Modelos de Gestão Empresarial
Modelos de Gestão Empresarial
Modelos de Gestão Empresarial
2-7
SÉRIE ACADÊMICA
.10
MODELOS DE GESTÃO
EMPRESARIAL
32
8.6
E D G A R D C H A R L E S S T U B E R
94
iro
be
Ri
lho
va
ar
aC
ec
eb
aR
An
An
aR
eb
ec
aC
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va
lho
Ri
be
iro
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8.6
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.1 02
-7 2
2
2-7
.10
32
8.6
94
iro
be
S É R I E A C A D Ê M I C A
MODELOSDEGESTÃO
Ri
EMPRESARIAL
lho
va
E D G A R D C H A R L E S S T U B E R
ar
aC
ec
eb
aR
An
P I R AC I C A B A • S ÃO PAU LO
-7 2
.1 02
EQUIPE
32
8.6
OrGanIzadoreS
Carlos Shinoda
94
Daniela Flôres
Gabrielle de Souza Gomes
Haroldo José Torres da Silva
Maria Cecília Perantoni Fuchs Ferraz
S932m
Stuber, Edgard Charles.
Série Acadêmica
aC
ISBN: 978-65-86664-69-0
ec
CDD: 658.001
Os direitos autorais sobre as imagens u�lizadas nesse material pertencem aos seus respec�vos donos.
2
2-7
.10
32
8.6
94
Prezado(a) aluno(a), iro
be
Esse material foi desenvolvido no intuito de auxiliálo com os estudos
Ri
EQUIPE PECEGE
aC
ec
eb
aR
An
An
aR
eb
ec
aC
ar
va
lho
Ri
be
iro
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8.6
32
.1 02
-7 2
2
2-7
.10
32
8.6
EDGARD
CHARLES
94
STUBER
iro
be
Ri
02
1. Introdução .................................................................................................................9
.1
2. Eficiência, eficácia e efe�vidade.............................................................................13
32
3. Os desafios da gestão empresarial ....................................................................... 14
8.6
4. Inovação, resolução de problemas, cria�vidade, melhoria con�nua e
94
5.
Referências..........................................................................................................................33
iro
be
Ri
lho
va
ar
aC
ec
eb
aR
An
8
1. Introdução
-7 2
Modelo de Gestão é um conceito que pode ter muitas interpretações
e para iniciar este tema é prudente recorrermos à e�mologia destas palavras.
02
Um modelo se refere à diversas formas simplificadas que podemos usar
para descrever a realidade e estas representam uma situação no mundo real
.1
do trabalho. Já o conceito de gestão é incen�var a par�cipação, es�mular
a autonomia e a responsabilidade dos colaboradores, ou seja, tem um foco
32
na questão gerencial voltada para o relacionamento polí�co-administra�vo,
levando em conta as interações sociais entre as pessoas. Gerir também pode
8.6
ser visto no sen�do de organizar os recursos financeiros, materiais e humanos
disponíveis em uma organização.
É importante ressaltar que também existe certa falta de clareza
94
em relação ao uso dos termos gestão e administração. De acordo com
Frederick Fayol, idealizador da teoria clássica da administração, a
iro
responsabilidade do administrador é de conduzir a empresa considerando
alcançar obje�vos pré-definidos. Podemos deduzir que administração é
um termo de cunho mais técnico, que visa a�ngir as metas e os propósitos
be
estabelecidos pela organização.
Historicamente o conceito de gestão está muito relacionado à
Ri
liderança, que conta com técnicas que permi�ram que líderes, ao longo da
história, construíssem cidades, impérios e grandes obras como castelos,
lho
pontes e catedrais.
