Avaliação Da Saúde de Maquinário de Máquinas Atráves Da Saúde Do Óleo Lubrificante

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS


CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE QUÍMICA

FERNANDA JOOS ALMEIDA

AVALIAÇÃO DA SAÚDE DE MAQUINÁRIO


ATRAVÉS DE SEUS ÓLEOS LUBRIFICANTES

SÃO CARLOS -SP


2022
2

FERNANDA JOOS ALMEIDA

AVALIAÇÃO DA SAÚDE DE MAQUINÁRIO ATRAVÉS DE SEUS ÓLEOS


LUBRIFICANTES

Trabalho de conclusão de curso


apresentada ao Departamento de
química da Universidade Federal
de São Carlos, para obtenção do
título de bacharel em química.

Orientador: Prof. Dr. Renato Lajarim Carneiro

São Carlos-SP
2022
3

Dedico este trabalho aos meus pais, Mateus e Tania,


minha família, e meu noivo.
4

AGRADECIMENTO

A minha família, que sempre deu apoio em todos os momentos e


compreendeu a ausência enquanto me dedicava à minha formação.
Ao professor Renato, por ter sido meu orientador e ter demonstrado muita
dedicação e solidariedade, além do exímio suporte oferecido desempenhando
tal função.
Ao professor Caio pelo auxílio e direcionamento que se mostraram
fundamentais na confecção deste trabalho.
Aos colegas de curso, em especial as amigas Mariana e Lorys, com quem
convivi durante os últimos anos, pelo companheirismo e pela troca de
experiências que me permitiu crescer não só como formando, mas também como
pessoa.
Aos professores, pelas correções e ensinamentos que me permitiram
apresentar um melhor desempenho no processo de formação profissional ao
longo do curso.
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RESUMO

O objetivo desse trabalho foi avaliar a saúde de maquinário por meio do seu
respectivo óleo lubrificante com foco nas técnicas de Espectroscopia de emissão
óptica de eletrodo de disco rotativo (RDE-OES) e contagem de partículas. Para
tanto, buscou-se compreender o funcionamento das técnicas e seu respectivo
impacto econômico, bem como a forma de interpretação dos dados, com ênfase
em óleo lubrificante através de revisão bibliográfica. Por fim, demonstrando o
quanto as técnicas são importantes para se determinar possíveis fontes de
desgaste e contaminantes, o que sendo realizado de forma periódica leva à
redução da possibilidade de falhas do equipamento e economia na manutenção.

Palavras-chave: Espectroscopia de emissão óptica. Óleos lubrificantes.


Contagem de partículas.
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ABSTRACT

The objective of this work was to evaluate the health of machinery through its
respective lubricating oil with a focus on the techniques of Rotary disk electrode
optical emission spectroscopy (RDE-OES) and particle counting. To this end, we
sought to understand the operation of the techniques and their respective
economic impact, as well as how to interpret the data, with emphasis on
lubricating oil through literature review. Finally, demonstrating how important the
techniques are to determine possible sources of wear and contaminants, which,
if performed periodically, leads to a reduction in the possibility of equipment
failure and savings in maintenance.

Keyword: Optical emission spectroscopy. Lubricant Oils. Particles count.


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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Espectro de emissão do Ferro 10


Figura 2 – Espectrômetro Q100 RDE 11
Figura 3 – Espectrômetro Q100 RDE (durante análise) 12
Figura 4 – Código ISO 15
Figura 5 – Quadro ISO 16
Figura 6 – Quadro NAS 16
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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 9
2 A ESPECTROSCOPIA DE EMISSÃO ÓPTICA DE ELETRODO DE DISCO
10
ROTATIVO (RDE-OES)

2.1 METODOLOGIA APLICADA 11

2.2 ANALISANDO RESULTADOS 13

3 O TESTE DE CONTAGEM DE PARTÍCULAS 14

3.1 NORMAS E PADRÕES 15

3.1.1 ISO 4406 15

3.1.2 NAS 1638 16

3.2 METODOLOGIA E INTERPRETAÇÃO DE RESULTADOS 16

4 FATORES ECNÔMICOS 17

CONSIDERAÇÕES FINAIS 18

REFERÊNCIAS 20
9

1 INTRODUÇÃO

Atualmente, quase todos os setores utilizam-se de máquinas para realizar


processos a fim de otimizar tempo gasto e ter melhores resultados como quando
comparados com o trabalho humano. Um dos setores onde se tem diversas
máquinas sendo utilizadas constantemente e no qual focaremos é o do Petróleo,
melhor dizendo, plataformas de petróleo.

