TCC Final
TCC Final
TCC Final
Belo Horizonte
2012
1
Belo Horizonte
2012
2
AGRADECIMENTO
Ao meu pai, como é doce e consoladora a certeza de que está sempre ao meu lado,
eu te amo para sempre!
À minha mãe, a sua alegria com as minhas conquistas, é sem dúvida um grande
estímulo para que eu nunca desista!
Á minha doce filhinha, que com palavras e gestos de carinho, tão serenos e
delicados, suavizou momentos tão árduos.
Ao meu esposo e amigo João José, pelo companheirismo e paciência, que além de
me incentivar contribuiu tanto para a realização desse trabalho.
Querida sobrinha Nayara, obrigada pela ajuda com o inglês, orgulho da titia!
Á minha amiga/irmã Érica Sady, que mesmo distante está tão presente em minha
vida, que além de sua amizade também me ajudou na realização desse trabalho.
Amo vocês!
3
RESUMO
ABSTRACT
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 06
2 METODOLOGIA 08
3 RESULTADOS 09
4 DISCUSSÃO 15
5 CONCLUSÃO 19
REFERÊNCIAS 20
6
1 INTRODUÇÃO
2 METODOLOGIA
Foi realizada uma busca nas bases de dados Medline (Pubmed), Pedro, Lilacs e
Scielo, utilizando as seguintes palavras chaves selecionados a partir do Medical
Subject Headings (MeSH): pulmonary rehabilitation, COPD e dyspnea e seus
correlatos em português. A busca de artigos foi realizada nos dias 06 e 07 de agosto
de 2012 e não houve restrição quanto à data de publicação dos artigos.
O CRQ é um instrumento que avalia a qualidade de vida dos pacientes com DPOC e
pode ser aplicado por um entrevistador ou ser autoaplicado. É composto por vinte
questões, divididas em quatro domínios: 5 questões sobre dispneia, 4 questões
sobre fadiga, 7 questões sobre função emocional e 4 questões sobre autocontrole.
Para avaliação da dispneia, o paciente escolhe em uma lista de 26 atividades, as
que causaram dispneia nas duas últimas semanas podendo citar outras atividades
que não constam na lista. Destas atividades selecionadas, o paciente elege cinco
que considera mais importante. Por meio de uma escala de 7 pontos (sendo, 1 =
máximo de comprometimento e 7 = nenhum comprometimento), o paciente pontua a
sua dispneia para cada atividade escolhida (MOREIRA et al., 2009).
9
3 RESULTADOS
A busca resultou em 377 artigos, porém 32 eram repetidos. Dos 345 analisados, 314
foram excluídos pela leitura do título ou do resumo. Dessa forma, 31 artigos foram
selecionados para análise do texto completo. Vinte e cinco estudos foram excluídos
por não avaliarem a dispneia antes e após a intervenção ou por não utilizarem o
instrumento CRQ para avaliação da dispneia. Portanto, foram incluídos nesta
revisão, seis artigos (FIGURA 1).
10
A caracterização dos estudos selecionados foi feita com base na extração dos
seguintes dados: tipo de estudo, tamanho da amostra, média de idade de homens e
de mulheres e descrição do programa de reabilitação pulmonar: duração, sessões
por semana, duração da sessão, treino resistido, treino aeróbico e palestras de
orientação. A tabela 1 apresenta as características dos estudos selecionados.
12
Laviolett
n=124 62,5±8 anos Bicicleta
e et al, Experimental 12 3 - MMSS -
(40M,84H) 66,3±8,4 anos (30min)
2007 MMII
Roceto Bicicleta
et al, 3 (15min)
60,8±14,52 1h15min MMSS
Experimental n=19 12 (1 amb) Caminhada -
2007 anos (amb) (50%RM)
(2 dom) em dom.
