Tde 1 Talmo Rangel

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TDE 1 - Introdução ao Direito.


Aluna: Valentine Henrique Ferreira Porto de Oliveira Antunes.

A ficção apresentada no texto do livro “O caso dos Exploradores de Cavernas” deixa espaço para

debates acerca de diversos aspectos, sendo alguns deles a questão moral acerca do caso, a

questão constitucional na qual o caso se adequaria e o dilema da sobrevivência.

Os exploradores indubitavelmente utilizaram apenas de racionalidade, frieza e estratégia, visando

proteger a sobrevivência do máximo de pessoas possível. Porém, para isso, precisaram passar por

cima da moral humana, tanto em relação a cometer um homicídio, quanto em relação à prática do

ato de canibalismo.

Na trama, podemos ter acesso à ótica jurídica do caso, mesmo que seja fictícia. Existem diversos

pontos a se analisar nesse caso, como, por exemplo, o acordo feito entre os exploradores, no que

diz respeito à decisão tomada por eles, e também na maneira como eles acordaram escolher

quem seria o homem sacrificado (escolheram por intermédio da sorte, visando ser justos). Ou

seja, todos os exploradores estavam a par da situação, inclusive Whetmore, a vítima, que teve a

ideia e propôs a mesma para os companheiros.

Os réus não abriram mão do seu direito à vida e também escolheram tomar essa decisão a favor

dela, visto que priorizaram manter a vida de 4 pessoas à custa de 1, ao invés de omitir e/ou

permitir a morte de todas as 5 pessoas. Ou seja, o grupo utilizou de um pensamento estratégico

para sobrevivência e preservação da vida, diferente do governo, que mandou 10 homens para

resgatar os 5 exploradores e esses homens acabaram sacrificados. Desse modo, como o governo

pode julgar os 4 exploradores por 1 morte ocorrida em razão da sobrevivência, sendo

responsável por outras 10 mortes?


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Deveria se considerar toda a circunstância em que os réus estavam inseridos antes do

julgamento, por se tratar de um contexto raro e extremo, contexto cuja constituição adequada não

existe no Estado em que ocorre o caso, de modo que os réus deveriam ser absolvidos por falta de

legislação compatível com o caso.

Portanto, todos esses aspectos são considerados e debatidos na hora da votação dos juristas, que

acaba em um empate, o que acarreta na pena de morte para os réus. Isto ocorreu porque o caso é

tão complexo e subjetivo que não se pôde chegar em um acordo, visto que cada um tinha uma

opinião diferente, ou era incapaz de opinar. Além disso, no contexto do livro, é extremamente

difícil para os legistas separar o próprio juízo de valor dos fatos e do julgamento, para serem

100% profissionais.

Conclui-se que “O Caso dos Exploradores de Cavernas” é um caso extremamente singular que

abre uma vasta gama de conflitos morais, éticos e jurídicos.

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