Enfim, produ�vidade sempre foi uma preocupação e con�nuará sendo
para os próximos anos, pois ela está relacionada à força de trabalho gerada
va
quase cem anos para outro economista francês, Li�re, usar o termo no sen�do
de capacidade para produzir. Mas na prá�ca foi apenas no início do século XX
que surgiram os métodos, técnicas e processos produ�vos que compunham
ec
9
ob�do pela divisão do produ�vo por um dos fatores de produção. Aqui
-7 2
efe�vamente se pode falar de produ�vidade do capital, matérias-primas,
mão de obra, materiais, energia e outros insumos. Esse é o mo�vo pelo qual
associamos o tema de produ�vidade ao de eficiência e de tempo, sendo
02
que quanto menor for o tempo levado para obter o resultado pretendido,
mais produ�vo será o sistema.
.1
Os graus de produ�vidade da mão de obra, equipamentos, processos,
32
e outros mais são os melhores indicadores para medição de sua performance
organizacional como eficiência e eficácia, e a produ�vidade ainda é
8.6
considerada, por muitos, como o melhor indicador para se comparar a eficácia
da gestão organizacional.
A palavra produ�vidade só veio a ser adotada, de forma mais
94
intensiva, a par�r da Segunda Guerra Mundial. Nos Estados Unidos só entrou
no dicionário da língua inglesa na década de 50. Hoje em dia, entretanto,
existe certo consenso que a produ�vidade é um dos pilares para a obtenção
de uma verdadeira vantagem compe��va.
iro
Sendo, portanto, produção um conjunto de a�vidades que levam à
be
transformação de um bem em outro com maior u�lidade, podemos concluir
que este conceito acompanha o homem desde a sua origem. Desde a Pré-
Ri
for a relação entre a quan�dade produzida por fatores u�lizados, maior será
a produ�vidade.
aC
pois há limite para a eficiência operacional. Por isso, veremos mais à frente
a importância da inovação, que pode ser definida pela geração de valor novo
aR
10
um caráter mais cien�fico com foco no crescimento das organizações. No
-7 2
início do século XX houve uma divisão em relação ao conceito de Adam:
o engenheiro americano Frederick Taylor defendia a gestão cien�fica e o
02
economista alemão Max Weber deu ênfase aos aspectos administra�vos.
Para Taylor, o foco era a medição e a especificação de a�vidades
.1
e de resultados. Foram então criados procedimentos para que as tarefas
pudessem ser realizadas com mais eficiência, ou seja, menos tempo e menor
32
custo. A gestão administra�va �nha um foco na organização ao invés do
desempenho no trabalho, e defendia-se uma organização hierárquica com
8.6
níveis de gestão superiores, médios e inferiores com clara cadeia de comando
e controle. Os gestores do topo hierárquico eram encarregados da estratégia
e do planejamento, enquanto gestores de nível médio comandavam os
94
supervisores, que por sua vez chefiavam os trabalhadores operacionais,
estes que realmente executavam o trabalho propriamente dito. Para Weber,
iro
cada pessoa da organização seguia as ordens do seu superior direto, o que
caracterizava o comando e controle sem levar em consideração os aspectos
humanos na gestão.
be
Entretanto, nem todo conhecimento poderia vir dos níveis superiores
e ao longo do século XX percebeu-se que todas as pessoas da organização
Ri
11
Mas agora temos uma nova realidade, pois é preciso observar
-7 2
constantemente as mudanças da sociedade, que aceleram as mudanças no
mercado. Quem define o modelo de gestão da empresa é o cliente, visto
02
que caso ele não esteja sa�sfeito, deixará de comprar produtos ou serviços
oferecidos pela empresa .
.1
Esse é um discurso contemporâneo muito di�cil de ser introduzido nas
organizações, que ainda se prendem ao passado e que preferem permanecer
32
no status quo adquirido. Aqui reside o perigo do sucesso do passado, pois as
empresas têm dificuldade de reagir rapidamente com respostas imediatas às
8.6
novas demandas do mercado.
Podemos concluir que gestão é um processo que visa incen�var
94
a par�cipação, es�mular autonomia e despertar a responsabilidade dos
colaboradores com foco no processo polí�co-administra�vo de uma empresa,
iro
ou seja, nas interações sociais das pessoas que compõem uma organização.