As análises de óleo se originaram algum tempo depois da segunda guerra


mundial, sendo feitas em óleo de motor de locomotivas, onde era feita a
excitação por meio elétrico utilizando eletrodos de carbono, gerando assim
linhas espectrais. Nos dias de hoje a análise é feita para praticamente todo tipo
de sistema, tais como turbinas a gás, motores diesel e a gasolina, transmissões,
compressores entre outros.
O uso das técnicas de espectroscopia de emissão óptica e de contagem
de partículas, são duas das mais importantes para análise de óleos lubrificantes.
A análise multielementar por espectroscopia possuí limites de detecção ao nível
de partes por milhão, e pode ser utilizado para monitoramento de metais de
desgaste, contaminantes e aditivos das amostras de óleo. Já para a contagem
de partículas, seguindo os graus ISO associados a cada tipo de
lubrificante/maquinário, são dados valores quantitativos de partículas presente
na amostra de acordo com seus respectivos tamanhos em mícrons.
Para ter um acompanhamento dos maquinários, essas análises podem
ser feitas de forma periódica, verificando os desgastes e tomando medidas de
manutenção mais simples e mais baratas.
Um dos fatores que torna a análise de óleo tão interessante é o custo.
Uma máquina parada por conta de estar falhando ou até mesmo estar quebrada,
no caso de uma plataforma de petróleo, dependendo da função que ela
emprega, causa prejuízos da ordem de milhões de reais.
A utilização da manutenção preventiva permite que se identifiquem
pontos a serem melhorados ou com algum problema; podendo evitar dessa
forma a ocorrência de danos graves.
Com isso, relacionaremos nesse trabalho, o funcionamento de duas técnicas
importantes da análise de óleo, como são avaliados seus resultados e o que isso
implica na saúde do maquinário.
10

2 A ESPECTROSCOPIA DE EMISSÃO ÓPTICA DE ELETRODO DE DISCO


ROTATIVO (RDE- OES)

A espectroscopia quando aplicada à óleos lubrificantes nos fornece um


“diagnóstico” do equipamento. Quando o equipamento está realizando seu
processo de funcionamento, o óleo lubrificante “corre” por meio das peças
agregando nele todos os elementos e particulados que estão ali presentes.
Ao ser coletada uma amostra desse óleo, agregado a ele estarão
presentes elementos e por meio da espectroscopia é possível detectar quanto e
qual é o elemento. Existem normas para serem seguidas, para a realização
desse tipo de análise. Essas normas foram criadas a fim de padronização da
forma de análise.
A técnica de espectroscopia se utiliza do fator de que cada elemento tem
sua respectiva estrutura atômica e que quando recebe energia, emite radiação
em comprimento de onda específico.
Com isso são geradas linhas espectrais, por meio das quais, podemos
determinar e quantificar cada elemento.
Como o espectro de linha (Figura 1) é único para cada elemento,
consegue-se diferenciar um elemento mesmo em meio a diversos outros através
da utilização de monocromador específico para isolamento das linhas de
emissão.

Figura 1 - Espectro de emissão do Ferro

Fonte:https://www.bcluae.com/upload/product/White_paper_Overview_of_Rotating_Disc_Electr
ode_(RDE)_Optical_Emission_Spectroscopy_for_in-service_oil_analysis14.pdf. Acessado em
16 fev. 2022.
11

2.1 METODOLOGIA APLICADA

Um exemplo de equipamento utilizado é representado na Figura 2, no


caso um espectrômetro Q100 RDE. A metodologia geralmente utilizada para
análise de óleo lubrificante é a da norma ASTM D5185 / D6595.

Figura 2 - Espectrômetro Q100 RDE

Fonte:https://www.bcluae.com/upload/product/White_paper_Overview_of_Rotating_Disc_Electr
ode_(RDE)_Optical_Emission_Spectroscopy_for_in-service_oil_analysis14.pdf. Acessado em
16 fev. 2022.

