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Resumo – O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de biochar aplicado com os macronutrientes N e P,
para a formação de substratos, no desenvolvimento de mudas de angico (Anadenanthera colubrina) para a
restauração florestal. Os experimentos foram realizados em viveiro florestal, em delineamento inteiramente
casualizado. Estudaram-se interações entre concentrações crescentes de biochar e de N, na forma de ureia,
e de biochar e P, na forma de superfosfato simples, adicionados a Latossolo Amarelo. Determinaram-se os
parâmetros de crescimento, qualidade e nutrição das mudas, e os resultados foram submetidos ao estudo
de regressão polinomial (superfície de resposta). A interação entre biochar e N beneficiou a qualidade e a
concentração foliar de Mg das mudas de angico, apesar de não influenciar o crescimento das plantas. As mudas
de angico submetidas à aplicação de biochar e P mostraram maior qualidade e eficiência de uso dos nutrientes
Ca e K. A adição de biochar ao substrato, junto com N e P, apresenta potencial de uso para a produção de mudas
de qualidade, o que favorece o sucesso de práticas de restauração florestal em regiões com baixa fertilidade do
solo e sujeitas a períodos de estresse hídrico.
Termos para indexação: Anadenanthera colubrina, reflorestamento, substrato, superfosfato, ureia.
principalmente N e P, é essencial, pois sua deficiência Alguns estudos têm mostrado a eficácia do uso
é limitante do crescimento vegetal (Fageria, 2008). do biochar na agricultura, principalmente por sua
Considerando-se, ainda, as condições edafoclimáticas característica de diminuir a lixiviação dos nutrientes e
das áreas usadas para processos de implantação de água no solo (Lehmann, 2007; Lehmann & Joseph,
florestal, o uso de espécies nativas pode garantir maior 2009), o que garante maior eficiência de uso dos
sucesso em práticas de recuperação de áreas degradadas nutrientes pelas plantas e auxilia a redução dos gastos
e conservação da biodiversidade (Lamb et al., 2005). com adubações químicas. Além disso, o produto atua
As espécies nativas geralmente apresentam como estoque de C no solo e contribui para diminuir
maior eficiência de uso de nutrientes (EUN), o que a concentração de CO2 na atmosfera, favorecendo a
determina a capacidade de produção de matéria seca mitigação das mudanças climáticas globais (Lehmann
por unidade de nutrientes absorvidos pela planta & Joseph, 2009).
(Chapin, 1980), garante o melhor desempenho das Discute-se, ainda, que a melhoria da fertilidade do
mudas e sobrevivência em campo, em razão da alta solo e do desenvolvimento vegetal, proporcionados
adaptabilidade às condições ambientais e atende às pelo biochar, são maiores quando o produto é
exigências de reposição da biodiversidade de diferentes combinado com solo fértil ou com adição de
regiões. Uma destas espécies com alto potencial de fertilizantes (Steiner et al., 2007; Petter et al., 2012;
crescimento é o angico (Anadenanthera colubrina Lima et al., 2015). O potencial do biochar como fonte
(Vell.) Brenan), que apresenta amplo domínio de alguns nutrientes varia conforme as características
fitogeográfico que inclui o bioma Cerrado (Lorenzi, químicas do material (Mukome et al., 2013). Assim,
2008). o uso isolado do biochar com características de baixa
Em geral, as condições de restauração florestal em disponibilidade de nutrientes pode ser ineficiente para
regiões tropicais requerem espécies vegetais capazes o desenvolvimento vegetal conforme as condições de
de se desenvolver sobre solos com baixa fertilidade e solo onde é aplicado (Lima et al., 2013, 2015).
sujeitos a longos períodos de estresse hídrico, como O uso sustentável do biochar deve considerar a
no bioma Cerrado (Klink & Machado, 2005). Estas caracterização do material e do local de aplicação,
limitações edafoclimáticas exigem técnicas específicas como as propriedades físico‑químicas do solo e
de produção de mudas, para garantir ao mesmo tempo clima, além da gestão da terra, como o tipo de espécie
maiores taxas de sobrevivência das plantas em campo, cultivada, de forma que se tenham respostas sobre
diminuição das perdas de nutrientes do solo, aumento compatibilidade e complementaridade entre esses
da eficiência do uso de nutrientes (EUN) das plantas fatores (Verheijen et al., 2012). Assim, estudos com
e proteção ao meio ambiente (solos e água) (Baligar espécies nativas e com solos oriundos de áreas naturais,
et al., 2001). com características de baixa fertilidade, são essenciais
Solos amazônicos antropogênicos, conhecidos como para promover informações que viabilizem o uso do
Terra Preta de Índio, que apresentam alta fertilidade e biochar para a sustentabilidade dos sistemas agrícolas
produtividade durante várias décadas, sem necessidade e silviculturais.
