8º Apostila Apocalipse e Livros Profeticos

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8º APOSTILA 5º MODULO

LIVRROS PROFETICOS E APOCALIPSE

LIVRO : OBADIAS

Os descendentes de Esaú chamavam-se idumeus ou edumitas. Saíam em


expedições de ataque e depois voltavam à sua fortaleza inexpugnável, onde
guardavam viva uma amarga inimizade contra os judeus, que começou com
Jacó e Esaú. Nunca deixavam de ajudar qualquer exército que os atacasse.
No período dos macabeus, tornaram-se implacáveis inimigos dos judeus. No
tempo de Cristo, por meio de Herodes, conseguiram controlar a Judéia.
Desapareceram das páginas da história, depois da destruição de Jerusalém,
por Tito, no ano 70 A.D.
Este livro (Obadias) é o mais curto do Antigo Testamento. Contém apenas
23 versículos, mas encerra dois temas importantes: a ruína dos orgulhosos
e rebeldes, e o livramento dos mansos e humildes.
Dirige-se diretamente a Sião e Edom e representa a Esaú e Jacó, os dois
filhos de Isaque. Mas apela para todos nós com nossas duas naturezas - a
terrena, representada por Esaú, orgulhoso e arrojado, e a natureza
espiritual, representada por Jacó, escolhido e separado por Deus. A história
da amarga rixa familiar, que nos transporta aos dias dos dois irmãos, Jacó e
Esaú, desenrola-se diante de nós.

Por causa do orgulho e do ódio cruel de Edom, foi decretada sua destruição
(v. 3, 4, 10). Nada podia salvar essa nação criminosa. Seu povo foi expulso
das casas na rocha, cinco anos após a destruição de Jerusalém, quando
Nabucodonosor, ao passar pelo vale de Arabá, que constituía a entrada
militar para o Egito, esmagou os idumeus. Deixaram de existir como nação
cerca do ano 150 a.C. e seu nome pereceu com a captura de Jerusalém
pelos romanos. Como tu fizeste, assim se fará contigo (v. 15).
ESBOÇO
1. Obadias - apresenta Jesus Cristo, nosso salvador.
2. Título - o nome do livro refere-se ao autor.
3. Autor - Obadias.
4. Conteúdo geral - Obadias adverte Edom.
5. Propósito - Advertir Edom que se alegrava na destruição de Israel.
6. Tema - os descendentes de Esaú, os edumeus sempre viveram em
guerras e rixas contra os israelitas, descendentes de Jacó. Por isso, o tema
é o seguinte: o grande pecado de Edom - violência contra Judá; seu castigo
- destruição nacional.
7. Lição espiritual - o especial e providencial cuidado de Deus para com
os judeus e a certeza do castigo para os que os perseguem.
8. Esfera de ação - pouco se sabe deste profeta. Foi contemporâneo de
Jeremias, seu livro foi escrito aproximadamente em 585 A.C., cinco anos
após a queda de Jerusalém sob Nabucodonosor.

COMENTÁRIOS FINAIS
- Edom ou edomitas, nome dado a Esaú (seus descendentes).
- Antigamente chamado Monte Seir.
- No N.T. conhecida como Iduméia.
- Herodes era Idumeu , descendente de Esaú.
- Na invasão de Jerusalém pela Babilônia, os idumeus ajudaram a saquear
Jerusalém. Apanharam os israelitas que fugiam, tratavam-os com crueldade
e venderam-os como escravos.
- Edom ajudou a Babilônia contra Judá, e cinco anos mais tarde foi
esmagada por Nabucodonosor.
- Obadias profetiza a restauração de Israel (reino milenar de Cristo).

LIVRO : JONAS

Jonas nasceu em Gate-Efer, cidade situada à uma hora de Nazaré. Diz a


lenda judaica que era filho da viúva de Sarepta, aquela a quem Elias
ressuscitara o filho. Não sabemos se isso é exato, mas ele, provavelmente,
foi discípulo do grande Eliseu, a quem sucedeu como profeta.
Jonas viveu durante o reinado de Jeroboão II e cooperou para tornar o reino
de Israel muito poderoso e próspero. (Veja 2 Reis 14:25.) Jonas foi
estadista famoso.
Deus está neste livro. Ele está cuidando do seu profeta; está agindo.
Preparou um grande peixe (1:17). Fez nascer uma planta (4:6). Enviou um
verme (4:7). Mandou um vento calmoso oriental (4:8).
Jonas é o livro-teste da Bíblia. É um desafio à nossa fé. Nossa atitude, para
com Jonas, revela nossa atitude, para com Deus e sua Palavra. A história de
Jonas é algo natural ou sobrenatural? É muito importante a resposta que
dermos.
O próprio Jesus Cristo tornou o livro de Jonas importante. Quando lhe
pediram um sinal que provasse as suas afirmações, não lhes deu outro sinal
senão o do profeta Jonas. (Leia Mateus 12:38-40.)
Há em Jonas dois acontecimentos salientes. Um é o do grande peixe
engolindo Jonas, e o outro, a possibilidade de uma grande cidade pagã,
como Nínive converter-se em poucos dias pela instrumentalidade de um
obscuro missionário estrangeiro. Veja o que Jesus disse em Mateus 12:41.
ESBOÇO
1. Jonas - apresenta Jesus Cristo, nossa ressurreição e vida.
2. Título - o nome do livro refere-se ao seu autor.
3. Autor - Jonas.
4. Conteúdo geral - Jonas figura a ressurreição de Cristo.
5. Tema - o livro de Jonas mostra que Deus não é exclusivo dos judeus,
mas também dos gentios. Jonas é considerado um missionário do A. T.. O
tema é o seguinte: O amor de Deus para com os gentios revela-se ao
enviar-lhes um profeta que os chama ao arrependimento.
6. Esfera de ação - sucedeu a Eliseu, mais ou menos 760 A.C., durante o
reinado de Jeroboão II, rei de Israel.

Caráter de Jonas.
(1) Consagrado em parte, uma estranha mistura de força e fraqueza.
(2) Obstinado, 1:1-3.
(3) Piedoso, 1:19.
(4) Valoroso, 1:12.
(5) Dedicado à oração, 2:1-9.
(6) Obediente após o castigo, 3:3-4.
(7) Fanático e egoísta, decepcionado com o arrependimento dos ninivitas,
3:4-10;4:1.
(8) Demasiadamente preocupado com a sua própria reputação, 4:2-3.

