, diferenciando a esquerda e direita,
compreendendo unidades de medida, atividades relacionadas a medida
de tempo e tarefas relacionadas a manipulação de dinheiro.
• Indivíduos com discalculia podem ser capazes de realizar operações
simples, porém, não conseguem realiza-las quando necessitam
compreender situações problema, por exemplo: 5 + 2=7 (realizam sem
dificuldades), porém caso essa situação seja: José tem 2 laranjas e Maria
5, quanto possuem ao todo? (não conseguem compreender). Além disso,
não entendem as correspondências entre números ou na conversão de
quantidades.
Johnson e Myklebust (1987)
• Visualizar conjuntos de objetos dentro de um conjunto maior;
• Conservar a quantidade. Ex.: não compreendem que 1kg = 4x
250g
• Sequenciar números – antecessor e sucessor.
• Classificar números.
• Compreender os sinais +, - , ÷, ×.

• Montar operações.
Johnson e Myklebust (1987)
• Entender os princípios de medida.
• Lembrar as sequências dos passos para realizar as operações
matemáticas.
• Estabelecer correspondência um a um: não relaciona o número
de alunos de uma sala à quantidade de carteiras.
• Contar através dos cardinais e ordinais.
Tipos:
• Verbal: nomear quantidades matemáticas
• Practognóstica: enumerar, comparar, manipular
objetos reais
• Léxica: leitura de símbolos matemáticos
• Gráfica: escrita de símbolos matemáticos
• Ideognóstica:
dificuldade em fazer operações mentais,
compreender conceitos
• Operacional: realizar operações e cálculos
Aspectos a se considerar:
• Exigências escolares
• Ritmo do aluno/aprendente
• Métodos de ensino
• Modelos de avaliação
Uso de jogos:
• Pega-vareta: percepção da cor, valor, adição, subtração,
• Quebra-cabeça: organização espacial e visual
• Dominó: contagem, planejamento, etc.
• Jogo da velha: organização viso-espacial, planejamento
• Trilha: cálculo
• Bingo: abstração
DISORTOGRAFIA
O Transtorno específico da aprendizagem com prejuízo na
escrita, também conhecido por disortografia, é
caracterizado por comprometimentos relacionados a
ortografia, gramática e redação, mesmo que o indivíduo
possua capacidade intelectual.
Dessa forma, indivíduos, com dificuldades para
aprendizagem neste campo, provavelmente são alunos
que terão limitações ou comprometimentos na
aprendizagem no ensino fundamental.
Disortografia: distúrbio ou falta de
oportunidade?
•Dificuldade persistente (vai além das séries iniciais
do EF) de fazer associação som-grafema(escrita
da letra)
• Confusão entre letras, sílabas e palavras na escrita
Substitui letras semelhantes
• Uniões e separações
A disortografia é caracterizada pela dificuldade de fixação da
regras ortográficas, apresentando frequentemente
substituição, omissão, inversão de grafemas, alteração na
segmentação de palavras, persistência do apoio da oralidade
na escrita e dificuldade na produção de textos.
Essa escrita incorreta vem acompanhada de erros e
substituições de grafemas que estão associados a alterações
no mecanismo de conversão letra-som, podendo interferir nas
funções auditivas superiores e nas habilidades
linguístico-perceptivas.
Geralmente, encontram-se maiores dificuldades na escrita do
que na leitura, uma vez que esta já proporciona o modelo
gráfico pronto, exigindo apenas a decodificação.
Já a escrita, exige que o modelo gráfico seja construído
internamente no processador ortográfico, de forma que possa
ser resgatado pela memória e reproduzido. Esta é uma das
possibilidades que associam aquelas crianças com
dificuldades de aprendizagem na leitura e na escrita
inicialmente, tornam-se alunos com maiores dificuldades na
escrita posteriormente.
Exemplos
• Troca de letras que tem som parecido: faca/vaca
• Confusão de sílabas: encontraram/econtrarão
• Adição de sílabas: batata/batatata
• Omissões: cadeira/cadera, prato/pato, serra/sera
• Fragmentações: a noitecer, en saiar
• Inversões: pipoca/picoca
• Confusão de letras simétricas (b/d, p/q) e semelhantes (e/a, b/h, f/t)
• Consoantes surdas por sonoras: f/v, p/b, ch/j
• Vogais nasais por orais: an/a, en/e, etc.
• Confusão com palavras com configurações semelhantes (pedreiro/padeiro)
• Uso de palavras com um mesmo som para várias letras: casa/caza, azar/asar,
exame/ezame.
Diagnóstico
•Alterações na linguagem: atraso na aquisição (ex.:
dislalia - a criança não pronuncia as palavras
adequadamente, disartria- Fraqueza nos músculos
usados para fala, o que muitas vezes faz com que
a fala fique arrastada ou lenta.)
•Erros na percepção visual e auditiva
•Falhas na atenção
Possíveis causas
• Ensino prematuro da escrita
• Ensino inadequado, ritmo inadequado ou acelerado
• Falta de preparo
• Cobranças excessivas e/ou sem cobranças por parte
dos pais
• Falta de consciência fonológica (trocas fonéticas: f/v,
ch/x/j, p/b, t/d e trocas espaciais/visuais: p/q, d/b, q/g)
Problemas associados
• Perceptivos: a) deficiência na percepção e memória visual
auditiva, b) deficiência no nível espaço-temporal (orientação
das letras), discriminação grafemas com traços semelhantes
• Linguísticos: a) dificuldade na articulação, b) vocabulário
deficitário
• Afetivo-emocional: baixo nível de motivação
• Pedagógicas: método de ensino não adequado que não se
ajusta as necessidades dos alunos e não respeita o ritmo de
aprendizagem
Bases neurológicas
•Região occiptial – córtex visual
primário (processamento símbolo
gráfico)
•Lobo parietal: questão viso-espacial da
grafia
•Reconhecimento e decodificação
dessas informações: área de Wernicke
•Córtex motor primário e área de Broca:
compreensão e expressão da
linguagem escrita.
Condições para aprendizagem
• Compreensão tempo e espaço tem origem no esquema
corporal
• Noção espacial: a) orientação espacial (localização), b)
estruturação espacial, c) organização espacial.
• Lateralidade (Destro, canhoto, ambidestro)
Intervenções
• Encorajar tentativas da escrita
• Estimular memória visual
• Elaboração de cartas, rotinas, diários
• Não valorizar demais erros ortográficos
• Não corrija somente, procure a solução com a criança
• Não sobrecarregue, não solicite repetição excessiva
• Jogos e brincadeiras
• Material multisensorial
Programa pré-escrita
• Exercícios com linhas retas verticais e horizontais
• Traçado de linhas verticais com tracejado
• Atividades com pincel
• Exercícios com círculos (b/d/p/q)
• Exercícios com linhas e círculos
Programa construção escrita
• Alfabeto móvel
• Caça-palavras
DISGRAFIA
•DISGRAFIA OU
TRANSTORNO DA
EXPRESSÃO
ESCRITA
•“LETRA FEIA”
• Caligrafia.
• Problema perceptivo-motor
• Poucas pesquisas, pois está associada a outras condições

