Carvalho Carolinarodrigueslincolnde D
Carvalho Carolinarodrigueslincolnde D
Carvalho Carolinarodrigueslincolnde D
CAMPINAS
2017
CAROLINA RODRIGUES LINCOLN DE CARVALHO
CAMPINAS
2017
BANCA EXAMINADORA DA DEFESA DE DOUTORADO
CAROLINA RODRIGUES LINCOLN DE CARVALHO
MEMBROS:
Ao meu marido Pedro, amor de vidas, minha fortaleza, e quem sensivelmente me escolheu
como companheira nessa caminhada rumo ao amadurecimento espiritual.
Aos meus filhos de pena Luna, Tchuco, Dino e Branquinha (in memoriam) e meus
irmãozinhos de pena, Juvenal e Júnior. Com o carinho gratuito e sincero que vocês têm por
mim, acredito em um mundo melhor.
AGRADECIMENTOS
Primeiramente agradeço a Deus por guiar-me sempre pelos melhores caminhos, com saúde,
sabedoria, paciência e força para enfrentar os desafios diários.
Aos meus pais Márcia e Marcel, irmão Lucas, meu marido Pedro e meu filho Pietro por tudo
que fizeram e fazem por mim. Pela base sólida que tenho como família. Juntos somos um só,
por isso esta vitória compartilho com vocês. Amo-os incondicionalmente.
Meus padrinhos Neide e Mauri, tios, primos, sogros, cunhados e minha sobrinha Laís por me
apoiarem e torcerem pelo meu sucesso.
À minha orientadora Profa. Dra. Antonia Paula Marques de Faria pela oportunidade de
crescimento profissional, pessoal e pela sua orientação, amizade e pela confiança em mim
para a condução deste trabalho.
À minha coorientadora Profa. Dra. Maricilda Palandi de Mello pela orientação, amizade,
ajuda técnica e por ter me acolhido no CBMEG.
Ao Prof. Dr. Fábio Rossi, por sua amizade e auxílio nos testes de microarray.
Ao Dr. Fernando Marson e Henrique Lattanzi, pela amizade e auxílio na análise estatística.
Às Dras. Denise Cavalcanti e Carolina Moreno pelo encaminhamento dos e colaboração com
os pacientes do CAISM.
RESUMO
A deficiência intelectual (DI) ou transtorno do desenvolvimento intelectual, isolada ou
associada a anomalias congênitas, corresponde a uma das categorias mais amplas de
distúrbios, acometendo de 1% a 3% da população nos países industrializados, enquanto nos
países em desenvolvimento estima-se prevalência cerca de três vezes maior. Devido à
heterogeneidade de fatores causais associados a essa condição, sua investigação diagnóstica
pode ser complexa e 40% dos casos não têm sua origem determinada. Recentemente, com a
aplicação da tecnologia genômica, alterações cromossômicas crípticas, mutações gênicas e
rearranjos genômicos diversos vêm sendo relacionados à DI, modificando as estratégias de
pesquisa nessa área. Entre as mesmas, destacam-se as de Microarray-based Copy Number
Variation (CNV), Multiplex Ligation Probe-dependent Amplification (MLPA), a Hibridização
In Situ por Fluorescência (FISH), além de Next-Generation Sequencing (NGS). Em projeto
anterior, a técnica de MLPA foi aplicada na investigação de rearranjos subteloméricos em 62
pacientes, com alteração em 3,2% deles. Diante da perspectiva de prosseguir na triagem por
MLPA e, quando negativa, indicar a análise por microarray cromossômico ou o
sequenciamento do exoma, foi proposta a continuidade do projeto, visando caracterizar uma
amostra de indivíduos com DI de origem indeterminada quanto a aspectos clínicos e fatores
causais. Sendo assim, 300 indivíduos foram avaliados clinicamente, submetidos a triagem por
MLPA subtelomérico, com identificação de alterações patogênicas em 22 (7,3%) [del1p (2
casos), del1q, del4p, del6p, del18q, delXYp, dup7p, dup7q, dup11p, dup15p, dup17p,
dupXYp (2 casos), del1p/dup4p, del4p/dup8p, del4p/dup12p, dup4p/del8p, dup4p/del13q,
del5p/dup9p, del9p/dup19q e dup9p/del18p]. Entre os 278 restantes, 21 pacientes foram
estudados pela a técnica de microarray, com detecção de variantes patogênicas em 11
[del1p36.33-p36.32/dup4p16.3-p15.33; del7p15.3-p15.2; del7q11.23; del15q21.2-q22.2;
del22q11.21; delXq21.1-q21.33; dup6p11.2/dup10q26.3; dup12p13.2-p13.1; dup15q11.2-
q13.1; dupXp22.33 e dupXq26.2). O sequenciamento do exoma foi realizado para outros 13
indivíduos, com alterações observadas em sete casos concluídos, envolvendo os genes
KIRREL3/SHANK2, CTTNBP2, TCF4, PRKCG, RAI1, HTT e KMT2D. Considerando as 40
alterações identificadas pelas três técnicas utilizadas, em 36 casos foi estabelecida correlação
genótipo-fenótipo, corroborando o diagnóstico laboratorial. Conforme verificado na literatura,
a aplicação desses métodos, incluídos nos algoritmos atuais de investigação diagnóstica da
DI, se mostram efetivos e complementares, ampliando consideravelmente as perspectivas de
determinação do diagnóstico etiológico dessa condição.
Figura 8. Gráfico do resultado de MLPA com o kit SALSA MLPA P036 para
os cinco indivíduos (P38, P53, P56, P59 e P68). 64
Figura 10. Gráfico do resultado de MLPA com o kit SALSA MLPA P070 para
os cinco indivíduos (P38, P53, P56, P59 e P68). 65
Figura 12. Gráfico do resultado de MLPA com o kit SALSA MLPA P036 para
os seis indivíduos (P74, P97, P108, P113, P122 e P257). 66
Figura 13. Em azul, localização dos genes POLR3K e DECR2 (cromossomo 16p),
cujas sequências foram utilizadas para a confecção das sondas 16p presentes nos
kits MLPA P036 e P070, respectivamente108. 66
Figura 14. Gráfico do resultado de MLPA com o kit MLPA P070 para
os seis indivíduos (P74, P97, P108, P113, P122 e P257). 67
Figura 16. Gráfico do resultado de MLPA com os kits SALSA MLPA P036 e P070
para os casos P57 (Lincoln-de-Carvalho, 2009) e P98. 69
Figura 17. Em azul, localização dos genes TNFRSF4 e TNFRSF18 (cromossomo
1p36), cujas sequências foram utilizadas para a confecção das sondas 1p presentes
nos kits SALSA MLPA P036 e P070 respectivamente108. 70
Figura 18. Resultado de FISH com sonda subtelomérica para a região 1p para o
paciente P98, mostrando apenas um sinal (verde) no cromossomo 1 normal
(seta branca). 70
Figura 19. Genes relacionados aos sinais clínicos da deleção 1p36 e sua
localização no cromossomo 1, modificado de Jordan et al.133. 73
Figura 20. Gráfico do resultado de MLPA com os kits SALSA MLPA P036 e P070.
As setas em vermelho mostram deleção 1p e duplicação 4p no paciente. 77
Figura 25. Gráfico do resultado de MLPA com os kits SALSA MLPA P036 e P070.
A seta em vermelho mostra deleção 4p no paciente. 80
Figura 27. Gráfico do resultado de MLPA com os kits SALSA MLPA P036 e P070.
As setas em vermelho mostram deleção 4p e duplicação 8p no paciente. 82
Figura 29. Gráfico do resultado de MLPA com os kits SALSA MLPA P036 e P070.
As setas em vermelho mostram deleção 4p e duplicação 12p no paciente. 83
Figura 32. Gráfico do resultado de MLPA com os kits SALSA MLPA P036 e P070.
As setas em vermelho mostram duplicação 4p e deleção 8p no paciente. 85
Figura 33. Gráfico do resultado de MLPA com os kits SALSA MLPA P036 e P070.
As setas em vermelho mostram duplicação 4p e deleção 13q no paciente. 86
Figura 35. Gráfico do resultado de MLPA com os kits SALSA MLPA P036 e P070.
A seta em vermelho mostra deleção XYp no paciente. 97
Figura 37. Gráfico do resultado de MLPA com o kit SALSA MLPA P018 mostrando
a deleção envolvendo as regiões Xp22.31 e Xp22.33. 98
Figura 38. Gráfico do resultado de MLPA com os kits SALSA MLPA P036 e P070.
A seta em vermelho mostra deleção 1q no paciente. 100
Figura 40. Gráfico do resultado de MLPA com os kits SALSA MLPA P036 e P070.
A seta em vermelho mostra deleção 18q no paciente. 104
Figura 42. Gráfico do resultado de MLPA com os kits SALSA MLPA P036 e P070.
A seta em vermelho mostra duplicação 7p no paciente. 106
Figura 43. Em azul, localização dos genes ADAP1 e SUN1 no cromossomo 7p22.3,
cujas sequências foram utilizadas para a confecção das sondas 7p presentes nos kits
SALSA MLPA P036 e P070, respectivamente108. 106
Figura 44. Gráfico do resultado de MLPA com o kit SALSA MLPA P365 mostrando
a duplicação envolvendo as regiões 7p22.1 e 7p22.3 no paciente. 107
Figura 45. Gráfico do resultado de MLPA com os kits SALSA MLPA P036 e P070.
A seta em vermelho mostra duplicação 11p no paciente. 109
Figura 46. Em azul, localização dos genes RIC8A e BET1L (cromossomo 11p15.5),
cujas sequências foram utilizadas para a confecção das sondas 11p presentes nos kits
SALSA MLPA P036 e P070, respectivamente108. 109
Figura 47. Gráfico do resultado de MLPA com os kits SALSA MLPA P036 e P070.
A seta em vermelho mostra duplicação 15q-cen no paciente. 112
Figura 48. Em azul, localização dos genes MKRN3 e NDN no cromossomo 15q-cen
(15q11.2), cujas sequências foram utilizadas para a confecção das sondas “15p”
presentes nos kits SALSA MLPA P036 e P070, respectivamente108. 112
Figura 49. Gráfico do resultado de MLPA com o kit SALSA MLPA P365 mostrando
a duplicação envolvendo a região 15q11.2 com os genes MKRN3, MAGEL2 e SNRPN
no paciente. 113
Figura 51. Mapa de expressão dos genes para a SPW e AS, bem como os pontos de
quebra (BP1-BP5) comuns às condições. Na reta vermelha, a extensão da duplicação
observada na paciente P130, com 5,9 Mb, entre BP2 e BP3. BP – ponto de quebra;
Cen – Centrômero; Tel – telômero. 115
Figura 52. Gráfico do resultado de MLPA com os kits SALSA MLPA P036 e P070.
A seta em vermelho mostra duplicação 17p no paciente. 118
Figura 54. Gráfico do resultado de MLPA com os kits SALSA MLPA P036 e P070.
A seta em vermelho mostra duplicação XYp nos pacientes P258 e P303. 121
Figura 55. Gráfico do resultado de MLPA com o kit SALSA MLPA P018.
As setas em vermelho mostram a extensão da duplicação XYp na paciente P303. 121
Figura 56. Gráfico do resultado de MLPA com o kit SALSA MLPA P018.
As setas em vermelho mostram a extensão da duplicação XYp no paciente P258. 123
Figura 57. Gráfico do resultado de MLPA com os kits SALSA MLPA P036 e P070.
A seta em vermelho mostra duplicação 7q no paciente. 125
Figura 59. Gráfico do resultado de MLPA com os kits SALSA MLPA P036 e P070.
As setas em vermelho mostram deleção 9p e duplicação 19q na paciente. 128
Figura 60. Em azul, localização genes DMRT1 e DOCK8 (cromossomo 9p24.3), cujas
sequências foram utilizadas para a confecção das sondas 9p presentes nos kits
SALSA MLPA P036 e P070108. 128
Figura 63. Gráfico do resultado de MLPA com os kits SALSA MLPA P036 e P070.
As setas em vermelho mostram duplicação 9p e duplicação 18p no paciente. 132
Figura 64. Em azul, localização dos genes USP14 e THOC1 (cromossomo 18p11.32),
cujas sequências foram utilizadas para a confecção das sondas 18p presentes nos kits
SALSA MLPA P036 e P070, respectivamente108. 132
Tabela 13. Alterações encontradas por meio do kit SALSA MLPA P036 e
confirmação – ou não – por meio do kit SALSA MLPA P070. 63
Tabela 21. Alterações presentes nos indivíduos da casuística investigados por meio
da técnica de aCGH. 136
Tabela 26. Região cromossômica, tamanho e número de genes OMIM situados nas
regiões onde foram encontradas perda de heterozigosidade no caso P81. 146
Tabela 32. Alterações presentes nos seis indivíduos da casuística, com resultado
por MLPA subtelomérico dentro da normalidade e que foram submetidos a outros
protocolos investigativos. 168
1. INTRODUÇÃO 28
1.1. Fatores Genéticos associados à DI 29
1.1.1. Anomalias cromossômicas 29
1.1.1.1. Anomalias cromossômicas submicroscópicas 30
1.1.2. Síndromes monogênicas associadas à DI e à Deficiência
Intelectual ligada ao X (DILX) 31
1.2. Investigação diagnóstica da DI 32
1.2.1. A técnica de MLPA 33
1.2.2. A técnica de microarray 34
1.2.3. Sequenciamento do exoma 36
1.2.4. Uso dos métodos apresentados na investigação diagnóstica da DI 37
2. OBJETIVOS 39
2.1. Objetivo Geral 39
2.2. Objetivos Específicos 39
3. CASUÍSTICA E MÉTODOS 40
3.1. Seleção dos pacientes 40
3.2. Estratégia de investigação 41
3.2.1. Triagem por MLPA 42
3.2.2. Validação dos resultados de MLPA 46
3.2.2.1. Validação pela técnica de sequenciamento pelo método de
Sanger 46
3.2.2.2. Validação pela técnica de FISH 48
3.2.2.3. Validação pela técnica de MLPA 49
3.2.3. Técnica de microarray 51
3.3. Caracterização clínica da casuística e análise estatística 53
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 54
4.1. Caracterização da casuística 54
4.2. Resultados da Investigação Diagnóstica 56
4.3. Comparação da casuística conforme a presença ou não de alterações 58
4.4. Investigação de anomalias subteloméricas por MLPA 61
4.4.1. Alterações não confirmadas 63
4.4.1.1. Alteração del 12p 63
4.4.1.2. Alteração del 16p 66
4.4.2. Alterações confirmadas 68
4.4.2.1. Alteração del(1)(p36) 68
4.4.2.1.1. Paciente 57 (Lincoln-de-Carvalho, 2009) 68
4.4.2.1.2. Paciente P98 68
4.4.2.1.3. Paciente P136 76
4.4.2.2. Alteração em 4p 79
4.4.2.2.1. Paciente P316 79
4.4.2.2.2. Paciente P166 81
4.4.2.2.3. Paciente P124 82
4.4.2.2.4. Paciente P237 85
4.4.2.2.5. Paciente P164 86
Deleção 4pter e a síndrome de Wolf -Hirschhorn 87
Duplicação 4pter 92
4.4.2.3. Alteração del 6p 95
4.4.2.4. Alteração del XYp 95
4.4.2.4.1 Paciente P85 95
4.4.2.5. Alteração del 1q 99
4.4.2.5.1 Paciente P192 99
4.4.2.6 Alteração del 18q 103
4.4.2.6.1. Paciente P137 103
4.4.2.7. Alteração dup 7p 105
4.4.2.7.1 Paciente P161 105
4.4.2.8. Alteração dup 11p 108
4.4.2.8.1. Paciente P191 108
4.4.2.9. Alteração “dup 15p” (15q-cen) 111
4.4.2.9.1. Paciente P130 111
4.4.2.10. Alteração dup 17p 117
4.4.2.10.1. Paciente P236 117
4.4.2.11. Alteração dup XYp 120
4.4.2.11.1. Paciente P303 120
4.4.2.11.2. Paciente P258 122
4.4.2.12. Alteração dup 7q 125
4.4.2.12.1. Paciente P4 125
4.4.2.13. Alteração del5p/dup9p 127
4.4.2.13.1. Paciente P64 127
4.4.2.14. Alteração del9p/dup19q 127
4.4.2.14.1. Paciente P169 127
4.4.2.15. Alteração dup9p/del18p 131
4.4.2.15.1. Paciente P194 131
4.5. Investigação de alterações pelos métodos de microarray e
sequenciamento de exoma 136
4.5.1. Paciente P23 137
4.5.2. Paciente P42 141
4.5.3. Paciente P81 144
4.5.4. Paciente P108 147
4.5.5. Paciente P151 150
4.5.6. Paciente P152 155
4.5.7. Paciente P158 161
4.5.8. Paciente P284 164
4.6. Outros resultados 167
5. CONCLUSÕES 169
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS 170
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 171
8. ANEXOS 204
8.1. Aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos 204
8.2. Termo de Consentimento Livre e Esclarecido 206
8.3. Protocolo Padrão MLPA 207
8.4. Artigo 209
8.5. Planilha com dados da casuística 220
28
1. INTRODUÇÃO
de DNA do genoma humano (Copy Number Variations, CNV), definidas como sequências de
DNA de 1 kb ou mais, nas quais há divergência no número de cópias observado entre os
indivíduos33-35 e sendo classificadas como deleções, duplicações, repetições invertidas ou
mesmo hotspots de rearranjo cromossômico, entre outras36-38.
