01 MaNUAL para o Concurso Publico. Original Plus

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ÍNDICE

INTRODUÇÃO ......................................................................................... 8

Historia da Enfermagem no Mundo ...................................................... 8

Enfermagem Moderna.......................................................................... 9

História da Enfermagem em Angola................................................... 12

DEFINIÇÕES ......................................................................................... 16

Assepsia............................................................................................. 16

ANTISSEPSIA ................................................................................... 17

ANTISSÉPTICOS .............................................................................. 17

TÉCNICAS DE ESTERILIZAÇÃO ......................................................... 22

CUIDADOS NA ESTERILIZAÇÃO PELA FERVURA ......................... 24

BIOINDICADORES ............................................................................ 24

INFECÇÃO HOSPITALAR..................................................................... 27

COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR – CCIH 28

MÉTODOS PARA PREVENIR INFECÇÃO DURANTE A


PERMANÊNCIA EM HOSPITAL .................................................................. 28

TÉCNICAS DE ENFERMAGEM FUNDAMENTAL ................................ 30

PRECAUÇOES UNIVERSAIS ........................................................... 30

ANOTAÇÃO DE ENFERMAGEM:..................................................... 31

EVOLUÇÃO ....................................................................................... 32

HIGIENE ORAL .................................................................................. 33

BANHO NO LEITO ............................................................................ 34

RESTRIÇÃO ...................................................................................... 37

SONDA NASOGÁSTRICA (DO NARIZ AO ESTÔMAGO) ............... 37

LAVAGEM GÁSTRICA...................................................................... 38

ASPIRAÇÃO GÁSTRICA .................................................................. 38

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Medicina ). Contacto: 947916067/996961135
GAVAGEM SNG ................................................................................ 38

SONDA NASOENTERAL (DO NARIZ AO DUODENO) ..................... 39

CATÉTER NASOFARÍNGEO ............................................................ 41

CÂNULA NASAL (ÓCULOS) ............................................................ 41

NEBULIZAÇÃO ................................................................................. 42

INALAÇÃO ........................................................................................ 43

ASPIRAÇÃO ...................................................................................... 43

SONDA VESICAL .............................................................................. 44

SONDA VESICAL DE DEMORA .................................................... 45

SONDA VESICAL DE ALÍVIO: Não possui CUFF .......................... 46

LAVAGEM DA SONDA APÓS QUALQUER ADMINISTRAÇÃO (DIETA


OU MEDICAMENTO) ................................................................................... 46

O que é o enema?.............................................................................. 47

RETIRADA DE SONDA ..................................................................... 48

IRRIGAÇÃO CONTÍNUA ................................................................... 48

RETIRADA DE PONTOS....................................................................... 49

DIFERENÇA ENTRE SINAIS E SINTOMAS ......................................... 50

O QUE É UM SINAL? ........................................................................ 50

O QUE É UM SINTOMA? .................................................................. 50

SEMIOLOGIA ........................................................................................ 52

SEMIOTÉCNICA ................................................................................ 52

EXAME FÍSICO .............................................................................. 52

POSIÇÃO PARA EXAMES .................................................................... 67

FOWLER ............................................................................................ 67

SIMs ................................................................................................... 67

GENU-PEITORAL .............................................................................. 67

GINECOLÓGICA................................................................................ 67

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LITOTOMIA ........................................................................................ 67

TREDELEMBURG ............................................................................. 67

ERETA ou ORTOSTÁTICA ................................................................ 68

SINAIS VITAIS ....................................................................................... 69

TEMPERATURA( ) ................................................................. 69

PULSO(cor vermelha): ....................................................................... 73

RESPIRAÇÃO ( ................................................................. 76

PRESSÃO ARTERIAL( ): .................................................... 78

.DOR .................................................................................................. 80

ULCERAS POR PRESSÃO ................................................................... 86

Estágios das Úlceras por Pressão ..................................................... 86

UROLOGIA ............................................................................................ 91

INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA ...................................................... 95

CUIDADOS ESPECÍFICOS DE ENFERMAGEM EM INSUFICIÊNCIA


RENAL CRÔNICA ........................................................................................ 98

INTOXICAÇÃO ...................................................................................... 99

Recomendações para enfermeiros sobre Covid-19 ............................. 106

DIFERENÇAS ENTRE AVC ISQUÊMICO E AVC HEMORRÁGICO ... 108

DIFERENÇA DE EMERGÊNCIA E URGÊNCIA .................................. 115

CUIDADOS DE ENFERMAGEM EM PATOLOGIAS CIRURGICAS ... 116

CUIDADOS DE ENFERMAGEM NO PUERPÉRIO MEDIATO ............ 127

INFECÇÃO PUERPERAL ................................................................ 128

CUIDADOS DE ENFERMAGEM AOS RECÉM-NASCIDOS CUIDADOS


IMEDIATOS AO RN ....................................................................................... 131

HEMODIÁLISE .................................................................................... 133

CUIDADOS DE ENFERMAGEM NA UNIDADE DE HEMODIÁLISE:


.................................................................................................................... 134

COMPLICAÇÕES DA HEMODIÁLISE: ........................................ 134


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DIABETES MELLITUS......................................................................... 136

Classificação etiológica e fisiopatológica: ........................................ 136

COMPLICAÇÕES DA DIABETES MILLITUS ................................... 139

CUIDADOS DE ENFERMAGEM PACIENTE COM DIABETE MELLITE


.................................................................................................................... 139

INSUFICIENCIA RESPIRATORIA AGUDA ......................................... 141

CUIDADOS DE ENFERMAGEM ...................................................... 143

CARDIOPATIA .................................................................................... 144

Cuidados específicos de Enfermaria: ............................................... 147

FERIDA................................................................................................ 151

Classificação da ferida : ................................................................... 151

Processo de cicatrização das feridas ............................................... 152

TIPOS DE CICATRIZAÇÃO ............................................................. 153

CUIDADOS DE SAÚDE DIFERENCIADOS ........................................ 157

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO GRANDE QUEIMADO ...... 158

PROCEDIMENTO DE ENFERMAGEM ........................................ 160

ASSISTÊNCIA AO PACIENTE CRÍTICO ......................................... 162

ENFERMAGEM FUNDAMENTAL II .................................................... 166

O PROCESSO DE ENFERMAGEM................................................. 166

HIGIENE E CONFORTO.................................................................. 168

COMO MUDAR A ROUPA DA CAMA COM O DOENTE DEITADO 169

COMO DESPIR E VESTIR UM DOENTE ACAMADO? ................... 170

HUMANIZAÇÃO DA ASSISTENCIA .................................................... 172

POSTURA E MECÂNICA CORPORAL ............................................... 173

MECÂNICA CORPORAL ................................................................. 174

ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS ........................................... 176

FORMAS DE APRESENTAÇÃO DOS MEDICAMENTOS ............... 176

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VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS ........................ 177

OUTRAS VIAS (topica) .................................................................... 190

HEPARINIZAÇÃO ............................................................................ 191

UNIDADES DE PESOS, MEDIDAS E TEMPO ................................ 192

FORMAS DE MEDIDAS................................................................... 193

CÁLCULOS DE GOTEJAMENTO (FÓRMULAS) ............................ 193

FÓRMULA DO CÁLCULO DE GOTEJAMENTO EM HORA ............ 194

FARMACOCINÉTICA....................................................................... 194

APLICAÇÃO DE CALOR E FRIO ........................................................ 200

O CALOR E O FRIO COMO AGENTES TERAPÊUTICOS ............. 200

CUIDADOS NA APLICAÇÃO DE CALOR OU FRIO ÚMIDO


(compressa) ............................................................................................ 203

CENTRO CIRÚRGICO ........................................................................ 208

SUTURAS............................................................................................ 214

TIPOS DE SUTURAS ...................................................................... 216

QUEIMADURA .................................................................................... 218

FERIDA................................................................................................ 221

TRATAMENTOS DE FERIDAS .................................................... 224

CURATIVO....................................................................................... 225

DISCIPLINA: SAÚDE DA MULHER .................................................... 231

PRE-NATAL ..................................................................................... 231

PARTO ............................................................................................. 236

Métodos para Cálculo da Idade Gestacional (IG) ............................ 239

Método para Cálculo da Data Provável do Parto (DPP)................... 240

ASSISTENCIA DE ENFERMAGEM A MULHER MASTECTOMIZADA


E HISTERECTOMIZADA ............................................................................ 241

Tipos de Histerectomia..................................................................... 241

Cuidados da Enfermagem Histerectomia ......................................... 242

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Tipos de Mastectomia ...................................................................... 243

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PUERPÉRIO..................... 246

SAÚDE MENTAL ................................................................................. 248

TRANSTORNOS DE CONDUTA ..................................................... 248

TRATAMENTO ................................................................................ 250

TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM .......................................... 250

CAUSAS .......................................................................................... 251

Transtorno da Leitura ....................................................................... 253

Transtorno da Matemática ............................................................... 254

Transtorno da Expressão Escrita ..................................................... 254

TRATAMENTO ................................................................................ 256

TRANSTORNOS DE PERSONALIDADE ........................................ 256

CRITÉRIOS GERAIS DE DIAGNÓSTICO ....................................... 257

LISTA DE TRANSTORNOS DE PERSONALIDADE........................ 258

GRUPO B (TRANSTORNOS DRAMÁTICOS, IMPREVISÍVEIS OU


IRREGULARES) ......................................................................................... 259

GRUPO C TRANSTORNOS ANSIOSOS OU RECEOSOS ............. 261

CONSEQUÊNCIAS DOS TRANSTORNOS DE PERSONALIDADE 262

DIAGNÓSTICO ................................................................................ 262

CUIDADOS DE ENFERMAGEM ...................................................... 264

CLASSIFICAÇÃO DA DEPRESSÃO ............................................... 267

ÉTICA NO TRABALHO........................................................................ 280

CONSCIÊNCIA MORAL E VALORES MORAIS .............................. 280

HOSPITAL SEGUNDO A OMS ........................................................ 284

ÉTICA PROFISSIONAL ................................................................... 284

DEONTOLOGIA ............................................................................... 286

O CONSENTIMENTO INFORMADO ............................................... 288

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RELAÇÃO ENFERMEIRO /MÉDICO E SUPERIOR HIERÁQUICO 292

SEGREDO PROFISSIONAL ............................................................ 294

TIPOS DE SIGILO (SEGREDO) ...................................................... 294

ORGANIZAÇÕES DA ENFERMAGEM EM ANGOLA...................... 295

CÓDIGO DE ÉTICA DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM ... 295

DILEMA ÉTICO PERANTE DECISÃO DO DOENTE TERMINAL .... 296

GESTÃO HOSPITALAR ...................................................................... 299

SISTEMA NACIONAL DE SAÚDE ANGOLANO (SNS) ................... 299

ORGANIZAÇÃO E ESTRUTURAS .................................................. 300

EQUIPAMENTO MÉDICO, NÃO MÉDICO E TRANSPORTES ....... 305

FINANCIAMENTO DA SAÚDE ........................................................ 308

PRIORIDADES DA SAÚDE ............................................................. 312

Referencia bibliografica ....................................................................... 314

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INTRODUÇÃO

CAPITULO I

Historia da Enfermagem no Mundo


A Enfermagem surgiu antes mesmo de Cristo – ainda que à época não
tivesse esse nome técnico. Sua origem aponta para o trabalho de homens e
mulheres abnegados que cuidavam do bem-estar dos enfermos, tentando
garantir a eles uma situação digna, de saúde básica e de sobrevivência.

Entre os séculos V e VIII D.C, por exemplo, alguns princípios da


Enfermagem eram aplicados pelos detentores da fé. No caso, os sacerdotes.
Em razão dessas crenças os sacerdotes ou feiticeiras acumulavam funções de
médicos e enfermeiros, pois eram responsáveis pelo tratamento dos doentes.
O tratamento consistia em aplacar as divindades, afastando os maus espíritos
por meio de sacrifícios.

As medidas terapêuticas adotadas eram: massagens, banho de água fria


ou quente, purgativos, substâncias provocadoras de náuseas. Mais tarde os
sacerdotes adquiriram conhecimentos sobre plantas medicinais e passaram a
ensinar pessoas, delegando-lhes funções de enfermeiros e farmacêuticos.

Documento do século VI A.C. relatam conhecimento dos hindus sobre


anatomia e farmacologia: ligamentos, músculos, nervos, plexos, vasos
linfáticos, antídotos para alguns tipos de envenenamento e o processo
digestivo. Os hindus tornaram-se conhecidos pela construção de hospitais.1,2

As doenças eram consideradas castigo. Moisés, o grande legislador do


povo hebreu, deixa relatos de noções de higiene e exame do doente:
diagnóstico, desinfecção, afastamento de objetos contaminados e leis sobre o
sepultamento de cadáveres para que não contaminassem a terra.

Mais tarde, por volta do século XVI, a atividade era vista, na Europa,
como uma profissão que já começava a se institucionalizar, principalmente a
partir da Revolução Industrial.

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Corresponde ao período que vai do final do século XIII ao início do
século XVI A retomada da ciência, o progresso social e intelectual da
Renascença e a evolução das universidades não constituíram fator de
crescimento para a Enfermagem. Enclausurada nos hospitais religiosos,
permaneceu empírica e desarticulada durante muito tempo, piorando sua
situação a partir dos movimentos de Reforma Religiosa e das conturbações da
Santa Inquisição.

O hospital, já negligenciado, passa a ser um insalubre depósito de


doentes, onde homens, mulheres e crianças coabitam as mesmas
dependências, amontoados em leitos coletivos. Esta fase tempestuosa, que
significou uma grave crise para a Enfermagem, permanece por muito tempo e
apenas no limiar da revolução capitalista é que alguns movimentos
reformadores, que partiram principalmente de iniciativas religiosas e sociais,
tentam melhorar as condições do pessoal a serviço dos hospitais.

Enfermagem Moderna
Nasce com o capitalismo no século XVIII, que conjuntamente com a
Revolução Industrial muda a concepção do processo doença saúde, fazendo
com que os cuidados enfermagem passassem a ser necessários para manter
os cidadãos saudáveis, dinamizar a produção e assistência médica dos
exército.

O avanço da Medicina vem favorecer a reorganização dos hospitais. É


na reorganização da Instituição Hospitalar e no posicionamento do médico
como principal responsável por esta reordenação, que vamos encontrar os
reflexos na Enfermagem, ao ressurgir da fase sombria em que esteve
submersa até então.

A enfermagem nos hospitais expandiu somente no final do século XIX.


Por outro lado, a enfermagem na comunidade não aumentou significativamente
até 1893 quando Lillian Wald e Mary Brewster criaram a Henry Street
Settlement, a qual começou como uma empresa de enfermagem domiciliaria,
esta instituição cedo publicitou a sua visão de enfermagem e atividades com

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ela relacionadas. Enfocava as necessidades de saúde das pessoas que viviam
nas casas de cómodos na cidade de Nova York.

No entanto, foi somente no século XIX, na Era Moderna, que ela, de


fato, ganhou notoriedade com a figura de uma mulher incríve, corajosa,
impetuosa, de uma mente brilhante e que possuía tenacidade de propósitos
como característica particular.

Florence Nightingale foi um marco para a Enfermagem mundial. Nasceu


em 1820, em Florença, e é considerada, por todos, como a mãe da
Enfermagem moderna no mundo. Realizou façanhas marcantes, especialmente
por ser mulher em uma realidade bem diferente da atual.

Em uma viagem ao Egito para conhecer hospitais, Florence sentiu


despertar em si uma vocação para ser enfermeira.

Paixão essa pela profissão de cuidar dos outros que só aumentou


depois dela visitar, em 1846, o Hospital de Kaiserswerth, local fundado e
administrado por freiras alemãs. De volta à Inglaterra, Florence foi indicada
para trabalhar em um hospital de caridade da região, Atendendo feridos das
batalhas no Campo de Scutari, Florence Nightingale e uma equipe de 38
enfermeiras voluntárias treinadas por ela conseguiram baixar o índice de
mortalidade de 40% para menos de 5%.Florence e suas colegas são
consideradas heroínas de guerra e a enfermeira líder recebe o apelido
carinhoso de ―Dama da Lâmpada‖.

Embora responsável pelo atendimento durante a guerra, a colaboração


de Florence para a Enfermagem não se encerra aí. Foi então que, em 1860,
fundou a Escola de Enfermagem do Hospital Saint Thomas, em Londres. Lá,
era promovido um curso com duração de um ano, coordenado por uma
enfermeira e com aulas teóricas e práticas ministradas por médicos.

Todo o esforço e a dedicação de Florence Nightingale foram


reconhecidos pela Rainha Vitória que, em 1883, concedeu à enfermeira a Cruz
Vermelha Real. Florence Nightingale se tornou, então, a primeira mulher a
receber tamanha honraria. Até hoje o Dia Internacional da Enfermagem é
comemorado em 12 de maio, aniversário de Florence.
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Florence foi considerada a primeira teorista, a primeira filósofa em
enfermagem e a primeira enfermeira epidemiologista. Ficou cega aos 81 anos.
Aos 87 anos, recebeu a honraria domérito do rei Eduardo VII. Em 13 de agosto
de 1910, aos 90 anos, morreu em Londres, enquanto dormia.

A palavra Enfermeira/o se compõe de duas palavras do latim: ―nutrix‖,


que significa Mãe, e do verbo ―nutrire‖, que tem como significados criar e nutrir.
Essas duas palavras, adaptadas ao inglês do século XIX, acabaram se
transformando na palavra NURSE que, traduzida para o português, significa
Enfermeira.Mãe, e do verbo ―nutrire‖, que tem como significados criar e nutrir.
Conforme os escritos de Florence, a enfermagem ―deveria significar o uso
apropriado de ar fresco, luz, aquecimento, limpeza, silêncio e dieta
adequadamente escolhida e administrada — tudo com o menor gasto de
energia vital do paciente‖. Segundo a autora, cabia a enfermagem ―colocar o
paciente na melhor condição para que a natureza aja sobre ele‖. Manifestava
também que a enfermagem era uma arte, um processo reparador. 7

No conceito de enfermagem apresentado por Florence foram


encontradas as definições de Ser humano, Ambiente e Saúde. O ser humano é
definido em relação ao seu ambiente e ao impacto desse ambiente sobre ele.
O ambiente é enfocado considerando-se a ventilação, o aquecimento, o ruído,
a luz e a limpeza. Tudo que circunda os seres humanos é considerado em
relação ao seu estado de saúde.Apesar das dificuldades que as pioneiras da
Enfermagem tiveram que enfrentar, devido à incompreensão dos valores
necessários ao desempenho da profissão, as escolas se espalharam pelo
mundo, a partir da Inglaterra. Nos Estados Unidos a primeira Escola foi criada
em 1873. Em 1877 as primeiras enfermeiras diplomadas começam a prestar
serviços a domicílio em New York.

O ano 2020 foi instituído pela Organização Mundial da Saúde(OMS) e


Organização Pan-Americana de Saúde(OPAS), como o ano internacional da
Enfermagem e Obstetrícia. Um marco que, aliado ao momento de pandemia do
novo coronavírus pelo mundo, mostra a importância desses profissionais de
saúde.

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Não foi à toa que se instituiu este ano para esta celebração, mas por
duas razões: o mundo precisa de mais de 9 milhões de enfermeiras(os) e
obstetrizes para atingir a meta de cobertura universal de saúde até 2030. E
pelo 200º aniversário de nascimento da Florence Nightingale – a fundadora da
enfermagem moderna. Escrevo esse texto no dia internacional da Enfermagem
(12 de maio), com um histórico racial, para que pensemos enfermeiras negras,
que não são reconhecidas nas aulas de história da enfermagem ou que no
nosso dia-a-dia são negligenciadas devido seu estereótipo racial.

A enfermagem é conhecida como a arte do cuidar. E vamos trazer o


histórico de mulheres negras tiradas forçadamente da África para o mundo,
sendo submetidas à escravização e cuidado à todas as pessoas da sociedade
colonial. No contexto da escravização nota-se que essas mulheres negras
muitas vezes eram impedidas de cuidar de outras pessoas escravizadas e
familiares, pois o cuidado exercido por estas mulheres negras no período
colonial tinha como função social a servidão escravocrata. As mulheres negras
prestavam o cuidado como negras domésticas, mães pretas, parteiras,
enfermeiras e amas-de-leite.

História da Enfermagem em Angola


Angola foi ocupada pelos portugueses no século XV, mais propriamente
em 1482 com a chegada do navegador Diogo Cão, no então Santo António do
Zaire, atual Província do Zaire, no município do Soyo. Estes trouxeram
missionários que aprenderam através da religião católica sensibilizar o Rei do
Congo se converter para o catolicismo. Desta forma, o Rei foi batizado,
passando a ser denominado de Dom Afonso. A partir daí, o então Dom Afonso
assina um Acordo com Portugal iniciando assim o comércio de escravos e a
invasão dos outros reinos que constituem o mosaico do território da República
de Angola, em troca de especiarias e comércio de escravos. 1

Na República de Angola, verifica-se que nos períodos em referência se


tratava passivamente a enfermagem como uma profissão subalterna, assumir o
enfermeiro licenciado era um mito para outros profissionais.

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Antigamente, a educação ou formação profissional de caráter
meramente assistencial, era reservada para as classes sociais menos
favorecidas. A herança da era colonial de mais de cinco séculos de escravidão,
em Angola, ajudaram a reforçar essa distinção, marcando um forte preconceito
social os que executavam trabalhos manuais.

Entretanto, quase excluiu o Curso de Auxiliar de Enfermagem do


sistema de ensino, apesar de existir desde a década de 1940.

Após a década de 1960, e com a influência do taylorismo, a prática de


enfermagem rege-se por critério de eficácia, segurança e conforto, que vão
modificar a prestação dos cuidados, dando-se grande ênfase à técnica em
detrimento da relação Enfermeiro/paciente.

O processo de Independência, em 1975, não se desenvolveu de forma


adequada, tendo desencadeado um maciço abandono do país, de técnicos
formados nas escolas de enfermagem, durante a administração colonial. Para
evitar a referida fuga de quadros, após o período de transição. O governo,
angolano garantiu, progressivamente, o postulado no seu programa de ação,
segundo o qual se deveria trabalhar no sentido de aperfeiçoar o sistema
nacional de saúde, e ensino com especial atenção a prevenção e promoção da
saúde dirigida fundamentalmente ao combate às endemias e doenças
transmissíveis.

Assim as condições de atendimento precárias, sendo ainda mais


agravante essa situação com concentrações das populações nas grandes
cidades, principalmente as dos litoral, e concomitantemente, com a instalação
da pandemia do HIV/SIDA, além de endemias da malária, da tuberculose,
tripanossomiase, culminado recentemente com a febre hemorrágica.Diante
destes relatos, podemos perceber que a Enfermagem foi ao longo dos tempos
praticada por indivíduos despojados de bases científicas suficiente para torna-
los notáveis e autónomos como qualquer outro profissional, como por exemplo
o medico, o Juiz, entre outros.

O ano de 1883 data a construção da primeira Escola de Formação de


Auxiliares, Atendentes e Práticos de Enfermagem junto ao Hospital Josina

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Machel em Luanda, Em Angola esta realidade era ainda pior porque se
praticava a medicina curativa numa visão biomédica, além da discriminação e
superioridade biológica que os colonos supunham possuir.

Em 1967 foi inaugurada a Escola de Enfermagem dos Serviços de


Saúde e Assistência em Luanda para formação de Auxiliares e Técnicos de
Enfermagem, com uma visão um pouco mais dignificada atendendo os
movimentos nacionalistas que se moviam na África para autodeterminação.

Em 1970, o Governo português cria no Distrito de Malanje, Concelho do


Cota, a Escola de formação dos Agentes Sanitários de Assistência Rural,
(ASAR), e neste período em Angola os serviços de saúde e assistência social
intensificaram a vacinação dos autóctones contra a febre amarela, varíola e
rastreio de tripanossomíases e Lepra.

No ano de 1975, Angola torna-se uma Nação independente e em


dezembro do mesmo ano cria-se o Serviço Nacional de Saúde por meio do
Decreto Lei Nº 9/75 de 10 de dezembro no Diário da República I.

A forte e ativa atuação do governo angolano após 11 de novembro de


1975 (sua Independência). Cria-se a Lei Nº 9/75 de 10 de dezembro que
institucionaliza também o Curso de Técnico Básico de Enfermagem. À
semelhança de outras profissões, é criado também o Curso Médio de
Enfermagem em 1982 através do Ministério da Educação-MED, na escola
denominada de Instituto Médio de Saúde-IMS, localizada na província de
Bié.Anos depois se multiplicou rapidamente a formação de cursos de nível
médio, contudo, a carreira de enfermagem só foi criada e aprovada apenas em
1997.

Em 2002, o Instituto Superior de Enfermagem, principal instituição de


formação de docentes para as Escolas Técnicas profissionais de saúde, passa
a integrar a Universidade Agostinho Neto como unidade orgânica, cuja
autonomia foi confirmada no 1o Senado Universitário, realizado em Cabinda de
2 a 3 de Junho de 2003.

No ano de 2004, nos dias 24 e 25 de junho realizou-se a Reunião


Nacional com as chefias de enfermagem dos hospitais centrais, gerais e
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centros de saúde com objetivo de clarificar as funções e os papeis dos estratos
da classe de enfermagem.

A organização deste evento ficou a cargo do Ministério da Saúde, da


Ordem dos Enfermeiros – ORDENFA e da Associação Nacional dos
Enfermeiros de Angola – ANEA.

A Ordem dos Enfermeiros de Angola é uma organização socio-


profissional de inscrição obrigatória para os Licenciados e Bacharéis em
Enfermagem, dotada de personalidade jurídica e administrativa.

As instituições de formação têm dado o seu contributo no âmbito da


formação técnica e científica,formando profissionais com atitude
responsável,eticamente comprometidos como saber ser, saber fazere saber
estar.

Deve-se direccionar a formação de profissionais de enfermagem no


sentido de serem capazes de atender às necessidades de toda uma sociedade.
Para isso, torna-se indispensável uma tomada de consciência e um
comprometimento efectivo da categoriana busca de soluções para os
problemas, levando-se em consideração questões mais amplas, como a saúde
preventiva.

Em Angola,os enfermeiros têm desempenhado ao longo de décadas um


papel ímpar a cuidar da saúde das pessoas,geralmente em condições muito
adversas.E,cada vez mais,o enfermeiro assume um papel decisivo e proactivo
na identificação das necessidades do cuidado da população, bem como na
promoção e protecção da saúde dosindivíduos em suas diferentes dimensões.

Enfermagem é a arte de cuidar e a ciência cuja essência e


especificidade é a assistência/cuidado ao ser humano,individualmente,na
família,ou em comunidade,de modo integral e holístico

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DEFINIÇÕES

Assepsia: é o conjunto de medidas que utilizamos para impedir a


penetração de microorganismos num ambiente que logicamente não os tem,
logo um ambiente asséptico é aquele que está livre de infecção.

Antissepsia: é o conjunto de medidas propostas para inibir o


crescimento de microorganismos ou removê-los de um determinado ambiente,
podendo ou não destruí-los e para tal fim utilizamos antissépticos ou
desinfetantes.

Degermação: Vem do inglês degermation, ou desinquimação, e significa


a diminuição do número de microorganismos patogênicos ou não, após a
escovação da pele com água e sabão.

Fumigação: é a dispersão em forma de partículas, de agentes


desinfectantes como gases, líquidos ou sólidos.

Desinfecção: é o processo pelo qual se destroem particularmente os


germes patogênicos e/ou se inativa sua toxina ou se inibe o seu
desenvolvimento. Os esporos não são necessariamente destruídos.

Esterilização: é processo de destruição de todas as formas de vida


microbiana (bactérias nas formas vegetativas e esporuladas, fungos e vírus)
mediante a aplicação de agentes físicos e ou químicos, Toda esterilização deve
ser precedida de lavagem e enxaguadura do artigo para remoção de detritos.

Esterilizantes: são meios físicos (calor, filtração, radiações, etc)


capazes de matar os esporos e a forma vegetativa, isto é, destruir todas as
formas microscópicas de vida.

Esterilização: o conceito de esterilização é absoluto. O material é


esterilizado ou é contaminado, não existe meio termo.

Germicidas: são meios químicos utilizados para destruir todas as


formas microscópicas de vida e são designados pelos sufixos "cida" ou "lise",
como por exemplo, bactericida, fungicida, virucida, bacteriólise etc.

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ANTISSEPSIA
A descontaminação de tecidos vivos depende da coordenação de dois
processos: degermação e antissepsia.

Degermação

É a remoção de detritos e impurezas depositados sobre a pele. Sabões


e detergentes sintéticos, graças a sua propriedade de umidificação,
penetração, emulsificação e dispersão, removem mecanicamente a maior parte
da flora microbiana existente nas camadas superficiais da pele, também
chamada flora transitória, mas não conseguem remover aquela que coloniza as
camadas mais profundas ou flora residente.

Antissepsia

É a destruição de micro-organismos existentes nas camadas superficiais


ou profundas da pele, mediante a aplicação de um agente germicida de baixa
causticidade, hipoalergenico e passível de ser aplicado em tecido vivo.

Os detergentes sintéticos não-iônicos praticamente são destituídos de


ação germicida.

Sabões e detergentes sintéticos aniônicos exercem ação bactericida


contra microorganismos muito frágeis como o Pneumococo, porém, são
inativos para Stafilococcus aureus, Pseudomonas aeruginosa e outras
bactérias Gram negativas. Consequentemente, sabões e detergentes sintéticos
(não iônicos e aniônicos) devem ser classificados como degermantes, e não
como antissépticos.

ANTISSÉPTICOS
Um antisséptico adequado deve exercer a atividade gemicida sobre a
flora cutâneomucosa em presença de sangue, soro, muco ou pus, sem irritar a
pele ou as mucosas. Muitos testes in vitro foram propostos para avaliar a ação
de antissepticos, mas a avaliação definitiva desses germicidas só pode feita
mediante testes in vivo. Os agentes que melhor satisfazem as exigências para

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aplicação em tecidos vivos são os iodos, a cloro-hexidina, o álcool e o
hexaclorofeno.

Para a desinfecção das mãos temos

Soluções antissépticas com detergentes (degermantes) e se destinam à


degermação da pele, removendo detritos e impurezas e realizando anti-sepsia
parcial.

Como exemplos citam:

Solução detergente de PVPI a 10% (1% de iodo ativo)

Solução detergente de clorhexidina a 4 %, com 4% de álcool etílico.

Solução alcoólica para anti-sepsia das mãos:

sem 2 % de glicerina)
2% de glicerina.

Compostos de iodo: O iodo é um halogênio pouco solúvel em água,


porém facilmente solúvel em álcool e em soluções aquosas de iodeto de
potássio. O iodo livre é maisbactericída do que bacteriostático, e dá um poder
residual à solução. O iodo é um agente bactericida com certa atividade
esporicida. Esta, contudo, é influenciada por condições ambientais como a
quantidade de material orgânico e o grau de desidratação. Além disso, o iodo é
fungicida e, de certo modo, ativo contra o vírus.

Iodóforos: Os compostos de iodo têm ação residual, entretanto sua


atividade é diminuída em virtude da presença de substâncias alcalinas em
matérias orgânicas.

A hipersensibilidade ao iodo contido no PVPI tem sido descrita na


relação de 2: 5000. E com os outros compostos do tipo álcool iodado, essa
relação é maior.

Para a anti-sepsia da pele integra antes do ato cirúrgico, usamos o


complexo dissolvido em solução alcóolica.

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Em resumo: Os iodóforos têm ação bactericida, fungicida, virucida e
ação residual.

Cloro-hexedina ou clorhexedina: A cloro-hexedina (l, 6 di 4-


clorofenildiguanidohexano) é um germicida do grupo das biguanidas, apresenta
maior efetividade com um Ph de 5 a 8, e age melhor contra bactérias Gram-
positivas do que Gram-negativas e fungos. Tem ação imediata e tem efeito
residual. Apresenta baixo potencial de toxicidade e de fotossensibilidade ao
contato, sendo pouco absorvida pela pele integra.

Em resumo: A ação da clorohexedina é germicida, melhor contra Gram-


positivo e tem ação residual.

Álcool: Os álcoois etílico e isopropílico, em concentrações de 70 a 92 %


em peso (80 a 95% em volume a 25oC), exercem ação germicida quase
imediata, porém sem nenhuma ação residual e ressecam a pele em repetidas
aplicações, o que pode ser evitado adicionando se glicerina a 2%..

O álcool etílico é bactericida, age coagulando a proteína das bactérias,


fungicida e virucida para alguns vírus, razão pela qual é usado na composição
de outros antissépticos

Em resumo: O álcool etílico é bactericida, fungicida e virucida seletivo,


sem ação residual.

Sabões e detergentes: Sabões são sais que se formam pela reação de


ácidos graxos, obtidos de gorduras vegetais e animais, com metais ou radicais
básicos (sódio, potássio, amônia etc), são detergentes ou surfactantes
aniónicos porque agem através de moléculas de carga negativa.

Existem vários tipos e apresentação de sabão: em barra, pó, líquido e


escamas.

Em resumo: Os sabões têm ação detergente ou degermante.

Cloro e derivados clorados: O cloro é o mais potente dos germicidas que


existem. Tóxico para todo tipo de matéria viva, é utilizado para desinfetar
objetos, água de abastecimento e, até certo ponto, tecidos. Pode ser usado em

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forma de gás ou derivado clorados que desprendem ácido hipocloroso, que no
caso é o agente germicida que interage com a matéria orgânica e destrói
tecidos normais.

A ação bacteriana do cloro é anulada pela matéria orgânica e pH


alcalino. Não é recomendado para desinfetar instrumentos por ser corrosivo.

A solução a 5% é um potente germicida indicado para desinfetar


instrumentos e utensílios, é muito irritante para os tecidos e não deve ser
usado como antisséptico.

Em resumo: O cloro é um potente germicida.

Compostos de prata: Sais de prata, solúveis ou coloidais, já foram


utilizados na antisepsia das mucosas, exercendo sua ação através da
precipitação do ion Ag.

O nitrato de prata, em aplicação tópica, é bactericida para a maioria dos


micróbios na concentração de 1/1000 e se na concentração de 1/10.000 é
bacteriostática.

A instilação de duas gotas de uma solução a 1% de nitrato de prata no


saco conjuntival dos recém-nascidos evita a oftalmia neonatal.

Em resumo: Os sais de prata são bacteriostáticos.

Desinfetantes oxidantes: A água oxigenada ou peróxido de hidrogênio é


o protótipo dos peróxidos, entre os quais ainda se contam os peróxidos de
sódio, zinco e benzila. A água oxigenada se decompõe rapidamente, e libera
oxigênio quando entra em contato com a catalase, enzima encontrada no
sangue e maioria dos tecidos. Este efeito pode ser reduzido na presença de
matéria orgânica.

O permanganato de potássio é um potente oxidante que se decompõe


quando em contato com matéria orgânica. Em resumo: Os desinfetantes
oxidantes têm ação germicida.

Atualmente não mais se usa fenol como antisséptico ou desinfetante.

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Em resumo: O derivado fenólico tem ação bactericida e não esporocida,
utilizados em instrumental.

Aldeídos: O aldeído fórmico, também chamado formaldeido, formol,


formalina ou oximetileno, resulta da oxidação parcial do álcool metílico. Sofre
ação da luz, polimerizando e dando origem a paraformaldeído.

O formol é um líquido límpido, incolor, picante, sabor caustico. Seus


vapores são irritantes para as mucosas (nariz, faringe, olhos etc.), que podem
ser combatidos usando-se amoníaco diluído.

É desinfetante potente, com poder de penetração relativamente alto e


baixa toxicidade, seu poder de potente redutor, reage com substâncias
orgânicas e precipita as proteínas, germicida por excelência, age inclusive
sobre os esporos. Desnatura as proteínas, reagindo com os grupos aminos
livres, e isso faz a transformação de toxina em toxóide ou antoxina,
conservando assim o poder de antigenicidade.

Em resumo: Os aldeídos têm ação bactericida e esporocida.

Derivados furânicos: A nitrofurazona (furacin) tem amplo espectro


antibacteriano, interferindo no sistema enzimático dos microorganismos pela
inibição do metabolismo dos hidratos de carbono, sendo usada apenas como
tópico no tratamento de certas infecções assestadas na pele, feridas infectadas
ou queimaduras, o uso contínuo pode provocar intolerância e sensibilização.
Não afeta a cicatrização, a fagocitose e a atividade celular e a sua eficácia
persiste na presença de sangue, pus ou exsudato, diminui o mau cheiro e
quantidade de secreção da ferida.

Em resumo: Os derivados furanicos têm ação bactericida.

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TÉCNICAS DE ESTERILIZAÇÃO

Esterilização é a destruição de todos os organismos vivos, mesmo os


esporos bacterianos, de um objeto.

Para isso dispomos de agentes físicos e químicos.

Meios de esterilização:

Físico

 Calor seco

 Radiações

 Químico

Para conseguir-se a esterilização, há vários fatores importantes:

Das características dos microorganismos, o grau de resistência das


formas vegetativas; a resistência das bactérias produtoras de esporos e o
número de microorganismos e da característica do agente empregado para a
esterilização.

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Esterilização pelo calor

A susceptibilidade dos organismos ao calor é muito variável e dependem


de alguns fatores, e dentre eles citamos:

a) Variação individual de resistência,

b) Capacidade de formação de esporos,

c) Quantidade de água do meio,

d) Ph do meio,

e) Composição do meio.

Esterilização pelo calor seco

A incineração afeta aos microorganismos de forma muito parecida a


como afeta as demais proteínas.

Os microorganismos são carbonizados ou consumidos pelo calor


(oxidação), assim, podemos usar a chama para esterilizar (flambagem) e a
eletricidade (fulguração).

O aparelho mais comum para a esterilização pelo calor seco é a estufa,


que consiste em uma caixa com paredes duplas, entre as quais circula ar
quente, proveniente de uma chama de gás ou de uma resistência elétrica. A
temperatura interior é controlada por um termostato.

Esterilização pelo calor úmido

Podemos usar o calor das seguintes formas:

Fervura

Foi um método correntemente usado na prática diária, mas não oferece


uma esterilização completa, pois a temperatura máxima que pode atingir é
100oC ao nível do mar, e sabemos que os esporos, e alguns vírus, como o da
hepatite, resistem a essa temperatura, alguns até por 45 h. Por outro lado, a
temperatura de ebulição varia com a altitude do lugar.

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CUIDADOS NA ESTERILIZAÇÃO PELA FERVURA
a) Devem-se eliminar as bolhas, pois estas protegem as bactérias - no
interior da bolha impera o calor seco, e a temperatura de fervura (100oC), este
calor é insuficiente para a esterilização b) Devem-se eliminar as substâncias
gordurosas e protéicas dos instrumentos, pois estas impedem o contacto direto
do calor úmido com as bactérias.

Esterilização pelo vapor sob pressão (autoclave)

Age através da difusão do vapor d'água para dentro da membrana


celular (osmose), hidratando o protoplasma celular, produzindo alterações
químicas (hidrólise) e coagulando mais facilmente o protoplasma, sob ação do
calor. O autoclave é uma caixa metálica de paredes duplas, delimitando assim
duas câmaras; uma mais externa que é a câmara de vapor, e uma interna, que
é a câmara de esterilização ou de pressão de vapor. A entrada de vapor na
câmara de esterilização se faz por uma abertura posterior e superior, e a saída
de vapor se fazem por uma abertura anterior e inferior, devido ao fato de ser o
ar mais pesado que o vapor.

BIOINDICADORES
Podemos usar ampolas contendo 2 ml de caldo de cultura com açúcares
mais um indicador de pH e esporos de bacilo Stearo thermophilus (espécie não
patogênica), esporo estes que morrem quando submetidos a 121ºC por 15
minutos. Incuba-se por 24 a 48 horas a 55ºC, e se a esterilização foi suficiente
a cor violeta não se altera.

Éter cíclico - Óxido de etileno

É um gás incolor, inflamável, tóxico, altamente reativo, é completamente


solúvel em água, álcool, éter e muitos solventes orgânicos, borracha, couro e
plásticos.

É bactericida esporicida e virucida. Eficaz em temperatura relativamente


baixa, penetra em substâncias porosas, não corroe ou danifica materiais, age
rapidamente, removível rapidamente.

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Esterilização pelo óxido de etileno

Autorizado pelo Ministério da Saúde como agente químico para


esterilização, portaria 930/1992. Necessita de três unidades: aparelho de
autoclave combinado, gás e vapor; aparelho de comando que vai misturar o
gás, e o freon na concentração pré-estabelecida e o aparelho aerador

CONDIÇÕES

Existem quatro condições que são primordiais e que guardam relação


entre si para que o óxido de etileno se torne um agente esterilizante:

a) Tempo - o tempo de exposição ao gás varia de acordo com a


temperatura do aparelho,

b) Temperatura - Geralmente utiliza a temperatura de 55º

C e a exposição em 2 horas. Em temperaturas mais baixas


necessitamos de exposições maiores e vice-versa.

c) Umidade relativa - usa de 20 a 40%,

d) Concentração do gás - usa a concentração de 450 mg/L de espaço da


câmara esterilizadora. Por ser altamente inflamável quando puro, usamos
misturar com dióxido de carbono (90%) ou freon (80%).

RADIAÇÃO

A radiação é uma alternativa na esterilização de artigos termossensíveis,


(seringa de plástico, agulha hipodérmicas, luvas, fios cirúrgicos), por atuar em
baixas temperaturas, é um método disponível em escala industrial devido aos
elevados custos de implantação e controle.

Radiações ionizantes: (raios beta, gama, (cobalto), X, alfa ). Tem boa


penetrabilidade nos materiais mesmos já empacotados o que justifica a sal
comodidade.

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Radiações não ionizantes: (raios ultravioleta, ondas curtas e raios
infravermelhos) devido a sua baixa eficiência está vetado o seu uso pelo
Ministério da Saúde desde 1992.

Filtração é usada como controle ambiental, criando áreas limpas e áreas


estéreis, podendo inclusive lançar utilizar se do fluxo laminar.

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INFECÇÃO HOSPITALAR

Para fins de classificação epidemiológica, a infecção hospitalar é toda


infecção adquirida durante a internação hospitalar (desde que não incubada
previamente à internação) ou então relacionada a algum procedimento
realizado no hospital (por exemplo, cirurgias), podendo manifestar-se inclusive
após a alta.

Actualmente, o termo infecção hospitalar tem sido substituído por


Infecção Relacionada à Assistência à Saúde (IRAS). Essa mudança abrange
não só a infecção adquirida no hospital, mas também aquela relacionada a
procedimentos feitos em ambulatório, durante cuidados domiciliares e à
infecção ocupacional adquirida por profissionais de saúde (médicos,
enfermeiros, fisioterapeutas, entre outros).

FACTORES DE RISCO

Entre os factores de risco para aquisição de uma infecção hospitalar


está, obviamente, a necessidade de um indivíduo ser submetido a uma
internação ou a um procedimento de saúde. A ocorrência de uma infecção
dependerá principalmente da relação de desequilíbrio entre três factores, os
quais incluem a condição clínica do paciente, a virulência e inoculo dos
microrganismos e factores relacionados à hospitalização (procedimentos
invasivos, condições do ambiente e actuação do profissional de saúde).

Em relação ao paciente (ou hospedeiro), várias condições estão


associadas a um maior risco de ocorrência de infecção. Entre elas estão
condições como extremos de idade (recémnascidos e idosos); duração da
internação; diabetes mellitus, que compromete os processos de cicatrização
tecidual; doenças vasculares, que comprometam a oxigenação adequada de
tecidos; alterações da consciência, que interferem com os mecanismos
fisiológicos da deglutição; estados de imunossupressão, sejam inatos ou

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adquiridos pelo uso de medicações (corticoide e quimioterapia); além de
quaisquer condições que exijam procedimentos invasivos (sondagem urinária,
inserção de cateter venoso central, utilização de ventilação mecânica) e ou
cirurgias que comprometem a integridade da pele e mucosas.

COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR – CCIH


A CCIH diz respeito a um grupo de profissionais da área de saúde, de
nível superior, formalmente designado para, juntamente com a Direcção do
Hospital, planejar, elaborar, implementar, manter e avaliar o Programa de
Controle de Infecção Hospitalar – um conjunto de acções desenvolvidas com o
objectivo de reduzir ao máximo possível a incidência das infecções
hospitalares. A CCIH deve ser adequada às características e necessidades do
Estabelecimento de Assistência à Saúde – EAS, sendo constituída de
membros consultores e executores.

MÉTODOS PARA PREVENIR INFECÇÃO DURANTE A


PERMANÊNCIA EM HOSPITAL
A forma mais simples e efectiva de evitar a transmissão de infecções em
ambiente hospitalar é a higienização de mãos. Pode ser por meio de
higienização com água e sabão ou por meio de fricção com álcool 70%. Essa
recomendação vale tanto para profissionais de saúde quanto para visitantes e
também pacientes.

Tendo como objectivo a prevenção de complicações infecciosas


referentes a procedimentos envolvidos com a internação hospitalar, a equipe
assistencial (médico e enfermagem) devem adoptar plano terapêutico
optimizado e orientado para garantir a brevidade do período de internação na
medida do que for possível, somada à indicação e manutenção criteriosa da
utilização de procedimentos invasivos (sondas, drenos, cateteres, cirurgias).
Ainda, durante o processo de internação, vários factores devem ser
observados para reduzir o risco de uma complicação infecciosa para o
paciente, entre as quais estão incluídas a adequada nutrição do paciente,
controle da doença de base, redução das medicações imunossupressores na
medida do possível, atenção para técnicas adequadas de inserção e

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manutenção de dispositivos invasivos, além de adequada higienização das
mãos e do ambiente hospitalar.

A atenção aos cuidados de precaução, sinalizados pela equipe de


saúde, também devem ser observados, para se evitar transmissão de doenças
e agentes no ambiente hospitalar. Como paciente, além de higienizar suas
mãos, principalmente antes das refeições e após usar o banheiro, procure
estabelecer uma boa comunicação com a equipe de saúde para entender com
clareza os cuidados que estão lhe sendo direccionados e, dessa forma,
também contribuir activamente com a sua recuperação.

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TÉCNICAS DE ENFERMAGEM FUNDAMENTAL

PRECAUÇOES UNIVERSAIS
Procedimentos que fazem parte da Precaução-padrão:

Lavar as mãos
As luvas devem ser utilizadas para:
 Manipulação de sangue e outros fluídos corporais;
 Manipulação de membranas mucosas ou pele não íntegra de todos os
pacientes
 Procedimentos em equipamentos ou superfícies contaminadas com
sangue ou outros fluídos corporais
 Venopunção, punção arterial e outros procedimentos de acesso
vascular.

Recomendações:

Após a retirada das luvas, realizar sempre a lavagem das mãos;


As luvas devem ser trocadas após o contato com cada paciente;
Jamais lavar as luvas ou as reutilizar;
Jamais tocar em qualquer objeto inanimado com luvas (maçanetas de
portas, canetas, lápis, pranchetas, teclados de computadores,

Desenvolver o hábito de somente calçar as luvas imediatamente antes


de realizar o procedimento; certificar-se de ter todo o material necessário
à mão para evitar desparamenta-se ou circular com luvas;
Não se justifica a utilização de luvas somente para o transporte de
pacientes. Nesse caso realizar a lavagem das mãos o uso de álcool em
gel após o transporte. Utilizar avental fechado sobre roupas de uso
comum, ou uniforme de mangas longas quando houver:
Contato direto com o paciente, principalmente em procedimentos em
que houver risco de contaminação, pelo contato direto com sangue ou
outros fluídos corporais.

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MÁSCARAS E ÓCULOS OU VISOR:

Usar quando houver risco de contaminação de mucosas da face (olhos,


boca e nariz) por respingos de sangue ou outros fluídos corporais
(principalmente em procedimentos como punções liquóricas e arteriais, suturas
e cirurgias).

Exposições acidentais a perfurocortantes:

-Cuidados especiais devem ser tomados para prevenir acidentes com


agulhas, escalpes, lâminas, entre outros, expostos a sangue e fluídos
corporais;

As agulhas não devem ser reencapadas, entortadas ou quebradas,


removidas de seringas descartáveis ou manipuladas de outras formas depois
de usadas;

Utilizar recipientes apropriados para transporte ou descarte de


perfurocortantes, os quais, para seu adequado fechamento, devem ser
preenchidos apenas até 2/3 de sua capacidade. Os recipientes devem ser
desprezados, devidamente selados, no lixo hospitalar.

Recomendações:

Os profissionais de saúde, portadores de lesões de pele (ferimentos,


dermatites, entre outros), devem evitar, até que a lesão de pele tenha
desaparecido contato direto com pacientes, principalmente em situações de
risco de exposição a sangue e outros fluídos corporais além de contato com
equipamentos contaminados.

ANOTAÇÃO DE ENFERMAGEM:
Deve abranger todos os cuidados prestados como:

Verificação dos sinais vitais;


Banho (leito ou chuveiro, c/ ou s/ auxílio);
Massagem de conforto;

desjejum;
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Exemplo 1º dia: 08:00hs: paciente consciente, orientado em tempo e
espaço, contactuando, corado, hidratado, pele íntegra, deambula sob
supervisão, mantém venóclise em MSE, realizado dextro (186mg/dl), aceitou
parcialmente o desjejum, refere ter dormido em. Diurese (+) espontânea. Fezes
(-) ausente.

