Artigo Científico para Pós-Graduação Dario Ferreira
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FORTALEZA - CE
2019
GRUPO EDUCACIONAL FAVENI
FORTALEZA - CE
2019
ARTE NA SALA DE AULA SOB UMA PERSPECTIVA INCLUSIVA
Declaro que sou autor(a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo foi por
mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou integralmente, de forma
ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente referenciadas ao longo do trabalho ou
daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por mim realizadas para fins de produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e administrativos, e
assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos direitos autorais. (Consulte a 3ª
Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços).
RESUMO- Com o presente trabalho, abordar-se-á o tema “arte na sala de aula sob uma perspectiva inclusiva”.
Percebe-se que a educação inclusiva na atualidade exige práticas inovadoras do professores do trabalho e na
organização das escolas. Adotando-se novos métodos no processo de ensino-aprendizagem de seus alunos,
independente das dificuldades, potencialidades e limitações apresentadas por eles. O trabalho está fundamentado em
autores de grande relevância neste tema, destacando-se: Vygotsky, Ferreira, Lavelberg, Mantoan, Mendes e
Rodrigues. Utilizou-se como metodologia a pesquisa bibliográfica através de levantamentos em documentos
internacionais, legislação e as políticas nacionais referentes à educação especial em uma perspectiva inclusiva.
Diante desta perspectiva, analisou-se o papel da disciplina de artes, no processo de inclusão de alunos com
Necessidades Educativas Especiais, avaliou-se a formação distinta que os professores possuem, acerca deste
domínio. Este estudo revelou, que tem havido um esforço por parte dos docentes em alcançar um padrão e
competência social através de um sistema educativo único, mas, ainda há um longo percurso a percorrer para que o
processo inclusivo funcione de forma verdadeiramente sustentada. Mais do que aceitar a presença dos alunos com
Necessidades Educativas Especiais, é necessário facultar-lhes uma pluralidade de respostas em prol do seu
desenvolvimento integral. Sendo evidentes os benefícios das artes no âmbito da educação especial, cabendo ao
professor da disciplina adotar uma atitude e ser, um mediador de oportunidades, objetivando efetivamente uma
escola inclusiva para todos.
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E-mail do autor
1 INTRODUÇÃO
2 DESENVOLVIMENTO
A investigação sobre o ensino das artes visuais no contexto da inclusão foi alvo de alguma
timidez inicial. Mas, como já tivemos a oportunidade de referir anteriormente, a Declaração de
Salamanca (BRASIL, 1994) fez deflagrar o movimento de inclusão como novo modelo
educacional.
Contudo, segundo Reily (2001), parece que os cursos de artes visuais não estão a
conseguir acompanhar esta conjuntura atual, no sentido de preparar os universitários para exercer
a sua profissão de docentes, tendo em conta um público com notável diversidade ao nível das
habilidades, necessidades e limitações.
De acordo com um estudo realizado por Moraes (2007), acerca da inclusão por meio da
arte numa escola regular, ficou demonstrado que, os professores concebem as ações relacionadas
com este campo como mais fáceis e menos importantes que outras atividades acadêmicas,
menosprezando igualmente a habilidade do aluno com Necessidades Educativas Especiais (NEE),
oferecendo-lhe tarefas repetitivas, que pouco cooperam para o seu desenvolvimento criativo e
estético. Ainda segundo Reily (2001), quando há a oportunidade de pintar, geralmente se
subestima a criatividade, e os alunos especiais são convidados a colorir contornos
antecipadamente determinados, em trabalhos manuais dirigidos.
É imprescindível, no entanto, acreditar na capacidade do outro, para que expresse aquilo
que lhe é significativo. Desta forma, se o professor não tiver um embasamento sobre a natureza
das particularidades dos seus alunos e sobre o modo de propagar a sua participação plena, ele vai
refugiar a sua prática no senso comum e, provavelmente, também em alguns estereótipos que
imperam na sociedade.
Perante tal situação, é preciso reconhecer que, se por um lado existe uma lacuna
significativa na prática em artes visuais com públicos especiais, por outro, todas as pessoas,
inclusive as com deficiência, usufruem do direito de terem no seu percurso escolar um ensino de
arte inclusivo:
Aprender é uma ação humana criativa, individual heterogênea e regulada pelo sujeito da
aprendizagem, independentemente de sua condição intelectual ser mais ou menos
privilegiada. São as diferentes ideias, opiniões, níveis de compreensão que enriquecem o
processo escolar e que clareiam o entendimento dos alunos e professores – essa
diversidade deriva das formas singulares de nos adaptarmos cognitivamente a um dado
conteúdo e da possibilidade de nos expressarmos abertamente sobre ele (MANTOAN, et
al, 2006, p. 13).
Assim, este docente deverá possuir estratégias de ensino condizentes com as concepções
do seu tempo, propondo um currículo e procurando experimentar e transformar conceitos,
mediante as capacidades dos alunos.
No entanto, o resultado do processo de ensino e aprendizagem em artes nem sempre é o
que o docente tanto almejou, por mais que ele tenha tentado desenvolver as potencialidades do
aluno através do ato criativo. Porém, o desejo do professor é que “(…) tais buscas sejam
compreendidas por todos, como possibilidade de crescimento pessoal e social” (BRASIL, 1999,
p. 132).
Além disso, na educação voltada ao ensino das artes, “o professor terá o seu tempo de
plantar e colher. Algumas sementes nascem mais rápidas do que as outras, mas isto não quer
dizer que o fruto seja melhor ou pior. É uma questão de tempo e paciência” (BRASIL, 1999, p.
132).
3 CONCLUSÃO
BRASIL. (1999) Manual da arte educação. Uma dinâmica para o desenvolvimento. Brasília:
Federação Nacional das APAEs.
BRASIL. (2002) Estratégias e orientações sobre artes: Respondendo com arte às necessidades
especiais. Brasília: Secretaria de Educação Especial.
FERREIRA. S. (2001) O ensino das artes: Construindo caminhos. São Paulo: Papirus.
LAVELBERG. R. (2003) Para gostar de aprender arte: Sala de aula e formação de
professores. Porto Alegre: Artmed.
PEREIRA. K. H. (2007). Como usar artes visuais na sala de aula. São Paulo: Contexto.
REILY. L.H. (2001). Armazém de imagens: Ensaio sobre a produção artística da pessoa com
deficiência. Campinas: Papirus.
TEIXEIRA. K. F. (2006). A arte e a inclusão escolar do aluno com síndrome de down. Revista
de iniciação científica, 4, 1.
VYGOTSKY. L. S. (1999). Psicologia da arte. (Trad. Paulo Bezerra). São Paulo: Martins
fontes.