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Direito Administrativo

Vigência – Contratos Administrativos

Professor Leandro Roitman

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Direito Administrativo

VIGÊNCIA – CONTRATOS ADMINISTRATIVOS

CAPÍTULO III adimplemento das obrigações e a do efeti-


DOS CONTRATOS vo pagamento;
IV – os prazos de início de etapas de execu-
Seção I ção, de conclusão, de entrega, de observa-
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES ção e de recebimento definitivo, conforme
o caso;
Art. 54. Os contratos administrativos de que
trata esta Lei regulam-se pelas suas cláusulas V – o crédito pelo qual correrá a despesa,
e pelos preceitos de direito público, aplicando- com a indicação da classificação funcional
-se-lhes, supletivamente, os princípios da teoria programática e da categoria econômica;
geral dos contratos e as disposições de direito
VI – as garantias oferecidas para assegurar
privado.
sua plena execução, quando exigidas;
§ 1º Os contratos devem estabelecer com
VII – os direitos e as responsabilidades das
clareza e precisão as condições para sua
partes, as penalidades cabíveis e os valores
execução, expressas em cláusulas que defi-
das multas;
nam os direitos, obrigações e responsabili-
dades das partes, em conformidade com os VIII – os casos de rescisão;
termos da licitação e da proposta a que se
vinculam. IX – o reconhecimento dos direitos da Ad-
ministração, em caso de rescisão adminis-
§ 2º Os contratos decorrentes de dispen- trativa prevista no art. 77 desta Lei;
sa ou de inexigibilidade de licitação devem
atender aos termos do ato que os autorizou X – as condições de importação, a data e a
e da respectiva proposta. taxa de câmbio para conversão, quando for
o caso;
Art. 55. São cláusulas necessárias em todo con-
trato as que estabeleçam: XI – a vinculação ao edital de licitação ou
ao termo que a dispensou ou a inexigiu, ao
I – o objeto e seus elementos característi- convite e à proposta do licitante vencedor;
cos;
XII – a legislação aplicável à execução do
II – o regime de execução ou a forma de for- contrato e especialmente aos casos omis-
necimento; sos;
III – o preço e as condições de pagamen- XIII – a obrigação do contratado de manter,
to, os critérios, data-base e periodicidade durante toda a execução do contrato, em
do reajustamento de preços, os critérios compatibilidade com as obrigações por ele
de atualização monetária entre a data do

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assumidas, todas as condições de habilita- do Brasil e avaliados pelos seus valores eco-
ção e qualificação exigidas na licitação. nômicos, conforme definido pelo Ministé-
rio da Fazenda; (Redação dada pela Lei nº
§ 1º (VETADO) 11.079, de 2004)
§ 1º (Vetado). (Redação dada pela Lei nº II – seguro-garantia; (Redação dada pela Lei
8.883, de 1994) nº 8.883, de 1994)
§ 2º Nos contratos celebrados pela Admi- III – fiança bancária. (Redação dada pela Lei
nistração Pública com pessoas físicas ou nº 8.883, de 8.6.94)
jurídicas, inclusive aquelas domiciliadas no
estrangeiro, deverá constar necessariamen- § 2º As garantias a que se referem os inci-
te cláusula que declare competente o foro sos I e III do parágrafo anterior, quando exi-
da sede da Administração para dirimir qual- gidas, não excederão a 5% (cinco por cento)
quer questão contratual, salvo o disposto do valor do contrato.
no § 6º do art. 32 desta Lei.
§ 2º A garantia a que se refere o caput des-
§ 3º No ato da liquidação da despesa, os te artigo não excederá a cinco por cento do
serviços de contabilidade comunicarão, aos valor do contrato e terá seu valor atualizado
órgãos incumbidos da arrecadação e fiscali- nas mesmas condições daquele, ressalvado
zação de tributos da União, Estado ou Mu- o previsto no parágrafo 3º deste artigo. (Re-
nicípio, as características e os valores pa- dação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
gos, segundo o disposto no art. 63 da Lei nº
4.320, de 17 de março de 1964. § 3º (VETADO)

Art. 56. A critério da autoridade competente, § 3º Para obras, serviços e fornecimentos


em cada caso, e desde que prevista no instru- de grande vulto envolvendo alta complexi-
mento convocatório, poderá ser exigida presta- dade técnica e riscos financeiros conside-
ção de garantia nas contratações de obras, ser- ráveis, demonstrados através de parecer
viços e compras. tecnicamente aprovado pela autoridade
competente, o limite de garantia previsto
§ 1º São modalidades de garantia: no parágrafo anterior poderá ser elevado
para até dez por cento do valor do contrato.
I – caução em dinheiro, em títulos de dívida (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
pública ou fidejussória;
§ 4º A garantia prestada pelo contratado
II – (VETADO). será liberada ou restituída após a execução
III – fiança bancária. do contrato e, quando em dinheiro, atuali-
zada monetariamente.
§ 1º Caberá ao contratado optar por uma
das seguintes modalidades de garantia: § 5º Nos casos de contratos que importem
(Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) na entrega de bens pela Administração, dos
quais o contratado ficará depositário, ao va-
I – caução em dinheiro ou títulos da dívida lor da garantia deverá ser acrescido o valor
pública; (Redação dada pela Lei nº 8.883, desses bens.
de 1994)
Art. 57. A duração dos contratos regidos por
I – caução em dinheiro ou em títulos da dí- esta Lei ficará adstrita à vigência dos respecti-
vida pública, devendo estes ter sido emiti- vos créditos orçamentários, exceto quanto aos
dos sob a forma escritural, mediante regis- relativos:
tro em sistema centralizado de liquidação e
de custódia autorizado pelo Banco Central