A relação entre CNVs e DI é relatada em vários estudos, permitindo estimar que
seriam responsáveis por 5% a 20% dos casos de DI, sendo essa variação dependente dos
critérios de seleção clínica utilizados39-44.
Contudo, como a identificação de CNVs no genoma é recente, a confirmação de
sua patogenicidade é complexa e requer investigação de aspectos como transmissão a partir de
um genitor normal ou afetado, expressão variável conforme o sexo, caracterização do quadro
clínico associado, identificação dos genes presentes na região e detecção (ou não) em
indivíduos normais, justificando a ampliação dos estudos em indivíduos com DI de causa
indeterminada.
Tal estratégia tem sido eficaz tanto na elucidação diagnóstica, quanto na seleção
de regiões cromossômicas a serem investigadas, contribuindo na identificação de novos genes
relacionados à DI.
Em trabalho anterior (Lincoln-de-Carvalho)68, a técnica de MLPA foi padronizada
no Centro de Biologia Molecular e Engenharia Genética (CBMEG) e aplicada a 62 pacientes
38
com DI de causa não esclarecida, utilizando kit para detecção de rearranjos subteloméricos.
Foram encontradas alterações em 3,2% dos casos. Diante da perspectiva de triagem de
alterações subteloméricas por MLPA e ainda da indicação de outras técnicas como a de
arrayCGH, que permite a detecção de um número maior de variações de cópias gênicas,
inclusive em regiões intersticiais, foi proposta a continuidade do trabalho mediante a
associação dessas técnicas na investigação de indivíduos com DI de causa indeterminada.
39
2. OBJETIVOS
3. CASUÍSTICA E MÉTODOS
array) em laboratórios privados, solicitada para oito pacientes que dispunham de plano ou
seguro de saúde e atendiam as Diretrizes de Utilização da ANS (Agência Nacional de Saúde
Suplementar – Resolução Normativa – RNº338, de 21/10/2013 e RNº387, de 28/10/2015,
conforme o Rol de Procedimentos e Eventos em saúde – ANEXO II – de 2014 e 2016).
Outros 13 pacientes realizaram esse exame e em 11 deles foi feito o
sequenciamento do exoma, pela participação em projeto de pesquisa da doutoranda Joana R.
Marques Prota, do Programa de Pós-Graduação em Fisiopatologia Médica da FCM-Unicamp,
sob orientação da Profa. Dra. Íscia Lopes-Cendes, pesquisadora principal do Centro de
Pesquisa, Inovação e Difusão: Instituto Brasileiro de Neurociência e Neurotecnologia
(Brazilian Institute of Neuroscience and Neurotechnology - CEPID-BRAINN FAPESP;
processo 201307559-3), que estuda grupos de indivíduos com suspeita de condições diversas
de provável origem genética, incluindo DI de causa não esclarecida, aplicando técnicas de
análise genômica.
A técnica de arrayCGH foi realizada segundo a padronização previamente
estabelecida no Laboratório de Genética Molecular Humana do Departamento de Genética
Médica da FCM/UNICAMP e contou com a colaboração do Prof. Dr. Fábio Rossi Torres,
pesquisador do mesmo Laboratório e também Pesquisador Associado do CEPID-BRAINN.
Foi utilizada a plataforma SurePrint G3 Human CGH Microarray 8x60K - ISCA (Agilent,
Santa Clara, CA) e o kit de reagentes compatível para a realização da técnica. Essa plataforma
permite analisar amostras de oito pacientes em um único experimento, sendo possível detectar
ganhos, e perdas de 180 kb. Já para regiões ISCA (Consortium International Standards for
Cytogenomic Arrays), a densidade é de 8 kb, podendo identificar variações de 25 kb, sendo
500 as regiões ISCA disponíveis no array.
O protocolo foi desenvolvido de acordo com as recomendações do fabricante e
seguiu as seguintes etapas:
1. Digestão das amostras (paciente e controle normal) com as enzimas Alu I e Rsa I.
8. Escaneamento da lâmina e posterior análise das imagens e dados, por meio do programa
Agilent Cytogenomics Software (Agilent ®).
A análise foi descritiva, com auxílio de bases de dados como NCBI
(http://www.ncbi.nlm.nih.gov), Ensembl Genome Browser, DECIPHER e DGV.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Quanto à distribuição dos 300 pacientes conforme o sexo, foram incluídos 191
indivíduos do sexo masculino (64%) e 109 do feminino (36%). Esse desvio da razão de sexo
(1,75M:1,0F), com predomínio do sexo masculino, vem sendo sistematicamente observado
em pacientes com DI em diversos estudos, sendo atribuído principalmente a causas
biológicas, como a participação de um contingente significativo de genes do cromossomo X
na determinação desse fenótipo11,103.
Com relação à idade dos genitores por ocasião do nascimento do propósito, a
idade paterna média foi de 30,5 anos em 253 casos informativos, enquanto a idade materna foi
de 26,6 anos para 265 casos informativos, estando essa última em conformidade com a média
populacional, segundo dados do IBGE11.
A verificação de casamentos consanguíneos entre os genitores de 17 indivíduos
que compõem a amostra, em 272 casos informativos, correspondendo a 6,3% da amostra,
supera a taxa média no Brasil que é de 1,6%104. Os dados obtidos permitiram o cálculo do
coeficiente endocruzamento para os filhos desses casais, assim como a estimativa do
coeficiente médio de endocruzamento (F) da amostra. Foram constatados cinco casais de
primos em 1o grau (F=1/16), cinco de primos em 2o grau (F=1/32), três de primos em 3o grau
(F=1/64), três de primos em 4o grau (F=1/128) e uma união de parentes em 1o grau (F=1/4).
Com base em tais dados, o valor de F foi de 0,0029. Esse valor é superior ao estimado para a
população brasileira, que é 0,00088, e também para a região sul do país incluindo os estados
de São Paulo e Rio de Janeiro, cujo F é 0,00395 (Freire-Maia, 1989). Por outro lado, se
aproxima ao observado em amostras de indivíduos com DI, como constataram Sena e
Beiguelman105 e Marques-de-Faria106, com valores de F de 0,0041 e 0,0034, respectivamente.
A recorrência familial de DI foi observada em 104 dos 272 casos informativos
(61,8%), favorecendo a hipótese do predomínio de fatores hereditários na origem da DI dos
pacientes estudados.
Quanto aos dados anmnésticos indicativos de sofrimento fetal e/ou participação de
fatores do ambiente possivelmente relacionados à DI, foram registradas ocorrências
gestacionais e perinatais relevantes em 122 dos 261 casos informativos (46,7%), sendo
ausentes em 125 (47,9%) e duvidosas em 14 casos (5,4%). Crises convulsivas estiveram
presentes em 70 dos 268 casos informativos, equivalendo a 26%, valor alto, considerando a
frequência de 1% , estimada para a população geral, porém esperado, considerando que
parte das síndrome relacionadas à DI se associa a epilepsia.
56
Figura 7. Gráfico do resultado de MLPA para os indivíduos sem alteração (P) para o kit
SALSA MLPA P036.
Tabela 13. Alterações encontradas por meio do kit SALSA MLPA P036 e confirmação – ou
não – por meio do kit SALSA MLPA P070.
Confirmação Alteração Número de pacientes
Alterações del12p 5
não confirmadas del16p 6
pelo kit dup19q 1
SALSA MLPA P070 dup22q 2
del1p 2
del4p 1
del6p 1
delXYp 1
del1q 1
del18q 1
dup7p 1
dup11p 1
Alterações dup15”p” 1
Confirmadas dup17p 1
pelo kit dupXYp 2
SALSA MLPA P070 dup7q 1
del1p/dup4p 1
del4p/dup8p 1
del4p/dup12p 1
del5p/dup9p 1
del9p/dup19q 1
dup4p/del8p 1
dup4p/del13q 1
dup9p/del18p 1
del, deleção; dup, duplicação; p, braço cromossômico p; q, braço cromossômico q
Figura 8. Gráfico do resultado de MLPA com o kit SALSA MLPA P036 para os cinco
indivíduos (P38, P53, P56, P59 e P68).
Figura 9. Em azul, localização dos genes SLC6A12 e KDM5A (cromossomo 12p), cujas
sequências foram utilizadas para a confecção das sondas 12p presentes nos kits SALSA
MLPA P036 e P070, respectivamente108.
Para confirmar a suposta alteração em 12p foi realizado o ensaio com o kit
SALSA MLPA P070 e em todos os indivíduos testados houve amplificação da região,
contrariando o resultado encontrado pelo kit SALSA MLPA P036 (Figura 10).
66
por inúmeros grupos de pesquisa, as versões subsequentes do mesmo kit vieram com
observações referentes à possibilidade de haver polimorfismo na região estudada 58.
Figura 12. Gráfico do resultado de MLPA com o kit SALSA MLPA P036 para os seis
indivíduos (P74, P97, P108, P113, P122 e P257).
Figura 13. Em azul, localização dos genes POLR3K e DECR2 (cromossomo 16p), cujas
sequências foram utilizadas para a confecção das sondas 16p presentes nos kits MLPA P036 e
P070, respectivamente108.
Depois de observada a suposta alteração em 16p nesses seis indivíduos, foi feito
novo ensaio de MLPA com o kit MLPA P070 para confirmação dos resultados e houve
67
amplificação da região em todos eles, contrariando o resultado encontrado pelo kit P036
(Figura 14).
Figura 14. Gráfico do resultado de MLPA com o kit MLPA P070 para os seis indivíduos (P74,
P97, P108, P113, P122 e P257).
Figura 15. Sequenciamento do fragmento complementar à sonda 16p (kit MLPA P036)
correspondente à porção da sequência do exon 1 do gene POLR3K.
Em A a sequência normal, sem alteração. Em B a sequência encontrada nos indivíduos, cujo
resultado de MLPA com o kit MLPA P036 mostrara deleção. No detalhe, a troca nucleotídica
C>G observada (SNP rs114777900).
Sob esse aspecto, é importante ressaltar que as sondas de MLPA são sensíveis a
pequenas alterações na sequência de anelamento ao DNA genômico. Assim, mudanças
nucleotídicas muito próximas (a uma distância de 10 pares de base) ao sítio de anelamento ou
dentro do mesmo, inibem ou desestabilizam a ligação dos oligonucleotídeos na região em
68
Figura 16. Gráfico do resultado de MLPA com os kits SALSA MLPA P036 e P070 para os
casos P57 (Lincoln-de-Carvalho68) e P98.
Para pesquisar alterações em 1p, a região escolhida no kit SALSA MLPA P036
(Tabela 1) para o desenho da sonda está em 1p36 (gene TNFRSF4), enquanto no kit de
confirmação SALSA MLPA P070 (Tabela 2), o gene escolhido é o TNFRSF18, também
situado em 1p36 (Figura 17).
70
Figura 17. Em azul, localização dos genes TNFRSF4 e TNFRSF18 (cromossomo 1p36), cujas
sequências foram utilizadas para a confecção das sondas 1p presentes nos kits SALSA MLPA
P036 e P070, respectivamente108.
A validação foi realizada pela técnica de FISH (Figura 18), corroborando com o
resultado encontrado por meio do método de MLPA.
Figura 18. Resultado de FISH com sonda subtelomérica para a região 1p para o paciente P98,
mostrando apenas um sinal (verde) no cromossomo 1 normal (seta branca). A ausência do
outro sinal indica a deleção da região em 1p36 (seta amarela).
71
O teste de FISH também foi realizado nos genitores dos pacientes, com resultados
normais. Assim, confirmada a deleção 1p36 de novo nos dois casos.
Comparando-se as características dos pacientes P57 e P98 (Lincoln-de-
Carvalho68) com outras descrições, foi constatada similaridade de sinais clínicos, conforme
pode ser observado na Tabela 14.
Tabela 14. Características clínicas encontradas em pacientes com deleção terminal 1p36
(adaptado de Shapira et al.118, Heilstedt et al.119; Gajecka et al.120; Battaglia et al.121;
Oiglane-Shlik et al.122).
Características Outros estudos P57 P98 P136
Atraso do fechamento da fontanela + + + +
Microcefalia + - + +
Braquicefalia + + - +
Occipital plano - + - +
Fronte proeminente + + + -
Sobrancelhas retificadas + + + +
Hipertelorismo + - - +
Enoftalmia + + + -
Prega epicântica interna + + + +
Estrabismo convergente + + + ?
Ponte nasal baixa + + + +
Hipoplasia malar + + + +
Bochechas proeminentes + + - -
Filtro longo + + + +
Comissuras bucais desviadas para baixo + + - -
Palato alto e arqueado + + + +
Fenda palatina + - - -
Queixo proeminente + - + +
Orelhas dismórficas (baixas e inclinadas) + + + +
Mãos pequenas + ND + +
Clinodactilia + - - +
Pés planos - + + +
Cardiopatia + - - +
Dificuldade de alimentação + - - +
Hipotonia + + + +
ADNPM + + + +
Surdez neurosensorial + - - -
Distúrbio na fala + + + +
Distúrbios de comportamento + - + +
Convulsões + + + +
+, presença; -, ausência; ND, não determinado
72
Figura 19. Genes relacionados aos sinais clínicos da deleção 1p36 e sua localização no
cromossomo 1, modificado de Jordan et al.133.
que alterações nesse gene podem se relacionar a defeitos cardíacos, fendas palatinas e
alterações no desenvolvimento cerebral 134,144.
com o kit P036, que identificou deleção 1p36 e duplicação 4p ambas confirmadas pelo kit
P070 – rsa(1p)×1,(4p)×3 (Figura 20).
Figura 20. Gráfico do resultado de MLPA com os kits SALSA MLPA P036 e P070. As setas
em vermelho mostram deleção 1p e duplicação 4p no paciente.
Figura 21. FISH com as sondas subteloméricas para 1p (marcadas em vermelho) e 4p (em
verde), mostrando um sinal em vermelho no cromossomo 1 normal, nenhum sinal em
vermelho no cromossomo 1 anômalo, três sinais em verde: dois para os dois cromossomos 4
normais e outro sinal no cromossomo 1 derivado.
78
Para a definição dos pontos de quebra neste rearranjo foi realizada a técnica de
aGH, a partir do kit CytoScan HD Array (Affymetrix, CA, USA), em parceria com o grupo de
pesquisa da Profª Dra. Iscia Cendes, seguindo o protocolo do fabricante. O resultado
confirmou as alterações estruturais identificadas por MLPA e FISH (Figuras 22 e 23).
4.4.2.2. Alteração em 4p
primo e uma prima em 1o grau falecidos no período neonatal, o primeiro com cardiopatia
congênita, todos pelo lado paterno. Gestação não planejada e sem acompanhamento pré-natal;
genitores usuários de álcool e diversas drogas ilícitas; o parto foi vaginal, com idade
gestacional não especificada, peso ao nascimento de 1.600 g, sucção débil, hipotonia e
icterícia neonatal; permaneceu 15 dias internado em fototerapia.
Evoluiu com atraso do desenvolvimento neuropsicomotor; desde os oito meses
tem crises convulsivas tônico-clônicas generalizadas. Ao exame físico, observados obesidade
e estatura no limite inferior para a idade, microcefalia, pit pré-auricular (bilateral),
hipertelorismo, fendas palpebrais desviadas para cima com eversão leve do terço distal, nariz
de base alargada e com desvio septal, filtro nasolabial curto e apagado, prega palmar anômala
à direita, sopro holossistólico, criptorquidia esquerda, hipospadia peniana, acantose nigricante
cervical. Realizado exame de cariótipo, com técnica de bandamento G, resolução 400-700
bandas, cujo resultado foi normal, 46,XY, em 50 células. Também solicitado ecocardiograma,
indicativo de comunicação interatrial moderada e estenose pulmonar significativa, com
indicação cirúrgica; aguarda ultrassom de abdômen total. Acompanhado em ambulatórios de
Cardiologia, Cirurgia Pediátrica e Neurologia.