COMENTÁRIOS FINAIS
- Jonas profetizou para Israel (10 tribos do norte).
- Jonas é enviado a Nínive, capital da Assíria. Assíria neste tempo era
inimiga de Israel.
- Jonas não queria que os ninivitas se convertessem, queria que fossem
exterminados, pois eram inimigos de Israel. Jonas deu uma de patriota,
mas desobedeceu a Deus.
- Jonas torna-se obediente mas contrariado.
- Dois motivos para a desobediência inicial de Jonas: 1) era orgulhoso; 2) o
seu desdém pelo resto do mundo.

LIVRO : MIQUÉIAS

Miquéias era um pregador da roça e viveu nos dias de Isaías e Oséias. Seu
lar ficava a uns trinta quilômetros ao sul de Jerusalém, na cidade de
Morastite, na fronteira da Filístia. Ele pregava nessa cidade, ao mesmo
tempo, que Isaías pregava em Jerusalém e Oséias em Israel. Miquéias era
profeta do povo simples e da zona rural. Isaías pregava na corte, em
Jerusalém. Miquéias conhecia bem os seus concidadãos. Veja o que ele
declara ser o seu verdadeiro equipamento: Eu, porém, estou cheio do poder
do Espírito do Senhor, cheio de juízo e de força, para declarar a Jacó a sua
transgressão e a Israel o seu pecado (3:8). Profetizou a respeito de
Samaria, capital de Israel, e de Jerusalém, capital de Judá, mas a sua maior
preocupação era Judá. Viveu em tempos difíceis. Dentro dos muros havia
opressão e fora deles estavam chegando os inimigos. As condições eram as
mesmas, tanto no reino de Judá como no de Israel. Os reis Jotão, Acaz e
Ezequias reinaram nos dias de Miquéias.

ESBOÇO
1. Miquéias - apresenta Jesus Cristo, testemunha contra nações rebeldes.
2. Título - o nome do livro refere-se ao autor.
3. Autor - Miquéias.
4. Conteúdo geral - Miquéias anuncia o nascimento de Cristo.
5. Tema - o livro divide-se em duas seções: 1) denunciadora: a nação
pecaminosa condenada ao cativeiro. 2) consoladora: um povo redimido
gozando das bênçãos mileniais. Seu tema: Israel destruído pelos chefes
falsos e salvo pelo chefe verdadeiro, o Messias.
6. Esfera de ação - durante o reinado de Ezequias rei de Judá. De 720 a
698 A.C..
CONTEÚDO E COMENTÁRIO
Relação dos pecados nacionais
Idolatria 1:7; 6:16
Cobiça 2:2
Opressão 2:2
Violência 2:12; 3:10; 6:12; 7:2
Encorajamento aos falsos profetas 2:6, 11
Corrupção dos governantes 3:1-3
Corrupção dos profetas 3:5-7
Corrupção dos sacerdotes 3:11
Suborno 3:9, 11; 7:3
Desonestidade 6:10, 11
Passagens notáveis
A definição da verdadeira religião, 6:8.
O anúncio do lugar do nascimento de Cristo, 5:2.
Deus se esquece dos pecados dos crentes, 7:18-19.

COMENTÁRIOS FINAIS
- Miquéias foi contemporâneo de Isaías e Oséias. Profetizou durante os
reinados de: Pecaías, Peca e Oséias em Israel. E Jotão, Acaz e Ezequias em
Judá. Esses reis reinaram entre 750 a 687 A.C..
- Durante o tempo de Miquéias, Israel foi levado cativo para a Assíria.
- Neste tempo, o pecado de Israel era principalmente a opressão e violência
contra o pobre, e desonestidade. A religião que praticavam era só ritos.
Deus manda praticar a verdadeira Miq 6:8.

LIVRO : NAUM

Naum era natural de Elcós. Na Assíria, perto das ruínas de Nínive, há um


túmulo que os nativos dizem ser de Naum. Mas a maior parte das
autoridades pensam que essa Elcós ficava na Galiléia. Hoje ela jaz em
ruínas.
Naum significa “consolo" e foi essa sua mensagem a Judá. O Senhor é bom,
é fortaleza no dia da angústia, e conhece os que nele se refugiam (1:7). O
grande tema de Deus para o seu povo era livramento para Judá e
destruição para o seu inimigo, a Assíria. É digno de nota, que Cafarnaum,
onde Cristo, o Consolador, realizou tanto do seu trabalho, signifique "vila do
consolo". Perto dela, fica a cidade de Elcós, onde Naum nasceu.
Naum viveu no tempo do bom rei Ezequias, e do grande profeta Isaías.
Quando os cruéis assírios invadiram a sua pátria e levaram para o cativeiro
as dez tribos de Israel, ele deve ter fugido para o reino de Judá, ao sul.
Provavelmente fixou residência em Jerusalém, onde sete anos depois
presenciou o cerco da cidade por Senaqueribe, que terminou com a
miraculosa destruição do exército assírio. Você se lembra de que, numa só
noite, pereceram 185.000 soldados, segundo registra 2 Reis 19:35. Talvez
Naum 1:2 se refira a esse fato. Pouco depois desse acontecimento, Naum
escreveu o seu livro.
O tema do livro é a destruição de Nínive, a cidade que Jonas advertiu.

A Assíria havia desfrutado um período brilhante de 300 anos, nos quais se


tornou império mundial. Nínive era a capital desse poderoso império. Foi em
721 a.C. que ela destruiu Israel e ameaçou Judá, mas Deus tornaria a
condenação da Assíria final. A mensagem de Naum mostra o que Deus pode
fazer com um povo perverso e rebelde. Ele irá destruí-lo completamente.
A condenação da cidade foi adiada por uns 150 anos depois que Jonas
pregou a ela, mas afinal sobreveio. A profecia de Naum não era uma
chamada ao arrependimento, mas a declaração de uma condenação certa a
definitiva. Leia Naum 1:9 e 3:18, 19. O seu nome seria extirpado (1:14).
Deus iria cavar sua sepultura.
Em 607 A.C. os medos e babilônicos destruíram Nínive, quando ela estava
no seu apogeu. Hoje o viajante encontra Nínive, a grande cidade do
passado, ainda em ruínas.
ESBOÇO
1. Naum - apresenta Jesus Cristo, fortaleza no dia da angústia.
2. Título - o nome do livro refere-se ao autor.
3. Autor - Naum.
4. Propósito - do livro foi pronunciar vingança divina sobre a sanguinária
cidade, e consolar a Judá com promessas de libertação futura, 3:1;1:13-15.
5. Conteúdo geral - Naum fala da ruína de Nínive.
6. Tema - A destruição de Nínive, a capital da Assíria.
7. Esfera de ação - durante o reinado de Ezequias rei de Judá. De 720 a
698 A.C..