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I – aos projetos cujos produtos estejam § 1º Os prazos de início de etapas de exe-


contemplados nas metas estabelecidas no cução, de conclusão e de entrega admitem
Plano Plurianual, os quais poderão ser pror- prorrogação, mantidas as demais cláusulas
rogados se houver interesse da Administra- do contrato e assegurada a manutenção de
ção e desde que isso tenha sido previsto no seu equilíbrio econômico-financeiro, desde
ato convocatório; que ocorra algum dos seguintes motivos,
devidamente autuados em processo:
II – à prestação de serviços a serem execu-
tados de forma contínua, os quais poderão I – alteração do projeto ou especificações,
ter a sua duração estendida por igual perí- pela Administração;
odo;
II – superveniência de fato excepcional ou
II – à prestação de serviços a serem execu- imprevisível, estranho à vontade das par-
tados de forma contínua, que deverão ter a tes, que altere fundamentalmente as condi-
sua duração dimensionada com vistas à ob- ções de execução do contrato;
tenção de preços e condições mais vantajo-
sas para a administração, limitada a dura- III – interrupção da execução do contrato
ção a sessenta meses. (Redação dada pela ou diminuição do ritmo de trabalho por or-
Lei nº 8.883, de 1994) dem e no interesse da Administração;

II – à prestação de serviços a serem execu- IV – aumento das quantidades inicialmente


tados de forma contínua, que poderão ter previstas no contrato, nos limites permiti-
a sua duração prorrogada por iguais e su- dos por esta Lei;
cessivos períodos com vistas à obtenção de V – impedimento de execução do contra-
preços e condições mais vantajosas para a to por fato ou ato de terceiro reconhecido
administração, limitada a sessenta meses; pela Administração em documento con-
(Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998) temporâneo à sua ocorrência;
III – (VETADO) VI – omissão ou atraso de providências a
III – (Vetado). (Redação dada pela Lei nº cargo da Administração, inclusive quanto
8.883, de 1994) aos pagamentos previstos de que resulte,
diretamente, impedimento ou retardamen-
IV – ao aluguel de equipamentos e à utiliza- to na execução do contrato, sem prejuízo
ção de programas de informática, podendo das sanções legais aplicáveis aos responsá-
a duração estender-se pelo prazo de até 48 veis.
(quarenta e oito) meses após o início da vi-
gência do contrato. § 2º Toda prorrogação de prazo deverá ser
justificada por escrito e previamente auto-
V – às hipóteses previstas nos incisos IX, rizada pela autoridade competente para ce-
XIX, XXVIII e XXXI do art. 24, cujos contratos lebrar o contrato.
poderão ter vigência por até cento e vinte
meses, caso haja interesse da administra- § 3º É vedado o contrato com prazo de vi-
ção. (Incluído pela Medida Provisória nº gência indeterminado.
495, de 2010) § 4º Em caráter excepcional, devidamente
V – às hipóteses previstas nos incisos IX, XIX, justificado e mediante autorização da auto-
XXVIII e XXXI do art. 24, cujos contratos po- ridade superior, o prazo de que trata o inci-
derão ter vigência por até 120 (cento e vinte) so II do caput deste artigo poderá ser pror-
meses, caso haja interesse da administração. rogado por até doze meses. (Incluído pela
(Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010) Lei nº 9.648, de 1998)

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Art. 58. O regime jurídico dos contratos admi-
nistrativos instituído por esta Lei confere à Ad-
ministração, em relação a eles, a prerrogativa
de:
I – modificá-los, unilateralmente, para me-
lhor adequação às finalidades de interesse
público, respeitados os direitos do contra-
tado;
II – rescindi-los, unilateralmente, nos casos
especificados no inciso I do art. 79 desta
Lei;
III – fiscalizar-lhes a execução;
IV – aplicar sanções motivadas pela inexe-
cução total ou parcial do ajuste;
V – nos casos de serviços essenciais, ocu-
par provisoriamente bens móveis, imóveis,
pessoal e serviços vinculados ao objeto do
contrato, na hipótese da necessidade de
acautelar apuração administrativa de faltas
contratuais pelo contratado, bem como na
hipótese de rescisão do contrato adminis-
trativo.
§ 1º As cláusulas econômico-financeiras e
monetárias dos contratos administrativos
não poderão ser alteradas sem prévia con-
cordância do contratado.
§ 2º Na hipótese do inciso I deste artigo, as
cláusulas econômico-financeiras do contra-
to deverão ser revistas para que se mante-
nha o equilíbrio contratual.
Art. 59. A declaração de nulidade do contrato
administrativo opera retroativamente impedin-
do os efeitos jurídicos que ele, ordinariamente,
deveria produzir, além de desconstituir os já
produzidos.
Parágrafo único. A nulidade não exonera a
Administração do dever de indenizar o con-
tratado pelo que este houver executado até
a data em que ela for declarada e por ou-
tros prejuízos regularmente comprovados,
contanto que não lhe seja imputável, pro-
movendo-se a responsabilidade de quem
lhe deu causa.

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