Exemplo 2º dia: 08:20hs: paciente consciente, orientado em tempo e


espaço, calmo, corado, deambula sem auxílio da enfermagem, apresenta
equimoses em MMSS e MMII, pele ressecada e descrita isquemação nas
mãos. Mantém scalp salinizado em MSD, sudorese intensa e prudiro em
panturrilha. Aceitou totalmente o desjejum, refere ter evacuado a noite e ter
dormido bem. (seu nome).

EVOLUÇÃO
Deve abranger:

Nível de consciência (sonolento, confuso);


Locomoção (acamado, deambulando);
PA (elevada, anotar valores SSVV);
Mantendo jejum (sim ou não/24hs, se não porque?);
Sono ou repouso (sim ou não/24hs, se não porque?);
Incisão cirúrgica (dreno, catéter);
Incisão cirúrgica abdominal (aspecto da secreção drenada);
Sondas (fechada ou aberta);
Venóclise e dispositivo de infusão (onde, tipo, periférica: IC ou SCVD);
Eliminações urinárias e fecais (ausente, presente, quantos dias);
Queixas (náuseas, dor, etc.).

Exemplo 1º dia: Paciente no 1º dia de internação por DM


descompensada (+) labirintite, apresenta-se calmo, consciente, contactuando,
deambulando sob supervisão, corado, hidratado, afebril, normocárdio,
eupnéico, hipertenso com pressão variando de 150x90-100mmHg, dextro
variando entre 282 a 186 mg/dl, evolui sem queixas e sem êmese. Refere
melhora da tontura. Acuidade auditiva e visual diminuída. Ausculta pulmonar
com presença de murmúrios vesiculares s/ ruídos adventícios. Ausculta

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cardíaca BRNF. Abdômen flácido, indolor a palpação com presença de ruídos
hidroaéreos, perfusão periférica normal. Mantém venóclise em MSE.
Eliminações fisiológicas presentes. (seu nome).

Exemplo 2º dia: paciente no 2º dia de internação por DM


descompensada e labirintite, apresenta-se calmo, consciente, orientado em
tempo e espaço, contactuando, deambula com auxílio, apresenta equimoses
em MMSS e MMII, pele ressecada e escamações em dorso e palma das mãos.
Refere prurido em panturrilha, esporadicamente queixa-se de pele ressecada,
apresenta sudorese intensa, mantém scalp salinizado em MSD, SSVV
apresentando hipotermia (35.5ºC) no período da manhã. Apresenta dextro
variando de 146 a 194. Refere ter dormido bem, evolui sem queixas, tontura,
náuseas ou vômitos. Eliminações fisiológicas presentes (refere ter evacuado às
22 horas de ontem). (seu nome).

HIGIENE ORAL
Material:

Escova de dente; dentifrício; copo descartável com água; toalha de


rosto; cubarim; espátula; canudo s/n; lubrificante labial (vaselina); anti-septico
oral (Cepacol); luva de procedimento; gaze.

Procedimento (paciente com pouca limitação)

Em posição de Fowler e com a cabeça lateralizada;


Proteger o tórax com a toalha de rosto;
Colocar a cuba- para que abra a boca ou
abri-la com auxíliio da espátula.
Utilizar a escova com movimentos da raiz em direção à extremidade dos
dentes. Fazer cerca de 6 a 10 movimentos em cada superfície dental,
com pressão constante da escova;
Repetir esse movimento na superfície vestibular e lingual, tracionando a
língua com espátula protegida com gaze, s/n;
Oferecer copo com água para enxaguar a boca;
Utilizar canudo s/n. Procedimento (paciente com prótese)
Solicitar que retire a prótese ou fazer por ele, utilizando a gaze;
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Colocá-la na cuba rim;
Escovar a gengiva, palato e língua, se o paciente não puder fazê-
Oferecê-la para que o paciente coloque-a ainda molhada.
Procedimento (paciente com pouca limitação)
Em posição de Fowler e com a cabeça lateralizada;
Proteger o tórax com a toalha de rosto;
Colocar a cuba-
abri-la com auxíliio da espátula.
Utilizar a escova com movimentos da raiz em direção à extremidade dos
dentes. Fazer cerca de 6 a 10 movimentos em cada superfície dental,
com pressão constante da escova;
Repetir esse movimento na superfície vestibular e lingual, tracionando a
língua com espátula protegida com gaze, s/n;
Oferecer copo com água para enxaguar a boca;
Utilizar canudo s/n. Procedimento (paciente com prótese)
Solicitar que retire a prótese ou fazer por ele, utilizando a gaze;
Colocá-la na cuba rim;
Escovar a gengiva, palato e língua, se o paciente não puder fazê-lo;
Oferecê-la para que o paciente coloque-a ainda molhada.

BANHO NO LEITO
Material

Equipamentos da cama: colcha, cobertor, 01 lençol de cima, lençol


móvel, 01 impermeável, 01 lençol de baixo, fronha, seguindo esta ordem;

Luvas de procedimento; 01 toalha de rosto; 01 toalha de banho; 02


luvas de banho ou compressas; 01 camisola; 02 bacias de banho ou balde;
jarro de água quente; 01 sabonete anti-séptico; comadre ou papagaio; biombo
s/n; saco de hamper.

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Tipos de banho no leito:

1- Aspersão - banho de chuveiro;

2- Imersão - banho na banheira;

3- Ablução - jogando pequenas porções de água sobre o corpo;

4- No leito - usado para pacientes acamados em repouso absoluto.

Finalidades do banho no leito

– Limpeza da pele;

– Estimular a circulação;

– Propiciar observação do estado da pele e geral;

– Proporcionar conforto físico e mental;

– Promover o relaxamento muscular;

– Aliviar a sensação de fadiga e desconforto da posição permanente e


da umidade produzida pelo calor.

Procedimentos:

 Colocar o biombo
 Fechas janelas e portas;
 Desocupar a mesa de cabeceira;
 Oferecer comadre ou papagaio antes de iniciar o banho;
 Desprender a roupa de cama, retirar a colcha, o cobertor, o travesseiro e
a camisola, deixando-o protegido com o lençol;
 Abaixar a cabeceira da cama caso seja possível;
 Colocar o travesseiro sobre o ombro;
 Ocluir os ouvidos;
 Colocar a bacia sob a cabeça;
 Lavar os cabelos;

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 Fazer higiene oral;
 Calcar as luvas de procedimento;
 Molhar as luvas de banho retirando o excesso de água;
 Lavar os olhos do paciente do ângulo interno;
 Lavar os olhos do paciente do ângulo interno para o externo;
 Utilizar água limpa para lavar cada olho;
 Ensaboar pouco e secar com a toalha de rosto;
 Colocar a toalha de bano sob um dos braços do paciente e lavá-lo no
sentido do punho para as axilas em movimentos longos;
 Enxaguar e secar com a toalha de banho;
 Repetir a operação com o outro braço;
 Colocar a toalha de banho sobre o tórax do paciente, cobrindo-o até a
região púbica;
 Com uma as mãos suspender a toalha e com a outra lavar o tórax e
abdômen;
 Enxaguar, secar e cobri-lo com o lençol;
 Lavar as pernas fazendo movimentos passivos nas articulações,
massagear as proeminências ósseas e panturrilha;
 Flexionar o joelho do paciente e lavar os pés, secando bem entre os
dedos;
 Colocar o paciente em decúbito lateral, com as costas voltadas para
você, protegendo-a com toalha, lavar, enxugar e secar;
 Fazer massagem de conforto;
 Colocar o paciente em posição dorsal;
 Colocar a toalha de banho e comadre sob o paciente;
 Oferecer a luva de banho para que o paciente possa fazer sua higiene
íntima (se tiver limitações, calçar a luva e fazer a higiene para o
paciente);
 Lavar as mãos;
 Vestir a camisola;
 Trocar a roupa de cama;
 Recolocar o travesseiro e deixá-lo em posição confortável.

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RESTRIÇÃO
Material (restrição mecânica)

Atadura de crepe; algodão, gaze, compressas cirúrgicas; lençóis; tala;


fita adesiva; braçadeiras de contenção.

Procedimento

 Proceder a restrição no leito dos segmentos corporais na seguinte


ordem: ombros, pulsos e tornozelos, quadril e joelhos;
 Ombros: lencol em diagonal pelas costas, axilas e ombros, cruzando-as
na região cervical;
 Tornozelos e pulsos: proteger com algodão ortopédico, com a atadura
de crepe fazer movimento circular, amarrar;
 Quadril: colocar um lençol dobrado sobre o quadril e outro sob a região
lombar, torcer as pontas, amarrar;
 Joelhos: com 02 lençóis. Passar a ponta D sobre o joelho D e sob o E e
a ponta do lado E sobre o joelho E e sob o D;

Observações

 Não utilizar ataduras de crepe (faixas) menor do que 10 cm;


 Evitar garroteamento dos membros;
 Afrouxar a restrição em casos de edema, lesão e palidez;
 Retirar a restrição uma vez ao dia (banho); Proceder limpeza e
massagem de conforto no local.

SONDA NASOGÁSTRICA (DO NARIZ AO ESTÔMAGO)


É a introdução de uma sonda de calibre variado, através do nariz ou da
boca, até a cavidade gástrica.

Tipos de sonda:
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 Aberta: Tem a finalidade de drenar secreções existentes na cavidade
gástrica;
 Fechada: Indicada para alimentar ou medicar paciente impossibilitado de
deglutir;

Aberta-sifonagem: Também pode fazer ordenhagem em cirurgia do


tórax.

Sonda para homem: Nº 26 a 28

Sonda para mulher: Nº 14 e 16

LAVAGEM GÁSTRICA
É a introdução através da SNG, de líquido na cavidade gástrica, seguida
de sua remoção.

Injetar SF a sonda e deixar drenar até a secreção ficar limpa;

ASPIRAÇÃO GÁSTRICA
É a retirada de ar ou conteúdo gástrico, realiza-se de 2/2 horas, 4/4 ou
sempre que necessário, diretamente na SNG;

GAVAGEM SNG
Consistem na introdução de alimentos líquidos no estômago através de
um tubo de polivinil colocado pelo nariz ou boca;

Observações importantes:

Deixar o paciente em jejum de 8 a 10 horas;


Suspender anticolinérgicos por 48 horas, que inibe a secreção gástrica;
Decúbito lateral esquerdo, pela posição anatômica.

Material

xylocaína gel; fita adesiva; estetoscópio; biombo s/n; luvas de procedimento;


sacos para lixo.

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Procedimento

Elevar a cabeceira da cama (posição Fowler – 45º) com a cabeceira


inclinada para frente ou decúbito dorsal horizontal com cabeça lateralizada;

Proteger o tórax com a toalha e limpar as narinas com gaze;


Limpar o nariz e a testa com gaze e benzina para retirar a oleosidade da
pele;
Medir a sonda do lóbulo da orelha até a ponta do nariz e até a base do
apêndice;
Marcar com adesivo;
Calçar luvas;
Lubrificar a sonda com xylocaína;
Introduzir a sonda em uma das narinas pedindo ao paciente que degluta,
introduzir até a marca do adesivo;
Observar sinais de cianose, dispnéia e tosse;
Para verificar se a sonda está no local: Injetar 20ml de ar na sonda e
auscultar com esteto, na base do apêndice xifóide, para ouvir ruídos
hidroaéreos;
Ver fluxo de suco gástrico aspirando com a seringa de 20ml;
Colocar a ponta da sonda no copo com água, se tiver borbulhamento
está na traquéia. Deve ser retirada.
Toda vez que a sonda for aberta, para algum procedimento, dobrá-la
para evitar a entrada de ar;
Fechá-la ou conectá-la ao coletor;
Fixar a sonda não tracionando a narina

SONDA NASOENTERAL (DO NARIZ AO DUODENO)


Somente estará aberta se estiver infundido.

Somente usada para alimentação.


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Material:

opo com água; gaze, benzina; toalha de rosto;


xylocaína gel; fita adesiva; estetoscópio; biombo s/n; luvas de procedimento;
sacos para lixo.

Procedimentos

Elevar a cabeceira da cama (posição Fowler – 45º) com a cabeceira


inclinada para frente ou decúbito dorsal horizontal com cabeça
lateralizada;
Proteger o tórax com a toalha e limpar as narinas com gaze;
Limpar o nariz e a testa com gaze e benzina para retirar a oleosidade da
pele
Medir a sonda do lóbulo da orelha até a ponta do nariz e até a base do
apêndice (acrescentar mais 10cm);
Marcar com adesivo;
Calçar luvas;
Injetar água dentro da sonda (com mandril);
Mergulhar a ponta da sonda em copo com água para lubrificar;
Introduzir a sonda em uma das narinas pedindo ao paciente que degluta,
introduzir até a marca do adesivo;
Retirar o fio guia após a passagem correta;
Aguardar a migração da sonda para duodeno, antes de administrar
alimentação (até 24hs) confirmada pelo RX;
Observar sinais de cianose, dispnéia e tosse;
Para verificar se a so
auscultar com esteto, na base do apêndice xifóide, para ouvir ruídos

borbulhamento está na traquéia e deve ser retirada.


Toda vez que a sonda for aberta, para algum procedimento, dobrá-la
para evitar a entrada de ar;
Fechá-la ou conectá-la ao coletor;
Fixar a sonda não tracionando a narina;
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Colocar o paciente em decúbito lateral direito para que a passagem da
sonda até o duodeno seja facilitada pela peristalce gástrica.

CATÉTER NASOFARÍNGEO
Material

 Catéter estéril de 8 a 12;


 Frasco umidificador de bolhas estéril; extensão de borracha; fluxômetro
calibrado para rede de oxigênio; esparadrapo; gaze com lubrificante;
50ml de água destilada esterilizada.

Procedimento

Instalar o fluxômetro na rede de Oxigênio e testá-lo;


Colocar a água destilada esterilizada no copo do umidificador, fechar e
conectálo ao fluxômetro;
Conectar a extensão plástica ao umidificador;
Identificá-lo com etiqueta (data, horário e volume de água);
Medir o catéter do início do canal auditivo à ponta do nariz, marcar com
adesivo;
Lubrificar o catéter e introduzí-lo em uma das narinas, até
aproximadamente 2 cm antes da marca do adesivo;
Conectar o catéter à extensão;
Abrir e regular o fluxômetro (conforme prescrição);
Trocar o catéter diariamente, rodiziando as narinas.
Trocar o umidificador e a extensão a cada 48hs.

CÂNULA NASAL (ÓCULOS)


Material:

 Cânula nasal dupla estéril; umidificador de bolhas estéril; extensão de


borracha; fluxômetro calibrado por rede de oxigênio; 50 ml de AD
esterilizada.

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Procedimento:

Instalar o fluxômetro e testá-lo;


Colocar água no copo do umidificador, fechá-lo e conectá-lo ao

Identificar o umidificador com etiqueta (data, horário e volume de água);


Instalar a cânula nasal do paciente e ajustá-la sem tracionar as narinas;
Conectar a cânula à extensão, abrir e regula o fluxômetro (conforme
prescrição).
Trocar a cânula nasal diariamente.
Trocar o umidificador e extensão plástica a cada 48 horas.

NEBULIZAÇÃO
Material

 Fluxômetro; máscara simples ou ―Venturi‖ de formato adequado


esterilizado; Frasco nebulizador; extensão plástica corrugada (traquéia);
250 ml de água destilada esterilizada; etiqueta e folha de anotações de
enfermagem.

Procedimento

Instalar o fluxômetro e testá-lo;


Colocar a água no copo do nebulizador, fechar e conectar ao fluxômetro;
Conectar a máscara ao tubo corrugado, e este ao nebulizador;
Colocar a máscara no rosto do paciente e ajustá-la, evitando
compressões;
Regular o fluxo de Oxigênio, de acordo com a prescrição;
Identificar o nebulizador com adesivo (data, hora e volume).
Trocar a água do nebulizador 6/6hs, desprezando toda a água do copo e
colocando nova etiqueta.
Trocar o conjunto a cada 48 horas.

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INALAÇÃO
Material

 Fluxômetro; micronebulizador, com máscara e extensão; 10ml de SF ou


água destilada esterilizada; medicamento; etiqueta; gaze esterilizada;
folha de anotações;

Procedimento

Instalar o fluxômetro na rede de Oxigênio ou ar comprimido e testá-lo;


Abrir a embalagem do micronebulizador e reservá-lo;
Colocar o SF ou AD no copinho, acrescentar o medicamento, fechar e
conectar ao fluxômetro;
Conectar a máscara ao micronebulizador;
Regular o fluxo de gás (produzir névoa 5L/min);
Aproximar a máscara do rosto do paciente e ajustá-la, entre o nariz e a
boca, solicitando que respire com os lábios entreabertos;
Manter o micronebulizador junto ao rosto do paciente, por 5 minutos, ou
até terminar a solução (quando possível orientá-lo a fazê-lo sozinho);
Identificar com etiqueta (data, horário de instalação);
Fechar o fluxômetro e retirar o micronebulizador;
Secar com gaze, recolocá-lo na embalagem e mantê-lo na cabeceira do
paciente.
Trocar o nebulizador a cada 48 horas.

ASPIRAÇÃO
Material

Sonda de aspiração de calibre adequado; intermediário de conector Y;


luva estéril;

Aparelho de sucção; frasco com água (500ml) de SF 0.9% para limpeza


do circuito após a utilização; gaze estéril; máscara de proteção; seringa de 10
ml s/n; agulhas 40x12 s/n; ampola de SF s/n; saco de lixo.

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Procedimento:

Colocar água e sabão no frasco coletor;


Testar o aspirador;
Elevar a cabeça do paciente e lateralizá-la;
Abrir a extremidade da sonda e adaptar ao aspirador;

luva (considerar uma das mãos estéril e a outra não);


Introduza a sonda com a válvula aberta, na fase inspiratória, abrindo o
Y;
Aspire e retire a sonda com a mão estéril;
Desprezar em caso de obstrução e colocar as luvas (s/n fluidificar a
secreção, instalando 2ml de SF);
Aspirar a boca e nariz com nova sonda;
Lavar todo o circuito com SF e desprezar a sonda;
Trocar todo circuito a 24hs.

Anotar

Data e hora;
Quantidade;
Característica da secreções;
Reações do paciente;
Aspirar durante 15 s e dar intervalos de 30 segundos.

SONDA VESICAL
É a introdução de um catéter estéril através da uretra até a bexiga
(através do orifício externo ou meato urinário) com o objetivo de drenar a urina,
sendo utilizado a técnica asséptica.

Mulher: 14 a 16

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Homem: 16 a 18

Material:

Pacote (cateterismo vesical) com:


Campo estéril; cuba redonda ou cúpula; 5 bolas de algodão ou gaze;
pinça Pean; cuba rim; Sonda vesical ou Nelaton; PVPI tópico; Luva
estéril; Saco para lixo;
Recipiente para coleta de urina (cálice graduado); Recipiente estéril para
coleta de amostra de urina; Seringa 20 ml; Biombo s/n.

SONDA VESICAL DE DEMORA


Material

 Gaze estéril; seringa de 20 ml ou 10 ml; agulha de 40x20; ampola de AD

fechado); micropore; comadre; sonda Foley; homem: uma seringa a


mais (xylocaína / água).

Procedimento

Colocar o paciente em posição (mulher: ginecológica; homem: pernas


estendidas);
Biombo e foco de luz s/n;
Lavar as mãos;
Abrir o coletor e fixá-lo na cama, colocar a ponta da conexão sobr o
campo fixando-o com adesivo;
Abrir o pacote de sondagem (cateterismo vesical) sobre o leito, no
sentido diagonal, colocando uma das pontas sob a região glútea (se
paciente abitado, abrir em mesa auxiliar);
Colocar PVPI na cuba redonda, que contém as bolas de algodão;
Abrir a sonda e o resto do material sobre o campo (gaze, agulha,
seringa);
Colocar xylocaína na gaze;
Abrir a ampola de água;
Calçar as luvas;
Testar o Cuff da sonda (fazer o balão inflar);
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Aspirar 10 ml de água destilada sem tocar na ampola;
Lubrificar 5 cm da sonda;
Homem: preparar seringa com 10 ml de xylocaína;
Conectar a sonda ao coletor;
Fazer a anti-sepsia:
 Mulher: duas bolas de algodão entre a vulva e os grandes lábios, duas
bolas de algodão entre os pequenos lábios, uma bola de algodão no
meato urinário;
 Homem: afastar o prepúcio e expor a glande, fazer antissepsia em
movimentos circular ou, do meato em direção a glande, elevar o pênis
perpendicularmente ao corpo do paciente, injetar 10 ml de xylocaína no
meato;

SONDA VESICAL DE ALÍVIO: Não possui CUFF


SONDA VESICAL DE DEMORA:

FOLEY de duas vias (01 para insulflar e outra para drenar);

FOLEY de três vias (igual a anterior + 01 para infundir solução;

Fazer o controlo da irrigação.

LAVAGEM DA SONDA APÓS QUALQUER ADMINISTRAÇÃO


(DIETA OU MEDICAMENTO)
Observações

 Orientar para que o paciente respire pela boca durante o procedimento;


 Se o medicamento a ser ministrado for comprimido, ele deve ser
macerado.

ENEMA DE LIMPESA

É a introdução de líquido no intestino através do ânus ou da colostomia.

Um enema é um procedimento usado para estimular o intestino, aliviar a


constipação ou limpar o trato digestivo.

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O que é o enema?
É a introdução de líquido – geralmente uma solução salina de limpeza –
no reto e intestino grosso através do ânus. Depois de segurar o fluido por
alguns momentos, o líquido e os resíduos adicionais de seu corpo são
expelidos. Isso pode ajudar a empurrar resíduos para fora do cólon, aliviando a
constipação. Embora não haja nenhuma evidência, algumas pessoas também
dizem que a prática ajuda a limpar os órgãos digestivos.

Benefícios

Embora o aspecto de ―limpeza‖ do enema seja cientificamente discutível,


muitas pessoas concordam com as qualidades purificadoras do procedimento.
Por exemplo, de acordo com o site Mind Body Green, fazer enema utilizando
café é capaz de aumentar os níveis de energia, aprimorar a clareza mental,
melhorar o humor, e até mesmo combater depressão e letargia. Além desses
benefícios, o enema supostamente ajuda na perda de peso, auxiliando na
remoção do excesso de resíduos não processados do cólon, segundo o que o
site Everyday Health relatou.

Riscos

Apesar dos benefícios, o procedimento tem seus próprios riscos,


especialmente quando realizado em casa e sem supervisão profissional. Por
exemplo, de acordo com o site Everyday Health, ele pode levar a uma série de
efeitos colaterais desagradáveis, como náuseas, vômitos e diarreia.

TIPO DE CLISTER:

 Antisséptico: combate a infecção;


 Adstringente: contrair os tecidos intestinais;
 Carminativo: eliminar as flatulências;
 Sedativo: aliviar a dor (C.A.);
 Anti-helmíntico: destruir vermes;
 Emolientes: amolecer as fezes;
 Água gelada: diminuir a febre;
 Enema salena: eliminar as fezes;

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 Enema irritativo: irrita o intestino provocando eliminação das fezes (feita
com sulfato de magnésio).

RETIRADA DE SONDA
Material:

Saco de lixo; luva de procedimento; seringa.


Procedimento:
Verificar a bolsa coletora (volume, cor, aspecto da urina);
Calçar luvas de procedimento;
Apertar a sonda e puxá-la rapidamente a fim de evitar a entrada de
alimentos ou água da mesma traquéia;
Pedir para que o paciente prenda a respiração.
Aspirar o soro fisiológico ou AD do CUFF (mesmo volume que foi
colocado);
Retirar a sonda;
Desprezar no lixo.

IRRIGAÇÃO CONTÍNUA
Material

 Sonda de 3 vias; SF para irrigação; Equipo de soro; Luvas de


procedimento; Folha de impresso; Coletor; Suporte de soro;

Procedimento:

Preparar a solução
Pendurá-lo no suporte;
S/n sonde o paciente;
Conectar a sonda ao equipo da solução;
Substituir a solução sempre que necessário;
Controlar o gotejamento e observar a permeabilidade;
Calçar luvas;
Medir volume drenado;

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RETIRADA DE PONTOS

Material:

Procedimento

Faz-se a limpeza da incisão cirúrgica, obedecendo a técnica do curativo;


Umideça os pontos com soro fisiológico, secar;
Com a pinça anatômica, segura-se a extremidade do fio e com a tesoura
corta-se a parte inferior do nó;
Coloca-se uma gaze próxima à incisão, para depoisitar os pontos
retirados;
Após o procedimento, fazer a limpeza local com técnica asséptica.

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DIFERENÇA ENTRE SINAIS E SINTOMAS

Quando observamos a descrição de alguma doença, frequentemente


verificamos uma relação de sinais e sintomas causados por ela. Febre, dor no
corpo, manchas na pele, coloração amarelada da pele, coceira e cansaço são
algumas manifestações clínicas descritas como sinais e sintomas de algumas
doenças. Mas, afinal, qual a diferença entre sinal e sintoma? Por que esses
termos não podem ser usados como sinônimos?

O QUE É UM SINAL?
De uma maneira resumida, podemos dizer que o sinal é uma
manifestação clínica que outra pessoa percebe, principalmente profissionais de
saúde. Assim sendo, as manifestações são visíveis, sentidas ou ouvidas por
outras pessoas e, por isso, não são exclusivamente sentidas e verificadas pelo
paciente.

A icterícia, por exemplo, é um sinal de que algum problema no fígado,


pâncreas ou vesícula biliar. Esse sinal nada mais é do que a coloração
amarelada na pele e nas mucosas, que pode ser facilmente percebida por
outra pessoa. Nesse caso, portanto, o paciente não é o único que pode
descrever a manifestação.

O QUE É UM SINTOMA?
O sintoma pode ser definido como uma queixa do paciente, uma
manifestação relatada e sentida por ele. Em um exame, o médico não pode
identificar um sintoma sem que o paciente descreva o que está sentindo, uma
vez que essa ocorrência não é percebida por outros.

Como sintomas, podemos citar uma série de manifestações, tais como


dores de cabeça, dores nas articulações, cansaço, mal-estar, fraqueza, náusea
e coceira. Todas essas manifestações são sentidas pelo próprio paciente e
apenas ele pode relatar o que está acontecendo.

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SEMIOLOGIA

A semiologia também pode ser chamada de propedêutica que é o


estudo dos sinais e sintomas das doenças humanas. A palavra vem do grego
que significa semion-sinal e logos que significa-tratamento ou estudos. A
semiologia é muito importante para o diagnóstico e posteriormente a prevenção
de prognostico. A enfermagem busca é ensinar aos alunos as técnicas
(semiotécnica), gerais que compõem o exame físico, por sua vez o exame
físico compõem-se de partes que incluiem anamnese ou entrevista clinica. Os
metodos utilizados para o exame fisico são: inspecção, palpação, percussão e
auscultação.

SEMIOTÉCNICA
É um campo de estudo onde são inseridas as mais diversas técnicas
realizadas pelo enfermeiro, técnico de enfermagem, e auxiliar de enfermagem.

EXAME FÍSICO
Compreende o exame dos diferentes sistemas e aparelhos: cabeça e
couro cabeludo, face, pescoço, tórax, mamas, sistemas respiratório,
cardiovascular, gastrintestinal, geniturinário, neuromuscular, além de dados de
interesse para a enfermagem.

EXAME DA CABEÇA

Inspeção.

 Tamanho do crânio: normocefalia, arredondada e simétrica (alteração:


macrocefalia, microcefalia).
 Forma do crânio: mesocéfalo, dolicéfalo, braquicéfalo (alteração: fronte
– inclinação
lateral) e alteração do movimento (tiques, paralisia).
 Superfície e couro cabeludo (inspeção e palpação).
 Saliências (tumores, hematomas), depressões (afundamentos),
cicatrizes, lesões e pontos dolorosos.
 Higiene do couro cabeludo e cabelos (presença de caspas, piolhos e
lêndeas).
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 Cabelos (implantação, distribuição, quantidade, cor textura, brilho e
queda).
 Observar alterações como: hirsutismo (aumento anormal da pilificação
em todo o corpo), hipertricose, alopecia e calvície.

Face

Fácies: decorrentes de características raciais, componentes psicológicos


ou alterações organometabólicas.

Tipos:
 Normal ou atípica, típica ou patológica (renal, mongolóide,
hipertireoidismo, acromegálica).
 Expressão fisionômica ou mímica estado de humor (tristeza, desânimo,
dor, alegria).
 Simétrica ou normal, assimétrica (tumefações ou depressão unilateral,
paralisias).
 Pele: alterações da cor, cicatrizes, lesões cutâneas (acne, mancha,
cloasma).

Olhos (inspeção e palpação)

 Aspecto: simétricos, límpidos e brilhantes; pálpebras com oclusão


completa; conjuntiva palpebral rósea e bulbar transparente; esclerótica
branca e limpa; pupilas isocóricas, redondas e reativas à luz.
 Alterações: exoftalmias, enoftalmia (afundamento do globo ocular dentro
da órbita, causado por desnutrição e desidratação), desvios
(estrabismo), movimentos involuntários (nistagmo), ptose (queda)
palpebral; ectopia, entropia, midriase (dilatação excessiva da pupila,
característica da morte), miose, anisiocoria (pupilas desiguais).
 Acuidade visual: redução ou perda da visão (uni ou bilateral), correção
parcial ou total com lentes de contato ou óculos.
 Observar sintomas gerais: dor ocular e cefaléia, sensações de corpo
estranho, queimação ou ardência, lacrimejamento, sensação de olho
seco, hiperemia, secreções, edema palpebral, blefarite (inflamação
aguda ou crônica da borda da palpebral), alteração na cor da esclerótica
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e da conjuntiva, diplopia (visão dupla), fotofobia e escotomas (mancha
escura móvel que encobre parte do campo visual).

Ouvidos (inspeção).

 Posição, tamanho e simetria das orehas.


 Acuidade auditiva; perda parcial ou total (uni ou bilateral), uso de
aparelho auditivo.
 Observar sintomas gerais: dor, prurido, zumbido, secreções, edema,
hiperemia, sangramento, lesões.
 Nariz e cavidades paranasais (inspeção e palpação).
 Simetria, coloração da mucosa, deformidades, desvio de septo.
 Observar sintomas gerais; dor, espirros, obstrução nasal (uni ou
bilateral), secreção epistaxe, edema, inflamação lesões pólipos,
alteração no olfato (hipo/hiperostomia, anastomia (ausência de olfato),
cacosmia).
 Palpação dos seios paranasais nas áreas frontal e maxilar da face.
 Boca e garganta (inspeção e palpação).
 Lábios: cor, textura, hidratação e contorno;
 Mucosa oral: cor, umidade, integridade.

Gengivas e língua:

 Cor, textura, tamanho e posição.

Dentes: coloração, número e estado dos dentes, alinhamento da arcada


dentária, uso de prótese.

Garganta: tamanho das amigdalas, presença de exudato ou secreções


e nódulos.

Observar sintomas gerais: mucosas descoradas hipercoradas,


cianóticas ou ictéricas; dor e desconforto oral (odontalgia, glossalgia, disfagia,
trismo, dor de garganta), lesões (úlceras, escoriações, cistos, placa branca),
estomatite, edema, hiperemia, sangramento gengival, gengivite, descamação,
diminuição ou falta de salivação, língua saburrosa, halitose e cáries.

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Pescoço (inspeção, palpação e ausculta).

 Forma e voluma: cilíndrica de contorno regular variando conforme


biótipo.
 Posição: mediana, rigidez (torcicolo), ou flacidez muscular.
 Mobilidade: ativa e passiva (flexão, extensão, rotação e lateralidade);
alte rações: rigidez, flacidez.
 Ingurgitamento das jugulares: turgência e batimentos arteriais e
venosos.
 Pele: coloração, sinais flogosisticos (edema, calor, rubor e dor).
 Glândulas salivares e gânglios linfáticos (occipitais, auriculares
posteriores, paratidianos, submentonianos, submaxilares, cervicais
superficiais e profundos) – localização, tamanho/volume, consistência,
mobilidade, sensibilidade.
 Traquéia: posição, forma e desvio da linha média.
 Tireóide: volume (normal ou aumentado), consistência (normal, firme,
endurecida, pétrea), mobilidade (normal ou imóvel), superfície (lisa,
nodular, irregular), sensibilidade (dolorosa ou indolor), temperatura da
pele (normal ou quente).
 Alterações da pele: coloração, manchas, cicatrizes e lesões.

EXAME FÍSICO DO TÓRAX

Inspeção estática: estudo do arcabouço torácico (pontos, linhas e


regiões anatômicas, forma do tórax).

Inspeção dinâmica: estudo dos movimentos torácicos

Forma do tórax: atípica ou normal, típico ou patológico (enfizematoso


(ou tonel)), em quilha (ou peito de pombo), pectus excavatum (ou sapateiro),
chato, em sino, escoliótico (ou cifoescoliótico).

Deformações da caixa torácica: abaulamentos e retrações.

Alterações da pele: coloração, manchas, cicatrizes e lesões

EXAME DAS MAMAS.

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 Época: 1ª semana após a menstruação, e na menopausa no início de
cada mês.
 Posições: ortostática (paciente em pé) 1. braços laterais ao corpo, 2.
braços acima da cabeça, decúbito dorsal (paciente deitada) braços
sobre a cabeça.
 Inspeção: estática e dinâmica; observar volume (simetria/assimetria),
diminuição, aumento, formato, pele (cicatrizes, sinais de inflamação),
mamilos e auréolas (desvios, retração, inversão, ulceração) secreção
mamaria (espontânea ou induzida).
 Palpação: sentido horário no quadrante superior – mamas – região
supra-clavicular e axilar, observar a presença de massas, nódulos (local,
tamanho, consistência, mobilidade e sensibilidade).

SISTEMA CARDIOVASCULAR

Inspeção: observar área precordial (protuberância, retrações, ictus),


varizes e edema dos mmii.

Palpação: análise do ictus cordis (4° e 5° EIE de 6 a 10 cm da linha


medioesternal), presença de pulsos periféricos (freqüência, ritmo, amplitude,
tensão), perfusão periférica.

Ausculta: a) ritmo normal – regular em dois tempos (1ª bulha =


fechamento das válvulas mitral e tricúspide = TUM; 2ª bulha = fechamento das
válvulas aórtica e pulmonar = TA).

b) anormal: irregular (ritmo de galope, extrasístole)

c) Focos de ausculta cardíaca:

 Foco aórtico (FA) 2ª EID (linha paraesternal direita)


 Foco pulmonar (FP) 2ª EIE (linha paresternal esquerda)
 Foco tricúspide (FT) na base do apêndice xifóide
 Foco mitral (FM) região do ictus cordis (VE).

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SISTEMA RESPIRATÓRIO

Inspeção:

 Estática (forma e tipo de tórax);


 Dinâmica: movimentos respiratórios (freqüência, tipo e ritmo
respiratório);
 Pesquisar tosse (cheia com ou sem expectoração, seca), dor e retrações
ao respirar.

Palpação:

 Análise da expansibilidade torácica (teste com as mãos – escansão


simétrica ou assimétrica) - pesquisar frêmito toraco-vocal (FTV) (teste
com as mãos – vibrações)
 Pesquisar sensibilidade dolorosa, contraturas, edema.

Auscultação:

 Sons normais (respiração brônquica, broncovesicular e murmúrios


vesiculares).
 Sons anormais (ruídos adventícios – roncos e sibilos, creptações
estertoras).
Biótipo: Tipo morfológico (brevilínio, mediolóneo, longilíeo)
espressão manual e frêmito vocal.

Altura: medidas antropométricas – medida planta-vértice, levando-se em


conta a idade, o sexo e a estrutura somática. Importante na classificação do
desenvolvimento físico do indivíduo (normal, nanismo, gigantismo).

Peso: Regra simples de Broca – Peso ideal (PI) corresponde ao n° de


cm que excede de um metro de altura e se expressa em Kg. Ex.: Homem de 1,
70m = PI de 70 Kg. Para o sexo feminino, subtrai-se 5% do valor encontrado.
Ex.: mulher de 1,60m = PI de 57 Kg. Peso máximo normal= PI + 10% peso
mínimo normal= PI – 10%.

Variações de peso: magreza, obesidade, caquexia. Pode ser


constitucional ou patológica.
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Cálculo do índice de massa corporal (IMC) – Igual a peso corporal (PC)
sobre Altura ao quadrado.

 IMC < 20 – peso abaixo do normal


 IMC entre 20 e 25 – peso ideal
 IMC entre 25 30 – excesso de peso (com cintura até 89 cm, sem
abundância de gordura abdominal) excesso de peso (com cintura igual
ou maior que 90 cm, acúmulo de gordura abdominal, chance de
problemas como diabetes, hipertensão).
 IMC entre 30 e 35 – obesidade leve
 IMC entre 35 e 40 – obesidade moderada
 IMC maior que 40 – obesidade mórbida

Pele

 Coloração: decorrente da concentração de pigmentos na camaa basal


da epiderme: leucodermo, melanodermo; alterações: albinismo, icterícia,
bronzeamento, carotenodermia, tatuagens.
 Temperatura: normal, elevada (hipertermia generalizada ou segmentar)
ou diminuída (hipotermia).
 Umidade: o paciente hidratado apresenta pele úmida e turgor
conservado. Observar alteraçõescomo: pele úmida e pegajosa, seca,
oleosa, hiperidrose, anidrose, hiporidrose.
 Turgor: avaliar a hidratatação tecidual que pode estar: normal,
aumentada, diminuída.
 Elasticidade: norma, aumentada, diminuída.
 Textura: normal, pele lisa ou fina, áspera, enrugada.
 Mobilidade: normal, aumentada, diminuída.
 Lesões elementares: descrição do tipo, localização, tamanho e
profundidade das lesões, presença de secreções, sinais e sintomas,
presença de curativos, etc.
 Estado nutricional/hidratação:
 Observar mudança recente de peso (obeso, emagrecido, caquético),
ingestão atual (apetite, restrições, dietas), problemas alimentares

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(dificuldade para engolir, mastigar), alteração da umidade e turgor da
pele, alteração da umidade das mucosas, especialmente nas situações
em que as perdas extras (pó vômitos, diarréia, etc.) se sobrepõem à
oferta de líquidos.

Estado emocional:

 Verificação do estado emocional/afetivo (ansioso, agressivo, angustiado,


deprimido, alegre, choroso, triste, apático).

ABDOMEN

Abordagem geral :

Certifique-se que o paciente está com a bexiga vazia; O paciente deve


estar deitado confortavelmente, com os braços ao longo do corpo. Na maioria
das vezes, uma inclinação dos joelhos ajudará a relaxar os músculos
abdominais e facilitará a palpação. Exponha completamente o abdome.
Verifique se suas mãos, assim como o diafragma do estetoscópio, estão
mornos. O abdome é delimitado externamente pelo apêndice xifóide e rebordo
costal, que constituem o limite superior, e a sínfise pubiana o limite inferior. E
internamente é constituído pelos músculos abdominais, asas ilíacas, estreito
superior e coluna lombar.

Inspecção

 Quanto à forma, observe o contorno gera do abdome (plano,


protuberante, escafóide ou côncavo; volume, densidade, distensão,
retração, ascite, gravidez) abaulamento localizado (visceromegalias,
tumores, hérnias), pele e fâneros (cicatrizes, manchas, estrias,
circulação colateral, distribuição de pêlos).
 Observar sintomas gerais; dor (tipo, intensidade, duração, localização,
irradiação), eliminações fecais (normal, endurecida, diarréica, melena,
presença de muco, sangue, parasitas, flatulências), apetie (percentual
de alimentação), anorexia, hiporexia, polifagia, náuseas, vômitos,
hematêmese, ulcerações, fissuras ou varizes anais e proeminências

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localizadas. Observe também a simetria, a peristalse visível e as
pulsações aórticas.
 Observe a cicatriz umbilical quanto ao contorno ou hérnia, e a pele para
erupções, estrias, cicatrizes, integridade e presença de circulação
colateral.

Auscultação

 É feita antes da percussão e da palpação, pos essas últimas podem


alterar as características dos ruídos intestinais.
 Observe a freqüência e o caráter dos ruídos intestinais (altura, duração).
 Ausculte sobre a aorta e artérias renais (de cada lado do umbigo) para
sopros, aneurisma da aorta abdominal, batimentos cardio-fetal.

PERCUSSÃO

 A percussão fornece uma orientação geral quanto ao abdome, presença


de massas, líquidos e gases.
 Proceda metodicamente de quadrante em quadrante, observe o
timpanismo e a maciez, investigue a presença de ascite (sinal de
piparote).
 No quadrante superior direito (QSD), na linha medioclavicular, percuta a
borda do fígado.
 Comece num ponto de timpanismo na linha medioclavicular do QID e
percuta para cima até o ponto de maciez (a borda hepática inferior);
marque este ponto.
 Percuta para baixo desde o ponto de ressonância pulmonar acima do
QSD até o ponto de maciez (a borda superior do fígado) e marque este
ponto.
 Meça em centímetros a distancia entre as duas marcas na linha
medioclavicular, representa espessura do fígado.

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 O timpanismo da câmara de ar gástrica pode ser percutido no QSE
sobre a borda antero-inferior da reborda costal.
 A localização do baço costuma ser difícil. Pode ser obscurecida pelo ar
gástrico ou cólico.
 Faz-se a percussão renal para excluir a presença de inflamação, tumor e
cálculo renal. No caso de dor registra-se Sinal de Giordano positivo.

Palpação profunda

 Instrua o paciente para relaxar os músculos abdominais.


 Use a superfície palmar dos dedos de uma das mãos e explore
sistematicamente os quatro quadrantes (Poderá ser necessário usar
uma mão sobre a outra para palpar o abdome de um indivíduo obeso ou
de um paciente cujos músculos estão retesados).
 Identifique qualquer massa e anote qualquer hipersensibilidade,
observando a expressão facial d paciente enquanto apalpa.
 Identifique aumento de vísceras, consistência e bordos.

Fígado

 Comece colocando a mão esquerda debaixo das costas do paciente ao


nível da 11ª – 12ª costela. Coloque a mão direita, com os dedos
angulados e dirigidos para a margem costal, logo abaixo da borda
inferior do fígado já percutida.
 Durante a palpação, com a outra mão direita, exerça pressão cm os
dedos da mão esquerda, para deslocar o fígado anteriormente (para
facilitar a palpação).
 Faça o paciente inspirar, e, durante a expiração, exerça pressão com os
dedos da mão direito para dentro. Durante a inspiração profunda
realizada pelo paciente mão mude a posição da mão direita; perceba a
borda hepática se movendo sobre os dedos. Se nada for percebido
durante a inspiração, palpe mais profundamente, e em cada inspiração
subseqüente desloque o dedo para cima, em direção ao rebordo costal

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Baço

 Incline-se sobre o paciente e coloque a mão esquerda atrás da caixa


costal esquerda. Coloque a superfície palmar da mão direita de forma
que as pontas digitais estejam dirigidas para a margem costal esquerda
no QSE. A mão direita deve ficar suficientemente afastada da reborda
costal para não deixar passar despercebido em fígado aumentado e
para permitir a mobilidade da mão direita.
 Peça ao paciente para realizar uma expiração profunda e tente perceber
a borda do baço.
 Esse procedimento pode ser repetido com o paciente deitado do lado
direito, pois a gravidade pode trazer o baço para diante, até uma posição
palpável.

Rim

 A seguir palpe os rins esquerdo e direito.


 Coloque a mão esquerda debaixo das costas do paciente, entre a caixa
torácica e a crista ilíaca.
 Apóie o paciente enquanto palpa o abdome com a superfície palmar
direita dos dedos dirigidos para o lado esquerdo do corpo.
 Palpe tentando ap roximar o máximo possível a mão direita da
esquerda, ligeiramente abaixo do nível do umbigo, à direita e à
esquerda.
 Quando perceber o rim descreva seu tamanho, formato e qualquer
hipersensibilidade.

Outros Achados

 A seguir, palpe a aorta com o polegar e o dedo indicador.


 Comprima profundamente na região epigástrica (praticamente na linha
média) e tente perceber com os dedos as pulsações, assim como o
contorno da aorta.
 A palpação do QID pode revelar a parte do intestino denominado cecco.
 O cólon sigmóide pode ser palpado no QIE.

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 As áreas, inguinal e femural devem ser palpadas lateralmente, em busca
de gânglios linfáticos.
 As eliminações fecais devem ser observadas quanto ao tipo/cor (normal,
endurecida, líquida, diarréica).
 O ânus deve ser avaliado quanto à fissura, secreções, varizes,
hemorróidas, ulcerações, etc.
 Inspecionar pulsação na região umbilical (em cima da cicatriz umbilical=
artéria aorta; laterais à cicatriz umbilical= artérias renais).

EXAME FÍSICO DA GENITÁLIA MASCULINA

Esta parte do exame, especialmente para hérnias (protusão de uma


porção do intestino através de uma abertura abdominal), deve ser realizada
com o paciente de pé.

Cubra o tórax e o abdomen do paciente.

Exponha a virilha e a genitália.

Inspeção

 Inspecione a distribuição dos pêlos pubianos e a pele do pênis.


 Retraia ou facão paciente retrair o prepúcio, quando presente (detectar
fimose).
 Observe a glande peniana e o meato uretral. Note qualquer ulceração,
massa ou cicatriz.
 Observe a localização do meato uretral e a existência de secreção.
 Observe a pele do escroto para úlceras, massas, vermelhidão ou
inchação. Observe o tamanho, o contorno e a simetria. Levante o
escroto para inspecionar a superfície posterior.
 Inspecione as áreas inguinais e a virilha para proeminências (sem e
com o paciente fazendo força para baixo, como se estivesse
evacuando).

Palpação
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 Palpe qualquer lesão, nódulo ou massa, observando hipersensibilidade,
contorno, tamanho e endurecimento. Palpe o corpo do pênis em busca
de qualquer endurecimento (dureza em relação aos tecidos circulantes).
 Palpe cada testículo e epidídimo separadamente entre o polegar e os
dois primeiros dedos, observando tamanho, formato, consistência,
hipersensibilidade incomum (a pressão sobre o testículo geralmente
produz dor).
 Palpe também o cordão espermático, incluindo o canal espermático,
incluindo o canal deferente dentro do cordão, desde o testículo até o
canal inguinal. Observe qualquer nódulo ou hipersensibilidade.
 Palpe em busca de hérnias inguinais, usando a mão esquerda para
examinar o lado esquerdo do paciente e a mão direita para o lado direito
do paciente. Introduza o dedo indicador direito lateralmente, invadindo o
saco escrotal até o anel inguinal externo.
 Se o anel externo é suficientemente grande, introduza o dedo ao longo
do canal inguinal no sentido do anel interno e peça ao paciente para
fazer força para baixo, observando se alguma massa toca o dedo.
 Palpe também a parte anterior da coxa para uma massa herniana no
canal femural, é impalpável, porém constitui uma abertura potencial na
face anterior da coxa, por dentro da artéria femural e abaixo do
ligamento inguinal.

EXAME FÍSICO DA GENITÁLIA FEMININA

Inspeção e palpação

 Comece investigando a história menstrual, inicio de menopausa, história


obstétrica, práticas contraceptivas, história de problemas geniturinários,
dispareunia, sangramentos durante ou após as relações sexuais e uso
de medicamentos à base de hormônios. Faça inspeção da distribuição
dos pêlos pubianos.
 Inspecione os grandes lábios, o monte pubiano e o períneo (tecido entre
o ânus e a abertura vaginal).

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 Com a mão enluvada, separe os grandes lábios e inspecione o clitóris,
meato uretral e abertura vaginal. Observe a cor da pele, ulcerações,
nódulos inguinais ou labiais, secreção ou inchação, prolápso uterino.
 Observe a área das uiglândulas de Skene e a de Bartholin. Se houver
qualquer história de inchação dessas últimas, palpe as glândulas
colocando o dedo indicador na vagina, na extremidade posterior de
abertura, e o polegar para fora da porção posterior da vagina. Palpe
entre o dedo e o polegar em busca de nódulos, hipersensibilidade ou
inchação. Repita de cada lado da abertura vaginal posterior.

SISTEMA NEUROMUSCULAR (inspeção, palpação e percussão)

Sistema musculoesquelético:

com o paciente em pé, sentado e deitado.

Inspeção da marcha e da postura; atentar para escoliose, cifose, pé


torto, cavo ou plano. Palpação das estruturas osteo-articulares e musculares:
forma, volume, posição, presença de sinais de inflamação, rigidez, crepitação,
estalidos e alterações das massas musculares.

detectar os anormais ou limitados (total, parcial, mínimo, moderado ou intenso).