Primeiramente o equipamento deve estar ligado, estabilizado a


determinada temperatura (entre 37 ~40 °C) e com a porta fechada. Depois de
estabilizado abre-se o equipamento, realiza-se a higienização com álcool
isopropílico. Em seguida, com auxílio de luvas, adiciona-se o disco e o eletrodo
de carbono, de forma que fique o respectivo “gap” entre os dois.
Em seguida é adicionado em um suporte de amostra descartável (“Black
cup”) uma quantia suficiente para preencher todo o espaço interno do suporte
com amostra de óleo branco, utilizado para verificar se o aparelho ainda está
calibrado (de forma que ao realizar a análise com este óleo, seu resultado seja
12

zero para todos elementos). Feito isso, coloca-se o mesmo no braço de suporte
de amostras e verifica-se se o óleo molhou o disco de carbono. Com isso, fecha-
se a porta do aparelho e aperta o botão de início, iniciando desta forma o
processo da análise como pode ser visto na Figura 3.
Terminado essa etapa e com todos os elementos terem o resultado igual
à zero é então descartado esse suporte de amostra (“black cup”), trocado os
eletrodos internos por novos e então adicionado uma nova amostra. Depois
segue- se a análise igual feita para o óleo branco. Durante esse processo pode
ser verificado a formação de uma chama, de diversas colorações.

Figura 3 - Espectrômetro Q100 RDE (durante análise)

Fonte:https://www.bcluae.com/upload/product/White_paper_Overview_of_Rotating_Disc_Electr
ode_(RDE)_Optical_Emission_Spectroscopy_for_in-service_oil_analysis14.pdf. Acessado em
16 fev. 2022.

Realizado esse processo, o software do equipamento, o qual está ligado


a um computador, apresenta os resultados de quanto está presente cada
elemento naquela amostra.
Esfriado a amostra, pode ser feito o descarte adequado e a higienização
do equipamento.
13

2.2 ANALISANDO RESULTADOS

Cada tipo/marca de óleo apresenta uma respectiva carga de aditivos,


que garantem as propriedades físico-químicas, entre elas viscosidade, ponto
de fulgor, etc.
Para avaliarmos, precisamos ter os parâmetros de cada óleo e por isso é
necessário buscar a ficha técnica do mesmo.
Nessas fichas, o fabricante disponibiliza qual é o valor padrão para ser
considerado para cada propriedade daquele óleo.
O teste de espectroscopia nos fornece qual valor em ppm (partes por
milhão) temos de cada elemento.
As peças de maquinário geralmente apresentam camadas com diferentes
tipos de elementos como ferro, cobre, alumínio entre outros.
Com isso, encontram-se partículas de diversos elementos, e de acordo
com a quantidade pode-se determinar o que está ocorrendo (desgaste, corrosão,
contaminação).
Para entendermos melhor como deve ser feita a análise, temos os
seguintes exemplos: um determinado maquinário de uma plataforma de petróleo,
que está no ambiente interno (em área coberta e fechada, ou seja um sistema
controlado), ao fazer teste de espectroscopia multielementar foi identificado na
concentração de cerca de 100 ppm (partes por milhão) de Fe (ferro) e a
viscosidade do óleo lubrificante estava baixa.
Com essas informações já temos indício de desgaste das peças do
maquinário. O lubrificante talvez esteja com carga aditiva baixa (que pode ser
vista nos resultados de espectroscopia, apenas comparando com outras
amostragens) e seu óleo já apresenta baixa viscosidade, com isso as peças
passam a perder o filme formado do lubrificante entre as peças causando o atrito,
e por fim liberando ferro.
Outro exemplo que podemos relacionar, é um maquinário em ambiente
externo, (considerando externo como sendo ao ar-livre, ambiente que não tenha
como ser controlada as condições), que ao fazer a análise observou-se a
presença de sódio, ou seja, por meio desse tipo de análise pode-se identificar
um elemento que não é correto para aquele lubrificante, sendo assim uma
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contaminação deve estar ocorrendo.


Por meio desse resultado, procurando por fontes de exposição do
maquinário, pode-se achar a localização da entrada do sódio, o que sendo
efetuada uma breve manutenção evita falhas no mesmo.

