2º Trabalho de Etica Social

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 10

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA

TRABALHO DE CAMPO II

Tema: Responsabilidade na perspectiva de Immanuel Kant

Estudante: Jonas D. Luís Dzinga – Código: 708204552


Turma: D, Sala 22

Curso: Licenciatura em Ensino da Língua Portuguesa


Disciplina: Ética Social
3o Ano

Docente: dr. Delito Fortunato Provera

Tete, Julho de 2022


Folha de Feedback

Classificação
Nota
Categorias Indicadores Padrões Pontuação
do Subtotal
máxima
tutor
 Capa 0.5
 Índice 0.5
Aspectos  Introdução 0.5
Estrutura
organizacionais  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao 2.0
objecto do trabalho
 Articulação e
domínio do
discurso
académico 2.0
Conteúdo (expressão escrita
cuidada, coerência
/ coesão textual)
Análise e
 Revisão
discussão
bibliográfica
nacional e
2.
internacionais
relevantes na área
de estudo
 Exploração dos
2.0
dados
 Contributos
Conclusão 2.0
teóricos práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA 6ª  Rigor e coerência
Referências edição em das
4.0
Bibliográficas citações e citações/referência
bibliografia s bibliográficas
Folha para recomendações de melhoria: a ser preenchida pelo tutor

___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Índice
1. Introdução............................................................................................................................ 1
1. Responsabilidade na perspectiva de Emmanuel Kant ......................................................... 2
2. Metafica dos costumes ........................................................................................................ 3
3. Conclusão ............................................................................................................................ 5
4. Referências bibliográficas ................................................................................................... 6
1. Introdução
Kant é, sem dúvida, um dos mais importantes filósofos modernos, tendo se destacado
mundialmente pela introdução de modificações radicais no modo de pensar sobre a filosofia.
Kant fugiu do empirismo até então reinante, representado pela obra de David Hume, e
inaugurou uma nova concepção filosófica, baseada na razão.
As principais obras de Kant são a Crítica da Razão Pura que trata sobre o conhecimento;
Fundamentação da Metafísica dos Costumes crítica da Razão Prática e Metafísica dos
Costumes. As três últimas estudam a Ética e a moralidade.
Uma das obras, em particular, que atinge hoje em dia grande destaque é a Fundamentação
da Metafísica dos Costumes, considerada por muitos filósofos como a mais importante já
escrita sobre a moral.
Nesta obra Kant afirma que o que distingue o homem dos outros seres da natureza é a
razão. Pretende alterar o conceito de moralidade e introduz conceitos como a boa Vontade.
Kant considera leis morais apenas as leis universais. A ação humana, no seu entender, quando
puder ser elevada a condição de universalmente aceita, acaba se tornando uma lei moral,
devendo, por razões racionais, ser observada por todos.

1
1. Responsabilidade na perspectiva de Emmanuel Kant
A assertiva de que foi justamente devido a este lado sombrio da personalidade humana,
cujo pendor para o mal é tão ou mais forte que sua disposição para o bem, que se fez
necessário o surgimento de uma força reguladora capaz de estabelecer regras de conduta para
a vida dos homens em sociedade. A responsabilidade, muito embora esta acepção não se
esteja de acordo com a concepção de Kant, que entende que a obrigatoriedade das leis morais
e jurídicas vem da razão.

Para Kant, a responsabilidade é acção seja subjetiva, a lei moral é objetiva. Eis aí o que
Kant chama de princípio da autonomia da vontade. Obedecemos à lei, segundo ele, porque
somos nós mesmos que nos damos a lei. Por esta razão, rejeita a idéia de uma moral externa,
que para ele dependeria da vontade, ou seja, da adesão do sujeito para ser válida. A liberdade
da vontade é, para Kant, autonomia, ou melhor, autonomia da responsabiblidade como a
propriedade da vontade de ser lei para si mesma, inerente a todos os seres racionais.

Entretanto, esta idéia de liberdade como autonomia não é totalmente inovadora em Kant.
Rousseau anteriormente já preconizava que o homem no estado civil é livre porque é
autônomo, vez que obedece às leis que ele mesmo se dá. Assim, para Rousseau, “ a liberdade
consiste na obediência à lei que prescrevemos a nós mesmos"

Igualmente, partindo da idéia do sentimento da responsabilidade da experiência da


obrigação moral, Kant preconiza que a obrigação implica em liberdade, ao passo que a
necessidade a exclui. Destarte, o fundamento da moral não está, pois, no prazer ou na
felicidade, que sendo externos não podem criar o dever. Kant entende desta forma, que para
agir moralmente não basta a mera concordância com o dever. O motivo da ação moral é o
próprio dever, que gera no homem o sentimento moral que não é externo, muito menos
oriundo da sensibilidade, é um sentimento produzido pela razão. Nesta concepção, o
fundamento do direito em Kant, bem assim da moral, é, pois, a liberdade.