Para finalizar esta introdução, podemos dizer que o modelo de gestão
é gerir através de um exemplo, ou seja, um modelo já existente, realizando
be
apenas as modificações necessárias para as par�cularidades de cada
organização. Vale ressaltar que não existe um modelo único de gestão, além
Ri
seus compe�dores. Isso não quer dizer que a eficiência não seja importante.
eb
12
2. Eficiência, eficácia e efe�vidade
-7 2
Esses termos são todos muito similares e muitas vezes u�lizados
de forma errônea como sinônimos, mas num ambiente organizacional, a
02
diferenciação desses conceitos é muito importante.
Eficiência é um conceito que nos remete ao ambiente fabril para produzir
.1
corretamente, ou seja, fazer uso dos recursos disponíveis da maneira mais
racional e sem desperdícios. O grande foco da eficiência está na diminuição
32
dos custos, perdas e desperdícios em geral. Esse conceito é muito u�lizado
pela administração, pois se conecta diretamente com a produ�vidade. A
8.6
equipe eficiente é aquela que consegue entregar o resultado exatamente
como planejado com um trabalho de qualidade no prazo acordado e dentro
94
do orçamento.
Eficácia, por sua vez, está relacionado à capacidade de fazer o que deve
ser feito com o obje�vo de entregar os resultados planejados. Para fazer isso
iro
temos que cumprir as metas, alcançando os obje�vos da equipe. O conceito
de eficácia está muito conectado com o processo de tomada de decisões
be
e com o resultado alcançado, sem levar em conta os custos envolvidos e o
tempo que isso pode acarretar. Literalmente eficácia é saber o que fazer.
Ri
e a preocupação era com a u�lidade deste recurso. Nesta fase a pergunta que
se fazia era: o que os colaboradores precisam para entregar o trabalho que
lhes foi designado?
An
13
Depois veio o movimento da produ�vidade, cuja grande preocupação
-7 2
era: o que os colaboradores precisam para trabalhar melhor e de forma mais
rápida? Foi aí que teve início a Administração Cien�fica, focando nos tempos
e nos métodos e na qual cada movimento dos trabalhadores era medido,
02
analisado e padronizado.
Mais recentemente começou a preocupação das organizações em
.1
obter o engajamento dos seus colaboradores e o grande ques�onamento
32
organizacional passou a ser: como poderíamos deixá-los felizes para melhorar
a sua performance? Muitas organizações começaram a fazer pesquisas anuais
8.6
para entender o nível de engajamento dos seus colaboradores.
O movimento mais recente é a preocupação que as empresas têm com
a experiência dos seus colaboradores. Este é um conceito rela�vamente novo
94
que foi adotado pela primeira vez em 2014 pela empresa Airbnb, e que é
muito similar a um projeto de melhoria da experiência dos clientes. Agora
a grande preocupação das organizações é como promover um ambiente
iro
onde as pessoas queiram estar e não que precisem estar. Esse conceito é
importante porque está muito conectado com a resolução de problemas nas
be
tarefas diárias dos colaboradores. O entendimento profundo das frustrações,
barreiras e impedimentos diários e a sua eventual remoção trazem um fluxo
Ri
mais harmônico para as ro�nas das pessoas que trabalham nas organizações.
Pensamento sistêmico
Aprendizado organizacional e inovação
eb
Liderança transformadora
Compromisso com os stakeholders
aR
Adaptabilidade
Orientação por processos
Desenvolvimento sustentável
An
14
A gestão é um conceito que está ligado às ro�nas, tão necessárias
-7 2
em uma organização. O mínimo que o mercado espera é que o padrão e
a qualidade dos produtos, serviços e experiências sejam constantes ao
02
longo do tempo. Ninguém admite adquirir um bem que tenha variações de
qualidade numa recompra.