Por meio da pesquisa de alterações cromossômicas submicroscópicas por MLPA
subtelomérico com o kit SALSA MLPA P036 identificou-se uma microdeleção 4p,
confirmada pelo kit SALSA MLPA P070 - rsa4p(P070)×1 (Figuras 25 e 26).
Figura 25. Gráfico do resultado de MLPA com os kits SALSA MLPA P036 e P070. A seta em
vermelho mostra deleção 4p no paciente.
81
Figura 26. Em azul, localização do gene PIGG (cromossomo 4p16.3), cuja sequência foi
utilizada para a confecção das sondas 4p presentes nos kits SALSA MLPA P036 e P070108.
Figura 27. Gráfico do resultado de MLPA com os kits SALSA MLPA P036 e P070. As setas
em vermelho mostram deleção 4p e duplicação 8p no paciente.
Figura 28. Em azul, localização do gene FBCO25 (cromossomo 8p23.3), cuja sequência foi
utilizada para a confecção das sondas 8p presentes nos kits SALSA MLPA P036 e P070,
respectivamente108.
Figura 29. Gráfico do resultado de MLPA com os kits SALSA MLPA P036 e P070. As setas
em vermelho mostram deleção 4p e duplicação 12p no paciente.
Figura 30. Resultado de FISH com sondas subteloméricas para as regiões 4p (verde) e 12p
(vermelho) para a paciente P124, mostrando apenas um sinal no cromossomo 4 normal (seta)
e três sinais vermelhos para os cromossomos 4 (derivado) e 12 (sem alteração).
Figura 31. Resultado de FISH com sondas subteloméricas para as regiões 4p (verde) e 12p
(vermelho) para a mãe da paciente P124, mostrando um rearranjo equilibrado entre os
cromossomos 4 e 12.
85
Figura 32. Gráfico do resultado de MLPA com os kits SALSA MLPA P036 e P070. As setas
em vermelho mostram duplicação 4p e deleção 8p no paciente.
86
Figura 33. Gráfico do resultado de MLPA com os kits SALSA MLPA P036 e P070. As setas
em vermelho mostram duplicação 4p e deleção 13q no paciente.
87
Figura 34. Em azul, localização dos genes F7 e CDC16 (cromossomo 13q34), cujas
sequências foram utilizadas para a confecção das sondas 13q presentes nos kits SALSA
MLPA P036 e P070, respectivamente108.
Após o resultado do MLPA, foi realizado cariótipo dos pais sendo identificado
rearranjo entre os cromossomos 4 e 13 no exame paterno –
46,XY,t(4;13)(p16.3;q32)(D4S166+;D13S1825-).
Novo cariótipo da propósita, com maior resolução, mostrou o rearranjo
desbalanceado, previamente detectado por MLPA, estendendo, porém, a deleção do
cromossomo 13 para além da região subtelomérica:
46,XX,der(13)t(4;13)(p16.3;q32)pat(D4S166+; D13S1825-).
restante causado por rearranjos mais complexos, tais como cromossomo 4 em anel, que levam
a uma supressão dos genes situados na região146,156-167.
O fenótipo clássico da síndrome de Wolf-Hirschhorn se caracteriza por
dismorfismos craniofaciais, como ponte nasal alta e alargada se estendendo à fronte com a
glabela proeminente (conhecido como nariz em “elmo de guerreiro grego”), microcefalia,
hipertelorismo, prega epicântica interna, sobrancelhas arqueadas, filtro naso-labial curto,
comissuras bucais desviadas para baixo, micrognatia e orelhas malformadas. Os indivíduos
afetados apresentam atraso de crescimento pré e pós-natal, hipotonia, deficiência intelectual, e
a maioria tem convulsões. Em frequência menor e conforme dos genes envolvidos na
alteração, são observados anomalias esqueléticas (60%-70%), defeitos cardíacos congênitos
(~50%), perda auditiva (> 40%), malformações do trato urinário (25%) e encefalopatias
estruturais (33%)155,168.
O refinamento das técnicas diagnósticas permitiu identificar duas regiões críticas
para síndrome de Wolf-Hirschhorn: WHSCR-1 e WHSCR-2. WHSCR-1 se localiza a 2 Mb
da região telomérica do cromossomo 4, tem 165 kb de tamanho e inclui os genes WHSC1 e
WHSC2 (NELFA). Já WHSCR-2, que compreende um intervalo de 300-600 kb, se posiciona
entre 1,9 e 1,6-1,3 Mb do telômero, sendo contíguo e telomérico em relação a WHSCR-1,
incluindo genes como WHSC1, LETM1, FGFR3, TACC3, SLBP, HDNTNP, HSPX153, PIGG,
FGFRL1, CTBP1 e CPLX1, entre outros155,170,171,172, 173,174.
O gene WHSC1 (NSD2 – Nuclear receptor binding SET domain protein 2 – MIM
602952) codifica uma proteína que contém quatro domínios presentes em outras proteínas de
desenvolvimento e se expressa de forma ubíqua no desenvolvimento inicial. A
haploinsuficiência desse gene se associa tanto ao fenótipo facial quanto ao atraso no
desenvolvimento, sinais também constatados nos casos apresentados174-176.
Já o gene WHSC2 (NELFA – Negative elongation factor polypeptide A – MIM
606026) codifica uma proteína membro do complexo de proteínas NELF (fator de
elongamento negativo) que atua na regulação do alongamento da transcrição da RNA
polimerase II. Além disso, tal proteína é capaz de reagir com linfócitos T citotóxicos
específicos, sugerindo uma possível utilização em imunoterapia para pacientes com
câncer168,178.
O gene LETM1 (Leucine íper-EF-hand-containing transmembrane protein 1 –
MIM 604407) codifica uma proteína mitocondrial que desempenha um papel importante na
troca de K(+)/H(+) e na homeostase de Ca(2+), sendo fortemente sugerido que, quando em
89
Tabela 15. Características clínicas encontradas na paciente P124 em comparação com sinais
fenotípicos típicos em indivíduos com deleção 4p e duplicação 12p (adaptado Zollino et al.
172
, Zumkeller et al.194, Battaglia et al.154, Battaglia et al.155).
Características da paciente P124 Del(4p) Dup(12p)
Atraso do desenvolvimento + +
Deficiência intelectual + +
Deficiência auditiva + +
Deficiência visual +
Hipotonia + +
Epilepsia + +
Occipital plano +
Frontal alto e abaulado +
Face arredondada com bochechas proeminentes +
Implantação baixa das orelhas + +
Epicanto inverso + +
Hipertelorismo + +
Fendas palpebrais oblíquas para cima +
Estrabismo
Hemangioma +
Nariz pequeno com hipoplasia alar +
Micrognatia + +
Comissuras bucais desviadas para baixo + +
Pescoço curto + +
Hérnia umbilical
Prega palmar transversal única +
Unhas hipoplásicas
Cardiopatia +
+, presença
Tabela 16. Características clínicas encontradas no paciente P166 em comparação com sinais
fenotípicos típicos em indivíduos com deleção 4p e duplicação 8p (adaptado de Zollino et
al.168, South et al.161, Midro et al.195, Dai et al. 196).
Características do paciente P166 Del(4p) Dup(8p)
Atraso do desenvolvimento / DI + +
Hipotonia + +
Convulsão + +
Frontal alto + +
Orelhas de implantação baixa + +
Orelhas com lóbulos hipoplásicos +
Hipertelorismo +
Ponte nasal proeminente + +
Nariz pequeno com hipoplasia alar
Retrognatismo
Boca pequena
Palato alto +
Peito carenado
Mãos mantidas em flexão
Hipospadia bálano-prepucial +
Cardiopatia congênita + +
+, presença
Duplicação 4pter
A trissomia 4pter, descrita primeiramente por Wilson et al.199 é associada a atraso
do crescimento, DI, microcefalia, anomalias congênitas múltiplas e anomalias minor
craniofaciais como glabela proeminente, nariz bulboso, ponte nasal alargada e orelhas
dismórficas, além de pescoço curto e contraturas em flexão de dedos das mãos, entre outros
sinais. A variabilidade fenotípica está relacionada ao tamanho e à posição do segmento
cromossômico alterado, normalmente referido entre as bandas 4p15.2 e 4p16.3152,153. Já foi
observada na forma pura200, em mosaico201 ou como rearranjos envolvendo outra região
cromossômica, como os descritos por Takeno et al.202, Beaujard et al.203, Roselló et al.204,
Hemmat et al.164, Kim et al.205, Iype et al.166 e Puvabanditsin et al.206 entre outros.
Schönewolf-Greulich207 relatou, em três gerações de uma mesma família,
indivíduos com duplicação 4p16.3 com extensão de 3 Mb, que apresentavam macrocefalia,
atraso na fala e DI leve. Teoricamente, como um rearranjo equilibrado pode resultar em
deleção e duplicação na mesma proporção, mas considerando serem poucos os casos de
duplicação 4pter na literatura, os mesmos autores inferem que sejam subdiagnosticados, tendo
em vista que duplicações pequenas são associadas a DI mais leve e, em geral, parecem ter
consequências clínicas mais brandas do que as microdeleções.
93
Tabela 17. Características clínicas encontradas no paciente P164 em comparação com sinais
fenotípicos observados em rearranjo similar (duplicação 4p e deleção 13q), (Puvabanditsin et
al.206).
Características do rearranjo 4p+/13q- Paciente 164
Atraso de crescimento intra-uterino +
Microcefalia +
Colpocefalia +
Agenesia corpo caloso
Sulcos frontais
Orelhas proeminentes e de implantação baixa +
Nariz de ponta bulbosa
Lábio superior fino
Macroglossia
Dupla saída de ventrículo direito
Defeito de septo atrial/ventricular
Fenda de valva mitral
Estenose pulmonar
Fóvea coccígea
Ânus anteriorizado
Polegares aduzidos
Sobreposição dos dedos dos pés Parcial
Artéria umbilical única +
Displasia renal multicística
Hipotireoidismo congênito
+, presença
Tabela 18. Características clínicas encontradas no paciente P237 em comparação com sinais
fenotípicos típicos em mesmo rearranjo (duplicação 4p, deleção 8p) (adaptado de Sagar et al.,
209
; Skrlec et al.210).
Características do caso rearranjo 4p+/8p- Paciente 237
Atraso do desenvolvimento +
Obesidade +
Implantação baixa de cabelos na fronte +
Frontal alto e proeminente +
Retração bitemporal
Occipital plano
Fendas palpebrais oblíquas para cima +
Narinas antevertidas +
Raiz nasal baixa
Filtro longo +
Palato ogival/alto +
Prega palmar transversal única +
Hipoplasia de quarto e quinto metacarpianos
Clinodactilia de quinto dedo (mãos)
Coxa valga
Pés planos
Acavalgamento de dedos dos pés
Hipoplasia ungueal em pés
Háluces alargados
Assimetria em membros inferiores
Marcha de base alargada
Criptorquidia +
Torcicolo congênito
+, presença
ictiose, hipogonadismo hipogonadotrófico, rim único e baixa estatura; até então, era
acompanhado no ambulatório de Neuroepilepsia na Infância (Neurologia-HC-Unicamp). Não
referidas intercorrências gestacionais ou perinatais dignas de nota; em boas condições ao
nascimento, com peso e estatura adequados.
Evoluiu com atraso leve do desenvolvimento neuropsicomotor, com involução a
partir dos sete anos, quando passou a apresentar quedas frequentes e iniciou avaliação
neurológica com hipótese de síndrome epiléptica. Submetido à investigação extensa que
incluiu exame de cariótipo e pesquisa da mutação do X frágil, eletroneuromiografia,
eletroencefalograma, potenciais evocados auditivos e somatosensitivos, todos com resultados
normais. Também realizados triagem para erros inatos do metabolismo, cromatografia de
aminoácidos, dosagens de ácidos orgânicos, ácidos graxos de cadeia muito longa, beta-
galactosidase, hexosaminidase, ácido fitânico, arilsulfatase A, entre outras, sem alterações
relevantes. Entre os exames alterados, estavam os potenciais evocados visuais, com suspeita
de comprometimento bilateral das vias visuais, a avaliação radiográfica com osteopenia
difusa, a RM de coluna com redução de diâmetro craniocaudal de corpos vertebrais torácicos
inferiores e lombares (aspecto em “vértebras de peixe”) e a RM encefálica sugestiva de
leucoencefalopatia desmielinizante ou isquêmica. A biopsia de pele identificou alterações
compatíveis com ictiose do tipo de retenção.
Ao exame físico, observados estatura abaixo de 3%, braquicefalia, implantação
baixa de cabelos em fronte e nuca, face triangular, hipoplasia malar, orelhas proeminentes,
sobrancelhas em “V” invertido com rarefação lateral, olhos de localização mais profunda,
fendas palpebrais levemente alongadas, nariz com columela proeminente e hipoplasia alar,
filtro longo, lábio superior fino e inferior levemente evertido, pescoço curto, flexão redutível
de articulações interfalangeanas em 3º e 4º dedos, distância aumentada entre háluces e 2º
artelhos, clinodactilia acentuada em 5º dedos (pés); microrquidia à esquerda e criptorquidia à
direita; hiperreflexia em membros inferiores, pés cavos e sinal de Babinski bilateral. No
exame da pele, apresentava ictiose folicular generalizada (poupando apenas face) e
hiperceratose plantar. Observadas ainda alterações de comportamento com agitação
psicomotora, déficit de atenção, dificuldade de comunicação e interação social.
Frente a tal quadro clínico, sugerido dar seguimento à investigação diagnóstica
com o teste de MLPA subtelomérico, por meio do kit P036.
97
Figura 35. Gráfico do resultado de MLPA com os kits SALSA MLPA P036 e P070. A seta em
vermelho mostra deleção XYp no paciente.
sonda também presente no kit SALSA MLPA P018 encontrada dentro da normalidade no
paciente108.
Para melhor definição dos pontos de quebra foi realizado teste de MLPA também
com o kit P018 (Tabela 4), que inclui sonda específica para cada éxon do gene SHOX
(alterado nos testes anteriores), de genes adjacentes tais como PPP2R3B (mais telomérico) e
VAMP7 (mais centromérico) (Figura 36). Essa análise (Figura 37) possibilitou determinar a
extensão da deleção a partir dos sinais alterados nas sondas complementares aos genes
PPP2R3B e KAL1 (ANOS1), delimitados pelo retângulo vermelho. Vale acrescentar que o
número de cópias do gene FANCB encontra-se dentro da normalidade, porém entre esse gene
e o KAL1 há cerca de 30 genes que não foram investigados pelos testes realizados, não sendo
possível afirmar que estejam alterados no paciente (Figura 37).
Figura 37. Gráfico do resultado de MLPA com o kit SALSA MLPA P018 mostrando a
deleção envolvendo as regiões Xp22.31 e Xp22.33.
A diferença nos padrões típicos dos sinais de deleção e duplicação nesse paciente
deve-se ao fato de parte da alteração se localizar na região pseudoautossômica (PAR1) do
braço curto dos cromossomos X e Y. Tal deleção envolve as regiões Xp22.31 e Xp22.33,
onde estão genes importantes como SHOX, STS, NLGN4X e VCX3A, e o cariótipo do paciente
passa a ser rsaXYp(SHOX1-
5,CRLF2,CSF2RA,ILR3A,ASMT,ZBED1,ARSF,PRKX,NLGN4X, KAL1)×1 .
Frente a esse resultado, o quadro clínico do paciente pode ser definido como a
síndrome da microdeleção Xp22.31 ou síndrome de genes contíguos, com haploinsuficiência
de genes como o STS (Steroid sulfatase; MIM 300747), NLGN4X (Neuroligin 4, X-linked;
MIM 300427) e VCX3A (Variable charge, X-linked 3A; MIM 300533). Entre os demais genes
contíguos a essa região encontram-se NLGN4X e VCX3A, previamente propostos como
candidatos à DI ligada ao X (não específica) em pacientes com ictiose ligada ao X (ILX)211-
217
.
99
de polidrâmnio. Parto cesáreo, na 38a semana, com antropometria normal, Apgar 8/9. Evoluiu
com atraso global do desenvolvimento (sem convulsões) e déficit pondero-estatural.
Ao exame físico, observados microcefalia, sobrancelhas arqueadas, epicanto
interno bilateral, coloboma de íris à direita, retrognatia, hálux direito mantido em adução e
hipoplasia ungueal leve, pênis com chordee e prepúcio alado. A investigação complementar
mostrou comunicação interatrial com repercussão hemodinâmica leve, dilatação de sistema
coletor renal bilateral, disgenesia de corpo caloso e acentuação de sulcos em região frontal,
coloboma de coróide à direita e hipoplasia de nervo óptico bilateral. O exame de cariótipo
convencional foi normal. Pela hipótese inicial da síndrome CHARGE, realizado
sequenciamento do gene CHD7, que não mostrou alterações.