Marco Histórico. Este livro é visto por alguns eruditos como uma
continuação do livro de Jonas.
Parece que os assírios, depois de seu arrependimento produzido pela
pregação de Jonas, voltaram em seguida a cair numa grande idolatria.
COMENTÁRIOS FINAIS
- A mensagem de Naum Foi de consolo a Judá.
- Escreveu o seu livro pouco depois da derrota do exército assírio pelo anjo
do Senhor, no cerco contra Jerusalém - 2º Reis 19:35.

LIVRO : HABACUQUE

Pouco sabemos deste profeta da fé, exceto que formulava perguntas e


obtinha respostas. À semelhança de muitos homens, hoje, ele não podia
conciliar sua fé num Deus justo e bom com os fatos da vida, como ele os
via. Vivia perturbado com um eterno por quê?" Mesmo hoje, um homem de
fé fica perplexo e confuso em face de muitas coisas que acontecem ao seu
redor. Perguntamos: "Por que Deus permite tantos crimes terríveis? Por que
Deus não põe termo ao louco procedimento do homem, se é o Todo-
Poderoso?"
Discute-se aqui o problema da prosperidade do ímpio. Parece conter uma
queixa contra Deus por destruir a sua própria nação por causa da maldade,
servindo-se de um povo ainda pior do que ela (1:13). O profeta queixa-se
até da falta de justiça no modo de Deus dirigir o mundo. Por que Deus fica
silencioso em tempos de tribulação? (1:13).
Em todas as suas dificuldades, Habacuque ia a Deus em oração e aguardava
pacientemente pela resposta (2:1). Ele subia à torre de vigia e escutava a
Deus. Campbell Morgan disse que quando Habacuque olhava para as
circunstâncias, ficava perplexo (1:3), mas quando esperava em Deus e o
ouvia, ele cantava (3:18, 19).
Habacuque era profeta (1:1), mas há outra coisa interessante a seu
respeito. Era um dos cantores no templo (3:19) ou ajudava na organização
do culto.
Aprendemos muito dele como pensador e homem de fé, de suas próprias
palavras. Foi contemporâneo de Jeremias em sua terra e de Daniel na
Babilônia.
ESBOÇO
1. Habacuque - apresenta Jesus Cristo, o Deus da minha salvação.
2. Título - o nome do livro refere-se ao autor.
3. Autor - Habacuque.
4. Conteúdo geral - Habacuque anuncia a opressão dos caldeus.
5. Tema - Habacuque fica ansioso por causa da aparente prosperidade dos
ímpios. Deus declara ao seu coração que: “o justo viverá pela fé”, deve
viver uma vida de fidelidade e confiança. Seu tema: o conflito e o triunfo
final da fé.
6. Texto chave, 1:3.
7. Esfera de ação - profetizou um pouco antes de Babilônia invadir
Jerusalém. Entre 628 a 608 A.C..
CONTEÚDO E COMENTÁRIO
Passagens notáveis
2:4, a estrela da manhã da Reforma, Rm 1:17; Hb 10:38.
2:14, o triunfo das missões.
2:15, a maldição aos que embriagam a outros.
3:17-18, uma fé que conquista tudo.
2:4, mas o justo vive pela fé (Rm 1:17; Gl 3:11; Hb 10:38).

COMENTÁRIOS FINAIS
- Habacuque foi contemporâneo de Jeremias e Daniel, tempo em que Judá
foi cativa para Babilônia.
- Habacuque viu a queda da Assíria pelos babilônicos. Profetizou um pouco
antes da Babilônia invadir Jerusalém.

LIVRO : SOFONIAS

Sabemos muito pouco de Sofonias, autor deste livro. Dois fatos da sua vida
pessoal surgem no primeiro versículo da profecia. Ficamos sabendo que é,
bem provável, que ele fosse príncipe da casa real de Judá, sendo
descendente de Ezequias. Estava em condições de denunciar os pecados
dos príncipes porque ele mesmo era aristocrata. Viveu nos dias do bom rei
Josias. Seu nome significa "escondido de Jeová".
Sofonias começou o seu ministério nos primeiros tempos do reinado de
Josias (641-610 a.C.). Cinqüenta anos eram decorridos desde a profecia de
Naum. Três dos descendentes de Ezequias haviam-no sucedido (2 Reis 20 e
21). Dois reis ímpios e idólatras tinham precedido Josias no trono e a terra
estava minada de toda sorte de práticas más. A injustiça social e a
corrupção moral eram generalizadas. Os ricos tinham acumulado grandes
fortunas à custa do suor do pobre. A situação não podia ser pior, quando o
rei Josias, então com apenas 16 anos de idade, resolveu promover um
reavivamento religioso. Tornou-se um dos mais queridos reis de Judá.
Tomou uma machadinha e reduziu a pedaços os altares e as imagens.
Como deviam ter dado coragem aos reformadores as palavras de Sofonias!
Sofonias apresenta um Deus amoroso e severo. Os seguintes versículos
dão-nos estas duas características: 1:2 e 3:17.
Sofonias predisse a condenação de Nínive (2:13). Quem mais tinha
profetizado sua condenação? Isso veio a ocorrer em 612 a.C.
Sofonias denunciou as várias formas de Idolatria - Baal e Milcam, ou
Moloque, todos sendo condenados (1:1-2:3). Esse culto aos ídolos foi
destruído durante o reinado de Josias. Sem dúvida, Sofonias foi o principal
responsável pelo avivamento promovido por Josias. Ele foi pioneiro nesse
movimento de reformas. A tradição diz que Jeremias era seu
colega.Sofonias mostrou que:
1. Um remanescente fiel seria libertado do cativeiro.
2. Os pagãos se converteriam.
3. Um dia, o homem poderia adorar a Deus, em qualquer lugar, não só em
Jerusalém (2:11; veja João 4:21).
Deus está esquadrinhando o seu povo. Naquele tempo esquadrinharei a
Jerusalém com lanternas, e castigarei os homens que estão apegados à
borra do vinho (1:12).
ESBOÇO
1. Sofonias - apresenta Jesus Cristo, um Senhor zeloso.
2. Título - o nome do livro refere-se ao autor.
3. Autor - Sofonias.
4. Conteúdo geral - Sofonias é o livro das ameaças.
5. Tema - Sofonias fala do dia do Senhor, dia de juízo (destruição) e
restauração. Seu tema: a noite do juízo sobre Israel e sobre as nações,
seguida, da manhã da restauração de Israel e da conversão das nações.
6. Texto chave - 1:12.