3 O TESTE DE CONTAGEM DE PARTÍCULAS

Assim como define Fitch e Troyer (2010), temos que as partículas causam
grande parte dos desgastes que depois se tornaram falhas, e o grau dessa falha
é dado de acordo com o tamanho, dureza, forma, entre outras características
que os particulados podem ter.
Ainda de acordo com Fitch e Troyer (2010), o primeiro tipo de
contaminação por partículas que se dá por meio da remoção de superfície, onde
ao entrar em contato com o óleo lubrificante, e se manter entre as superfícies,
começa-se a ocorrer o corte no metal, essa condição é conhecida como abrasão
de três corpos. Esse tipo de desgaste, pode levar a fadiga superficial, buracos
entre outros.
Podemos inferir como é tratado por Fitch e Troyer (2010), que no primeiro
tipo de contaminação por partículas quando o maquinário é exposto a condições
de alto particulado, sejam essas condições, por exemplo, poeira com terra, tem-
se uma grande chance de ocorrer corte e perfuração nas faces internas de
fricção, com isso reduzindo sua vida útil.
Outra forma de contaminação que prejudica o funcionamento do
equipamento e pode despender certo tempo e dinheiro é o acúmulo de
partículas. Nesse caso as partículas se desprendem até determinado local do
maquinário e ao atingir determinado ponto se acumulam naquele local,
impedindo o movimento de peças e causando desgaste.
Essas partículas podem acelerar o consumo de aditivos presentes nos
óleos promovendo desta forma o consumo de lubrificantes e filtros mais
rapidamente. Com o esgotamento do aditivo, não será formada uma película de
filme de proteção ou ela se tornará mais fina, gerando assim o desgaste por meio
da fricção entre as peças.
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3.1 NORMAS E PADRÕES

O teste de contagem de partículas é aplicado por meio de equipamentos como,


por exemplo, o Lasernet Fines Q200. A metodologia empregada geralmente
segue a norma ISO 4406 (International Standards Organization 4406), porém
algumas empresas ainda utilizam a NAS 1638 que é um padrão que foi
desenvolvido para determinar a classe de contaminação em 1964.

3.1.1 ISO 4406

A ISO 4406 (International Standards Organization 4406) determina


padrões de limpeza para fluidos onde atualmente é mais utilizada para partículas
maiores que 4, 6 e 14 mícrons, avaliando esses tamanhos em cerca de 1 ou 100
mililitros. Os códigos ISO aplicados ao fluido determinam seguindo a ordem de
4, 6 e 14 mícrons quanto se tem de cada tamanha de particulado como é visto
na Figura 4.

Figura 4 - Código ISO

Fonte:https://www.vemag.com.br/novo/wp-content/uploads/2019/03/Normas-de-Controle-de-
Contamina%C3%A7%C3%A3o.pdf >. Acesso em: 23 fev. 2022.

Cada código representado por um número equivale a uma faixa de


número de partículas por mililitro (Figura 5).
16

Figura 5 - Quadro ISO

Fonte:https://www.vemag.com.br/novo/wp-content/uploads/2019/03/Normas-de-Controle-de-
Contamina%C3%A7%C3%A3o.pdf >. Acesso em: 23 fev. 2022.

3.1.2 NAS 1638

No caso da NAS, esta também avalia o nível de contaminação de fluidos


por partículas com a diferença de ater-se à 5 faixas de tamanho, e relacionando
a um volume de 100 mililitros (Figura 6).

Figura 6 - Quadro NAS

Fonte:https://www.vemag.com.br/novo/wp-content/uploads/2019/03/Normas-de-Controle-de-
Contamina%C3%A7%C3%A3o.pdf >. Acesso em: 23 fev. 2022.

A NAS 1638 foi pensada para avaliar componentes de aeronaves e fluidos


hidráulicos e com a implementação da ISO se tornou praticamente obsoleta.

3.2 METODOLOGIA E INTERPRETAÇÃO DE RESULTADOS

O equipamento de contagem de partículas acoplado à um computador é


controlado através de um software específico. Geralmente é feito o processo de
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purga entre 1 à 3 vezes com solvente, para evitar que restos de amostras
contaminem a nova análise.
Feito a purga costuma-se passar uma vez pelo equipamento a amostra
de forma a retirar as possíveis bolhas, pois isso pode atrapalhar na quantificação.
Terminado esse processo, é feita a análise onde resumidamente, aciona-se no
software e o mesmo envia o sinal para o equipamento sugar a amostra.
Conforme a amostra de óleo lubrificante passa pelo equipamento, onde
apresenta instrumentos ópticos sensíveis, as partículas são detectadas por meio
dos seus diferentes tamanhos e então contadas. Quando terminado, é dado o
resultado no formato ISO 4406 e com os valores totais para cada tamanho de
partícula.
A análise é rápida e provem dados muito importantes para determinar se está
ocorrendo algum tipo de desgaste.
Um exemplo que pode ser utilizado para avaliarmos essa análise é de um
equipamento que seu grau de limpeza ISO 4406 deve ser 20/18/15. Ao performar
a contagem de partículas o operador tem com resultado, 22/19/17, ou seja, o
aparelho apresenta contaminação por partículas. Esse fator geralmente é
confirmado na espectroscopia multielementar onde se tem altos níveis para
determinados elementos como, por exemplo, ferro, cobre, silício, entre outros.
Na maioria das vezes a fonte de particulado vem do elemento de desgaste
encontrado na espectroscopia.