-repouso, fraqueza muscular,


dificuldade para andar, tendência a quedas, febre, anorexia e perda de peso.
Avaliar a capacidade do paciente para realizar atividades diárias, como:
alimentar-se, banhar-se, vestir-se, locomover-se, usar o banheiro, etc

SISTEMA NEUROLÓGICO (inspeção)

 Função cerebral: consciência, nível de orientação (pessoa, tempo,


espaço e situação, memória, raciocínio, comportamento, estado de
ânimo e afeto).
 Nível de consciência: alerta, orientado (quanto ao tempo, espaço e
pessoa), desorientado (quando há falhas nas respostas), calmo, agitado,

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obnubilado (desorientado no tempo e no espaço, mas normal em
relação a perguntas e respostas de ordem banais e estímulos),
torporoso (o doente não é capaz de responder as perguntas de ordem
banais), comatoso (respostas nulas a todas as solicitações).
 Função motora: tônus muscular (hipotonia e hipertonia), força muscular
nos membros superiores (mão, reflexão do antebraço, ―bicipital‖,
elevação do braço e extensão do antebraço). Força muscular dos
membros inferiores (flexão da coxa, da perna e do pé; extensão da coxa,
da perna e do pé).
 Postura e motilidade: deambulação, paresia, parestesia, hipotonia,
hipertonia, paralisia, opstótomo, ausência de membros e calosidades.
 Músculos: Eutrofia – nutrição e desenvolvimento perfeito e regular de
todas as partes do organismo. Atrofia – defeito de nutrição no tecido
muscular, causa diminuição no volume do músculo.
 Coluna: Escoliose – desvio lateral. Lordose – desvio de convexidade
anterior. Cifose – desvio de convexidade posterior. Dor e desconforto –
observar a expressão do paciente, durante o exame físico e anotar
queixas.
 Função do cerebelo: marcha, postura, coordenação estática e dinâmica.
 Funções sensitivas: sensibilidade dolorosa, tátil, térmica, vibratória

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POSIÇÃO PARA EXAMES

FOWLER
Paciente fica semi sentado. Usado para descanso, conforto, alimentação
e patologias respiratórias

SIMs
Lado direito: deitar o paciente sobre o lado direito flexionando-lhe as
pernas, ficando a direita semi flexionada e a esquerda mais flexionada,
chegando próxima ao abdômen. Para o lado esquerdo, basta inverter o lado e
a posição das pernas. Posição usada para lavagem intestinal, exames e toque.

GENU-PEITORAL
Paciente se mantém ajoelhado e com o peito descansando na cama, os
joelhos devem ficar ligeiramente afastados. Posição usada para exames
vaginais, retais e cirurgias.

GINECOLÓGICA
A paciente fica deitada de costas, com as pernas flexionadas sobre as
coxas, a planta dos pés sobre o colchão e os joelhos afastados um do outro. É
usado para sondagem vesical, exames vaginais e retal.

LITOTOMIA
A paciente é colocada em decúbito dorsal, as coxas são bem afastadas
uma das outras e flexionadas sobre o abdôme; para manter as pernas nesta
posição usam-se suportes para as pernas (perneiras). Posição usada para
parto, toque, curetagem.

TREDELEMBURG
O paciente fica em decúbito dorsal, com as pernas e pé acima do nível
da cabeça, posição usada para retorno venoso, cirurgia de varizes, edema.

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ERETA ou ORTOSTÁTICA
O paciente permanece em pé com chinelos ou com o chão forrado com
um lençol. Posição usada para exames neurológicos e certas anormalidades
ortopédicas.

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SINAIS VITAIS

SINAIS VITAIS

Os sinais vitais são indicadores das funções vitais, podem orientar o


diagnóstico inicial e o acompanhamento da evolução do quadro clínico do
utente, são ainda um meio rápido e eficiente para identificar problemas de
saúde. As informações obtidas através da aferição dos sinais vitais podem ser
diagnosticadas problemas como: choques, PCR, crises hipertensivas,
infecções respiratórias e outras.

Os SSVV podem alterar segundo a influencias ambientais, esforço físico,


stress.

- Para avaliação dos SSVV englobam: temperatura, pressão arterial, frequência


cardíaca, frequência respiratória; actualmente autores como POOTER e
PERRY 2009 descrevem a dor como o quinto sinal vital.

3.1.Quando devem ser aferidos

alterações hemodinamicas

ora repentina das condições clínicas do utente.

TEMPERATURA( )
A temperatura corporal é o equilíbrio entre a produção e a perda de calor
do organismo, mediado, pelo centro termo-regulador. Pode ser verificada na
região axilar, inguinal, bucal ou retal. A axilar é a mais comumente verificada
(embora menos fidedigna) e o seu valor normal varia no adulto entre 36 e 37,8o

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Temperatura corporal é o grau de calor que o corpo apresenta, É ainda o
equilíbrio entre calor produzido e eliminado pelo corpo.

Afere-se para verificar se existe equilíbrio entre a produção e a perda de calor


por parte do organismo, e ainda detectar alterações no controle de temperatura
e presença de infecções e patologias.

Pode ser verificada na região:e com os valores normais

-35,5 ºc a 37,0 ºc

-36,0 ºc a 37,4 ºc

-36,0 ºc a 37,5 ºc

3.3.1.Terminologias Básicas

Hipotermia:é a perda de calor durante uma exposição ao frio que ultrapassa a


capacidade do corpo de produzir calor .Temperatura abaixo de 36 ºc.

Hipertermia:é a incapacidade do corpo de promover a perda de calor ou reduzir


a produção de calor .temperatura que vai desde 39,1 ºc a 40 ºc.

ura abaixo do normal.

3.3.2. Febre:É a modificação patologica da temperatura, É uma reacção do


organismo que ocorre geralmente quando o indivíduo sofre qualquer agreção .

Podendo ser de origem:

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do a uma lesão nervosa.

3.3.2.Técnica para aferiçao da temperatura axialar

-Lavar as mãos,

-Reunir o material em uma bandeja e levar até ao cliente,

-Comunicar e explicar o procedimento ao cliente e familiar,

-Desinfectar o termômetro com o algodão embebido em álcool

-Descer a coluna de mercúrio, a baixo de 35ºC

-Colocar o termômetro na região axilar do utente

-Pedir ao utente para comprimir o braço de encontro ao corpo,

-Retirar o termômetro após 5 minutos

-Proceder a leitura visualizando a linha do mercúrio,

-Desinfectar o termômetro com algodão embebido em álcool, da haste ao


bulbo

mentos circulares para descer omercúrio

-Fazer anotação

3.3.3.Temperatura inguinal

A técnica e a mesma variando apenas o local: o termômetro é colocado na


região inguinal.

É mais comumente verificada em recém-nascidos, devera manter a coxa da


criança flexionada sobre o abdome.

3.3.4.Técnica para aferição da temperatura Bocal

- Explicar o procedimento ao cliente,


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- Desinfectar do termômetro com algodão embebido em álcool a 70%,

-Colocar o termômetro sob a língua do utente, recomendado que o conserve


na posição, mantendo a boca fechada por 7 minutos

-la, escrevendo letra (B) para


indicar o local onde foi verificada

-Fazer o mercúrio descer ao bulbo e desinfectar o termômetro com algodão


embebido em álcool 70%.

O.B.S: Não verificar em utentes com delírio, inconscientes,com lesões na boca


ou problema nas vias respiratórias superiores.

É contra indicado: logo após a ingestão de alimentos gelados ou quentes. O


termômetro deve ser individual.

3.3.5.Técnica para aferição da temperatura Rectal

-Lavar as mãos,

-Fazer preparaçao psicologica

-Lubrificar o termômetro com vaselina ou óleo e introduzi-lo a 2 cm pela


rejião anal

-Retirar o termômetro depois de 7 minutos

-Fazer a leitura da temperatura

-Lavar o termômetro com água e sabão, Fazer o mercúrio descer até o bulbo

-Desinfectar o termômetro com o algodão embebido em álcool a 70%,

-Retirar a luva e desprezar

-Lavar as mãos

- Anotar a temperatura, escrevendo a letra (R) para indicar o local onde foi
verificada.

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OBS: A verificação retal é mais utilizada na maternidade e em pediatria, O
termômetro deve ser apropriado, isto é, com o bulbo de mercúrio curto e
arredondados.

Ésta indicada para cliente adulto em estado grave ou inconsciente. No caso de


criança, deve-se segurar as pernas para evitar o mesmo espeli.

Ésta contra indicado em caso de inflamação, obstrução ou cirurgia rectal.

PULSO(cor vermelha):
É a onda de e contração das artérias, resultante dos
batimentos cardíacos. Na palpação do pulso, verifica-se freqüência, ritmo e
tensão. O número de pulsações normais no adulto é de aproximadamente 60 a
80 batimentos por minuto (POTTER,1998).

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É a delimitaçao palpavel da circulaçao sanguinea. E ainda um indicador do
estado circulatorio.

Valores normais

-Homem: 60 a 70 bpm ( batimentos por minutos )

- Mulheres: 65 a 80 bpm,

- Latentes: 120 a 160 bpm,

- nascido: 135 a 140 bpm.

3.4.1.Locais onde são verificado o pulso

AS artérias mais comuns para verificação do pulso são:

-Artéria carotida,

-Artéria femoral,

-Artéria poplítea,

-Artéria tibial posterior

- Dorsal do pé.

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3.4.2.Terminologias básicas

- Frequência: é o número de batimentos por minuto,

- Taquicardia: batimentos cardíacos acima de 100 bpm/min

- Bradicardia: batimentos cardíacos abaixo de 50 bpm/min

- Pulso Ritmico regulares: batimentos com intervalos iguais,

- Pulso arrítmico inrregulares: batimentos com intervalos desiguais.

-Pulso dicróticos: que dá a impressão de dois batimentos,

- Pulso normocárdico: Batimento cardíaco normal

- Taquisfigmia: pulso fino e taquicárdico (acelerado)

- Bradisfigmia: pulso fino e bradicárdico (lento)

-Pulso filiforme, fraco ou débil: termos que indicam a redução da força ou do


volume do pulso periferico.

1.4.3.Procedimento para aferiçao do pulso

-Lavar as mãos

-Fazer preparaçao psicologica

-Manter o paciente confortável, sentado ou deitado com o braço apoiado na


cama, mesa ou no colo e colocar a palma da mão voltada para baixo

-Procurar sentir bem o pulso antes de iniciar a contagem

-Procurar sentir bem o pulso, colocando o dedo indicador e fazendo leve


pressão contra a artéria e o polegar atrás do pulso do paciente

-Ao sentir as pulsações conta-las durante 1 minuto

-Repetir a contagem em caso de dúvida

-Anotar.

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RESPIRAÇÃO (
É o ato de inspirar e expirar promovendo a troca de gases entre o
organismo e o ambiente. Variações aceitaveis: - ( respiração por minuto- rpm)

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- 30 a 60

– 30 a 50 rpm

- 25 a 32

- 20 a 30

- 16 a 19

- 12 a 20 rpm

1.5.1.Terminologias Básicas

- Eupneia: respiração normal,

- Taquipneia: respiração rápida e superficial,

- Bradipneia: diminuição do número de respiração por minuto, ritmo lento

- Apneia: parada respiratória

- Hiperpneia: inspirações amplamente rápida e profundas, interrompidas por


curtos períodos de apneia

- Dispneia: dor ou dificuldade ao respirar

- Ortopneia: dificuldade de respirar em posição deitada (dorsal) .

4.5.2.Procedimentos para aferição do Respiração

-Lavar as mãos,

- Fazer preparaçao psicologica

-Deixar o paciente sentado ou deitado

-Observar os movimentos de abaixamento e elevação do tórax, os


movimento ( inspiração e expiração) somam um movimento respiratório

-Colocar a mão no pulso do cliente a fim de disfarçar a observação se for


nesseçario
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-Contar os movimentos respiratório durante 1 minuto

-Anotar

OBS: orientar o cliente para que não fale durante a verificação,

Não contar a respiração logo após esforços do utente

PRESSÃO ARTERIAL( ):
.É a pressao exercida pelo sangue nas paredes das artérias, esta
depende da força de contração do coração, da quantidade de sangue
circulante e da resistência das paredes dos vasos. Apressão arterial é medida
em milímetros de mercúrio (mmHg). Divergente (Sistólica diastólica
separadas). Convergente (sistólica e diastolica próximas)

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Os valores da pressão arterial podem sofrer algumas alterações fisiológicas
pelas sequintes situaçoes:

Locais De Verificação Da Pressão Arterial

ormais da P.A por


idade

-13: 110/65 mm Hg

-17: 120/75 mm Hg

Classificação da P.A para adultos

Sistolica (mm Hg) Diastolica(mm Hg)

-139/80-89

-159/ 90-99

-179/100-109

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Hipotensão: ocorre quando a pressão sistolica cai para 90 mm Hg ou menos.
Ocorre por causa da dilatação das artérias no leito vascular ou perda de
sangue por hemorragia, ou ainda enfarto do miocárdio.

Equipamento de pressão arterial: um esfignomanometro e constituído por um


manómetro de pressão, uma capa oclusiva ou manguito de vinil, um bolbo de
pressão e uma válvula de escape que infla a câmara

.DOR
A dor é um sentimento angustiante, muitas vezes causado por estímulos
intensos ou prejudiciais, como colidir um dedo do pé, queimar um dedo, colocar
álcool em um corte ou bater o "osso engraçado". Porque é um fenômeno
complexo e subjetivo, definir a dor tem sido um desafio.

A definição da Associação Internacional para o Estudo da Dor é


amplamente utilizada: "A dor é uma experiência sensorial e emocional
desagradável, associada ao dano tecidual real ou potencial, ou descrita em
termos de tais danos". No diagnóstico médico, a dor é considerada como um
sintoma de uma condição subjacente.

A dor motiva o indivíduo a se retirar de situações prejudiciais, a proteger


uma parte do corpo danificada enquanto cura e a evitar experiências
semelhantes no futuro. A maioria dos casos de dor se resolve uma vez que o
estímulo nocivo é removido e o corpo curado, mas pode persistir apesar da
remoção do estímulo e cicatrização aparente do corpo. Às vezes, a dor surge
na ausência de qualquer estímulo, dano ou doença detectável.

A dor é a razão mais comum para consultas médicas na maioria dos


países desenvolvidos. É um sintoma importante em muitas condições médicas
e pode interferir na qualidade de vida de uma pessoa e no funcionamento
geral.Os medicamentos para dor simples são úteis em 20% a 70% dos casos.
Fatores psicológicos como suporte social, sugestão hipnótica, excitação ou
distração podem afetar significativamente a intensidade ou desagradabilidade

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da dor. Em alguns argumentos apresentados em debates de suicídio ou de
eutanásia assistidos por médicos, a dor tem sido usada como um argumento
para permitir que as pessoas que estão doentes terminais acabem com suas
vidas.

Um julgamento sobre o valor da dor é dado pelo filósofo alemão


Friedrich Nietzsche, que escreveu: "Somente a grande dor é o libertador final
do espírito... Eu duvido que tal dor nos torne melhores, mas eu sei que isso nos
faz mais profundos". Nietzsche e os filósofos influenciados por ele, assim, se
opõem à avaliação inteiramente negativa da dor, ao invés disso,

que "O que não me destrói, me fortalece ".

Classificação da dor

Em 1994, respondendo à necessidade de um sistema mais útil para


descrever a dor crônica, a Associação Internacional para o Estudo da Dor
(IASP) classificou a dor de acordo com características específicas:

Região do corpo envolvido (por exemplo, abdômen, membros inferiores)

Sistema cuja disfunção pode estar causando a dor (por exemplo,


nervoso, gastrointestinal)

Duração e padrão de ocorrência

Intensidade e tempo desde o início.

Causa da dor

No entanto, este sistema foi criticado por Clifford J. Woolf e outros, como
inadequados para orientar pesquisa e tratamento. Woolf sugere três tipos de
dor:

1. Dor nociceptiva.

2. Dor inflamatória que está associada ao dano tecidual e à infiltração de


células imunes.

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3. Dor patológica que é um estado de doença causada por danos ao
sistema nervoso ou por sua função anormal (por exemplo, fibromialgia,
neuropatia periférica, dor de cabeça tipo tensão, etc.).

Avaliação da Dor

A dor deve ser quantificada para um melhor tratamento, para tal existem
vários instrumentos de avaliação, sendo que os mais usuais são:

 Escala Visual Analógica (EVA) varia de 1 a 10


 Escala Numérica
 Escala Qualitativa
 Escala de Faces

Escalonamento da dor


Escalas unidimensionais

 - Escala verbal

Quantificação da experiência dolorosa por meio de frases:

1ªNenhuma dor

2ªDor leve

3ªDor moderada

4ªDor forte

5ªDor insuportável

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6ªPior dor possível

- Escala numérica

Quantificação da dor através de números.

0 = nenhuma dor

10 = maior dor possível

Escala de faces

O paciente quantifica sua dor pela identificação com a angústia que lhe
causa.

Estes instrumentos de avaliação são unidimensionais, permitindo


quantificar apenas a intensidade da dor. Os mecanismos ideais de avaliação
são multidimensionais, levando em conta a intensidade, localização e o
sofrimento ocasionado pela experiência dolorosa. Um exemplo de método
multidimensional para avaliação da dor é o questionário McGill, proposto por
Melzack. Hoje em dia e cada vez mais nos locais onde se prestam cuidados de
saúde se pretende quantificar a dor de modo a sua eliminação tornando assim
maior a qualidade de vida dos utentes.

CONTROLO DA DOR

Visão: promover o acesso equitativo de toda a população a cuidados de


saúde no âmbito do tratamento da dor segundo as boas práticas e contribuir
para a melhoria da qualidade de vida dos doentes com dor.

Missão: dar substância e coerência à promoção de estratégias


prioritárias que visam o reforço da capacidade organizativa e a implementação
de modelos de boas práticas na abordagem da dor e extensível a todos os
níveis de prestação de cuidados de saúde.

O ENSINO DA DOR

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A responsabilidade do enfermeiro frente ao gerenciamento da dor do
paciente é um processo de avaliação e de tratamento adequado e efetivo.

TRATAMENTO DA DOR

Em alguns casos, o tratamento da doença de base elimina ou minimiza a


dor. Por exemplo, a imobilização de uma fratura ou o tratamento antibiótico
para uma articulação infectada reduzem a dor. No entanto, mesmo quando a
doença subjacente é tratada, podem ser necessários medicamentos
(analgésicos) para a rápida supressão da dor.

O médico escolhe o analgésico em função do tipo e da duração da dor,


ponderando os possíveis riscos e benefícios. A maioria dos analgésicos é
eficaz para a dor nociceptiva (causada por lesões comuns dos tecidos), mas
menos eficaz para a dor neuropática (devido a lesão ou disfunção dos nervos,
medula espinhal ou cérebro), que muitas vezes exige medicamentos diferentes.
Para alguns tipos de dor, em especial a dor crônica, são também importantes
os tratamentos não farmacológicos.

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CAPITULO II

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ULCERAS POR PRESSÃO

Definição de Úlcera por Pressão

Úlcera por pressão é uma lesão localizada na pele e/ou no tecido ou


estrutura subjacente, geralmente sobre uma proeminência óssea, resultante de
pressão isolada ou de pressão combinada com fricção e/ou cisalhamento.

Estágios das Úlceras por Pressão


Suspeita de lesão tissular profunda:

Área localizada de pele intacta de coloração púrpura ou castanha ou


bolha sanguinolenta devidas a dano no tecido mole, decorrente de pressão
e/ou cisalhamento. A área pode ser precedida por um tecido que se apresenta
dolorido, endurecido, amolecido, esponjoso e mais quente ou frio
comparativamente ao tecido adjacente.

Descrição adicional: Lesão tissular profunda pode ser de difícil detecção


em indivíduos com pele de tonalidades mais escuras. A sua evolução pode
incluir uma pequena bolha sobre o leito escurecido da ferida. A lesão pode
evoluir e ficar coberta por uma fina escara. A evolução pode ser rápida com
exposição de camadas tissulares adicionais mesmo com tratamento adequado.

Estágio I:

embranquece, geralmente sobre proeminência óssea. A pele de cor escura


pode não apresentar embranquecimento visível: sua cor pode diferir da pele ao
redor.

Descrição adicional:

esentar-se dolorosa, endurecida, amolecida, mais


quente ou mais fria comparativamente ao tecido adjacente. Feridas em estágio
I podem ser difíceis de detectar em pessoas de pele com tonalidades escuras.
Pode indicar pessoas ―em risco‖ (um sinal precursor de risco).

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Estágio II:

-se como úlcera


superficial com o leito de coloração vermelho pálida, sem esfacelo. Pode
apresentar-se ainda como uma bolha (preenchida com exsudato seroso),
intacta ou aberta/ rompida.

Descrição adicional:

-se como uma úlcera superficial brilhante ou seca sem


esfacelo ou arroxeamento (aspecto de equimose) *. Este estágio não deve ser
usado para descrever skin tears, abrasões da pele por adesivos, dermatite
ca suspeita de lesão tissular
profunda.

Estágio III:

estar visível, sem exposição de osso, tendão ou músculo. Esfacelo pode estar
presente sem prejudicar a identificação da profundidade da perda tissular.
Pode incluir descolamento e túneis.

Descrição adicional: A profundidade da úlcera por pressão em estágio III


varia conforme a localização anatômica. A asa do nariz, orelha, as regiões
occipital e maleolar não possuem tecido subcutâneo e, portanto, as úlceras
podem ser rasas neste estágio. Em contraste, áreas com adiposidade
significativa podem desenvolver úlceras por pressão em estágio III bastante
profundas. Ossos e tendões não são visíveis nem diretamente palpáveis.

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Estágio IV:

Pode haver presença de esfacelo ou escara em algumas partes do leito da


ferida. Freqüentemente, inclui descolamento e túneis.

Recomendações para Prevenção de Úlcera por Pressão

Pessoas que não conseguem se movimentar e ficam acamadas ou


sentadas por muito tempo na mesma posição podem apresentar feridas
conhecidas por escaras ou úlcera de pressão. Estas feridas podem ocorrer em
qualquer parte do corpo onde tenha saliência óssea mas são mais comuns nas
nádegas, calcanhares e nas regiões laterais da coxa. Se a pessoa não tem
controle da urina e fezes e tem dificuldades para ter uma boa alimentação o
problema pode se agravar no entanto certas medidas podem ser usadas para
diminuir o problema:

1. A pele deverá ser limpa no momento que se sujar. Evite água quente
e use um sabão suave para não causar irritação ou ressecamento da pele. A
pele seca deve ser tratada com cremes hidratantes de uso comum.

2. Evite massagens nas regiões de proeminências ósseas se observar


avermelhamento, manchas roxas ou bolhas pois isto indica o início da escara e
a massagem vai causar mais danos.

3. Se a pessoa não tem controle da urina use fraldas descartáveis ou


absorventes e troque a roupa assim que possível. O uso de pomadas como
hipoglós também ajuda a formar uma barreira contra a umidade.

4. O uso de um posicionamento adequado e uso de técnicas corretas


para transferência da cama para cadeira e mudança de decúbito podem
diminuir as feridas causadas por fricção. A pessoa precisa ser erguida ao ser
movimentada e nunca arrastada contra o colchão.

5. As pessoas que não estão se alimentando bem precisam receber


uma complementação alimentar para que não fique com deficiências que
podem levar a pele a ficar mais frágil. Consulte um profissional sobre o uso de
suplementos como sustacal, sustagem etc.
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6. A mudança de posição ou decúbito deve ser feita pelo menos a cada
duas horas se não houver contra-indicações relacionadas às condições gerais
do paciente. Um horário por escrito deve ser feito para evitar esquecimentos.

7. Travesseiros ou almofadas de espuma devem ser usadas para


manter as proeminências ósseas (como os joelhos) longe de contato direto um
com o outro. Os calcanhares devem ser mantidos levantados da cama usando
um travesseiro debaixo da panturrilha ou barriga da perna.

8. Quando a pessoa ficar na posição lateral deve-se evitar a posição


diretamente sobre o trocanter do fêmur.

9. A cabeceira da cama não deve ficar muito tempo na posição elevada


para não aumentar a pressão nas nádegas, o que leva ao desenvolvimento da
úlcera de pressão.

10. Se a pessoa ficar sentada em cadeira de rodas ou poltrona use uma


almofada de ar, água ou gel mas nunca use aquelas almofadas que tem um
orifício no meio ( roda d´água) pois elas favorecem o aumento da pressão e a
presença da ferida.

11. Use aparelhos como o trapézio, ou o forro da cama para


movimentar (ao invés de puxar ou arrastar) a pessoa que não consegue ajudar
durante a transferência ou nas mudanças de posição.

12. Use um colchão especial que reduz a pressão como colchão de ar


ou colchão d’água. O colchão caixa de ovo aumenta o conforto mas não reduz
a pressão. Para a pessoa que já tem a úlcera o adequado é o colchão de Ar ou
água.

13. Evite que a pessoa fique sentada ininterruptamente em qualquer


cadeira ou cadeira de rodas. Os indivíduos que são capazes, devem ser
ensinados a levantar o seu peso a cada quinze minutos, aqueles que não
conseguem devem ser levantados por outra pessoa ou levados de volta para a
cama.

14. Diariamente deve-se examinar a pele da pessoa que pode ter


escaras para observar. Se apresentar início de problema não deixar a pessoa
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sentar ou deitar encima da região afetada e procurar descobrir a causa do
problema para que não agrave.

15. Para tratamento da úlcera é preciso uma avaliação do profissional do


estágio da ferida porém em todos os casos lave somente com soro fisiológico
ou água, não use sabão, sabonete, álcool, mertiolate, mercúrio cromo , iodo
(povidine). Não deixe a pessoa deitada ou sentada encima da ferida, veja se as
medidas de prevenção citadas acima estão sendo colocadas em prática.

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UROLOGIA

O médico urologista é o profissional responsável pelo diagnóstico e


tratamento de doenças do trato urinário de toda a população, e do sistema
genital dos homens, exclusivamente. Esse profissional conclui duas
especializações, uma na área de cirurgia geral e outra em urologia, nas quais
ele adquire toda a experiência necessária para atuar.

O médico urologista é o responsável por diagnosticar e tratar doenças


do sistema urinário, que inclui órgãos, como a bexiga e os rins, e canais, como
a uretra e os ureteres. Para problemas desse tipo, tanto homens quanto
mulheres devem procurar o profissional.

O urologista também é habilitado para cuidar do sistema reprodutor


masculino, que inclui a próstata, testículo, pênis, vesículas seminais, ductos
deferentes e epidídimos. Ademais, esse médico também é responsável por
realizar diagnósticos e tratar problemas relacionados às adrenais, também
chamadas de glândulas suprarrenais, que produzem hormônios importantes
como a adrenalina e o cortisol.

Assim, esse profissional pode atuar em todos os segmentos da urologia


ou se qualificar em uma das subdivisões da especialidade. Exemplos desses
ramos são:

1. Andrologia: em que o profissional cuida exclusivamente do sistema


reprodutor masculino, assim como a sua função sexual e hormônios
envolvidos;

2. Doenças sexualmente transmissíveis (DSTs): como gonorreia, herpes


e sífilis;

3. Urologia feminina ou pediátrica: em que o profissional se especializa


nos problemas que acometem principalmente essas populações;

4. Uroneurologia: em que o médico atua especialmente em casos de


doenças urinárias consequentes de distúrbios neurológicos;

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5. Uro-oncologia: para diagnóstico e tratamento específico de tumores
urológicos; 6. Transplante renal.

Assim como acontece com outras especialidades, esse profissional


também atende em consultório médico. Além disso, ele ainda trabalha em
hospitais, para realizar cirurgias, exames diagnósticos e para acompanhar seus
pacientes que estão internados. Como destaque, o urologista tem um papel de
relevância para a saúde dos homens, pois realiza exames preventivos
essenciais, como o exame da próstata, indispensável no check up anual para
diagnosticar de maneira precoce um câncer na região.

Ao todo, as responsabilidades do urologista incluem diagnosticar e


estabelecer o tratamento mais adequado para cada pessoa em relação às
doenças urológicas e genitais. Dessa forma, ele garante a recuperação mais
rápida, com o restabelecimento da saúde e qualidade de vida do paciente.

QUAIS AS DOENÇAS TRATADAS POR ESTE ESPECIALISTA

A lista de doenças tratadas pelo urologista é gigantesca. Entre os


problemas que podem acometer tanto homens quanto mulheres em todas as
idades estão:

 - Infecções urinárias, como a cistite e a pielonefrite;


 - Inflamações; - Tumores benignos ou malignos (câncer);
 - Cálculos renais, as famosas pedras no rim;
 - Incontinência ou obstrução do fluxo urinário. Para os homens, o
urologista identifica e trata problemas como:
 - Infertilidade;
 - Ejaculação precoce;
 - Impotência sexual;
 - DSTs;
 - Fimose;
 - Curvatura peniana;
 - Câncer que acomete o sistema reprodutor masculino.

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No processo de diagnosticar essas doenças, o médico solicita alguns
exames. Os mais comuns são os de sangue, para avaliar principalmente os
parâmetros bioquímicos relacionados com o trato urinário, como creatinina,
ureia e ácido úrico, além da contagem de leucócitos para verificar uma possível
infecção. Os exames de imagem também podem ser solicitados, os quais
incluem ultrassonografias e ressonância magnética.

Outros exames solicitados são o espermograma para verificar a


quantidade e qualidade dos espermatozoides do paciente; biópsia vesical,
realizadas quando há uma suspeita de câncer de bexiga; fluxometria, para
avaliar o fluxo urinário e uretrocistoscopia, em que a uretra e a bexiga são
visualizadas por meio de um endoscópio para procurar inflamações,
estreitamentos ou tumores.

Um exame que merece destaque é o de próstata, realizado por meio do


toque retal, para avaliar o desenvolvimento precoce de câncer e estabelecer o
tratamento adequado o mais rápido possível. Ademais, um marcador tumoral
chamado PSA, detectado por meio de exame de sangue, também é muito útil
no diagnóstico de tumores de próstata.

Como são diversas as doenças na área, o médico urologista pode


estabelecer os mais diversos tipos de tratamento, prescrevendo o mais
adequado conforme a condição de cada paciente. Entre as opções estão
medicamentos, cirurgias, quimioterapia, radioterapia e outros.

QUE SINAIS INDICAM A NECESSIDADE DE PROCURAR UM


UROLOGISTA?

A maioria das pessoas não sabe como identificar situações em que a


procura pelo médico urologista é essencial. Por esse motivo, separamos alguns
sintomas que servem como um sinal de alerta para você visitar o consultório
médico, imediatamente:

1. Dor abdominal Sentir dores abdominais não é algo normal e,


dependendo da região acometida, pode indicar infecções, cálculos renais,
tumores e outros problemas.

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2. Dor lombar A dor na região lombar é um sinal de problemas no rim,
que pode ser um cálculo, pielonefrite ou tumores.

3. Dor no pênis Na grande maioria das vezes, sentir dor no pênis indica
uma infecção urinária, mais especificamente na uretra.

4. Dor nos testículos ou epidídimo Essas dores ocorrem em casos de


inflamações, cistos, tumores, varicocele e outros problemas na bolsa escrotal.

5. Sintomas urinários

Esses sintomas incluem o aumento da frequência urinária, dor ao urinar,


gotejamento, incontinência e intermitência urinária, sangue na urina, diminuição
do fluxo urinário e aumento do número de vezes que é preciso ir ao banheiro à
noite. Eles são indicativos de infecção, inflamação, tumores e lesões renais.
Sintomas relacionados aos órgãos sexuais masculinos Esses incluem
ejaculação precoce, ausência de orgasmo, impotência, perda de libido, dores
durante as relações sexuais, corrimentos, sangue no esperma e verrugas
penianas, os quais indicam infecções e problemas no sistema reprodutor. É
indispensável procurar um urologista assim que você perceber qualquer um
dos sintomas citados acima, porque, assim, é possível evitar agravos e
complicações na sua saúde.

Para os homens com mais de 50 anos, no mínimo uma consulta por ano
com o médico urologista é indispensável para realizar uma bateria completa de
exames preventivos, especialmente quando se trata do câncer de próstata.
Com todos os cuidados e com foco sempre em prevenção, a sua saúde ficará
em dia!

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INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA

Insuficiência renal crônica: É uma perdida progressiva e irreversível da


função renal e como conseqüência o rim perde sua capacidade para eliminar
refugos, concentrá-la urina e conservar os eletrólitos no sangue.

Etiologia

 Má formações congênitas,
 Uropatias obstrutivas,
 Glomerulopatias
 síndrome hemolítico urémico
 Medicamentos ou agentes toxicos.

Quadro clínico

 - Anemia
 Poliuria
 Atraso no desenvolvimento pondo estatural
 Pele e tecido celular:‖ Palidez, pele seca, tintura melánico, prurito e
edema Respiratório: Arritmias respiratórias, dispnéia, estertores
 Cardiovascular: Hipertensão arterial, Pericardite, Insuficiência cardíaca
 Digestivo: Anorexia, náuseas, vômitos, diarréias, fôlego urémico,
epigastrialgias, sangramiento digestivo
 Hematológicas: Anemia, hemorragias: gengivite, hematemeses, juba.
 Neurológicas: confusão mental, obnubilación, vírgula, diminui a
memória, convulsões, atraso no desenvolvimento psicomotor, atrofia
cerebral, encefalopatía dialítica, alterações da linguagem,, deterioração
mental
 Endocrino: Hipertiroidismo, retardo puberal, infertilidade e difusão
sexual, amenorréia.

Fatores de riscos

- Hipertensão arterial

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- Proteinuria persistente ou micro al -
Obstrução das vias urinárias

-Hiperlipidemia

- Obesidade

- Tabagismo

- Controle metabólico deficiente (Diabético)

Exames complementares:

Laboratório Clínico:

1.Hemograma completo

2.Creatinina

3.Ácido Úrico

4.Uréia

5.Filtrado Glomerular

6.Proteinuria

7.Ionograma

8.Hemogasometría

9.Eritrosedimentación

10.Parcial de Urina

11.Urocultivo

Tratamento IRC:

Objetivo: reter a função do rim e manter a homeostasis

Em dependência da etapa:

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1. Etapa: profilático.

1-Evitar as infecções.

2-Evitar os exercícios físicos fortes.

3-Evitar e corrigir os desequilíbrios hidrominerales.

4-Manter controlada a pressão arterial:

 1-Dieta: hiperproteína, 400 ml de líquido aproximadamente, contribuição


de líquido segundo equilíbrio hidromineral. Pobre sódio, potássio e
fósforo.
 2-Medicamentos: Hipotensores (segundo necessidades). Diuréticos.
Vitaminas. Antibióticos se foco séptico. Lavados gástricos se vômitos.
Metocloprarmida. Transfusões de glóbulos se hemoglobina menor de 6
G. Eritropoyetina com complemento de ferro (controle dá anemia).
 3-Restituir-lhes líquidos segundo ou equilíbrio hidromineral.
 4-Diálise peritoneal ou hemodiálise. Para reduzir ou nível de produtos
urémicos de refugo em sangue
 5-transplante renal.

Complicações:

1. Anemia crônica.

2. Atrofia Renal

3. Shock Séptico

4. Uricemia

5. Parada Cardiorrespiratoria

6. Morte

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CUIDADOS ESPECÍFICOS DE ENFERMAGEM EM
INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA
1. Apoio psicológico ao paciente e família.

2. Preparar o paciente para os métodos dialíticos.

3. Controlo de cumprimento da dieta, restrição de água, sódio, proteínas


de origem animal e a entrada calórica correspondente

4. Administração de hidróxido de Alumínio para evitar a absorção


intestinal do fósforo, deste modo evitar as alterações do cálcio.

5. Medir sinais vitais periodicamente.

6. Levar a cabo peso e medição da diureses diária, avaliar a evolução


dos edemas.

7. Controle estrito balanço hidromineral

8. Garantir higiene pessoal e ambiental, com o objetivo de prevenir a


sepsis.

9. Levar a cabo procedimento substitutivo adequado.

10. Observar aparecimento de complicações

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INTOXICAÇÃO

Intoxicação : É um processo patológico causado por substâncias


endógenas ou exógenas, caracterizado por desequilíbrio fisiológico,
conseqüente das alterações bioquímicas no organismo. Processo é
evidenciado por sinais e sintomas ou mediante dados laboratoriais.

CLASSIFICAÇÃO DAS INTOXICAÇÃO


 cação sub-aguda ou sub-crônica

INTOXICAÇÃO AGUDA: Decorre de um único contato (dose única-


potência da droga) ou múltiplos contatos (efeitos cumulativos) com o agente
tóxico, num período de tempo aproximado de 24 horas. Os efeitos surgem de
imediato ou no decorrer de alguns dias, no máximo 2 semanas. Estuda a
relação dose/resposta que conduz ao cálculo da DL50.

INTOXICAÇÃO SUB-AGUDA OU SUB-CRÔNICA: Exposições


repetidas a substâncias químicas – caracteriza estudos de dose/resposta após
administrações repetidas.

INTOXICAÇÃO CRÔNICA: Resulta efeito tóxico após exposição


prolongada a doses cumulativas do toxicante ou agente tóxico, num período
prolongado, geralmente maior de 3 meses a anos.

FASES DA INTOXICAÇÃO:




FASE DE EXPOSIÇÃO: É a fase em que as superfícies externa ou


interna do organismo entram em contato com o toxicante. Importante
considerar nesta fase a via de introdução, a freqüência e a duração da

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exposição, as propriedades físico-químicas, assim como a dose ou a
concentração do xenobiótico e a susceptibilidade individual.

FASE DE TOXICOCINÉTICA: Inclui todos os processos envolvidos na


relação entre a disponibilidade química e a concentração do fármaco nos
diferente tecidos do organismo. Intervêm nesta fase a absorção, a distribuição,
o armazenamento, a biotransformação e a excreção das substâncias químicas.
As propriedades físico-químicas dos toxicantes determinam o grau de acesso
aos órgãos-alvos, assim como a velocidade de sua eliminação do organismo.

FASE DE TOXICODINÂMICA: Compreende a interação entre as


moléculas do toxicante e os sítios de ação, específicos ou não, dos órgãos e,
conseqüentemente, o aparecimento de desequilíbrio homeostático.

FASE CLÍNICA: É a fase em que há evidências de sinais e


sintomas, ou ainda, alterações patológicas detectáveis mediante provas
diagnósticas, caracterizando os efeitos nocivos provocados pela interação do
toxicante com o organismo.

MANEJO DO PACIENTE INTOXICADO

A intoxicação aguda é uma emergência médica determinada pela


exposição direta a substâncias (drogas, medicamentos, mantimentos etc.) já
seja de forma acidental ou intencional os quais podem dar ao traste com a vida
do paciente.

CAUSAS DAS INTOXICAÇÕES TOXICA

 Medicamentoso. (Psicofármacos, analgésicos e antinflamatorios não


esteroideo.
 Plaguicidas.
 Metais pesados. o Gases tóxicos. o Substâncias corrosivas.
 Drogas. o Planta toxicas.
 Mantimentos ciguataros e poluídos (bactérias, vírus parasitas, toxinas
etc. O principal Síndrome no paciente intoxicado é:

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Síndrome Comatoso: caracteriza-se por perda progressiva do estado de
vigília que pode chegar até o estado de vigília sem signos de localização
neurológicas.

Há dois tipos de coma:

1-Tranqüilo e profundo. (por meprobamato, narcótico, gases toxicas etc.)

2-Intranqüilos e superficial. (Alterna com períodos de excitação e um


estado delirantes) Atropina etc.

OS SINTOMAS GERAIS POR INTOXICAÇÃO SÃO:





Embora os signos e sintomas se encontram em dependência do tipo de


intoxicação

Antecedentes patológicos pessoais e hábitos tóxicos intentos de


suicídios, exposições de causa da intoxicação, que pode ser de forma
voluntárias e acidentalmente.

PILARES DO TRATAMENTO DA INTOXICAÇÃO

1. Eliminar rapidamente as substâncias toxicas pela via de entrada.

2. Tratar as alterações das funções vitais.

3. Coleta de amostra das evidências da intoxicação.

4. Tratamento de eleição para o tipo de intoxicação. (antídotos


específicos da intoxicação nos casos que o requeira)

5. Ativar o sistema de Emergência Móvel Avançado e remeter à área de


cuidados intensivos Municipal ou ao Hospital segundo o caso.

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6. É importante que quando for necessário a evacuação da população
pela presença de desastre ter encontra o seguinte.

Inalação

No ambiente de trabalho encontraremos muitas destas formas


físicas e químicas que podem, por vezes, provocar intoxicações ou
envenenamento.

Primeiros Socorros



encontrado o acidentado;

proteção próprios para cada situação, a fim de proteger a si mesmo;
 r o acidentado o mais rapidamente possível para um local
bem ventilado;
 Solicite atendimento especializado;

ressuscitação cárdio-respiratória, se for necessária. Não faça respiração
boca-a-boca
 caso o acidentado tenha inalado o produto. Para estes casos, utiliza
máscara ou outro sistema de respiração adequada.

podem não ser imediatos.

Observação:

Estes procedimentos só devem ser aplicados se houver absoluta


certeza de que a área onde se encontra, juntamente com o acidentado, está
inteiramente segura.

É importante deixar esclarecido o fato de que a presença de


fumaça, gases ou vapores, ainda que pouco tóxicos, em ambientes fechados,
pode ter conseqüências fatais, porque estes agentes se expandem muito
rapidamente e tomam o espaço do oxigênio presente, provocando asfixia.
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Ingestão

Muitas intoxicações ocorrem pela ingestão de agentes tóxicos,


líquidos ou sólidos. O grau de intoxicação varia com a toxicidade da substância
e com a dose ingerida. De uma maneira geral, as seguintes substâncias
encontram-se entre as que mais freqüentemente provocam acidentes tóxicos:

 Alimentos estragados ou que sofreram contaminação química


 Produtos de limpeza
 Remédios - sedativos e hipnóticos
 Plantas venenosas (veja quadro)
 Alucinógenos e narcóticos

 Soda cáustica
 Derivados de petróleo
 Ácidos, álcalis, fenóis.

A ingestão destas substâncias pode causar diversos sintomas e sinais,


entre os quais:

 Alterações respiratórias, tais como espirro, tosse, queimação na


garganta, sufocação


 Dor abdominal.
 Diarréia.
 Salivação.
 Suor excessivo.
 Extremidades frias.
 Lacrimejamento e irritação nos olhos.
 Midríase ou miose.
 Convulsões.
 Inconsciência.

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Ao confirmar que houve ingestão de substância tóxica ou
venenosa, verificar imediatamente os sinais vitais e assegurar de que a vítima
respira.

Proceder segundo a técnica para os casos de parada cárdio-respiratória.

Primeiros Socorros

 Dar prioridade à parada cárdio-respiratória.


 Não faça respiração boca-aboca caso o acidentado tenha ingerido o
produto, para estes casos utilize máscara ou outro sistema de
respiração adequado.
 Identificar o agente, através de frascos próximos do acidentado, para
informar o médico ou procurar ver nos rótulos ou bulas se existe alguma
indicação de antídotos

imediatos.
 Procurar transportar o acidentado imediatamente a um pronto socorro,
para diminuir a possibilidade de absorção do veneno pelo organismo,
mantendo-a aquecida.
 Pode-se provocar o vômito em casos de intoxicações por alimentos,
medicamentos, álcool, inseticida, xampu, naftalina, mercúrio, plantas
venenosas (exceto diefembácias - comigo-ninguém-pode) e outras
substâncias que não sejam corrosivas nem derivados de petróleo

Observação:

NÃO PROVOCAR VÔMITO EM VÍTIMAS INCONSCIENTES E NEM DE


ENVENENAMENTO PELOS SEGUINTES AGENTES:

 Substância corrosiva forte, como: ácidos e lixívia


 Veneno que provoque queimadura dos lábios, boca e faringe
 Soda cáustica
 Alvejantes
 Tira-ferrugem
 Água com cal

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 Amônia
 Desodorante
 Derivados de petróleo como: querosene, gasolina, fluido de isqueiro,
benzina e lustra-móveis

O conhecimento dos sinais e sintomas dos envenenamentos mais


Comuns costuma ser de grande valor no diagnóstico presuntivo. Correlaçõe
serão estabelecidas pelo médico entre o quadro do acidentado e quadros
línicos dos tóxicos suspeitos. Nos casos duvidosos, a confirmação do gente
tóxico tem que se basear na pesquisa laboratorial.

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RECOMENDAÇÕES PARA ENFERMEIROS SOBRE COVID-

19

O Center for Disease Control and Prevention (CDC) dos Estados Unidos
elaborou uma série de recomendações aos profissionais de saúde para a
precaução de transmissão da Covid-19.

As principais recomendações para as instituições e os profissionais de


saúde:
Os profissionais devem realizar lavagem de mão antes e depois do
contato com o paciente ou com material suspeito, antes de colocar e
remover os EPIs. A lavagem de mãos deve durar, no mínimo, 20
segundos, com água e sabão;
Devem ser utilizados os equipamentos de proteção de contato, gotículas
e aerossóis para a assistência diante de suspeita ou caso confirmado.
Todos os profissionais devem ser treinados para a colocação dos EPIs e
o descarte apropriado dos equipamentos contaminados;
Os profissionais devem estar habilitados para triagem de casos
suspeitos e isolamento de pacientes confirmados;
Instituições de saúde devem garantir um processo rápido de
investigação;
Incluir na triagem, a investigação de viagens realizadas e contato com
pessoas possivelmente infectadas;
Pacientes sob suspeita devem aguardar o atendimento em ambiente
isolado, ventilado, com acesso a lavagem de mãos e suprimentos para
higienização e descarte de secreções;
Elaboração de Protocolos de Emergência para padronizar as medidas;
Seguir recomendações padrão das instituições de saúde para
desinfecção de equipamentos de uso hospitalar ou utilizar equipamentos
descartáveis;
O direcionamento do paciente em casos suspeitos deve ser planejado
evitando o trânsito desnecessário dentro do ambiente de saúde;

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Em pacientes suspeitos ou infectados deve-se minimizar as chances de
exposição, como evitando o transporte do paciente e trânsito de pessoas
próximas;
Manter a comunicação entre os níveis de atenção à saúde, pacientes
sob suspeita devem ser identificados e direcionados aos centros de
referência devem ser recebidos com as devidas precauções de
transmissão

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DIFERENÇAS ENTRE AVC ISQUÊMICO E AVC

HEMORRÁGICO

O Acidente Vascular Cerebral (AVC), muito conhecido como derrame


cerebral ocorre quando há um rompimento ou entupimento dos vasos que
levam o sangue ao cérebro, provocando a paralisia da região afetada.

Existem dois tipos de AVC, são eles:

1. AVC isquêmico: ocorre quando há a falta de sangue em uma região


do cérebro devido a uma obstrução em um vaso sanguíneo, o que pode
motivar sequelas graves ou até mesmo a morte do paciente se ele não for
socorrido a tempo. Porém, esse tipo de AVC é o menos grave, pois o
fornecimento de sangue para o cérebro é interrompido por um período curto,
sendo os sintomas sentidos por pouco tempo (entre uma a duas horas) capaz
de desaparecer dentro de 24 horas.

Os sintomas do AVC isquêmico são: dores de cabeça muito fortes,


dificuldade em compreender e falar, perda de força ou paralisia de um dos
lados do corpo, problemas para engolir, alterações visuais, boca torta e tontura.
Os fatores de risco para esse tipo de derrame são diversos, sendo os principais
a hipertensão, colesterol alto, diabetes, doenças cardiovasculares, tabagismo
ou excesso de peso.

O tratamento pode ser feito através de medicamentos e o


acompanhamento de um profissional para realizar sessões de fisioterapia, para
que o indivíduo tenha a recuperação de qualidade e o auxílio adequado no
tratamento de alguma sequela.

2. AVC hemorrágico: é caracterizado pelo sangramento em uma parte


do cérebro causado por uma ruptura de um vaso sanguíneo cerebral. A
principal causa desse tipo de derrame é a pressão alta, aneurisma, distúrbios
na coagulação sanguínea e aterosclerose.

Os sintomas do AVC hemorrágico são: dor de cabeça intensa, perda da


força de um dos lados do corpo ou a paralisia, principalmente perna ou braço,
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perder parte ou totalmente a visão, dificuldade de falar e compreender
dormência nas mãos, pernas e rosto, dificuldade em andar, perda de
coordenação ou equilíbrio e tontura.

O tratamento pode ser feito com uma cirurgia no cérebro ou com a


utilização de medicamentos. A cirurgia tem como objetivo tirar o sangue
derramado de dentro da região afetada do cérebro, remover o coágulo de
sangue que causou o rompimento, fechar o aneurisma e amenizar o excesso
de pressão dentro do cérebro.

Já o tratamento clínico reside no uso de medicamentos para tratar a


pressão arterial elevada, infecções ou crises convulsivas, mas o paciente que
sofreu o AVC hemorrágico também deve iniciar imediatamente sessões de
fisioterapia ocupacional para diminuir as lesões e melhorar a qualidade de vida.

O QUE CAUSA O AVC E COMO EVITAR

O acidente vascular cerebral, também conhecido como AVC ou derrame


cerebral, é a interrupção do fluxo de sangue para alguma região do cérebro, e
isso pode ter diversos motivos, como acúmulos de placas de gordura ou
formação de um coágulo, que dão origem ao AVC isquêmico, ou sangramento
por pressão alta e até, ruptura de um aneurisma, dando origem ao AVC
hemorrágico.

Quando esta situação acontece, as sequelas dependem da gravidade


da lesão cerebral e do tratamento adequado, sendo comum ficar com fraqueza
em um lado do corpo ou dificuldade na fala, por exemplo. Por isso, é
importante focar em terapias de reabilitação, para diminuir qualquer tipo de
dificuldade que tenha permanecido.