de adubação, têm sido investigados a fim de auxiliar a O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de
sustentabilidade agrícola (Lehmann & Joseph, 2009). biochar aplicado com os macronutrientes N e P, para
A alta fertilidade desses solos foi alcançada em razão a formação de substratos, no desenvolvimento de
da adição de carbono pirogênico pelos índios, por meio mudas de angico (Anadenanthera colubrina) para a
da incorporação de restos de carvão vegetal ao solo. restauração florestal.
Este material, denominado biochar, tem sido proposto
como excelente alternativa para melhorar a fertilidade Material e Métodos
dos solos cultiváveis de baixa fertilidade natural
(Novotny et al., 2007; Maia et al., 2011). Este produto Os experimentos foram desenvolvidos em viveiro
é originado do processo de pirólise de biomassa e pode florestal, na Universidade do Estado de Mato Grosso
ser uma excelente estratégia econômica e ambiental (Unemat), em Nova Xavantina, MT (14º41'25" S;
de aproveitamento de resíduos (Lehmann & Joseph, 52º20'55"W), de maio a dezembro de 2013. Foram
2009). produzidas mudas de angico, em sacos de polietileno
preto de 500 cm3. Os recipientes foram colocados em quantidades de Al3‑ e Ca2+ + Mg2+ trocáveis – conforme
bancadas sobre suporte de ferro, a 1,20 m de altura, análises de solos oriundos da mesma área de onde se
com sombreamento de 50% e irrigação diária, por retirou o Latossolo Amarelo – e no PRNT do calcário
microaspersão, com taxa diária de aplicação de 20 min, utilizado. O carvão vegetal foi produzido em forno
ajustada conforme as condições microclimáticas. convencional, com a carbonização parcial de madeira
Utilizou-se, nos dois experimentos, o delineamento de eucalipto à temperatura constante de 500°C.
experimental inteiramente casualizado, com 51 plantas Posteriormente, o material foi moído e peneirado para
por tratamento. Para o experimento com N, avaliaram- apresentar granulometria inferior a 0,5 mm.
se as combinações entre cinco concentrações de biochar No experimento com N, avaliaram-se 20 plantas
(BC) a 0, 5, 10, 20 e 35% v/v, e quatro concentrações de por tratamento, aos 210 dias após a semeadura (DAS),
N a 0, 50, 100 e 200 mg dm‑3, na forma de ureia (45% quanto à altura, diâmetro, massa de matéria seca
de N), adicionadas a Latossolo Amarelo. Os materiais da parte aérea e massa de matéria seca do sistema
foram homogeneizados, no total de 20 tratamentos, radicular. No experimento com P, em razão dos
pelas seguintes combinações de BC (%) e N (mg dm‑3): diferentes tempos de resposta ao elemento, as mesmas
0–0, 0–50, 0–100, 0–200, 5–0, 5–50, 5–100, 5–200, variáveis foram determinadas aos 120 DAS, em todas
10–0, 10–50, 10–100, 10–200, 20–0, 20–50, 20–100, as 51 plantas de cada tratamento. Para a determinação
20–200, 35–0, 35–50, 35–100 e 35–200. da biomassa da parte aérea e do sistema radicular,
Para o experimento com P, avaliaram-se as utilizaram-se 30 plantas por tratamento. A massa de
combinações entre cinco concentrações de biochar matéria seca foi determinada em balança de precisão,
(BC) a 0, 5, 10, 20 e 35% v/v e cinco concentrações após a secagem em estufa de circulação forçada de ar a
de P a 0, 50, 100, 200 e 400 mg dm‑3, na forma do 65ºC até obtenção de massa constante.