(15min)
Resqueti
n=38 MMSS
et al, Experimental 69±4 anos 9 3 1h30min - Sim
(3M,35H) MMII
2007
67±14 anos
Kagaya
(R) MMSS Caminhada
et al, Experimental n=66 24 - - Sim
70±6 anos(O) MMII (15min)
2009
amb=Ambulatório; CRQ=Chronic Respiratory Questionnaire; dom=domicílio; DP=desvio padrão; H=homens; h=horas; M=mulheres; MMII=membros
inferiores, MMSS=membros superiores; n=número de participantes; O=obstrutiva; R=restritiva.
Esta revisão foi composta por seis estudos, todos experimentais, com variados
graus de DPOC, sendo que na maioria dos estudos não é destacado o sexo dos
participantes.
No estudo de Green et al. (2001), foram formados dois grupos, sendo avaliados os
efeitos do programa de reabilitação pulmonar formado por treino resistido e
caminhada, sendo comparada a duração dos mesmos: sete e quatro semanas. Os
autores concluíram que os participantes que realizaram sete semanas de
treinamento obtiveram uma maior redução da dispneia comparado ao grupo de
sujeitos que realizou o treinamento por quatro semanas.
Os autores Man et al. (2004), em seu estudo, dividiram os pacientes em dois grupos:
grupo do programa de reabilitação pulmonar precoce e grupo de cuidado habitual.
Destacaram ganho importante e significativo no grupo intervenção na redução da
dispneia, com treino aeróbio, treino de força para membros superiores e inferiores.
4 DISCUSSÃO
No estudo de Man et al. (2004), os pacientes após a alta do hospital foram divididos
em dois grupos: grupo de reabilitação pulmonar precoce e grupo de cuidados
habituais. Os benefícios foram significativos para o grupo de reabilitação precoce,
16
sendo ainda reportado pelo autor que esse grupo procurou menos o departamento
de emergência com taxa reduzida de admissão hospitalar e menor tempo de
internação, o que nos leva a concluir que a intervenção foi realmente eficaz para
esse grupo. Os avaliadores não eram cegados, integravam à equipe que já estava
envolvida no processo de tratamento, sendo esta uma limitação deste estudo.
Esse resultado é controverso aos achados de Lizak et al. (2008), que em seu
estudo, avalia os resultados de um programa de reabilitação pulmonar em pacientes
com DPOC com seis semanas de duração, considerando a gravidade da dispneia ou
o sexo dos pacientes. O programa de intervenção constou de treino de membros
superiores e inferiores e treino respiratório, sendo realizado duas vezes por semana
em ambulatório e com incentivo para exercitar em casa, sem supervisão. Apesar de
ter sido utilizado outro instrumento de mensuração da dispneia: escala modificada
do Medical Research Council (MRC) e a duração ser inferior ao estudo de Laviolette
et al. (2007), os autores inferiram ganhos para ambos os grupos, inclusive no
desfecho de dispneia, porém não foi detectado diferença significativa de ganhos
entre os grupos (homens e mulheres).
análise estatística é simples e bem explicada, com figuras claras que permitem
rápido entendimento, visualização e comparação sobre os ganhos pós intervenção.
5 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
GOLD – Global Iniciative for Chronic Obstructive Lung Disease. Global strategy for
the diagnosis, management, and prevention of chronic obstructive pulmonary
disease. Am J Respir Crit Care Med, v.163, p.1256-1276, 2001.
GREEN, R. H. et al. A randomized controlled trial of four weeks versus seven weeks
of pulmonary rehabilitation in chronic obstructive pulmonary disease. Thorax, v. 56,
p.143-145, 2001.
JONES, A. Y.; DEAN, E.; CHOW, C. C. Comparison of the Oxigen Cost of breathing
in patients with stable chronic obstructive pulmonary disease. Physical Therapy, v.
83, n. 5, 2003.
LANGER, D. et al. Guia para prática clínica: fisioterapia em pacientes com doença
pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). Revista Brasileira de Fisioterapia, v. 13, n. 3,
p. 183-204, 2009.
21
LIZAK, M. K. et al. Female and male chronic obstructive pulmonary disease patients
with severe dyspnea do not profit less from pulmonary rehabilitation. Pol Arch Med
Wewn, v. 118, n. 7-8, p. 413-418, 2008.