Existem diversas causas para o derrame cerebral isquêmico e


hemorrágico, sendo sempre possível, para cada situação, adotar
comportamentos ou tratamentos que, se feitos da forma correta, podem evitar
esta situação. As principais causas são:

Causas do AVC isquêmico

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O AVC isquêmico é causado pela obstrução de algum vaso que leva
sangue ao cérebro, que na maioria das vezes, acontece em pessoas acima dos
50 anos, entretanto, também é possível acontecer em jovens. Isso pode
acontecer devido a:

a)Tabagismo e má alimentação Hábitos de vida como o tabagismo, o


consumo de alimentos ricos em gorduras, frituras, sal, carboidratos e açúcares,
aumentam o risco de desenvolver o acúmulo de placas de gordura, também
chamadas de aterosclerose, nos vasos sanguíneos do cérebro e em vasos
importantes para a circulação cerebral. Quando isso acontece, o sangue não
consegue passar e, as células da região afetada começam a morrer por falta
de oxigênio.

Como evitar: adotar uma alimentação mais saudável, com dieta rica em
vegetais, frutas e carne magra, além de praticar atividade física, pelo menos, 3
vezes na semana e não fumar. Confira quais são as nossas dicas de hábitos
para evitar doenças como AVC e infarto.

b) Pressão alta, colesterol e diabetes Doenças como pressão alta,


colesterol, triglicerídeos altos, obesidade ou diabetes são os maiores riscos
para a formação de acúmulo de placas de gordura, assim como o
desenvolvimento de inflamações nos vasos sanguíneos e doenças cardíacas,
sendo importantes riscos para o AVC.

Como evitar: controlar adequadamente estas doenças, com o


tratamento indicado pelo médico, além de adotar hábitos de vida saudáveis,
para diminuir seus efeitos negativos sobre o corpo.

c) Defeitos no coração ou vasos sanguíneos Alterações no coração,


como presença de uma arritmia, dilatação ou alterações no funcionamento do
músculo cardíaco ou de suas valvas, assim como a presença de um tumor ou
calcificação, contribuem para a formação de coágulos, que podem chegar ao
cérebro pela corrente sanguínea.

Como evitar: estes tipos de alterações podem ser detectadas em


consultas de rotina com o médico, e, caso sejam detectados, serão

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acompanhados e, em alguns casos, podem ser feitos o uso de medicamentos,
como anticoagulantes.

d) Outras causas Outras situações menos comuns para a ocorrência de


um derrame cerebral, e que devem ser suspeitadas, principalmente, quando
acontece em pessoas jovens, incluem:

 Doenças que causam maior coagulação do sangue, como lúpus, anemia


falciforme ou trombofilias, por exemplo;
 Doenças que inflamam os vasos sanguíneos, como vasculites;
 Espasmos dos vasos cerebrais, que impedem o fluxo de sangue, e
acontecem em pessoas predispostas;
 Uso de drogas ilícitas, que facilitam a lesão e o espasmo nos vasos.

O tratamento em uma situação de AVC, independente da causa, deve


ser iniciado o mais rápido possível, já na emergência, com uso de
medicamentos para auxiliar o retorno do fluxo de sangue, como AAS,
clopidogrel, trombólise e controle da pressão arterial e dos dados vitais.

Causas do AVC hemorrágico

O derrame cerebral hemorrágico acontece quando há um sangramento


dentro do cérebro ou nas meninges, que são películas que envolvem o cérebro.

Este tipo de AVC pode acontecer tanto em idosos quanto em jovens, e


as principais causas são:

a) Pressão alta A pressão muito elevada pode romper algum dos vasos
do cérebro, sendo esta a principal causa do AVC hemorrágico. Geralmente,
acontece em pessoas que têm picos de pressão muito alta, por não realizar o
tratamento da hipertensão.

Como evitar: é necessário fazer um acompanhamento médico para


exames de check-up e verificar se tem pressão alta e, caso seja confirmada,
fazer um tratamento e controle adequado da doença, prevenindo seus efeitos
no corpo.

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b) Pancada na cabeça O traumatismo crânio-encefálico, que pode
acontecer em acidentes de trânsito, é uma importante causa de AVC, pois
pode provocar o sangramento dentro e ao redor do cérebro, sendo uma
situação muito grave e que põe em risco a vida da pessoa.

Como evitar: é importante sempre se preocupar com a segurança em


diferentes situações, como o uso de cinto de segurança no carro ou uso de
equipamentos de proteção individual no trabalho, por exemplo.

c) Aneurisma cerebral A presença de um aneurisma ou outras


malformações de vasos sanguíneos dentro do cérebro, aumentam o risco de
ruptura e hemorragia, principalmente quando seu tamanho aumenta com o
tempo.

Como evitar: este tipo de alteração é mais comumente descoberta de


forma acidental, quando exames de tomografia ou ressonância magnética são
feitos por outras causas. Entretanto, pode-se desconfiar de um aneurisma na
presença de sintomas como dor de cabeça frequente e que piora aos poucos,
crises convulsivas, ou fraqueza e formigamento de alguma parte do corpo, por
exemplo.

d) Uso de anticoagulantes Os remédios anticoagulantes são muito


importantes em diversas doenças, como arritmias, trombose ou doenças das
valvas do coração, por exemplo, entretanto, se usados da forma errada, ou se
a pessoa não se tiver alguns cuidados, por aumentar o risco de sangramentos,
inclusive dentro o cérebro.

Como evitar: fazer o acompanhamento médico regular para controle da


coagulação do sangue e para fazer exames de rotina. Evitar, também,
situações de risco para pancadas, como quedas.

e) Outras causas Outras causas menos comuns para o AVC


hemorrágico podem incluir:

 - Doenças que dificultam a coagulação do sangue, como hemofilia e


trombocitemia;

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 - Inflamações dos pequenos vasos cerebrais, chamada de angiopatia
amilóide, por doenças degenerativas do cérebro, como Alzheimer;
 - Uso de drogas ilícitas, como cocaína e anfetamina,
 - Tumor cerebral, que aumenta o risco de sangramentos.

Um AVC hemorrágico também deve ser tratado o mais rapidamente


possível, já no pronto-socorro, com o controle dos dados vitais, e, se
necessário, com a realização de cirurgia, para que se diminua o risco de vida e
de formação de sequelas.

O AVC tem cura?

O derrame cerebral não tem cura, entretanto, pode ser prevenido em


grande parte dos casos ou, quando acontece, é possível investir em
tratamentos para melhora do quadro e de reabilitação para deixar menos
sequelas. Além disso, é possível que o corpo se recupere de boa parte, ou
totalmente, dos sintomas e dificuldades que surgem com o AVC, o que também
depende de um acompanhamento com neurologista, e da realização de uma
reabilitação, com:

 - Fisioterapia, que ajuda a recuperar a parte motora e desenvolver os


movimentos;
 - Terapia ocupacional, que estimula a preparação de estratégias para
diminuir efeitos das sequelas do AVC no dia-a-dia, adaptações de
ambiente e utensílios, além de atividades para melhorar o raciocínio e
movimentos;
 - Atividade física, feita, de preferência sob orientação do educador
físico, para fortalecer os músculos e ajudar na independência, equilíbrio
e bemestar da pessoa;
 - Nutrição, ajuda a preparar os alimentos na quantidade, tipo e
consistência ideal para cada pessoa;
 - Fonoaudiologia, é importante em casos de dificuldade para deglutir
os alimentos ou de se comunicar, ajudando a adaptar estas situações.

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Desta forma, mesmo que as sequelas do AVC não diminuam ou
recuperem rapidamente, é possível melhorar a qualidade de vida da pessoa
que convive com esta situação.

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DIFERENÇA DE EMERGÊNCIA E URGÊNCIA

•EMERGÊNCIA.

A emergência é considerada uma situação em que a vida, a saúde, a


propriedade ou o meio ambiente enfrentam uma ameaça imediata. Em
situações de emergência, devem ser tomadas medidas súbitas, para evitar que
a situação se agrave.

A definição de emergência varia de acordo com os órgãos que


respondem às situações de emergência, como bombeiros, ou
prontosocorrosem hospitais. O governo é responsável por estabelecer os
padrões, pois são eles que gerenciam as emergências.

1- Perigo para a vida: quando a vida está em perigo devido a desastres


naturais. É a mais alta prioridade, uma vez que a vida humana é
considerada a coisa,,mais,,importante;
2- 2- Perigo para a saúde: quando alguém precisa imediatamente de
alguma ajuda em relação à sua saúde, para que sua vida não esteja em
perigo no futuro próximo;
3- 3- Perigo de propriedade: quando a propriedade está em perigo, como
em um incêndio na construção;
4- 4- Perigo ao meio ambiente: como incêndios florestais e vazamentos de
óleo. .
•URGÊNCIA
A urgência : é um estado em que não há risco imediato à vida, à
saúde, à propriedade ou ao ambiente, mas, se não for atendida num
determinado período de tempo, a situação pode se transformar em uma
emergência. Os padrões de urgência também são estabelecidos pelo
governo e pelos órgãos que cuidam deles. A definição de urgência é
diferente para profissionais de medicina, para pilotos ou outros
profissionais.

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CUIDADOS DE ENFERMAGEM EM PATOLOGIAS

CIRURGICAS

Craniotomia: Abertura do crânio para tratamento cirúrgico das


estruturas intracranianas.
a) Indicações:



b) Pré – operatório
 a
hipertensão poderá indicar
 Aumento de pressão intracraniana;

 Posicionar o paciente em Fowler para reduzir a pressão
intracraniana;




 vesical deverá ser feito de preferência no centro
cirúrgico.
c) Pós – operatório:

não houver contra-indicação;

 2/2 horas;


haver sangramentos;

sucção);

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 . Se
houver dreno de sucção poderá ser retirado após 72 horas
segundo recomendação médica;



Extração do cristalino
a) Indicação cirúrgica: catarata (opacidade do cristalino).
b) Pré-operatório:

 – facilita a retirada do
cristalino; cicloplégicos – paralisa os músculos da acomodação),
se prescritos;
Verificar sinais vitais.
Obs: na maioria dos casos o paciente nem chega a ser internado
ou fica internado 24 horas.
c) Pós-operatório:

 Manter curativo oclusivo por 24 horas (usar óculos escuros por 5
dias, após a retirada do tampão ocular) ou conforme
recomendação médica;
 Manter a cabeceira do leito entre 30 a 45 graus de elevação;
 Dieta líquida
 Não esfregar os olhos, fechá-los lentamente sem comprimir as
pálpebras; Providenciar grades laterais para o leito dos pacientes
idosos;


ocular súbita;
TRAQUEOSTOMIA
Traqueotomia: abertura cirúrgica da traquéia.
Traqueostomia: abertura na traquéia e introdução de uma cânula
mantendo o orifício aberto para permitir a passagem de ar.

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a) Indicações:

aspiração de corpos estranhos, difteria, tétano, edema de glote,
câncer de laringe;
 a
adequadamente;

Obs.: A traqueostomia poderá ser provisória ou definitiva.
b) Cuidados Pré-Operatórios
 -
operatório deve-se fazer um bom preparo psicológico,
esclarecendo o paciente e a família sobre a cirurgia, sua
necessidade e implicações principalmente na traqueostomia
definitiva, o paciente terá muitas dúvidas de como será sua vida,
especialmente sobre a fala. Neste aspecto deve-se orientar que,
logo após a cirurgia, não conseguirá falar, mas que, com o
tempo, poderá conseguir, fechando o orifício. O preparo físico
inclui tricotomia da face e pescoço em pacientes do sexo
masculino.
Cuidados Pós-operatórios:

(oxigênio, aspirador, cateteres de

esterilizadas);

 eções sempre que necessário, observando
técnicas assépticas;

 Paciente teme asfixiar-se, manter vigilância e tranqüilizá-lo;


 s e papel para proporcionar
comunicação;

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(curativo –

clavicular, que podem indicar obstrução da cânula de
traqueostomia;

que não haja contra indicação.
 Deve-se estimular o paciente a ingerir bastante líquido para
nitivas orientar
o paciente ou alguém da família sobre a troca e esterilização da
cânula e demais cuidados
OBS: O tipo de cânula com cuff, é utilizada em indivíduos
em coma ou em uso de respiradores, para que a luz traqueal
mantenha-se ocluída e não escape ar e para que não haja
aspiração do conteúdo gástrico;
ILEOSTOMIA: Comunicação do íleo com a parede abdominal
para excreção.
a) Indicações:

perfurada, necrose de delgado com

do cólon, colite ulcerativa.

b) Pré – operatório:
 cação anatômica e
adaptação à nova forma de eliminação intestinal.
 Ouvir com atenção os temores e as dúvidas.
 Compreender a ansiedade, irritação, depressão ou
agressividade;
 Observar e anotar freqüência e aspecto de eliminações
intestinais;

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 Dietas pobres em resíduos; Jejum de 12 horas;
 Preparo intestinal de acordo com a orientação do cirurgião
(contra – indicada a enteróclise nos casos de abdome agudo);
Tricotomia abdominal;
 Orientar para esvaziar a bexiga;
 Verificar sinais vitais.
c) Pós – operatório:

ultrapasse o estoma e que não deixe a pele ao redor do mesmo
exposta, pois a excreção contém enzimas que escoriam a pele.
 Bolsas com abertura na parte inferior são apropriadas para o
esvaziamento das mesmas, sem necessidade de trocá-las
freqüentemente;
 Após o retorno do peristaltismo são oferecidas dietas líquidas e
sem resíduos em pequeno volume para evitar a excitação do
peristaltismo.
 O espinafre e a salsa são excelentes desodorizantes e deve ser
estimulada a sua ingestão;
 Os alimentos muito quentes ou muito frios e o fumo devem ser
evitados, pois são excitantes do peristaltismo.
 Peixes, cebola e repolho dão odor fétido às eliminações;
 Manter o ambiente bem ventilado e desodorizar se necessário;
 Observar e anotar aspecto das eliminações pela ileostomia;
 Orientar o paciente quanto ao autocuidado, reforçando as
explicações pré – operatórias e envolvê-lo, gradualmente, para
que se torne independente;
 Ouvir os receios e dúvidas sobre a sua nova situação; Oferecer
líquidos ou a critério médico;
 Fazer o balaço hídrico, pois a perda de líquidos e eletrólitos pelas
fezes é muito grande.
Obs: em torno de 60 dias o paciente poderá voltar gradualmente
às atividades normais, se a evolução for boa (esporte, trabalho,
atividades sexuais etc).
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APENDICECTOMIA: Remoção cirúrgica do apêndice vermiforme.
a) Indicação:
Apendicite
b) Pré – operatório:
• Higienização completa;
 Jejum de 8 horas;
• Verificar sinais vitais;
• Observar ocorrência de náuseas e vômitos;
• Fazer tricotomia na região abdominal.
c) Pós – operatório:
• Verificar sinais vitais, atentar para a elevação da temperatura;
• Observar aspecto dos curativos (drenagens, sangramento);
• Fazer controle de diurese;
• Cuidados com infusão venosa;
• Deambulação precoce;
• Oferecer alimentação líquida após o retorno do peristaltismo,
segundo prescrição médica.

COLECTOMIA: Ressecção de parte do cólon.


a) Indicações: carcinomas de cólon,enterites cicatrizantes.

b) Pré – operatório:
• Observar e anotar a aceitação da dieta, que deverá ser pobre
em resíduos;
• Observar e anotar aspecto e freqüência das eliminações
intestinais;
• Orientar quanto ao jejum (12 horas antes do ato operatório);
• Fazer preparo intestinal conforme prescrição médica;
• Fazer tricotomia abdominal ampla.
c) Pós – operatório:
• Manter o paciente em posição confortável;

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• Observar sinais de choque;
• Verificar sinais vitais;
• Observar e anotar aspecto dos curativos (sangramentos);
• Manter sonda nasogástrica aberta e anotar volume e aspecto
das drenagens;
• Ajudar nas mudanças de decúbito;
• Manter corretos os gotejamentos dos soros.
COLOSTOMIA: Comunicação da luz do cólon com a parede
abdominal.
a) Indicações: Obstrução aguda do cólon, neoplasia
(câncer/tumor) intestinal, trauma intestinal.
b) Pré – operatório:

ileostomia), estar atento quanto ao comportamento;
 Dieta líquida e mínima em resíduos;
 Jejum 12 horas;
 Quando a cirurgia é eletiva, fazer o preparo intestinal com
antecedência e os laxativos
 prescritos pelo médico poderão ser à base de suco de laranja e
manitol;
 Tricotomia abdominal e pubiana.
c) Pós – operatório:
 POI alterações como taquicardia, cianose,
dispnéia, sudorese, hipotensão e palidez;
 Observar e anotar, periodicamente, o aspecto e o volume das
eliminações pela colostomia;
 Manter correto o gotejamento dos soros;
 Deambulação precoce;
 Trocar a bolsa de colostomia sempre que necessário;
 Não permitir que as eliminações caiam na pele para não irritá-la;
 A região colostomizada deve ser lavada com soro fisiológico no
estoma e na pele íntegra;

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 Encaminhar o paciente ao grupo de ostomizados da cidade ou
consulta em sites;
 Para prevenir flatulência, orientar o paciente para comer com a
boca fechada e evitar falar durante as refeições;
 Orientar que dietas ricas em feijão, repolho, peixes, pepino,
rabanete, ovos, cebola, condimentos aumentam o odor
desagradável das eliminações e a probabilidade de flatulência.

HERNIORRAFIA:
Hérnia é uma protusão de um órgão abdominal (comumente o
intestino delgado) através de uma abertura na parede abdominal. A
maioria das hérnias resulta de uma fraqueza congênita ou adquirida da
parede abdominal, associada a um aumento da pressão intra-abdominal
causada por esforço físico, tosse persistente ou pós-cirurgia abdominal.
A herniorrafia é o reparo cirúrgico de uma hérnia. A hernioplastia
é feita quando os tecidos não são suficientemente resistentes, pode-se
conseguir algum reforço recobrindo a linha de sutura com materiais
sintéticos ou com uma tela, que também é suturada no local.

Tipos:
1. Inguinal
2. Umbilical
3. Incisional
4. Diafragmática (hiato).
a) Pré – operatório:
• Verificar sinais vitais;
• Jejum de 8 horas;
• Lavagem intestinal conforme prescrição.
b)Pós-operatório:
 Estimular a deambulação o mais rápido possível, para prevenir
distensão abdominal; Iniciar a dieta assim que recobrar o
peristaltismo;
 Observar retenção urinária, o que é comum no pós-operatório;

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 Instruir o paciente quando for tossir e espirrar, deve proteger a
incisão com as mãos ou travesseiro;
 Orientá-lo que ao se levantar da cama o faça virando o corpo em
decúbito lateral para então erguer o corpo apoiando com um dos
braços;
 Se houver cateter de drenagem, anotar volume e aspecto das
secreções;
 Orientar para elevar os braços levemente de 2/2 horas para
prevenir o linfedema; Manter o braço, do lado operado, em tipóia
para evitar tensão excessiva na cicatrização cirúrgica;
 Usar roupas largas, frouxas, que não comprimam o tórax;
 Evitar decúbito ventral;
 Evitar puncionar veia e verificar pressão arterial no membro
superior adjacente à cirurgia.
 Observar edema na região escrotal, se a hérnia for inguinal.

HISTERECTOMIA : Remoção cirúrgica parcial ou total do útero,


por via abdominal (HTA) ou por via vaginal (HTV). A pan-histerectomia é
a retirada do útero e dos anexos (tubas uterinas e ovários).

Indicações: nos casos de tumores benignos ou malignos do


útero.
Pré – operatório:
 ra
paciente com atenção. Ela poderá apresentar-se muito sensível,
triste pela perda da capacidade reprodutora ou ansiosa quanto
ao prognóstico;
 Fazer enteróclise spm;
 Jejum de 8 horas;
 Fazer tricotomia da região abdominal ou perineal;
 Verificar sinais vitais;

cirúrgico.
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c) Pós – operatório:

 Observar se há sangramento na incisão cirúrgica ou por via
vaginal e anotar;
 Manter corretos os gotejamentos das infusões venosas;
 Fazer controle de diurese;
 Curativo perineal 3 vezes ao dia, ou de acordo com a
necessidade;
 Verificar sinais vitais rigorosamente;
 Estimular mudanças de decúbito e exercícios com os MMII;
 Deambulação precoce;
 Oferecer a dieta e anotar a aceitação, após o retorno do
peristaltismo.

MASTECTOMIA : É a remoção parcial ou total da mama, com


remoção dos músculos peitorais, tecido adiposo e linfonodos axilares.
a) Indicação: carcinoma da mama.
b) Pré – operatório:

reflete na feminilidade e sexualidade da paciente deixando-a
deprimida, ansiosa;
 Jejum de 8 horas;
 Enteróclise na noite de véspera da cirurgia spm;
 Tricotomia da parede torácica, axila e parte superior do abdômen.
c) Pós – operatório:

 Observar ocorrências de sangramento no curativo;
 Observar as características da respiração;
 Auxiliar nas mudanças de decúbito de 2/2 horas;
 Manter o leito em Fowler, após a normalização dos sinais vitais,
para facilitar as drenagens;

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 Primeiro curativo deve ser trocado pelo médico (segundo ou
terceiro dia de PO);
 Anotar aceitação da dieta e se há ocorrência de náuseas e
vômitos (após o retorno do peristaltismo);
 Se houver cateter de drenagem, anotar volume e aspecto das
secreções;
 Orientar para elevar os braços levemente de 2/2 horas para
prevenir o linfedema; Manter o braço, do lado operado, em tipóia
para evitar tensão excessiva na cicatrização cirúrgica;
 Usar roupas largas, frouxas, que não comprimam o tórax;
 Evitar decúbito ventral;
 Evitar puncionar veia e verificar pressão arterial no membro
superior adjacente à cirurgia.

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CUIDADOS DE ENFERMAGEM NO PUERPÉRIO MEDIATO


para estabelecer uma boa relação enfermeiro-paciente.
 Estimular o banho diário, inclusive com a lavagem do cabelo.A
puérpera apresenta uma sudorese maior. O primeiro banho após
o parto será assistido, para a segurança da paciente.
 Orientar sobre a necessidade de sono e repouso. Se não houver
sono e repouso adequados, a puérpera poderá se mostrar
ansiosa e preocupada por coisas de menor importância que,em
outras circunstâncias,não,a,preocupariam.
 Adaptar as rotinas hospitalares de modo a proporcionar à
puérpera períodos ininterruptos,de,descanso;
 A puérpera geralmente tem bom apetite e frequentemente
conversa sobre os alimentos.
 A falta de apetite pode ser um primeiro sinal de alguma
anormalidade na sua evolução
 Estimular a ingestão hídrica.
 Estimular a deambulação precoce após o parto.
 Após 4 horas para parto normal, com ou sem episiotomia;
 Após 6 horas para partos sob anestesia peridural;
 Após 8 a 12 horas para partos sob anestesia raquidiana. Nestes,
a puérpera deverá ser mantida em DDH até completar 12 horas
ou segundo recomendação médica.
 Observar e anotar eliminações.
 Inspecionar as mamas diariamente.
 Reforçar o instinto materno e o desejo de amamentação; fazer
referências às vantagens do aleitamento materno e ensinar
técnica de amamentação.
 Ensinar cuidados com mamas e mamilos.
 Lembrar que a flacidez é um fator de constituição individual e não
tem relação com a amamentação.

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Medicina ). Contacto: 947916067/996961135
 Ensinar e supervisionar todos os cuidados com o recém- nascido
(banhos, trocas, estimulação psicomotora, vestuário,
amamentação etc.).
 Observar sucção do recém-nascido.

INFECÇÃO PUERPERAL
Infecção puerperal: invasão direta de microorganismos
patogênicos aos órgãos genitais, durante ou depois do parto, favorecida
pelas mudanças locais e generais do organismo nestas etapas.
Considera – se infeção puerperal as primeiras 24 h depois do
parto, toda puérpera que tenha uma temperatura superior aos 38 º C,
mantida em 2 determinações separadas por um intervalo de 6 h.

VIAS DE PENETRAÇÃO DOS GERMES


• Ferida placentaria e onde há sangue, que é um meio de cultivo
excelente.
• Feridas abertas do pescoço uterino, vagina, vulva e períneo.
• Decidua fina com orifícios abertos.

OS GÉRMENES CAUSAIS MAIS FREQÜENTES SÃO:


• Escherichia coli (50 %),
• estreptococos anaerobios,
• estreptococos hemolíticos (beta e alfa),
Estaphylococcus aureus,
• Klebsiella,
• Proteus Mirabilis,
• Entorobacter,
• Pseudomonas,
• Chlamydia trachomatis,
• Neisseria gonorrhoeae

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QUADRO CLÍNICO
1. Tira do estado geral.
2. Calafrios.
3. Febre pela tarde e de noite temprana.
4. Taquisfigmia.
5. Hipotensão arterial.
6. Subinvolução uterina.
7. Loquios fétidos.
8. Dor e engrossamento dos parametrios, dos anejos ou ambos.
9. Retenção de membranas e malhas placentarios.
10. Infecção local do pescoço uterino, vagina, vulva, períneo ou
da incisão cirúrgica.

CUIDADOS DE ENFERMAGEM
1. Vigiar signos vitais.
2. Obter amostra e envio ao laboratório:
 Estaphylococcus aureus,
• Klebsiella,
• Proteus Mirabilis,
• Entorobacter,
• Pseudomonas,
• Chlamydia trachomatis,
• Neisseria gonorrhoeae
3.Observar característica da drenagem e estado da ferida.
4. Observar resposta ao tratamento.
5. Facilitar repouso e sonho.
6. Proporcionar medidas higiênicas encaminhadas a melhorar o
bem-estar da mulher.
7. Aplicar medidas físicas para favorecer o descida da febre.
8. Efetuar a higiene do periné e mudança de curativo
freqüentemente.
9. Verificar os conhecimentos da mulher com relação à higiene e
autocuidado.

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10. Ajudar à mulher a confrontar o processo, lhe proporcionando
apóio psicológico.
11. Cura da ferida
12. Subministrar tratamento com antibióticos.
13. Subministrar analgésicos, se tiver dor.

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CUIDADOS DE ENFERMAGEM AOS RECÉM-NASCIDOS

CUIDADOS IMEDIATOS AO RN

 Desobstrução das via aéreas superiores: promoção de limpeza e


manutenção da respiração.
 Secagem e Aquecimento: Colocar o RN sob fonte de calor
radiante, secá-lo e remover os campos úmidos.
 Pinçamento e Secção do Cordão Umbilical: clampear 6 a 8 cm do
abdome e realizar curativo com álcool 70%;
 Credeização (Método de Credé): Instila-se 1 gota de Nitrato de
Prata a 1% nos olhos, na vagina e/ou pênis do RN a fim de evitar
oftalmia gonocócica, transmitida verticalmente.

 Identificação do RN: Dados e pulseira/ esparadrapo no antebraço


e tornozelo.
 Índice de Apgar

 O índice de Apgar : é uma escala que foi desenvolvida por uma


médica norte-americana, com o objetivo de avaliar qual a
adaptação do recém-nascido ao mundo extrauterino e se em
algum momento o RN sofreu de asfixia e qual a sua gravidade.
 Deve ser realizado no 1º e 5º minuto de vida, se persistir baixa
nota de avaliação deve ser repetido no 10º minuto.
 O mais importante dado é o batimento cardíaco, e o menos
relevante é a cor da pele.

Cuidados Mediatos
 O banho é realizado aproximadamente 6 horas ou mais após o
nascimento; Administração de Vitamina K: 1mg por via IM;
 Curativo do Coto Umbilical: solução antisséptica (álcool 70%);
 Medidas Antropométricas: Peso X Altura;

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 Munização BCG: Realizar antes da alta hospitalar se RN
apresentar peso igual ou superior a 2 Kg.

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HEMODIÁLISE

Na hemodiálise, o processo de difusão ocorre através de uma


circulação extracorpórea, onde o sangue do paciente passa para dentro
de uma máquina dialisador ou rim artificial, para que ocorra o processo
de filtração.
O processo de hemodiálise, dura em média de 4 a 12 horas e é
repetido duas ou três vezes por semana, conforme as necessidades do
paciente.
Tipos de Hemodialise
1-Hemodialise convencional
2-Hemodialise de Alta eficácia
3-Hemodialise de Alto fluxo
4-Hemodiafiltração

OBJETIVOS DO HEMODIALISE
 Extrair do sangue substâncias tóxicas.
 Remover o excesso de água.
REQUISITOS PARA A DIÁLISE:
 Via de acesso à circulação do paciente.
 Dialisador com membrana semipermeável.
 Banho dialisado apropriado.
MÉTODOS DE ACESSO À CIRCULAÇÃO DO PACIENTE:
 Cateterização da subclávia
 Fístula arteriovenosa.
 Enxerto.

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CUIDADOS DE ENFERMAGEM NA UNIDADE DE HEMODIÁLISE:
 Proporcionar ambiente limpo, calmo e arejado.
 Verificar o peso do paciente antes de iniciar a diálise.
 Acomodar o paciente na poltrona e orientá-lo sobre o processo.
 Conectar corretamente os cateteres do paciente na máquina.
 Controlar sinais vitais rigorosamente, principalmente PA antes,
durante e após a hemodiálise.
 Observar o funcionamento da máquina e estar alerta para
qualquer alteração. Nesses casos o médico deve ser chamado
imediatamente.
 Fazer o balanço hídrico ao terminar o processo.
 Manter assepsia rigorosa em todos os procedimentos.
 Observar sinais de hemorragia, choque e infecção.
 Colher sangue do paciente e do aparelho, para verificar o tempo
de coagulação (TAP), já que é adicionada heparina ao sangue
dialisado.
 Pesar novamente o paciente após o término do processo.
 Anotar todos os dados referentes à diálise.

COMPLICAÇÕES DA HEMODIÁLISE:
Imediatas:
 Hemorragia: acontece devido ao anticoagulante adicionado ao
sangue do paciente, para evitar que o sangue coagule dentro da
máquina.
 Infecção: por contaminação, que pode ocorrer na punção
arteriovenosa , falta de cuidados no manuseio dos cateteres,
limpeza deficiente do dialisador. Embolia gasosa, filtração
deficiente ou excessiva e complicações da fístula.

Tardias:
 Arteriosclerose, insuficiência cardíaca congestiva, IAM, angina,
acidente vascular cerebral.

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 Anemia, fadiga, perda do interesse, ausência de energia e
estímulo

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DIABETES MELLITUS

Diabetes Mellitus: É uma enfermidade endocrino-metabólico


crônica, a qual pode dever-se à ação de diferentes fatores (genéticos,
lhes vire, imunológico e ambientais) segundo o caso. Este síndrome
heterogêneo afeta o metabolismo geral do organismo.
É um estado de hiperglicemia crônica causado por um déficit
absoluto ou relativo da produção ou liberação de insulina que leva a
alterações no metabolismo dos carboidratos, lipídios e proteínas a qual
se traduz à larga por um aumento da glicose em sangue e urina.

Classificação etiológica e fisiopatológica:


1. Diabetes tipo I ou Insulinodependiente: Se diagnóstica na
infância ou primeira juventude, estes pacientes de não receber insulina
se descompensan, é de causa Autoinmune e idiopática e não se
produzem insulina porque as células beta do pâncreas foram destruídas
por um processo.
2. Diabetes tipo II ou não insulino dependente: Aparece na idade
adulta, Geralmente não necessitam Insulina nem desenvolvem
Cetoacidosis, controlam-se com a dieta e hipoglicemiantes orais. Neste
tipo de diabetes existem 2 elemento relacionados com a insulina.
a)- A resistência à insulina: (É quando a insulina se volta menos
eficaz e as malhas não captam a glicose).
b)-Alteração na secreção da insulina. (refere-se a uma maior
quantidade de insulina que deve segregar o pâncreas para superar a
resistência insulinica e evitar a hiperglicemia).
3. Diabetes gestacional: É a que se produz durante o
embaraço. Embora geralmente desaparece depois do nascimento do
bebe ou desenvolvem diabetes tipo II; deve-se a um aumento de
secreção de hormônio na placenta, um dos diversos hormônios
produzidos pela placenta, como o lactógeno placentario humano, a
gonadotropina coriónica, os estrogênios, a progesterona e um hormônio
similar a tirotropina.
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4. Outras: Pancreatitis, Neoplasias do pâncreas e
Medicamentosa pelo abuso do Glucocorticoides, Tiazidas, etc.

Quadro Clínico:
1. Polifagia ( Fome excessiva)
2. Polidipsia ( sede excessiva)
3. Poliuria
4. Prurito general ou vulvar ou ambos.
5. Perda de peso
6. Má cicatrização de feridas.
7. Transtornos vasculares. neurológicos, visuais. retinianos,
renais.
8. Astenia.
9. Infeccione a repetição.
10. Visão imprecisa.
11. Problemas do funcionamento sexual.
12. Obesidade.
Exames complementares:
1. Glicemia em jejuma e pospandrial de 2 horas
2. PTG. Especialmente para os diabéticos de tipo II.
3. Albuminuria de 24 H.
4. Benedit e Imbert.
5. Provas funcionais hepáticas (se se suspeitar de afecções
Hepáticas).
6. Hemograma.
7. Eritrosedimentación.
8. Ex. Parcial de urina.
9. Eletrocardiograma
10. Contagem do Addis e filtrado glomerular (se se suspeitar de
Afecções renais).
11. Creatinina.
12. Ácido Úrico
13. Uréia.
14. Colesterol.
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15. Urocultivo.
16. Ultrasonografia abdominal.

Tratamento da diabete millitus

Pilares do Tratamento do Diabético.


1. Dieta: Balançada, (rica em vitaminas, minerais e proteínas e
poucos carboidratos e hipograsa divididos em 6 comidas) e
individualizada.
2. Exercícios: Estes se realizassem de acordo às condições do
paciente (devem ser moderados e em casos de atividade físicas
intensas se administram glúcidos).
3. Tratamento: realizam-se com hipoglicemiantes orais Ex.
Diabetón ou tolbutamida, Glibenclamida e diabefen.
4. Insulina (Lenta ou simples).

Os Hipoglicemiantes por via oral: So estão indicados em


pacientes não insulino dependentes depois de 2 semanas com
tratamento dietético sem obter controle metabólico adequado ou de
entrada se existirem níveis muito elevados de glicemia.
Ordem de eleição
Glibenclamida: começa-se com ½ ou 1 tablete no café da manhã
e se aumenta a dose até 15 0 2 mlg lhe acrescentando em almoço e
comida.

Contra-indicações: Diabéticos insulina dependente.


Complicações agudas. Insuficiência hepática ou renal. Consumo de
álcool ou barbitúricos. Pacientes anciões ou depauperados
Tolbutamida: a dose varia de 0.5 a 3g jornais começando com 1
tab no café da manhã. Se for necessário se aumenta em comida ou
almoço até não mais de 3 gramas ao dia (6tab). É útil em anciões não
insulinodependientes.

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Insulina: É o tratamento habitual do paciente insulinodependiente.
utiliza-se a insulina de ação intermédia (lenta) que se apresenta em
frascos de 10 ml e que cada ml contém 100 unidades de insulina.

COMPLICAÇÕES DA DIABETES MILLITUS


1. Neurológicas: Cãibras, adormecimento e parestesia em
membros inferiores. (neuropatías).
2. Oftalmológicas: Diminuição ou perda de visão, dor.
(Retinopatía).
3. Renais: Astenia, edema, disuria, dor nos pontos renoureterales,
cistite, febre, calafrios. (Nefropatías).
4. Vasculares: Enfermidade coronária, Ateroesclerosis.
Hipertensão Arterial, síndrome vascular periférico (Pé do Charcot).
5. Infecções: Renal, cutânea, genital, bocal, seios perinasales,
respiratório.
6. Cetoacidosis diabética.
7. Vírgula diabético.

CUIDADOS DE ENFERMAGEM PACIENTE COM DIABETE


MELLITE
Cuidados com o uso, administração e armazenamento da

Orientar sobre a necessidade de tomar a medicação nos horários


corretos, conforme prescrição médica.
Orientar sobre os locais de aplicação da insulina e a necessidade
de rotatividade. Cuidados com a alimentação e hidratação
Orientar sobre a importância da não ingestão de alimentos
gordurosos e frituras. Orientar sobre a alimentação a cada três
horas.
Orientar sobre a importância da hidratação adequada.
Orientações sobre a prática de alongamentos e atividade física

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Orientar sobre a importância da atividade física para controle do
nível glicêmico, da pressão arterial e para o bem-estar geral.
Orientar sobre a realização de caminhada em local plano.
Orientar e estimular a participação em grupos de atividade física
realizados na unidade de saúde.
Cuidados quanto ao controle glicêmico, da pressão arterial e do
peso
Orientar sobre a importância da aferição regular da pressão
arterial.
Orientar quanto a importância de verificar regularmente a
glicemia.
Orientar sobre a necessidade de verificar a glicemia antes de
administrar a insulina. Cuidados com o pé diabético
Orientar sobre como realizar a avaliação dos pés.
Orientar sobre a hidratar os pés.
Orientar sobre a secagem entre os dedos dos pés.
Cuidados circulatórios e controle do tabagismo
Orientar sobre a importância do controle glicêmico para o

arteriais.
Orientar a participação em grupo de tabagismo.
Cuidados psicossociais e espirituais
Orientar sobre a importância de diminuir o estresse.
Estabelecer relação de confiança com o paciente diabético
considerando a sua realidade.
Incentivar a crença religiosa

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INSUFICIENCIA RESPIRATORIA AGUDA

CONCEITO: são as limitações que sofre o ar para entrar ou sair


dos pulmões por causa de fatores mecânicos ou extrapulmonares.

CLASSIFICAÇÃO
Hipercarnea
Hipoxemia
Acidosis

CAUSAS
 Acidentes vasculares encefálico
 Dose excessivas de fármaco depresores centro respiratório
 Depressão anestésica post-operatória
 Traumatismo craneo encefalico.
 Trauma raquimedular
 Síndrome de guillain barré
 Miastenia grave
 Tétano
 Fármacos relaxantes musculares
 Antibióticos com ação bloqueadora neuromuscular
 Incecticida órganofosforada
 Traumatismo
 Neumotorax
 Obesidade masiva
 Pleuritis restrictiva
 Apnea durante o sonho
 Paralisia de cordas vocais
 Hipertrofia do amicdalas e adenoides
 Epiglotitis
 Edema pulmonar

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 Embolia pulmonal
 Embolismo gorduroso

QUADRO CLÍNICO
HIPERCAPNEA
 Cefaléia
 Confusão
 Sonolência
 Enjôos
 Sudoración
 Enrojecimiento cutâneo mucoso
 Perdida do conhecimento

HIPÓXIA A NIVEL DO SNC


 Perturbação do julgamento
 Confusão
 Agressividade
 Incordinação barco a motor
 Coma

HIPÓXIA A NIVEL DO SISTEMA CARDIOVASCULAR

Ligera

• Taquicardia
• Hipertensão

Grave

• Bradicardia,
• Hipotensão,
• Angina de peito,
• Paro circulatorio

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TRATAMENTO
 Ventilação artificial
 Oxigenoterapia
 Apoio nutricional
 Sedação
 Analgecia
 Tratamento da causa que lhe deu o origem.

CUIDADOS DE ENFERMAGEM
 Colocar ao paciente semisentado
 Medir signos vitais
 Permeabilisar vias aéreas
 Realizar fisioterapia respiratoria
 Realizar mudança de decubito

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CARDIOPATIA

Insuficiência cardíaca: Incapacidade do coração para bombear


aos copos da circulação geral um volume de sangue suficiente para
satisfazer as necessidades do metabolismo, daí a incapacidade de
manter um gasto cardíaco adequado, é a diminuição da contractilidad do
músculo cardíaco.
É o estado em que o coração não pode produzir o gasto cardíaco
necessário para satisfazer as necessidades metabólicas do organismo.
As diminuições das propriedades contráteis do coração fazem que
diminua o gasto cardíaco. Ao diminuir o gasto cardíaco os nervos
simpáticos aceleram a freqüência cardíaca para que o gasto seja
adequado.
Gasto cardíaco: Quantidade de sangue que sai do coração em
um minuto.
Retorno venoso: Quantidade de sangue que sai do coração em
um minuto.
Causas:
1. Isquemia cardíaca
2. Necrose muscular
3. Hipertensão arterial não tratada.
4. Dilatação das cavidades cardíacas
5. Valvulopatia e calcificação valvular.
6. Enfermidade do Chagas
7. Febre Reumática
8. Ateroesclerosis.

Classificação:

 Direita: Quando a deficiência circulatória de bombeamento


depende do ventrículo direito, o qual favorece o retorno venoso
retrocedo provocando uma recarga circulatória Hepato-Rena-
Portal.

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 Esquerda: Quando a deficiência circulatória de bombeamento
depende do ventrículo esquerdo, provocando uma sobrecarga do
retorno venoso retrocedo para as veias pulmonares e em
conseguinte produz um edema pulmonar e bloqueio da difusão
refrigerante alvéolo-capilar. Desencadeia o Edema Agudo do
Pulmão.
 Global: Quando a deficiência circulatória de bombeamento
depende da dilatação global com retorno venoso retrocedo para
ambas as circulações maior e menor.
Quadro Clínico:
Generais:
1. Edema dos membros inferiores
2. Fácil cansaço a deambulación.
3. Dispnéia de esforço.
Direita:
1. Regurgitação hepatoyugular
2. Edema duro, quente e difícil godet
3. Hepatoesplenomegalia
4. Hipertensão arterial
5. Taquicardia.
Esquerda:
1. Dispnéia paroxística noturna
2. Posição de ortopnea
3. Cianose peribucal e distal
4. Edema pulmonar
5. Bradipnea e Apnea
6. Hemoptisis espumosa
7. Silencio auscultatorio progressivo
8. Intranqüilidade
9. Paro cardiorrespiratorio.

Meios Diagnósticos:

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Laboratório Clínico:
• Hemograma completo
• Lipidograma
• Uréia e Ácido Úrico
• Ionograma
Radiológicos:
• Ecocardiograma
• Rx de Tórax a distancia telex (dilatação cavidades,
cardiomegalia)
• Ultra-som abdominal e renal
• Angiografía
Elétricos:
• Eletrocardiograma

Tratamentos:
Não farmacológico:
1. Proporcionar relaxação física e emocional.
2. Aliviar a hipoxia e melhorar a ventilação.
3. Retardar o retorno venoso ao coração.
4. Melhorar a função cardiovascular.

Farmacológico
1. Diuréticos de ASA e poupadores de potássio.
2. Relaxantes da musculatura Lisa bronquial
3. Digitálicos
4. Anticalcicos
5. EICA
6. Antiagregantes plaquetarios

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Cuidados específicos de Enfermaria:
1. Manter em posição fowler sentado ou semisentado.
2. Oxigenoterapia suplementar
3. Melhorar o retorno venoso mediante a realização torniquetes
nos membros inferiores e superiores deixando livre só um cada 10
minutos.
4. Administração imediata de 250 mg da Aminofilina e 100 mg da
Furosemida por via endovenosa na emergência, se Edema Agudo
Pulmonar.
5. Realizar eletrocardiograma
6. Aplicar terapêutica farmacológica segundo protocolo específico.
7. Vigiar aparição de complicações clínicas e reações adversas
medicamentosa.
8. Manter um estrito controle dos líquidos administrados no
balanço hidromineral do paciente.
9. Aplicar protocolo específico se necessidade de ventilação
mecânica artificial.
10. Suspender mantimentos as primeiras 10 H. Posteriormente
segundo o estado do paciente se pode incorporar primeiro dieta líquida e
posteriormente branda (segundo critério).
11. Controlar o peso diário do paciente.

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Intervenções de Enfermagem ou Cuidados de Enfermagem ao
Paciente:
 Manter débito cardíaco adequado,
 Repouso físico e emocional para reduzir o trabalho cardíaco e as
necessidades de oxigênio
 Posicionar em semi-Fowler ou Fowler-alto para facilitar o retorno
venoso
 Evitar manobras de valsava
 Avaliar regularmente sinais vitais, parâmetros hemodinâmicos, nível de
consciência, sons cardíacos
 Monitorizar para verificação de arritmias
 Observar sinais e sintomas da diminuição da perfusão tecidual
periférica: pele fria, palidez facial, enchimento capilar retardado
 Administrar terapêutica prescrita e avaliar a resposta quanto ao alívio de
sintomas,

 Administrar oxigênio para reduzir dispnéia e fadiga
 Posicionar em semi-Fowler ou Fowler-alto para facilitar a respiração e
aliviar a congestão pulmonar
 Monitorizar freqüência respiratória, profundidade e facilidades
respiratórias
 Promover mudança de decúbito
 Estimular os exercícios freqüentes de respiração profunda,
 Proporcionar refeições fracionadas e em pouca quantidade
 Restabelecer equilíbrio hídrico
 Administrar diuréticos, O.B.S: se prescrito pelo Medico
 Avaliar diariamente o peso
 Avaliar sinais de hipocalcemia: astenia, mal-estar e câimbras
 Administrar potássio O.B.S:e prescrito pelo medico
 Estar atento aos potenciais problemas dos diuréticos
 Observar sinais de distensão da bexiga no idoso com hiperplasia da
próstata

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 Proporcionar uma dieta hipocalórica e hipossódica fracionada e restringir
os líquidos.

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CAPITILO III

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FERIDA

Ferida: É a perda de continuidade de qualquer estrutura corporal


já seja interna ou externa, causada por meios físicos.

Classificação da ferida :
Segundo presença ou ausencia de infecção:
• Limpa ou asséptica: Livre de gérmenes patogênicos
Suja, infestada ou séptica: Contém gérmenes patogênicos.
Segundo a causa:
• Traumática ou acidental: Ocorre em condições sépticas e existe
um grande perigo de que se infecte. Ex. Politrauma.
• Intencional: É produzida por um propósito específico, sob
condições de assepsia. Ex.

Ferida cirúrgica.
Segundo ausência ou ruptura da pele:
• Aberta: Quando há ruptura de pele e mucosa. Ex. Incisa, agudo,
abrasão, etc.
• Fechada: Quando não há ruptura de pele e mucosa. Ex. Fratura
de quadril, uma martelada.
Segundo maneira em que ocorre:
Incisas: Produzida por objetos com fio como um bisturi, navalha,
bordeos da ferida são retos. Ex. A incisão produzida pelo cirurgião
Agudo: São produzidas por instrumentos de extremo agudo,
penetra pelas malhas causando poucas lesões externas, mas
alcançando profundidade. Ex. Estiletes, baionetas, agulhas, anzóis, o
aguijonazo de uma abelha, etc.
Por Abrasão: Ocorre como resultado da fricção ou raspadura, é
superficial, a capa externa da pele ou mucosa estão lesadas ou
raspadas. Ex. Queda sobre o pavimento, o roce das savanas em um
encamado.
Contusa: São produzidas por traumatismos violentos com agentes
obtusos que ao golpear não rasgam os tegumentos, são de pouca
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gravidade, embora dependa do lugar onde se produziu. Ex. Abdômen,
flanco ou hipocôndrio às vezes resultam graves, pois podem determinar
ruptura do fígado, baço ou rim. Um batimento com um martelo.
Lacerante: As malhas estão rasgadas e têm bordos irregulares.
Ex. Produzida por uma serra, serrote, mordida de cão, etc.
Penetrantes: quando interessa uma cavidade natural, Ej: Por
arma de fogo: produz-se por disparos de armas de fogo, o projétil segue
um curso único através das malhas até se chocar com um osso. Estas
podem ser: a linha, quando segue um curso superficial e tangencial
quando risca um sulco na pele.

Segundo tipo Intervenção cirúrgica (Quanto ao grau de


contaminação)

1. Limpas: Livre de gérmenes patogênicos, nem contato com


líquidos corporais.
2. Limpa contamidas: Embora esteja livre de gérmenes
patogênicos, existe contato com fluídos corporais.
3. Contamidas: Existe contato com fluídos corporais, corpos
estranhos, sujeiras ambientais (terra, asfalto, sedimentos fecais, urina,
etc.)
4. Infetadas: Existe prévia invasão de agentes patogênicos,
lesões sépticas, tecido necrótico, etc.

Processo de cicatrização das feridas


O processo de cicatrização das feridas pode dividir-se em três
fases:
 Fase latente, (Inflamatoria)
 Fase de fibroplasia (Proliferativa)
 Fase de contração .(Maturação)

Fase latente: os capilares se dilatam na zona lesada, como


resultado da lesão celular. O volume sangüíneo da zona aumenta, mas
diminui a rapidez da circulação do sangue.
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Fase de fibroplasia: há um aumento de novos capilares e de
brotos linfático endoteliales na zona ferida. Da fibroplasia resulta a
formação de uma malha granulosa (tecido conectivo); posteriormente
ocorre a epitelización (queratinización). A ferida aparece rosada, devido
aos novos capilares em a malha granulosa, e a zona é suave e tenra.

Fase de contração: há uma cicatrização devida aos


fibroplastos,una vez que aconteceu a fibroplasia. Os capilares e os
brotos linfaticoendoteliales da nova malha desaparecem e a cicatriz se
encolhe.. Feridas abertas necessitam que se forme mais malha de
granulação, fibroso e epitelial, que no caso das feridas fechadas.
Durante os primeiros cinco ou seis dias há pouca força na ferida que
está cicatrizando. Entretanto, durante os dez dias seguintes a malha se
faz mais forte e pode suportar melhor sua atenção.