fertilizante comercial superfosfato simples (18% P2O5), A partir dos resultados, calcularam-se as seguintes
adicionadas a Latossolo Amarelo. Os materiais foram relações: entre altura e diâmetro (H/D); altura e massa
homogeneizados, no total de 25 tratamentos, com de matéria seca da parte aérea (H/MSPA); massa de
as seguintes combinações de BC (%) e P (mg dm‑3): matéria seca da parte aérea e massa de matéria seca
0–0, 0–50, 0–100, 0–200, 0–400, 5–0, 5–50, 5–100, do sistema radicular (MSPA/MSR); e o índice de
5–200, 5–400, 10–0, 10–50, 10–100, 10–200, 10–400, qualidade de Dickson – IQD = [MST/(H/D)+(MSPA/
20–0, 20–50, 20–100, 20–200, 20–400, 35–0, 35–50, MSR)] –, conforme Dickson et al. (1960) , para efeitos
35–100, 35–200 e 35–400. de comparação da qualidade das mudas entre os
As características químicas do biochar e dos tratamentos.
substratos‑testemunhas foram determinadas em As concentrações foliares de N, P, K, Ca e Mg das
laboratório (Tabela 1), ao final da pesquisa, após a mudas, em cada tratamento, foram determinadas em
correção com calcário. Para a correção da acidez do laboratório, conforme metodologia descrita por Silva
solo, adicionaram-se 2 kg m‑3 de calcário dolomítico (1999). Verificou-se a diferença da concentração de
(PRNT 90%) a cada substrato, em ambos os cada nutriente e calculou-se a EUN (g biomassa foliar
experimentos. Essa correção foi definida com base nas por g de nutriente) de acordo com Chapin (1980).
Tabela 1. Características químicas do substrato‑testemunha e do biochar utilizados para a formação de substratos, para a
produção de mudas de Anadenanthera colubrina em viveiro.
Tratamento pH Ca2+ Mg2+ H+Al CTC P K+ S V MO Argila
CaCl2 ‑‑‑‑‑‑--‑‑----‑‑‑(cmolc dm‑3)‑‑‑‑--------‑‑‑‑ ‑‑----‑‑‑--‑(mg dm‑3)‑-‑----‑‑‑ ‑--‑--‑(%)‑‑----‑ (g kg‑1)
Testemunha N(1) 5,4 9,4 4,5 6,6 20,9 4,2 128,0 nd 68,3 4,8 170
Testemunha P(2) 5,1 4,4 2,3 4,6 11,5 1,2 69,0 nd 59,9 2,5 195
Biochar 6,7 5,4 1,7 0,6 8,2 47,8 164,0 35,6 92,3 3,5 ‑
Latossolo Amarelo utilizado para o experimento com nitrogênio. (2)Latossolo Amarelo utilizado para o experimento com fósforo. Características determi-
(1)
nadas conforme metodologia proposta por Silva (1999): Al+H, acidez potencial; Mg2+, Ca2+ e K+, teores de magnésio, cálcio e potássio trocáveis; S, enxofre;
CTC, capacidade de troca de cátions, pH 7,0; P, teor de fósforo extraível por Mehlich 1; C, teor de carbono orgânico; V, saturação por bases; MO, teor de
matéria orgânica do solo; nd, não determinado.
Os parâmetros de crescimento e qualidade das para essa espécie, em estudos com diferentes tipos
mudas, bem como os níveis nutricionais e a EUN, de substratos e adubações (Gomes et al., 2004;
foram submetidos à análise de variância e, quando os Bernardino et al., 2005; Chaves et al., 2006; Gonçalves
resultados apresentaram significância de 5%, os dados et al., 2008), o que mostra que as mudas de angico, em
foram analisados pelo estudo de regressão polinomial ambos os experimentos, apresentaram condições de
(superfície de resposta). Inicialmente, verificou-se a crescimento adequadas aos observados em diferentes
significância das interações entre BC e N e entre BC e formas de produção.