7. Esfera de ação - começou seu ministério nos primeiros tempos do


reinado de Josias - 641 a 610 A.C.. Profetizou aproximadamente em 630
A.C..
COMENTÁRIOS FINAIS
- O livro é extremamente sombrio em sua linguagem, e está cheio de
ameaças e denúncias. Mas o sol irrompe através das nuvens, no último
capítulo, e o profeta prediz a vinda de um dia de gozo, quando os judeus se
converterão em um louvor entre todas as nações da terra.
- Sofonias viveu antes do cativeiro de Judá.
- Profetizou também contra a Filistia, Moabe, Amom, Etiópia e Assíria. Elas
seriam visitadas pelo Senhor por causa do seu orgulho, e zombaria para
com o povo de Deus 2:10.
- Nínive como Babilônia seria morada de animais 2:13-15.
- Sofonias termina sua profecia com uma mensagem de restauração de
Israel (Reino milenar de Cristo).

LIVRO : AGEU

A maior parte dos profetas do Antigo Testamento falaram antes do


cativeiro. Ezequiel e Daniel profetizaram durante o cativeiro. Ageu, Zacarias
e Malaquias profetizaram após o retorno. É fácil de lembrar: dois durante o
exílio, três depois e doze dos dezessete antes.
Ageu, Zacarias e Malaquias são os últimos livros proféticos. Cada um deles
pertence a um período do pós-exílio. Profetizaram aos judeus depois que
voltaram a Jerusalém. Nabucodonosor havia capturado Jerusalém e
destruído totalmente o seu templo. Mas isso não levou os judeus a um
arrependimento nacional. Pelo livro de Esdras, ficamos sabendo que quando
Ciro, rei da Pérsia, expediu decreto permitindo que todos os cativos
retornassem a Jerusalém, para reconstruir o templo, apenas uns cinqüenta
mil regressaram. Eram, na sua maioria, sacerdotes e levitas, e os mais
pobres dentre o povo. Embora os judeus crescessem em força e número,
nunca estabeleceram sua independência política. A partir dessa época foram
um povo sujeito a governadores gentios.
Aproximadamente dezesseis anos antes, os judeus haviam retornado à sua
própria terra sob o governo de Zorobabel, e dado início à reconstrução do
templo (Neemias 12). Mas o seu entusiasmo logo desvaneceu. Não foram
além do lançamento dos alicerces. Os samaritanos e os inimigos vizinhos
dos judeus estavam decididos a não deixar que Jerusalém fosse
reconstruída. Com isso, a obra permaneceu inacabada por quinze anos.
Nesse lapso de tempo, cada um se interessou apenas pela construção da
sua própria casa. Foi então que Ageu se levantou e proclamou a sua
mensagem. Encorajou o povo a edificar o templo de novo e, desta vez, foi
terminado em quatro anos. Parecia incrível que o povo de Deus tivesse
esperado, tantos anos, para realizar aquilo, para o que tinha voltado. (Não
temos o direito de morar em boas casas, enquanto a casa de Deus continua
em ruína.)
Pouco sabemos a respeito de Ageu, a não ser que colaborou com Zacarias
durante os anos que se seguiram ao exílio. Profetizou dois meses antes de
Zacarias. Zacarias profetizou durante três anos. Ageu por quatro meses.
Ageu é a primeira voz a fazer-se ouvir após o exílio.
Sendo que o povo estava desanimado, Ageu veio com uma palavra de
ânimo, dizendo que Deus iria derramar seus recursos naquele edifício. O
Deus vivo estaria no meio do novo templo. E encherei de glória esta casa,
diz o Senhor dos Exércitos (2:7). A glória desta última casa será maior do
que a da primeira, diz o Senhor dos Exércitos; e neste lugar darei a paz, diz
o Senhor dos Exércitos (2:9). Que consolo essas palavras deveriam ter sido
para os judeus em seu exílio!
ESBOÇO
1. Ageu - apresenta Jesus Cristo, o desejado de todas as nações.
2. Título - O nome do livro refere-se ao autor.
3. Autor - Ageu.
4. Conteúdo geral - Ageu trata da reconstrução do templo.
5. Tema - os judeus haviam deixado o templo inacabado, e se aplicado a
construir pomposas casas para si, e se tornado egoístas. Por isso, o seu
tema: O resultado do relaxamento no término do templo - (desagrado
Divino e castigo); o resultado do término do templo - (bênção Divina e
promessa de glória futura).
6. Texto chave - 2:4.
7. Mensagem - É uma repreensão cortante, mostrando que Deus havia
retido suas bênçãos materiais porque seu templo havia sido deixa do em
ruínas, 1:3-11.
8. Esfera de ação - profetizou por um período de 4 meses, durante o
reinado de Dario, no seu segundo ano. Em 520 A.C..

COMENTÁRIOS FINAIS
- A mensagem principal de Ageu foi encorajar os judeus no término da
reconstrução do templo.

LIVRO : ZACARIAS

Zacarias é um livro do futuro.


Quando Zacarias escreve, Judá ainda é um remanescente. Jerusalém
continua longe de estar restaurada, e as nações gentias ao seu redor estão
descansadas (1:14-16). Zacarias, profeta jovem, permaneceu ao lado do
idoso Ageu, deu ânimo aos filhos de Israel ao construírem o templo, e
advertiu-os a não decepcionarem a Deus, como seus pais haviam feito.
Descreveu o amor de Deus para com o seu povo. Reavivou-lhes a
esperança, pintando em cores vivas o tempo de perpétua bênção que viria a
Israel no futuro distante.
Zacarias foi o profeta da restauração e da glória. Nascido na Babilônia, era
tanto sacerdote como profeta. Zacarias, cujo nome significa "Jeová se
lembra", profetizou durante três anos. Sua mensagem foi glorioso futuro,
em vez de triste presente. Ele era poeta, ao passo que Ageu era um simples
pregador de natureza prática.
O ardente entusiasmo de Zacarias, pela reedificação do templo, manteve o
povo ativo na tarefa de terminar a obra.

