3 Exercicio 1.2017
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EM MATÉRIA DE SUCESSÕES:
B) INCORRETA: As disposições testamentárias devem beneficiar pessoa certa e determinada. Pode, contudo,
ser indicado o herdeiro dentro de uma coletividade. Arts. 1.897; 1.903; 1.904 e 1.905,CC.
C) INCORRETA: A declaração de vacância, mesmo que apareçam herdeiros habilitados legalmente, após os 5
anos da abertura da sucessão os bens serão incorporados ao patrimônio do Município.
Art. 1.822. A declaração de vacância da herança não prejudicará os herdeiros que legalmente se habilitarem;
mas, decorridos cinco anos da abertura da sucessão, os bens arrecadados passarão ao domínio do Município ou
do Distrito Federal, se localizados nas respectivas circunscrições, incorporando-se ao domínio da União quando
situados em território federal.
Parágrafo único. Não se habilitando até a declaração de vacância, os colaterais ficarão excluídos da sucessão.
D) CORRETA: A pena de exclusão do herdeiro por indignidade é de natureza pessoal, portanto os sucessores do
indigno o sucederão como se morto fosse antes da abertura sucessória com fulcro no Art. 1.816,CC.
Art. 1.816. São pessoais os efeitos da exclusão; os descendentes do herdeiro excluído sucedem, como se ele
morto fosse antes da abertura da sucessão.
Parágrafo único. O excluído da sucessão não terá direito ao usufruto ou à administração dos bens que a seus
sucessores couberem na herança, nem à sucessão eventual desses bens.
Reportar abuso
c) ERRADA. o testador pode estabelecer cláusula de impenhorabilidade sobre os bens da legítima, desde que
haja justa causa.
Art. 1.848, CC/02. Salvo se houver justa causa, declarada no testamento, não pode o testador estabelecer
cláusula de inalienabilidade, impenhorabilidade, e de incomunicabilidade, sobre os bens da legítima.
e) CORRETA.
Art. 1.909. São anuláveis as disposições testamentárias inquinadas de erro, dolo ou coação.
Parágrafo único. Extingue-se em quatro anos o direito de anular a disposição, contados de quando o interessado
tiver conhecimento do vício.
Conceito de Indignidade: é uma pena civil, que priva do direito de herança, não só o herdeiro (sucessão
legítima), como o legatário (sucessão testamentária). As causas de indignidade são taxativas, e estão previstas no
art. 1.814 do Código Civil, cabendo à pessoas que:
•houverem sido autores ou cúmplices em crime de homicídio voluntário, ou tentativa deste, contra a pessoa de
cuja sucessão se tratar. No caso de homicídio doloso consumado ou tentado contra o autor da herança, não é
preciso que haja processo criminal. O homicídio pode ser provado na ação de indignidade.
• acusaram o falecido caluniosamente em juízo, ou incorreram em crime contra a sua honra basta a denunciação
caluniosa).
• por violência ou fraude, inibiram o falecido de livremente dispor dos seus bens em testamento ou codicilo, ou
lhe obstaram a execução dos atos de última vontade.
⇒ o indigno é excluído da sucessão: o efeito dessa decisão é, via de regra ex tunc, salvo se terceiros de boa fé
adquiram bens do quinhão do indigno onde ele responderá por perdas e danos e a sentença se operará com
efeitos ex nunc porque aos olhos do adquirente ele é o herdeiro aparente, ou seja, verdadeiro e legítimo
titular do direito sucessório, embora não o fosse em razão de um erro ou ignorância da existência de um herdeiro
mais próximo;
⇒ os descendentes do indigno herdam no lugar dele como se ele fosse morto: chamada morte civil (CC
art. 1816);
⇒ o indigno não terá direito ao usufruto e á administração dos bens que a seus filhos menores
couberem na herança ou á sucessão eventual desses bens (CC, arts. 1.816, § único).
⇒ o excluído da sucessão poderá representar seu pai na sucessão de outro parente.
⇒ o indigno, apurada a obstação, ocultação ou destruição do testamento por culpa ou dolo, deve
responder por perdas e danos.
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)
A)
CC, Art. 1.860. Além dos incapazes, não podem testar os que, no ato de fazê-lo, não tiverem pleno
discernimento.
Parágrafo único. Podem testar os maiores de dezesseis anos.