P e, quando estas não mostraram significância, efetuou- A ausência de interferência no crescimento das
se o estudo de regressão de primeiro e segundo graus. mudas de angico pode estar relacionada aos seus baixos
Para a realização das análises estatísticas, utilizou-se requerimentos nutricionais (Gonçalves et al., 2012).
o programa Statistica (Statsoft Inc., Tulsa, OK, EUA). Isso favorece seu desenvolvimento em condições
de reduzida fertilidade de solos, fator diretamente
Resultados e Discussão relacionado à adaptabilidade dessa espécie a diferentes
regiões (Lorenzi, 2008). Além disso, trata-se de uma
As mudas de angico não apresentaram diferenças espécie que apresenta associações simbióticas em
significativas quanto ao crescimento, em relação às suas raízes, que também auxiliam no seu crescimento
interações entre os fatores biochar e N ou biochar e nutrição e podem ser suficientes para suprir suas
e P (Tabelas 2 e 3). No entanto, os valores médios necessidades nutricionais, principalmente quanto a N e
verificados para os parâmetros altura, diâmetro, MSPA P (Santos et al., 2008). As concentrações de nutrientes
e MSR são semelhantes aos resultados observados nos solos utilizados estão acima do nível crítico para
Tabela 2. Valores médios de altura (H), diâmetro (D), massa de matéria seca da parte aérea (MSPA), massa de matéria seca
do sistema radicular (MSR), relações entre H/D e MSPA/MSR, concentrações foliares de N, P, K e Ca, e eficiência de uso
(EU) de N, P, K e Ca, em mudas de Anadenanthera colubrina, aos 210 dias após a semeadura, com a combinação de doses
de biochar (BC) e nitrogênio (N).
BC x N Altura Diâmetro MSPA MSR H/D MSPA/MSR N P K Ca EU N EU P EU K EU Ca
(cm) (mm) ‑‑‑‑‑‑‑(g)‑‑‑‑‑‑ ‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑(g kg‑1)‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑ ‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑(g g‑1)‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑
0–0 48,50 3,29 3,99 4,64 14,76 0,86 21,1 2,4 3,6 15,8 190,2 1666,0 1115,1 253,1
0–50 51,53 3,22 3,78 3,74 16,01 1,01 22,5 2,1 4,2 15,0 168,3 1785,3 901,4 252,9
0–100 48,90 3,21 3,82 3,71 15,26 1,03 22,4 2,0 4,0 16,3 169,9 1921,2 954,8 234,3
0–200 54,22 3,50 4,30 4,11 15,47 1,05 20,0 2,3 3,5 15,8 217,8 1891,0 1259,2 280,1
5–0 50,79 3,12 4,11 3,80 16,29 1,08 23,8 2,1 4,3 14,2 173,8 1930,8 968,5 291,9
5–50 59,12 3,72 5,15 4,17 15,89 1,24 22,8 2,1 4,2 14,4 224,6 2491,0 1218,4 356,3
5–100 59,16 3,47 4,66 3,36 17,03 1,39 22,1 2,2 3,7 14,6 211,1 2134,2 1274,4 319,4
5–200 49,95 3,44 4,00 3,73 14,52 1,07 21,0 2,2 3,6 14,3 192,5 1805,7 1122,7 282,1
10–0 47,65 3,42 3,96 4,50 13,93 0,88 20,8 2,6 3,9 15,9 189,0 1539,1 996,8 248,7
10–50 49,00 3,44 4,07 3,58 14,26 1,14 20,6 2,0 3,9 14,2 197,2 1972,6 1043,7 285,3
10–100 52,28 3,65 4,60 4,01 14,33 1,15 21,3 2,0 3,8 13,5 220,8 2377,4 1251,9 345,4
10–200 45,69 3,47 3,77 4,06 13,16 0,93 20,3 1,7 3,5 14,3 195,0 2298,2 1110,3 276,4
20–0 38,44 3,05 3,28 3,70 12,59 0,89 20,2 2,3 3,9 13,1 175,7 1547,3 910,1 266,1
20–50 59,68 4,28 5,56 5,29 13,95 1,05 20,4 2,8 4,1 12,6 274,1 1974,2 1352,1 969,5
20–100 53,74 3,88 5,30 4,90 13,84 1,08 23,9 2,4 4,1 16,1 223,0 2171,4 1302,6 331,4
20–200 48,24 3,68 4,85 4,90 13,11 0,99 21,4 2,2 4,4 17,9 231,0 2240,4 1118,7 274,9
35–0 53,11 3,47 4,47 4,50 15,29 0,99 23,7 2,4 4,5 18,1 188,2 1858,7 987,7 246,2
35–50 49,63 3,42 4,45 5,05 14,49 0,88 22,1 2,6 4,1 17,4 202,1 1722,3 1100,7 256,9
35–100 49,10 3,77 4,58 6,01 13,03 0,76 23,5 2,8 4,4 18,5 196,1 1669,8 1050,6 248,4
35–200 57,70 4,32 6,01 7,37 13,34 0,82 22,4 2,3 3,9 17,7 268,7 2602,8 1568,2 338,2
p 0,81 ns 0,25ns 0,16ns 0,07ns 0,40ns 0,68ns 0,64ns 0,62ns 0,47ns 0,82ns 0,23ns 0,10ns 0,34ns 0,86ns
R2 0,18 0,51 0,45 0,65 0,59 0,43 0,37 0,36 0,57 0,78 0,44 0,46 0,38 0,22
ns
Não significativo, a 5% de probabilidade, pelo teste de regressão polinomial.