"Eis aí vem o teu Rei"


Zacarias profetiza a respeito do Salvador, mais do que qualquer outro
profeta, exceto Isaías.
Cristo, o Renovo 3:8
Cristo, meu Servo 3:8
Sua entrada em Jerusalém num jumento 9:9
Cristo, o Bom Pastor 9:16; 11:11
Cristo, o Pastor Ferido 13:7
Cristo, traído por trinta moedas de prata 11:12, 13
Suas mãos varadas 12:10
Seu poder para salvar 13:1
Ferido na casa dos seus amigos 13:6
Sua vinda no monte das Oliveiras 14:3-8
A vinda e a coroação de Cristo Capítulo 14
Ele ascendeu do Monte das Oliveiras, e voltará do mesmo modo que foi
(Leia Atos 1:11.)
ESBOÇO
1. Zacarias - apresenta Jesus Cristo, o renovo da justiça.
2. Título - o nome do livro refere-se ao autor.
3. Autor - Zacarias.
4. Conteúdo geral - Zacarias conta de Cristo.
5. Tema - um estímulo à nação para servir fielmente ao Senhor, seu Deus,
por meio da aflição atual, com uma visão das glórias futuras do tempo do
Messias.
6. Texto chave - 1:3;4-6.
7. Esfera de ação - profetizou 2 meses após Ageu, durante o reinado de
Dario (o medo persa) por um período de 3 anos. Em 520 A.C..

COMENTÁRIOS FINAIS
- A mensagem de Zacarias foi o reino futuro.
- Ele entusiasmou o povo, para terminar a obra de reconstrução do templo.

LIVRO : MALAQUIAS

Chegamos ao último livro do Antigo Testamento, o qual resume muito da


história do mesmo. Martinho Lutero chamava João 3 16 de "O Pequeno
Evangelho". De igual modo, poderíamos denominar Malaquias de "O
Pequeno Antigo Testamento". Ele é a ponte entre o Antigo e o Novo
Testamento. Para confirmar isso, leia Malaquias 3:1. Quem é esse "meu
mensageiro"? Leia João 1 23 e Lucas 3:3,4. Um silêncio de 400 anos
estende-se entre a voz de Malaquias e a voz do que clamava no deserto:
Endireitai o caminho do Senhor.
O Antigo Testamento termina com a palavra "maldição". O Novo termina
com uma bênção - A graça do Senhor Jesus seja com todos Amem.
Quando Malaquias escreve, cem anos ou mais, se haviam decorrido, desde
a volta dos judeus a Jerusalém, após o cativeiro da Babilônia. Malaquias é o
último dos profetas que fala a Israel em sua própria terra. Aqui Israel
significa todo o remanescente de Israel e de Judá que tinha voltado do
exílio. O primeiro entusiasmo do retorno da Babilônia havia passado. Depois
de um período de reavivamento (Neemias 10:28-39), o povo tornara-se frio
em matéria de religião, e descuido moral.
O profeta Malaquias veio como reformador, mas encoraja ao mesmo tempo
em que repreende. Tratava com um povo perplexo, de ânimo combalido,
cuja fé em Deus parecia correr o risco de um colapso. Se já não se haviam
tornado hostis (inimigo) a Jeová, corriam o perigo de se tornarem céticos.
(descrentes duvidosos).
Malaquias significa "o mensageiro do Senhor”. Do mesmo modo que o
precursor de Jesus, João Batista, de quem profetiza, Ele era somente uma
voz.

O profeta repreende os sacerdotes descuidados, pelo fato, de oferecerem a


Deus animais defeituosos, que não ousariam oferecer ao governador (1:7,
8, 12, 13). Era um contraste marcante com o sacerdócio ideal de Deus
(2:4-11).
ESBOÇO
1. Malaquias - apresenta Jesus Cristo, o Sol da Justiça.
2. Título - o nome refere-se ao autor.
3. Autor - Malaquias.
4. Conteúdo geral - Malaquias fala de João Batista.
5. Tema - neste período, o povo havia se tornado indiferente para com
Deus. Eram extremamente religiosos, mas vazios, formalistas e corruptos.
Seu tema: A ultima profecia do A. Testamento, a revelação de um povo
rebelde e falso, de um remanescente fiel e do Messias vindouro que julgará
e purificará a nação.
6. Texto chave - 3:8.
7. Esfera de ação - mais ou menos 100 anos após o retorno de Judá do
cativeiro babilônico. Aproximadamente de 430 a 420 A.C..

CONTEÚDO E COMENTÁRIO
Males existentes entre o povo
Culto rotineiro e sem espiritualidade 1:6-8
Ligações prejudiciais 2:10-12
Pôr em dúvida a justiça de Deus 2:17-3:6
Roubar a Deus 3:7-12
Impaciência em esperar 3:17-4:3
Eram esses os pecados que Malaquias repreendia. São, porventura, seus
também? Que devemos fazer se existirem em nós?
Malaquias clama: "Tomai à casa de Deus. Tomai à Palavra de Deus. Tomai à
obra de Deus. Tomai à graça de Deus."
Pense nas necessidades de hoje, tanto da igreja como do mundo. Não é o
formalismo uma acusação justa contra as nossas igrejas - práticas
externas, destituídas de amor verdadeiro? Não estamos nós também
apresentando ofertas que nada custam? Não estamos roubando a Deus na
questão dos dízimos?
Malaquias termina com uma solene declaração acerca da segunda vinda de
Cristo, que aguardamos. Sim, o Sol da Justiça virá, trazendo salvação nas
suas asas (3:16-4:3).

COMENTÁRIOS FINAIS
- Malaquias pregou contra o formalismo frio, religioso, contra a descrença
do povo, quanto a indiferença do povo quanto as coisas de Deus; contra a
oferta inútil e o roubo ao Senhor.
- Também incentivou a buscar a Deus, afirmando que Deus sempre o amara
e estava pronto a perdoá-los.
- Termina com a mensagem sobre o Messias “Sol de Justiça”.
Novo Testamento

Introdução aos Evangelhos

Por que se chamam sinópticos

A palavra "Evangelho" vem de duas palavras gregas, "eu" e "agelion", e


significa "boas-novas". Os quatro autores são chamados evangelistas, de
uma palavra grega que significa portadores de boas-novas. Os três
primeiros Evangelhos, Mateus, Marcos e Lucas são chamados, Evangelhos
Sinópticos, porque, ao contrário de João, apresentam uma sinopse da vida
de Cristo. A palavra “sinopse" vem de duas palavras gregas que significam
ver em conjunto, ver coletivamente. Por isso, estes três Evangelhos podem
ser vistos em conjunto.
Os sinópticos apresentam semelhanças e diferenças impressionantes.
Narram o ministério de Jesus, principalmente na Galiléla; enquanto o de
João está numa classe à parte, pois narra o seu ministério na Judéia. Os
sinópticos narram seus milagres, parábolas e mensagens dirigidas às
multidões, enquanto o de João apresenta seus discursos mais profundos e
abstratos, suas conversas e orações. Os três apresentam Cristo em ação, o
de João retrata Cristo em meditação e comunhão.
Os Evangelhos contam-nos QUANDO e COMO Cristo veio.
As Epístolas contam-nos POR QUÊ e PARA QUÊ Cristo veio.
Observe a posição dos Evangelhos. Ficam no fim do Antigo Testamento e
antes das Epístolas.