Na sequência, pesquisadas alterações submicroscópicas por MLPA subtelomérico
com o kit SALSA MLPA P036, que identificou heterozigose da deleção 1q na região do gene
SH3BP5L, confirmada pelo kit SALSA MLPA P070 – rsa1q(P070)×1 (Figuras 38 e 39).
Figura 38. Gráfico do resultado de MLPA com os kits SALSA MLPA P036 e P070. A seta em
vermelho mostra deleção 1q no paciente.
Figura 39. Em azul, localização do gene SH3BP5L ou KIAA1720 (cromossomo 1q44) cuja
sequência foi utilizada para a confecção das sondas 1q presentes nos kits SALSA MLPA P036
e P070108.
101
celular. Sendo assim, tem sido relacionado à microcefalia e às alterações no corpo caloso em
pacientes com microdeleção 1q249,250. Munnik et al. 249
, investigando por sequenciamento de
exoma uma paciente com microdeleção 1q43q44 e fenótipo que inclui estatura baixa,
microcefalia, atraso global do desenvolvimento, distúrbio de fala e dismorfismos faciais,
detectaram mutação sem sentido de novo no gene ZNF238, fato consistente com o papel da
haploinsuficiência do mesmo na determinação do fenótipo dessa condição. Estudos em
cobaias demostraram que há anomalias de corpo caloso em concomitância a alterações nesse
gene. Similarmente, na maior parte dos indivíduos com deleção 1q44, são observadas
alterações nessa região. Entretanto, a paciente estudada pelo grupo apresentava mutação no
gene e não tinha anormalidades no corpo caloso, fato que pode ser explicado como
penetrância incompleta ou haploinsuficiência de outros genes situados na região crítica para a
deleção249. Ehmke et al. 250
chegaram à mesma conclusão no caso de uma paciente com
microdeleção 15q13.3 e ainda uma mutação sem sentido de novo no gene ZNF238, que
apresentava atraso global de desenvolvimento, ausência de linguagem, hipotonia, ataxia,
convulsões e dismorfismos faciais, porém sem alterações de corpo caloso.
Em 2012, Thierry et al.237, analisando por aCGH 11 indivíduos com microdeleção
1q44 que apresentavam deficiência intelectual e convulsões, sem alterações no corpo caloso e
microcefalia, observaram dois genes codificantes (HNRNPU; MIM 602869 e FAM36A; MIM
614698) e um não codificante (HNRNPU-AS1; MIM 602869), na região crítica para a
deleção. Tais genes se expressam normalmente em diferentes tecidos humanos, incluindo o
encefálico, com níveis mais altos no cerebelo. A triagem mutacional para os genes
codificantes em 191 pacientes com deficiência intelectual idiopática não revelou variantes
deletérias. Por outro lado, nove dos 11 pacientes sem microcefalia ou alterações no corpo
caloso investigados apresentaram uma deleção pequena, contendo os três genes acima, mas
não os genes AKT3 e ZNF238. Com base nesses resultados, o grupo sugere que os genes
HNRNPU, FAM36A e HNRNPU-AS1 não seriam os principais genes relacionados a
microcefalia ou alterações no corpo caloso, mas seriam potenciais candidatos à determinação
de deficiência intelectual e convulsões237.
A ampliação do espectro clínico e de mutações relacionadas ao gene HNRNPU foi
realizada recentemente por Bramswig et al.251 em indivíduos com variantes desse gene e com
fenótipo que incluía hipotonia, convulsões, deficiência intelectual grave e dificuldade de fala,
além de alterações cardíacas e renais. Considerando que esse gene também se expressa em
coração, rins e fígado, além de cérebro e cerebelo, como mencionado anteriormente, e os
103
baqueteamento de dedos, pés cavos com valgismo leve e camptodactilia de 2º e 5º dedos, com
aspecto em martelo e aparente retração tendínea.
A microdeleção 18q foi detectada pela técnica de MLPA com o kit SALSA MLPA
P036 e confirmada pelo kit SALSA MLPA P070 – rsa18q(P070)×1 (Figuras 40 e 41).
Figura 40. Gráfico do resultado de MLPA com os kits SALSA MLPA P036 e P070. A seta em
vermelho mostra deleção 18q no paciente.
Figura 41. Localização dos genes RBFA e CTDP1 (cromossomo 18q23), cujas sequências
foram utilizadas para a confecção das sondas 18q presentes nos kits SALSA MLPA P036 e
P070, respectivamente108.
Figura 42. Gráfico do resultado de MLPA com os kits SALSA MLPA P036 e P070. A seta em
vermelho mostra duplicação 7p no paciente.
Figura 43. Em azul, localização dos genes ADAP1 e SUN1 no cromossomo 7p22.3, cujas
sequências foram utilizadas para a confecção das sondas 7p presentes nos kits SALSA MLPA
P036 e P070, respectivamente. No retângulo vermelho, a extensão envolvendo os genes
analisados por meio do kit SALSA MLPA P365 (HEATR2, SUN1, ADAP1, GPER, MAFK,
MAD1L1, LFNG, CARD11, SDK1 e ACTB) e que se encontram alterados no paciente.
Para melhor definição dos pontos de quebra foi realizado teste de MLPA também
com o kit P365 (Tabela 3), que inclui além das sondas complementares aos genes ADAP1 e
SUN1, sondas para genes adjacentes tais como HEATR2 (mais telomérico) e ACTB (mais
centromérico) (Figura 43). Por este novo kit P365 observou-se duplicação em todas as sondas
7p analisadas (Figura 44).
107
Figura 44. Gráfico do resultado de MLPA com o kit SALSA MLPA P365 mostrando a
duplicação envolvendo as regiões 7p22.1 e 7p22.3 no paciente.
fotoestimulação e implantação de lente; crises convulsivas a partir dos cinco anos, com uso de
fenobarbital.
Ao exame físico com quatro anos e 10 meses, observados antropometria normal,
filtro apagado, lábios volumosos, clinodactilia de 5 o dedo (mãos), hipoplasia de quarto e
quinto metacarpianos (leve), distância aumentada entre hálux e 2o dedo, pés equinos
redutíveis, manchas hipercrômicas de aspecto rendilhado em região interna de coxas;
nistagmo, abasia, hemiparesia à esquerda. RM de crânio com alterações sugestivas de
encefalomalacia.
A pesquisa de alterações cromossômicas submicroscópicas por MLPA
subtelomérico com o kit SALSA MLPA P036 identificou uma duplicação 11p, confirmada
pelo kit SALSA MLPA P070 – rsa11p(P070)×3 (Figuras 45 e 46). Pela posição dos genes no
cromossomo 11 a extensão da duplicação pode ser estimada em, no mínimo, 47,3 kb.
Figura 45. Gráfico do resultado de MLPA com os kits SALSA MLPA P036 e P070. A seta em
vermelho mostra duplicação 11p no paciente.
Figura 46. Em azul, localização dos genes RIC8A e BET1L (cromossomo 11p15.5), cujas
sequências foram utilizadas para a confecção das sondas 11p presentes nos kits SALSA
MLPA P036 e P070, respectivamente108.
110
Figura 47. Gráfico do resultado de MLPA com os kits SALSA MLPA P036 e P070. A seta em
vermelho mostra duplicação 15q-cen no paciente.
Figura 48. Em azul, localização dos genes MKRN3 e NDN no cromossomo 15q-cen
(15q11.2), cujas sequências foram utilizadas para a confecção das sondas “15p” presentes nos
kits SALSA MLPA P036 e P070, respectivamente. No retângulo vermelho, a extensão
envolvendo os genes analisados por meio do kit SALSA MLPA P365 (MKRN3, MAGEL2 e
SNRPN) e que se encontram alterados no paciente108.
Figura 49. Gráfico do resultado de MLPA com o kit SALSA MLPA P365 mostrando a
duplicação envolvendo a região 15q11.2 com os genes MKRN3, MAGEL2 e SNRPN no
paciente.
Tabela 19. Nome, localização cromossômica e MIM dos genes relacionados a doenças e
envolvidos na alteração observada no caso P130.
Localização
Gene Nome OMIM
cromossômica
Non imprinted in Prader-Willi/Angelman
NIPA1 15:23004684-23034427 608145
syndrome 2
MKRN3 15:23810454-23873064 Zinc finger protein 127 603856
MAGEL2 15:23888691-23891175 Mage-family member 2 605283
NDN 15:23930565-23932450 Necdin, MAGE family member 602117
Small nuclear ribonucleoprotein
SNRPN 15:25068794-25223870 182279
polypeptide N
UBE3A 15:25582381-25684128 Ubiquitin protein ligase E3A 601623
Gamma-aminobutyric acid type A receptor
GABRB3 15:26788693-27184686 137192
beta3 subunit
OCA2 15:28000021-28344504 OCA2 melanosomal transmembrane protein 611409
HECT and RLD domain containing E3
HERC2 15:28356186-28567298 605837
ubiquitin protein ligase 2
Figura 51. Mapa de expressão dos genes para a SPW e AS, bem como os pontos de quebra
(BP1-BP5) comuns às condições. Na reta vermelha, a extensão da duplicação observada na
paciente P130, com 5,9 Mb, entre BP2 e BP3 (adaptado de Smith & Hung, 2017). BP – ponto
de quebra; Cen – Centrômero; Tel – telômero.
O gene NDN (MIM 602117) codifica uma proteína denominada necdin, com
presença predominante em células pós-mitóticas como neurônios, inibindo o crescimento
neuronal. Estudos relatam que a expressão desse gene encontra-se diminuída em várias
neoplasias, como câncer de mama, ovário e próstata, indicando provável atuação como
supressor tumoral328-332.
O gene SNRPN (MIM 182279) codifica dois tipos diferentes de proteína, Snurf e
SmN, essa última é relacionada ao processamento pré-mRNA e pode contribuir para o
splicing alternativo tecido-específico333. Em condições normais, esse gene encontra-se
metilado no alelo materno, com metilação diferenciada de acordo com a idade, sugerindo uma
função adicional no processo de envelhecimento334-335.
O gene UBE3A (MIM 601623) codifica um membro da família das proteínas E3
ubiquitina ligase e está sujeito ao imprinting genômico, com expressão materno-específica no
cérebro, mais especificamente, nos neurônios336. Sua deleção está associada à síndrome de
Angelman, enquanto a superexpressão, observada em indivíduos com dup15q, tem sido
relacionada a autismo, como sugerem Noor et al.337. Esses autores investigaram uma paciente
com atraso no desenvolvimento e distúrbios neuropsiquiátricos, com duplicação de 129 kb em
15q, envolvendo apenas o gene UBE3A, de herança materna e recorrente em quatro gerações,
segregando junto com o distúrbio337,339.
A proteína codificada pelo gene GABRB3 (MIM 137192) atua como receptor
GABA (ácido gama aminobutírico), o principal neurotransmissor inibidor do sistema nervoso
central de mamíferos. Alterações no mesmo se associam a diversas condições, como síndrome
de Angelman e Prader-Willi, sinais orofaciais não sindrômicos, epilepsia e autismo 339-343.
O gene OCA2 (MIM 611409) codifica uma proteína de membrana integral
envolvida no transporte de moléculas pequenas, especificamente a tirosina, precursora da
síntese de melanina. Sendo assim, o gene estaria envolvido na pigmentação de pele e íris.
Mutações nesse gene (c.2139G>A, p.K713K, p.T404M) resultam no albinismo oculocutâneo
tipo 2 (MIM 203200)344.
Finalizando, CNVs observadas no gene HERC2 (MIM 605837) estão associadas a
DI não sindrômica, autismo e distúrbios de marcha 345,346 , assim como a variação no padrão de
pigmentação de pele, olhos e cabelo347,348.
Como mencionado, os genes descritos acima estão presentes entre os pontos de
quebra BP2-BP3 em 15q11-13 e são candidatos a fatores determinantes de transtornos do
espectro autista349.
117
normais, braquicefalia, fendas palpebrais oblíquas para cima, pregas epicânticas internas,
nariz bulboso com narinas antevertidas, palato alto, clinodactilia de 5º dedo (mãos), prega
palmar transversal única incompleta (bilateral), limitação para extensão do joelho esquerdo.
Frente a tal quadro clínico, sendo o exame de cariótipo normal, indicada análise
por MLPA subtelomérico, com o kit P036, que identificou uma microduplicação em região
17p terminal, confirmada pelo kit SALSA MLPA P070 – rsa17p(P070)×3 (Figuras 52 e 53).
Figura 52. Gráfico do resultado de MLPA com os kits SALSA MLPA P036 e P070. A seta em
vermelho mostra duplicação 17p no paciente.
Figura 53. Em azul, a localização do gene RPH3AL (cromossomo 17p13.3), cuja sequência
foi utilizada para a confecção das sondas 17p presentes nos kits SALSA MLPA P036 e
P070108.
pseudoautossômica X/Y, confirmada pelo teste com o kit P070, indicativa de duplicação do
gene SHOX (Short stature homeobox; MIM 400020), uma vez que em ambos os kits as sondas
para a região referem-se a este gene, respectivamente (Tabelas 1 e 2, Figura 36). Assim, a
notação do cariótipo desse paciente passa a ser rsaXYp(P070)×3 (Figura 54).
Figura 54. Gráfico do resultado de MLPA com os kits SALSA MLPA P036 e P070. A seta em
vermelho mostra duplicação XYp nos pacientes P258 e P303.
Visando melhor definição dos pontos de quebra foi realizado teste de MLPA
também com o kit SALSA MLPA P018 (Tabela 4), que inclui sonda específica para cada éxon
do gene SHOX (alterado nos testes anteriores), de genes adjacentes tais como PPP2R3B (mais
telomérico) e do gene VAMP7 (mais centromérico) (Figura 36). A partir dos sinais alterados
nas sondas delimitadas pelas setas vermelhas, essa análise possibilitou determinar a extensão
da duplicação, sendo de no mínimo 319 kb a no máximo 656 kb (Figura 55).
Figura 55. Gráfico do resultado de MLPA com o kit SALSA MLPA P018. As setas em
vermelho mostram a extensão da duplicação XYp na paciente P303.
síndromes malformativas foram descritos, mas há consenso de que, a despeito de o SHOX ser
um gene sensível a dosagem e estar na região pseudoautossômica do X, sua regulação é
complexa, não havendo explicação biológica que permita correlacionar eventuais variantes a
DI ou quadros correlatos, apesar do registro de associação estatística com autismo e
transtornos do neurodesenvolvimento. Sendo assim, o que pode justificar tal fato é a
combinação com outros eventos genéticos, ou seja, a duplicação do SHOX per se não
determinaria um quadro sindrômico específico, mas eventualmente seria capaz de modelá-lo
e, sobretudo, aumentar a suscetibilidade para uma segunda alteração genética, essa por sua
vez patogênica e responsável pelo fenótipo.
resultado foi possível estimar a extensão da alteração que inclui todo o gene SHOX,
delimitada pelas setas em vermelho, com tamanho entre 126 kb e 444 kb (Figura 56).
Figura 56. Gráfico do resultado de MLPA com o kit SALSA MLPA P018. As setas em
vermelho mostram a extensão da duplicação XYp no paciente P258.
4.4.2.12.1. Paciente P4
Paciente do sexo feminino, nascida em 20/09/1992, filha de casal jovem e não
consanguíneo; dois primos em 1º grau (lado materno) com déficit de atenção e aprendizado;
sem outros antecedentes familiais relevantes. É fruto de gestação gemelar, que transcorreu
sem alterações, com parto vaginal no 8º mês; a propósita pesou 2140 g e teve Apgar 9/10
(sem outros dados neonatais); o irmão gêmeo encontrava-se igualmente em boas condições e
ambos receberam alta aos três dias de vida.
Evoluiu com atraso do desenvolvimento neuromotor, baixa estatura e amenorreia
primária sem desenvolvimento de caracteres sexuais secundários. Não conseguiu ser
alfabetizada, frequentando instituição para educação especial dos oito aos 17 anos.
Ao exame físico, com 17 anos e nove meses, observados face triangular, pescoço
curto, implantação baixa de cabelos na nuca, retrognatia leve, palato alto, má oclusão
dentária, tórax alargado, cúbito valgo, mãos com retificação de borda ulnar e hipoplasia leve
de 4º e 5º metacarpos, desenvolvimento mamário e pilificação pubiana respectivamente nos
estágios III e IV de Tanner. O ultrassom de abdômen total foi normal, enquanto o pélvico
mostrou útero em anteverso flexão com 9 cm3 , com ovários não visualizados.