a espécie, conforme Gonçalves et al. (2012), exceto diâmetro, o que prejudica sua sobrevivência em campo
a concentração de P (Tabela 1). Este fato mostra que (Gomes et al., 2002).
os substratos‑base garantiram o crescimento adequado No entanto, para a interação entre biochar e N, a
das mudas nesses arranjos experimentais. qualidade das plantas, medida pela relação H/MSPA
Quanto à qualidade das mudas, não houve diferenças e pelo IQD, foi superior, conforme o aumento dos
significativas para os parâmetros H/DM e MSPA/ níveis de BC (acima de 25%) e N (acima de 150
MSR, nos diferentes arranjos dos fatores biochar e mg dm‑3) utilizados em conjunto (Figura 1). Os valores
N (Tabela 2), e para os parâmetros H/MSPA e IQD de H/MSPA (Figura 1 A) foram semelhantes aos
nas interações entre biochar e P (Tabela 3). Mas, os valores entre 11,6–26,4 encontrados por Bernardino
valores médios observados estão de acordo com os et al. (2005), o que determina sua maior lignificação e
estabelecidos como ideais para a espécie (Birchler maior sobrevivência em campo (Gomes et al., 2002).
et al., 1998; Bernardino et al., 2005; Caldeira et al., Essa interação também promoveu melhor equilíbrio
2008). Nesse caso, as relações alométricas entre parte das relações alométricas, calculadas pelo índice de
área e radicular mostraram-se balanceadas, mas as qualidade de Dickson (IQD), com um acréscimo
mudas tendem a apresentar maior altura em relação ao médio de 73% (IQD=0,40) em relação à testemunha
Tabela 3. Valores médios de altura (H), diâmetro (D), massa de matéria seca da parte aérea (MSPA), massa de matéria seca
radicular (MSR), relação H/MSPA, índice de qualidade de Dickson (IQD), concentrações foliares de N, P e Mg, e eficiência
de uso (EU) de N, P e Mg, em mudas de Anadenanthera colubrina, aos 120 dias após a semeadura, com a combinação de
doses de biochar (BC) e fósforo (P).