.1
32
8.6
94
• •
•
•
•
•
iro
be
Ri
lho
va
ar
experimentação rápida.
Para conseguir a colaboração de todas as pessoas �sicas que compõem
eb
15
O outro desafio fundamental para o sucesso de um negócio é promover
-7 2
o entendimento da interdependência de todos os atores que compõem a
cadeia de valor.
02
4. Inovação, resolução de problemas, criatividade,
melhoria contínua e tomada de decisões
.1
A tomada de decisões é um processo que fazemos o tempo todo e
32
isso não é diferente em relação às decisões operacionais nas organizações.
Algumas decisões operacionais estão ligadas à gestão, ou seja, ligadas às
8.6
ro�nas que as pessoas precisam realizar para a�ngimento dos resultados
planejados pela empresa. Um bom modelo de gestão deve permi�r
autonomia para os colaboradores para que não tenham que recorrer sempre
94
a um gestor ou a um líder para uma decisão final, pois isso retarda muito a
eficiência organizacional.
Entretanto, ao desempenhar processos que garantem a uniformidade
iro
e qualidade dos produtos e serviços, surgem os problemas. Um problema é
a diferença entre uma situação atual e uma situação desejada ou planejada.
be
Esse “GAP” precisa ser eliminado ou mi�gado e aí entram os diferentes
métodos de resolução de problemas.
Ri
pelas pessoas. O desafio desses problemas é que eles não possuem dados
históricos pelo fato de não terem precedentes. Para isso, temos que usar
ar
16
problemas. Infelizmente, estamos vivendo numa época na qual o cenário é
-7 2
de incerteza crescente.
Os métodos de resolução de problemas que usamos nas organizações
02
são oriundos dos métodos u�lizados pela ciência. Para resolver problemas bem
definidos usamos o método racional, derivado do método desenvolvido por
René Descartes, no século XVII . Para resolver problemas complexos usamos o
.1
método empírico, também oriundo da ciência e que foi desenvolvido a par�r
32
de Francis Bacon. Portanto, não estamos falando de nada novo e nenhum
modismo, mas de métodos extremamente bem estruturados e testados
8.6
largamente ao longo de muitos e muitos anos.
94
iro
be
Ri
lho
va
ar
que devem ser tangibilizadas para que possam ser comunicadas. Para
gerar resultados, essas ideias que são as possíveis soluções dos problemas
aR
17
-7 2
.1 02
32
8.6
94
Figura 3. Tomada de decisão
iro
be
O processo de tomada de decisões, por outro lado, é ter que fazer uma
escolha entre algumas alterna�vas. Existem três níveis de tomada de decisões:
Ri
Quando tomamos uma decisão estamos fazendo uma escolha entre várias
alterna�vas existentes. A resolução de problemas, por sua vez, é um tema
aR
18
Infelizmente, muitos modelos de gestão ficam mais voltados à
-7 2
manutenção das ro�nas de uma organização. A resolução de problemas, por
sua vez, faz parte de uma abordagem projetual, ou seja, tem início, meio e
fim. Resolvido um problema, a sua solução precisa ser implementada através
02
de um projeto para que venha a gerar os resultados esperados.
Existe uma preocupação muito grande para escolha do modelo ideal
.1
de gestão de uma organização. Entretanto, como já foi falado neste texto,
32
a organização deve ser encarada como um organismo vivo que precisa ter
a capacidade de se adaptar de acordo com as condições do meio ambiente,
8.6
que é o mercado em que está inserida. Para que isso ocorra, entretanto, a
liderança tem papel fundamental de comunicar com clareza e simplicidade
todas as mensagens, para que não reste dúvida aos colaboradores sobre a
94
trajetória que está sendo seguida.
Uma das grandes capacidades da espécie humana, e que nos diferencia
das demais espécies que habitam o planeta Terra, é que conseguimos gerar
iro
conhecimento através da linguagem e temos a capacidade de raciocinar.