O exame de cariótipo revelou a constituição 45,X[26]/47,XXX[24], indicativa de
mosaicismo com uma linhagem monossômica e outra trissômica para o cromossomo X,
definindo o diagnóstico de síndrome de Turner. Porém, frente ao déficit intelectual
significativo e incomum nessa condição, indicada complementação da investigação
citogenética, pela pesquisa de alterações cromossômicas submicroscópicas por MLPA
subtelomérico com o kit SALSA MLPA P036, o qual identificou uma microduplicação em 7q
terminal, confirmada pelo kit SALSA MLPA P070 – rsa7q(P070)×3 (Figuras 57 e 58).
Figura 57. Gráfico do resultado de MLPA com os kits SALSA MLPA P036 e P070. A seta em
vermelho mostra duplicação 7q no paciente.
126
Figura 58. Em azul, a localização do gene VIPR2 (cromossomo 7q36.3), cuja sequência foi
utilizada para a confecção das sondas 7q presentes nos kits SALSA MLPA P036 e P070108.
Figura 59. Gráfico do resultado de MLPA com os kits SALSA MLPA P036 e P070. As setas
em vermelho mostram deleção 9p e duplicação 19q na paciente.
Figura 60. Em azul, localização genes DMRT1 e DOCK8 (cromossomo 9p24.3), cujas
sequências foram utilizadas para a confecção das sondas 9p presentes nos kits SALSA MLPA
P036 e P070108.
Figura 61. Em azul, a localização do gene CHMP2A (cromossomo 19q13.43), cuja sequência
foi utilizada para a confecção das sondas 19q presentes nos kits SALSA MLPA P036 e P070
(https://decipher.sanger.ac.uk/).
DI (MRD2; MIM 611432), assim como observado na paciente 392,402 e na forma autossômica
recessiva à síndrome de hiper-IgE406.
O gene KANK1 (KN motif and ankyrin repeat domain containing protein 1; MIM
607704) tem diversas funções biológicas e fisiológicas. Seu produto atua na formação do
citoesqueleto e na motilidade celular, regulando a polimerização da actina407. Além disso, se
expressa em vários locais, como cérebro fetal, células tubulares renais, células glandulares do
cólon e estômago. Deleções deste gene têm sido associadas a vários tipos de câncer, como
nasofaríngeo, gástrico, pancreático e pulmonar408-410, assim como a uma forma de paralisia
cerebral congênita, a quadriplegia espástica, tipo 2 (MIM 612900)411.
Tassano et al.401, a propósito de dois pacientes com deleção 9p envolvendo apenas
os genes DOCK8 e KANK1, observaram fenótipos não sobrepostos, como por exemplo
ausência de fala e movimentos estereotipados no caso 1 e fala bem desenvolvida e
desenvolvimento motor dentro da normalidade no caso 2. Comparando esses dois indivíduos
à propósita, observa-se que ela apresenta sinais descritos em ambos, como estereotipia motora
(jactatio corporis) (caso 1) e fala desenvolvida (caso 2). Segundo os mesmos autores, a
diferença em tais fenótipos pode ser explicada por expressividade variável, penetrância
reduzida ou mesmo presença de modificadores genéticos e/ou epigenéticos.
Já o gene DMRT1 (Doublesex and MAB3- related transcription fator 1; MIM
602424), localizado em 9p23 está envolvido na determinação e diferenciação sexual, sendo
404,412
associado a disgenesia gonadal, observada em indivíduos 46,XY com microdeleção 9p .
Lopes et al.413 também identificaram deleções 9p incluindo esse gene em indivíduos com
azoospermia idiopática, sugerindo que a haploinsuficiência do mesmo seja relacionada a essa
condição414.
Como mencionado anteriormente, a deleção 9p pode resultar de translocações
envolvendo outros cromossomos396,415. Porém, até o momento, registros de rearranjos
resultando em monossomia 9p e trissomia 19q são raros na literatura 416,417.
Su et al.417 descreveram seis indivíduos de uma mesma família (três homens e três
mulheres) com der(9)t(9;19)(p24.1;q13.4), todos com deficiência intelectual e dismorfismos
craniofaciais diversos, incluindo trigonocefalia. Já Resta et al.416 relataram um paciente do
sexo feminino com microdeleção 9p (8,9 Mb) e microduplicação 19q (4,8 Mb) e vários sinais
da deleção 9p, porém sem trigonocefalia. Segundo tais autores, o fato de a deleção nesse caso
englobar o gene PTPRD (Protein tyrosine phosphatase, receptor type D; MIM 601598) –
proposto por Shimojima e Yamamoto418 como candidato para o fenótipo trigonocefalia – e a
131
paciente não manifestar essa alteração, sugere que o referido gene não se relaciona de fato ao
dismorfismo em questão. Com relação à paciente P169, apenas a análise por MLPA não foi
suficiente para determinar a extensão da deleção em 9p, mas considerando as observações de
Resta et al.416, a não manifestação de trigonocefalia não exclui a possibilidade de que a
deleção tenha incluindo o gene PTPRD.
Rearranjos não balanceados envolvendo o cromossomo 19 têm sido relatados na
literatura416,417,420. Até o momento, não são conhecidos os genes responsáveis pelo fenótipo da
trissomia 19q13.3→ter. Comparando-se os sinais apresentados pela paciente P169 e não
relacionados ao fenótipo da deleção 9p, se verifica razoável similaridade, em especial quanto
a baixa estatura e manifestações faciais como comissuras bucais desviadas para baixo, dentes
pequenos e espaçados, e pescoço curto419,420. De todo modo, em seu conjunto, o quadro
clínico da paciente é compatível com as alterações identificadas.
Figura 63. Gráfico do resultado de MLPA com os kits SALSA MLPA P036 e P070. As setas
em vermelho mostram duplicação 9p e duplicação 18p no paciente.
Figura 64. Em azul, localização dos genes USP14 e THOC1 (cromossomo 18p11.32), cujas
sequências foram utilizadas para a confecção das sondas 18p presentes nos kits SALSA
MLPA P036 e P070, respectivamente108.
A duplicação 9p, primeiramente descrita por Rethoré et al.421, é uma das mais
frequentemente observadas em neonatos, juntamente com as trissomias 13, 18 e 21. Até o
momento, foram registrados mais de 150 casos, incluindo duplicações puras422-425,
mosaicos426 e rearranjos427, sendo esses últimos mais comuns.
Quanto aos sinais clínicos, apesar de estarem diretamente relacionados à extensão
da região duplicada, há um possível fenótipo comum aos indivíduos portadores dessa
alteração, incluindo atraso do desenvolvimento neuromotor, DI em graus variáveis, estatura
baixa, dismorfismos craniofaciais (microbraquicefalia, hipertelorismo, fenda palpebrais para
baixo, enoftalmia, implantação baixa de orelhas, nariz bulboso, filtro curto, comissuras bucais
desviadas para baixo), pescoço curto, anomalias digitais (clinodactilia em quinto dedo,
braquidactilia, unhas displásicas) e cardiopatia 424,428.
Como mencionado, a maior parte dos casos de trissomia 9p relatados na literatura
são concomitantes a monossomia em outro cromossomo – rearranjo desbalanceado –
133
Tabela 20. Características clínicas encontradas em pacientes com duplicação 9p, deleção 18p
(adaptado de Guilherme et al.424, Sebold et al.432).
Guilherme Guilherme
Características 9p+ 18p- et al., 2014 et al., 2014 P194
(P4) (P5)
Microcefalia + + -
Braquicefalia + +
Pregas epicânticas + + + +
Micrognatia +
Fendas palpebrais para baixo + + +
Nariz proeminente + + +
Nariz bulboso + + +
Olhos proeminentes +
Hipertelorismo + + +
Estrabismo +
Erros de refração + +
Ptose palpebral +
Orelhas de implantação baixa + + +
Orelhas proeminentes +
Orelhas dismóficas +
Comissuras bucais voltadas para baixo + + +
Lábio superior fino +
Filtro longo +
Pescoço curto + + + +
Clinodactilia + + + +
Braquidactilia +
Unhas displásicas +
Peito escavado +
Atraso neuropsicomotor + + + + +
Hipotonia + + + +
Atraso de fala + + + + +
Pênis hipoplásico + + -
Cardiopatia + + -
Disfunção endócrina + -
+, presença
134
Tabela 21. Alterações presentes nos indivíduos da casuística investigados por meio da técnica
de aCGH.
Paciente Região cromossômica Evento Tamanho Citobanda
P23 ChrX:79658583-96048052 Perda 16,4 Mb q21.1-q21.33
2
P42 Chr15:52654281-59511540 Perda 6,9 Mb q21.2-q22.2
P812 ChrX:132087424-133441978 Ganho 1,4 Mb q26.2
2
P108 Chr7:23771527-26142303 Perda 2,4 Mb p15.3-p15.2
P130 Chr15:22765628-28691460 Ganho 5,9 Mb 15q11.2-q13.1
1
P136 Chr1:1186633-2056696 perda 870 kb p36.33-p36.32
Chr1:2103939-5258556 perda 3,1 Mb
Chr4:68345-14206282 ganho 14,1 Mb p16.3-p15.33
P1512 Chr22 perda
P1522 Chr7:72726487-74144481 perda 1,4 Mb q11.23
2
P158 Chr6:57349434-57770309 ganho 421 kb 6p11.2
Chr10:135252931-135396275 ganho 143 kb 10q26.3
P258 ChrX:585079-620146 Ganho 35 kb p22.33
P2842 Chr12:12203966-12868098 Ganho 664 kb 12p13.2p13.1
1- Refinamento das alterações identificadas no MLPA.
2- Laboratórios privados diversos.
137
Para os pacientes P46, P63, P156, P160, P170, P172, P182, P198, P235 e 239 a análise não
pôde ser concluída até o fechamento desta tese.
Tabela 23. Nome, localização cromossômica e MIM dos genes envolvidos na alteração
observada no caso P23.
Localização
Gene Nome OMIM
cromossômica
Bromodomain and WD repeat domain
BRWD3 X:79926353-80065187 300553
containing 3
POU3F4 X:82763269-82764775 POU class 3 homeobox 4 300039
ZNF711 X:84498997-84528368 Zinc finger protein 711 314990
POF1B X:84532402-84634748 Premature ovarian failure, 1B 300603
CHM X:85116185-85302566 CHM, Rab escort protein 1 300390
DIAPH2 X:95939662-96859996 Diaphanous related formin 2 300108
provocando uma diminuição da expressão do gene. Desde então estudos posteriores têm
associado mutações no gene com deficiência intelectual de graus variados (MIM 300659) e
dismorfismos, como macrocefalia e nariz e orelhas proeminentes 443.
Grotto et al.444 comparando os sinais clínicos de indivíduo de sexo masculino
apresentando uma deleção de novo, com extensão de 74 kb, envolvendo os éxons 11 a 41 do
gene BRDW3 – de novo – a quatro indivíduos com mutação sem sentido p.Tyr1131* no
mesmo gene, observaram similaridades fenotípicas, incluindo DI leve a moderada, atraso de
fala, distúrbios comportamentais, macrocefalia e dismorfismos faciais, como frontal
proeminente, olhos de localização profunda, orelhas anormais, mãos e pés grandes, sinais
também observados no paciente P23.
Já o gene POU3F4 (MIM 300039) codifica um membro da classe POU-III de
fatores de transcrição expressos durante o desenvolvimento neural inicial, desempenhando um
papel importante no desenvolvimento da orelha interna. CNVs envolvendo este gene
(deleções, inversões, duplicações) estão associadas à surdez ligada ao X (MIM 304400)445.
O gene ZNF711 (MIM 314990) codifica um fator de transcrição de diversos genes
altamente expressos no cérebro. Van der Werf et al.446 identificaram mutações em
homozigose nesse gene em indivíduos com DI não sindrômica, cujas células neuronais
apresentaram níveis de expressão diferentes de diversos genes, em relação a controles
normais.
O gene DIAPH2 (MIM 300108) é conhecido por atuar no desenvolvimento e
controle da função ovariana. Mutações nesse gene são associadas à insuficiência ovariana
precoce, por interferir na divisão celular folicular, e também à estatura baixa447. De forma
similar, o gene POF1B também se relaciona à insuficiência ovariana precoce (MIM 300604),
sendo expresso em tecidos epiteliais e, quando alterado (p.Arg329Gln), provocando mudanças
na ciliogênese e cistogênese celular448.
Por fim, o gene CHM (MIM 300390) codifica uma proteína regulatória do tráfico
intracelular. Variantes diversas nesse gene já foram descritas, tais como mutações sem
sentido, missense, frameshift, e até mesmo deleção envolvendo todo o gene, que se relaciona a
coroideremia, uma forma de atrofia retiniana progressiva (MIM 303100)449.
A busca na base de dados DECIPHER indicou que há quase 70 casos de deleção
envolvendo a região alterada no presente caso. Além de atraso de desenvolvimento e
deficiência intelectual, convulsões e macrocefalia estão entre os sinais mais frequentemente
141
observados, todos constatados no paciente P23, além dos dismorfismos faciais, possibilitando
estabelecer a correlação genótipo-fenótipo.
Tabela 24. Nome, localização cromossômica e MIM dos genes envolvidos na alteração
observada no caso P42.
Localização
Gene Nome OMIM
cromossômica
MYO5A 15:52599480-52821247 Myosin VA 160777
WDR72 15:53805938-54055075 WD repeat domain 72 613214
RAB27A 15:55495164-55611311 RAB27A, member RAS oncogene family 603868
DYX1C1 15:55702723-55800432 Dynein axonemal assembly factor 4 608706
TCF12 15:57210821-57591479 Transcription factor 12 600480
LIPC 15:58702768-58861151 Lipase C, hepatic type 151670
A disintegrin and metalloproteinase
ADAM10 15:58887403-59042177 602192
domain 10
MYO1E 15:59427113-59665099 Myosin IE 601479
Tabela 25. Nome, localização cromossômica e MIM dos genes envolvidos na alteração
observada no caso P81.
Gene Localização cromossômica Nome OMIM
HS6ST2 X:131760044-132095423 Heparan sulfate 6-O-sulfotransferase 2 300545
USP26 X:132158659-132231137 Ubiquitin specific peptidase 26 300309
Transcription factor Dp family member
TFDP3 X:132350697-132352376 300772
3
GPC4 X:132434131-132549518 Glypican 4 300168
GPC3 X:132669773-133119922 Glypican 3 300037
Tabela 26. Região cromossômica, tamanho e número de genes OMIM situados nas regiões
onde foram encontradas perda de heterozigosidade no caso P81.
Número
Região
Resultado Tamanho de genes
cromossômica
OMIM
1p35.1p32.3 arr[hg19]1p35.1p32.3(34444229_53139066) hmz 18,7 23
1p36.33p36.23 arr[hg19]1p36.33p36.23(888658_7617555) hmz 6,7 10
3q11.1q11.2 arr[hg19]3q11.1q11.2(93558925_96787677) hmz 3,2 2
arr[hg19]4q32.2q34.3(163999754_179902229)
4q32.2q34.3 15,9 4
hmz
4q25q28.3 arr[hg19]4q25q28.3(108540496_132266908) hmz 23,7 16
4q22.1q23 arr[hg19]4q22.1q23(90248526_100746497) hmz 10,4 4
6p22.2p22.1 arr[hg19]6p22.2p22.1(25871043_29669964) hmz 3,8 1
arr[hg19]6p21.31p21.1(35213539_43957326)
6p21.31p21.1 8,8 12
hmz
8p23.1p21.3 arr[hg19]8p23.1p21.3(10760510_19869471) hmz 9,1 6
arr[hg19]8p11.23p11.1(37473069_43776654)
8p11.23p11.1 6,3 7
hmz
arr[hg19]8q11.11q12.1(46919156_58414693)
8q11.11q12.1 11,5 5
hmz
arr[hg19]8q24.22q24.3(134525140_140340906)
8q24.22q24.3 5,8 -
hmz
arr[hg19]9q34.11q34.3(132669499_137447946)
9q34.11q34.3 4,8 10
hmz
arr[hg19]10q22.1q22.2(73731650_77659243)
10q22.1q22.2 3,9 6
hmz
arr[hg19]11q13.4q23.3(70937213_117225134)
11q13.4q23.3 46,2 38
hmz
11p12.11.12 arr[hg19]11p12.11.12(41603184_51550787) hmz 9,9 11
11q11q13.2 arr[hg19]11q11q13.2(54827207_67878545) hmz 13,0 36
arr[hg19]14q24.3q32.33(76232469_107279475)
14q24.3q32.33 31,0 26
hmz
15q14q22.31 arr[hg19]15q14q22.31(34426501_66456770) hmz 32,0 40
17q11.1q12 arr[hg19]17q11.1q12(25309336_34942870) hmz 9,6 5
3200 g e comprimento 49 cm, recebendo alta no 3º dia, sem outros dados neonatais. Por
ocasião da adoção, estava desnutrido e ainda não apresentava sustento cefálico. Evoluiu com
atraso de desenvolvimento neuropsicomotor; atualmente apresenta linguagem bem
desenvolvida, porém não foi alfabetizado; tem alterações de comportamento, com aderência a
rotinas, crises de birra, auto e heteroagressividade; por volta dos oito anos de idade passou a
apresentar compulsão alimentar que levou à obesidade, controlada após orientação alimentar.