4 FATORES ECONÔMICOS

Podemos listar alguns fatores que a análise de óleos lubrificantes de


forma periódica pode trazer para as empresas:
• Diminuição de paradas por conta de falhas, levando a melhor
utilização dos maquinários;
• Diminuição de gastos desnecessários como troca de óleo antes do
tempo necessário, contratação de profissional para manutenção, etc;
• Melhor organização e planejamento antecipado, aumentando
assim a produtividade;
• Possibilidade de agendamento de manutenção de forma que não
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afete prazos de produção.


Essas são apenas algumas das diversas vantagens que a coleta de
amostras com certa periodicidade pode acarretar ao maquinário das empresas.
A análise de óleos tem preços determinados por pacote de exames, tipo
de óleo lubrificante utilizado e quantidade de amostras.
Cada empresa que realiza esse tipo de serviço leva em conta a mão de
obra qualificada, se será necessário ter operadores que irão até as empresas
fazer as coletas de amostras nos equipamentos e a logística para receber essas
amostras/enviar insumos para realizar a coleta (no caso dos próprios
funcionários da empresa que solicitaram a análise realizarem a coleta). Os
preços definitivamente variam, mas a taxa de lucro em prevenir por meio das
análises do óleo, de que a máquina não falhará, é enorme.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A manutenção preventiva através da análise de óleos lubrificantes de


maquinário não é novidade, mas está sendo atualmente mais empregada em
todos seguimentos, ou seja, está se perdendo a tradição de esperar os
equipamentos falharem ou até mesmo quebrarem para então buscarem
soluções e manutenções.
As técnicas empregadas nos dão dados que ao interpretarmos e conectá-
los podemos visualizar a “saúde” do maquinário, e o que é mais interessante é
que com apenas duas técnicas, de diversas que podem ser utilizadas, já é
possível tirar conclusões do que está ou pode estar ocorrendo no equipamento.
Vimos também que como a NAS e a ISO, esse mercado da análise de
óleo está em constante evolução, a fim de atender aos requisitos de novos
equipamentos e produtos empregados, mostrando que existe uma tendência do
aumento de utilização destas técnicas.
Referente às técnicas empregadas para análise tratadas neste trabalho,
podemos dizer que atualmente são as mais importantes nesse setor, porém
existem outras que também podem ser empregadas de acordo com o interesse
do cliente. Os maquinários estão cada dia mais modernos e o setor de prevenção
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e manutenção necessita acompanhar as inovações tecnológicas.


Devemos deixar claro que mesmo com o grande volume de empresas que
aderiram às técnicas de acompanhamento por meio da análise de óleo
lubrificante para averiguar a saúde do maquinário, ainda há vasta quantidade
que enxerga a técnica como gasto de dinheiro desnecessário.
Outro ponto a ressaltar é que as técnicas de análise de espectroscopia e
contagem de partículas abrangem muitos tipos de óleos, assim como
equipamentos. Dependendo da norma e/ou equipamento que é utilizado para
análise, o custo por amostra, para empregar a técnica, é baixo.
Diante do exposto, fica evidente os benefícios que as análises podem
trazer quando empregadas de forma correta e seguindo as orientações. As
técnicas de espectroscopia e contagem de partículas nos dão um deslumbre de
possibilidades de manutenção que podem evitar falhas, tendo baixo custo
quando comparado ao preço de um maquinário novo.
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REFERÊNCIAS

FITCH, Jim; TROYER, Drew. Oil analysis basics. 2 ed. Oklahoma – USA:
Noria Corporation, 2010. 198 p.

ALVES, Luana F. N. Determinação de metais em óleos lubrificantes


utilizando a técnica de espectrometria de emissão óptica com plasma
induzido por laser. 88f. Dissertação (Mestrado em Ciências na área de
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21

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