Bíblia num relance

O Dr. William H. Griffith Thomas sugere quatro palavras, a fim de ajudar-


nos a ligar toda a revelação de Deus.
PREPARAÇÃO. . . No Antigo Testamento Deus prepara para a vinda do
Messias.
MANIFESTAÇÃO . . . Nos quatro Evangelhos, Cristo entra no mundo, morre
pelo mundo e funda a sua Igreja.
APROPRIAÇÃO. . . Nos Atos e nas Epístolas, são apresentadas maneiras
pelas quais o Senhor Jesus foi recebido, apropriado e aplicado à vida das
pessoas.
CONSUMAÇÃO . . . No Apocalipse revela-se o resultado do plano perfeito de
Deus.

O que é o evangelho?

Evangelho quer dizer "boas-novas" As boas-novas a respeito de Jesus


Cristo, o Filho de Deus, são-nos apresentadas por quatro autores: Mateus,
Marcos, Lucas e João, embora exista só um Evangelho, a bela história da
salvação por Jesus Cristo, nosso Senhor. A palavra "Evangelho" nunca é
usada no Novo Testamento para referir-se a um livro. Significa sempre
"boas-novas".

LIVRO : APOCALIPSE

Apocalipse é o único livro de profecia do Novo Testamento. E o único livro


da Biblioteca Divina que promete, de modo especial, uma bênção aos que o
lêem e ouvem. Bem-aventurados aqueles que lêem é o que o livro do
Apocalipse diz de si mesmo, mas depois de ler os primeiros capítulos sobre
as igrejas e os últimos capítulos que descrevem o céu, poucos de nós,
lemos muito este livro.
Apocalipse apresenta um Cristo glorioso reinando. Os Evangelhos
apresentam-no como Salvador, que veio para levar a maldição do pecado;
mas neste livro não vemos nenhuma humilhação. De certo modo,
Apocalipse é o livro mais notável de todo o cânon sagrado. Fala do reino de
Cristo na terra, que Satanás deseja controlar. Fala da vitória completa e
eterna de Cristo sobre Satanás. Descreve a derrota e castigo de Satanás,
primeiro por mil anos e depois para sempre. Fala mais da condenação final
de Satanás que qualquer outro livro. Não é de admirar, portanto, que
Satanás não queira que os homens o leiam.

Desvendando o enigma
Há nele 300 símbolos e cada um tem um significado definido. Os símbolos
são maravilhosos e falam grandes verdades.
O conteúdo deste livro parece indicar que a maior parte dos acontecimentos
ainda está por se realizar.
Ele é a revelação de Jesus Cristo, não a de João. Não é a revelação do
crescimento da Igreja e da gradual conversão do mundo, mas a revelação
de Jesus Cristo. Foi dada a João pelo próprio Cristo (1:1. 2). O Livro trata
da volta do Senhor à Terra. Descreve o preparo ou falta de preparo da
Igreja para esse grande acontecimento (3:20). Contém descrições de
acontecimentos tremendos na terra e no céu logo antes da sua vinda,
durante e depois dela.
Cristo é o tema desse livro maravilhoso. Ele dá-nos um retrato autêntico do
Senhor Jesus em seu triunfo.

Último drama de Deus


Apocalipse é o maior drama de todos os tempos. O enredo é pleno de
tensão do começo ao fim. A cena final é gloriosa porque Cristo volta para os
seus. O herói é o próprio Nosso Senhor; o vilão é Satanás. Os atores são as
sete igrejas. Os personagens que surgem na abertura dos selos, nos
capítulos 6 e 7, são introduzidos pelos quatro cavaleiros. Então os que
foram convocados pelas trombetas, por sua vez, deixam o centro da cena, e
vemos o anticristo, o príncipe deste mundo, atravessar o palco (capítulo
13). Este personagem, que é a encarnação do próprio diabo, está decidido a
estabelecer seu próprio reino e a ser adorado pelos homens. Mas Cristo
reduz tudo isso a nada. Surge este majestoso Ator, trazendo suas hostes
consigo - o longamente esperado Rei dos Reis e Senhor dos Senhores. Ele
expulsa do palco seus inimigos, totalmente derrotados (capítulo 19).
Terminada a luta, e depois que as bestas foram destruídas e o diabo preso,
porque as primeiras coisas passaram, então ouvimos estas palavras, cheias
de esperança: Eis que faço novas todas as coisas (21:4, 5). Este livro leva
ao clímax a grande história começada no Gênesis, e como toda boa história,
assim termina: “E viveram felizes para sempre”.

ESBOÇO
1. Apocalipse - apresenta Jesus Cristo, Nosso Rei Triunfante.
2. Título - Apocalipse significa revelação. O livro trata de profecias futuras.
3. Autor - João.
4. Conteúdo geral - Apocalipse descortina o Céu.
5. Tema - o livro de Apocalipse é o apogeu, revelação da verdade divina
ao homem, o remate do edifício das Escrituras, do qual o Gênesis é a pedra
fundamental. Este livro é a consumação das profecias do Antigo
Testamento. Acima de tudo, este livro é uma revelação - a manifestação
visível - do Senhor Jesus Cristo. O Apocalipse é o livro da vinda do Senhor
Jesus em glória; assim, resumiremos o tema da seguinte maneira: A vinda
de Cristo em glória, como o apogeu supremo das presentes dispensações.
6. Esfera de ação - Foi escrito na ilha de Patmos, perto da Ásia Menor,
por ordem do Senhor Jesus. Escrito em 90 ou 96 D.C..

CONTEÚDO E COMENTÁRIO
As sete coisas neste livro
Sete igrejas Sete sinais
Sete selos Sete últimos flagelos
Sete trombetas Sete condenações
Sete coisas novas
O livro divide-se em três partes: passado, presente e futuro

Passado - "as coisas que viste" CONCERNENTES A CRISTO


(Apocalipse 1:1-18)
Temos aqui o último quadro de Jesus Cristo apresentado no Novo
Testamento. Muitos artistas têm procurado pintá-lo, mas sem resultado.
Este é um quadro autêntico (1:13-16). Ele está de pé entre sete castiçais
de ouro, que representam as igrejas (v. 20). Esses castiçais provam que a
Igreja deve ser um luzeiro. Vós sois a luz do mundo. Quantas igrejas
existem hoje só para entreter e levantar dinheiro, em vez de serem luzes
na escuridão!