Ao exame físico, com 10 anos, observados obesidade centrípeta (grau I),
hipoplasia malar, dismorfismo auricular leve, estrabismo convergente, filtro naso-labial curto,
hipermobilidade articular (discreta), e canície (fios brancos esparsos difusamente distribuídos,
observados desde os três anos de idade). Em avaliação posterior, aos 17 anos, constatados os
mesmos dismorfismos, com puberdade normal.
Na investigação complementar, constatada perda auditiva neurossensorial bilateral
(leve a moderada); pela avaliação oftalmológica detectados alta miopia e astigmatismo, além
do estrabismo, com fundoscopia sem alterações; inventário ósseo mostrando nódulos de
Schmorl em coluna lombar, sem outras alterações. A análise molecular para pesquisa de
síndrome de Prader-Willi/Angelman (por PCR) foi negativa.
O teste de microarray foi realizado por meio da plataforma Agilent® com
180.000 sondas, com detecção de deleção com 2,4 Mb de extensão em 7p15.3p15.2,
arr[hg18]7p15.3p15.2(23771527_26142303)×1, envolvendo 14 genes, sendo oito descritos no
OMIM, com dois deles relacionados a doenças – CYCS e DFNA5 (Figura 68 e Tabela 27)108.
Tabela 27. Nome, localização cromossômica e MIM dos genes envolvidos na alteração
observada no caso P108.
Localização
Gene Nome OMIM
cromossômica
NPVF 7:25264189-25268105 Neuropeptide VF precursor 616984
C7orf31 7:25174316-25219975 Chromosome 7 open reading frame 31 606071
CYCS 7:25159710-25164980 Cytochrome c, somatic 123970
OSBPL3 7:24836158-25021253 Oxysterol binding protein like 3 606732
DFNA5, deafness associated tumor
DFNA5 7:24737972-24809244 600994
suppressor
MPP6 7:24612887-24733812 Membrane palmitoylated protein 6 606959
NPY 7:24323782-24331484 Neuropeptide Y 162640
STK31 7:23749786-23872132 Serine/threonine kinase 31 605790
O gene NPVF (MIM 616984) codifica uma proteína que atua como regulador
negativo de síntese e secreção de gonadotrofina468. Em ratos, a proteína codificada por esse
gene induz a secreção de prolactina. Segundo Lima et al.469, essa proteína pode desempenhar
papeis secundários e moduladores no desenvolvimento puberal.
O gene C7orf31 (MIM 606071), altamente expresso em testículos de mamíferos,
codifica proteína cuja função está associada a centrossomos, conforme estudo em
espermatozoides humanos470.
O gene CYCS (MIM 123970) codifica uma proteína heme altamente conservada e
com diversas funções. Uma delas seria atuar como componente central da cadeia de transporte
de elétrons nas mitocôndrias, quando associada à membrana interna dessa organela, aceitando
elétrons do citocromo b e os transferindo para o complexo da citocromo-oxidase. Essa
proteína também está envolvida no início da apoptose, saindo da mitocôndria e se associando
a fatores de ativação da apoptose no citosol471. Mutações nesse gene, como a c.145T>C,
observada por De Rocco et al.472, estão associadas a trombocitopenia não sindrômica
autossômica dominante (MIM 612004).
O gene OSBPL3 (MIM 606732) codifica um membro da família OSBP de
receptores lipídicos intracelulares, atuando na coordenação lipídica de diversos processos
celulares473.
O gene DFNA5 se expressa em altas taxas na cóclea durante o desenvolvimento
fetal, porém a função da proteína produzida por ele ainda não está completamente elucidada.
Foi identificado em 1998, a partir da deteccão de variante patogênica em uma família
150
holandesa com deficiência auditiva não sindrômica474. Desde então, diversas publicações
apontam variantes desse gene como causadoras dessa condição, cuja transmissão é
autossômica dominante (MIM 608798)475,476. Além disso, por suas propriedades indutoras de
apoptose, o DFNA5 é um gene supressor tumoral com papel importante nos principais tipos
de tumores477, sendo, portanto, um marcador para os mesmos. A perda auditiva
neurossensorial bilateral observada no paciente pode ser explicada pela haploinsuficiência
desse gene.
O gene MPP6 (MIM 606959) é membro da subfamília MAGUK (peripheral
membrane-associated guanylate kinase), supressores tumorais e codificadores de proteínas
que formam complexos contendo conjuntos de sinalização transmembranar, citoesquelética e
citoplasmática478.
Assim como o descrito para o gene NPVF, o gene NPY (MIM 162640) codifica
uma proteína que atua sobre a secreção de gonadotrofina e no controle de alimentação. Serra-
Juhé et al.479, investigando CNVs em 157 crianças hispânicas com obesidade precoce não
sindrômica analisaram genes relacionados à obesidade, como NPY e GRPR. Segundo os
autores, a superexpressão do NPY em neurônios noradrenérgicos provocaria ganho induzido
por dieta e estresse na massa gorda, fato observado por Vahatalo et al.480 em estudos com
ratos. O paciente P108 tem obesidade, entretanto não caberia a explicação dos autores acima,
pois ele teria haploinsuficiênncia do gene em decorrência da microdeleção e não uma
superexpressão.
Finalizando, o gene STK31 (MIM 605790), altamente expresso no testículo e
restrito às espermatogônias, participa da espermatogênese humana. Entretanto, estudos
apontam para sua super expressão em câncer colorretal e de tecido epitelial481.
Foram encontradas 15 descrições de alteração similar à do paciente P108 na base
de dados DECIPHER. Desse grupo, apenas nove tem descrição de sinais clínicos.
Comparando essas informações às características apresentadas pelo paciente, apenas perda
auditiva e orelhas dismórficas também foram registradas e em indivíduos diferentes.
fruto da terceira gestação de casal não consanguíneo, pai com 37 anos e mãe com 30 anos por
ocasião do nascimento; a primeira gestação foi tubária; tem uma irmã mais velha hígida, sem
antecedentes familiais relevantes. Durante a gestação, houve metrorragia no 3o mês,
hipertensão arterial a partir do 6o mês e recorrência de infecções de trato urinário; parto
cesáreo, a termo, sem intercorrências; peso 2.640 g, comprimento 46,5 cm, perímetro cefálico
33,5 cm, Apgar 9/9, alta com três dias de vida, sem alterações neonatais.
Evoluiu com atraso do desenvolvimento neuropsicomotor; teve recorrência de
infecções (otites, amigdalites, conjuntivites e de trato urinário), obstipação intestinal e refluxo
gastroesofágico; sem convulsões.
Ao exame físico, observados peso e estatura abaixo de 3%, perímetro cefálico em
50%, frontal alto e abaulado, com implantação alta de cabelo, orelhas normoimplantadas,
pequenas com hélices sobredobradas e lóbulos hipoplásicos, sobrancelhas esparsas, raiz nasal
baixa, filtro nasolabial plano, comissuras bucais desviadas para baixo, mamilo direito
invertido, prega palmar transversal única completa bilateral, nevus pigmentados em membros
inferiores e hemiparesia esquerda. A RM de crânio evidenciou esquizencefalia de lábios
fechados à direita, polimicrogiria frontoparietal e perisilviana bilateral; inventário ósseo com
13 pares de costelas e vértebra supra-numerária. As dosagens hormonais confirmaram o pan-
hipopituitarismo, sendo tratada com hormônio de crescimento e levotiroxina. Em reavaliação
aos 16 anos, apresentava baixa estatura e hipogonadismo com amenorreia primária.
Solicitado microarray, sendo realizada técnica de SNP-array e marcadores não
polimórficos, que identificou variante patogênica correspondente a perda de material do braço
longo do cromossomo 22, arr[hg19] 22q11.21(18631364_21800471)×1, com 3,2 Mb de
tamanho, contendo 1.196 marcadores do chip, envolvendo 95 genes, sendo 44 depositados no
OMIM e 14 relacionados a doenças (Figura 69; Tabela 28).
152
Tabela 28. Nome, localização cromossômica e MIM dos genes envolvidos na alteração
observada no caso P151.
Localização
Gene Nome OMIM
cromossômica
USP18 22:18632666-18660164 Ubiquitin specific peptidase 18 607057
PRODH 22:18900294-18924066 Proline dehydrogenase oxidase 1 606810
SLC25A1 22:19163095-19166343 Solute carrier family 25 member 1 190315
CDC45 22:19466982-19508135 Cell division cycle 45 603465
Glycoprotein Ib platelet beta
GP1BB 22:19710468-19712294 138720
subunit
TBX1 22:19744226-19771116 T-box1 602054
COMT 22:19929130-19957498 Catechol-O-methyltransferase 116790
Transport and golgi organization 2
TANGO2 22:20004537-20053449 616830
homolog
RTN4R 22:20228938-20270769 Reticulon 4 receptor 605566
Scavenger receptor class F member
SCARF2 22:20778874-20792146 613619
2
PI4KA 22:21061979-21213705 Phosphatidylinositol 4-kinase alpha 600286
SERPIND1 22:21128167-21142008 Serpin family D member 1 142360
SNAP29 22:21213271-21245506 Synaptosome associated protein 29 604202
Leucine zipper like transcription
LZTR1 22:21333751-21353327 600574
regulator 1
mutações neste gene podem ser responsáveis por cinco características fenotípicas principais
da síndrome: dismorfismos faciais, defeitos cardíacos, hipoplasia tímica, insuficiência
velofaríngea com fissura de palato e disfunção na glândula paratireóide com hipocalcemia.
Além disso, conforme Ping et al.490 a haploinsuficiência ou mutação nesse gene é suficiente
para causar uma diminuição da inibição do prepulso, uma anormalidade comportamental
associada ao endofenotipo da esquizofrenia. Existem sintomas sobrepostos entre autismo e
esquizofrenia, o que pode sugerir que essas duas doenças compartilham alguma base
biológica comum em sua patogênese.
Na base de dados DECIPHER são descritos mais de 300 casos com perda de
CNVs similares. Desses, cerca de 200 possuem fenótipo descrito. As características presentes
na paciente P151 e mais frequentemente observadas neste grupo foram baixa estatura,
microcefalia, comissuras bucais desviadas para baixo, mamilos invertidos, infecções
recorrentes, refluxo gastroesofágico e amenorreia primária, além da própria DI.
Tabela 29. Nome, localização cromossômica e MIM dos genes envolvidos na alteração
observada no caso P152.
Localização
Gene Nome OMIM
cromossômica
TRIM50 7:72726535-72742085 Tripartite motif-containing protein 50 612548
FKBP6 7:72742167-72772634 FK506 binding protein 6 604839
FZD9 7:72848109-72850450 Frizzled class receptor 9 601766
Bromodomain adjacent to zinc finger
BAZ1B 7:72854728-72936608 605681
domain 1B
BCL7B 7:72950686-72972332 BCL tumor suppressor 7B 605846
TBL2 7:72983262-72993121 Transducin beta like 2 605842
MLXIPL 7:73007524-73038873 MLX interacting protein like 605678
VPS37D 7:73082155-73086442 VPS37D, ESCRT-I subunit 610039
BUD23, rRNA methyltransferase and
WBSCR22 7:73097355-73119491 615733
ribosome maturation factor
STX1A 7:73113536-73134002 Syntaxin 1A 186590
CLDN3 7:73183328-73184600 Claudin 3 602910
CLDN4 7:73213872-73247014 Claudin 4 602909
WBSCR27 7:73248920-73256865 Methyltransferase like 27 612546
WBSCR28 7:73275489-73280223 Transmembrane protein 270 612547
ELN 7:73442119-73484237 Elastin 130160
LIMK1 7:73497263-73536855 LIM domain kinase 1 601329
Eukaryotic translation initiation factor
EIF4H 7:73588575-73611431 603431
4H
Linker for activation of T-cells family
LAT2 7:73613982-73644161 605719
member 2
RFC2 7:73645829-73668774 Replication factor C subunit 2 600404
CAP-Gly domain containing linker
CLIP2 7:73703805-73820273 603432
protein
GTF2IRD1 7:73868120-74016931 GTF2I repeat domain containing 1 604318
GTF2I 7:74071994-74175026 General transcription factor III 601679
da membrana endossomal504. O gene WBSCR22 (MIM 615733), que codifica uma proteína
com sinal de localização nuclear típica de metiltransferases, encontra-se altamente expresso
no coração, músculos esqueléticos, rim e testículo505. Jangani et al.506 concluíram que esse
gene regula a estrutura da cromatina e afeta o recrutamento e a função dos receptores de
glicocorticoides, sugerindo uma contribuição para a perda de sensibilidade aos
glicocorticóides em inflamações.
O gene STX1A (MIM 186590), altamente expresso no cérebro, codifica um
membro da superfamília da sintaxina, proteínas específicas do sistema nervoso implicadas no
encaixe de vesículas sinápticas com a membrana plasmática pré-sináptica. Tropeano et al.507
examinando a associação de SNPs nesse gene com formas de enxaqueca, reforçam a hipótese
do mesmo determinar susceptibilidade a essa condição.
Os genes CLDN3 (MIM 602910) e CLDN4 (MIM 602909) codificam proteínas
chamadas claudinas, importantes para a formação de junções de células epiteliais, que
regulam o movimento de solutos e íons através do espaço existente entre as células 508.
O gene WBSCR27 (MIM 612546), também conhecido por METLL27, codifica
proteína pertencente à família de ubiE/COQ5 metiltransferase. Já o gene WBSCR28 (MIM
612547), altamente expresso em testículos, pode estar envolvido em câncer de próstata,
segundo Prescott et al.509. Maicher et al.510, comparando níveis de expressão de diversos
genes incluindo o WBSCR28 em indivíduos com e sem azoospermia obstrutiva idiopática,
observaram que há uma regulação positiva desse gene no primeiro grupo, sugerindo-o como
biomarcador em potencial para essa condição.
O gene ELN (MIM 130160), que codifica as fibras elásticas da matriz extracelular
em todo o corpo, é o mais crítico e extensivamente explorado na origem da síndrome de
Williams-Beuren. A hemizigosidade do gene ELN nesta condição contribui para o
desenvolvimento de anormalidades cardiovasculares e do tecido conjuntivo, como a estenose
aórtica supravalvar, hérnias (como observada na paciente P152), divertículo da bexiga ou do
intestino e cutis laxa511. Wan et al.512 postularam que a hemizigosidade do gene ELN aumenta
a susceptibilidade para o desenvolvimento de enfisema pulmonar em indivíduos com a
síndrome de Williams-Beuren, uma vez que a elastina é o componente chave das fibras
elásticas e progressivamente destruída nesta doença pulmonar obstrutiva crônica.
Recentemente, Wojcik et al.513 descreveram o segundo caso de enfisema pulmonar em
portadores da síndrome de Williams-Beuren, fornecendo evidências adicionais de que esta
160
doença deve ser considerada em pacientes com a síndrome e sintomas respiratórios, pois
pode não ser reconhecida nesses pacientes.
O gene LIMK1 (MIM 601329) codifica uma proteína reguladora da polimerização
da actina via fosforilação. Essa proteína é expressa de forma ubíqua durante o
desenvolvimento e atua em muitos processos celulares associados à estrutura do
citoesqueleto. Ela também estimula o crescimento do axônio e pode ter participação no
desenvolvimento cerebral. A haploinsuficiência desse gene está relacionada à cognição
514-516
construtiva visuoespacial, comprometida na síndrome de Williams-Beuren .
O gene EIF4H (MIM 603431) tem expressão ubíqua e codifica um dos fatores de
iniciação da tradução, estimulando o início da síntese proteica517. Sua superexpressão se
relaciona ao carcinoma de pulmão sendo, segundo Vaysse et al.518, um alvo em potencial para
terapia desse tipo de câncer, fato corroborado por Bai et al.519.
O gene LAT2 (MIM 605719) codifica uma proteína adaptadora, expressa em
linfócitos B e células mieloides, que funciona como regulador da ativação de mastócitos.