BC x P Altura Diâmetro MSPA MSR H/MSPA IQD N P Mg EU N EU P EU Mg
(cm) (mm) ‑‑‑‑‑-‑‑‑(g)‑‑--‑-‑‑‑ ‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑(g kg‑1)‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑ ‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑(g g‑1)‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑
0–0 17,70 1,95 1,02 1,21 17,36 0,22 17,94 1,74 4,24 65,3 622,6 254,7
0–50 21,13 2,09 1,26 1,08 16,83 0,21 24,75 2,32 4,81 50,8 559,0 262,9
0–100 24,20 2,36 1,57 1,24 15,38 0,24 21,28 1,79 4,68 73,9 924,8 336,1
0–200 23,95 2,20 1,63 1,18 14,66 0,23 20,11 1,65 4,97 82,9 989,5 328,3
0–400 25,15 2,32 1,81 1,03 13,90 0,23 20,98 0,78 2,28 86,3 2339,7 803,1
5–0 18,24 2,04 1,17 1,31 15,54 0,25 21,18 2,35 3,86 55,9 503,1 305,0
5–50 20,02 2,13 1,26 1,32 15,83 0,25 20,57 1,96 4,06 61,6 645,8 314,0
5–100 20,96 2,18 1,44 1,28 14,61 0,25 20,84 1,53 3,54 69,1 1015,3 489,9
5–200 23,09 2,20 1,54 1,30 15,00 0,24 21,43 1,63 4,18 72,3 943,8 365,7
5–400 25,88 2,23 1,83 1,30 14,16 0,24 23,05 1,67 5,30 80,7 1104,3 358,4
10–0 21,38 2,13 1,23 1,27 17,44 0,23 20,42 2,10 3,89 60,0 589,4 316,0
10–50 21,41 2,00 1,13 1,18 18,97 0,20 21,31 1,75 3,23 53,1 733,7 380,0
10–100 22,75 2,16 1,25 1,24 18,23 0,22 20,38 1,65 3,50 61,8 896,8 413,2
10–200 21,59 2,07 1,24 1,32 17,36 0,22 20,34 1,71 4,30 61,8 725,9 293,4
10–400 27,17 2,31 1,71 1,39 15,90 0,24 22,24 1,60 4,98 79,0 1079,6 344,3
20–0 19,50 1,88 0,94 0,94 20,72 0,17 23,16 2,08 4,27 40,9 453,9 221,5
20–50 20,32 1,86 0,92 1,04 22,12 0,17 21,73 2,15 4,42 42,8 439,7 209,4
20–100 19,91 1,87 1,03 1,18 19,37 0,19 23,05 2,08 4,26 44,7 500,8 241,8
20–200 23,22 2,10 1,18 1,41 19,60 0,22 20,92 1,69 4,67 56,5 710,0 252,9
20–400 27,46 2,42 1,86 1,94 14,73 0,31 21,08 1,26 3,45 89,9 1662,2 621,8
35–0 18,20 1,94 0,97 1,31 18,70 0,23 20,10 1,60 2,50 48,4 652,4 417,1
35–50 20,13 2,13 1,26 1,81 16,03 0,30 18,61 1,61 2,61 67,5 952,7 626,3
35–100 18,82 2,01 1,11 1,35 16,89 0,24 20,50 2,53 2,91 54,6 441,3 439,3
35–200 22,38 2,19 1,37 1,52 16,30 0,26 18,65 1,84 3,20 73,9 763,4 436,3
35–400 23,86 2,29 1,76 1,71 13,53 0,30 18,80 1,54 3,74 96,0 1160,8 481,3
P 0,99ns 0,33ns 0,53ns 0,08ns 0,37ns 0,12ns 0,30ns 0,23ns 0,19ns 0,09ns 0,13ns 0,15ns
R2 0,81 0,65 0,86 0,50 0,64 0,43 0,29 0,47 0,32 0,79 0,70 0,41
ns
Não significativo, a 5% de probabilidade, pelos testes de regressão polinomial.
(Figura 1 B), e valores mais próximos de 1, o que alométricas. Estas relações são particularmente
representa melhor qualidade (Binotto, 2010). importantes por evidenciar a adequada distribuição
Para a interação biochar e P, a qualidade das mudas entre crescimento aéreo e radicular, o que favorece
foi significativa na relação H/D, com influência do a sobrevivência das plantas em condições de campo,
acréscimo de P ao substrato (Figura 2 A), e na relação graças à maior capacidade das raízes de suprir as
MSPA/MSR, em que houve influência da interação necessidades de nutriente e água para a biomassa aérea
entre as doses de BC e P (Figura 2 B). Para a relação (Fernandes, 2006).
H/D, o acréscimo de P acima de 50 mg dm‑3 causou a A ação do biochar para melhorar as relações
redução da qualidade das mudas, uma vez que valores alométricas das mudas fica evidente, quando se
maiores do que 10 determinam mudas com menor verifica que a adição isolada de P ou N implica perda
qualidade (Birchler et al., 1998). Para a relação MSPA/ de qualidade, pois a muda se torna muito alta em
MSR, a melhor qualidade é verificada com valores comparação ao diâmetro (estiolamento) e com maior
abaixo de dois (Birchler et al., 1998). Assim, fica aporte de biomassa aérea do que radicular.