Porém, esta mesma linguagem que nos diferencia, também nos traz grandes
be
problemas de comunicação. Esta é uma tarefa que deve ser contemplada
em qualquer que seja o modelo de gestão a ser adotado pela organização.
Ri
19
forma possível seu capital humano e seus recursos financeiros, materiais e
-7 2
tecnológicos. Apesar das pessoas serem o maior bem de uma organização,
esse gerenciamento não é uma tarefa fácil, especialmente dentro de um
ambiente corpora�vo que possui uma cultura desenvolvida ao longo de anos
02
nas interações sociais.
Apesar de todo o avanço da tecnologia e da Inteligência Ar�ficial,
.1
que já está entre nós, o sucesso de uma organização ainda depende do lado
32
humano, composto por pessoas que têm diferentes modelos mentais, crenças
e visões de mundo singulares. A gestão ideal deveria eliminar as barreiras e
8.6
dificuldades ro�neiras encontradas pelos colaboradores e também resolver
conflitos internos, naturais nas relações humanas.
Os modelos de gestão mais comuns são: gestão de pessoas, gestão de
94
processos, gestão , gestão de projetos, gestão para resultados, gestão à vista,
gestão ágil, etc.
A seguir veremos alguns pontos que diferenciam cada um desses modelos:
Gestão comportamental
ec
20
Gestão por desempenho
-7 2
Neste caso o interesse da organização se baseia na performance e
desempenho dos colaboradores para que os obje�vos sejam alcançados. É
02
um modelo que se preocupa com a melhoria da produ�vidade da empresa
através do sucesso do seu capital humano.
.1
Gestão para resultados
32
8.6
94
iro
be
Ri
lho
Este modelo é muito defendido por Vicente Falconi, que acredita que
as organizações podem a�ngir resultados expressivos e duradouros através
ar
os bancos de dados para que todos tenham acesso. Neste modelo de gestão,
a expecta�va é de que os problemas que aconteceram no passado tenderão
a con�nuar acontecendo no futuro.
An
21
Gestão por cadeia de valor
-7 2
.1 02
32
8.6
94
iro
be
Figura 6 . Cadeia de valor
Gestão autocrá�ca
Este é um dos tradicionais modelos de gestão, pois o líder assume
ec
colabora�vo dentro de uma equipe, pois esta não tem voz a�va neste modelo
de gestão e o processo de tomada de decisões também fica mais demorado,
já que depende apenas de uma pessoa.
An
22
Gestão focada em processos
-7 2
.1 02
32
8.6
94
Figura 7 . Processos estruturados
iro
be
O foco aqui é baseado nos processos, na expecta�va de obtenção da
melhor execução possível. Neste caso, tudo deve ser bem analisado e executado,
Ri
Gestão democrá�ca
Esta é uma gestão mais par�cipa�va e que leva em conta a opinião dos
aC
atritos dentro da equipe. Para mi�gar este problema os líderes devem saber
lidar muito bem com seus �mes para conseguir contornar situações que
podem colocar em risco o clima organizacional.
An
23
Sistema Toyota de Gestão
-7 2
Esse sistema foi desenvolvido pela Toyota entre 1947 e 1985 com o
obje�vo de aumentar a produ�vidade e eficiência, colocando um foco muito
grande na eliminação do desperdício em todas as partes da fábrica, como por
02
exemplo, reduzir estoques, eliminar o tempo de espera, evitar a superprodução
para não provocar gargalos de transporte, eliminando inventários desnecessários.
.1
Este sistema se baseia em quatro pilares:
32
1. Todo trabalho deve ser detalhadamente especificado, portanto, o
processo tem que ter o conteúdo, sequência, tempo e resultado.
2. Existe uma relação entre cliente e fornecedor que pode ser interna
8.6
ou externa, mas deve ser direta.
3. Busca constante da simplicidade no fluxo dos trabalhos e processos
94
internos.
