Trabalho de Psicolinguistica
Trabalho de Psicolinguistica
Trabalho de Psicolinguistica
Índice
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1.0.Introdução ................................................................................................................................. 3
1.1.Objectivos ................................................................................................................................. 3
1.2.Específicos ................................................................................................................................ 3
1.3.Metodologia .............................................................................................................................. 3
2.1.Leitura ....................................................................................................................................... 4
3.0.Conclusão................................................................................................................................ 10
1.0.Introdução
O conceito de leitura oriundo da Psicolinguística prevê que a natureza cognitiva da leitura revela-
se no facto de a compreensão do texto ser realizada na mente do leitor, onde há uma interacção
entre três tipos de conhecimento – de mundo, linguístico e textual – adquiridos em suas
experiências quotidianas (Leffa, 1996).
A leitura é um acto cognitivo complexo, que compreende níveis de processamento mais altos e
mais baixos, bem como activação de conhecimentos prévios e negociações de sentido. Na leitura
em L2, activam-se ambas as línguas, e, para realizar a acção, necessita-se inibir uma delas, bem
como manipular e armazenar temporariamente as informações que chegam. Isso se dá para que
as adaptações linguísticas ocorram e a compreensão seja alcançada.
1.1.Objectivos
Geral
1.2.Específicos
Identificar os modelos de processamento da leitura em L2.
Descrever os modelos de processamento da leitura em L2.
Descrever o processamento da leitura em L2 por alunos falantes nativos de Chitsua em
Moçambique.
1.3.Metodologia
Para a materialização do trabalho fez-se busca de informações disponíveis em obras físicas e
virtuais devidamente citadas no texto e nas referências bibliográficas, análise de informações
consultadas tendo culminado com a compilação de informações e produção final do trabalho.
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Portanto, uma segunda língua (L2) é qualquer língua aprendida após a primeira língua ou língua
materna (L1). Não é necessariamente uma língua que esta sendo numerada na ordem em que se
é adquirida - o termo „‟segunda‟‟ está para o que é distinto da língua materna.
2.1.Leitura
A leitura é uma actividade absolutamente humana, que nos permite, graças a sua realização e
posta em prática, por exemplo, e entre outras coisas, interpretar uma poesia, um conto, uma
novela, isso quanto ao estritamente literário, mas também à leitura devemos a possibilidade de
interpretar sinais movimentos do corpo, dar ou receber educação (Dias, 2015).
2.2.Modelos de processamento da L2
O que acontece durante a leitura é muito complexo para levar em conta somente alguns
elementos. Cada estágio num modelo não interactivo funciona independentemente e o produto é
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passado para o próximo estágio, mais alto. Como exemplo, a primeira categoria trata da
probabilidade de reconhecermos mais letras num dado tempo se elas formarem uma palavra.
A apreensão das letras é superior numa palavra real que num emaranhado de letras que não
corresponde às regras do inglês (Baretta, 2019). A segunda categoria se refere ao efeito sintáctico
na percepção da palavra. Quando acontece um erro no reconhecimento de uma palavra, há uma
forte tendência de que a substituição da palavra mantenha a mesma função da palavra
substituída.
O terceiro tipo refere-se ao conhecimento semântico. Descobriu-se que uma palavra era mais
rapidamente reconhecida quando formava par com outra semanticamente relacionada. O quarto
tipo comprovou que a percepção sintáctica de uma palavra é facilitada pelo contexto em que está
inserida.
Segundo Bailer (2008), no modelo interativo-compensatório que propõe, a deficiência num nível
de processamento pode ser compensada por outro nível. Para ele, o leitor iniciante, não
reconhecendo a palavra, pode buscar o contexto para ajudá-lo na compreensão.
Se por outro lado o leitor for proficiente em termos de reconhecimento vocabular e não sabe
muito sobre o tópico a ser lido, irá se apoiar no processamento ascendente para reconhecimento
de palavras. O modelo compensatório se baseia no fato de que a deficiência em algum dos
conhecimentos levará a uma busca por outros conhecimentos independentemente de sua posição
na hierarquia do sistema.
Este modelo é interactivo no sentido de que qualquer estágio pode se comunicar com qualquer
outro estágio e é compensatório porque o leitor pode se apoiar no conhecimento que mais estiver
ao seu alcance (Bailer, 2008).
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Memória visual – é no componente desta memória que os estímulos visuais da página impressa
são processados. O leitor não lê todas as letras de uma palavra, mas percebe a palavra como uma
unidade visual, seja pela familiaridade com a palavra ou pelo padrão ortográfico.