B)
CC, Art. 1.875. Falecido o testador, o testamento será apresentado ao juiz, que o abrirá e o fará registrar,
ordenando seja cumprido, se não achar vício externo que o torne eivado de nulidade ou suspeito de falsidade.
C)
Art. 2.027. A partilha, uma vez feita e julgada, só é anulável pelos vícios e defeitos que invalidam, em geral, os
negócios jurídicos.
Parágrafo único. Extingue-se em um ano o direito de anular a partilha.
D)
Art. 1.829. A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte:
I - aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo se casado este com o falecido no
regime da comunhão universal, ou no da separação obrigatória de bens (art. 1.640, parágrafo único); ou se, no
regime da comunhão parcial, o autor da herança não houver deixado bens particulares.
(...)
Art. 1.832. Em concorrência com os descendentes (art. 1.829, inciso I) caberá ao cônjuge quinhão igual ao dos
que sucederem por cabeça, não podendo a sua quota ser inferior à quarta parte da herança, se for ascendente dos
herdeiros com que concorrer.
E)
CC, Art. 1.816. São pessoais os efeitos da exclusão; os descendentes do herdeiro excluído sucedem, como se ele
morto fosse antes da abertura da sucessão.
Parágrafo único. O excluído da sucessão não terá direito ao usufruto ou à administração dos bens que a seus
sucessores couberem na herança, nem à sucessão eventual desses bens.
O princípio de Saisine tem sua origem na Idade Média. Naquela época, quando ocorria a morte do servo seu
patrimônio retornava ao senhor feudal. Este exigia dos sucessores um determinado pagamento para sua
respectiva imissão. No entanto, os doutrinadores franceses, por volta do século XIII, chegaram à primeira
conclusão doutrinária sobre o princípio de Saisine, marcando como característica básica a transmissão imediata
dos bens do "de cujus" aos seus sucessores. Assim, atualmente o nosso direito contempla este princípio,
definindo a passagem de todos os bens do autor da herança, desde o momento em que abrir a sucessão, aos seus
sucessores. Isto é, essa aquisição se dá independente de qualquer ato por parte dos herdeiros.
Gabarito: "B".
A letra "a" está errada, pois nos termos do art. 1.785, CC, a sucessão abre-se no lugar do último domicílio do
falecido.
A letra "b" está certa, pois de acordo com o art. 1.786, CC, a sucessão dá-se por lei ou por disposição de última
vontade. E estabelece o art. 1.789, CC que havendo herdeiros necessários, o testador só poderá dispor da metade
da herança.
A letra "c" está errada, pois estabelece o art. 1.790, CC, que a companheira ou o companheiro participará da
sucessão do outro, quanto aos bens adquiridos onerosamente na vigência da união estável, nas condições
seguintes: I. se concorrer com filhos comuns, terá direito a uma quota equivalente à que por lei for atribuída ao
filho; II. se concorrer com descendentes só do autor da herança, tocar-lhe-á a metade do que couber a cada um
daqueles; III. se concorrer com outros parentes sucessíveis, terá direito a um terço da herança; IV. não havendo
parentes sucessíveis, terá direito à totalidade da herança.
A letra "d" está errada, pois segundo o art. 1.798, CC, legitimam-se a suceder as pessoas nascidas ou já
concebidas (trata-se do nascituro) no momento da abertura da sucessão.
A letra "e" está errada, pois prevê o art. 1.784, CC que aberta a sucessão, a herança transmite-se, desde logo, aos
herdeiros legítimos e testamentários.
a) É eficaz a cessão, pelo co-herdeiro, de seu direito hereditário sobre bem singularizado que compõe a herança
ainda não partilhada.
b) Nos termos da lei civil, a companheira do falecido par- ticipará da sucessão quanto aos bens adquiridos
onerosamente na constância da união estável e, concorrendo apenas com dois descendentes só do autor da
herança, caberá à companheira quota equivalente a que couber a cada um dos filhos do de cujus.
c) Credor de herdeiro, que vem a ser prejudicado pela renúncia de seu devedor à herança pode,
mediante autorização judicial, vir a aceitar a herança pelo renunciante.
d) Para renunciar à herança, o herdeiro deve o fazer expressamente, por meio de termo judicial ou instrumento
público ou particular.
e) A herança responde pelo pagamento das dívidas do falecido, mas após a partilha por este débito responderão
os herdeiros, independente da proporção recebida de herança por cada qual, cabível o pos- terior direito de
regresso.