TIPOS DE CICATRIZAÇÃO
• Cicatrização por primeira intenção.
• Cicatrização por segunda intenção
• Cicatriza por terceira intenção
Cicatrização por primeira intenção. Lesões causadas por
instrumentos cortantes, com bordos regulares e com ajuste por suturas
ou seja não há separação dos seus bordos.
• Perda tecidual mínima;
• Tecido de granulação não visualizado;
• Cicatriz é pequena
Na maioria das incisões cirúrgicas os borde da ferida se suturam
juntos, firmemenlhe, e a cura se efectúa de primeira intenção.

Cicatrização por segunda intenção: Perda acentuada de tecido,


sem possibilidade de aproximação dos bordos ou seja os bordos não
estão juntos

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• Decorre de complicações: infecção;
• Período cicatricial prolongado, altos índices de defeitos
cicatriciais
• Tecido de granulação abundante
• Cicatriz é grande
A cicatrização das úlceras por pressão ilustra a cicatrização de
segunda intenção. A cratera da úlcera pode encher-se pelo
desenvolvimento de novos tejidos. O processo é lento e a crosta que
resulta é grande.

Cicatriza por terceira intenção: Fechamento dos bordos por sutura


após a ferida estar granulada e a infecção debelada;
Esta é uma combinação dos dois tipos de cicatrização,
previamente mencionados, já seja que a ferida se deixe aberta
inicialmente e se suture depois, ou que se abra depois de uma sutura
original e não se suture de novo. Há muita malha de granulação neste
tipo de processo cicatrizal.

Fatores que influem no processo de cicatrização:

Generais:
• Idade
• Estado nutricional
• Fatores humorales
• Estado de saúde
Locais:
• Fluxo sanguíneo.
• Presença de infecção.
• Grau ou magnitude do dano hístico.
• Edema.
• Radioterapia.
• Qualidade da malha útil.
Entre as exógenas mais comuns de complicações bacterianas em
instituições de saúde temos:

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Fontes Exógenas:
1. Secreções nasais e da garganta e o ar exaltado de pessoas
com infecções respiratórias
2. Vômito e os sedimentos porque os microorganismo não
proliferam também no estômago
3. A urina de doentes por infecções urinária
4. Eliminações de orifícios do corpo
5. Exsudados de feridas infectadas ou lesões da pele
6. Equipes utilizadas no cuidado de pacientes com infecções
7. Roupas de camas e pessoais usadas por pacientes com
infecções
8. Contato pessoal. Um paciente com uma conjuntivite
hemorrágica pode contagiar toda uma sala.
9. Via aéreas. Com frequência os microrganismos são levados
pelas microgotas de flucher a pessoas sões, também pode viajar de um
sítio a outro fixando-se a partículas de pó. Ej: Staphylococus aureus se
transmite pelo ar.
10. Animais e insetos. Os ratos disseminam salmonela e Segue-a,
as pulgas são portadoras de microrganismos.
11. Fómites. Os objetos inanimados como agulhas e seringas de
injeção, são fontes possíveis de infecções Ex. Hepatite B, VIH/SIDA.
12. Mantimentos e bebidas. A água impura e os mantimentos
poluídos causam brotos de enfermidades como: Cólera, febre tifóide e
hepatite A.

Fontes endógenas:
Disseminação endógena. Também é comum a disseminação de
microrganismos de uma região do corpo a outra, como da pele a uma
ferida aberta. É importante seguir uma técnica asséptica para evitar a
disseminação endógena de microrganismo.

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CUIDADOS DE SAÚDE DIFERENCIADOS

Departamento de Saúde Mental


Departamento de Saúde Mental é constituído pelos seguintes
Serviços:
 Serviço de Psiquiatria;
 Unidade de Pedopsiquiatria;
 Unidade de Psicologia Clínica;
 Unidade do Doente de Evolução Prolongada.
Departamento da Mulher e da Criança
Departamento de Mulher e da Criança é constituído pelos
seguintes Serviços:
 Serviço de Ginecologia e Obstetrícia;
 Serviço de Pediatria e Neonatologia;

Departamento de Medicina
 O Departamento de Medicina é constituído pelos seguintes
Serviços:
 Serviço de Cardiologia;
 Serviço de Medicina Interna;
 Serviço de Medicina Física e Reabilitação;
 Serviço de Nefrologia;
 Serviço de Neurologia;
 Unidade de AVC;
 Unidade de Gastrenterologia;
 Unidade de Pneumologia;
 Unidade de Oncologia Médica;

Departamento de Cirurgia
 O Departamento de Cirurgia é constituído pelos seguintes
Serviços:
 Serviço de Anestesiologia;
 Serviço de Cirurgia Geral;
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 Serviço de Estomatologia;
 Serviço de Oftalmologia;
 Serviço de Otorrinolaringologia;
 Serviço de Ortopedia;
 Serviço de Urologia;
 Bloco Operatório;
 Unidade de Cirurgia de Ambulatório.

Departamento de Meios Complementares de Diagnóstico e


Terapêutica
Departamento de Meios Complementares de Diagnóstico e
Terapêutica é constituído pelos seguintes Serviços:
 Serviço de Imagiologia;
 Serviço de Patologia Clínica;
 Serviço de Medicina Transfusional.

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO GRANDE QUEIMADO


INTRODUÇÃO:

O queimado necessita boa assistência de enfermagem para que tenha


uma recuperação física, funcional e psico-social, precoce.A equipe de
enfermagem trabalhando paralelamente à equipe médica, deve ter
conhecimentos especializados sobre cuidados a serem prestados aos
queimados.

Esses cuidados iniciam-se com atitude correta ao receber os pacientes


que chegam agitados devido à dor ou ao trauma psíquico, devendo continuar
no decorrer de todo o tratamento até a ocasião da alta, quando os doentes e
familiares são orientados quanto aos cuidados a serem seguidos.

Assistência Imediata

A assistência inicial deve ser prestada em ambiente que proporcione


condições perfeitas de assepsia, tal como uma sala cirúrgica, tendo sempre
presente a importância do problema do controle da infecção, desde o início e
no decorrer do tratamento.
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Para o primeiro atendimento, um mínimo de material e equipamento se
fazem necessários na sala:

EQUIPAMENTO E MATERIAL PERMANENTE:

 Torpedo de oxigênio, se não contar com o sistema canalizado.


 Aspirador de secreção.
 Mesa estofada ou com coxim para receber o paciente.
 Mesa auxiliar para colocar material de curativo (tipo Mayo).
 Suporte de soro.
 Caixa com material de pequena cirurgia.
 Caixa com material de traqueostomia.
 Caixa com material de dissecção de veia.
 Material para intubação endotraqueal.
 Aparelho ressuscitador "Air-viva".
 Pacotes de curativo (com tesoura, pinça anatômica, pinça dente de rato
e pinça de Kocher).

MATERIAL

 Compressa de gaze de 7,5 cm x 7,5 cm.


 Atadura de gaze de 90 x 120 cm com 8 dobras longitudinais.

impregnada em vaselina. Algodão hidrófilo.
 Ataduras de crepe.
 Luvas.
 Pacotes de campos cirúrgicos e aventais.
 Fita adesiva e esparadrapo.
 Máscara e gorro.
 Medicamentos de emergência.
 Antissépticos.
 Seringas de vários tamanhos.
 Agulhas e catéteres de vários calibres.
 Tubos para tipagem de sangue e outras análises laboratoriais.
 Frascos de soro fisiológico.
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PROCEDIMENTO DE ENFERMAGEM
Na Sala de Cirurgia:

 Aplicar imediatamente sedativo sob prescrição médica, com a finalidade


de diminuir a dor, de preferência por via intra-venosa.
 Ao aplicar o medicamento por esta via, deve-se aproveitar para colher
amostra de sangue para tipagem, assim como procurar manter a veia
com perfusão de soro fisiológico para posterior transfusão de sangue ou
outros líquidos.
 Retirar a roupa do paciente e colocá-lo na mesa sobre campos
esterilizados e cobrir as lesões também com campos esterilizados.
 Preparar material para dissecção de veia ou cateterismo transcutâneo
"intra-cat", e auxiliar o médico nestas operações.
 Auxiliar ou executar com supervisão médica, tratamento local de
remoção de tecidos desvitalizados, limpeza sumária das áreas
queimadas, oclusão das lesões, ou ainda, preparo das mesmas para
mantê-las expostas (método de exposição).

Unidade de Internamento:

 Colocar o paciente no leito preparado com campos e arcos de proteção


esterilizados, e também sobre coxim preparado com várias camadas de
ataduras de gaze e revestido com rayon, conforme a localização das
queimaduras. Isto quando o método de tratamento é o de exposição.
 Controle de diurese e outras perdas de líquidos: executar cateterismo
vesical com sonda de demora (sonda de Foley), anotando o volume
urinário. Esta sonda é mantida ocluída, sendo aberta a cada hora para
verificar o aspecto, volume e densidade de urina. Além da diurese,
controlar as demais perdas líquidas, tais como: vômito, sudorese,

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exsudatos e evacuações, observando em cada caso o aspecto, a
freqüência e o volume.

PESCOÇO:

Manter em extensão, com auxílio de coxim no dorso. A presença de


necrose seca ou lesões profundas, poderá provocar compressão e
garroteamento, com perturbações respiratórias. Nestes casos o médico
executará a escarotomia.

MEMBROS SUPERIORES:

Os curativos oclusivos dos membros superiores, têm a finalidade de


proporcionar conforto ao paciente e facilitar atuação de enfermagem. Os
membros devem ser mantidos em abdução parcial e em ligeira elevação.

TRONCO:

Visando evitar os fatores mecânicos, que possam reduzir a


expansibilidade do tórax, o método mais indicado é a posição de Fowler e
semi-Fowler. Entretanto a escolha de decúbito será feita também de acordo
com a área menos atingida. Se a lesão for principalmente face posterior, o
decúbito será ventral, sobre um coxim, que será trocado todas as vezes que se
fizer necessário.

PERÍNEO:

Para as lesões desta região, o tratamento por exposição é utilizado


sistematicamente, devendo as coxas serem mantidas em abdução parcial. A
higiene íntima deve ser feita com água morna e sabão neutro, ou com solução
oleosa. Em nosso serviço utilizamos a seguinte fórmula de solução oleosa:

Cloroxilenol 0.1%. Essência de alfazema 1%. Óleo de amendoim q.s.p.


100 ml.
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MEMBROS INFERIORES:

Manter os membros em posição anatômica, evitar a rotação das pernas,


e prevenir o pé eqüino.

Também nos membros inferiores o curativo oclusivo é freqüentemente


utilizado, visando facilitar a movimentação do paciente e atuação da
enfermagem.

Um Dos Cuidados Fundamentais De Enfermagem É A Mobilização Do


Doente No Leito, Mudança Repetida De Decúbito, Qualquer Que Seja A
Localização Das Lesões.

UNIDADE DO PACIENTE E MATERIAIS DE USO PRIVATIVO:

Limpar diariamente a unidade do paciente (cama, colchão, criado mudo


e cadeira) com água, sabão, solução de-sinfetante (hipoclorito de sódio a 3%) e
solução aromatizante (álcool, essência de pinho 1%, essência de alfazema a
1% e essência de lavanda 1%). Esterilizar semanalmente todos os materiais de
uso pessoal do paciente, tais como: comadre, bacia, cuba rim, copos, garrafas,
e outros.

ASSISTÊNCIA AO PACIENTE CRÍTICO


 Qualificação adequada + Competências e habilidades específicas
 Tomada de decisão frente as suas necessidades biopsicossociais do
paciente.
 Raciocínio clínico, ético e reflexivo relativo às intervenções de
enfermagem.
 Estabilidade emocional
 Conhecimento técnico-científico
 Domínio da tecnologia

CUIDADO DE QUALIDADE

Assistência ao paciente crítico

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Cabe ao Enfermeiro:

 Atividades assistenciais = cuidado de alta complexidade


 Atividades gerenciais = administração da unidade

Atividades assistenciais:

1º momento - paciente crítico é admitido:

 Verificar sinais vitais, se necessário, glicemia capilar;


 Instalar a monitorização cardíaca e oximetria de pulso;
 Puncionar um acesso venoso calibroso.
 Trauma: verificar vias aéreas, ventilação, coluna vertebral e circulação,
verificar nível de consciência.
 Atividades assistenciais
 Plano de cuidados:
 Obter a história do paciente
 Fazer exame físico
 Executar tratamento
 Aconselhar e ensinar a manutenção da saúde
 Orientar para a continuidade do tratamento.

ENTENDA A MATERIA

Estabelecer prioridades diárias - mudanças conforme as alterações no


quadro do paciente:

 Avaliação do paciente (exame físico e nível de consciência);


 Implementação dos tratamentos prescritos (administração de
medicamentos com segurança, oferecer nutrição adequada, prover
reposição hídrica, fazer controle hídrico rigoroso, realizar débito
urinário);
 Monitoramento do paciente (monitorar sinais vitais, padrão respiratório,
saturação de oxigênio, pressão arterial média, pressão venosa central,
pressão intra-craniana, exames laboratoriais e rx);

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 Prevenção de complicações e infecções (monitorar sinais de
complicações, efeitos colaterais, reações adversas; obsevar sinais de
infecção, utilizar de técnicas assépticas na realização dos
lesões (mudança de decúbito)

procedimentos específicos ao diagnóstico apresentado (entubação
orotraqueal, massagem cardíaca, diálise peritoneal); Promoção de
cuidados gerais (sonda nasogástrica (SNG), sonda nasoentérica (SNE),
sonda vesical de demora ou alívio, higiene oral e íntima, cuidados com
drenos, cateter venoso central e periférico e com colostomia, coleta de
secreções, realização de curativo se necessário; Promover estratégias
de enfrentamento;
 Dar suporte emocional e informações ao paciente e família (informações
acerca dos procedimentos e tratamentos, redução da ansiedade).

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CAPITULO IV

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ENFERMAGEM FUNDAMENTAL II

O PROCESSO DE ENFERMAGEM
O conceito do processo de enfermagem, sendo o ―método
utilizado para se implantar, na prática profissional, uma teoria de
enfermagem‖, e seu histórico, citados de uma maneira cronológica por
outros autores de grande importância para a enfermagem.
O Processo de Enfermagem organiza-se em cinco etapas inter-
relacionadas, interdependentes e recorrentes:

AS ETAPAS DO PROCESSO DE ENFERMAGEM


1. Investigação ,(Anamnese e Exame Físico);
2. Diagnósticos de Enfermagem;
3. Planejamentos dos Resultados Esperados, ;
4. Implementação da Assistência de Enfermagem (Prescrição de
Enfermagem);
5. Avaliação da Assistência de Enfermagem.
Processo de enfermagem: Investigação (Anamnese e Exame
Físico) – discute a respeito da investigação para identificar problemas e
necessidades do paciente e assim, determinar seu estado de saúde.
Descreve cinco passos que auxiliam e ordena o profissional enfermeiro:
a coleta de dados, validação dos dados, agrupamento dos dados,
identificação de padrões e comunicação e registro dos dados.

Processo de Enfermagem: Diagnósticos de Enfermagem –


descreve a evolução histórica de como os diagnósticos foram
elaborados e desenvolvidos por enfermeiros. Também aborda os 13
domínios utilizados no sistema de classificação NANDA e também os
componentes estruturais que devem conter neste sistema. Merece
destaque os três casos clínicos abordados no final do capítulo, visando
estimular primeiramente o leitor a identificar diagnósticos de
enfermagem conforme anamnese e exame físico de cada paciente
descrito e posteriormente.
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Processo de Enfermagem: Planejamento dos Resultados
Esperados – foca na importância de realizar o planejamento de
enfermagem após elaboração do diagnóstico. Através dos resultados
esperados estabelecidos são realizadas prescrições de enfermagem
para que a meta proposta seja alcançada. Este capítulo mostra seis
itens necessários para que seja formulado um resultado esperado
eficaz: ser claro e conciso, ser centrado no paciente, estar relacionado
ao título diagnóstico, ser alcançável, conter limite de tempo e ser
mensurável. Exemplificando, para o diagnóstico ―Déficit no autocuidado
para banho relacionado à sedação instituída evidenciado por sujidades
no couro cabeludo‖, um resultado a ser atingido contendo os itens
necessários mencionados é: o paciente irá adquirir capacidade de cuidar
de si mesmo e de sua higiene pessoal em até 30 dias.

Processo de Enfermagem:Implementação da Assistência de


Enfermagem (Prescrição de Enfermagem) – é descrito passos para realizar
uma prescrição de enfermagem e implementá-la a fim de atingir a meta
proposta. Para as autoras, as prescrições de cuidados devem estar bem
redigidas e despertar o interesse da equipe de enfermagem, tanto para ler
quanto para realizar. É interessante e importante ressaltar que foram
exemplificadas algumas prescrições incompletas e em seguida, suas
respectivas correções, chamando atenção do leitor para os principais erros que
ocorrem nesse momento.

Também é abordado sobre o Nursing Intervention Classification


(NIC), um objeto de consulta para o enfermeiro, uma taxonomia de
intervenções de enfermagem. Mas, mesmo contendo centenas de
intervenções e atividades, o enfermeiro deve adaptá-las conforme a
necessidade de cada paciente.
Processo de Enfermagem – Avaliação da Assistência de
Enfermagem – aborda a etapa que consiste em acompanhar as
respostas do paciente aos cuidados e avaliar se obteve bons resultados
das prescrições de enfermagem. Deve ser realizado diariamente ou a
cada novo contato com o paciente durante o procedimento do exame
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físico. Assim, será possível detectar cuidados que necessitam serem
modificados, os que devem ser mantidos e os que foram finalizados,
pois supriram as necessidades do paciente. Ou seja, o profissional deve
avaliar o progresso, estabelecer medidas corretivas das prescrições,
caso seja necessário, e sempre revê-las. Jamais se esquecendo de
realizar as anotações no prontuário ou locais próprios.
Sobre o livro descrito, recomendo, além deste, a leitura da
Resolução COFEN-358/2009, referente à Sistematização da Assistência
de Enfermagem (SAE) e implantação do processo de enfermagem, em
especial, para enfermeiros atuantes e que precisarão implantar nos
estabelecimentos de saúde.

HIGIENE E CONFORTO
 O banho é uma actividade muito importante para o bem-estar do
doente.
 Ao preparar o banho, deve ter em atenção todos os pormenores,
desde a temperatura da água, à temperatura do ambiente.
• Tenha todos os objectos necessários à mão (sabonete,
shampôo, toalha,roupas limpas) para não ter de deixar o
doente sozinho, evitando acidentes;
 Quando o banho tem de ser realizado na cama, deve utilizar uma
bacia com água morna, gel de banho ou sabonete de glicerina e
duas esponjas;
• Garanta que não existem correntes de ar e que o local está
aquecido; • Se o doente puder, deve lavar-se sozinho,
para que se sinta útil;
• A higiene deve começar pelo rosto e cabelo, seguindo-se o
peito, braços e pernas;
 Se a sonda nasogástrica se exteriorizar parcial ou totalmente não
a deve voltar a introduzir. Deve chamar o enfermeiro para este a
voltar a introduzir, assegurando que esta volta ao local correcto.
 O interior do nariz deve ser limpo diariamente com um cotonete
embebido em soro fisiológico.

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 O adesivo deve ser mudado no máximo 2 vezes por semana,
tendo o cuidado de não deslocar a sonda.
 Mesmo que o doente seja exclusivamente alimentado pela sonda
nasogástrica é essencial que preste os cuidados de higiene à
boca.

COMO MUDAR A ROUPA DA CAMA COM O DOENTE DEITADO


 Reunir todo o material que vai ser usado;
 Colocar uma cadeira aos pés da cama que servirá de apoio para
colocar a roupa da cama;
 Desentalar toda a roupa da cama;
 Tirar todas as almofadas;
 Virar o doente de lado, enrolando o lençol de baixo para junto do
doente, tendo o cuidado de o manter coberto com o lençol de
cima;
 Após a higiene do doente, colocar o lençol de baixo lavado na
cama, recobrindo a parte do leito que foi descoberto
anteriormente, encostando-o bem ao doente;

passar para o lado oposto e retirar a roupa suja;

VESTUÁRIO O VESTUÁRIO DEVE SER:


• Confortável;
• Largo (que não aperte);
• De algodão;
• Sem fechos;
• Sem botões (para fechar utilize o velcro);
• Os fatos de treino são uma boa solução porque são quentes,
confortáveis e práticos; • Em doentes acamados os pijamas ou camisas
devem ser abertos, de preferência nas costas;

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COMO DESPIR E VESTIR UM DOENTE ACAMADO?
Deve ter sempre em atenção os seus sentimentos e não expor o
seu corpo demasiado.

Para despir: Quando a roupa é em feitio de casaco, desaperta-se


e inclinase o doente para o nosso lado, despe-se a manga do braço que
está virado para nós, enrola-se a roupa nas costas, voltase o doente
para o lado oposto e despe-se a outra manga. Para despir as calças do
pijama, desapertam-se, pede-se colaboração ao doente para flectir os
joelhos (se possível) e levantar as nádegas, enquanto descemos a
roupa até aos joelhos. Por fim, retiram-se as calças.

Para vestir: Se a roupa for aberta, inclina-se o doente para o


nosso lado e veste-se a manga do braço do mesmo lado. Voltar o
doente para o lado oposto e vestir a outra manga. Posicionar o doente e
verificar se a roupa ficou bem esticada.
Levantar e movimentar o doente acamado O doente acamado
necessita de grande ajuda em relação à mobilidade. O cuidador deverá
tentar arranjar alguém para colaborar no levante do doente.

Tome nota

No levante:
• Quando estiver a levantar o doente, mantenha os seus pés
afastados e próximos da cama. Mantenha-se junto do doente e diga-lhe
o que quer que ele faça;
• Evite sempre puxar o doente pelos braços, mas segure-o pelas
ombros (omoplatas), pois pode deslocar as articulações;
• Demore o tempo que lhe for necessário, nunca pegue em
"peso";
• Com o levante pode lesionar as suas costas, tente evitar
movimentos de torção; Ajudar o doente a levantar-se da cadeira: Se for
cadeira de rodas, assegure-se que está travada; As cadeiras mais altas

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e de braços firmes ajudam o doente a permanecer independente mais
tempo e facilitam o procedimento do levante.

POSICIONAMENTOS

Os doentes que se encontram, por alguma patologia, com


limitação física são dependentes da sua ajuda para se movimentarem,
como tal estes necessitam que efectue posicionamentos. Os
posicionamentos são posições em que se coloca o doente quando este
não tem a capacidade para mudar de posição sozinho.
Os posicionamentos têm como objectivos:
• Promover o conforto;
• Prevenir posições viciosas;
• Prevenir feridas na pele (úlceras de pressão).
Mude-o de posição frequentemente com o apoio de almofadas:
• Para o lado esquerdo (decúbito lateral esquerdo);
• Para o lado direito (decúbito lateral direito);
• De costas (decúbito dorsal).
Assaduras
A incontinência, ou seja, a dificuldade em reter fezes ou urina,
leva à necessidade do uso de fralda e facilita o aparecimento de
assaduras (eritema das fraldas) que pode vir a dar origem a uma escara.
Existem alguns cuidados a seguir para o evitar:
• Mudar a fralda sempre que se encontre suja;
• Passar um pouco de água e sabão da região mais limpa para a
região mais suja, ou seja, da vagina/pénis para o ânus;
• Secar muito bem a pele depois de lavar com cuidado;
• Aplicar uma espessa camada de pomada protectora na zona
coberta pela fralda, de forma a evitar o contacto da urina e das fezes
com a pele.

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HUMANIZAÇÃO DA ASSISTENCIA

O conceito de humanização das práticas e da atenção à saúde


está na pauta de discussões mundo afora há várias décadas e, nos
últimos anos, vem ganhando destaque na literatura científica nacional,
principalmente nas publicações ligadas à saúde coletiva (GOULART;
CHIARI, 2010).

Este conceito pode ser traduzido como uma busca incessante


pelo conforto físico, psíquico e espiritual do paciente, família e equipe,
elucidando assim a importância da mesma durante o período da
internação (BOLELA; JERICÓ, 2006). Sendo assim, a humanização
representa um conjunto de iniciativas que visam a produção de cuidados
em saúde, capazes de conciliar a melhor tecnologia disponível com
promoção de acolhimento, respeito ético e cultural do paciente, espaços
de trabalho favoráveis ao bom exercício técnico e a satisfação dos
profissionais de saúde e usuários (GOULART; CHIARI, 2010).

A humanização da assistência à saúde é uma demanda atual e


crescente no contexto brasileiro que emerge da realidade na qual os
usuários dos serviços de saúde queixam-se dos maus-tratos.

A enfermagem é considerada uma profissão que sofre o impacto


total, imediato e concentrado do stress, que advém do cuidado
constante com pessoas doentes, situações imprevisíveis, execução de
tarefas, por vezes, repulsivas e angustiantes, o que é comum nas
unidades de pronto socorro. Os profissionais que atuam em unidades de
atendimento de emergência devem ser capazes de tomar decisões
rápidas e precisas e capazes de distinguir as prioridades, avaliando o
paciente como um ser indivisível, integrado e inter relacionado em todas
as suas funções.

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POSTURA E MECÂNICA CORPORAL

Refere-se à posição do corpo e a maneira como ele é mantido,


ela pode ser adquirida em pé, sentada ou deitada.

Postura Adequada em Pé
- Pés paralelos com peso distribuído igualmente
- Dobre os joelhos para evitar forçar as articulações
- Mantenha os quadris em um mesmo nível
- Mantenha o abdómen erecto e contraído
- Mantenha a coluna alinhada
- Mantenha o peito erecto e levemente inclinado para frente
- Mantenha os ombros em uma mesma linha
- Mantenha a cabeça erecta com o rosto voltado para frente

Postura Adequada Sentada


- Mantenha as nádegas e a parte superior das coxas como base
de apoio
- Mantenha os pés em repouso sobre o chão
- Mantenha os joelhos flexionados, com a área poplítea livre da
extremidade da cadeira, a fim de evitar interferência na circulação distal

Posição Supina
- Mantenha a cabeça e os músculos do pescoço em posição
neutra
- Ombros nivelados
- Braços, quadris e joelhos levemente flectidos
- Tronco e quadris nivelados
- Pernas paralelas uma em relação à outra
- Pés formando ângulo reto em relação às pernas.

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MECÂNICA CORPORAL
A movimentação de pacientes acamados é uma actividade
fisicamente desgastante para o profissional de enfermagem e poderá
tornar-se perigosa devido à má postura corporal adoptada, caracterizada
principalmente pela inclinação da coluna para frente e para trás e
inúmeras flexões e rotações.

PRINCÍPIOS DE MECÂNICA DO CORPO


1. Use os músculos maiores e mais fortes dos braços e pernas
2. Centralize cargas pesadas
3. Flexione os joelhos
4. Use a cintura escapular interna e alongue o diafragma
5. Sempre que possível empurre, puxe e role em vez de erguer
6. Use o peso do corpo como alavanca para auxiliar a empurrar
ou puxar objectos
7. Manter os pés afastados para oferecer ampla base de apoio
8. Flexionar os joelhos e manter as costas retas sempre que
erguer um objecto
9. Evite girar e alongar os músculos durante o trabalho
10. Descanse entre os períodos de esforço.

BENEFÍCIOS DE UMA BOA POSTURA E MECÂNICA CORPORAL


1. Bom Equilíbrio / Aparência atraente
2. Aumento da eficiência muscular
3. Menor fadiga
4. Menor índice de traumatismo ao sistema músculo-esquelético

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CAPITULO V

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ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS

O profissional da Enfermagem atua na promoção, prevenção,


recuperação e reabilitação da saúde, com autonomia e em consonância
com os preceitos éticos e legais. Portanto, uma das atividades mais
importantes da equipe de Enfermagem no cuidado prestado é a
administração de medicamentos, pois está diretamente ligada à melhora
do quadro clínico do paciente.
Com essa atribuição dada ao profissional de Enfermagem, é de
extrema importância que o mesmo tenha responsabilidade,
conhecimento técnico e habilidades, pois isso garante a segurança do
paciente durante o procedimento.

FARMACOLOGIA
É a ciência que estuda a natureza e as propriedades dos
fármacos e principalmente a ação dos medicamentos.
FARMACOTERAPIA
Uso de medicação com o objectivo de tratar, prevenir,
diagnosticar e controlar os sinais e sintomas de diversas patologias.

FORMAS DE APRESENTAÇÃO DOS MEDICAMENTOS


1. Cápsula: possui um invólucro de gelatina com o medicamento
na parte interna em forma sólida, semissólida ou líquida. Facilita a
deglutição e a absorção na cavidade gástrica;
2. Comprimido: possui um formato próprio, com sua forma
redonda ou ovalada, alguns possuem uma marca que facilita sua
divisão;
3. Drágea: possui um revestimento de solução de queratina, feita
de açúcar e corante, contém uma liberação entérica melhor, além de
evitar sabor e odor do medicamento;
4. Elixir: sua composição, além do soluto, contém 20% de açúcar
e 20% de álcool;
5. Emulsão: é composta de óleo e água.
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6. Gel: sua forma é semissólida, a pele absorve pouca
quantidade;
7. Loção: podem ser encontradas em forma de líquido ou
semilíquido, com princípio ativo ou não.
8. Creme: sua forma é semissólida, com uma textura mais macia
e aquosa, com boa absorção pela pele;
9. Pomada: sua apresentação é semissólida, com uma textura
macia e oleosa, possui pouca absorção na pele;
10. Pó: necessita de diluição e dosagem exata;
11. Suspensão: possui uma substância sólida e uma líquida,
aonde a parte sólida se encontra suspensa no líquido;
12. Xarope: uma solução que contém um soluto, um solvente e
2/3 de açúcar.

ACÇÃO DOS MEDICAMENTOS


Os medicamentos possuem diversas formas de ação no nosso
organismo, como por exemplo, a ação química, que pode ser profilática,
curativa, paliativa e diagnóstica, como pode ter também uma ação local
ou sistêmica.

VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS


A via de administração compreende a forma como o
medicamento entrará em contacto com o organismo, para exercer sua
actividade farmacológica. De acordo com algumas condições, como o
objectivo a ser alcançado, as propriedades do medicamento, ou as
condições clínicas do paciente, haverá a indicação para uma via de
administração específica, que apresentará suas vantagens e
desvantagens.
A via prescrita para administração de um medicamento depende
das suas propriedades e do efeito desejado, assim como as condições
físicas e mentais do utente.
A administração de medicamentos requer base de
conhecimentos para permitir uma administração segura e os
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profissionais devem estar preparados para a utilização das diferentes
vias.
Após a administração do medicamento ele sofre absorção,
distribuição, metabolização e excreção. Em geral eles levam um
determinado tempo para entrar na corrente sanguínea, excepto quando
administrado por via endovenosa.
Ao administrar um medicamento o profissional deve orientar o
utente e/ familiares a respeito da medicação , o motivo da escolha da
via, a importância da toma de medicamentos quando por via oral e os
principais efeitos colaterais.
Podem ser classificadas em dois grandes grupos, sendo a via
enteral e a parenteral.

Principais vias de administração de medicamentos

 Via enteral
 Oral
 Sublingual
 Rectal

Via Parenteral
o Intravenosa (IV)
o Intramuscular ( IM)
o Intradermico (ID)
o Subcutanea (SC)

Outras
 inalação
 intranasal
 intratecal/intraventricular
 Tópica ( nasal, vaginal, dérmica, ocular).

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VIA ENTERAL

Oral
É a via mais utilizada, por apresentar características como a
segurança, economia, além da facilidade de administração e não causar
dor. Contudo, são contraindicadas para pacientes que apresentam
náuseas, vómitos, desacordados ou com dificuldade de deglutição,
como crianças menores. Possuem também a capacidade de
identificação pelo paciente, por apresentar diferentes formas e cores.
Comprimidos, drágeas, cápsulas, xaropes, suspensões e elixires
são algumas das formas farmacêuticas empregadas nesta via de
administração. Sofrem absorção intestinal e estomacal, principalmente.

Vantagens
 Mais seguro
 Mais conveniente
 Mais económico
 A administração e fácil
 Confortável e indolor
 Possibilidade de remover o medicamento
 Efeitos locais e sistémicos
.Desvantagens
 Limitações de absorção de alguns fármacos
 Irritação da mucosa gastrointestinal
 Destruição de alguns fármacos pelas enzimas digestivas ou pelo
baixo pH gástrico
 Interacção com alimentos ou com outros fármacos
 Necessidade de colaboração por parte do paciente

Técnica de administração
 Lavagem das mãos
 Prepare o medicamento de um paciente de cada vez

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 Verificar o rotulo do medicamento certificando que e o certo, e a
data de validade
 Comparar a medição com a ficha do utente
 Calcule a dose quando for necessário
 Fazer preparação psicológica
 Coloque o medicamento directamente em um copo sem tocar
com os dedos
 colocar na boca do utente orientando-o a deglutir auxiliando com
líquidos.

Via sublingual
Esses medicamentos são geralmente administrados em
situações de emergência, que requer rápida ação, pois são rapidamente
absorvidos através da mucosa sublingual. Apresentam-se em
comprimidos ou gotas, sendo colocados sob a língua, devendo
permanecer no local até a sua completa absorção. Exemplos de sua
aplicação são casos de hipertensão ou infarto cardíaco.

Vantagens
 Fácil acesso e aplicação
 Muito utilizado em emergência
 Protecção do fármaco do metabolismo hepático

.Desvantagem
 Pacientes inconscientes
 Irritação da mucosa bocal
 Dificuldade de administração em pediatria

Via retal
A administração rectal e feita por supositórios rectais que contem
medicações que exercem efeitos locais como defecação ou efeitos
sistémicos como redução de náuseas. São geralmente armazenados no
refrigerador ate serem administrados. Durante a administração coloca se

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o supositório sem a embalagem no esfíncter anal interno e contra a
mucosa rectal, para não ser expelido nas fezes em algumas vezes e
necessário fazer um enema de limpeza antes de inserir o supositório.
- E útil quando a via oral não e possível, porque o utente esta
inconsciente ou em situações de náuseas e vómitos.
- A absorção rectal e muitas vezes irregular e incompleta, e
alguns fármacos causam irritação da mucosa rectal.
- Apresentam se de forma sólida misturada com gelatina com uma
forma adequada a inserção no recto, derrete quando alcança a
temperatura corporal libertando a medicação para a absorção.
Formas farmacêuticas: supositórios

Técnica de aplicação
 Lavagem das mãos
 Prepare o material: supositório, gel lubrificante, luvas e gaze
 Verificar o rotulo quanto a data de validade, e a dose.
 Rever na ficha do utente sobre historia de cirurgia rectal ou
sangramento.
 Fazer preparação psicológica explicando o procedimento, as
sensações esperadas
 Assegurar a privacidade
 Calçar as luvas.
 Verifique as condições externas do ânus e apalpe as paredes
rectais se for necessário.
 Elimine as luvas, e calce outras
 Colocar lubrificante no dedo indicador da mão dominante e
lubrifique a extremidade arredondada.
 Retire o supositório da embalagem.
 Com a mão não dominante retraia as nádegas, insira o
supositório devagar pelo ânus até ao esfíncter anal.
 Em crianças segurar as nádegas durante um período de tempo
para manter a medicação no lugar.
 Retire o dedo e limpe a área anal com uma gaze.
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 Pedir o utente que fique em decúbito lateral por pelo menos 5 min
para evitar que o supositório seja expelido.
 Remova as luvas e higienize as mãos.

VIA PARENTERAL
A administração parenteral de medicamentos e aquela realizada
por meio de injecções, considera-se um procedimento invasivo e deve
ser usada técnica asséptica.
Utiliza-se material como seringa e agulhas de diversos tamanhos
e as medicações em ampolas ou frascos, algodão e solução anticéptica.
Seringas é constituido por: são tubos cilindros constituídos por:
bico, tubo (corpo) e embolo.
A agulha é constituída por: bisel, haste, canhão.
São indicados quando a administração pela via oral não é
recomendada e/ou quando requer rápida ação.

Vantagens sobre a administração parenteral


 São indicadas quando a via oral esta contra indicada.
 A absorção e mais rápida com relação a via oral ou tópica
 Muito utilizada em terapia a longo prazo
 A dose eficaz pode ser administrada de modo mais preciso
 Recomendado quando o paciente esta inconsciente, não colabora
ou e incapaz deglutir ou tolerar um fármaco administrado por via
oral.

Desvantagens da via Parenteral


 Deve se manter assepsia pois há risco de infecção
 Pode ser dolorosa
 Pode ser dispendioso

Via Intradérmica (ID)

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 São administradas para testes cutâneos ou alérgicos.
 O medicamento e injectado na derme onde o aporte sanguíneo e
reduzido e a absorção e lenta.
 O teste cutâneo exige capacidade do profissional de observar
claramente a região da injecção para visualizar alteração na
pigmentação na coloração e da integridade da pele.
 Os locais para administração intradermica dever ser pouco
pigmentados estar livre de lesões e ter poucos pelos.
 Locais adequados a administração: a parte interna do antebraço,
e a parte superior das costas.
 Usa-se seringas pequenas, o ângulo de inserção e de 5° a 15 °
 O bisel é apontado para cima
 A medida que se injecte o medicamento uma pequena bolha
semelhante a uma picada de mosquito ira aparecer na superfície
da pele.
 Se a bolha não aparecer ou se o local sangrar depois da retirada
da agulha, e provável que o medicamento entrou nos tecidos
subcutâneos. Neste caso os resultados do teste não seram
validos.

Técnica de aplicação
 Observe lesões ou manchas no antebraço ou região superior das
costas
 Faça o utente estender o cotovelo e apoiar o antebraço sobre
uma superfície plana.
 Introduz a agulha contra a pele do utente, com o bisel voltado
para cima em um ângulo de 5 a 15 ate que se sinta uma
resistência.
 Em seguida avance com a agulha através da epiderme ate mais
ou menos 3 mm abaixo da superfície da pele
 Injecte lentamente o medicamento, se sentir resistência remova e
comece de novo.

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 A mão não dominante deve estabilizar a agulha durante a
injecção.
 Enquanto injecta o medicamento observe que uma pequena
bolha de 6 mm (semelhante a picada do mosquito) aparece na
superfície da pele
 Retire a agulha e aplique uma bola de algodão ou gaze sobre a
região sem massajar
 Descarte a agulha no recipiente para perfuro cortante
 Observe qualquer reacção alérgica
 Use um lápis e desenhe um circulo ao redor do perímetro da
injecção
 Retire as luvas e faça a higienização das mãos
 Anote.

Via Subcutânea (SC)


 Administração de medicamentos sob a pele, no tecido
subcutâneo. Os medicamentos mais utilizados são a heparina e
insulina, assim como algumas vacinas .
 Pode haver um desconforto devido os receptores da dor
localizados no tecido subcutâneo
 Há riscos de danos teciduais pois, devem ser utilizados apenas
por fármacos que não irritam os tecidos, sob pena de ocorrer
necrose e descamação tecidual.
 A absorção lenta
 Os locais de injecção subcutâneas são: face posterior externa do
braço, abdómen nas cristas ilíacas, faces anteriores da coxa.
Outros locais alternativos: áreas escapulares das costas e as
regiões glúteas ventrais ou dorsais superiores; o local escolhido
para injecção deve estar livre de lesões cutâneas, proeminências
ósseas, e grandes nervos.

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TÉCNICA DE ADMINISTRAÇÃO

medicamentos, algodão com álcool ou anticéptico, rotulo
verificando data de validade.


hidratação, peso etc.



 uanto a presença de inflamação ou
edemas.

de uma ampola ou frasco e rotular quando for necessário.

utente, mantenha um lençol sobre as partes que não precisão
estar expostas

 Localize o local da punção utilizando pontos anatómicos

alternar os locais de aplicação.
 anho da agulha

indicador, meça a dobra desde o topo ate a base a agulha deve
ter a metade do comprimento.

dependendo do local escolhido para injecção para diminuir o
desconforto.


° (dependendo da espessura de tecido) seguir largue a pele.
O.b.s: é raro perfurar um vaso durante a administração SC por
isso não e necessário aspiração.
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Via Intramuscular (IM)
Administração feita diretamente no músculo, utilizada para
determinados tipos de formulações, como soluções oleosas ou
suspensões, que requerem uma absorção a longo prazo. O volume deve
ser avaliado, pois irá depender da massa muscular do indivíduo,
evitando complicações. Os músculos mais utilizados são o vasto lateral
da coxa, o glúteo e o músculo deltoide.

Vantagens


mais rápida que quando aplicada no glúteo

Desvantagens


 elacionada ao tipo de solução:
Solução aquosa: absorção rápida
Solução oleosa: absorção lenta

Formas farmacêuticas: injecções


Principais músculos: deltóide, vasto lateral e glúteo

LOCAIS PARA INJECÇÃO IM:



possui maior parte dos nervos, absorção e rápida frequentemente
utilizada em bebes durante as imunizações.
 -glutea: região profunda, muito utilizada para
antibioticoterapia, suporta maior volume.

medicação, recomendado para vacinas.

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TÉCNICA DE ADMINISTRAÇÃO

medicamentos, algodão com álcool ou anticéptico, rotulo
verificando data de validade.

 equilíbrio hídrico do utente (turgor da pele,
hidratação, peso etc.




edemas.
 de maneira asséptica e correcta a medicação a partir
de uma ampola ou frasco e rotular quando for necessário.

utente, mantenha um lençol sobre as partes que não precisão
estar expostas
 a a preparação psicológica
 Localize o local da punção utilizando pontos anatómicos

a procura de dor ou endurecimento.

 no musculo com a mão não dominante

ângulo de 90° dentro do musculo, após a agulha perfurar a pele
segure a parte inferior do tubo da seringa com a mão não
dominante para estabilizar a seringa.

seringa.

de sangue injecte o medicamento de forma lenta.
Obs: se ocorrer retorno sanguíneo remova a agulha descarte o
medicamento e a seringa, prepare outra medicação para injecção.
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RECOMENDAÇÕES/ TÉCNICA DE ADMINISTRAÇÃO
 - Escolha do bisel
 - Escolha do musculo para aplicação lembrando que no glúteo
deve ser no quadrante superior externo para não ferir o nervo
ciático
 - Assepsia local
 - Agulha perpendicular a pele
 - Aspirar antes de aplicar
 - Auxiliar a absorção com massagens
 - Retardamento na absorção com gelo.

Nota: a aplicação deve ser feita por pessoal treinado pois há


muitos riscos na administração por via IM.

VIA ENDOVENOSA
Também chamada de via intravenosa, consiste na administração
directamente na corrente sanguínea, através da veia. Pode incluir uma
única dose, ou administração por infusão contínua, no soro fisiológico ou
glicosado. Medicamentos com características incompatíveis a
administração pela via oral, como os passíveis de degradação pelo suco
gástrico, ou de difícil absorção também devem ser utilizados por esta
via. Desvantagens incluem a dor e possibilidade de infecções.

Vantagens (IV)

e rápida.

 principalmente em crianças.

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Desvantagens ( IV)

Administrar lentamente pois não existe recuperação a pois a
administração).

provocam hemólise, não devem ser administrado por via IV.

TÉCNICA DE ADMINISTRAÇÃO DE (IV)



medicamentos ou fluidos IV ésteres, algodão com álcool ou
anticéptico, rotulo verificando data de validade.

 aliar o equilíbrio hídrico do utente (turgor da pele,
hidratação, peso etc.




edemas.
 Prepare de maneira asséptica e correcta a medicação a partir
de uma ampola ou frasco e rotular quando for necessário.

utente, mantenha um lençol sobre as partes que não precisão
estar expostas




algodão embebido em álcool
 e algodão entre o terceiro e quarto dedo da
mão da mão não dominante

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injectar.

OUTRAS VIAS (topica)

INALAÇÃO
Fornece um alivio rápido de problemas respiratório, os inalantes
podem ser administrados através das narinas, boca ou tubos
endotraqueais ou de traqueostomias.

Administração intranasal
As medicações são dispensadas por meio de aerossóis em
spray, borrifação ou pó que penetra nas vias pulmonares a rede alveolo-
capilar absorve o medicamento rapidamente.
Utentes com alteração dos seios nasais recebem medicação em
spray ou gotas descogestionadoras para aliviar os sintomas de
congestão nasal ou resfriados.

Administração Intratecal
É utilizado quando se deseja um efeito local rápido do fármaco
nas meninges.
Administra se por meio de um cateter introduzido no espaço
subaracnoide ( raquianestesia infecções agudas Do SNC).

APLICAÇÕES TÓPICAS

As medicações tópicas são aquelas aplicadas localmente na pele


integra ou em mucosas.
Auricular: são instiladas gotas ou soluções estéreis no caso de
ruptura do tímpano ou infecção. A penetração de solução não estéril
pode causar infecção.
Vaginal: as medicações vaginais estão disponíveis em
supositórios, espuma, géis ou cremes. Os supositórios são de forma
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oval e derretem após sua inserção na vagina com a temperatura da
mesma, e gera consequente distribuição e absorção; os géis espumas e
cremes são administrados com um aplicador.
Derme: através de pomadas aplicadas sobre a pele.

Via Respiratória
Administração na forma de nebulização ou pó inalatório.
Empregada para pacientes com problemas respiratórios. Apresenta
efeito local (descongestionante nasal ou medicamentos antiasmáticos)
ou sistêmico (anestesia inalatória), sendo que a administração é feita
através da boca. Os medicamentos se apresentam na forma de gás ou
pó, percorrendo a via respiratória e desenvolvendo a sua acção.

HEPARINIZAÇÃO
Conceito: Dispositivo intravenoso heparinizado é a manutenção
de um dispositivo intravenosos em uma veia periférica, através de uma
substância anticoagulante para evitar obstrução da mesma.

Vantagens:
 Evitar punções múltiplas, trazendo desconforto e ansiedade ao
paciente;
 Favorecer o movimento do paciente;
 Favorecer uma maior durabilidade da veia;
 Diminuir o risco de sobrecarga hídrica.

Material: bandeja contendo: material para punção da veia


periférica, seringa com heparina diluída, seringa com 5 ml de água
destilada.

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UNIDADES DE PESOS, MEDIDAS E TEMPO
O sistema métrico decimal e de tempo utilizado em hospitais tem
como unidades básicas o metro, o litro, o grama e o segundo.

O metro(m) é a unidade básica de comprimento.


O litro (l) é a unidade básica de volume.
O grama (g) é a unidade básica do peso.
O segundo (seg.) é a unidade básica de tempo.

Na enfermagem usam-se rotineiramente as unidades de medidas


litro e grama divididas por 1000.
Exemplo:
1 l = 1000 mililitros
1 g = 1000 miligramas
1 h = 60 minutos
1 min = 60 segundos

Gramas/Miligramas
1g=1000mg
0.8g=800mg
0.5=500mg
0.2=200mg
0.1=100mg

Litros/Mililitro
2l=2000ml
0.6l=600ml
0.15=150ml
3.2=3200ml
0.52=520ml

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FORMAS DE MEDIDAS
Para colher medida os valores precisam ser verificados em cada
utensílio, pois podem variar conforme o fabricante. Para gotejamento os
valores são padronizados, entretanto quando for para medicamentos em
frasco-gotas também precisam ser verificados, pois podem variar de
acordo com o medicamento.
1 Colher de sopa corresponde a 15 ml;
1 Colher de sobremesa corresponde a 10 ml;
1 Colher de chá corresponde a 5 ml;
1 Colher de café corresponde a 2,5 ou 3 ml*
1 ml possui 20 gotas;
1 ml possui 60 microgotas;
1 Gota possui 3 microgotas.
1 Gota é igual a 1 macrogota.
As colheres de café antigas eram menores que as atuais, isto
justifica esta diferença);

CÁLCULOS DE GOTEJAMENTO (FÓRMULAS)


Uma das actividades que a equipe de enfermagem realiza
frequentemente é a administração de medicamentos. Para fazê-lo
correctamente, na dose exacta, muitas vezes ela deve efectuar cálculos
matemáticos, porque nem sempre a dose prescrita corresponde ao
contido no frasco.
Os cálculos, todavia, não são muito complicados; quase sempre
podem ser feitos com base na regra de três simples.O cálculo de
gotejamento a principio é fácil, porém alguns detalhes podem confundir
alguns profissionais e alunos de enfermagem.
Antes de fazermos as contas, precisamos saber alguns detalhes
como:
- 1 gota equivale a 3 microgota
- 1 ml do equipo de macrogota equivale a 20 gotas
- 1 ml do equipo de microgota equivale a 60 gotas

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FÓRMULA DO CÁLCULO DE GOTEJAMENTO EM HORA
G = Gotejamento (gts/min)
V = Volume da solução (ml)
T = Tempo (horas)
3=Constante
Fórmula Gts = V / (Tx3)
Essa fórmula é utilizada quando temos o tempo em horas e
queremos o resultado em Gts/min . . Exemplo: Prescrito Ringer com
Lactato 500 ml em 8 horas. Quantas gotas irão infundir por minuto?