Disgrafias
•Baseada na linguagem: dificuldade em construir
corretamente a palavra
•De execução motora: precisão motora
•Visoespacial: baixa capacidade viso-espacial
Disgrafias
•Perceptiva: desordem percepto-visual,
perturbações esquema corporal, lateralidade
•Motora/Orgânica: há lesão ou deficiência
motora
Risco
•Crianças que têm dificuldade com
lateralidade, canhotos que foram ensinados
com mão direita, idade motora inferior a
cronológica.
•Rótulos equivocados: preguiçosa, relaxada
Desenvolver:
•Linguagem oral
•Habilidades de orientação espacial
•Coordenação viso-motora
•Memória visual e auditiva
•Motivação para aprender
Modelos de escrita
•Inclinação de letras
•Traçado aparenta relaxado
Sinais disgráficos em sala de aula:
• Postura gráfica incorreta • Dificuldade imitar o que vê
• Forma incorreta de segurar o lápis • Desenho distorcido, mal
posicionado na folha
• Pouca ou muita força muscular
• Letra retocada
• Ritmo muito lento ou rápido de
escrita • Enlace mal feito
• Macrografia ou micrografia (letra • Desproporção hastes e pernas das
muito grande ou muito pequena) letras
• Inclinação da folha • Espaços entre linhas e palavras
irregulares
• Letras desorganizadas, ilegíveis
• Falta de organização na página
• Traços grossos/suavaes
• Números e letras contrários à escrita
• Junção letras e/ou palavras (5 – S)
outros
transtornos
T.D.A.-H
O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade
(TDAH) é um transtorno neurobiológico, de causas
genéticas, que aparece na infância e frequentemente
acompanha o indivíduo por toda a sua vida. Ele se
caracteriza por sintomas de desatenção, inquietude e
impulsividade.
Fonte: ABDA
tipos
•Predominantemente desatento
•Predominantemente hiperativo/impulsivo
•Combinado

é um transtorno do
neurodesenvolvimento
Dados estatísticos
• Prevalênciade 5% e 8% a nível mundial. Estima-se
que 70% das crianças com o transtorno apresentam
outra comorbidade e pelo menos 10% apresentam
três ou mais comorbidades. (ABDA)

•Diagnóstico: Fundamentalmente clínico


Comorbidade do tdah com
•Transtorno de Conduta e Transtorno
Opositor Desafiante (APA, 2003; Bierderman,
Newcorn & Sprich, 1991) com
aproximadamente 30% a 50%.
Comorbidade do tdah com
•Na população brasileira, um índice
semelhante foi encontrado de 47,8% com
Transtornos Disruptivos em adolescentes,
seguidos por Transtornos de Ansiedade, em
torno de 25%; Depressão, com variação de
15% a 20% e Transtorno de Aprendizagem
com variação de 10% a 20%.
T.O.D. (MEIRA, 2012)
•A característica essencial do TOD é um padrão recorrente de
comportamento negativista, desafiador, desobediente e hostil para
com figuras de autoridade, que persiste por pelo menos seis meses.
[...] os comportamentos negativistas ou desafiadores são
expressados [sic] por teimosia persistente, resistência a ordens e
relutância em comprometer-se, ceder ou negociar com adultos ou
seus pares. O desafio também pode incluir testagem deliberada ou
persistente dos limites, geralmente ignorando ordens, discutindo e
deixando de aceitar a responsabilidade pelas más ações. A hostilidade
pode ser dirigida a adultos ou a seus pares, sendo demonstrada ao
incomodar deliberadamente ou agredir verbalmente outras pessoas .
Metilfenidato e tdah
•Participação predominante da
dopamina e da noradrenalina,
sobretudo pelo fato das principais
drogas utilizadas no tratamento do
TDAH atuarem como agonistas
indiretos desses
neurotransmissores, a exemplo dos
psicoestimulantes da classe das
anfetaminas (p.ex., metilfenidato.
O reconhecido papel exercido pela
noradrenalina na atenção e da
dopamina nos centros motores
reforçam essa ideia.
•Medicalização
Referências
https://sites.usp.br/grepel/dislexia/

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