O indivíduo responsável na concepção kantiana é o sujeito cujas ações são passíveis de


imputação, pois o mesmo está submetido às leis da razão que ele mesmo criou. Nesse sentido,
sua conduta implica liberdade e é justamente esse arbítrio que o torna imputável e responsável
frente aos outros. Por ser senhor de seus atos e possuidor de uma moral interna este indivíduo
se submete às leis por sua própria vontade e porque dotado de razão e autonomia, ou melhor,
2
autonomia da vontade. Desse modo, a imputação além de moral é um ato da razão que deve
ser atribuída ao sujeito não somente pelo impulso do medo da coerção, mas como ser racional.
A aparente antinomia entre direito como liberdade e coerção é resolvida no momento em que
o indivíduo toma consciência de que seu ato ilícito viola a liberdade do outro. É nesse
momento que o indivíduo autônomo transcende o plano da moralidade sendo capaz de ser
responsável por seus atos diante da lei. A Teoria da Imputação Objetiva, a seu turno, não
busca uma responsabilização do indivíduo por sua conduta no tocante à moral de um ato,
muito menos subjetivamente, como quer Kant, mas sim objetivamente. Assim, imputável é o
resultado que pode ser pensado conforme seu fim, deslocando a imputação da esfera
ontológica para a normativa.

2. Metafica dos costumes


O termo "Metafísica" para Kant significa um conhecimento não-empírico ou racional.
Combinando com o conceito de costumes, que designa todo o conjunto de leis ou regras de
conduta que normatizam a ação humana, Kant chega ao conceito de Metafísica dos Costumes,
que é o estudo de leis que regulam a conduta humana sob um ponto de vista essencialmente
racional e não contaminado pela empiria.

Kant diferencia a Metafísica dos Costumes da Filosofia Prática Universal proposta por
Wolff. Esta ultima é o querer em geral, considerando tanto parte empírica quanto racional. A
Metafísica dos Costumes, por sua vez, deve investigar a idéia e os princípios duma possível
vontade pura, e não as ações e condições do querer humano em geral, as quais são tiradas em
sua maior parte da Psicologia. Esse é o principal ponto de distinção, pois a Filosofia Prática
Universal não considerou nenhuma vontade que fosse determinada completamente por
princípios a priori e sem quaisquer móbiles empíricos e a que se poderia chamar uma vontade
pura.

Na verdade, a concepção de Kant teve como objetivo purificar a filosofia, reivindicando


que a Metafísica não é senão o inventário de tudo que possuímos através da razão pura (puros
conceitos formulados pelo pensamento puro ou pelo intelecto).
Kant afirma que a razão humana no campo da moral, mesmo no caso do mais vulgar
entendimento, pode ser facilmente levada a um alto grau de justeza e desenvolvimento, o que
reforça a idéia de que a moralidade é ínsita ao ser humano.

3
O objetivo da Fundamentação da Metafísica dos Costumes na perspectiva de Kant "é
buscar um princípio de moralidade que fundamente os costumes e o agir moral". O método
empregado abrange dois passos. Primeiro, analiticamente, ir do conhecimento vulgar ao
princípio supremo desta espécie de conhecimento. Segundo, sinteticamente, em sentido
inverso, caminhar deste princípio e de suas fontes para a Crítica da razão pura prática.
Existe, portanto, uma dupla metafísica. A metafísica da natureza e a Metafísica dos
costumes. A primeira é representada pela física e possui partes empírica (princípio da
experiência) e racional bem definidas. A metafísica dos costumes é representada pela ética,
que apresenta uma parte empírica, consistente na antropologia prática (estudo do
conhecimento do homem) e uma parte racional, correspondente à moral.

4
3. Conclusão
Com o presente trabalho conclui-se que Kant inicia observando que a velha filosofia grega
divide as ciências em três partes: a Física, a Ética e a Lógica. As duas primeiras fazem parte
do conhecimento dito material, pois consideram o objeto e as leis a que estão submetidos e
possuem partes empíricas e racionais. A lógica, por sua vez, faz parte do conhecimento
formal, que se ocupa do entendimento, da razão e das regras universais do pensar em geral,
sem distinção de objetos. O conhecimento formal é apenas racional, não tendo parte prática.
Todavia, a filosofia moral, por sua vez, é também conhecida como leis da liberdade ou
teoria dos costumes, ou ainda, metafísica dos costumes, regrada pelo “dever ser”, pelo
hipotético. As leis morais consistem em condutas esperadas, porém não necessariamente
obrigatórias, que admitem, portanto, a hipótese de descumprimento ou relativização que
onsiste no estudo da vontade do homem.

5
4. Referências bibliográficas
BOBBIO, Norberto(2000) Direito e Estado no pensamento de Emmanuel Kant. (trad.
Alfredo Fait). São Paulo: Mandarim.
GOMES, Alexandre Travessoni.(2000) O fundamento de validade do direito – Kant e
Kelsen. Belo Horizonte: Mandamentos.
KANT, Immanuel.(1986), Fundamentação da Metafísica dos Costumes. Traduzido do
alemão por Paulo Quintela. Lisboa: Edições.
KANT, Emmanuel(1993). Doutrina do direito. (Trad. Edson Bini). São Paulo: Ícone,
SALGADO, Joaquim Carlos(1995) A idéia de justiça em Kant, seu fundamento na
liberdade e na igualdade. Belo Horizonte: UFMG.

Você também pode gostar