Para resolver vamos utilizar a fórmula:


Gts = V / (Tx3) (Essa fórmula é utilizada quando temos o tempo
em horas e queremos o resultado em Gts/min)
Gts= 500 ml / (8h x 3) Gts = 500 / 24 Gts = 20,83 gts/ min
Arredondando por aproximação fica: Irão infundir 21 gts / min.
FÓRMULA DO CÁLCULO DE GOTEJAMENTO EM MINUTOS
V=Volume a ser infundindo
20 ou 60=Constantes
T=Tempo estipulado para infusão em minutos

Gts/min=--V.20(gotas por minutos é igual a volume vezes 20 ou


60 sobre tempo)

FARMACOCINÉTICA
Farmacocinética: É o caminho que o medicamento faz no
organismo. Trata das etapas que o medicamento sofre desde a
administração até a excreção, que são: absorção, distribuição,
biotransformação e excreção.
Farmacocinética: é o "caminho" que o medicamento segue no
organismo de seres vivos como humanos. Não se trata do estudo do seu
mecanismo de ação, o que corresponde à farmacodinâmica ou mesmo
da farmacogenômica, mas sim as etapas que a droga sofre desde a
administração, introdução do fármaco no organismo como tomar um
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comprimido, até a excreção, processo pela qual o fármaco deixa o
organismo definitivamente, que são: administração, absorção,
biotransformação, biodisponibilidade e excreção. Note também que uma
vez que se introduza a droga no organismo, essas etapas ocorrem de
forma simultânea, dado que uma quantidade de medicamento já passou
pela a etapa em questão , sendo essa divisão apenas de caráter
didático.

FASES
As fases da farmacocinética são:






ABSORÇÃO FARMACOLÓGICA
É a primeira etapa que vai desde a escolha da via de
administração até a chegada da droga à corrente sanguínea. Vias de
administração como intravenosa e intra-arterial pulam essa etapa, já que
caem direto na circulação. Alguns fatores interferem nessa etapa como
pH do meio, forma farmacêutica e patologias (úlceras por exemplo).
A característica química do fármaco interfere no processo de
absorção.
Efeito de primeira passagem
É a metabolização do fármaco pelo fígado e pela microbiota
intestinal, antes que o fármaco chegue à circulação sistêmica. As vias de
administração que estão sujeitas a esse efeito são: via oral e via retal
(em proporções bem reduzidas).

Etapa em que a droga é distribuída no corpo através da


circulação. Ela chega primeiro nos órgãos mais vascularizados (como
sistema nervoso central, pulmão, coração) e depois sofre redistribuição

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aos tecidos menos irrigados (tecido adiposo por exemplo). É nessa
etapa que a droga vai chegar ao local onde vai atuar. Interferem ainda
nessa etapa baixa concentração de proteínas plasmáticas (necessárias
para a formação da fração ligada) como desnutrição, hepatite e cirrose,
que destroem hepatócitos, que são células produtoras de proteínas
plasmáticas, reduzindo assim o nível destas no sangue.

Ver artigo principal: Biotransformação


Fase onde a droga é transformada em um composto mais
hidrossolúvel para a posterior excreção.

Ela se dá em duas fases:

conjugação com o ácido glicurônico


A fase 1 não é um processo obrigatório, variando de droga para
droga e diferente da fase 2, obrigatória a todas as drogas. O fígado é o
órgão que prepara a droga para a excreção.

BIODISPONIBILIDADE
Biodisponibilidade é uma medida da extensão de uma droga
terapeuticamente ativa que atinge a circulação sistêmica e está
disponível no local de ação. O termo biodisponibilidade é usado para
descrever a fração de uma dose administrada de uma droga não
alterada que atinge a circulação sistêmica. É uma das principais
propriedades farmacocinéticas das drogas. Por definição, quando uma
medicação é administrada intravenosamente, sua biodisponibilidade é
de 100%. Entretanto, quando uma medicação é administrada por outras
vias (como a via oral, por exemplo), sua biodisponibilidade diminui
(devido à absorção incompleta e ao metabolismo de primeira
passagem).

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A biodisponibilidade é uma das ferramentas essenciais da
famarcocinética, já que seu valor deve ser considerado quando se
calcula as doses para administração de drogas por vias não-
intravenosas. Referindo-se sobre a biodisponibilidade calcula o grau de
quantidade de um fármaco administrado ou de outra substância que se
torna disponível para actuar no seu alvo (célula, tecido, órgão etc.)

Excreção

Pela excreção, os compostos são removidos do organismo para o


meio externo. Fármacos hidrossolúveis, carregados ionicamente, são
filtrados nos glomérulos ou secretados nos túbulos renais, não sofrendo
reabsorção tubular, pois têm dificuldade em atravessar membranas.
Excretam-se, portanto, na forma ativa.
FARMACODINÂMICA
De forma simplificada, podemos considerar farmacodinâmica
como o estudo do que o medicamento faz no organismo enquanto
farmacocinética é o que o organismo faz com a droga.
Farmacodinâmica (do grego pharmakon, "remédio" e dýnamis,
forças) é o campo da farmacologia e medicina, que estuda os efeitos
fisiológicos dos fármacos nos organismos vivos, seus mecanismos de
ação e a relação entre concentração do fármaco e efeitos desejados e
indesejados.
Fatores importantes
Quatro fatores do paciente podem influenciar a farmacodinâmica:



Termos importantes
A farmacodinâmica inclui o estudo de:

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 cidade

 -Resposta


 -vida

A Farmacocinética e farmacodinâmica usam modelos que


representam o que ocorre desde a administração de um fármaco até
efeitos perceptíveis. Modelos Farmacocinéticos incluem estudos de
absorção, distribuição, metabolismo, eliminação (ADME). Modelos
farmacodinâmicos são mais recentes e mais complicados por
envolveram interação do fármaco com os receptores e proteínas do
organismo.
Funções
Farmacocinética procura funções do tipo:
Onde: y é a concentração no sitio de ação, f é uma função com
valores reais e positivos, e D é a dose (terapia). A dose é um vetor dado
que temos grandezas como frequência, dose, tempo da terapia, e outras
grandezas.

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CAPITULO VI

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APLICAÇÃO DE CALOR E FRIO

O CALOR E O FRIO COMO AGENTES TERAPÊUTICOS


I) Introdução
A utilização de agentes físicos é antiga. A história referencia a
utilização (pelos gregos e romanos) da luz solar, da água, do calor, das
massagens... na cura e alívio das doenças.
II) DEFINIÇÃO
* Aplicação do calor : compreende o uso de um agente mais
quente que a pele.
* Aplicação do frio : compreende o uso de um agente mais frio
que a pele.
Ambos podem ser feitos sob a forma úmida ou seca.
III) TIPOS
A.1) Calor úmido: a exposição excesiva pode causar maceração,
porém reduz o ressecamento da pele.
- Banhos (cirurgia retal, hemorróidas, episiotomia no parto,
inflamação vaginal): implica em colocar o corpo todo ou em parte, na
água.
- Embebições: imersão de parte do corpo (pés, mãos) ou
envolvimento de partes em gaze saturada com líquido.
- Cataplasma: massa quente e úmida, de substância leve capaz
de conservar o calor. Ex: farinha.
- Empanamentos, saturações, fomentações e compressas .
- Aplicações de panos úmidos (ou gaze) a uma parte do corpo.

A.2) Calor seco:





aplicam calor a seco numa área lesionada).

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B.1) Frio úmido:
- Compressas frias
- Banhos de esponja
- Empanamento
B.2) Frio seco:
- Bolsa de gelo

OBS: As aplicações úmidas (frias ou quentes) são mais


penetrantes que as secas.
O calor seco por sua vez retém a temperatura por um maior
tempo pois não é influenciado,pela,evaporação.

IV) Efeitos da aplicação do calor:

a o exsudato mais fluido

nutrientes), redução da congestão venosa;


angue; melhora da oferta de
leucócitos e nutrientes; remoção de dejetos;

tissular, aceleram a reação inflamatória para promover a cicatrização.


reduz a tensão muscular promovendo relaxamento;

portal que possibilita a transmissão de estímulos dolorosos aos centros


no cérebro;
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O calor é usado para tratar infecções, feridas cirúrgicas, tecido
inflamado, artrite, dor articular e muscular, dismenorréia e dor crônica. A
utilização de agentes físicos é antiga. A história referencia a utilização
(pelos gregos e romanos) da luz solar, água, calor, massagens... na cura
e alívio das doenças.

* Efeitos da aplicação do frio, (indicações):

- evita ou reduz a formação de


edema

o sangue e dos
líquidos tissulares)

tissulares

dentes;

ambiental prolongado ou extenso produz efeitos sistêmicos de aumento


da pressão arterial, tremor e eriçamento da pele; Embora o tremor seja
uma reação normal do corpo ao frio, o frio prolongado pode causar lesão
tissular.

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CUIDADOS NA APLICAÇÃO DE CALOR OU FRIO ÚMIDO (compressa)

pingue;
 tê-la por 20 minutos;

prescrição;
 Avaliação (Resultados esperados) Dependem do objetivo da
aplicação;
É Considerado Eficaz Quando O Paciente For Capaz De:


Demonstrar evidências de cicatrização da ferida;

seguras de calor e frio.

Princípios Científicos
Anatomia e fisiologia - a aplicação do calor e do frio pode
influenciar todas as partes do corpo, através das conexões entre os
vasos e nervos da pele com os vasos e nervos do resto do corpo.
A pele consiste de duas camadas: epiderme - composta de
células córneas em constante descamação; cório - contém nervos,
vasos sanguíneos, glândulas sebáceas e folículos pilosos.
Os órgãos terminais dos nervos sensitivos transmitem as
sensações de frio, calor, dor e pressão que são interpretadas no
cérebro. Em casos de danos aos nervos ou ao cérebro, a transmissão
dos impulsos pode ser interrompida, possibilitando a ocorrência de
lesões cutâneas pelas aplicações do calor ou do frio.
A pele é dotada de abundante irrigação sanguínea e linfática. O
calor aplicado a uma área é levado pelo sangue a outras áreas. A
intensidade dos efeitos do calor ou do frio depende da diferença entre as
temperaturas da aplicação e da pele.

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O calor moderado quando aplicado à pele, produz um
aquecimento geral; dilata os vasos superficiais provocando maior afluxo
de sangue para a área, estimulando a neoformação de tecido e
proporcionando melhor nutrição às células. O maior suprimento
sanguíneo aumenta o número de leucócitos, contribuindo para a
cicatrização. O calor promove a supuração, levando maior quantidade
de sangue a área inflamada ou removendo-o de uma área
congestionada.
O calor relaxa os músculos, aliviando a rigidez e a fadiga.
Amolece o tecido fibroso, aumenta a troca de oxigênio e acelera a
absorção dos exsudatos. A ação do calor sobre os tecidos pode ser anti-
espasmódica, analgésica, descongestionante ou sedativa. A área,
devido ao aumento do suprimento sanguíneo, torna-se vermelha. O
calor moderado aumenta a perspiração.
O calor produz vasodilatação periférica, aumenta a pressão
sangüínea capilar e, pelo relaxamento dos capilares, aumenta a área
disponível para as trocas líquidas.
O frio reduz a formação e a absorção dos venenos bacterianos. A
aplicação de frio pode baixar a temperatura dos tecidos a ponto de
permitir o controle dos microorganismos causadores da infecção.
O frio é um depressor vital direto. Diminui as atividades de todas
as coisas vivas e, às vezes, modera em parte as atividades das células.
O frio detém o crescimento e, às vezes a atividade das bactérias, pois
estas como as células do corpo, são feitas de protoplasma. Como o frio
diminui a circulação local, um processo inflamatório será diminuído, se
aquele for aplicado, todos os sintomas desaparecerão. O mesmo
acontecerá com os processos de supuração, pois o frio impede a ação
das bactérias.

ATENÇÃO

músculos involuntários e dos vasos sangüíneos superficiais produzindo


dor

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quando aplicado por tempo prolongado.
er pressão
porque a redução das camadas de ar aumenta o risco de queimaduras

57.2oC.
r, por isso não deve ser usada nos
banhos cuja finalidade é reduzir a temperatura corporal.
-indicações para a aplicação de calor: quando a
vasodilatação aumenta a dor ou quando a expansão de líquidos e gazes
traz maiores incômodos ao cliente. A vasodilatação cerebral aumenta a
pressão e consequentemente a dor. É contra-indicada quando é
necessário evitar a supuração como em apendicites. Neste caso, aplica-
se gelo.
CUIDADOS ESPECÍFICOS
* Na aplicação de calor:

 Proteger a pele para evitar queimaduras;


ar frio;
 -se de que está em
perfeito estado e com isolamento para evitar choques.

* Na aplicação do frio:



a área após terminar a
aplicação.

vermelhidão, descoloração azulada

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TÉCNICA

BOLSA DE ÁGUA QUENTE


N: Bandeja com - bolsa de borracha, envoltório de pano, jarro
com água, toalha, termômetro de água.
Método: verificar se a bolsa está integra e as condições da rolha;
verificar a temperatura da água; encher a bolsa até a terça parte; retirar
o ar com a bolsa deitada sobre a mesa deixando a água aparecer na
sua abertura; arrolhar e enxugar; colocar o envoltório de pano e aplicar
no cliente.
Cuidados após o uso: lavar a bolsa com água e sabão, escorrer
bem e enxugar, colocar talco, guardar com um pouco de ar, em lugar
fresco e pendurada se possível.

COMPRESSAS QUENTES
Material: Bandeja com - jarro com água quente, bacia, torcedor
de pano, compressas, impermeável, toalha.

N: colocar a área do corpo que receberá a compressa sobre o


impermeável; colocar a água na bacia; envolver a compressa no
torcedor de pano; mergulhar a compressa dentro da água quente
segurando o torcedor pelas pontas; retirar a compressa da água e torcer
com o auxílio do torcedor; aplicar a compressa no cliente tendo o
cuidado de não queimá-lo.

Material: Bandeja com bolsa de gelo, envoltório de pano,


impermeável, toalha.

Método: Verificar as condições da bolsa e da rolha; quebrar o


gelo se necessário; colocar o gelo na bolsa até a terça parte, expelir o ar
e fechar a bolsa; enxugar e colocar o envoltório de pano; aplicar no
cliente. Forrar o local com impermeável e toalha.
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COMPRESSAS GELADAS NOS OLHOS
Cuidados: a compressa deve ser maior que os olhos; usar uma
para cada olho e não repeti-las (usar uma só vez); cuidado para não
colocá-las em cima do nariz para não causar congestão nasal.

CAPITULO VII

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CENTRO CIRÚRGICO

Definição de Centro Cirúrgico: O Centro Cirúrgico(CC) é o setor


no qual são realizadas intervenções cirúrgicas, com uma infraestrutura
complexa, planejada e equipamentos de tecnologia avançada com
seguimentos de requisitos para a prática da cirurgia.

Objetivo do centro cirúrgico

O principal objetivo da Unidade de Centro Cirúrgico é o de


atender, da melhor maneira possível, o paciente que será submetido a
um procedimento cirúrgico, seja ele eletivo, de urgência ou emergencial,
propiciando à equipe cirúrgica todas as condições de atendimento e ao
paciente a certeza de um atendimento seguro.

Finalidade do centro cirúrgico


As principais finalidades do Centro Cirúrgico são:
 lizar intervenções cirúrgicas e devolver o paciente à sua
unidade de origem na melhor condição possível de integridade;

recursos humanos;
 nicas
cirúrgicas e assépticas.
 Área física do centro cirúrgico
 Estrutura física Devido ao seu risco:

de entrada e sala de espera de acompanhantes).
 -restritas : pode haver circulação tanto do pessoal como
de equipamentos, sem contudo provocarem interferência nas
rotinas de controle e manutenção da assepsia( salas de guarda
de material, administrativa, , copa e expurgo)
 - o corredor interno, as áreas de escovação das mãos
e a sala de operação (SO) ; para evitar infecção operatória, limita-
se a circulação de pessoal, equipamentos e materiais.
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Localização do centro cirúrgico

assim, livre do trânsito de pessoas e materiais estranhos ao
serviço;

Unidades de internação Cirúrgicas, Pronto Socorro e Terapia
Intensiva, bem como o encaminhamento dos mesmos às
Unidades de origem.
Área de recepção do paciente
É a área reservada para recepcionar e transferir pacientes da
maca proveniente da Unidade de internação para a do Centro Cirúrgico.
Assim, deve ter espaço suficiente para o recebimento de maca,
permitindo a circulação sem prejuízo do transporte ou risco para o
paciente.

Sala de cirurgia ou operação


É a área destinada à realização de intervenções cirúrgicas e
endoscópicas. Segundo o Ministério da Saúde, o número de salas de
cirúrgicas para a Unidade de Centro Cirúrgico é quantificado com base
na capacidade de leitos do hospital. Preconizam-se duas salas para
cada 50 leitos não especializados ou para cada 15 leitos cirúrgicos.
Deve ter suas dimensões adequadas de acordo com a quantidade
de equipamentos necessários aos tipos de intervenção cirúrgica e
especialidade cirúrgica.
A SO deve estar sob pressão positiva em relação aos corredores,
o que minimiza a entrada de ar desses locais para o interior da sala de
operação.
O número de pessoas na sala de operação deve ser restrito ao
cirurgião e um ou dois auxiliares (de acordo com a complexidade do
procedimento do CC) anestesiologista e circulante de sala, considerando
sempre que, quanto maior o número de pessoas, maior a possibilidade
de disseminação de microrganismos no ambiente.

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Convém evitar movimentação desnecessária de portas (que
deverão permanecer fechadas) conversas excessivas ou demais
distrações.
Sala de Recuperação Pós-anestésica
Local destinado à permanência do paciente após o ato anestésico
- cirúrgico. O número de leitos vai depender dos tipos de cirurgia
previstos. De um modo geral, estimam-se dois leitos por sala cirúrgica.
Equipamentos e materiais de uma sala de cirurgia
No planejamento de equipamentos e materiais a serem utilizados
na sala cirúrgica, a qualidade é um aspecto importante a ser observado,
pois implica na durabilidade dos mesmos, e na segurança para o
paciente.
Os equipamentos utilizados numa sala de cirurgia podem ser
classificados em:


Equipamentos Fixos
Equipamentos fixos: são aqueles adaptados à estrutura da sala
cirúrgica. São eles:





 110 e 220 volts;

Equipamentos Móveis
São os que podem ser deslocados ou acrescidos na sala
cirúrgica. São eles:

suporte de ombro e arco de narcose;
 omo a de Mayo e/ou outras;

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 xo com pedal








Outros equipamentos móveis podem ser acrescidos à sala de


cirurgia, em conseqüência de uma especialidade cirúrgica. Assim, por
exemplo, o suporte de trépano na neurocirurgia, o microscópio nas
cirurgias de otorrinolaringologia, etc.

Material utilizado na sala de cirurgia


Com o objetivo de facilitar a descrição do material a ser utilizado
na sala de cirurgia, teve-se o cuidado de agrupá-los em: material
esterilizado, soluções, pomadas e material para curativo, impressos
mais comuns e medicamentos.

Material Esterilizado



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 -sepsia;

 -rim;



caixa de instrumentais



 Soluções, pomadas e material para curativo


 alcoólica,

glicofisiológica e Ringer .

Pomadas:

 Colagenase e outros;

Material para curativo:



específicos: spray curativo, algodão ortopédico, malha tubular e
atadura gessada.
Impressos

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 A)Folha de relação de gastos; b) Folha de gráfico de anestesia; c)
Receituário para medicamentos controlados; d) Requisição de
laboratório e banco de sangue; e) Relatório de enfermagem;

Medicamentos
Todos os medicamentos necessários à assistência do paciente no
transoperatório. Os equipamentos e materiais utilizados na sala de
cirurgia devem ser mantidos em perfeitas condições de uso e repostos
em quantidade suficiente, de acordo com as necessidades da Unidade.

PROCEDIMENTO CIRÚRGICO
Cirurgia (do grego χειρουργική "cheirourgikē" e latim chirurgiae,
trabalho manual), também chamada "procedimento cirúrgico" é qualquer
tipo de procedimento no qual o cirurgião realiza uma intervenção manual
ou instrumental no corpo do paciente para diagnosticar, tratar ou curar
doenças ou traumatismo, ou para melhorar .

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SUTURAS

As suturas são a melhor forma de realizar o fechamento


adequado de ferimentos e permitir a aproximação ideal dos bordos. A
escolha do fio baseiase no local do ferimento, extensão e área de
exposição.
Os fios apresentam uma numeração que está de acordo com o
seu diâmetro. De uma maneira geral, podem ser realizadas em até 6h
para mãos e pés, e em até 24h, em ferimentos de face e escalpe.
Usualmente, é utilizada a pinça ―dente de rato‖, evitando-se
apertar tecidos.

Tipos de fios de sutura:


Fio 6-0: Mais fino. Utilizado em face e áreas com importância
estética.
Fio 5-0: Utilizado em suturas da mão e dedos.
Fio 4-0: Utilizados para reparo de extremidades proximais e
tronco.
Fio 3-0: Fio de grande calibre, utilizado para planta do pé e
escalpo.
Fio 2-0: Couro cabeludo.
3.2 Características dos Fios Absorvíveis:

1) Categute simples
– 10 dias;
eação com o tecido: Grande

fechamento de plano subcutâneo;

Características: Sintético, trançado e maior incidência de


infecções.
2) Categute cromado

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– o com o tecido:

Características: Obtido de intestino de boi ou carneiro e tratado


com cromo.

3) Ácido poligalático (Vycril)


– 30 dias;

char aponeuroses e subcutâneo;


Características: Fio sintético, trançado e maior chance de
infecções.

4) Polidiaxona (PDS)
– 30 dias;

podem ser utilizados em aponeuroses. Uso permitido em presença de


infecção;
Características: Monofilamentar, incolor ou violeta e de difícil
manejo pela rigidez.

Características dos Fios Inabsorvíveis


1)Seda

om o tecido: Baixa;

Características: Filamento proteico, fácil manuseio e fixação. Não


deve ser utilizado na presença de infecção.

2)Algodão

Baixa;
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Características: Filamento proteico, fácil manuseio e fixação. Não
deve ser utilizado na presença de infecção.

3)Nylon

uturas dérmicas;
Características: Mono ou polifilamentar. Pode ser preto, verde ou
branco.

4)Polipropileno (Prolene)
-se por tempo indefinido, mantém tensão por anos;

r;
Características: Monofilamentar. Pode ser utilizado em
contaminação ou infecção.

5)Incolor ou azul.

-14 dias;

ão, pé e sola = 10 a 14 dias.

TIPOS DE SUTURAS



 imples e contínua


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QUEIMADURA

É toda lesão causada por agentes externos sobre o revestimento


do corpo,podendo destruir desde a pele até tecidos mais profundos,
como ossos e órgãos.

Causas da queimadura:

Agentes físicos:
 Térmicos: líquidos quentes, gordura quente, ferro quente, vapor e
através dofogo;
 Elétricas: corrente de baixa voltagem (eletrodomésticos), alta
tensão e raio;
 Radiantes: resultam da exposição à luz solar ou fontes
nucleares.

Agentes químicos:
 Substâncias químicas industriais, produtos de uso doméstico,
comosolventes, soda cáustica, alvejantes ou qualquer ácido ou
álcalis.

Agentes biológicos:

 o Seres vivos: como por exemplos, taturanas, água viva‖, urtiga.

Classificação da queimadura
Quanto à profundidade: 1º grau: atinge a epiderme (camada
superficial da pele). Apresentação comvermelhidão sem bolhas e
discreto inchaço local. A dor está presente.
2º grau: atinge a epiderme e parte da derme (2ª camada da pele).
Hápresença de bolhas e a dor é acentuada.
3º grau: atinge todas as camadas da pele, músculos e ossos.
Ocorre necroseda pele (morte do tecido), que se apresenta com cor
esbranquiçada ou escura. A dor é ausente, devido à profundidade da

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queimadura, que lesa todas asterminações nervosas responsáveis pela
condução da sensação de dor.

Quanto à extensão
A extensão de uma queimadura é representada em percentagem
da área corporalqueimada:
Leves (ou "pequeno queimado"): atingem menos de 10% da
superfíciecorporal
Médias (ou "médio queimado"): atingem de 10% a 20% da
superfíciecorporal.
Graves (ou "grande queimado"): atingem mais de 20% da área
corporal.
Duas regras podem ser utilizadas para 'medir' a extensão da
queimadura: o Regra dos nove: é atribuído, a cada segmento corporal, o
valor nove (oumúltiplo dele):

Queimaduras térmicas
 Causadas por líquidos e objetos quentes, vapor e fogo: o Esfrie a
área queimada com água fria (não use gelo, pois pode agravar
aqueimadura).
 Cubra a área com um pano limpo.
 Remova imediatamente: anéis, pulseiras, relógios, colares, cintos,
sapatos eroupas, antes que a área afetada comece a inchar.

Queimaduras químicas Causada por contato com produtos


químicos, como ácidos:

 Enxágue o local por, pelo menos, 20 minutos em água corrente.


 Remova imediatamente: anéis, pulseiras, relógios, colares, cintos,
sapatos eroupas, antes que a área afetada comece a inchar.
 Remova resíduo de roupa contaminada pelo produto,
prevenindoqueimadura em outras áreas.

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No caso dos olhos terem sido afetados: enxágue
abundantemente em águacorrente até ajuda médica.
Se usar lentes de contato, removêlasimediatamente.

Queimaduras eléctricas
 Causadas por corrente de baixa voltagem, como
eletrodomésticos, alta tensão e raio: Não toque na vítima.
 Desligue a corrente elétrica.
 Em todos os casos de queimaduras, encaminhar para o serviço
médico (pronto socorro ou hospital) mais próximo e não use
nunca: pasta da dentes, pomadas, clara de ovo, manteiga, óleo
decozinha ou qualquer outro ingrediente sobre a área queimada.
 Não remova tecidos grudados: corte cuidadosamente e retire o
que estiver solto.
 Não estoure bolhas

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FERIDA

Uma ferida é uma interrupção na continuidade de um tecido


corpóreo. Tal interrupção pode ser provocada por algum trauma, ou
ainda ser desencadeada por uma afecção que acione as defesas do
organismo.

TIPOS DE FERIDAS

Quanto à profundidade:

superficiais da pele (epiderme e derme superficial ou intermediária);

pele (derme profunda, tecido adiposo, fáscias, tendões, músculos,


ossos, cartilagens, ligamentos).
Quanto à complexidade:

superficiais e livres de sinais de infecção / contaminação / colonização


por microorganismos, demandando cuidados com curativos e supervisão
menos frequentes por parte de profissionais da saúde (médicos,
enfermeiros etc) e tendendo a evolução benigna (isto é, à cicatrização
espontânea)

planos mais profundos ou maior número de tipos diferentes de tecidos


(não apenas derme e epiderme, mas também ossos, cartilagens, tecido
adiposo, fáscias musculares, tendões, ligamentos, vasos sanguíneos,
tecido nervoso etc.), muitas vezes infectadas ou com grande risco de se
tornarem infectas, com tendência a evolução desfavorável (isto é, perda
progressiva de tecidos por necrose ou infecção, com possibilidade de
amputação de segmentos, ou mesmo, em casos mais severos, de
efeitos sistêmicos com risco de dano permanente ou óbito do indivíduo
acometido pela ferida) e a grande prejuízo orgânico por parte do
indivíduo acometido;

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Quanto ao formato e agente causador de ferida traumática:

irregulares, geralmente causada por instrumento perfurante de pequena


área de secção transversal (como espinhos, pregos, agulhas etc.);

geralmente causado por lâminas (faca, lâmina de barbear etc.);


lmente com
diversos segmentos ulcerados, perdas de tecidos e de bordas de
segmentos de ferida irregulares e possibilidade de se observar áreas de
equimoses e hematomas adjacentes às áreas de ulcerações,
normalmente causado por objetos que produzem lesões
simultaneamente por corte e impacto (machado, foice, aresta de um
tijolo etc.)

bordas de ferida ligeiramente irregulares (a depender do tipo de


elemento causador da lesão) e possibilidade de se observar áreas de
equimoses e hematomas adjacentes às áreas de ulcerações,
normalmente causado por objetos que penetram a pele mediante
impacto (como um projetil de arma-de-fogo);

com bordas de ferida regulares (também a depender do tipo de


elemento causador da lesão), normalmente causado por objetos que
penetram a pele com pouco impacto mas com bom potencial de divulsão
de tecidos (como uma lâmina comprida, por exemplo).

Quanto ao formato e agente causador de ferida não


traumática:
a: formato irregular dependente
da área de pele exposta à radiação ionizante, fonte de calor, abrasão ou
produto químico causador da queimadura. Não é esperado que haja
ferida se queimadura é classificada como de primeiro grau (apenas
"avermelhamento" local na área de pele afetada). Já em queimaduras de
segundo (formação de bolhas que se ulceram e formam feridas
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geralmente superficiais), terceiro (necrose de porções intermediárias e
profundas de derme e / ou de tecido adiposo) ou quarto graus (necrose
de tecidos profundos como ossos, cartilagens e músculos) há formação

Ferida causada por geladura: formato irregular dependente da


área de pele exposta ao frio. Mais frequente em extremidades
corpóreas. Pode assumir as mesmas características iniciais de
queimaduras (apenas "avermelhamento" local na área de pele afetada,
como ocorreria em queimaduras de primeiro grau; formação de bolhas
que se ulceram e formam feridas geralmente superficiais, como ocorreria
em queimaduras de segundo grau; necrose de porções intermediárias e
profundas de derme e / ou de tecido adiposo e outros tecidos mais
profundos, como ocorreria em queimaduras de terceiro ou de quarto
graus). Muitas vezes são reversíveis em estágios iniciais, contudo, a
demora em iniciar-se algum tratamento pode implicar lesão irreversível
com perda de tecidos corpóreos;

depender da patologia causadora das lesões. Variam de "rachaduras"


em determinadas áreas de pele até lesões evolutivas que surgem como
pequenos pontos avermelhados ou escurecidos e se desenvolvem em
feridas de dificílima cicatrização. Algumas patologias que podem evoliur
para feridas, com origem endógena: pênfigo, vasculites de etiologias
diversas, psoríase, xeroderma pigmentosa etc.

CLASSIFICAÇÃO DAS FERIDAS



contusas, laceradas, perfurantes);

contaminadas, contaminadas, infectadas);
 e
IV);

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TRATAMENTOS DE FERIDAS
O tratamento de feridas deve ser individualizado para cada
paciente, levandose em conta a etiologia da ferida, a evolução do
quadro até então, a existência de comorbidades no paciente, a
ocorrência de fatores que impliquem alterações no prognóstico, as
características físicas da ferida, a disponibilidade de recursos para
tratamento da ferida, a contra-indicação (por alergia ou intolerância) de
algum elemento empregável no tratamento da ferida e a própria
possibilidade de o paciente viabilizar os tratamentos sugeridos ou
propostos pelos profissionais de saúde que o tenham avaliado.
Atualmente, a medicina conta com inúmeros tratamentos possíveis para
diversos tipos de feridas em suas mais diversas evoluções possíveis.
Dentre eles, podem-se citar:
Curativos simples: empregáveis na maioria das feridas, têm seu
efeito prático baseado na própria capacidade regenerativa do corpo
humano (ou seja, a cicatrização espontânea) e sua eficácia aumentada
por conceitos introduzidos por estudos médicos e biológicos (como o da
higiene local, que aumenta a chance de não contaminação com
subsequente evolução desfavorável;

Curativos especiais: diversos grupos de substâncias e aparatos


são empregáveis no tratamento de diversos tipos diferentes de feridas.
Em geral, para feridas complexas ou de difícil cicatrização, modalidades
de cuidados especialmente desenhadas por profissionais especializados
(enfermeiros) tendem a ser empregadas com grande índice de sucesso
no tratamento de tais feridas;
Oxigenoterapia hiperbárica técnica que consiste em fornecer
Oxigênio puro em ambiente pressurizado e que aumenta muito
expressivamente a velocidade de regeneração de tecidos em feridas e a
atividade de defesa do organismo contra infecções agudas e graves.
Paralelamente também exibe elevadíssimo nível de sucesso em
tratamentos de vasculites de etiologias diversas, infecções indolentes,

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doenças inflamatórias intestinais, grandes queimaduras, geladuras,
amputações com reimplantes, síndromes vasculares complexas,
esmagamentos, dentre outros usos. Empregável em feridas complexas
com taxa de sucesso muito maior que outras terapêuticas
frequentemente empregadas. Razoavelmente inerte e segura, tem se
tornado a melhor opção de tratamento para feridas em geral.

CURATIVO
Curativo Infectado: Limpeza de fora para dentro
Curativo Limpo: Limpeza de dentro para fora.
Material:
 Bandeja ou carrinho contendo pacote de curativos: 1 Pinça
anatômica; 1 pinça dente de rato; 1 pinça Kocher ou Kelly;
tesoura estéril s/n; pacotes de gases esterilizados; micropore ou
esparadrapo; almotolia com éter ou benzina; almotolia com
soluções anti-sépticas, SF 0.9% E PVPI; saco para lixo; atadura
de crepe ou gaze s/n; pomadas, seringa, algodão e espátula s/n;
luvas de procedimento.

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Procedimentos
 Fixar o saco para lixo em loca conveniente;
 Abrir o pacote estéril com técnica e dispor as pinças;
 Colocar gaze em quantidade suficiente, dentro do campo;
 Remover o curativo com a pinça dente de rato, Kelly ou luva de
procedimento e uma gaze embebida em benzina ou SF (se
houver aderência);
 Limpar com SF e fazer anti-sepsia com PVPI ou curativo
disponível;
 Cobrir com gaze estéril.
Observações
 Quando a ferida encontra-se com tecido de granulação (sensível)
é contra-indicado a utilização de gaze para a limpeza, neste caso,
recomenda-se irrigar a ferida com SF; se o pacote de curativo
apresentar 4 pinças, despreza-se as duas utilizadas para
 Remover o curativo, se apresentar 03 pinças, despreza-se a
dente de rato na cuba rim ou retira-se o curativo com a luva de
procedimento;

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Material:

água morna, glicerina, solução salina, SF + glicerina, fleet enema,


minilax;

xylocaína; cuba rim; papel higiênico; luva de procedimento; suporte de


soro; comadre; biombo s/n; impermeável; lençol móvel; solução
glicerinada ou fleet enema; saco para lixo.

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Procedimentos:
 Abrir o pacote do irrigador, conectar a sonda retal na sua
borracha;
 Colocar a solução (SF + glicerina) dentro do irrigador;
 Retirar o ar da borracha;
 Colocar a xylocaína numa gaze;
 Colocar a cuba rim, gaze e irrigador completo numa bandeja e
levar para o quarto;
 Proteger a coma com impermeável e lençol móvel;
 Dependurar o irrigador no suporte de soro à altura de 60cm do
tórax do paciente;
 Colocar a comadre sobre os pés da cama;
 Colocar a paciente em posição de Sims;
 Tirar ar da sonda sobre a cuba rim;
 Clampar a extensão do irrigador;
 Lubrificar a sonda reta 5 cm;
 Calçar luvas;
 Entreabrir as nádegas com papel higiênico;
 Introduzir a sonda de 5 a 10 cm, usando uma gze, pedir ao
paciente que inspire profundamente;
 Firmar a sonda com uma mão e com a outra desclampar a
extensão;
 Deixar ecoar lentamente o líquido até restar pequena quantidade
no irrigador;
 Se a solução não estiver sendo infundida, fazer movimentos
rotatórios;

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 Clampar a extensão, retirar a sonda com papel e desprezar na
cuba rim;

comadre e papel higiênico à mão.

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CAPITULO VIII

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DISCIPLINA: SAÚDE DA MULHER

PRE-NATAL
A atenção pré-natal deve ser iniciada idealmente pelo profissional
médico ou de enfermagem. A consulta é um contato que exige a prática
de acolhimento para a gestante e seu acompanhante. Assim, deve haver
disponibilidade para que sejam acolhidas e esclarecidas queixas,
dúvidas e ansiedades, estimulando o ―desejo de voltar‖ ou a adesão ao
programa.
A consulta completa é imprescindível, representando uma
oportunidade inadiável declassificar riscos e adotar condutas efetivas.
Deve ser composta de anamnese abrangente, com valorização do
interrogatório complementar, seguida de exame físico geral e dos
diversos aparelhos, incluindo exame ginecológico e mamário.Os
retornos pré-natais devem ser adaptados às necessidades de cada
caso.
O calendário deve seguir o roteiro apresentado a seguir, com a
realização de pelo menos seis consultas, distribuídas ao longo da
gravidez, a primeira delas sendo iniciada o mais precocemente possível
(até a 12ª semana), segundo as diretrizes preconizadas pelo Ministério
da Saúde.
Fatores de risco reprodutivo
A identificação de riscos para a gestante e/ou o feto deve ser
feita na primeira consulta, mas tem de ser revista a cada retorno. Trata-
se de uma estratégia relevante para estabelecer o plano de ação
terapêutica, por exemplo, indicando a regularidade dos retornos e seu
nível de complexidade.
Deve haver motivação e experiência clínica do profissional para
efetuar interrogatório e avaliação clínica detalhados, esta última por
vezes apoiadaem exames complementares a fim de se identificar
potenciais riscos, sem necessidade dese ater a um modelo
fixo.Entretanto, não se deve considerar identificação de fator de risco
como indicador de transferência de cuidados.
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O fator de risco é um marcador de alerta que muitas vezes não
se manifesta com as complicações possíveis. A atenção diligente por
profissionais competentes pode ser suficiente para prover o cuidado
necessário. Pode-se buscar a segunda opinião de equipes
especializadas, treinadas na atenção a gestações de alto risco. Não se
deve obrigar a gestante a se deslocar desnecessariamente, se não
houver um claro benefício com a transferência. Caso o encaminhamento
ocorra, a gestante deve ter seu cuidado pré-natal monitorado pela
unidade de origem através de visitas domiciliares. Com isso evita- se a
duplicidade de atendimento e garante-se a responsabilidade sobre o
cuidado com a gestante.Para que esse procedimento seja efetivo é
necessário reavaliar os riscos potenciais e já estabelecidos a cada
consulta, valorizando o caráter dinâmico do ciclo gravídico-puerperal. Há
necessidade de adequação das condições potenciais de risco à situação
epidemiológica local, estabelecendo-se um fluxo de cuidado regional
que dependerá da distribuição e localização dos serviços de
referência.Algumas situações que podem representar risco e, portanto,
necessidade de consultacom especialista e encaminhamento ao pré-
natal de alto risco estão descritas a seguir.

Características pessoais e sociodemográficas


 Altura menor que 1,45 m.
 Baixa escolaridade (menos de 5 anos de estudo regular).
 Condições ambientais desfavoráveis, como vulnerabilidade social.
Dependência de drogas lícitas ou ilícitas.
 Transtorno mental.
 Idade menor que 15 e maior que 35 anos.
 Ocupação: esforço físico excessivo, carga horária extensa,
rotatividade de horário,exposição a agentes físicos, químicos e
biológicos, níveis altos de estresse.
 Peso menor que 45 kg ou maior que 75 kg.
 Situação afetiva conflituosa.
 Suporte familiar ou social inadequado.

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 Não aceitação da gravidez, principalmente em se tratando de
adolescente.
 Violência doméstica.
 Antecedentes obstétricos
 o Abortamento habitual.
 Cirurgia uterina anterior.
 Esterilidade/infertilidade.
 Intervalo interpartal menor que 2 anos ou maior que 5 anos.
Macrossomia fetal.
 Morte perinatal explicada ou inexplicada.
 Nuliparidade e multiparidade.
 Pré-eclâmpsia/eclâmpsia.
 Recém-nascido com restrição de crescimento, pré-termo ou
malformado.
 Síndromes hemorrágicas.
 Morbidades
 Aneurismas.
 Aterosclerose.
 Alterações osteoarticulares de interesse obstétrico.
 Câncer.
 Cardiopatias.
 Doenças autoimunes (lúpus eritematososistêmico, outras
colagenoses). Doenças inflamatórias intestinais crônicas.
 Endocrinopatias (especialmente diabetes mellitus).
 Epilepsia.
 Ginecopatias (malformação uterina, miomatose, tumores anexiais
e outras).
 Hemopatias. o Hipertensão arterial – classificar em leve,
moderada ou grave e/ou fazendo uso deanti-hipertensivo.
 Infecção urinária.
 Nefropatias.
 Pneumopatias.

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 Portadoras de doenças infecciosas (hepatites, toxoplasmose,
infecção pelo HIV, sífilise outras DST).
 Trauma.
 Tromboembolismo.

Doença obstétrica na gravidez atual:


 Aloimunização.
 Amniorrexe prematura.
 Desvio quanto ao crescimento uterino, número de fetos e volume
de líquido amniótico.
 Ganho ponderal inadequado. o Hidropsia fetal.
 Malformações fetais.
 Óbito fetal.
 Síndromes hemorrágicas.anual Técnico do Pré-natal e o
Síndromes hipertensivas
 Trabalho de parto prematuro e gravidez prolongada.

Após avaliação na unidade de referência, a gestante pode ser


reencaminhada para aunidade de atenção básica original. Nesse caso,
esse serviço deverá conduzir o pré-natal com base nas informações
especializadas descritas, ou a grávida continuará seus cuidados de pré-
natal no setor de maior complexidade. É necessário anotar os dados no
prontuário da mulher e nos instrumentos utilizados na atenção ao pré-
natal e ao puerpério descritos (ficha de acompanhamento pré-natal,
mapa de atendimento diário e cartão da gestante). Também se deve
realizar a avaliação dos fatores de risco nos retornos, atualizando essas
informações no cartão da gestante, que serve de elo entre as
informações da unidade e a assistência pré-natal. Situações de alerta
devem ser destacadas.

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PLANO DA PRIMEIRA CONSULTA
 A primeira consulta de pré-natal deve ser realizada por
profissional médico, para a classificação de risco do caso ou da
paciente.
 História clínica
 Identificação: nome, número do cartão SUS , idade, cor (por
autodeclaração), naturalidade, procedência, endereço atual,
unidade de referência, com endereço e telefone, nome do
acompanhante para o parto.

Exames complementares de rotina


Os exames complementares, de maneira geral, dão apoio ao
raciocínio clínico, e os motivosde sua solicitação devem ser explicados à
gestante. Particularmente, é necessáriorealizar aconselhamento pré e
pós-teste, informando benefícios e riscos, e avaliando o conhecimentoe
as expectativas da mulher com os resultados, quando se tratar de
exames detriagem, como sorologias para HIV, sífilis, hepatites e outras
DST.
A confidencialidade dos resultados deve ser garantida. As
condutas sugeridas devem serinformadas à gestante e seu parceiro. No
caso do HIV, sífilis e outras DST, deve-se orientarsobre a necessidade
de diagnóstico e tratamento do seu parceiro sexual. Recomenda-seo
oferecimento de pelo menos uma consulta, durante a assistência do pré-
natal, para todosos parceiros sexuais de todas as gestantes,
independente do seu estado sorológico, oque facilitaria o envolvimento
paternal no adequado acolhimento da criança

Nota técnica:
O profissional que avalia os exames deve estar preparado
tecnicamente para orientar sobre limitações nos resultados,
possibilitando intervenções eficientes no momento da consulta. Deve
também estar habilitado para solicitar pesquisa adicional para
conclusãodiagnóstica, evitando pânico desnecessário e/ou condutas

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tardias.Os exames de rotina para triagem de situações clínicas de maior
risco no pré-natal devem ser solicitados no acolhimento da mulher no
serviço de saúde, imediatamente após o diagnóstico de gravidez. Os
resultados devem ser avaliados na primeira consulta clínica.Muitos
desses exames serão repetidos no início do 3º trimestre.

PARTO
Cuidados durante o trabalho de parto
 Criar condições, encorajar e permitir a presença de
acompanhante durante trabalho de parto e o parto, de acordo
com o desejo da gestante e sempre que for possivel.
 O trabalho de parto e o parto são períodos de preocupação e
stress para a mulher e a presença de acompanhante, da sua
confiança, contribui para o seu bem estar e para redução de
angústias e complicações.
 É tarefa do trabalhador de saúde: Explicar que é possível e
permitir a presença dum acompanhante do sexo feminino, ou do
sexo masculino no caso de a US poder assegurar condições de
privacidade.
 Proporcionar acomodação e leito adequados e satisfatórios em
limpeza, ventilação e iluminação.
 No caso de superlotação das camas da maternidade, explicar
gentilmente o facto às parturientes e criar condições mínimas de
conforto até que a situação se normalize. o Garantir a
privacidade com a disponibilização de quartos/áreas individuais
para cada gestantes ou com a colocação e permanência fisica de
biombos/divisórias entre as camas nas salas de dilatação.
 Ter um horário flexível para entrega da alimentação.
 Garantir casas de banho limpas, com água (se possível com a
opção de quente) e sabão para o banho da mulher e vestiário
adequado.

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 Oferta de batas para as parturientes e puérperas, podendo elas
usarem as suas roupas pessoais caso desejarem.
 Assegurar suporte contínuo, boa comunicação interpessoal e
atendimento cordial à mulher durante o trabalho de parto e o
nascimento.
 Ė importante conversar com gentileza e com frequência com a
mulher, transmitir confiança, segurança e profissionalismo.
 Preparar e implementar um plano de parto para providenciar os
melhores cuidados durante o trabalho de parto e o nascimento,
de acordo com os achados da história clínica, o exame e as
preferências da mulher. Neste âmbito, o trabalhador de saúde
deverá perguntar à mulher: Quando foi a última vez que ela
comeu e bebeu algo; qual foi o último medicamento que tomou
antes de ir à maternidade e a que horas; que posição gostaria de
adoptar durante o parto (deitada de costas, de cócoras,
ajoelhada, etc) e se tem dúvidas ou preocupações sobre o
trabalho de parto e o parto.
 Orientar a mulher sobre a importância de: Ir à casa-de-banho
com frequência para esvaziar a bexiga; beber líquidos e comer
comida leve sempre que desejar, quando não houver prévia
indicação de cesariana; caminhar, e tomar banho quando desejar.
 Realizar a avaliação rápida após o nascimento e providenciar os
cuidados humanizados ao recém-nascido.
 Receber e secar bem o recém-nascido de forma a evitar a
hipotermia e certificarse de que ele está a respirar normalmente.
 Fazer a laqueação do cordão umbilical
 Mostrar o sexo do recém-nascido à mãe e informar sobre as
condições de saúde do seu bebé.
 Se o RN está a respirar normalmente, colocá-lo após a laqueação
do cordão umbilical em contacto físico directo pele-a-pele no peito
ou abdómen da mãe e aconselhar a amamentação imediata se
esta tiver sido a opção de aleitamento da mãe (numa
circunstância de mãe seropositiva).

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 Ensinar as boas práticas da amamentação: posição, pega da
mama, amamentaçãofequente a pedido do recém nascido e
exclusiva até os 6 meses, e apoiar a mãe nas primeiras mamada.
 Controlar cuidadosamente a mulher e o recém-nascido, por pelo
menos duas horas depois do parto para assegurar o bem estar
da mãe e filho e para providenciar cuidado imediato em caso de
alguma anormalidade.
 Avaliar a mulher e o recém-nascido durante a primeira hora de 15
em 15 minutos e na segunda hora a cada 30 minutos para
observar: o proporcionar quarto ou local apropriado para
internamento da mulher em casos de perda fetal, sempre que as
condições físicas da maternidade o permitir.
 Permitir a visita de familiares e amigos: pelo menos 1 pessoa
próxima consentida pela puérpera, fora das horas normais de
visita.
 Dar orientações na alta: Encaminhar para a consulta pós-natal
(dentro da primeira semana após o parto).
 Explicar os objectivos e vantagens desta consulta e do
planeamento familiar pós-parto para espaçamento das gravidezes
para assegurar o bem estar da mãe do recém-nascido.

Obs.: Orientar sobre a necessidade de retorno imediato à US


caso ocorra algum dos seguintes sinais ou sintomas de alarme no
puerpério com a mãe ou com o recém-nascido:
- Na mãe: sangramento vaginal, lóquios com mau cheiro, febre
dificuldades respiratórias, dores de cabeça fortes, distúrbios/visuais,
dores abdominais fortes e convulsões ou perda de consciência;
- No recém-nascido: alteração da respiração; dificuldade ou
paragem da sucção (bébé deixa de mamar); choro anormal ou
persistente; letargia/fraqueza.

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PADRONIZAÇÃO DE PROCEDIMENTOS E CONDUTAS
Os procedimentos e condutas padronizados que se seguem
devem ser realizados sistematicamente e avaliados em toda consulta
pré-natal. As condutas e os achados diagnósticos sempre devem ser
anotados na ficha perinatal e no cartão da gestante.

