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INTRODUÇÃO
Os defensivos naturais desempenham um papel crucial na promoção da
agricultura sustentável. Eles são categorizados em quatro tipos principais: herbicidas, bactericidas, inseticidas e fungicidas. Cada um desses tipos tem um papel específico no combate a diferentes pragas e doenças que podem afetar as plantações. A grande vantagem dos defensivos naturais é que eles são significativamente menos prejudiciais ao meio ambiente e à saúde humana em comparação com seus equivalentes químicos. Isso se deve à sua origem natural e à sua biodegradabilidade. Portanto, eles representam uma alternativa mais segura e ecologicamente correta para a proteção das plantações. (BETTIOL et al., 2014; COTES, 2014; GLOBAL..., 2014)“. A alternativa do controle biológico acaba perdendo terreno na competição com agroquímicos convencionais. Quando se compara o volume e as projeções de vendas de agrotóxicos e ACBs no Brasil, observa-se larga vantagem para os primeiros, embora a tendência do mercado mundial é de maior crescimento dos produtos à base de agentes de biocontrole.” A Amazônia, com sua rica biodiversidade, é um verdadeiro tesouro para o desenvolvimento de defensivos naturais. Esta floresta tropical abriga uma vasta gama de plantas, muitas das quais possuem propriedades que podem ser exploradas para a produção de inseticidas, fungicidas e herbicidas naturais. Estas plantas, dotadas de características únicas, podem ser utilizadas na criação de defensivos naturais eficientes. Além de serem eficazes no combate a diversas pragas e doenças, estes defensivos são ecologicamente corretos, contribuindo para a sustentabilidade da agricultura e a preservação do meio ambiente. Portanto, a diversidade amazônica não só enriquece nosso ecossistema, mas também oferece soluções naturais para os desafios enfrentados na agricultura. Um herbicida natural é uma substância ou produto derivado de fontes naturais, utilizado para controlar o crescimento de plantas indesejadas, também conhecidas como ervas daninhas. Esses herbicidas são geralmente obtidos de fontes naturais, como plantas, minerais ou microrganismos, e são considerados uma alternativa mais segura e sustentável em comparação aos herbicidas convencionais. "Assim, para um controle satisfatório da fusariose, em regiões de climas favoráveis à doença, recomenda-se iniciar a aplicação de fungicidas com o surgimento da inflorescência na roseta foliar, que ocorre 45 dias após o tratamento de indução floral e continuar as aplicações semanais até que todas as flores estejam fechadas (MATOS, 2000)." Portanto o presente entendimento, és que o uso de fungicidas em determinadas culturas pode ser de grande importância de modo que na região do alto Solimões tende a se ter doenças de exemplar como o Fusarium que é causada pelo fungo Fusarium solani, onde pode atacar as plantas de forma que elas podem atrapalhar seu crescimento e também até causar a morte da planta. Fungicidas naturais são substâncias ou produtos utilizados para controlar ou eliminar o crescimento de fungos em plantas, alimentos, ambientes ou outros materiais. A principal diferença entre fungicidas naturais e os químicos é que os naturais são feitos a partir de ingredientes orgânicos e não contêm produtos químicos sintéticos. Alguns exemplos de fungicidas naturais incluem misturas de bicarbonato de sódio e sabão, extratos de crisântemo, soluções à base de leite e bicarbonato de sódio, e compostos como o sulfato de cobre. Essas alternativas naturais podem ajudar a controlar doenças fúngicas sem prejudicar o solo ou seres vivos em geral. Produtos naturais para controle de patógenos de plantas têm sido tópicos de várias revisões (ENGELMEIER et al., 2006; KIM; HWA NG, 2007). Muitos compostos naturais assim como extratos de 524 Pesticidas Naturais Derivados de Plantas: Descoberta e Usos plantas com propriedades bactericidas e fungicidas já foram descritos na literatura. As plantas têm compostos de defesa constitutiva antimicrobiana e também induzidos contra ataques de patógenos (fitoalexinas). Deste modo os bactericidas naturais são importantes para o controle de doenças bacterianas que podem devastar plantações. Eles são feitos de microrganismos benéficos que combatem bactérias patogênicas. Além disso, eles são seguros para o meio ambiente e não contribuem para a resistência bacteriana, que é um problema crescente com o uso de bactericidas químicos. O artigo intitulado “Inseticidas Naturais: Uma Alternativa Sustentável para o Controle de Pragas na Agricultura Familiar”, de Santos Mendes et al., aborda de forma abrangente a importância e os benefícios dos inseticidas naturais como uma alternativa viável e sustentável para o controle de pragas na agricultura familiar. Os autores exploram diversas estratégias e produtos naturais que podem ser utilizados com eficácia, destacando seu potencial para reduzir os impactos ambientais e promover uma produção agrícola mais equilibrada e saudável. O estudo abordado destaca a relevância dos inseticidas naturais como uma alternativa sustentável para o controle de pragas na agricultura familiar. Ao analisar a problemática do uso excessivo de pesticidas químicos, o trabalho propõe investigar a viabilidade e eficácia de inseticidas de baixo custo, visando melhorar as práticas agrícolas em regiões como Pacoti – CE. Além disso, ressalta a importância de considerar os impactos ambientais e financeiros das diferentes abordagens de controle de pragas, destacando a necessidade de soluções que sejam eficazes, econômicas e sustentáveis para agricultores e trabalhadores de jardinagem.
REFERÊNCIAS
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