evidente que as interações de biochar e P promoveram A parte aérea mais desenvolvida em relação à
mudas de alta qualidade. Todavia, doses maiores radicular fragiliza a muda quanto à resistência à
de P, em conjunto com baixas doses de biochar, não seca, especialmente nas condições de sazonalidade
promovem uma relação MSPA/MSR adequada. do bioma Cerrado. Este efeito se dá pelo fato de o
Os efeitos do uso de biochar com N e P sobre o volume excessivo da copa, em comparação ao volume
IQD e sobre a relação MSPA/MSR, respectivamente, radicular, produzir mais transpiração do que as raízes
são fortes indicativos de melhor desempenho poderiam suprir quanto à demanda de água durante os
(Dickson et al., 1960), pois esses parâmetros avaliam dias mais quentes e secos, o que pode levar a muda ao
a distribuição da biomassa na muda (Binotto et al., estresse hídrico em campo (Resende et al., 2011).
2010). Isso pode validar com segurança a eficácia do O adequado desenvolvimento da planta ocorre
uso do biochar para aumentar a qualidade das mudas de quando os principais nutrientes estão disponíveis
angico, mostrando a melhor relação das características (Fageria, 2008). Assim, a adição isolada de apenas
Figura 1. Relação entre altura e massa de matéria seca da parte aérea (A), e índice de qualidade de Dickson (B) em mudas de
Anadenanthera colubrina, aos 210 dias após a semeadura, com a combinação de doses de biochar e nitrogênio.
um elemento, como P ou N, pode favorecer o melhor baixas de N (abaixo de 100 mg dm‑3), em comparação
desempenho para uma determinada característica à testemunha. Todavia, a eficiência de uso de Mg
em detrimento de outras e ocasionar o desequilíbrio mostrou a redução de 7% (65 g MSPA g‑1 Mg), a cada
nas relações alométricas, o que resulta em qualidade 10% de BC adicionados ao substrato, o que representa
inferior da planta. Como o angico apresenta respostas a diminuição de 30%, com o uso da maior dose testada.
diferentes à adubação conforme o substrato utilizado Além da concentração de Mg no solo, a faixa de
(Samôr et al., 2002; Chaves et al., 2006; Gonçalves suficiência deste elemento no tecido vegetal (Tabela 1 e
et al., 2008; 2012), deve-se verificar a eficácia do uso Figura 3 A) também se encontra acima dos níveis críticos
de biochar em solos distróficos, em que a espécie tem (1,7 a 1,9 g kg‑1) para o angico, segundo Gonçalves
apresentado melhores respostas à adubação (Gomes et al. (2012). Tal condição garante o desenvolvimento
et al., 2004; Bernardino et al., 2005). adequado desta espécie, sem a necessidade de maior
Pela avaliação nutricional das mudas de angico, a absorção desse nutriente, que ocasiona redução da
adição de biochar ou N à composição dos substratos eficiência de uso com o aumento da absorção de Mg
não apresentou diferenças significativas quanto promovido pela aplicação de biochar, sem o aumento
à concentração e eficiência de uso dos principais da produção de biomassa.
nutrientes (Tabela 2). No entanto, a faixa de suficiência O aumento da concentração foliar de Mg observada
dos nutrientes para a espécie, segundo Gonçalves et al. com o uso de biochar, mostra sua possível interferência
(2012), mostra que as mudas estavam com condições nas características do solo, como o aumento da
nutricionais adequadas. Uma exceção, no entanto, é o capacidade de troca catiônica (CTC) e a redução da
resultado observado para o Mg, pelo que se verifica acidez, além de favorecer a absorção de nutrientes
aumento da concentração e redução da eficiência de pela planta (Lehmann, 2007; Carvalho et al., 2014). O
uso, conforme o acréscimo da aplicação de biochar ao biochar pode, ainda, ser fonte de fertilizantes, como de
substrato (Figuras 3 A e B). A concentração foliar de P, em função da elevada concentração desse nutriente
Mg aumentou 55% (2,26 g kg‑1), quando se utilizaram nas características químicas do produto (Tabela 1).
doses maiores de biochar (acima de 30%) e doses Também é possível observar que o aumento da
Figura 2. Qualidade de mudas de Anadenanthera colubrina aos 120 dias após a semeadura, com base na relação entre altura
e diâmetro, com o acréscimo de doses de fósforo (A), e na relação entre massa de matéria seca da parte aérea e massa de
matéria seca radicular, com a combinação de doses de biochar e fósforo nos substratos (B).
