Trabalho 1 Fundamentos Da Educação Esp. A - Bruno D.B.S e Roger F.

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Universidade Federal de Santa Maria

Centro de Ciências Sociais e Humanas


Departamento de História
História – Licenciatura
Disciplina: Fundamentos da educação especial A
Professor(a): Raisa de Matos Elsner
Nome dos alunos: Bruno Dal Bosco Sena e Roger Frandoloso

O Plano Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação


Inclusiva (PNEEPEI), é um plano governamental implantado em 2008 que visa
a inclusão de pessoas com deficiência no sistema educacional brasileiro, seus
objetivos podem ser resumidos em: Ampliar o acesso à educação para
pessoas com deficiência, adequar os currículos e o atendimento especializado
nas escolas, suplementar a formação de professores e promover a adequação
urbanística destes espaços. Do ano de implementação deste plano até os dias
de hoje, nota-se uma real melhora em alguns dos tópicos trazidos pelo plano,
tal qual, o crescimento de 33,2% nas matriculas de estudantes com
necessidades especiais entre os anos de 2014 a 2018 e, também, o aumento
do percentual de tais alunos em “classes comuns” – de 87,1% para 92,1% - (M.
Tokarnia - Cresce o número de estudantes com necessidades especiais –
Agência Brasil, 31 de janeiro de 2019). Porém, nota-se uma falha no plano,
junto com o crescimento do número de matriculados cresceu, também, as
taxas de evasão escolar neste grupo. Os dados do Censo escolar do Ministério
da Educação (MEC) de 2010, mostra que somente 5% dos alunos portadores
de deficiência matriculados no ensino infantil e fundamental chegam ao ensino
médio.

Como uma possível solução para tais números, idealizamos um


programa social que, paralelo ao PNEEPEI, objetiva a permanência deste
grupo no sistema educacional: Programa de Incentivo Escolar para PCDs
(pessoas com deficiência).

Consiste em um programa governamental que uniria as esferas


municipal, estatal e federal para criar um sistema de incentivo à permanência
de pessoas com deficiência no sistema educacional (fundamental, médio e
superior). Este programa seria organizado pela Senarc (secretaria nacional de
renda e cidadania) juntamente com os ministérios da Cidadania e Educação,
financiado pelos Governos Estaduais e executado pelas Prefeituras, com o
objetivo de aumentar o número de pessoas com deficiência nos níveis mais
altos do sistema educacional. Para alcançar o objetivo, o Programa de
Incentivo Escolar para PCDs ofereceria uma renda direta para famílias com um
membro que se encaixe na categoria (PCD) matriculado no sistema
educacional, oficinas de LIBRAS, Braile e acompanhamento psicológico. Além
de oferecer incentivos para escolas, públicas e privadas, que incentivem cursos
e treinamentos para seus profissionais e apresentem programas pedagógicos
adequados para o recebimento de PCDs, através de abatimento de impostos.
Juntamente com um acirramento na fiscalização da Lei da Acessibilidade (Lei
10098/00 de 19 de dezembro de 2000) que estabelece as normas e critérios
básicos para a acessibilidade de pessoas portadoras de deficiência ou
mobilidade reduzida, e um debate sobre a obrigatoriedade da inclusão, nos
cursos superiores de licenciatura, de cadeiras que visem o preparo e
treinamento de profissionais para o ambiente escolar amigável à pessoas com
deficiência.

Apesar dos esforços para a garantia da democratização e inclusão do


ensino através dos anos a partir de políticas governamentais, como o já
revogado Decreto n. 10.502 (2020), que dentre outras orientações, reabria a
possibilidade de uma Educação Especial substitutiva, que representa um
enorme retrocesso as lutas por igualdade, partindo de um princípio de
segregação. A garantia de que o público-alvo esteja na escola é fundamental
para que os alunos possam participar do convívio social, compartilhando o
aprendizado em grupo, onde que as diferenças entre as pessoas sejam
valorizadas como parte de um mundo plural e diverso.

Para que o paradigma de inclusão seja executado no meio escolar é


necessário primeiramente que a escola se adapte às condições dos alunos e
não vice-versa. É de extrema importância a capacitação efetiva dos
professores na modalidade de educação especial, preparados para atender as
necessidades educacionais de todos os alunos, valorizando suas diferenças no
processo educacional.

A escola que está inserida em um contexto social de constante mudança


deve procurar construir-se dentro desse contexto, dinamizando os seus
processos, assegurando que os alunos com necessidades especiais façam
parte desse contexto, como um elemento dentro de sua construção inclusiva.

Referencias:

https://www.redebrasilatual.com.br/educacao/2013/03/dos-alunos-com-
deficiencia-que-entram-na-escola-so-5-chegam-ao-ensino-medio-1/(acesso em
02/12/21)

https://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2019-01/cresce-o-numero-
de-estudantes-com-necessidades-especiais (acesso em 02/12/21)

Menezes, Eliana da Costa Pereira de Fundamentos da educação especial I


[recurso eletrônico] / Eliana da Costa Pereira de Menezes, Simoni Timm
Hermes. – 1. ed. – Santa Maria, RS : UFSM, NTE, 2017.

ELSNER, Raisa de Matos. “A gente não está preparado para ser professor”:
efeitos discursivos da disciplina de Libras nas Licenciaturas da UFSM. 2020.

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