Memória episódica – não é o componente principal na leitura fluente mas está envolvida na
relação entre leitura e a lembrança de eventos específicos relativos a uma pessoa, objectos, lugar
e tempo.
2.3.Processamento da leitura L2
O aprendizado da L2 refere-se à “cronologia da aprendizagem de qualquer língua adquirida
depois da materna” (Godoy, 2014). Essa definição implica, como pré-requisito, a existência de
uma língua materna bastante desenvolvida.
Acrescente-se a isso o fato de que a L2 geralmente não é falada em casa como é o caso da língua
portuguesa para os alunos falantes de Chitsua como sua língua nativa e será possível concluir
que os estudantes que começam a ler em L2 dispõem de uma base diferente de conhecimento
nessa língua da que dispunham a respeito de sua língua materna quando começaram a aprender a
ler.
Baretta (2009), afirma que um leitor em L1 geralmente tem um vocabulário vasto e já conhece
milhares de palavras antes de começar o processo de letramento, ao passo que o leitor em L2
geralmente dispõe de um vocabulário restrito quando enceta a tarefa de ler textos em L2.
Além disso, mesmo que o leitor apresente bom domínio da sintaxe da L2, ele dificilmente estará
familiarizado com o conhecimento pragmático, conhecimento culturalmente estabelecido na
interacção social entre os falantes da L2 isso, às vezes, o impossibilita de perceber, em
determinados textos em L2, ideias intimamente relacionadas à cultura e à práxis social dos
falantes da L2.
Baseando-se no que foi colocado acima, pode-se concluir que alguns dos factores que
influenciam a leitura em L2 são:
Ao levarem em consideração alguns dos factores elencados acima, muitos autores colocam a
seguinte questão: a leitura em L2 é um problema mais próximo do escopo da leitura ou do
escopo da língua? O primeiro estudioso a formular essa pergunta respondeu que ela é um pouco
de cada um dos problemas, “mas fica cada vez mais evidente que a leitura em L2 é um problema
de língua para os níveis mais básicos de competência linguística na L2” (Dias, 2005).
Dessa afirmação pode-se perceber que, dentre os três tipos de factores que influenciam a leitura
na L2, o segundo tipo é o que se destaca, pois trata das diferenças no processamento da língua
materna e no da L2 diferenças essas que culminam com a transferência do conhecimento da L1
para a L2.
Bailer (2008) retomaram o questionamento de Dias (op. cit.) sobre qual dos seguintes aspectos
seria o mais adequado para prever o desempenho em leitura em L2 – o conhecimento da L2 ou o
desempenho em leitura na L1. De acordo com a primeira hipótese – inicialmente denominada
“hipótese do curto-circuito” e posteriormente rebatizada de “hipótese do limiar linguístico”-, é
necessário atingir um determinado nível de competência linguística na língua estrangeira para
que se aprenda a ler em L2.
A partir da comparação de dados de suas pesquisas com a análise de estudos feitos com base na
pergunta de Dias (2005), encontraram consistências importantes no que tange à quantidade de
variação no desempenho em leitura na L2 apresentada pelo letramento na língua materna (mais
de 20 por cento). Contudo, esses autores afirmaram, também, que o conhecimento linguístico é
um factor de previsão mais expressivo para o desenvolvimento da leitura em L2 (mais de 30 por
cento).
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3.0.Conclusão
A leitura é uma actividade absolutamente humana, que nos permite, graças a sua realização e
posta em prática, por exemplo, e entre outras coisas, interpretar uma poesia, um conto, uma
novela, isso quanto ao estritamente literário, mas também à leitura devemos a possibilidade de
interpretar sinais movimentos do corpo, dar ou receber educação.
O fato de que a L2 geralmente não é falada em casa – como é o caso da língua portuguesa para
os alunos falantes de Chitsua como sua língua nativa e será possível concluir que os estudantes
que começam a ler em L2 dispõem de uma base diferente de conhecimento nessa língua da que
dispunham a respeito de sua língua materna quando começaram a aprender a ler.
4.0.Referências bibliográficas
Alliende, F. (2005). A leitura: teoria, avaliação e desenvolvimento. Porto Alegre: Artmed.
Baretta, D. (2019). Predição leitora e consciência textual: um estudo com alunos do Ensino
Fundamental. Ilha do Desterro.
Leffa, V, J. (1996). Aspectos da leitura: uma perspectiva psicolinguística. 1ª ed. Porto Alegre:
Sagra: DC Luzzatto.