Thomé et al.520 estudando o papel dessa proteína em leucemias, concluíram que pode ser
usada como alvo para o desenvolvimento de medicamentos antineoplásicos, tendo em vista
que o decréscimo das suas concentrações diminuiu a proliferação celular e aumentou a
sensibilidade ao alquifosfolipídeo, um indutor de apoptose em células leucêmicas.
O gene RFC2 (MIM 600404) que codifica proteína de reparo de DNA, juntamente
com outros genes (CDK7, DDB2, RNH1 e FAH), foi testado e validado, a partir de seus níveis
de expressão, sendo classificado entre os genes que podem auxiliar no estabelecimento do
prognóstico para pacientes com glioblastoma multiforme, o tipo mais comum de tumor
cerebral maligno em adultos521.
A proteína codificada pelo gene CLIP2 (MIM 603432) pertence à família das
proteínas ligantes citoplasmáticas, que foram propostas para mediar a interação entre
organelas membranosas específicas e microtúbulos. Altamente expresso no cérebro, esse gene
tem sido relacionado às alterações cognitivas e motoras observadas em indivíduos com a
síndrome de Williams-Beuren522.
O gene GTF2IRD1 (MIM 604318) codifica uma proteína que atua como fator de
transcrição, estando envolvido no desenvolvimento cognitivo e craniofacial 523,524. Howard et
al.525, estudando alterações nesse gene em modelos animais, concluiram que a insuficiência da
proteína GTF2IRD1 contribui para as anormalidades do desenvolvimento facial, e das
161
oligonucleotídeos distribuídos por todo o genoma humano, sendo composto por 200.000 SNP
e 550.000 marcadores não polimórficos. Pela análise do teste foram observadas duplicações
em 6p11.2 e 10q26.3.
A duplicação de 421 kb em 6p11.2 (6:57349434_57770309) contem um gene
(PRIM2). Já a duplicação em 10q26.3, com 143 kb (10:135252931_135396275) inclui três
genes (CYP2E1, SYCE1 e SPRN) (Figuras 71 e 72; Tabela 30).
Tabela 30. Nome, localização cromossômica e MIM dos genes envolvidos na alteração
observada no caso P158.
Localização
Gene Nome OMIM
cromossômica
dias até a indicação de cesárea no 8o mês. Nasceu em condições satisfatórias, com peso 3.500
g e comprimento 49 cm; sem intercorrências neonatais. Evoluiu com atraso do
desenvolvimento; andou aos 24 meses e chegou a pronunciar algumas palavras aos 12 meses,
porém parou logo após, reiniciando aos quatro anos; sem controle esfincteriano; nunca teve
convulsões, porém usa carbamapezina, segundo a mãe, pelo comportamento agitado.
Ao exame físico, com quatro anos, foram observados peso de 29,2 kg (P>97);
estatura de 113,5 cm (P75-P97); perímetro cefálico 53 cm (P50-P98); obesidade, orelhas
proeminentes, filtro longo e lábio superior fino, mamilos invertidos, hiperextensibilidade
articular em dedos e três manchas café com leite em flanco direito.
Foram realizados BERA, TC de crânio, eletroencefalograma, ecocardiograma,
ultrassonografia de abdômen total, cromatografia de aminoácidos na urina e avaliação
oftalmológica, todos sem alterações relevantes.
Em investigação complementar, realizada análise dos genes FMR1 e SNRPN, com
resultados normais, sendo afastadas as síndromes do X-frágil e de Prader Willi/Angelman, no
caso das duas últimas, considerando ocorrência de deleção ou dissomia uniparental.
O teste de microarray foi feito pela plataforma CytoSure Constitutional v3
4x180k (Agilent), que contem 180.000 sondas. Pela análise do teste foi observada duplicação
em 12p13.2p13.1, arr[hg19] 12p13.2p13.1(12203966_12868098)×3, que possui 664 kb e
inclui oito genes codificantes (Figura 70; Tabela 31108).
Tabela 31. Nome, localização cromossômica e MIM dos genes envolvidos na alteração
observada no caso P284.
Localização
Gene Nome OMIM
cromossômica
CDKN1B 12:12867992-12875305 Cyclin dependent kinase inhibitor 1B 600778
GPR19 12:12813825-12849141 G protein-coupled receptor 19 602927
cAMP responsive element-binding
CREBL2 12:12764761-12798042 603476
protein-like 2
DUSP16 12:12628829-12715317 Dual specificity phosphatase 16 607175
LOH12CR1 ou
12:12510013-12619840 BLOC-1 related complex subunit 5 616598
BORCS5
Low Density Lipoprotein receptor-
LRP6 12:12268959-12419946 603507
related protein 6
BCL2L14 12:12202778-12364018 BCL2 like 14 606126
O gene DUSP16 (MIM 607175) codifica uma proteína pertencente a uma classe
de DUSPs, designadas MKPs, que atuam em cascata, mediando vários processos fisiológicos,
como proliferação, diferenciação celular e apoptose549. Já o gene LOH12CR1 (MIM 616598)
codifica uma proteína do complexo BLOC1 (ou BORC), associada à regulação do
posicionamento do lisossoma na célula550.
O gene LRP6 (MIM 603507) por sua vez codifica um membro da família dos
receptores de lipoproteínas de baixa densidade (LDLR), que são proteínas da superfície
celular envolvidas na endocitose mediada pelo receptor de ligantes específicos. Mutações
nesse gene foram relacionadas a atraso no processo de ossificação ao nascimento e massa
óssea baixa em adultos551, doença arterial coronária precoce e síndrome metabólica552,553,
além de agenesia dentária seletiva554.
O gene BCL2L14 (MIM 606126) codifica um membro da família das proteínas
BCL2, que atuam como reguladores anti ou proapoptose, em uma variedade ampla de
atividades celulares. A expressão aumentada desse gene tem sido relacionada à indução de
apoptose celular555.
Segundo a base de dados DECIPHER, há pelo menos 20 relatos de duplicação em
12p13.2p13.1, com descrição de algumas características observadas no presente caso, como
autismo (ID 274364), atraso do desenvolvimento (IDs 295002, 296420, 270414, 267792,
249683), deficiência intelectual (IDs 284998, 287287), ausência de fala (ID 295002) e
obesidade (ID 287287), entre outros. Entretanto, exceto pelo gene CDKN1B, cuja morbidade
já foi observada, ainda não foi estabelecida uma correlação genótipo-fenótipo considerando os
demais genes envolvidos na duplicação.
Tabela 32. Alterações presentes nos seis indivíduos da casuística, com resultado por MLPA
subtelomérico dentro da normalidade e que foram submetidos a outros protocolos
investigativos.
Paciente Região cromossômica Evento Tamanho Citobanda Método
1
P13 Chr X. gene HUWE ex61 ganho - p11 MLPA
P242 Chr12:131963230_132479079 ganho 500 kb q24.33 aGH
1
P139 Chr X. Gene SLC6A8 éxon 9 ganho ~790 kb q28 MLPA
Gene GDI1 éxon 1 e 7
P1632 Chr22:19179473_21024663 perda ~2 Mb q11.2 MLPA
P1682 Chr16:32860753_33815401 ganho 955 kb p11.2 aGH
P1802 Chr2:230779356_235312634 perda 4,53 Mb q36.3-q37.1 aGH
1. Henrique, PP (2015)
2. Grupo de pesquisa da Profª Vera Lúcia Gil da Silva Lopes (comunicação pessoal)
169
5. CONCLUSÕES
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
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204
8. ANEXOS
Título do projeto: AMPLIAÇÃO DA INVESTIGAÇÃO GENÉTICA EM INDIVÍDUOS COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL DE ORIGEM
INDETERMINADA: ASSOCIAÇÃO DE ESTRATÉGIAS CITOGENÉTICAS E MOLECULARES.
Responsáveis: Carolina Rodrigues Lincoln de Carvalho, Pamela Pontes Henrique, Antonia Paula Marques de Faria e Maricilda P. de Mello.
Eu entendo que eu fui ou meu/minha filho(a) foi convidado(a) a participar de projeto de pesquisa envolvendo pessoas com deficiência
intelectual (DI) ou atraso do desenvolvimento neuromotor de causa não esclarecida. O objetivo geral do estudo é investigar alterações nos
cromossomos pelas técnicas de MLPA e aGH.
Concordando em participar, responderei perguntas sobre nosso histórico familial e médico. Será coletada uma amostra de sangue de
meu/minha filho(a) e, quando necessário, minha e do(a) pai(mãe). A amostra terá de 10 a 15 ml (ou uma colher de sopa); a coleta será
feita por profissional habilitado, em geral no braço; os riscos são mínimos, como dor e manchas roxas (equimoses) no local. Conforme os
resultados, será feita outra coleta para confirmação.
Fui informado(a) que a única vantagem dessa participação será conhecer uma possível alteração nos cromossomos do meu filho(a) ou
mesmo nos meus, a qual poderá se relacionar ao problema que ele(a) apresenta. Sendo encontrada alguma alteração, logo serei
comunicado(a) e orientado(a) sobre as consequências da mesma. A esse respeito, fui informado(a) que na rotina do atendimento do
Serviço de Genética Clínica do HC-UNICAMP é realizado o aconselhamento genético, por médicos especialistas em Genética Médica e que,
caso tenha interesse, serão agendadas consultas específicas para complementar esse procedimento, que inclui explicações detalhadas
sobre a condição genética que meu filho(a) apresenta, as alternativas para melhorar seu desenvolvimento e qualidade de vida, prevenir
eventuais complicações relacionadas a seu problema e ainda as chances de recorrência em outros familiares. Em caso de dúvida, a
qualquer momento poderei contatar a FCM-UNICAMP, na pessoa da Dra. Antonia Paula Marques de Faria (fones: 19-3521.8908 ou
3521.8907).
Estou ciente que a participação é voluntária e não haverá nenhuma despesa, pois a coleta será feita durante consultas regulares no
HC-UNICAMP. Posso recusar ou retirar meu consentimento e interromper a participação do meu/minha filho(a) a qualquer momento
(incluindo a retirada da amostra de sangue), sem interromper os cuidados médicos que ela(a) recebe ou receberá nesse hospital. Entendo
que toda informação médica, assim como os resultados deste estudo serão sigilosos; se resultados, informações e fotografias forem
utilizados em publicação científica, não serão identificados de qualquer forma.
Confirmo que a Dra. Antonia P. Marques de Faria ou o(a) médico(a) responsável Dr.(a).____________________ explicou objetivos e
procedimentos, além de riscos ou desconfortos advindos deste projeto. Li, ou me foi explicado, e compreendi este formulário e concordo
com a participação de meu/minha filho(a). Assinarei duas vias deste termo, uma ficará comigo e outra com os pesquisadores responsáveis.
Em caso de dúvidas ou reclamações, fui informado que poderei contatar o Comitê de Ética da FCM-UNICAMP, Rua Tessália Vieira de
Camargo, 126 – CEP 13083-887 Campinas, SP; fones:19-3521.8936 ou 3521-7187, e-mail: [email protected].
______________________________________________ _____________________________
Nome do responsável legal RG
____________________________________________________ ___________________________________
Assinatura do sujeito da pesquisa ou responsável legal Local e Data
RESPONSABILIDADE DO PESQUISADOR
Eu expliquei o objetivo deste estudo, os procedimentos requeridos e os possíveis riscos que poderão advir da pesquisa e me
comprometo a fornecer uma cópia deste formulário de consentimento ao responsável pelo(a) participante.
Solução de Anelamento
Reagente Para 1 reação Para 8 reações
Probe Mix (tampa preta) 1,5 µL 12 µL
Salsa Buffer (tampa amarela) 1,5 µL 12 µL
Total 3,0 µL 24 µL
Mix ligase-65 (pode ser preparado com até uma hora de antecedência, estocando-o em gelo)
208
Obs.: Protocolo novo, a partir de Jun/2011 (atenção para a marcação no tubo de Mix Primer
PCR MLPA).
Obs.: Pode ser feito em temperatura ambiente.
m. Passe o SALSA PCR primer Mix no vortex antes de usar. Acondicione a Polimerase por
10s na mão para diminuir a viscosidade. ( )
n. Preparar o Mix SALSA. ( )
1
Departamento de Genética Médica, Faculdade de Ciências Médicas (FCM),
Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Campinas, SP, Brazil.
2
Centro de Biologia Molecular e Engenharia Genética, Universidade Estadual de
Campinas (UNICAMP), Campinas, SP, Brazil.
RESUMO
Relatamos o caso de um paciente com deleção 6p24-6pter de novo apresentando atraso do
desenvolvimento, deficiência intelectual, distúrbio de linguagem, dismorfismos craniofaciais
e anomalias oculares, que estão entre as principais manifestações da síndrome da deleção 6p.
Esses aspectos são destacados, em particular os relacionados a caraterísticas neurológicas,
oftalmológicas e esqueléticas, visando contribuir para o delineamento do espectro fenotípico
dessa condição.
Palavras-chave: deleção 6p, MLPA, FISH, Deficiência Intelectual
ABSTRACT
We report one patient bearing a de novo 6p24-6pter deletion associated with developmental
delay/intellectual disability, language impairment, craniofacial dysmorphisms, structural eye
abnormalities, which are among the main clinical features of the subtelomeric 6p deletion
syndrome. Some clinical aspects are emphasized; particularly those related to cerebral,
ophthalmic and skeletal features, in order to better characterize the phenotypic spectrum of
this condition.
KEY-WORDS: 6p deletion, MLPA, FISH, Intellectual Disability
INTRODUCTION
The 6p subtelomeric deletion currently corresponds to a recognizable phenotype 1-5 due to
advances in molecular methods, such as fluorescent in situ hybridization (FISH), Multiplex
Ligation-dependent Probe Amplification (MLPA) and array genomic Hybridization (aGH).
210
Here we report a Brazilian male patient with a de novo terminal 6p deletion detected by
MLPA subtelomeric screening using FISH as a confirmation method. Main clinical features
identified in the patient are presented here in order to contribute to the understanding of
phenotypic spectrum of this condition.
CLINICAL REPORT
This male patient was the only child of healthy and unrelated parents, both were 35 years old
by the time of his birth; the family history was unremarkable. During pregnancy, the mother
smoked and reported a slight vaginal bleeding in the first trimester, without other
abnormalities. He was born at term by cesarean section; his birth weight was 3,800 g (50-90th
centile), length was 51 cm (50th centile) and occipital-frontal-circumference (OFC) was 36 cm
(50-90th centile) and there was no report of neonatal complications. Hypotonia and global
developmental delay were observed in the first year. Subsequently, learning disabilities and
intellectual disability were noticed. At 18 years of age, his weight was 76.4 kg (90-97th
centile), height 165.5 cm (3rd-10th centile), and OFC 56.5 cm (50th centile). He showed flat
occiput, brachycephaly, high forehead, hypertelorism, down-slanting palpebral fissures, mild
ptosis and proptosis, midface hypoplasia, high nasal bridge, everted lower lip, high palate,
low-set and dysmorphic ears, short neck (Figure 1), scoliosis, short fingers, hallux valgus,
asymmetry of lower limbs length (right<left), penile hypoplasia, bilateral single transverse
palmar crease and diffuse lentigines. Ophthalmologic examination showed bilateral posterior
embryotoxon with anterior synechia, diffuse pallor of optic papilla, retinal pigment epithelial
atrophy and vascular tortuosity. Brain MRI at age of 12 years evidenced a thin corpus
callosum and falx cerebri, besides diffuse white matter hyperintensity suggesting
leukoencephalopaty, particularly in periventricular regions. The skeletal survey identified
cervical rib, thoracolumbar scoliosis, short and broad femoral neck and bilateral hip
epiphysiolysis; scanometry of lower extremities showed a difference of 3.2 cm between right
and left members. Echocardiogram, renal ultrasound and thyroid function were normal.
FISH analyses
The chromosome abnormality identified by MLPA analysis was validated by FISH analysis
on cultured peripheral blood lymphocytes using commercial 6p subtelomeric FISH probes
(Aquarius®/Cytocell®), following standard protocols. FISH analysis was carried out for both
parents as well.
RESULTS
MLPA subtelomeric analysis demonstrated a terminal deletion on 6p (Figure 2). FISH
analysis on cultured peripheral blood lymphocytes using commercially subtelomeric FISH
probes (Aquarius®/Cytocell®) for 6p confirmed the deletion indicating the breakpoint at
band 6p24 (LPT 06PR/G) (Figure 3). Therefore, the propositus’ karyotype is
46,XY,del(6)(p24).ish del(6)(pter)(62I11-). FISH analyses for both parents using same
subtelomeric probes resulted in normal signals (data not shown), indicating a de novo
deletion.
DISCUSSION
Similar clinical phenotypes encompassing interstitial either deletions within the 6p22-p24
region or terminal deletion involving the 6p24-6pter region has recently been outlined7,8.