4. Qualquer melhoria deve ser feita pela resolução de problemas sob
a coordenação de um orientador.
iro
Muitos acreditam que o conceito de produção enxuta da Toyota é uma
con�nuação do sistema de produção em massa desenvolvido na década de
be
20, por Henry Ford. Logo depois da Segunda Guerra Mundial, os japoneses
habitavam em uma ilha muito afetada pela guerra com poucos recursos
Ri
nas ro�nas de trabalho. Este modelo de gestão visa desenvolver uma cultura
organizacional que tem como obje�vo expor e resolver os problemas nos mais
ar
Gestão ágil
ec
eb
aR
24
As empresas que utilizam este modelo de gestão têm foco na
-7 2
execução de projetos. É importante ressaltarmos que por agilidade não
devemos pensar apenas em rapidez, mas também em flexibilidade e
capacidade de adaptação, com visão sistêmica. Isso deixa a organização
02
mais preparada para reagir às mudanças do mercado ou do próprio
planejamento da organização. Trata-se de um modelo relativamente
.1
novo, que teve início na Toyota, e ao longo dos anos 90 ficou famoso
32
principalmente entre empresas de software.
A base é dividir um projeto em etapas menores de modo que seja
8.6
mais fácil de ser administrado e para que haja uma entrega constante
e diária de valor. Isto traz mais confiança para os clientes e para os
próprios colaboradores que sentem quando estão progredindo na
94
execução do projeto.
Empresas que usam o modelo de gestão ágil também estão mais
preparadas para enfrentar a transformação digital. Um dos pontos
iro
de maior dificuldade para as empresas enfrentarem a transformação
digital é a cultura organizacional, e ao trabalhar com métodos ágeis é
be
possível montar equipes interdisciplinares, chamados de esquadrões
ou “squads”, em inglês. Além de contribuir com a mudança da cultura
Ri
Gestão orgânica
De acordo com Frederic Laloux, no seu livro “Reinventando as
organizações: um guia para criar organizações inspiradas no próximo estágio
An
25
da consciência humana”, as organizações podem ser estudadas a par�r de
-7 2
cinco diferentes estágios de desenvolvimento. Cada estágio carrega novas
descobertas e transcende o anterior, sem excluí-lo. Isso não quer dizer que
um paradigma seja melhor do que outro, mas existe uma evolução natural
02
das organizações, comparando-as com organismos vivos da natureza.
Os três pilares nomeados pelo autor são:
.1
Propósito vivo e claro
32
Estruturas autogeridas
Ambiente integral
8.6
Uma característica que diferencia a espécie humana das demais
é a capacidade que temos de colaborar em larga escala. Portanto,
temos que entender as organizações como um meio que nos permite
94
atingir objetivos comuns, coisa que não conseguiríamos fazer de forma
individual ou isolada.
A evolução cultural que obtivemos nos últimos 250 anos, desde
iro
a revolução científica, é gigantesca se compararmos com a história
da espécie humana. As empresas e organizações, de maneira geral,
be
viabilizaram grande parte desse nosso avanço cultural. Entretanto, os
modelos de gestão que usamos desde a Revolução Industrial estão
Ri
chegando ao limite.
Estamos sofrendo uma acelerada mudança cultural por conta
da transformação digital e os modelos hierárquicos que tiveram
lho
26
-7 2
02
.1
32
8.6
94
Figura 9. Visão geral dos principais paradigmas organizacionais
Fonte: adaptado de Laloux (2014)
iro
A metáfora para descrever este �po de organização é uma ma�lha
de lobos. Existe uma clara liderança que chega a ser predatória. As
be
caracterís�cas, de acordo com o autor, são um exercício constante do
poder pelo chefe para manter as tropas em linha, a u�lização do medo
Ri
que este �po de organização tem muita dificuldade para operar em ambientes
de alta incerteza. O es�lo de liderança desse �po de organização é paternalista
aR
27
Organização laranja (empreendedora)
-7 2
A metáfora que define esse �po de organização é de uma máquina .