Métodos para Cálculo da Idade Gestacional (IG)

a) Quando a data da última menstruação (DUM) é conhecida:


• uso do calendário - contar o número de semanas a partir do 1º
dia da última menstruação ate a data da consulta. A data provável do
parto (DPP) corresponde ao final da 40º semana, contada a partir da
data do 1º dia da última menstruação;
• uso de disco ou gestograma - instrução no verso.

b) Quando a data da última menstruação é desconhecida, mas se


conhece o período do mês em que ela ocorreu: • se o período foi no
início, meio ou final do mês, considerar como data da última
menstruação os dias 5, 15 e 25, respectivamente;
proceder, então, à utilização de um dos métodos acima descritos.

c) Quando a data e o período da última menstruação são


desconhecidos:
1. Proceder ao exame físico: − Medir a altura uterina e posicionar
o valor encontrado na curva de crescimento uterino. Verificar a IG
correspondente a esse ponto.
Considerar IG muito duvidosa e assinalar com interrogação na
ficha perinatal e no cartão da gestante. A medida da altura uterina não é
a melhor forma de calcular a idade gestacional; − Quando a data e o
período do mês não forem conhecidos, a IG e a DPP serão inicialmente
determinadas por aproximação, basicamente, pela medida da altura do
fundo do útero e do toque vaginal, além da informação sobre a data de
início dos movimentos fetais.
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Pode-se utilizar a altura uterina mais o toque vaginal,
considerando os seguintes parâmetros:
 té a 6ª semana não ocorre alteração do tamanho uterino;
 Na 8ª semana o útero corresponde ao dobro do tamanho
normal;
 a 10ª semana o útero corresponde a três vezes o tamanho
habitual;
 a 12ª semana enche a pelve de modo que e palpável na

 a 16ª semana o fundo uterino encontra-se entre a sínfise


púbica e a cicatriz umbilical;
 a 20ª semana o fundo do útero encontra-se na altura da
cicatriz umbilical;
 partir da 20ª semana existe uma relação aproximada entre
as semanas da gestação e a medida da altura uterina. Porém,
esse parâmetro torna-se menos fie!, à medida que se aproxima o
termo.

Método para Cálculo da Data Provável do Parto (DPP)


Calcula-se a data provável do parto levando-se em consideração
a duração média da gestação normal (280 dias ou 40 semanas a partir
da DUM), mediante a utilização de um calendário ou gestograma.
Uma outra forma de cálculo é somar sete dias ao primeiro dia da
última menstruação e adicionar nove meses ao mês em que ocorreu a
última menstruação.
Exemplos: Data da última menstruação: 13/9/95
Data provável do parto: 20/6/96
Data da última menstruação: 27/6/95
Data provável do parto: 4/4/96

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ASSISTENCIA DE ENFERMAGEM A MULHER
MASTECTOMIZADA E HISTERECTOMIZADA
A histerectomia: é a remoção cirúrgica do útero, que também pode
incluir a retirada das trompas adjacentes e do ovário.

Pode ser utilizada no tratamento de problemas como mioma uterino, dor


pélvica, sangramento uterino anormal, endometriose e prolapso uterino, que é
quando o útero se move para baixo da vagina, por conta da fragilidade dos
músculos do assoalho pélvico, também pode ser usado como medida
preventiva ou como recurso para amenizar os avanços no câncer do colo
uterino.

Tipos de Histerectomia
 Histerectomia parcial: remoção da parte superior do útero e do colo do
útero;
 Histerectomia completa: remoção do útero, incluindo
 Histerectomia radical: remoção do útero e dos ligamentos do órgão, do
colo do útero e de tecido da vagina em torno do colo do útero.

Complicações

A histerectomia é um procedimento cirúrgico e, como tal, apresenta


complicações como hemorragia e infecção, além de riscos relacionados a
medicamentos usados na anestesia. Outras possíveis complicações são lesões
no intestino, bexiga, ureter e infecção urinária. Febre, sangramento vaginal,
dificuldade em urinar, dor, vermelhidão, e inchaço na área de cirurgia podem
ser sinais de complicações. Em qualquer um desses casos, o médico deverá
ser consultado.

Histerectomia vaginal: quando o útero é removido através da vagina e


pode ser realizada quando o órgão não apresenta variação de tamanho. O
procedimento provoca menos desconforto e possibilita uma recuperação mais
rápida.

Histerectomia laparoscópica: este procedimento pode ser realizado


com a histerectomia vaginal e consiste na remoção do útero através da

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inserção de instrumentos inseridos através de pequenos cortes no abdômen,
enquanto médico realiza o procedimento com a ajuda de uma câmera acoplada
a um telescópio.

Histerectomia abdominal: a remoção do útero é feita através de uma


incisão no abdômen. Este método é escolhido para a retirada de grandes
tumores e pode causar mais desconforto, além de exige mais tempo e
cuidados na recuperação da paciente.

Como é feita?

Antes:

e encaminha-lo para exames laboratoriais

ve se verificar os sinais vitais se houver alguma alteração,avisar a


cirúrgica no paciente

ti-sepsia do local e tricotomi

Cuidados da Enfermagem Histerectomia


Depois:





como:febre,dor,náuseas,vômitos,soluços,
 de excessiva,hemorragias,choques e alterações na urina.

MASTECTOMIA

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A mastectomia: é a remoção da mama através de uma cirurgia indicada
para mulheres diagnosticadas com câncer de mama, mas a mastectomia
também pode ser preventiva, isto é, ser realizada para diminuir o risco da
mulher desenvolver o câncer de mama.

Tipos de Mastectomia
Mastectomia simples: Na mastectomia simples são retiradas somente
as glândulas mamárias e a aponeurose no músculo peitoral maior. Ela é mais
indicada em caso de carcinoma in situ (bem localizado) descoberto
precocemente.

Mastectomia preventiva: A mastectomia preventiva consiste na


retirada da mama como forma de prevenção do câncer de mama. Ela é
indicada quando a mulher já teve um câncer de mama numa das mamas, como
forma de prevenção da outra mama, ou para mulheres que apresentam
elevado risco de desenvolver o câncer de mama.

Mastectomia radical: Na mastectomia radical retira-se toda a glândula


mamária, o músculo peitoral e os linfonodos da região da axila. Na
mastectomia radical modificada são retiradas as glândulas mamárias e os
linfonodos axilares e o músculo peitoral maior é mantido, neste caso ela é
chamada de mastectomia radical modificada Patey e quando os músculos
peitoral maior e menor são preservados, ela deve ser chamada de mastectomia
radical modificada de Madden.

Quando realizar?


(mastectomia preventiva);

quando a mulher já teve câncer numa das mamas;
 cemente para
evitar a progressão da doença;

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quimioterápico para o câncer de mama.

Antes:

 bre diagnóstico,
intervenção cirúrgicas esperada e terapias futuras.Observar a presença
de negação ou ansiedade extrema.-

 de,
bem como privacidade para a paciente/ EQ. Sugerir que o EQ esteja
presente sempre que possível/desejado.

 Dizer á paciente que o estresse relacionado ao câncer de mama pode
persistir por muitos meses e buscar ajuda/ suporte.

informação sobre os recursos da comunidade, estimular/proporcionar a
visita de uma mulher que tenha se recuperado de mastectomia.

 Depois:
 urativo-feridas para característica da drenagem. Monitorar
quantidade de edema, vermelhidão e dor na incisão.

com o ombro posicionado em um ângulo apropriado (não mais que 65
graus de flexão,45 a 65 graus de abdução,45 a 60 graus de rotação
interna) e repousar o antebraço em uma cunha ou travesseiro, como
indicado.


sobre o lado não afetado,evitando que o braço afetado fique oscilante.

acesso venoso no braço afetado.

coloração,formação de bolhas; observar drenagem do sítio doador.
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Assistência no período Pré-Parto

Assistência de Enfermagem



contrações, dor em baixo ventre, etc.

Assistência no Período Pré-Parto – Parto e Puerpério – Hospitalar


parturiente e seu acompanhante;

 banho, exercícios, etc);


Assistência no Período Pré-Parto – Parto e Puerpério – Hospitalar

 Monitorar:
 – (PA, Pulso, Temperatura e FC)

sangramento);

Período Expulsivo

 nhar a gestante para sala de parto;


 – nunca deixá-la sozinha;


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 leitamento materno.





methergin, etc.);
 uecida a puérpera.

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PUERPÉRIO





 ica);






 ãe medidas preventivas e os sinais de perigos para
retorno imediato ;



retorno imediato ;

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CAPITULO IX

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SAÚDE MENTAL

TRANSTORNOS DE CONDUTA
Desvio de conduta ou transtorno de conduta (português
brasileiro) ou perturbação de conduta (português europeu) é
caracterizado por padrões persistentes de conduta socialmente
inadequada, agressiva ou desafiante, com violação de normas sociais
ou direitos individuais. Com cerca de 1 a 10% de prevalência em
crianças e adolescentes, é um dos transtornos psiquiátricos mais
frequentes em jovens e um dos maiores motivos de encaminhamento ao
psiquiatra infantil.

Causas dos transtornos de conduta


colegas e amigos.

e manutenção de transtorno de conduta. O comportamento de oposição
e desobediência está associado a pais e irmãos agressivos e
negligentes, divórcio dos pais, grandes famílias, mães jovens, baixa
condição socioeconômica, apenas um cuidador.
 -se identificar uma
baixa responsabilidade na área orbitofrontal área responsável pelo
processamento de estímulos de recompensa. Pode ser causa e
consequência de um histórico de aprendizagem em que prevaleceram
punições pelos maus comportamentos em vez de reforço pelos bons
comportamentos.

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 ala cerebelosa responde menos a estímulos
de intimidação e medo, podendo tanto ser o motivo por não evitar
estímulos aversivos que a maioria evitaria ou/e por ter se acostumado a
viver em um ambiente intimidador e ameaçador.
 comportamento dos pais, pois transtornos
de conduta podem indicar histórico de abuso sexual e violência,
alcoolismo e abuso de drogas na família.

Diagnóstico

Essas violações não atendem às expectativas sociais próprias à


idade da criança, indo muito além de travessuras infantis ou de rebeldia
do adolescente e continuam acontecendo regularmente por seis meses
ou mais.

O diagnóstico se baseia na presença de:

soas ou a animais;

Diagnósticos diferenciais
A presença de manifestações nítidas de um dos grupos de
conduta precedentes é suficiente para o diagnóstico mas atos dissociais
isolados não o são. Devendo-se diferenciar da esquizofrenia e
transtornos globais do desenvolvimento (o autismo e suas variantes) dos
transtornos humor (afetivos) e ainda diferenciado desses processos

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quando associados a condições ou traumas emocionais e hiperatividade
e transtorno do déficit de atenção com hiperatividade.
Caso esses comportamentos persistam após os 18 anos, passa a
ser diagnosticado como transtorno de personalidade antissocial
(psicopatia/sociopatia).

TRATAMENTO
É recomendado que a família dos pacientes seja inclusa e os pais
ensinados a ensinarem seus filhos adequadamente.
Assim como outras terapias com crianças e adolescentes o
tratamento mais eficiente é o que inclui a família e a escola no processo.
Também é recomendado que algumas sessões sejam individuais. Não é
recomendado terapia em grupo com outros adolescentes agressivos,
pois eles estimulam o mau comportamento uns nos outros. O tratamento
também deve procurar resolver conflitos familiares, tais como divórcios
destrutivos ou depressão materna.
Tratamentos isolados não demonstram eficiência, por isso é
recomendado uma abordagem multiprofissional.
Não é recomendado que internações durem mais de 6 meses,
penas alternativas como trabalho voluntário devem ser privilegiadas, e a
família, quando disposta a colaborar e não tenha histórico de
criminalidade, deve fazer parte de todas as fases do tratamento, sendo
preparada e treinada para o retorno do adolescente.

TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM
Os Transtornos de Aprendizagem: compreendem uma inabilidade
específica, como leitura, escrita ou matemática, em indivíduos que
apresentam resultados significativamente abaixo do esperado para o
seu nível de desenvolvimento, escolaridade e capacidade intelectual.

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Em 1988, o National Joint Comittee on Learning Disabilities
apresentou uma conceituação muito bem aceita e aplicada sobre os
problemas de aprendizagem :
"Dificuldade de aprendizagem é um termo geral que se refere a
um grupo heterogêneo de transtornos manifestados por dificuldades
significativas na aquisição e uso da escuta, fala, leitura, escrita,
raciocínio ou habilidades matemáticas. Estes transtornos são intrínsecos
ao indivíduo, supondo-se que são devido à disfunção do sistema
nervoso central, e podem ocorrer ao longo do ciclo vital. Podem existir
junto com as dificuldades de aprendizagem, problemas nas condutas de
auto-regulação, percepção social e interação social, mas não constituem
por si próprias, uma dificuldade de aprendizado. Ainda que as
dificuldades de aprendizado possam ocorrer concomitantemente com
outras condições incapacitantes como, por exemplo, transtornos
emocionais graves ou com influências extrínsecas (tais como as
diferenças culturais, instrução inapropriada ou insuficiente), não são o
resultado dessas condições ou influências".
Atualmente, a descrição dos Transtornos de Aprendizagem é
encontrada em manuais internacionais de diagnóstico, tanto no CID-10,
elaborado pela Organização Mundial de Saúde (1992), como no DSM-V,
organizado pela Associação Psiquiátrica Americana (2013). Ambos os
manuais reconhecem a falta de exatidão do termo "transtorno",
justificando seu emprego para evitar problemas ainda maiores, inerentes
ao uso das expressões "doença" ou "enfermidade".

CAUSAS
De acordo com o DSM-V, o transtorno específico da
aprendizagem é um transtorno do neurodesenvolvimento com uma
origem biológica que é a base das anormalidades no nível cognitivo as
quais são associadas com as manifestações comportamentais. A origem
biológica inclui uma interação de fatores genéticos, epigenéticos e
ambientais que influenciam a capacidade do cérebro para perceber ou
processar informações verbais ou não verbais com eficiência e exatidão.
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A real etiologia dos Transtornos de Aprendizagem ainda não foi
esclarecida pelos cientistas, embora existam algumas hipóteses sobre
suas causas. Sabe-se que sua etiologia é multifatorial, porém ainda são
necessárias pesquisas para melhor identificar e elucidar essa questão.

O CID-10 esclarece que a etiologia dos Transtornos de


Aprendizagem não é conhecida, mas que há "uma suposição de
primazia de fatores biológicos, os quais interagem com fatores não-
biológicos". Ambos os manuais informam que os transtornos não podem
ser consequência de:


escola;


Atualmente, acredita-se na origem dos Transtornos de


Aprendizagem a partir de distúrbios na interligação de informações em
várias regiões do cérebro, os quais podem ter surgido durante o período
de gestação.
O desenvolvimento cerebral do feto é um fator importante que
contribui para o processo de aquisição, conexão e atribuição de
significado às informações, ou seja, da aprendizagem. Dessa foram,
qualquer fator que possa alterar o desenvolvimento cerebral do feto
facilita o surgimento de um quadro de Transtorno de Aprendizagem, 4
que possivelmente só será identificado quando a criança necessitar
expressar suas habilidades intelectuais na fase escolar.
Existem fatores sociais que também são determinantes na
manutenção dos problemas de aprendizagem, e entre eles o ambiente
escolar e contexto familiar são os principais componentes desses
fatores. Quanto ao ambiente escolar, é necessário verificar a motivação
e a capacitação da equipe de educadores, a qualidade da relação
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professor-aluno-família, a proposta pedagógica, e o grau de exigência
da escola, que, muitas vezes, está preocupada com a competitividade e
põe de lado a criatividade de seus alunos. Em relação ao ambiente
familiar, famílias com alto nível sociocultural podem negar a existência
de dificuldades escolares da criança. Há também casos em que a família
apresenta um nível de exigência muito alto, com a visão voltada para os
resultados obtidos, podendo desenvolver na criança um grau de
ansiedade que não permite um processo de aprendizagem adequado.

Os tipos de Transtornos de Aprendizagem


Tanto o CID-10, como o DSM-V apresentam basicamente três
tipos de transtornos específicos:
 Transtorno com prejuízo na leitura
 Transtorno com prejuízo na matemática
 Transtorno com prejuízo na expressão escrita. A caracterização
geral destes transtornos não difere muito entre os dois manuais.

Transtorno da Leitura
O Transtorno da Leitura, alternativamente conhecido como
dislexia, é um transtorno caracterizado por problemas no
reconhecimento preciso ou fluente de palavras, problemas de
decodificação e dificuldade de ortografia. Dessa forma, pode-se afirmar
que se trata de um transtorno específico das habilidades de leitura, que
sob nenhuma hipótese está relacionado à idade mental, problemas de
acuidade visual ou baixo nível de escolaridade.

O DSM-V classifica como critérios diagnósticos para o Transtorno


da Leitura:

(p. ex., lê palavras isoladas em voz alta, de forma incorreta ou lenta e


hesitante, frequentemente adivinha palavras, tem dificuldade de soletrá-
las).

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do que é lido (p. ex.,
pode ler o texto com precisão, mas não compreende a seqüência, as
relações, as inferências ou os sentidos mais profundos do que é lido).

Transtorno da Matemática
O Transtorno da Matemática, também conhecido como
discalculia, não é relacionado à ausência de habilidades matemáticas
básicas, como contagem, e sim, na forma com que a criança associa
essas habilidades com o mundo que a cerca.
A aquisição de conceitos matemáticos e outras atividades que
exigem raciocínio são afetadas neste transtorno, cuja baixa capacidade
para manejar números e conceitos matemáticos não é originada por
uma lesão ou outra causa orgânica. Em geral, o

Transtorno da Matemática é encontrado em combinação com o


Transtorno da Leitura ou Transtorno da Expressão Escrita.
O Transtorno da Matemática, segundo o DSM-V, é caracterizado
por:

ou cálculo (p. ex., entende números, sua magnitude e relações de forma


insatisfatória; conta com os dedos para adicionar números de um dígito
em vez de lembrar o fato aritmético, como fazem os colegas; perde-se
no meio de cálculos aritméticos e pode trocar as operações).

aplicar conceitos, fatos ou operações matemáticas para solucionar


problemas quantitativos).

Transtorno da Expressão Escrita


Um transtorno apenas de ortografia ou caligrafia, na ausência de
outras dificuldades da expressão escrita, em geral, não se presta a um
diagnóstico de Transtorno da Expressão Escrita. Neste transtorno

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geralmente existe uma combinação de dificuldades na capacidade de
compor textos escritos, evidenciada por erros de gramática e pontuação
dentro das frases, má organização dos parágrafos, múltiplos erros
ortográficos ou fraca caligrafia, na ausência de outros prejuízos na
expressão escrita.
Em comparação com outros Transtornos de Aprendizagem, sabe-
se relativamente menos acerca do Transtorno da Expressão Escrita e
sobre o seu tratamento, particularmente quando ocorre na ausência de
Transtorno de Leitura. Existem algumas evidências de que déficits de
linguagem e perceptomotores podem acompanhar este transtorno.
O Transtorno da Expressão Escrita, de acordo com os critérios
diagnósticos do DSM-V, são:
a ortografar (ou escrever ortograficamente) (p.
ex., pode adicionar, omitir ou substituir vogais e consoantes).

erros de gramática ou pontuação nas frases; emprega organização


inadequada de parágrafos; expressão escrita das ideias sem clareza).

um dos transtornos neuropsiquiátricos mais conhecidos na infância que


ocasiona sérias dificuldades para o processo de aprendizagem. Isto se
deve à baixa concentração de dopamina e/ou noradrenalina em regiões
sinápticas do lobo frontal, leva o indivíduo a uma tríade sintomatológica
de falta de atenção, hiperatividade e impulsividade.
Atualmente, o DSM-V trouxe algumas mudanças em relação ao
TDAH; agora é possível estabelecer o diagnóstico deste transtorno
concomitantemente com o quadro de autismo, o que antes não era
possível. Anteriormente também, era necessário demonstrar que os
sintomas estivessem presentes antes dos 7 anos de idade, atualmente o
limite de idade foi modificado para 12 anos.
O novo DSM-5 traz a opção de TDAH com Remissão Parcial, que
deve ser empregado naqueles casos onde houve diagnóstico pleno de
TDAH anteriormente (isto é, de acordo com todos os critérios), porém
com um menor numero de sintomas atuais. Além disto, ma última
novidade do DSM-V é a possibilidade de se classificar o TDAH em Leve,
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Moderado e Grave, de acordo com o grau de comprometimento que os
sintomas causam na vida do indivíduo.

TRATAMENTO
A maioria das crianças necessita de intervenção psicopedagógica
e/ou fonoaudiológica e continua participando das aulas convencionais
oferecidas pela escola. Porém, existem casos em que o grau do
transtorno exige que a criança passe por programas educativos
individuais e intensivos. Independentemente do caso, é importante que a
criança continue a assistir e a participar das atividades escolares
normais. Cabe ao profissional que acompanha a criança ou adolescente
realizar contatos com a escola a fim de estabelecer uma maior qualidade
do processo de aprendizagem, através da inter-relação dos aspectos
exigidos pela escola e do que a criança é capaz de oferecer para suprir
tais necessidades.
Além de um melhor enquadramento da proposta educacional,
outras variáveis que implicam nos Transtornos de Aprendizagem
deverão passar por um processo terapêutico. Assim, é necessário que
ao se fazer uma avaliação de um quadro de Transtorno de
Aprendizagem, o profissional esteja atento para identificar se existem
fatores psicológicos que contribuem para a manutenção do problema.
Caso esta variável esteja presente, o psicólogo é o profissional indicado
para tratar dos problemas emocionais vinculados ao tipo de Transtorno.
O tratamento farmacológico, associado ao atendimento
psicopedagógico deve ser dirigido por um psiquiatra ou neurologista,
sendo indicado, por exemplo, em casos nos quais as capacidades de
atenção e concentração da criança encontram-se debilitadas.

TRANSTORNOS DE PERSONALIDADE
Transtornos de personalidade :são padrões relativamente
estáveis de pensar, perceber, reagir e se relacionar que diferem das
normas esperadas e que começam cedo na vida. Esses padrões

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causam significativa angústia na pessoa e/ou reduzem a habilidade da
pessoa de se relacionar socialmente. Existem muitos tipos de transtorno
de personalidade e cada qual apresenta problemas característicos de
autoimagem e maneiras de reagir aos outros e a eventos estressantes.

Os sintomas são diferentes dependendo do tipo de transtorno de


personalidade, mas, em geral, as pessoas têm dificuldade em se
relacionar com os outros e em lidar com o estresse e/ou manter uma
autoimagem diferente daquela percebida pelos outros.

CRITÉRIOS GERAIS DE DIAGNÓSTICO


O diagnóstico de um transtorno de personalidade deve
satisfazer os critérios abaixo, juntamente com os critérios específicos do
transtorno em consideração.

consideravelmente do que a cultura vigente espera. Esse padrão é


manifestado em duas (ou mais) áreas seguintes:
1) cognição (percepção de si mesmo, dos outros ou de
eventos)afeto (o alcance, a intensidade, a maleabilidade e a
conveniência das respostas emocionais)
2) funcionamento interpessoal
3) controle do impulso

Pessoas menores de idade que alcancem o critério de um


transtorno de personalidade não são, usualmente, diagnosticadas como
tendo tal transtorno, ainda, elas podem receber um diagnóstico
correlacionado. Para se diagnosticar um indivíduo menor de idade com
um transtorno de personalidade, os sintomas devem estar presentes
por, pelo menos, um ano. O transtorno de personalidade antissocial não
pode, por definição, ser diagnosticado em pessoas menores de 18 anos.

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LISTA DE TRANSTORNOS DE PERSONALIDADE
GRUPO A (TRANSTORNOS EXCÊNTRICOS OU ESTRANHOS
Os indivíduos que estão neste grupo, costumam ser
apelidados como esquisitos, isolados socialmente, frios
emocionalmente, inexpressivos, distantes e muito desconfiados. Este
grupo está mais propenso a desenvolver sintomas psicóticos.
Transtorno de personalidade esquizoide — Indivíduos isolados
socialmente, não expressam ou vivenciam emoções como alegria ou
raiva, frios emocionalmente, indiferentes e não fazem questão de manter
laços afetivos com outras pessoas, sendo assim, vistos como
independentes emocionalmente. São muito introspectivos, e muitas
vezes não têm amizades. Não anseiam por tais relacionamentos e
geralmente preferem viver sozinhos e isolados. (Não confundir com
depressão nervosa grave.)
Transtorno de personalidade esquizotípica — Pessoas com as
mesmas características ao esquizoide, contudo, estão mais próximas à
esquizofrenia. Desconfiados, alguns podem acreditar que têm poderes
especiais, outros podem ser supersticiosos e cheios de "manias", sendo
que geralmente possuem crença excessiva ou fanatismo religioso.
Frequentemente participam de seitas excêntricas, ou acabam por se
apegar excessivamente a alguma forma de "ocultismo" ou religiosidade,
muitas vezes tornam-se fanáticos religiosos que passam a vida a
"pregar" seus conceitos de forma exagerada, acreditando serem
escolhidos por alguma entidade divina ou, ocasionalmente, acreditam
sentir presença ocultas, ouvir vozes e chamados do além, entre outros
comportamentos próximos às psicoses. (Não confundir com
esquizofrenia.)

Transtorno de personalidade paranoide — São pessoas


demasiadamente desconfiadas e paranoicas. Não conseguem confiar
em outros, sempre alegam que vão ser passados para trás ou que estão
tramando e conspirando algo contra ele. Em momentos de estresse,
essas características tendem a piorar e são essencialmente rancorosos,

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com dificuldade em perdoar os erros e fracassos das outras pessoas.
Atribuem isso sempre às supostas tramoias, conspirações, perseguições
etc. São frios emocionalmente e podem se manter distantes às outras
pessoas porque acreditam estar sempre sendo enganados, às vezes
reagindo com hostilidade por motivos incompreensíveis aos olhos de
outros. (Não confundir com esquizofrenia ou delírio

GRUPO B (TRANSTORNOS DRAMÁTICOS, IMPREVISÍVEIS OU


IRREGULARES)
Pessoas que convivem intimamente costumam perceber um quê
de anormal no comportamento dos indivíduos que compõem este grupo,
frequentemente sendo apelidados como "problemáticos".
Nele, estão presentes os indivíduos que são vistos aos olhos
de outros como manipuladores, rebeldes, com tendência a quebrar
regras e rotinas,irritantes, "maus", inconstantes, impulsivos, dramáticos,
sedutores, imprevisíveis, egoístas e muito intolerante às decepções.
Neste grupo, os sintomas inflexíveis dos distúrbios afetam muito mais as
pessoas em sua volta, do que o próprio indivíduo.

Transtorno de personalidade antissocial — São sociopatas,


indivíduos egocêntricos desde a adolescência e que mesmo na idade
adulta mantêm comportamentos persistentes de desrespeito as normas,
regras ou leis sociais. Causam prejuízos e transtornos significativos as
pessoas próximas em seu círculo social. Frequentemente surgem
ocorrências de transtorno de conduta e histórico de problemas em
relação conjugal devido sua propensão para adultério e infidelidade. Não
desenvolvem empatia e tendem a ser insensíveis, cínicos e a desprezar
os sentimentos, direitos e sofrimentos alheios. Impera o egoismo.
Enganam, seduzem e manipulam as pessoas a fim de obter vantagens
pessoais ou prazer. São capazes de fingir um comportamento exemplar
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e se fazer passar por vitima com maestria. Distorcem fatos e
acontecimentos verídicos a fim de convencer quem lhes dá atenção. (O
diagnóstico de antissocial não está relacionado a evitar socializações,
algo mais provável no transtorno de personalidade esquiva.)

Transtorno de personalidade histriônica — São pessoas muito


emotivas, hipersensíveis, exageradas, superficiais, emocionalmente
instáveis, dramáticas, muito preocupadas com a aparência física
(vaidosos e provocativos) e com notável tendência a exigir excessiva
atenção para si a todo momento. Caso contrário, sentem-se
profundamente incomodados, podendo expressar suas emoções de
forma exagerada, como rompantes de choro ou raiva por coisa mínima.
Geralmente vestem-se de maneira chamativa, sobretudo sexualmente
provocante e costumam estar sempre à caça de elogios a respeito de
sua aparência física. Tendem a infidelidade contumaz, são muito
manipuladores, sedutores, controlando pessoas e circunstâncias para
conseguir atenção.
— Distúrbio
comparável a uma "doença do amor", uma vez que seus sintomas
tornam-se muito exacerbados quando apaixonam-se. São indivíduos
muito inconstantes, exagerados, constantemente insatisfeitos,
intolerante às decepções e frustrações, com pensamento extremista 8-
80 (totalmente bom ou totalmente mau: não conseguem ver lado bom e
ruim numa mesma pessoa ou situação), não conseguindo relacionar-se
de maneira saudável com seus familiares e pessoas íntimas, tratando-as
frequentemente de maneira estúpida, agressiva ou rebelde.
— Pessoas
arrogantes, orgulhosas e que se acham superiores e mais especiais que
os outros. De primeira, esses indivíduos passam uma grande impressão
de que são metidos, egoístas ou antipáticos, demonstram pouca
empatia para com os outros, não se importam com sentimentos alheios
e podem ser frios emocionalmente. Quase sempre se acham "os
melhores", "os mais lindos", "os mais ricos" etc. e exigem ser atendidos

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pelos melhores médicos, pelos melhores professores e outros
"melhores" profissionais por causa de seu sentimento de superioridade

GRUPO C TRANSTORNOS ANSIOSOS OU RECEOSOS


Os indivíduos que compõem este grupo são vistos como
medrosos, ansiosos, frágeis, dependentes, fóbicos e com tendência a
serem submissos, organizados, obedientes e, ao contrário do grupo B,
evitam quebrar regras ou rotinas. Neste grupo, frequentemente os traços
inflexíveis dos transtornos prejudicam muito mais o próprio indivíduo, do
que as pessoas à sua volta. Este grupo está mais propenso aos
transtornos de ansiedade.
Transtorno de personalidade dependente — Pessoas muito
dependentes emocionalmente e fisicamente, sempre dependendo de
outras pessoas para fazer qualquer coisa. Notavelmente carentes, elas
não conseguem viver só e estão sempre à procura de um
relacionamento íntimo para se manter dependente. Com frequência, são
submissos às pessoas por quais mantêm um laço afetivo, podendo
demonstrar muita empatia ou altruísmo por outras pessoas e pouca
preocupação consigo mesmo.
Transtorno de personalidade esquiva — Indivíduos que são
excessivamente tímidos, com grande ansiedade na vida social, sendo
que frequentemente carregam um sentimento de inferioridade em
relação às outras pessoas. Via de regra, têm uma baixa auto-estima e
temem serem ridicularizados ou criticados em público. Na realidade,
anseiam contato íntimo entre as pessoas, mas com medo de serem
ridicularizados, envergonham-se e se isolam socialmente. Eles podem
evitar festas, lugares cheios de pessoas e outras ocasiões sociais que
poderão ser o centro das atenções, sendo que muitas vezes não têm
amigos
Transtorno de personalidade obsessivo-compulsiva — São
pessoas teimosas e inflexíveis, excessivamente organizadas, temendo
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descuidos, desorganizações, sujeira ou qualquer outra forma de
"bagunça". Elas priorizam o correto e organizado, podendo gastar muito
tempo trabalhando, estudando ou limpando, deixando de lado
relacionamentos, diversão e lazer. Além disso, elas tendem a fazer seus
deveres a sós porque temem que outras pessoas não irão fazer
corretamente

CONSEQUÊNCIAS DOS TRANSTORNOS DE PERSONALIDADE


1. Pessoas com transtorno de personalidade têm maior risco de
Comportar-se de maneira a provocar doenças físicas (como abuso de
substâncias, comportamento sexual irresponsável e sono inadequado),
autodestrutivas ou que vão contra os valores da sociedade.
2. Usar abordagens inconsistentes, deslocadas, excessivamente
emocionais, abusivas ou irresponsáveis na criação dos filhos,
aumentando, assim, o risco de problemas físicos e mentais em seus
filhos.
3. Reagir ao estresse de maneira inadequada ou disfuncional. 4.
Desenvolver outros transtornos de saúde mental, como um transtorno de
ansiedade, depressão ou hipocondria (medo de ter uma doença grave).
5. Não tomar os medicamentos receitados como prescrito. 6. Ter um
relacionamento difícil com os profissionais de saúde (especialmente
profissionais que não têm conhecimento do transtorno de personalidade)
– por exemplo, pelo fato de as pessoas com transtorno de personalidade
negarem a responsabilidade pelo seu comportamento e serem
excessivamente desconfiadas, exigentes ou necessitadas

DIAGNÓSTICO
Pessoas com um transtorno de personalidade em geral não veem
problemas no seu próprio comportamento. Quando elas procuram ajuda,
o motivo é, em geral, relacionado a sintomas como ansiedade,

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depressão ou abuso de substâncias, bem como para problemas criados
pelo seu transtorno de personalidade, como divórcio, desemprego ou
solidão — o transtorno em si não motiva a procura por ajuda.
Para ajudar a confirmar o diagnóstico, os médicos normalmente
tentam falar com amigos e membros da família da pessoa. Sem esse
auxílio, tanto o médico quanto a pessoa podem ficar sem conhecimento
do papel da pessoa na criação dos problemas.

TRATAMENTO

psicoterapia individual, terapia de grupo e terapia familiar. Medicamentos


não alteram traços de personalidade, mas podem ajudar a aliviar os
sintomas de angústia.
de podem ser particularmente
difíceis de tratar, por isso, é importante escolher um terapeuta com
experiência, entusiasmo e que seja capaz de entender a autoimagem da
pessoa, as áreas de sensibilidade e as maneiras de enfrentar o
problema. No entanto, apesar da importância da delicadeza e do
fornecimento conselhos adequados no atendimento, tais ações não
alteram transtornos de personalidade em si.

Princípios gerais
Ainda que os tratamentos variem de acordo com o tipo de
transtorno de personalidade, os tratamentos geralmente buscam:
1. Reduzir a angústia;
2. Ajudar a pessoa a entender que os seus problemas são
internos (e não causados por outras pessoas ou situações);
3. Diminuir o comportamento mal adaptativo e socialmente
indesejável;
4. Modificar os traços de personalidade que estão causando
dificuldades;
5. O primeiro objetivo do tratamento é reduzir o estresse imediato,
como a ansiedade e a depressão.

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6. Reduzir o estresse facilita o tratamento dos transtornos de
personalidade.

CAUSAS DO TRANSTORNO DE PERSONALIDADE


Algumas das causas possíveis dos transtornos de personalidade
incluem:

CUIDADOS DE ENFERMAGEM
O sofrimento psicológico acarreta prejuízos cognitivos e
funcionais; na tentativa de resolver algumas dessas questões a
enfermagem mostra sua capacidade no manejo empático com o
paciente, através de técnicas onde o paciente cria confiabilidade e adere
com nova postura, elevando seu desempenho social.
 rescrições de Enfermagem



CUIDADOS DE ENFERMAGEM QUANTO A ADMINISTRAÇÃO


DE MEDICAMENTOS A PACIENTES PSIQUIÁTRICOS
A administração de medicamentos a doentes mentais pode
requerer "cuidados" especiais. Alguns problemas são muito comuns em
unidades psiquiátricas, por ex: pacientes que com freqüência recusam a
medicação, outros que fingem aceitar e depois jogam fora, os que
acumulam comprimidos para tomarem de uma só vez, os que solicitam e
insistem por doses mais altas, etc.
Medicamentos que foram administrados no paciente do estudo:

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cardíaco e diminuição da PA, atentar para queixas
álgicas(cefaléia).

 Enfermagem: Atentar para agitação motora e
distonias. Havendo qualquer

dosagem do fármaco.

DEPRESSÃO
Depressão é um estado depressivo de humor, caracterizado por
aversão à atividade, que pode afetar os pensamentos, comportamentos,
sentimentos e o bem-estar de uma pessoa. As pessoas deprimidas
podem sentir-se tristes, ansiosas, vazias, desesperadas, preocupadas,
impotentes, inúteis, culpadas, irritadas, magoadas ou inquietas. Podem
perder o interesse em atividades que antes eram prazerosas, podem
perder o apetite ou comer demais, apresentar problemas de
concentração, dificuldade para lembrar detalhes ou tomar decisões e
podem contemplar ou tentar o suicídio. Problemas de insônia, sono
excessivo, fadiga, perda de energia, mudança na alimentação,
sofrimento, dores ou problemas digestivos resistentes a tratamento
também podem estar presentes.
A depressão é um distúrbio que afecta o corpo, o humor e o
pensamento. Altera o apetite e o sono, a forma como a pessoa se sente
e como pensa.
Sua característica essencial é o humor deprimido ou triste na
maior parte do tempo, por um período mínimo de duas semanas.
O humor deprimido não é necessariamente um transtorno
psiquiátrico. Pode ser uma reação passageira a determinados
acontecimentos ou consequência de uma dada condição médica ou,
ainda, efeito colateral de medicamentos ou tratamentos médicos. O
humor deprimido é também a característica principal ou associada a
certas síndromes psiquiátricas tais como depressão clínica.
MANIFESTAÇÕES DA DEPRESSÃO
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ercepção negativa de si próprio e do mundo

o Sensoriais

ilidade.

CAUSAS DA DEPRESSÃO

Teoria Genética

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O fator genético é mais evidente para a depressão bipolar do que
para a unipolar.

Teoria Psicodinâmica
-estima, pessimistas ou muito
sensíveis ao stress são mais propensas à depressão.
Teoria social
as urbanas do
que rurais e duas vezes mais frequente em mulheres do que em
homens, faz supor haver um factor social relevante para o
desenvolvimento da depressão.

Teorias biológicas

monoaminérgicos (serotonina e noradrenalina) são libertados na sinapse


em ritmo normal.

-sinápticas

Hipótese Monoaminérgica da Depressão

neurotransmissores em sinapses monoaminérgicas.

de antidepressivos

CLASSIFICAÇÃO DA DEPRESSÃO

ia (sem uma causa detectável) ;

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Genético :

TIPOS DE DEPRESSÃO

Depressão unipolar :

moderado ou grave
ódios de mania.
Distimia:
-humor‖.

a pessoa apresenta oscilações depressivas de humor, desâmino,


irritabilidade, ansiedade

Depressão Bipolar:
oscilações cíclicas do humor entre ―altos‖
(mania) e ―baixos‖ (depressão);

SUB-TIPOS DE DEPRESSÃO
Depressão melancólica ou endógena:

gitação psicomotora;

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Depressão atípica:

Depressão sazonal :

Depressão com sintomas psicóticos :


ões;

Depressão pós-parto:

CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DE UM EPISÓDIO DEPRESSIVO


tempo, quase todos os
dias;

todas as actividades (incluindo actividade sexual) na maior parte do


tempo, quase todos os dias;

em dieta (+/- 5% do peso corporal em um mês);

ada;
de pensar ou concentrar-se, ou indecisão, quase
todos os dias;

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morrer),
idéias ou tentativa de suicídio.

Para o diagnóstico da depressão, é necessária a presença de 5


dos sintomas acima, sendo obrigatoriamente um destes, humor
deprimido ou anedonia, por período de pelo menos duas semanas

TRATAMENTO DA DEPRESSÃO
Principais objetivos do tratamento da depressão
• Eliminar os sintomas;
• Restaurar a actividade psicossocial e ocupacional
• Reduzir o potencial de suicídio;
• Reduzir a probabilidade de recaída e recorrência
• tratamento farmacológico, com medicamentos antidepressivos;
• psicoterapia;
• combinação de medicamentos e psicoterapia;
• eletroconvulsoterapia (ECT).

Tratamento Farmacológico da Depressão

Vantagens
• Redução do tempo para remissão
• Facilidade de administração
• Efeito mais rápido, custo menor e menor dispêndio de tempo do
que a psicoterapia
• Eficácia em até 70% dos casos, em todas as formas de
depressão

Fases do Tratamento da Depressão

Com o tratamento da fase aguda pretende-se obter a remissão;


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O tratamento de continuação visa impedir a recaída (volta dos
sintomas até 6 meses após a remissão)

O tratamento de manutenção tem por objetivo impedir a


recorrência (ocorre até 2 anos após o término do tratamento de
continuação).

ESQUIZOFRENIA
Esquizofrenia: é uma perturbação mental caracterizada por
comportamento social fora do normal e incapacidade de distinguir o que
é ou não real. Entre os sintomas mais comuns estão delírios,
pensamento confuso ou pouco claro, alucinações auditivas, diminuição
da interação social e da expressão de emoções e falta de motivação. As
pessoas com esquizofrenia apresentam muitas vezes outros problemas
de saúde mental, como perturbações de ansiedade, depressão ou
perturbação por abuso de substâncias. Os sintomas geralmente
manifestam-se de forma gradual, desde o início da idade adulta, e
permanecem durante um longo período de tempo.
As causas da esquizofrenia incluem fatores ambientais e
genéticos. Entre os possíveis fatores ambientais estão o crescimento em
ambientes urbanos, o consumo de drogas, determinadas infeções, a
idade dos pais e má nutrição durante a gravidez. Entre os fatores
genéticos estão uma série de variações genéticas. O diagnóstico tem
por base a observação do comportamento da pessoa, a descrição que
faz das experiências pessoais e o seu contexto cultural.
O tratamento geralmente consiste na administração de
medicamentos antipsicóticos e aconselhamento psiquiátrico, formação
profissional e reabilitação social. Não é ainda claro se são mais eficazes
antipsicóticos típicos ou atípicos. Em pessoas que não mostram sinais
de melhoria com outros antipsicóticos pode ser administrada
clozapina.Nos casos mais graves, em que existe risco para a própria
pessoa ou para os outros, pode ser necessário recorrer a internamento

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hospitalar involuntário, embora atualmente os internamentos sejam mais
curtos e menos frequentes do que no passado.
A esquizofrenia afeta entre 0,3 e 0,7% da população
mundial em algum momento da vida.
A esquizofrenia caracteriza-se essencialmente por uma
fragmentação da estrutura básica dos processos de pensamento,
acompanhada pela dificuldade em estabelecer a distinção entre
experiências internas e externas. Embora primariamente uma doença
orgânica neuropsiquiátrica que afeta os processos cognitivos, seus
efeitos repercutem também no comportamento e nas emoções.

Os sintomas da esquizofrenia podem variar de pessoa para


pessoa, podendo aparecer de forma insidiosa e gradual ou, pelo
contrário, manifestarse de forma explosiva e instantânea. Podem ser
divididos em duas grandes categorias: sintomas positivos e negativos.
Sintomas positivos

na fase aguda da doença e são as perturbações mentais "muito
fora" do normal, como que "acrescentadas" às funções psíquico-
orgânicas da pessoa. Entende-se como sintomas positivos
delírios (ideias delirantes, pensamentos irreais, "ideias individuais
do paciente que não são partilhadas por um grande grupo",[19]
como, por exemplo, um indivíduo que acha que está a ser
perseguido pela polícia secreta e acha que é o responsável pelas
guerras do mundo);

olfato ou tacto, sendo mais frequentes as alucinações auditivas e
visuais;

elaboração de frases sem qualquer sentido ou invenção de
palavras;

impulsos ou agressividade constante na fase de crise.

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Sintomas negativos
Os sintomas negativos são o resultado da perda ou diminuição
das capacidades mentais, "acompanham a evolução da doença e
refletem um estado deficitário ao nível da motivação, das emoções, do
discurso, do pensamento e das relações interpessoais (não confundir
com esquizoidia",como a falta de vontade ou de iniciativa; isolamento
social (não confundir com a esquizoidia); apatia; indiferença emocional
total e não transitória; pobreza do pensamento".
Estes sinais não se manifestam todos da mesma forma, na
pessoa esquizofrênica. Algumas pessoas vêem-se mais afetadas do que
outras, ao ponto de muitas vezes impossibilitar-lhes uma vida normal.
No entanto, alguns sintomas podem oscilar, aparecer e desaparecer em
ciclos de recidivas e remissões.
CAUSAS
Em pessoas com esquizofrenia, o córtex frontal, responsável pela
atenção e raciocínio, era menos ativado, enquanto o corpo estriado,
responsável por sensações, com grande número de receptores
dopaminéricos, estava superativado.
Não existe uma causa única para o desencadear deste
transtorno. Assim como o prognóstico é incerto para muitos quadros, a
etiologia das psicoses, principalmente da esquizofrenia, é incerta, ou
melhor, de causação multifatorial. Admite-se hoje que várias causas
concorrem entre si para o aparecimento, como: quadro psicológico; o
ambiente; histórico familiar da doença e de outros transtornos mentais; e
mais recentemente, tem-se admitido a possibilidade de uso de
substâncias psicoativas poderem ser responsáveis pelo
desencadeamento de surtos e afloração de quadros psicóticos, embora
não possamos afirmar que as substâncias psicoativas causem
esquizofrenia.
Teoria genética
A teoria genética admite que genes podem estar envolvidos,
contribuindo juntamente com os fatores ambientais para o desencadear
do transtorno. Sabe-se que a probabilidade de um indivíduo vir a sofrer
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de esquizofrenia aumenta, se houver um caso desta doença na família.
"No caso de um dos pais sofrer de esquizofrenia, a prevalência da
doença nos descendentes diretos é de 12%.
Teoria neurobiológica
As teorias neurobiológicas defendem que a esquizofrenia é
essencialmente causada por alterações bioquímicas e estruturais do
cérebro, em especial com uma disfunção dopaminérgica, embora
alterações em outros neurotransmissores estejam também envolvidas. A
maioria dos neurolépticos (antipsicóticos) atua precisamente nos
receptores da dopamina no cérebro, reduzindo a produção endógena
deste neurotransmissor. Exatamente por isso, alguns sintomas
característicos da esquizofrenia podem ser desencadeados por
fármacos que aumentam a atividade dopaminérgica (ex: anfetaminas).
Esta teoria é parcialmente comprovada pelo fato de a maioria
dos fármacos utilizados no tratamento da esquizofrenia (neurolépticos)
atuarem através do bloqueio dos receptores (D2) da dopamina.
Teorias psicanalíticas
As teorias psicanalíticas (ou de relação precoce) têm como base
a teoria freudiana da psicanálise, e remetem para a fase oral do
desenvolvimento psicológico, na qual "a ausência de gratificação verbal
ou da relação inicial entre mãe e bebê conduz igualmente a
personalidades "frias" ou desinteressadas (ou indiferentes) no
estabelecimento das relações.
Para além da abordagem freudiana também encontramos textos
de inspiração winnicottiana nas teorias explicativas a respeito da
esquizofrenia.

Teorias familiares
Assim como a abordagem psicanalítica, outras abordagens
responsabilizam a família, mas apesar de terem bastante impacto
histórico, tiveram pouco embasamento empírico. Surgiram na década de
1950, umas baseadas no tipo de comunicação entre os vários elementos
da família, e outras aparecendo mais ligadas à estrutura familiar. Dos
estudos desenvolvidos surge o conceito de mãe esquizofrenogénica — a
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mãe possessiva e dominadora dos seus filhos como geradora de
personalidades esquizofrênicas. Estudos posteriores vieram contudo a
negar esta hipótese, relacionando esse comportamento mais com
etiologias neuróticas e não com a psicose.
Atualmente as abordagens familiares procuram apoiar a família,
em vez de culpá-la, reconhecendo as dificuldades em lidar com um
membro da família em grave sofrimento psíquico.

Teoria dos neurotransmissores


Têm-se um excesso de dopamina na via mesolímbica e falta
dopamina na via mesocortical.
Apesar de existirem todas estas hipóteses para a explicação da
origem da esquizofrenia, nenhuma delas individualmente consegue dar
uma resposta satisfatória às muitas dúvidas que existem em torno das
causas da doença, reforçando assim a ideia de uma provável etiologia
multifatorial.
CLASSIFICAÇÃO
A Classificação Estatística Internacional de Doenças e
Problemas Relacionados com a Saúde (CID), na CID-10, publicada pela
Organização Mundial de Saúde (OMS), conclui que "num certo número
de casos, que varia segundo as culturas e as populações, a evolução
dirige-se para uma cura completa ou quase completa".

DIAGNÓSTICO
O diagnóstico da esquizofrenia, como sucede com a grande
maioria dos transtornos mentais e demais psicopatologias, não se pode
efetuar através da análise de parâmetros fisiológicos ou bioquímicos e
resulta apenas da observação clínica cuidadosa das manifestações do
transtorno ao longo do tempo. Quando do diagnóstico, é importante que
o médico exclua outras doenças ou condições que possam produzir
sintomas psicóticos semelhantes (uso de drogas, epilepsia, tumor
cerebral, alterações metabólicas). O diagnóstico da esquizofrenia é por
vezes difícil.

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Para além do diagnóstico, é importante que o profissional
identifique qual é o subtipo de esquizofrenia em que o paciente se
encontra. Atualmente, segundo o DSM IV, existem cinco tipos:
Paranoide — é a forma que mais facilmente é identificada com
a doença e na qual predominam os sintomas positivos. O quadro clínico
é dominado por um delírio paranoide relativamente bem organizado. Os
doentes de esquizofrenia paranoide são desconfiados, reservados,
podendo ter comportamentos agressivos.
— em que os sintomas afetivos e as
alterações do pensamento são predominantes. As ideias delirantes,
embora presentes, não são organizadas. Em alguns doentes pode
ocorrer uma irritabilidade associada a comportamentos agressivos.
Existe um contacto muito pobre com a realidade
Catatônico — caracterizado pelo predomínio de sintomas
motores e por alterações da atividade, que podem variar desde um
estado de cansaço e acinesia até à excitação.
Indiferenciado — que apresenta habitualmente um
desenvolvimento insidioso com um isolamento social marcado e uma
diminuição no desempenho laboral e intelectual. Observa-se nestes
doentes uma certa apatia e indiferença relativamente ao mundo exterior.
Residual — em que existe um predomínio de sintomas
negativos: os doentes apresentam um isolamento social marcado por
um embotamento afetivo e uma pobreza ao nível do conteúdo do
pensamento.
Existe também a denominada esquizofrenia hebefrênica, que
incide desde a adolescência, com o pior dos prognósticos em relação às
demais variações da doença e com grandes probabilidades de prejuízos
cognitivos e sócio-comportamentais.
Atualmente todos os tipos de esquizofrenia foram fundidos em um
diagnóstico denominado de espectro esquizofrênico (de acordo com o
DSM-5 e organização mundial da saúde).