Cristo é apresentado ao mundo inteiro como Juiz.


Com vestes talares - símbolo de dignidade e honra.
Cabelos . . brancos como alva lã - ele é o Ancião de dias (Daniel 7:9).
Olhos como chama de fogo - inteligência, trazendo à luz coisas ocultas.
Pés semelhantes ao bronze polido - o bronze simboliza julgamento.
Voz como voz de muitas águas - poder e majestade.
Mão direita - guarda nela os mistérios de Cristo.
Boca - que pronunciava julgamento.
Rosto . . . brilhava como o sol na sua força (Leia 1:12-18).

Presente - “as coisas que são” CONCERNENTES A IGREJA


(Apocalipse 1:20-3:22)
Nos capítulos 2 e 3 encontramos as cartas de amor de Cristo às suas
igrejas. São cartas de
padrão uniforme. Cristo ditou-as aos ministros (anjos) das sete igrejas, às
quais ele endereçou tais cartas. Em cada uma delas procure aquele que
fala; procure as palavras de louvor, de repreensão, de exortação e de
promessa.
As igrejas mencionadas realmente existiram nos dias de João. Ao tratar com
elas, Jesus parece estar-nos dando, em sete períodos, uma breve história
da Igreja desde o primeiro século até o século vinte.
Éfeso - a igreja do primeiro amor: a Igreja Apostólica.
Esmirna - a igreja perseguida: de Diocleciano a Constantino (2:8-11).
Pérgamo - a igreja sob o favor imperial: sob Constantino (2:12-17)
Tiatira - a igreja papal: a Idade Média (2:18-29).
Sardes - a igreja da Reforma: o Protestantismo dos séculos 16 e17
(3:116).
Filadélfia - a igreja missionária: iniciada com o movimento puritano (3:7-
13).
Laodicéia - a igreja rejeitada: a igreja da apostasia final (3:14-19).

Cap. 2. (Comentário sobre as igrejas)


Éfeso, a igreja reincidente, persistente no serviço, estrita na disciplina, mas
esfriando-se em seu amor, vv. 1-7.
Esmirna, a igreja pobre, mas verdadeiramente rica, que enfrenta um
período de perseguição, vv. 8-11.
Pérgamo, a igreja num ambiente perverso, firme mas infectada com
heresia, vv. 12-17.
Tiatira, a igreja de boas obras, mas que tolerava uma falsa profetisa, vv.
18-29.
Cap. 3.
Sardes, a igreja moribunda, vv. 1-6.
Filadélfia, a igreja fraca, mas fiel, vv. 7-13.
Laodicéia, a igreja morna, satisfeita consigo mesma, que se orgulha da
sua riqueza, mas que é miserável, pobre, cega e nua, vv. 14-22.

Porvir - “as coisas que hão de acontecer” CONCERNENTES AO REINO


(Apocalipse 4:1-22:21)
A grande revelação propriamente dita desvenda-se com o som das
trombetas: uma porta é aberta no céu e uma voz diz: Sobe para aqui e te
mostrarei o que deve acontecer depois destas coisas (4:1).
Em primeiro lugar, aparece o trono de Deus (4:1-3). Apocalipse torna-se o
"Livro do Trono". Este é o fato central que se estende por todo o livro. O
trono fala de julgamento. O trono da graça não aparece mais. A cena é de
um tribunal. Na cátedra está o Juiz de toda a Terra; Os vinte e quatro
anciãos constituem o corpo de jurados, representando os doze patriarcas do
Antigo Testamento e os doze apóstolos do Novo Testamento (4:4). Os sete
espíritos de Deus (4:5; 5:6) são o promotor, e os quatro seres viventes são
os assistentes do tribunal, prontos para executar a vontade do Juiz.
O dia da tribulação começa com a abertura dos sete selos (capítulo 6). Eles
descrevem o período da Grande Tribulação de que fala o profeta Jeremias
no capítulo 30 como o tempo de angústia de Israel. Cristo também se refere
a ele como uma tribulação tão grande, como nunca houve desde o princípio
do mundo até agora (Mateus 24:21). Durante a Grande Tribulação, Deus
permitirá que o pecado desenvolva seus trágicos resultados. A mão de Deus
se retirará tanto do homem como do animal. A terra se encherá de guerras,
fome e pestilência. O julgamento recairá sobre os que tenham rejeitado o
Filho de Deus e o tenham exposto ao vitupério. Como crentes, podemos
esperar por Cristo e não pela calamidade, porque nosso Salvador virá para
nos buscar e livrar daquele dia.

Os quatro cavaleiros
No capítulo 6 encontramos os famosos quatro cavaleiros (6:1-8). As
restrições são removidas quando os selos se rompem. As forças do mal têm
sido controladas. Ao se romperem os selos, a guerra e a destruição serão
soltas. O homem colherá aquilo que semeou. A angústia e o horror desse
período serão o resultado da ambição, do ódio e da crueldade humana.
Primeiro, vemos chegar o cavalo branco do testemunho religioso antes da
catástrofe final sobre a terra. Em seguida, vem o cavalo vermelho e se
desencadeia no mundo uma guerra universal, quando a paz é retirada da
Terra. Segue-se à guerra mundial o cavalo preto da fome e da escassez. Por
último, o cavalo amarelo da peste e da morte surge em seu impiedoso
cavalgar.

As sete taças de ouro


Nas trombetas, Satanás está liberando o seu poder para realizar os seus
objetivos. As taças são o poder de Deus liberado contra Satanás; são a
resposta de Deus ao diabo. Elas aniquilam o domínio de Satanás. Ele ousou
desafiar o poder de Deus e agora Deus responde ao desafio. Satanás é
forçado a agir. Seu reino é sacudido até os alicerces e ele está arrasado.
Este acontecimento culmina com a batalha de Armagedom (16:13-16),
descrita no capítulo 19. Na cena final da guerra, Cristo assume o comando
dos seus exércitos, e leva à ruína os seus inimigos.