LETRA A - ERRADA, pois neste caso a cessão é ineficaz.
Art. 1.793. O direito à sucessão aberta, bem como o quinhão de que disponha o co-herdeiro, pode ser objeto de
cessão por escritura pública.
§ 1o Os direitos, conferidos ao herdeiro em conseqüência de substituição ou de direito de acrescer, presumem-se
não abrangidos pela cessão feita anteriormente.
§ 2o É ineficaz a cessão, pelo co-herdeiro, de seu direito hereditário sobre qualquer bem da herança considerado
singularmente.
LETRA B - ERRADA, a quota da companheira neste caso equivalerá à metade do que couber a cada filho do
falecido.
Art. 1.790. A companheira ou o companheiro participará da sucessão do outro, quanto aos bens adquiridos
onerosamente na vigência da união estável, nas condições seguintes:
I - se concorrer com filhos comuns, terá direito a uma quota equivalente à que por lei for atribuída ao filho;
II - se concorrer com descendentes só do autor da herança, tocar-lhe-á a metade do que couber a cada um
daqueles;
LETRA C - CERTA
Art. 1.813. Quando o herdeiro prejudicar os seus credores, renunciando à herança, poderão eles, com autorização
do juiz, aceitá-la em nome do renunciante.
LETRA D- ERRADA, não pode ser feita por instrumento particular.
Art. 1.806. A renúncia da herança deve constar expressamente de instrumento público ou termo judicial.
LETRA E - ERRADA
Art. 1.792. O herdeiro não responde por encargos superiores às forças da herança; incumbe-lhe, porém, a prova
do excesso, salvo se houver inventário que a escuse, demostrando o valor dos bens herdados.
Como já ocorreu na questão da mesma prova sobre Direito de Família, o CESPE retirou a maioria das respostas
dos Enunciados aprovados nas Jornadas de Direito Civil:
a) Enunciado 271 – Art. 1.831: O cônjuge pode renunciar ao direito real de habitação nos autos do
inventário ou por escritura pública, sem prejuízo de sua participação na herança.
b) Enunciado 116 – Art. 1.815: O Ministério Público, por força do art. 1.815 do novo Código Civil, desde que
presente o interesse público, tem legitimidade para promover ação visando à declaração da indignidade de
herdeiro ou legatário.
c) Art. 1970, CC/02 (já comentado pelos colegas)
d) Enunciado 527 – Art. 1.832: Na concorrência entre o cônjuge e os herdeiros do de cujus, não será reservada
a quarta parte da herança para o sobrevivente no caso de filiação híbrida.
e) Enunciado 528 – Arts. 1.729, parágrafo único, e 1.857: É válida a declaração de vontade expressa em
documento autêntico, também chamado “testamento vital”, em que a pessoa estabelece disposições sobre o tipo
tipo de tratamento de saúde, ou não tratamento, que deseja no caso de se encontrar sem condições de manifestar
a sua vontade.de tratamento de saúde, ou não tratamento, que deseja no caso de se encontrar sem condições de
manifestar a sua vontade.
a) A exclusão do herdeiro ou legatário, em qualquer dos casos de indignidade, será declarada por sentença, e o
direito de demandar a exclusão do indigno extingue-se em dois anos, contados da abertura da sucessão.
b) O credor que se sentir prejudicado pela renúncia do herdeiro poderá, mediante autorização do juiz,
aceitar a herança em nome do renunciante. Quitadas as dívidas do renunciante, e se houver saldo,
prevalece a renúncia quanto ao remanescente, que será devolvido aos demais herdeiros.
c) Considere que o autor da herança seja casado pelo regime da separação de bens e não tenha deixado
descendentes, deixando o cônjuge sobrevivente, e, como ascendentes, os pais e a avó materna. Nessa hipótese,
serão chamados a suceder os ascendentes, por direito próprio, e a herança será dividida em três partes iguais.
d) Havendo herdeiros legítimos, o autor da herança poderá dispor por testamento da metade de seu patrimônio,
pois a outra parte será necessariamente entregue aos herdeiros, desde que não haja cláusula testamentária de
deserdação.
a) A exclusão do herdeiro ou legatário, em qualquer dos casos de indignidade, será declarada por sentença, e o
direito de demandar a exclusão do indigno extingue-se em dois anos, contados da abertura da sucessão.
[ERRADA]
Art. 1.815. A exclusão do herdeiro ou legatário, em qualquer desses casos de indignidade, será declarada por
sentença.
