Audiologia - Resumo EOA, TANU E PEATE

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Audiologia II

A audição normal é um fator essencial para a aquisição da linguagem oral, no qual se desenvolve
nos três primeiros anos de vida. É por meio da fala que nos comunicamos. Desta forma, é realizada
uma triagem auditiva neonatal e os exames de EOA e PEATE.
A Triagem Auditiva Neonatal Universal (TANU) tem por finalidade a identificação precoce da
deficiência auditiva nos neonatos e lactentes, antecipando a qualidade de vida do indivíduo caso haja
uma perda auditiva. Essa triagem deve ser realizada, de preferência, nos primeiros anos de vida na
maternidade ou durante o primeiro mês e seu diagnóstico é até 3 meses com uma intervenção até 6
meses de idade, caso exista uma perda auditiva. É também, dividida em quatro etapas, dentre elas
são: Triagem no hospital; Diagnóstico audiológico para crianças que falharam durante a
triagem, são feito testes eletrofisiológicos e eletroacústicos (um dos testes é conhecido como Teste
da Orelhinha); Indicação de AASI ou Iniciação em libras - nesse momento, quem indica é o
fonoaudiólogo, mas cabe a família decidir o uso ou não do implante coclear na criança. Em caso de
perda sensorioneural é indicado o implante coclear, já a libras é um indicativo, caso haja uma perda
retrococlear; e intervenção fonoaudiológica. Esse programa é considerado efetivo, pois avalia
cerca de 95% dos nascimentos - tanto as crianças com alto risco, quanto às crianças de baixo risco,
detecta crianças com perda auditiva maior ou igual a 35 dBNA e detecta um falso positivo e
encaminha para um reteste caso necessário.
As Emissões Otoacústicas (EOA) com a função de detectar o funcionamento das células ciliadas e
saber se a cóclea está ou não em ação, mas para esse fim, todo o restante da estrutura da orelha
média precisa estar íntegra. O exame é feito por uma sonda que busca identificar sons de baixa
frequência através do estímulo da cóclea ativa, é um teste objetivo, simples, rápido e não invasivo e
é para todas as idades, mas busca realizar no segundo ou terceiro dia antes da alta hospitalar. É
importante ressaltar que no primeiro dia do nascimento, o líquido de vérnix não permite a realização
do exame, por essa razão, é relevante efetuar a examinação após 48 horas do nascimento. Esse tipo
de exame só avalia a cóclea, ou seja, não detecta a surdez central. As EOA indica que um
mecanismo receptor coclear está pronto para responder ao som por vias normais, essa resposta
pode ser por emissões otoacústicas espontâneas, que são respostas que independem de estímulo
acústico; emissões otoacústicas evocadas, com a presença de estímulo acústico podendo ser
transiente (faz a varredura da cóclea - tonotopia) e por produto de distorção (exame
complementar, caso o transiente se apresenta ausente); e emissões estímulo frequência
(varredura completa avaliando uma frequência específica, mas tem pouca utilidade clinicamente).
O Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico (PEATE) é realizado nas primeiras horas de
vida, realizado em todas as pessoas que têm alto risco de deficiência auditiva ou falharam no teste.
O exame é feito para ver a maturação das vias auditivas centrais, visto que, sem a maturação a
criança terá uma alteração na linguagem, alteração de processamento e entre outros. O PEATE não
é um teste, mas sim uma sincronia neural, é utilizado para saber se o Sistema Nervoso Central está
em condições de responder estímulos externos. É também considerado um exame complementar,
demorado e objetivo, no qual avalia a integridade das vias auditivas, além de obter o tipo e o grau
em frequências específicas. O exame mostra uma sequência de sete ondas, mas é analisado
somente as cinco primeiras ondas, posto que as outras não têm utilidade para diagnóstico clínico.
Quanto antes a criança for inserida em um meio social que a permita ter um bom desenvolvimento
linguístico, melhor será para seu desenvolvimento como todo.

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