Trata-se de uma organização que é composta de processos e projetos e existe
muita efe�vidade e sucesso nestas empresas que conseguem ter certo grau de
02
inovação, responsabilidade e meritocracia. Exemplos destas organizações são
várias empresas mul�nacionais e escolas privadas. O es�lo de liderança tem
.1
foco nas metas e decisões que são orientadas para tarefas. O que caracteriza
32
esse �po de organizações é a meta, destruir a concorrência, obter lucro e
crescer. Aqui a inovação é a chave para permanecer à frente e à gestão por
obje�vos que reforçam o comando e controle com certo grau de liberdade
8.6
para os colaboradores. Um dos problemas desse �po de organização é que
uma abordagem mecanicista acaba simplificando demais os ambientes de
94
alta complexidade e, desta forma, tendem a �rar as pessoas dos problemas
para resolvê-los , fato que não traz perenidade para as soluções.
Organização verde (pluralís�ca)
iro
O que melhor define esse �po de organização é a família. Podemos
entender a família como núcleo básico das interações sociais, que se desenvolve
através de uma confiança muito grande entre os seus membros. Dentro
be
de uma estrutura piramidal clássica, foca na cultura e no empoderamento
para alcançar mo�vação extrema dos colaboradores. O es�lo de liderança
Ri
28
A pesquisa do autor se baseou num aspecto historicista, olhando os
-7 2
diferentes estágios de evolução cultural da humanidade. Para nos adaptarmos às
mudanças ambientais evoluímos em estágios, com transformações repen�nas
que são chamadas mudanças de paradigma. Para cada transição existe um
02
novo estágio de consciência, como a origem de uma nova era da história da
humanidade. A sociedade evoluiu dos caçadores-coletores, passando pelos
.1
impérios, para os estados-nação, para a agricultura e industrialização, sempre
32
moldando uma cultura de poder com forte papel da religião.
Holacracia
8.6
Este modelo de gestão pode ser considerado como a an�tese do modelo
fordista do século passado. É um conceito aplicado em áreas de pesquisa e
94
desenvolvimento, em startups e unidades de negócios que requeiram agilidade
de ação. Mas já encontramos casos de aplicação em fábricas, restaurantes,
hotéis e outras organizações.
iro
be
Ri
lho
va
ar
aC
ec
Distribuição do poder
É um modelo que promove a distribuição de papéis, ou seja, das
aR
29
círculos diferentes). Desta forma a autoridade deixa de ficar concentrada nos
-7 2
indivíduos conhecidos como chefes, e não há uma hierarquia clara. Mas isso
não quer dizer que todos têm o mesmo poder, este é distribuído com regras
gerais que devem ser seguidas, pois qualquer organização social precisa ter
02
certa norma�zação. Apesar da autonomia dos papéis, todos entendem que
existe interdependência e valorizam a importância da harmonia dentro do
.1
grupo. O norteador dos círculos e papéis é o propósito da organização.
32
Fim dos silos organizacionais e adoção de círculos
As estruturas extremamente hierarquizadas do passado, mas ainda
8.6
estão muito presentes em diversas organizações do mercado, deixam de
exis�r. Os tradicionais silos ou compar�mentos desaparecem e o novo
organograma é composto por esferas concêntricas (hierarquia de círculos ou
94
“holarquia”) no qual o anel externo abriga todos os círculos em seu interior
e cada círculo tem o seu próprio processo, independente de governança,
porém interdependente. Há pessoas que têm o papel de elo para tornar
iro
a comunicação e o trabalho mais fluído. Como em um organismo vivo, os
círculos estão em constante mutação se adaptando ao ambiente externo. Isto
be
traz grande flexibilidade e agilidade com respostas rápidas para as demandas
de um mercado de incerteza crescente. Os círculos internos são os que
Ri
Cons�tuição própria
Existe uma cons�tuição oficial que foi definida pela consultoria de
va
Autogestão
Este é o pivô central deste modelo de gestão, em que a governança
é feita por cada pessoa que assume suas responsabilidades e toma suas
ec
próprias decisões, desde que atenda o círculo a qual pertence. São feitos
acordos das atribuições dos diferentes papéis e círculos, mas como foi dito
eb
30
Poder nas pontas
-7 2
Para termos uma organização que responda rapidamente às demandas
do mercado, a agilidade na tomada de decisões é fundamental. Isso exige
grande maturidade profissional dos colaboradores, pois eles devem definir os
02
rumos a seguir.