concentração de nutrientes nas plantas nem sempre é de uso de K pelas plantas. Apesar de a concentração
refletido em resultado para a qualidade dessa planta, de K no substrato‑base encontrar-se dentro do nível
pois, nesse caso, o aumento da concentração não está crítico estabelecido para o angico (Tabela 1), a faixa
associado ao aumento da eficiência de uso do nutriente. de suficiência nas folhas estava abaixo do estabelecido
Na avaliação nutricional das mudas de angico como ideal (6,0 e 8,5 g kg‑1) segundo Gonçalves et al.
sobre as interações entre biochar e P, com exceção (2012) (Figura 4 A). Esta condição pode explicar a
dos nutrientes K e Ca, não se registraram diferenças resposta à aplicação de biochar, pois este promoveu o
significativas quanto à concentração e eficiência aumento da concentração do elemento nas folhas até
de uso dos nutrientes (Tabela 3). Apesar de não atingir o máximo estabelecido como ideal para a espécie.
apresentar diferença quanto aos fatores biochar e P, as O aumento da absorção de nutrientes já é discutido
mudas estavam em condições nutricionais adequadas, como uma característica inerente ao biochar (Lehmann,
considerando-se a faixa crítica dos nutrientes no tecido 2007; Carvalho et al., 2014), mas tal efeito não é
foliar determinada por Gonçalves et al. (2012). diretamente relacionado ao aumento da eficiência de
Houve aumento quanto à concentração de K, com a uso de nutrientes, como observado para o K. Segundo
adição de biochar de até 17%, porém, seu uso isolado Fageria (2008), há interação positiva de P e K que
não foi suficiente para o incremento da eficiência pode estar associada ao aumento do crescimento e
de uso do elemento, uma vez que não houve maior produtividade de plantas com adubação fosfatada, o
produção de biomassa conforme a maior absorção do que justificaria a maior eficiência de uso de K, com o
nutriente (Figuras 4 A e B). Para a eficiência de uso uso de biochar em conjunto com P.
desse elemento, a interação entre doses de biochar, de A absorção de Ca foi maior com a interação entre
até 10%, e de P, na maior dose, promoveu os melhores doses de biochar e as maiores doses de P, conforme
resultados (Figura 4 B), mostrando efeitos da adubação evidenciada pela concentração do elemento no tecido
fosfatada no uso de K pela planta e, ao mesmo tempo, foliar, em que se observou um acréscimo médio de
pouca sinergia entre P e biochar nesta variável. Ou seja, 23% (3,3 g kg‑1) (Figura 4 C). A interação entre doses
a adição isolada de biochar ou de doses de P menores do menores de BC e doses maiores de P também promoveu
que 350 mg dm‑3 não resultou em aumento da eficiência o aumento dos valores para a eficiência de uso de Ca
Figura 3. Concentração foliar de Mg (A), com a combinação de doses de biochar e nitrogênio, e eficiência de uso (EU) de
Mg (B), com o acréscimo de doses de biochar ao substrato, em mudas de Anadenanthera colubrina, aos 210 dias após a
semeadura.
(Figura 4 D), o que tornou as mudas mais aptas à não mostrou incremento da concentração foliar
produção de biomassa por quantidade de nutrientes. e da eficiência de uso para o Ca. A existência de
Como o superfosfato simples contém, em sinergia entre biochar e P fica evidente, nesse caso,
média, 20% de Ca, o aumento das doses de P nos em que a adição isolada de doses de biochar ou de P
substratos aumenta também a concentração de Ca, não foi suficiente para interferir significativamente
mas isso não se refletiu no melhor aproveitamento nos resultados de concentração e eficiência de uso
do Ca pela planta, pois a adição de P, isoladamente, de Ca.
Figura 4. Concentração foliar de K de acordo com o acréscimo de doses de biochar (A), eficiência de uso (EU) de K
de acordo com a combinação de doses de biochar e fósforo (B), concentração foliar de Ca e EU de Ca de acordo com a
combinação de doses de biochar e fósforo (C e D), em mudas de Anadenanthera colubrina, aos 120 dias após a semeadura.
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