As condenações
A sétima taça anuncia as condenações que se seguiriam. A civilização
atingiu um colapso completo. Não obstante Deus tenha revelado aos
homens como é extrema a maldade deles, ainda assim eles blasfemam
contra Deus e não se arrependem (16:9, 11). Hoje, entre a suntuosidade
das invenções, os homens estão descontentes e afastados de Deus. O ódio
tem trazido guerras de dimensões colossais. Deus pronuncia sete
condenações (capítulos 17 a 20). Primeiro, a dos grandes sistemas -
eclesiástico (17), comercial (18), político (19:11-19); depois a da besta e
do falso profeta (19:20, 21), seguidos pela das nações (20:7-9), e do diabo
(20:10), e, finalmente, é pronunciada a condenação dos perdidos (20:11-
15).
1) Eclesiástico - A grande prostituta - (Religião). (Cap. 17).
2) Comercial - A grande Babilônia - O sucesso financeiro do governo do
anti-cristo é abalado e reduzido a nada (Economia). (Cap. 18).
3) Político - O governo do anti-cristo é destruído - Reis e poderosos são
arruinados. O anti-cristo perde seu reinado. (Poder político) (Cap. 19:20-
21).
4) A besta e o falso profeta - Fim do império - os dois líderes são presos
e julgados. Depois jogados no lago de fogo e enxofre. (Deposição dos
governantes) (Cap. 19:20-21).
5) Das nações - As nações agora sob o comando do diabo que se levantam
contra Deus são destruídas - O diabo é preso e lançado no lago de fogo.
(Fim das nações rebeldes) (Cap. 20:7-9).
6) Do diabo - O diabo que enganou as nações agora é julgado - É preso e
lançado no lago de fogo e enxofre para sempre. (Fim do ditador) (Cap.
20:10).
7) Dos perdidos - Finalmente o grande juízo de Deus sobre todos os
perdidos cujos nomes não se achou escrito no livro da vida - Estes também
serão lançados no lago de fogo. (Julgamento dos ímpios) (Cap. 20:11-15).

Bodas do Cordeiro
O "Coro de Aleluias" anuncia a vinda do Rei há muito prometido, nosso
Senhor Jesus Cristo, o herdeiro do trono de Davi, para arrebatar sua noiva
(I Tessalonicenses 4:7). O inferno está solto na Terra. Satanás e suas
legiões realizaram o que de pior podiam, mas Cristo, afinal, triunfou. A
justiça, há muito tempo no patíbulo, agora subirá ao trono. Chegou a hora
das Bodas do Cordeiro (19:7). A ceia das Bodas de Cristo realizar-se-á nos
ares. Os santos serão recompensados nos ares, de acordo com as suas
obras. Esse tempo de regozijo continuará até que Cristo volte à Terra com a
sua noiva, para estabelecer o seu reino milenar.
Depois da batalha de Armagedom (19:17-19), Cristo, tendo subjugado seus
inimigos, pegará vivo o anticristo (19:20) e o falso profeta e os lançará com
braço forte no lago do fogo. Este é um nome dado a Geena, lugar onde o
tormento nunca cessa e do qual ninguém retorna. Cristo porá fim a todo o
sistema de Satanás.

Milênio
Este é o tempo em que Cristo, Príncipe da Paz, estabelecerá o seu reino na
terra por mil anos. O diabo será amarrado durante esse tempo (20:3); os
santos que Cristo traz consigo reinarão com ele por mil anos (20:4-6); os
mortos sem Cristo só ressurgirão ao final desse período (20:5).
Haverá mil anos de paz e alegria, quando a terra se encherá do
conhecimento do Senhor como as águas cobrem o mar (Habacuque 2:14).

Satanás é condenado
As pessoas, em geral, dão pouca importância a Satanás. Ele é poderoso. É o
enganador de todo o mundo. Caiu do lugar mais elevado, junto ao próprio
Deus, ao abismo mais profundo - o lago do fogo. Cristo descreve-o com o
fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos (Mateus 25:41). O diabo
tem uma condenação eterna (Apocalipse 20:10).
O resplandecente trono branco do juízo final está preparado. O que está
assentado nele irá julgar todos os homens. Leia Apocalipse 20:11-15. Os
"mortos" são trazidos à sua presença. O mar devolve os seus mortos. A
sepultura restitui seus mortos. O Hades entrega os seus mortos. Os mortos
serão julgados de acordo com as suas obras (20:12, 13). Pronuncia-se a
condenação final. O Salvador agora é o Juiz. E se alguém não foi achado
inscrito no livro da vida, esse foi lançado para dentro do lago do fogo
(20:15). O julgamento deve vir antes que se inaugure a Idade Áurea da
glória. Alguém chamou o inferno de penitenciária do universo, o cemitério
universal dos mortos espirituais.

Sete coisas novas


Novo céu e nova terra 21:1
Novo povo 21:2-8
Nova noiva 21:9
Novo lar 21:10-21
Novo santuário 21:22
Nova luz 21:23-27
Novo Paraíso 22:1-5

Visão
Caps. 21-22. Os novos céus e a nova terra. A cidade Santa, um tipo da
Igreja, a esposa do Cordeiro.
Cap. 21. Suas características: Origem celestial, 21:2; radiante, v. 11;
separada e protegida, v. 12; acessível, v. 13; alicerces firmes, v. 14;
inabalável, v. 16; formosamente adornada, vv. 18-21; com um templo
espiritual, v. 22; iluminada por Deus, vv. 23-25; glorificada, v. 26; livre de
manchas, v. 27.
Cap. 22. O paraíso restaurado. Suas características distintivas: o rio da
vida, v. 1; árvore da vida, v. 2; sem maldição, v.3; a visão beatífica da
marca divina nos santos, v. 4; o dia eterno e o domínio dos santos, v. 5.
Os últimos ensinos: fiéis e verdadeiros, v. 6; ressaltam o iminente
regresso do Senhor, v. 7; deve-se adorar somente a Deus, vv.8-9; o
caráter leva à permanência final, v. 11; a última promessa, v. 14; o último
convite, v. 17; a última advertência, vv. 18-19.
Bênção e oração, v. 21.

Felizes para sempre


Sim, a história de Deus termina...”e viveram felizes para sempre” Leia em
Apocalipse 21 e 22 a vitória de Deus. Satanás não triunfou em sua tentativa
de separar o homem da comunhão com Deus pelo pecado, desde o seu
encontro com o primeiro casal no jardim do Éden. Ele fracassou
completamente e nós estaremos com Cristo para todo o sempre.
Não tentemos analisar ou interpretar estas coisas. Antes meditemos nelas.
Este é o céu. Como as palavras são limitadas para descrever sua glória! A
comunhão entre Deus e o homem foi restabelecida. Deus habita com seu
povo. Todo propósito é realizado e toda promessa é cumprida. O céu é o
oposto do que experimentamos aqui. Tudo é lindo!
As últimas palavras de Cristo são: Certamente venho (22:20). Nossa
resposta deve ser sempre: Vem, Senhor Jesus! (22:20).

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