Parágrafo único. O direito de demandar a exclusão do herdeiro ou legatário extingue-se em quatro anos,
contados da abertura da sucessão.
b) O credor que se sentir prejudicado pela renúncia do herdeiro poderá, mediante autorização do juiz, aceitar a
herança em nome do renunciante. Quitadas as dívidas do renunciante, e se houver saldo, prevalece a renúncia
quanto ao remanescente, que será devolvido aos demais herdeiros. [CORRETA]
Art. 1.813. Quando o herdeiro prejudicar os seus credores, renunciando à herança, poderão eles, com autorização
do juiz, aceitá-la em nome do renunciante.
§ 1o A habilitação dos credores se fará no prazo de trinta dias seguintes ao conhecimento do fato.
§ 2o Pagas as dívidas do renunciante, prevalece a renúncia quanto ao remanescente, que será devolvido aos
demais herdeiros.
c) Considere que o autor da herança seja casado pelo regime da separação de bens e não tenha deixado
descendentes, deixando o cônjuge sobrevivente, e, como ascendentes, os pais e a avó materna. Nessa hipótese,
serão chamados a suceder os ascendentes, por direito próprio, e a herança será dividida em três partes iguais.
[ERRADA]
d) Havendo herdeiros legítimos, o autor da herança poderá dispor por testamento da metade de seu patrimônio,
pois a outra parte será necessariamente entregue aos herdeiros, desde que não haja cláusula testamentária de
deserdação. [ERRADA]
Art. 1.789. Havendo herdeiros necessários, o testador só poderá dispor da metade da herança.
REVOGAÇÃO DO TESTAMENTO:
PRODUZ EFEITOS = quando o testamento revogatório vier a caducar (por exclusão, incapacidade ou renúncia).
NÃO VALERÁ = quando o testamento revogatório for anulado (por omissão/infração de solenidades essenciais
ou por vícios intrínsecos).
CAPÍTULO XII - Da Revogação do Testamento
Art. 1.969. O testamento pode ser REVOGADO pelo MESMO MODO e FORMA COMO pode ser FEITO.
Art. 1.971. A revogação PRODUZIRÁ seus EFEITOS, ainda QUANDO O TESTAMENTO, que a encerra,
VIER A CADUCAR por exclusão, incapacidade ou renúncia do herdeiro nele nomeado; NÃO VALERÁ, SE o
testamento revogatório FOR ANULADO por omissão ou infração de solenidades essenciais ou por vícios
intrínsecos.
Art. 1.972. O TESTAMENTO CERRADO que o testador abrir ou dilacerar, ou for ABERTO ou
DILACERADO com seu consentimento, haver-se-á como REVOGADO.
a) realizado por duas ou mais pessoas, em instrumentos distintos, cada qual beneficiando o outro
b) realizado por pessoa sem capacidade de testar.
c) que dispõe da totalidade dos bens do testador
d) que contenha disposições testamentárias eivadas de erro, dolo ou coação.
e) feito por duas ou mais pessoas, no mesmo instrumento, em benefício recíproco ou de terceiro.
Testamento conjuntivo, de mão comum ou mancomunado é aquele em que duas ou mais pessoas, mediante um
só instrumento (portanto, num mesmo ato), fazem disposições de última vontade acerca de seus bens. É
simultâneo quando os testadores dispõem em benefício de terceiros, num só ato (uno contextu); recíproco,
quando instituem benefícios mútuos, de modo que o sobrevivente recolha a herança do outro; correspectivo,
quando os testadores efetuam disposições em retribuição de outras correspondentes. O caráter
pactício do testamento conjuntivo, como assevera Silvio Rodrigues, “é inegável, principalmente nas espécies
chamadas recíproca e correspectiva. Ora, como a lei veda o contrato sobre herança de pessoa viva (CC, art. 426),
por conter um votum mortis de indiscutível imoralidade, deve, obviamente, proibir o testamento de mão
comum”.
O testamento conjuntivo é vedado no nosso ordenamento, podendo, no entanto, existir testamentos em benefícios
recíprocos desde que realizados em instrumentos diferentes, independentemente de terem sido feitos no mesmo
dia, hora e local!!!
Testamento feito em instrumentos diferentes não são conjuntivos e são permitidos..
CC - Art. 1.863. É proibido o testamento conjuntivo, seja simultâneo, recíproco ou correspectivo