Developmental delay/intellectual disability, language impairment, hearing loss, craniofacial
dysmorphisms, including prominent forehead, hypertelorism, midface hypoplasia,
ophthalmologic abnormalities ocular such as malformation of the anterior eye chamber are
among the main clinical features of this condition 4,5,8-10. Although more than 30 cases with
deletions involving the 6pter region have already been reported, it is worth to mention here
212
that part of them has resulted from complex rearrangements, which certainly determine an
overlap of phenotypes, hampering the genotype-phenotype correlation on the ‘pure’ 6p
deletion4,11,12.
A summary of clinical findings is presented on Table 1, covering a literature review1-3,5,8-10,12-
20
and the one described here. It should be noted that they share most conspicuous features as
developmental delay and ocular and craniofacial abnormalities.
Ocular anomalies, especially those in the anterior chamber, are major features of 6p terminal
deletions when the critical 6p25 region that contains the FOXC1 gene, a transcription factor
involved in anterior chamber development, is included 21,22. Retinal abnormalities have been
also described, including a case with crescentic hyperpigmentation reported by Gould et al.23.
Besides embryotoxon posterior defect in the anterior chamber, the patient described here also
showed evident retinal abnormalities, with atrophy and diffuse pallor of optic papilla.
Regarding these findings, it is probable the involvement of ELOVL2 gene located in the 6p24
region, which belongs to the elongation of very long chain fatty acids (ELOVL) gene family.
In animal models, the Elovl2 expresses at retina in a very high level 24 and mutations in the
human ELOVL4 gene were identified in cases of Stargardt-like macular dystrophy and
autosomal dominant macular dystrophy25. Those findings pointed to the possibility that
mutations in other genes within the ELOVL family would be able to produce retinal
abnormalities. Therefore, it seems plausible to infer that haploinsufficiency of ELOVL2 gene
might potentially cause retinal abnormalities in a patient with 6p terminal deletion.
Brain anomalies formerly reported in patients with 6p deletion including hydrocephalus and
Dandy-Walker malformation highlight the clinical overlap with the Cranio-Cerebello-Cardiac
(or 3C) syndrome4. The MRI findings such as white matter T2 signal hyperintensities and thin
corpus callosum observed in the present patient had been described previously in at least one
case of 6p deletion17. In that report, the MRI was performed at the age of 13 months and there
was no evidence of lesion progression after one year, when a second MRI showed only a
slight increase in the white matter signal abnormalities. By the time of the report, the patient
was six years old, presented mild developmental delay without neurological regress and
metabolic tests for leukodystrophies were negative. The authors suggested that some genes
responsible for normal white matter development could be located at 6p terminal region. A
similar pattern of white matter abnormality observed in the case we present here reinforces
this hypothesis and suggests that a nonprogressive leukoencephalopathy may be an additional
abnormality in the central nervous system presented by individuals with 6p terminal deletion,
213
besides corpus callosum hypoplasia17. Caluseriu et al.20 reported a different case of white
matter changes in an adult with 6p25 deletion syndrome and schizophrenia. They described
that MRI at age 36 showed diffuse moderate supratentorial atrophy and confluent and
punctate white matter changes with small foci of encephalomalacia, however they did not
show an image of these findings to compare with present case. They discussed that the
schizophrenia might be coincidental, despite negative family history of psychiatric disorder
and a possible schizophrenia susceptibility locus in 6p terminal region 20. However, in this
case, it is not possible to exclude that the observed abnormalities have been a consequence of
psychiatric disease, since there is evidence of gray and white matter reduction in
schizophrenic adult patients when compared with healthy subjects 26.
Many skeletal abnormalities were identified in patients with confirmed 6p terminal deletion,
including epiphyseal delay19, malformations of backbone, hands and feet23 and hip dislocation
secondary to bilateral Perthes disease 18. Kannu et al.27 identified epiphyseal anomalies
especially in femoral location among others skeletal anomalies. These authors suggested that
an epiphyseal delay, especially of the proximal femora, detected in infancy or early
childhood, might be a significant finding and needs to be followed up for possible
development of epiphyseal dysplasia. In the present case, a skeletal survey was not performed
in childhood, but the current femoral impairment reinforces the hypothesis that an epiphyseal
dysplasia, particularly of the hip, could be part of the natural history and also a significant
complication of 6p terminal deletion syndrome, justifying the inclusion of this specific
follow-up in the anticipatory guidance for these patients.
There are some evidences of collagen abnormality related to disrupted genes in 6p terminal
region and some features of this syndrome might be related to collagen or connective tissue
alteration. Two patients with multiple dislocations reported by Pierquin et al.28 carried an
unbalanced translocation resulting in partial 1q trisomy and 6p monosomy. An analysis of
skin collagen from one of the probands disclosed a decreased alpha 1/alpha 2 chain ratio of
collagen type I and they suggested that the deleted 6p segment would be the responsible for
the collagen abnormality, because the breakpoints on chromosome 1 were different in each
case (1q32 and 1q42). Multiple dislocations were also observed by James et al.29 in a patient
with an unbalanced translocation resulting in distal 6p deletion and proximal trisomy 10q,
supporting that the terminal 6p region may be in fact involved in skeletal anomalies related to
collagen disturbance. Smith et al.30 demonstrated that FoxC1 haploinsufficiency in mouse
model - homolog to FOXC1 gene in humans - cause anterior chamber abnormalities with
214
paucity of extracellular matrix components and very little collagen and elastic tissue in the
affected eye.
CONCLUSION
The monosomy involving 6p24 region has emerged as a clinically recognizable syndrome,
although the lack of information still affects the establishment of a specific diagnosis, as well
as a more complete delineation of its phenotype. The description of additional cases, properly
evaluated using molecular techniques to define chromosomal regions involved, as well as the
monitoriament of patients with confirmed subtelomeric 6p deletion, particularly considering
their ophthalmological, brain and skeletal abnormalities, certainly will contribute for refining
the phenotypic spectrum of this condition.
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217
Figure 2: Detection of subtelomeric anomaly by MLPA. Red arrow shows the 6p deletion in
this patient. C: normal control; P036 and P070: results of respective MLPA kits for the present
case.
219
Figure 3: FISH with subtelomeric probe for 6p (labeled in green), showing only one green
signal on one normal chromosome 6 (LPT 06PR/G, Aquarius®/Cytocell®).
8.5. Dados de levantamento da casuística
Tabela 33. Dados do levantamento de prontuários dos 300 pacientes incluídos no estudo.
Caso Resultado / técnica S DN I IE DV IM IP C AF AG/AP ADNPM CC
P1 NL F 14/10/1993 24 144 6 17 25 0 Sim Sim Sim Sim
P4 dup7q (MLPA) F 20/09/1992 25 115 6 37 37 0 Sim Não Sim Não
P3 NL M 04/08/1993 24 132 3 28 32 0 Não Não Não Não
P5 NL M 24/10/1999 18 71 2 23 22 0 Não Não Não Não
P6 NL M 28/10/2003 14 32 5 15 SD 0 Sim Sim Sim Não
P7 NL M 16/10/1999 18 84 3 28 34 0 Não Sim Sim Não
P9 NL M 03/07/1995 22 110 5 18 21 0 Não Não Sim Não
P10 NL M 04/05/1989 28 124 6 19 24 0 Não Duvidoso Sim Não
P11 NL M 09/04/2004 13 101 1 23 24 0 Sim Sim Sim Não
P12 NL M 21/03/1997 20 95 4 19 19 0 Não Sim Sim Não
P13 dupXp11 HUWE1 ex61 (MLPA) M 26/04/1994 23 12 3 27 34 0 Não Sim Sim Sim
P14 NL F
P15 NL F 22/07/1999 18 93 8 44 30 0 Não Sim Sim Não
P16 NL M 10/01/1994 23 108 4 34 40 0 Não Duvidoso Não Não
P17 NL F 24/07/2002 15 54 0 42 43 0 Não Duvidoso Sim Não
P18 NL M 25/05/2002 15 47 4 21 26 0 Sim Sim Sim Não
P20 NL F 25/02/1995 22 144 2 23 28 0 Não Sim Sim Não
P21 NL M 02/10/2000 17 84 2 31 32 0 Sim Não Sim Sim
P22 NL M 20/05/2000 17 91 1 30 29 0 Não Não Sim Sim
P23 delq21.1-q21.33 (microarray) M 13/05/1997 20 30 4 34 35 0 Não Não Sim Não
P24 dup12q24.33 (microarray) M 2005 12 22 7 35 35 0 Sim Sim Sim Sim
P25 NL M 12/03/2009 8 60 1 31 36 1/16 Não Sim Sim Não
P26 NL M 02/02/1997 20 130 7 33 20 0 Não Não Sim Sim
P27 NL F 19/08/1988 29 156 5 37 39 0 Sim Sim Sim Sim
P28 NL M 15/02/1999 18 48 3 24 24 0 Sim Sim Sim Não
P29 NL F 21/08/1996 21 120 4 31 31 0 Não Duvidoso Sim Não
221
P30 NL M
P31 NL M 1988 29 156 8 34 35 0 Sim Sim Sim Sim
P33 NL F 00/00/1965 52 504 5 SD SD 0 Não Não Sim Não
P34 NL M 05/09/1986 31 72 3 22 24 SD Sim Sim
P35 NL M 22/02/1997 20 120 4 19 23 0 Sim Sim Sim Não
P36 NL M 17/02/1997 20 10 5 19 20 0 Não Sim Sim Não
P37 NL M 12/04/1999 18 96 4 25 21 0 Não Sim Sim Não
P38 NL SNP12p M 24/06/1982 35 288 2 19 20 0 Sim Sim Sim Não
P39 NL M 17/12/1994 23 153 3 22 17 0 Sim Não Sim Não
P40 NL M 27/09/1990 27 132 3 24 24 0 Sim Não Sim Não
P41 NL F 11/07/2002 15 60 5 21 21 0 Sim Não Sim Não
P42 del 15q 21.2q22.2 (microarray) M 07/08/1999 18 84 4 25 29 0 Sim Sim Sim Não
P43 NL M 26/05/2001 16 49 5 31 27 0 Não Sim Sim Não
P44 NL F
P45 NL F 13/11/1995 22 48 4 38 38 0 Não Sim Sim Sim
SNV KIRREL3 / SHANK2
P46 M 22/10/2001 16 57 5 30 45 0 Não Sim Sim Sim
(exoma)
P47 NL M 1993 24 120 2 32 27 0 Não Não Sim Não
P48 NL M 07/05/1993 24 108 4 SD 30 1/16 Sim
P49 NL M 13/09/1993 24 156 2 25 29 0 Não Não Sim Não
P50 NL M 04/03/1998 19 59 3 22 23 1/64 Não Sim Sim Não
P51 NL M 25/07/1997 20 120 3 25 29 0 Não Sim Sim Não
P52 NL M 01/01/1977 40 348 4 24 28 0 Não Não Sim sim
P53 NL SNP12p M 01/04/1995 22 132 6 27 27 0 Sim Não Sim Não
P54 NL M 16/11/1996 21 72 5 31 35 0 Não Não Sim Não
P55 NL M 15/11/1994 23 48 3 22 33 0 Não Não Sim Não
P56 NL SNP12p F 10/08/1997 20 108 2 27 33 0 Sim Não Sim Não
P57 del1p (MLPA) M 14/12/2005 12 30 SD 20 23 0 Sim Não Sim Sim
P58 NL M 13/10/1997 20 60 5 31 34 0 Não Sim Sim Não
222
grupo colaborador)
P181 NL F 2007 10 15 5 36 27 0 Não Duvidoso Sim Não
P182 SNV PRKCG (exoma) F 1995 22 13 4 35 39 0 Não Sim Sim Não
P183 NL M 10/10/2001 16 39 3 19 25 0 Não Não Sim Não
P184 NL M 2008 9 48 8 21 21 0 Não Não Sim Não
P185 NL F 2001 16 132 4 30 37 0 Não Sim Sim Não
P186 NL M 2007 10 13 8 20 28 0 Sim Não Sim Não
P187 NL M 07/07/2000 17 120 3 26 22 0 Não Não Sim Não
P188 NL M 20/01/2012 5 7 6 24 22 0 Sim Sim Sim Não
P191 dup11p (MLPA) F 17/06/2007 10 48 3 34 36 0 Não Sim Sim Sim
P192 del1q (MLPA) M 2012 5 2 6 37 37 0 Não Não Sim Não
P193 NL F 02/01/2007 10 74 2 22 SD 0 Não Sim Sim Não
P194 dup9p/del18p (MLPA) M 09/03/2000 17 156 3 30 41 0 Não Não Sim Não
P195 NL M 1975 42 432 2 SD SD 0 Não SD Sim Não
P196 NL M 22/06/2008 9 60 3 31 36 0 Sim Não Sim Não
P197 NL F 1980 37 372 4 SD SD 0 Não SD Sim Não
P198 SNV RAI1 (exoma) F 1998 19 103 2 32 36 0 Não Sim Sim Não
P199 NL F 2013 4 12 7 16 16 0 Não Duvidoso Sim Não
P200 NL M 2008 9 60 6 18 24 0 Não Sim Sim Não
P201 NL F 21/10/2010 7 24 2 25 23 0 Não Sim Sim Não
P202 NL M 2003 14 5 6 20 20 0 Não Sim Sim Sim
P203 NL M 2009 8 26 5 24 35 0 Não Sim Sim Não
P206 NL F 19/06/2002 15 132 4 25 24 0 Não Não Sim Não
P207 NL M
P208 NL M 25/04/2010 7 31 5 33 55 0 Não Não Sim Não
P209 NL F 03/05/1999 18 143 6 26 SD 0 Não Não Sim Não
P210 NL F 29/07/2007 10 72 3 15 30 0 Sim Sim Sim Não
P211 NL M 09/11/1990 27 20 3 SD SD 0 Não Duvidoso Sim Não
P212 NL M 13/03/1999 18 90 3 20 27 0 Não Duvidoso Sim Não
227
P271 NL F
P272 NL F 28/04/2001 16 138 0 27 31 0 Não Não Sim Não
P273 NL F 22/03/2012 5 26 1 18 23 0 Sim Não Sim Sim
P274 NL F
P275 NL SNP 19q F 05/11/2000 17 168 4 30 31 0 Não Não Sim Não
P276 NL M 17/03/2002 15 144 5 20 22 0 Sim Sim Sim Sim
P278 NL M 02/08/2005 12 108 5 32 24 0 Sim Não Sim Sim
P279 NL M 03/07/2001 16 156 0 19 0 Não Não Sim Não
P280 NL F 06/09/2013 4 19 2 21 23 0 Não Não Sim Não
P281 del 4q (MLPA não confirmado) M 18/01/2014 3 13 4 25 34 0 Não Sim Sim Não
P283 NL M 28/11/2011 6 31 4 17 21 0 Não Sim Sim Sim
P284 dup12p13.2p13.1(microarray) M 19/02/2004 13 48 2 36 38 0 Não Sim Sim Não
P285 NL M 07/04/2004 13 130 3 19 26 0 Sim Não Sim Não
P286 NL F 16/04/2000 17 168 1 27 35 0 Não Não Sim Sim
P287 NL M 21/06/2014 3 4 7 29 38 0 Sim Não Sim Não
P288 NL M 19/06/2005 12 120 3 22 34 0 Não Não Sim Não
P289 NL M 07/10/2003 14 132 5 18 36 0 Não Não Sim Não
P290 NL F 19/08/2003 14 132 3 38 32 0 Não Não Sim Não
P291 NL M 16/04/1996 21 216 1 20 SD 0 Não Não Não Sim
P292 NL M 16/02/2000 17 93 5 45 31 0 Sim Sim Sim Sim
P293 NL F 26/04/2000 17 180 2 30 36 0 Não Não Sim Não
P294 NL F 2012 5 19 4 27 40 0 Não Sim Sim Não
P295 NL M 10/08/2003 14 144 2 26 35 0 Sim Sim Sim Sim
P296 NL M 17/06/2006 11 96 2 22 22 0 Sim Sim SD
P297 NL F
P298 NL M 26/11/2008 9 82 3 32 32 0 SD SD Sim Sim
P299 NL F 23/03/2000 17 180 4 20 38 0 Sim Não Sim Não
P300 NL M 2002 15 12 4 37 38 0 Não Sim Sim Sim
P301 NL F
230
O artigo intitulado “Subtelomeric 6p deletion: case report and review emphasizing cerebral,
Antonia, presente na tese de doutorado da aluna Carolina R. Lincoln de Carvalho, não foi aceito
pela revista científica São Paulo Medical Journal, razão pela qual não é possível incluir a carta
façam necessários.
Atenciosamente,