Novos modelos mentais
.1
Um dos pontos mais di�ceis de implementação deste modelo de gestão
32
é o fato de que somos educados, desde muito cedo, a obedecer e trabalhar
diante de certa ordem, a respeitar certa hierarquia e, portanto, os nossos
8.6
modelos mentais têm que ser ques�onados para esta nova gestão. Essa é
uma das partes mais di�ceis para implementação deste modelo, pois requer
novas competências individuais dos colaboradores, que além de terem que
94
desenvolver novos modelos mentais, precisam aprender a estabelecer uma
nova relação nas dinâmicas sociais de um grupo.
O processo de tomada de decisões se dá por constrangimento e
iro
pressão entre os pares. Como em qualquer grupo social, as exigências
entre os par�cipantes movem o grupo a se ajustar e a progredir com o
be
aperfeiçoamento das interações entre todos.
Um exemplo clássico é o da Zappos, uma empresa de e-commerce,
Ri
31
parece ser uma tarefa complexa, perigosa e desconhecida. O importante
-7 2
para este modelo é que a estratégia tem que estar muito bem definida, o
propósito deve ser muito claro e a comunicação deve ser simples e asser�va,
tudo permeado com muita tecnologia e segurança ciberné�ca, que é uma das
02
grandes preocupações das empresas.
No caso da gestão remota, a estruturação das metas deve ser revista
.1
devido à dificuldade da comunicação direta. Portanto, as metas devem ser
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muito claras para que se obtenha o comprome�mento das equipes e es�mule
uma sensação de pertencimento para os colaboradores. Outro aspecto que
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deve ser considerado são os prazos e aqui a gestão à vista pode ajudar as
equipes a entenderem a interdependência de suas tarefas.
A comunicação interna da organização tem papel fundamental para
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reforçar a cultura da empresa, os propósitos, os valores, os comprome�mentos
e as metas da organização. Como em qualquer modelo de gestão, é muito
importante a divulgação de resultados posi�vos e principalmente dos avanços
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conquistados pelas equipes, com a promoção de comemorações desses avanços.
Ainda há muito para fazermos e para evoluirmos neste modelo de
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gestão, que aparentemente veio para ficar. Talvez tenhamos um modelo
híbrido que em algum momento contemple a gestão remota de equipes.
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RECAPITULANDO
lho
do futuro.
Outra conclusão importante é que além de desenvolver a
capacidade de resolver problemas, temos que ser eficientes na
An
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implementação das soluções encontradas. Ambientes que propiciem a
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geração de ideias com eficiente implementação são os que terão mais
chance de prosperar.
A mudança cultural que a sociedade vivencia, trouxe consigo
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impaciência para os clientes que não querem mais ter que interagir com
as ineficiências dos processos transacionais das organizações. Desta
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forma, os modelos de gestão têm uma importância crescente para
ajudarem na evolução constante e necessária das pessoas jurídicas que
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habitam o ecossistema corpora�vo.
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Referências
Drucker, P. 1994. Administrando para o futuro. Editora Pioneira. Santana do Paraiba,
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SP, Brasil.
Laloux, F.2017. Reinventando as Organizações: um Guia Para Criar Organizações
Inspiradas no Próximo Estágio da Consciência Humana. Editora Voo, Belo Horizonte,
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MG, Brasil.
Liker, J.K.; Meier, D. 2007. O modelo Toyota: manual de aplicação. Editora Bookman,
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