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Tratamento
Tratamento farmacológico
Uma referência importante para os psiquiatras é o Manual de
Psiquiatria Clínica, de Harold Kaplan e Benjamin Sadock, que
sistematiza os vários fatores que compõem a esquizofrenia, lembrando
que "devido à heterogeneidade das apresentações sintomáticas e
prognósticas da esquizofrenia, nenhum fator etiológico isolado é
considerado como causador." Segundo o modelo estressediátese, usado
com maior freqüência, a pessoa que desenvolve esquizofrenia tem uma
vulnerabilidade biológica específica, ou diátese, que, ativada pelo
estresse, leva a sintomas esquizofrênicos.

Os fatores etiológicos são classificados pelos autores em


genéticos, biológicos, psicossociais e ambientais. Os fatores biológicos
se subdividem e são apresentados como hipóteses:



De fato, considera-se que os antipsicóticos são eficazes no alívio


dos sintomas da esquizofrenia em 70% dos casos.[carece de fontes]
Alguns desses fármacos, conhecidos como antipsicóticos típicos, inibem
fortemente os receptores D2 da dopamina das vias dopaminérgicas,
ligadas ao sistema límbico do cérebro, e o seu sucesso constitui uma
forte evidência da importância das alterações bioquímicas na patogenia
da doença, segundo a chamada hipótese dopamínica.
Essas alterações bioquímicas talvez sejam uma resposta
secundária aos eventos causadores da doença, assim como o são as
alterações comportamentais. Os exemplos mais usuais de antipsicóticos
típicos são o haloperidol e a clorpromazina. No entanto, esses dois
antipsicóticos são os chamados de primeira geração e apresentam
sérios efeitos colaterais indesejáveis. Segundo a literatura da psiquiatria,

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o haloperidol e a clorpromazina foram muito usados nas décadas de
1940 e 1950, nos primeiros experimentos com esquizofrênicos. O
haloperidol pode causar rigidez muscular no paciente, locomoção
motora desordenada, expelição de substâncias do organismo do
paciente, movimentos involuntários e morte súbita, estando quase que
completamente em desuso pelos seus efeitos deletérios.

Quando há predominância dos sintomas depressivos, a escolha


pode recair nos novos neurolépticos: risperidona, olanzapina, quetiapina,
ziprasidona, amisulprida etc. Esses e a tioridazida são indicados para os
pacientes que não responderam aos antipsicóticos convencionais ou
apresentaram efeitos colaterais indesejáveis. Para os casos refratários,
existem evidências de que a clozapina é eficaz.
Tratamento não farmacológico
Existem várias abordagens terapêuticas do paciente
esquizofrênico, o qual, na maioria dos casos, tem indicação de um
tratamento interdisciplinar, envolvendo o acompanhamento médico
(incluindo o uso de fármacos), a psicoterapia, a terapia ocupacional
(individual ou em grupos), a intervenção familiar, a musicoterapia e a
psicopedagogia.
O tratamento pode ajudar muito a tratar os sintomas, permitindo
que os doentes possam viver com melhor qualidade de vida e mais
produtivamente. A experiência clínica indica que o melhor momento para
iniciar o tratamento da esquizofrenia é logo após o aparecimento dos
primeiros sintomas. Se a sintomatologia psicótica permanecer sem
tratamento por longos períodos, o prognóstico do tratamento é menos
favorável. Assim, é vital o reconhecimento precoce dos sinais da
esquizofrenia para que se possa procurar uma ajuda rápida.

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CAPITULO X

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ÉTICA NO TRABALHO

A ética profissional é um conjunto de atitudes e valores positivos


aplicados no ambiente de trabalho. A ética no ambiente de trabalho é de
fundamental importância para o bom funcionamento das atividades da
empresa e das relações de trabalho entre os funcionários.

Vantagens da ética aplicada ao ambiente de trabalho:


 - Maior nível de produção na empresa;
 - Favorecimento para a criação de um ambiente de trabalho
harmonioso, respeitoso e agradável;
 - Aumento no índice de confiança entre os funcionários.
Exemplos de atitudes éticas num ambiente de trabalho: -
Educação e respeito entre os funcionários; Cooperação e atitudes que
visam à ajuda aos colegas de trabalho; Divulgação de conhecimentos
que possam melhorar o desempenho das atividades realizadas na
empresa; Respeito à hierarquia dentro da empresa; Busca de
crescimento profissional sem prejudicar outros colegas de trabalho;
Acções e comportamentos que visam criar um clima agradável e positivo
dentro da empresa como, por exemplo, manter o bom humor;
Realização, em ambiente de trabalho, apenas de tarefas relacionadas
ao trabalho; Conversas de trabalho, com colegas de trabalho e chefes,
baseadas em verdades e informações reais; Respeito às regras e
normas da empresa

CONSCIÊNCIA MORAL E VALORES MORAIS


Consciência moral
Para Chaui (2001), a consciência moral refere-se a valores
(justiça, honradez, espírito de sacrifício, integridade, generosidade), a
sentimentos provocados pelos valores (admiração, vergonha, culpa,
remorso, contentamento, cólera, amor, dúvida, medo) e a decisões que
conduzam a ações com conseqüências para nós e para os outros.

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s morais
Intuição direta, produto da intuição sensível. É a verdadeira
qualidade valiosa de sentimentos, que só pode experimentar-se e viver-
se imediatamente e só pode conhecer-se intuitivamente. Serve de
fundamento para as regras com as quais a pessoa governa suas
próprias ações.

Características:
 Ser valente (no sentido de fazer o que é possível);




 ependência (no sentido de se referir ao ser) Comportamento
ético
O comportamento ético surge a partir da construção de uma
consciência ao mesmo tempo individual e coletiva, criando a
necessidade de um compromisso social e profissional. A assimilação, o
amadurecimento e a utilização de normas são fundamentais para o
aparecimento do ―pensamento ético‖, resultado da evolução
profissional e de uma profunda humanização.

Código de ética de enfermagem


Conjunto de normas a serem cumpridas pelo profissional de
enfermagem. Carrega em seu bojo a preocupação primordial da
assistência de enfermagem. Teve referência e influência de:
 Declaração Universal dos Direitos do Homem.
 Código de Ética do Conselho Internacional de Enfermeiros.
 Código de Ética da Associação Brasileira de Enfermagem.
 Código de Deontologia de Enfermagem.
 Declaração de Helsinque.
Centra-se nos aspectos comportamentais e nas implicações
legais de uma prática de risco. Nele estão reunidas normas, princípios,

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direitos e deveres pertinentes à conduta ética que deverá ser absorvida
e aplicada por todos profissionais de enfermagem. Qualquer
desobediência às determinações do código de ética é passível de
processo. O profissional de enfermagem deve atentar para as
complicações e infrações que posteriormente poderão comprometer seu
registro profissional.

Direitos:
 e a executar atividades que não sejam de sua competência
legal;
 clientes que estejam sobre sua assistência;
 Exercício Profissional;
 ssistência, de trabalho e remuneração;
 nstituição pública ou privada para a qual trabalhe não oferecer
condições mínimas pra o exercício profissional, ressalvadas as
situações de urgência e emergência, devendo comunicar
imediatamente sua decisão ao CRE.
 e, exercer cargo e participar das atividades de entidades de
classe;

Responsabilidades:
De correntes de imperícia, negligência ou imprudência; do
pessoal sob sua orientação e supervisão; se por falta cometida em suas
atividades profissionais independente de ter sido praticada
individualmente ou em equipe.

Deveres:
Honestidade; Garantir a continuidade da assistência de
enfermagem pessoal, seu tratamento e seu bem-estar, razão de sua
actividade profissional, exceto nos casos previstos em lei. Morte em
casos de emergência, epidemia e catástrofe, sem pleitear vantagens
pessoais, comunicar ao Conselho Regional de Enfermagem fatos que
infrinjam preceitos, do presente Código e da Lei do Exercício

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Profissional; iinterpretação e equacionamento de questões que a cada
dia se tornam mais complexas. Que as ideias sejam educativa,
opinativa, consultiva, fiscalizadora, de assessoramento, etc., as
questões éticas no exercício profissional alcançam outras áreas além da
assistência.
Art 8 - Trata das funções do Enfermeiro e divide em dois
itens.
I - São funções privativas do Enfermeiro: a) Direção do órgão de
enfermagem e chefia de serviço e de unidade de enfermagem. d)
Consultoria, auditoria e emissão de parecer sobre matéria de
enfermagem. e) Consulta de enfermagem. f) Prescrição da assistência
de enfermagem.

II - Como integrante da equipe de saúde:


a) Participação no planejamento.
b)Execução e avaliação da programação de saúde.
c) Prescrição de medicamentos previamente estabelecidos em
programas de saúde pública e em rotina aprovada pela instituição de
saúde.
e) Prevenção e controle sistemático da infecção hospitalar,
inclusive como membro das respectivas comissões.
f) Prestação de assistência de enfermagem à gestante,
parturiente, puérpera e ao recémnascido.
g) Participação em bancas examinadoras, em matérias
específicas de enfermagem, nos concursos para provimento de cargos
ou contratação de enfermeiros ou pessoal técnico e auxiliar de
enfermagem.
Art 9 - Dá aos titulares de diploma ou certificado de Obstetra
ou de Enfermeira Obstétrica as seguintes incumbências:
I - Prestação de assistência à parturiente e a parto normal. II -
Identificação das distócias obstétricas e tomada de providência até a
chegada do médico. III - Realização de episiotomia e episiorrafia, com
aplicação de anestesia local, quando necessário.Art 10 e 11 - Trata

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respectivamente das funções atribuídas aos técnicos e auxiliares de
enfermagem.
Art 13 - As atividades relacionadas nos artigos 10 e 11 somente
poderão ser exercidas sob supervisão, orientação e direção do
enfermeiro.
Art 15 - Na administração pública em todas as esferas será
exigida como condição essencial para provimento de cargos e funções e
contratação de pessoal de enfermagem, de todos os graus, a prova de
inscrição no Conselho Regional de Enfermagem da respectiva região.

Importante:
A principal finalidade da Comissão de Ética é auxiliar na análise,
interpretação e equacionamento de questões que a cada dia se tornam
mais complexas. Seja educativa, opinativa, consultiva, fiscalizadora, de
assessoramento, etc., as questões éticas no exercício profissional
alcançam outras áreas além da assistência. Também no ensino, na
pesquisa e na administração, os dilemas éticos precisam ser vistos com
maior dedicação. (Barbosa,2004)

HOSPITAL SEGUNDO A OMS


É parte de um sistema coordenado, cuja função é dispensar à
comunidade assistência na saúde, tanto curativa como preventiva,
incluindo serviços à família no seu domicílio.
É também, um centro de formação para os que trabalham na área
da saúde e para pesquisas bio-sociais.

ÉTICA PROFISSIONAL
É um conjunto de valores e princípios que permitem qualquer
profissional optar ―pelo melhor para a pessoa, comunidade …‖pelo dever
de respeitar toda a pessoa como pessoa.

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As três funções da Ética
Para Adela Cortina e Emílio Matínez, a ética tem três funções:
1. Clarifica o que é moral e quais as suas características
específicas;
2. Fundamentar a moralidade;
3. Aplicar os diversos âmbitos da vida humana o que se descobriu
nos dois primeiros pontos.

O enfermeiro deve ser:


Leal: Lealdade é a virtude que nos leva a manifestar de modo
próprio a nossa culpa e é o confessar voluntário e espontâneo de
alguma culpa. O enfermeiro que só se confessa de alguma culpa,
forçado pelos argumentos e pela realidade dos factos perde a confiança
da equipe, da chefia de enfermagem e do médico com que trabalha.
Da lealdade nasce a confiança porque quem é leal, é sincero, é
fiel e honesto; logo, é incapaz de mentir mesmo que para isso tenha se
sacrificar.

Obediente: Ser obediente é cumprir a risca e fielmente as ordens


que nos transmitem. Ser respeitador é ter a elevada consideração aos
superiores hierárquicos e como tal, trata-los com a deferência que
merecem.
EX: Se o superior hierárquico ou o médico se aproximam o
enfermeiro levanta-se prepara para lhe fornecer quaisquer dados ou
informações de que necessite.
Sobre o médico, quando este vai fazer visita ao paciente, o
enfermeiro precisa manter autoridade ( não arrogância) para isso basta
muitas vezes o respeito , a compostura e ter coragem.

OBEDECER não é cumprir servilmente – é executar com


correção.

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Aliás todo aquele que necessita fazer-se obedecer deve ser
obediente.
Respeitador: O respeito e a obediência devem ser naturais e
voluntários e não feito de medo do superior.

DEONTOLOGIA
Deon, deontos (dever) e logos=logia (tratado, estudo).
É qualificada como sendo a ciência que estuda os deveres de
um grupo profissional.
Ex. Deontologia de enfermagem, Deontologia médica,
Deontologia da advocacia, Deontologia militar, etc.
A deontologia de enfermagem é portanto:

A Ciência que se preocupa com os deveres, as responsabilidades dos


enfermeiros e de toda a equipe de enfermagem.

MORAL
MORAL tem a sua origem no latim, que vem de ―mores‖,
significando costumes. Moral tem a ver com o ―bom‖: é o conjunto de
regras que fixam condições equitativas de convivência com respeito a
liberdade

BIOÉTICA
A Bioética é a ética aplicada a vida e abrange temas que vão
desde uma simples relação interpessoal até factores que interferem na
sobrevivência do próprio planeta.
O termo Bioético foi utilizado pela primeira vez pelo médico
oncologista Van Rensselaer Potter no ano de 1970.

A Bioética se divide em quatro princípios :


1. Beneficência,
2. Não maleficência,
3. Autonomia e
4. Justiça,
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Os quais busca definir e manejar os valores envolvidos nas
relações dos profissionais de saúde e seus pacientes.

BENEFICENCIA-ponderação entre riscos e benefícios, tanto atuais


como potenciais, individuais ou colectivos, comprometendo-se com o máximo
de benefícios e o mínimo de danos e riscos.

Princípio da Beneficência Possui objectivos como


1. preservar a vida,
2. restaurar a saúde e as funções orgânicas e
3. aliviar o sofrimento;
É a obrigação de fazer o que é necessário para a pessoa doente.
NÃO MALEFICENCIA
O Princípio da Não Maleficência é o mais controverso de todos.
Muitos autores o incluem no Princípio da Beneficência. Justificam
esta posição por acharem que ao evitar o dano intencional o indivíduo já
está, na realidade, visando o bem do outro.

AUTONOMIA
Autonomia é a capacidade de uma pessoa para decidir fazer ou
buscar aquilo que ela julga ser o melhor para si mesma. Este princípio
que eleva em primeiro plano a liberdade do paciente, capaz de construir
regras para si mesmo com base na razão. Remete à tradição kantiana
da filosofia moderna, que creditava confiança no homem racional.
Reflete a capacidade de autogoverno.

Para esta autodeterminação são necessárias duas condições


fundamentais:

entre as alternativas que lhe são apresentadas;

controladora para esta tomada de decisão;

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O CONSENTIMENTO INFORMADO
O consentimento informado é uma decisão voluntária, verbal ou
escrita, protagonizada por uma pessoa autônoma e capaz, tomada após
um processo informativo, para a aceitação de um tratamento específico
ou experimentação, consciente de seus riscos, benefícios e possíveis
consequências.
Um consentimento para ser legal, deve ser obtido de forma livre e
esclarecida;
O consentimento é livre se é dado sem qualquer ameaça,
promessa ou pressão exercida sobre a pessoa e quando esta esteja na
plena posse das suas faculdades mentais;
Para que o consentimento seja esclarecido, a lei estabelece o
dever de informação;
O consentimento esclarecido significa que o sujeito obteve a
informação essencial, que conhece bem o conteúdo e que compreendeu
bem a natureza do consentimento voluntário que dá; Obter um
consentimento escrito, livre e esclarecido da parte dos sujeitos é
essencial à manutenção da ética na conduta dos cuidados de saúde;

O CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO


Mas o consentimento escrito não constitui em si a prova que toda
a informação necessária foi transmitida ao sujeito. Uma explicação
verbal honesta transmitida ao sujeito, descrevendo os métodos, os
riscos e os benefícios é também essencial;
O formulário de consentimento deve apresentar uma informação
clara e precisa, numa linguagem compreensível, simples e comum.

Consentimento Esclarecido e Pessoas Vulneráveis


Os direitos das pessoas ou grupos vulneráveis exigem uma
protecção acrescida e uma sensibilidade adicional da parte dos
profissionais;

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Algumas pessoas, por razão da sua vulnerabilidade ou das suas
reduzidas faculdades, podem estar inaptas a dar um consentimento
escrito, livre e esclarecido, como é o caso de:
- Sujeitos menores;
- Sujeitos mentalmente incompetentes; - Sujeitos internados em
estabelecimentos
Cabe agora pergunta…
Nos Cuidados de Saúde a quem cabe a tomada de decisão?
As decisões devem sempre partir do colectivo e partilhada pela
equipa, com a auscultação da equipa de enfermagem que têm a seu
cargo a pessoa doente
Quais os pressupostos para a tomada de decisão?
• É necessário que a informação sobre o diagnóstico, evolução e
prognóstico seja veiculada à pessoa doente/família;
• Exista um perfeito conhecimento da doença e das co-
morbilidades da pessoa doente
• Avaliar adequadamente os objectivos que a pessoa doente quer
atingir através da terapêutica;

PRINCÍPIO DA JUSTIÇA
Direito. Norma estabelecida na lei, onde você não invade o
espaço do outro.
Dever. Ter a obrigação de fazer.
Justiça. Respeito à igualdade de todos os cidadãos

PRINCÍPIOS ÉTICOS FUNDAMENTAIS

Beneficência – refere-se a obrigação ética de maximizar


benefícios e minimizar danos ou prejuízos;

Justiça - refere-se a obrigação ética de tratar cada pessoa de


acordo com o que é moralmente certo e adequado, de dar a cada
pessoa o que lhe é devido; Este princípio propõe a imparcialidade na
distribuição dos riscos e benefícios, considerando as desigualdades
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(sociais, morais, físicas e financeiras), a dignidade da pessoa e a recusa
a qualquer tipo de violência. A justiça é um princípio que vem sendo
desprestigiado, mas que tem importância fundamental na resolução das
questões burocráticas

Fortaleza – firmeza e responsabilidade frente os perigos


inerentes a própria profissão.
Competência – dedicação e capacitação constante para as
funções que exerce;

Prudência – cautela, preocupação, ponderação e sensatez nos


julgamentos e decisões;
Humildade – conhecimento das próprias limitações, modéstia e
simplicidade;
Transparência – garantir sigilo, descrição quanto as informações
relacionadas com o paciente.

Responsabilidade - cumprir normas, procedimentos e


compromissos que garantam a segurança e qualidade do serviço
assistencial;

Honestidade – probidade, honradez, decência e respeito no


relacionamento com terceiros;
Zelo – preocupação, diligência e empenho com as tarefas
assumidas.
LEALDADE
É a virtude que nos leva a manifestar de modo próprio a nossa
culpa e é o confessar voluntário e espontâneo de alguma culpa.

OBEDIÊNCIA
Ser obediente é cumprir a risca e fielmente as ordens que nos
transmitem.

RESPEITO
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Ser respeitador é ter a elevada consideração aos superiores
hierárquicos e como tal, trata-los com a deferência que merecem.

PACIÊNCIA
É o dom ou faculdade de suportar, sem enfado (aborrecimento),
as canseiras e a ingratidão alheia. Quem trata de doentes precisa ter a
paciência elevada ao mais alto grau!…

GERIATRIA
É a especialidade médica que se integra na área da Gerontologia
com o instrumental específico para atender aos objetivos da promoção
da saúde, da prevenção e do tratamento das doenças, da reabilitação
funcional e dos cuidados paliativos.
Abrange desde a promoção de um envelhecer saudável até o
tratamento e a reabilitação do idoso. O processo de envelhecimento
impacta no comportamento orgânico, demandando abordagens
diferenciadas, assim como crianças e jovens apresentam
especificidades que são tratadas pelo pediatra.

GERONTOLOGIA
A palavra gerontologia, introduzida por Élie Metchnikoff, em 1903,
significa o estudo científico do processo de envelhecimento de todas as
coisas vivas e dos múltiplos problemas que envolvem a pessoa idosa.
Ela é paradoxalmente jovem, embora o envelhecimento e os clamores
pelo aumento da longevidade sejam seguramente tão antigos quanto a
própria civilização(8).

NEGLIGÊNCIA:
É a omissão aos deveres que as circunstâncias exigem.
Falta de atenção ou cuidado
Inobservância de deveres e obrigações.
É a falta de diligência, implica desleixo, preguiça, ausência de
reflexão necessária, caracterizando-se também pela inação, indolência,
inércia e passividade.
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Medicina ). Contacto: 947916067/996961135
Exemplo: abandono de doente, omissão de tratamento,
esquecimento de corpo estranho em cirurgia, etc.

IMPERÍCIA
Falta de experiência ou conhecimentos práticos necessários ao
exercício de sua profissão, inábil.
É a incapacidade, a falta de habilidade específica para a
realização de uma atividade técnica ou científica, não levando o agente
em consideração o que sabe ou deveria saber.
A imperícia se revela pela ignorância, inexperiência ou inabilidade
sobre a arte ou profissão que pratica.
É uma forma culposa (diferentemente da dolosa, que exige a
intenção), que gera responsabilidade civil e/ou criminal pelos danos
causados.

IMPRUDÊNCIA
É um comportamento de precipitação, de falta de cuidados.
Ato de agir perigosamente, com falta de moderação ou
precaução.
Consiste na violação das regras de condutas ensinadas pela
experiência.
É o atuar sem precaução, precipitado, imponderado.
Há sempre um comportamento positivo.
Uma característica fundamental da imprudência é que nela a
culpa se desenvolve paralelamente à acção.
Deste modo, enquanto o agente pratica a conduta omissiva, vai
ocorrendo simultaneamente a imprudência.

RELAÇÃO ENFERMEIRO /MÉDICO E SUPERIOR HIERÁQUICO


O enfermeiro deve acompanhar a visita médica as enfermarias,
toma apontamentos sobre as ordens que recebe, relativas a cada
doente sem nunca se preocupar com o trabalho que estas ordens darão
a cumprir.
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Medicina ). Contacto: 947916067/996961135
Se for o superior a visitar a enfermaria, no fim da visita de novo
acompanha-o até a porta.
Nota: O enfermeiro que com fingida obediência diz a tudo que sim
prometendo cumprir todas as ordens recebidas mas que pouco ou nada
faz, afinal, seguindo a doutrina de muita obediência e pouca diligência é
mau e não deve ser imitado.

RESPEITO E OBEDIÊNCIA
Para com os doentes compete o enfermeiro ter:

PACIÊNCIA
É o dom ou faculdade de suportar, sem enfado (aborrecimento),
as canseiras e a ingratidão alheia. Quem trata de doentes precisa ter a
paciência elevada ao mais alto grau!…

CARIDADE
É a comoção de que nos achamos tocados pelo sofrimento do
nosso semelhante, o enfermeiro, na sua lida com os doentes, deve ter
presente, o sentimento de piedade.

ABNEGAÇÃO

de com sacrifício

Autoridade

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AUTORIDADE: significa o poder de dar ordens e o direito de
fazer cumprir, de exigir obediência. Ou é a habilidade de levar os demais
a fazerem, de bom grado, sua vontade.
Ou seja: ―Nós faremos isso por si.‖

SEGREDO PROFISSIONAL
É aquilo que deve ser mantido oculto, é todo o facto que
determinada pessoa venha a saber em decorrência de sua condição de
profissional, tendo, por isso, a obrigação de guardar discrição e reserva.
Segundo Camargo Sigilo «é tudo aquilo que por sua natureza, ou
por um acordo especial deve permanecer oculto»
SIGILO
Do princípio da autonomia deriva o direito dos indivíduos a
privacidade. Etimologicamente esta palavra origina-se do adjetivo
privatividade que quer dizer o seguinte:
Carácter do que é privativo , próprio de alguém, só dele, não
público, reservado a foro íntimo.
A palavra sigilo provém latim sigillum que significa sinal, selo,
segredo. Podemos afirmar que sigilo e segredo tem o mesmo significado

TIPOS DE SIGILO (SEGREDO)


Sigilo natural e Sigilo profissional

Sigilo natural : É o que se venha a conhecer , sem estar no


exercício de uma profissão. O que nos obriga a calar é um
compromisso, uma promessa dada de forma livre e voluntária.

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Sigilo profissional : É o que se venha a saber no âmbito do
exercício de uma profissão. Existe condição prévia, de o guardar para
ambas as partes, mediante um acordo tácito ou um pacto.

ORGANIZAÇÕES DA ENFERMAGEM EM ANGOLA


Sem a organização de entidades de classe e informação no que
se refere a direitos e deveres, acredita-se que não haverá alteração nas
situações de precarização do trabalho e ao acesso à garantia dos
direitos como cidadãos trabalhadores (XAVIER NETO et al. 2005).
1991, é criada em 1º lugar a Associação Nacional de Enfermeiros
de Angola(ANEA), logo a seguir o Sindicato Nacional dos Enfermeiros
de Angola(SINDEA).

ORDENFA
Organização Socioprofissional, criada a 28 de Novembro de
2002, sob orientação do Ministério da Saúde e a necessidade
apresentada pelos profissionais de enfermagem organizados na ANEA,
com o objectivo de regular o exercício da profissão, antecedida a criação
de uma Comissão Instaladora.
Estatuto apreciado em Conselho de Ministros, aos 30 de Junho
de 2010, e Sancionado pelo Presidente da República aos 13 de Agosto
de 2010 (Decreto Presidencial n.º 179/10).
.

CÓDIGO DE ÉTICA DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM


PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
A enfermagem é uma profissão comprometida com a saúde e a
qualidade de vida da pessoa, família e coletividade.
O profissional de enfermagem atua na promoção, prevenção,
recuperação e reabilitação da saúde, com autonomia e em consonância
com os preceitos éticos e legais.
O profissional de enfermagem participa, como integrante da
equipe de saúde, das ações que visem satisfazer as necessidades de

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saúde da população e da defesa dos princípios das políticas públicas de
saúde e ambientais, que garantam a universalidade de acesso aos
serviços de saúde, integralidade da assistência, resolutividade,
preservação da autonomia das pessoas, participação da comunidade,
hierarquização e descentralização político-administrativa dos serviços de
saúde.
O profissional de enfermagem respeita a vida, a dignidade e os
direitos humanos, em todas as suas dimensões. O profissional de
enfermagem exerce suas atividades com competência para a promoção
do ser humano na sua integralidade, de acordo com os princípios da
ética e da bioética.

DILEMA ÉTICO PERANTE DECISÃO DO DOENTE TERMINAL

ALGUNS TERMOS USADO


CONSIDERAÇÕES GERAIS

TANATOLOGIA :é a ciência que estuda a morte e seus


processos intrínsecos.
Desde a concepção o homem, como ser complexo que é, teme a
morte em suas dimensões física, emocional, intelectual e espiritual.
Dentro da tanatologia, parte da bioética, a morte é dividida em
modalidades, segundo critérios de decisão pela abreviação da vida.

DIVIDE- SE EM: EUTANÁSIA ATIVA, EUTANÁSIA PASSIVA,


DISTANÁSIA, ORTOTANÁSIA E MISTANÁSIA.
A bioética pode valer-se de princípios para nortear as condutas
éticas com relação ao processo de morte do paciente.

EUTANÁSIA ATIVA: Ocorre quando há um acordo entre


médico,família e paciente com o objetivo de terminar com a vida do
último. Seja por meio de uma droga letal ou da retirada de aparelho de
respiração, a interferência de outra pessoa é ativa.
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EUTANÁSIA PASSIVA: Ocorre quando o médico ou qualquer
pessoa do convívio do paciente lhe provê todo o material necessário ao
suicídio, mas não realiza ativamente o ato final.
DISTANÁSIA: Ocorre quando opta-se pela persistência em um
tratamento que não curará ou melhorará o estado de saúde do paciente.
É considerado antiético. Esta prática prolonga uma dor e pode ser
comparada à tortura. Assim, é a obstinação terapêutica em que a
tecnologia médica é usada para prolongar penosa e inutilmente o
processo de agonia e morrer.
ORTOTANÁSIA: Ocorre quando, deliberadamente, suspende-se
o tratamento de uma doença incurável que só prolongaria o sofrimento
do paciente. É a atuação correta frete à morte (Pessini, 2001), a
abordagem adequada diante do paciente que está morrendo, implica
garantir a este paciente sua dignidade e individualidade.
MISTANÁSIA: Ocorre normalmente fora das instituições
hospitalares. Trata-se de uma morte miserável, antes da hora. É uma
categoria que nos permite refletir sobre o fenômeno da maldade
humana.
Divide-se em três situações:
 A grande massa de doentes e deficientes que, por motivos
políticos, sociais e econômicos, não chegam a ser pacientes, pois
não conseguem ingressar efetivamente no sistema de saúde
médico;
 Doentes que conseguem ser pacientes para, em seguida,
tornarem-se vítimas de erro médico por imprudência, imperícia ou
negligência;
 Pacientes vítimas de má-prática por motivos econômicos,
científicos e sociopolíticos (morte em experiências científicas,
laboratoriais e farmacêuticas-, pelo tráfico de entorpecentes,
abuso sexual, latrocínio, etc.).

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CAPITULO XI

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GESTÃO HOSPITALAR

SISTEMA NACIONAL DE SAÚDE ANGOLANO (SNS)


EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO SNS

O SNS angolano, conheceu uma evolução histórica caracterizada por


dois períodos:

1. O período colonial que vai até 11 de Novembro de 1975; 2. - O


período pós independência com início em 11 de Novembro de 1975. Este
período, subdividido em duas fases ou épocas, sendo:

O período que se seguiu à independência, caracterizada de uma


economia planificada, de orientação socialista, e seguiu-se o período de
economia de mercado com início em 1992.

No período a seguir a independência, foram estabelecidos através do


SNS, os princípios da universalidade e gratuitidade dos cuidados de saúde,
exclusivamente prestados pelo Estado, assentes na estratégia dos Cuidados
Primários de Saúde (CPS). Este período foi também caracterizado na primeira
década da independência, pelo alargamento da rede sanitária e pela escassez
de Recursos Humanos em Saúde (RHS), segundo dados estatísticos, na
altura, no período a seguir a independência, só se encontravam em AngolA
pouco mais de 20 médicos, tendo, na ocasião, o Governo/Estado, que recorrer
à contratação de profissionais recrutados ao abrigo dos acordos de
cooperação.

Na segunda fase do período pós independência, a primeira parte deste


é caracterizada pelo recrudescimento do conflito armado (guerra civil),
reformas políticas, administrativas e económicas que tiveram de certa maneira,
um impacto negativo sobre o Sistema Nacional de Saúde, tais como: a
destruição e redução drástica da rede sanitária.

Em 1992, através da Lei 21-B/92, de 28 de Agosto, é aprovado a Lei


Base do SNS e o Estado angolano deixa de ter exclusividade na prestação de
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cuidados de saúde, com a autorização do sector privado na prestação dos
serviços de saúde. Foi também introduzida a noção de comparticipação dos
cidadãos nos custos de saúde, mantendo o sistema tendencialmente gratuito.

Na segunda parte da fase da economia de mercado, é caracterizado


pelo alcance da paz, que se traduziu numa estabilidade macroeconómica,
intenso esforço de reabilitação e reconstrução nacional de que tem beneficiado
o SNS.

Neste período, regista-se um aumento significativo dos recursos


financeiros do Estado alocados ao sector da saúde12.

ORGANIZAÇÃO E ESTRUTURAS
HIERARQUIA DE PRESTAÇÃO DOS CUIDADOS DE SAÚDE

O sistema de prestação de cuidados de saúde subdivide-se em três


níveis hierárquicos de prestação de cuidados da saúde, baseados na estratégia
dos cuidados primários.

O primeiro nível - Cuidados Primários de Saúde (CPS) – representado


pelos Postos/ Centros de Saúde, Hospitais Municipais, postos de enfermagem
e consultórios médicos, constituem o primeiro ponto de contacto da população
com o Sistema de Saúde.

O nível secundário ou intermédio, representado pelos Hospitais gerais,


é o nível de referência para as unidades de primeiro nível.

O nível terciário, é representado pelos Hospitais de referência mono ou


polivalentes diferenciados e especializados, é o nível de referência para as
unidades sanitárias do nível secundário. Apesar da hierarquia estabelecida, o
sistema de referência e de contra referência não tem sido operacional por
vários factores, principalmente, por causa da desestruturação do sistema de
saúde e da redução da cobertura sanitária decorrente do longo conflito armado
que o país viveu.

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Estima-se que cerca de 30% a 40% da população tem acesso aos
serviços de saúde. A prestação de cuidados de saúde é feita pelos sectores
público, privado e da medicina tradicional.

SECTOR PÚBLICO

O sector público inclui o Serviço Nacional de Saúde13 (SNS), os


serviços de saúde das Forças Armadas Angolanas (FAA) e do Ministério do
Interior, bem como de empresas públicas, tais como a SONANGOL, ENDIAMA
e, etc.

O sector público permanece como o principal prestador dos cuidados de


saúde ao nível nacional. O SNS e os outros serviços do sector público,
partilham as mesmas dificuldades resultando na prestação de cuidados da
saúde sem a qualidade desejada na maioria dos casos.

A comparticipação nos custos de saúde, nos moldes actuais de


implementação, no sector público, foi reconhecida como um obstáculo ao
acesso aos cuidados de saúde e à equidade14.

SECTOR PRIVADO

O sector privado lucrativo está ainda confinado aos principais centros


urbanos do país. Os preços dos cuidados de saúde limitam a acessibilidade da
população ao sector privado lucrativo. Os preços praticados não são objecto de
nenhuma regulação. À semelhança do que acontece no sector público, a
qualidade dos serviços prestados está aquém do desejado. Na sua maioria, o
pessoal do sector privado é o mesmo que trabalha no sector público, com
evidentes prejuízos para ambos os sectores.

O sector privado não lucrativo, essencialmente ligado a entidades


religiosas e Organizações Não-Governamentais (ONG’s), tende a direccionar a
prestação de cuidados para as camadas mais vulneráveis das áreas
suburbanas e rurais.

O fraco sistema de fiscalização e controlo favoreceu a existência de um


sector privado informal de prestação de cuidados em condições inaceitáveis e
frequentemente praticado por indivíduos sem a mínima qualificação.
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SECTOR DA MEDICINA TRADICIONAL

A medicina tradicional encontra-se num estado de organização ainda


incipiente. Embora sem número conhecido de pacientes, que recorrem a este
sector, há evidências que revelam que muitos utentes15 recorrem à medicina
tradicional e por vezes simultaneamente à medicina ocidental assim como à
medicina chinesa ou asiática.

Por ausência de um quadro legal, a falta de integração no sistema


nacional de saúde e de articulação com os outros prestadores de saúde, leva a
que os valores positivos da medicina tradicional não sejam devidamente
aproveitados em benefício da saúde da população.

Os medicamentos tradicionais encontravam-se à venda nos mercados


informais e nas ervanárias, sem qualquer controlo de qualidade e em
inadequadas condições de conservação.

Não existe nenhuma regulamentação sobre os medicamentos


tradicionais, bem como os homeopáticos que são importados. Há falta de uma
Farmacopeia Nacional para os medicamentos tradicionais. Os produtos
fornecidos pelos ervanários e pelos terapeutas tradicionais resultam muitas das
vezes de conhecimentos que se transmitem através de gerações e que se
mantêm como segredo familiar, o que constitui um entrave para a investigação
e o desenvolvimento dessa área.

INFRA-ESTRUTURAS

A rede de prestação de cuidados de saúde do SNS é constituída por


1.721 unidades sanitárias, das quais 8 hospitais nacionais (centrais), 32
hospitais provinciais (gerais), 228 hospitais municipais e centros de saúde e
1.453 postos de saúde16.

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O rácio actual de centro de saúde é de 1 para 20.000 habitantes, o que
sugere existir uma enorme carência de serviços básicos de saúde para atender
às necessidades da população.

Para além do reduzido número de unidades sanitárias, outras questões


principais prendem-se com a ausência de manutenção, de padrões para as
infra-estruturas, do plano director e de orientação para a construção e
implantação territorial, condizentes com uma melhor e equilibrada cobertura
sanitária e acessibilidades da população aos cuidados de saúde.

Regista-se um investimento acentuado nas infra-estruturas de saúde


com a reabilitação das unidades sanitárias bem como a construção de outras
unidades novas. Para assegurar o funcionamento destas unidades, este
investimento deve ser complementado com a disponibilidade de recursos
humanos, logística e recursos financeiros para as despesas correntes.

MEDICAMENTOS

A falta de uma Política Nacional Farmacêutica (PNF) dificulta a


regulamentação eficiente da área dos medicamentos no país. Para além deste
instrumento normativo principal, uma Lista Nacional de Medicamentos (LNM) é
elemento chave para a selecção de medicamentos, bem como o formulário
nacional de medicamentos e os guias terapêuticos são ferramentas
importantes de apoio ao uso racional de medicamentos.

A inexistência de normas técnicas destinadas a assegurar a


racionalidade e a transparência dos procedimentos de aquisição de fármacos,
contribuem para que os mesmos sejam importados por instituições não
vocacionados para o efeito, obtendo-os de qualquer fonte, a preços e prazos
de validade não controlados e sem mecanismos que salvaguarde a sua
qualidade.

O Estado continua a ser o maior importador dos medicamentos para o


sector público. As unidades sanitárias dos sectores público, que gozam de
autonomia financeira e as unidades sanitárias privadas adquirem também os
seus medicamentos junto dos importadores locais.

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A maioria das empresas importadoras de medicamentos, estão
sedeadas em Luanda. O fornecimento de medicamentos essenciais para a
rede de assistência primária é centralizado. A aquisição dos kits é feita por
órgãos centrais do Ministério da Saúde, através de concursos públicos
internacionais. No entanto, não se cumpre com um programa regular de
compras, o que origina frequentes rupturas de stock.

Outras instituições governamentais, estranhas ao Ministério da Saúde,


intervêm adquirindo avultadas quantidades de medicamentos para o sector
público, tanto ao nível central como nas províncias. Estas aquisições, regra
geral, não vão de encontro às necessidades e prioridades identificadas pelo
sector da saúde.

As doações não cumprem habitualmente com os princípios


defendidos pela OMS, tais como:

O idioma das embalagens, os prazos de expiração dos produtos bem


como o seu fornecimento sob designações comerciais. Trata-se de situações
em que é possível observarse algumas irregularidades.

Também, a distribuição dos medicamentos e outros produtos


farmacêuticos é dificultada pelas péssimas condições das vias de
comunicação. A quase inexistência de armazéns provinciais de medicamentos
contribui para exacerbar os problemas de distribuição.

A produção nacional de medicamentos encontra-se numa fase


incipiente, pelo que, praticamente, todos os meios médicos são importados. Há
necessidades de validar as plantas, equipamentos e os processos de produção
de medicamentos, através de inspecção das unidades fabris, antes do
arranque do processo produtivo.

No domínio de garantia de qualidade de produtos farmacêuticos, não


existe um laboratório nacional de controlo de qualidade de medicamentos, e
não é prática comum o envio de amostras para o controlo de qualidade no
exterior do país.

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O Uso Racional dos Medicamentos (URM) é uma dimensão esquecida
da problemática dos medicamentos. Estudos17 feitos em diferentes épocas ao
nível dos centros e postos de saúde, continuam a revelar práticas comuns de
uso irracional dos medicamentos, fruto do baixo nível de qualificação dos
prestadores de serviços.

A elevada expansão do mercado informal e as práticas incorrectas e


generalizadas de automedicação constituem um factor que promove o uso
irracional dos medicamentos. Em consequência, os doentes internados e seus
familiares são forçados a adquirir os meios em falta, recorrendo inúmeras
vezes ao mercado informal para o efeito. A liberalização dos preços de
medicamentos contribui também para a reduzida acessibilidade
aosmedicamentos. Nos estabelecimentos farmacêuticos de Luanda, os preços
do mesmo medicamento variam grandemente, podendo atingir cifras
correspondentes ao triplo. O mesmo acontece com os kits de medicamentos
essenciais.

Comparados os custos dos kits adquiridos centralmente pelo MINSA,


com os comprados por alguns governos provinciais, estes últimos são entre 6 a
12 vezes mais caros18. Não há especial atenção dirigida a determinadas
doenças crónicas que requerem tratamentos prolongados ou por toda a vida,
implicando normalmente custos elevados e incomportáveis para o doente e
constituindo-se num handicap para o já precário equilíbrio da economia
familiar. De salientar que dados disponíveis relativos ao ano de 200519,
revelam que as despesas per capita em medicamentos para o país foram na
ordem de 1,2 USD, enquanto a OMS recomenda um per capita de 10 a 50
USD20.

EQUIPAMENTO MÉDICO, NÃO MÉDICO E TRANSPORTES


São feitas aquisições por pessoal não qualificado, há compras de meios
em quantidade e qualidade inadequadas, muitos dos equipamentos vêm com
especificações técnicas impróprias e sem qualquer garantia e há escassez e
técnicos qualificados e de meios de manutenção, são os constrangimentos com
que se debate o sector dos meios médicos do sector da saúde.

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Além disso, a ausência de padronização constitui outro
constrangimento, porque permite a aquisição de uma grande diversidade de
marcas e modelos a qualquer preço, o que dificulta a manutenção dos meios
adquiridos.

No que se refere aos meios de transporte, não existe uma estratégia


definida, o que dificulta a sua planificação, aquisição e gestão, particularmente
para as emergências.

A inexistência do sistema de comunicação, que é de importância capital


para o sistema de informação sanitária e vigilância epidemiológica.

RECURSOS HUMANOS EM SAÚDE

Os recursos humanos em saúde (RHS) em Angola, têm vindo a


aumentar progressivamente para satisfazer a enorme demanda existente. Em
1980, existiam em Angola 101 médicos angolanos, 460 médicos expatriados e
573 enfermeiros e técnicos expatriados. No mesmo ano, as vinte e duas
escolas técnicas de saúde existentes no país, formaram um total de 7.312
técnicos de saúde.

No âmbito do programa de reforma administrativa do Governo21, o


sector da saúde realizou e concluiu de 1999 a 2000,o processo de reconversão
de carreiras do seu pessoal, num total de 45.907 trabalhadores, sendo: 24.975
(54%) do regime geral de carreiras e 20.932 (45%) dos regimes especiais22 de
carreiras, o que representa 3,8% dos trabalhadores do sector público.
Actualmente, o sector de saúde conta com 67.078 trabalhadores23, sendo
35,8% do regime geral da função pública, 50,3% do regime de carreiras de
saúde e 13,9% admitidos ao abrigo dos acordos de paz (antigos guerrilheiros).

Os trabalhadores do regime de carreiras de saúde contabilizam 1.527


médicos, 27.465 profissionais de enfermagem (enfermeiros licenciados,
técnicos e auxiliares de enfermagem) e 4.787 técnicos de diagnóstico e
terapêutica. Dos 1.527 médicos, 1.001 são angolanos, o que representa 65% e
526 médicos são estrangeiros (35%). Os acordos de paz levaram a admissão
de 9.282 trabalhadores (antigos guerrilheiros) em finais de 2006. Dos 4.787
técnicos de diagnósticos e terapêutica, dos quais, apenas 94 (2,57%) têm
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formação superior e estão concentrados em Luanda (com destaque para os
farmacêuticos), 2.667 (72,67%) têmformação média e os restantes (24,76%)
têm formação básica. Estes dados são referentes ao ano de 2005.

Porém, o actual corpo clínico angolano é composto por 2. 268 Médicos.


Sendo 995 médicos angolanos e 1.273 médicos expatriados. Estes dados são
de Março de 2010, fornecidos pelo Ministério da Saúde.

Existe uma desigual distribuição de RHS no país, em detrimento das


áreas rurais, principalmente, a falta de médicos. No entanto, 85% dos RHS
encontram-se em Luanda e nas capitais provinciais e 15% no restante território,
essa desigual distribuição é uma das consequências do conflito armado que
originou a deslocação do meio rural para o meio urbano e mais
especificamente para Luanda, em busca de melhores condições de vida e,
consequentemente, provocou a desestruturação social e institucional.

As reformas administrativas do Estado visam corrigir estes desvios e


permitir uma melhor distribuição dos RHS no território nacional, por via dos
concursos públicos e atendendo às necessidades de preenchimento dos
quadros de pessoal das instituições de saúde.

A cobertura médica média no país é de 1 médico para 20.000


habitantes. Cinco províncias (Bié, Huambo, Malange, Kuanza – Norte e Uíge)
estão abaixo desta média. Em relação aos profissionais de enfermagem temos
1.75 enfermeiros por cada 1.000 habitantes. Estão abaixo desta média as
províncias do Bié, Huambo, Malange, Kuanza – Sul e Uíge.

Em relação aos TDT, a média nacional é de 3 técnicos por 10.000


habitantes. Estão abaixo desta média as províncias do Bengo, Benguela,
Huambo, Huíla, Luanda, Moxico, Kuanza - Norte, Uíge e Zaire. Encontram-se
duas vezes acima desta média as províncias de Cabinda, Cunene, Malange e
Kuando – Kubango.

As más condições de trabalho, os baixos salários e outros mecanismos


de retribuição praticados no sector da saúde, os escassos incentivos para a
fixação na periferia (incluindo a falta de habitação), a inadequada
implementação das carreiras profissionais e a fraca operacionalidade dos
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programas de formação permanente, têm contribuído para a desmotivação dos
profissionais do sector da saúde. Não obstante, reconhece-se o aumento
progressivo dos salários e dos esforços contínuos para a melhoria das
condições de trabalho.

FINANCIAMENTO DA SAÚDE
O Governo continua a ser o maior financiador dos cuidados de saúde. A
lei 21-B/92, estabelece a participação de terceiros no financiamento dos
cuidados de saúde bem como a comparticipação do cidadão nos custos de
saúde.

O Orçamento Geral do Estado (OGE24) é o instrumento do governo


para financiar os cuidados de saúde. Na avaliação das despesas com a saúde
nos últimos cinco anos, observase que a proporção do OGE dedicada a saúde
tem variado entre 3,8 – 8% do total do OGE, segundo os dados do SIGFE. As
despesas per capita com a saúde estiveram entre 5,7 e 19,1USD por ano, no
período de 1997 a 2001. Os valores orçamentados oscilavam entre 13 e
aproximadamente 27 USD.

Estes indicadores não são baixos se comparados com os dos países da


região. De 1997 a 2001, as despesas com a saúde do OGE por grupos de
natureza, com a excepção de 1999, as despesas com o pessoal absorveram
grande parte dos recursos. De salientar que a actual organização contabilística
do OGE, não é fácil identificar as despesas com os medicamentos e material
médico. Estas despesas estão incluídas na categoria dos bens e serviços.

As despesas com os cuidados primários de saúde têm aumentado


progressivamente desde 2000/2001. Contudo, o quotidiano das unidades
sanitárias deste nível caracteriza-se por rupturas crónicas de medicamentos e
a falta de condições básicas como a água e electricidade devido a ausência de
recursos financeiros para as despesas correntes de funcionamento.

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ACESSO AOS CUIDADOS DE SAÚDE E SUA UTILIZAÇÃO

A baixa cobertura sanitária, a desigual e reduzido acesso assim como a


inoperacionalidade de um sistema de referência e contra referência, afectam o
desempenho do SNS.

No nível dos cuidados primários de saúde, desenvolvem-se actividades


preventivas e curativas de doenças e lesões correntes, tais como educação
para a saúde, consultas pré e pósnatal, planeamento familiar, assistência ao
parto e cuidados obstétricos básicos e completos, vacinação, controlo do
desenvolvimento e crescimento da criança.

Nos níveis secundários e terciários, que correspondem aos hospitais


provinciais, centrais e de especialidade, realizam mais de 50% das consultas
de carácter de urgência. Não existe um sistema eficaz de marcação de
consultas externas. Na província de Luanda, estão concentrados os maiores
centros hospitalares de especialidades, mas a capacidade de resposta e de
resolução não satisfaz as necessidades da população. Esta situação leva a que
os direitos do cidadão26 de escolher o serviço e o prestador, de receber ou
recusar cuidados, mantendo a sua privacidade, o respeito, a confidencialidade
dos dados pessoais, a informação sobre a sua situação de saúde, bem como a
assistência religiosa, não são às vezes respeitados.

PRINCIPAIS PROBLEMAS DO SISTEMA NACIONAL DE SAÚDE

Os principais problemas do SNS residem na limitada acessibilidade aos


cuidados de saúde de qualidade decorrente de vários factores que concorrem
para o fraco desempenho do SNS como descrito na análise de situação.

Dentre os factores, é importante salientar os seguintes:

população;

Débil gestão dos recursos disponibilizados;

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ambiente favoráveis às endemias e epidemias.

PONTOS FORTES E FRACOS, OPORTUNIDADES E AMEAÇAS

O diagnóstico da situação da saúde em Angola, numa análise SWOT27,


pode ser resumido e estruturado de forma a evidenciar as suas forças,
fraquezas, oportunidades e ameaças.

PONTOS FORTES DO SISTEMA NACIONAL DA SAÚDE ANGOLANO

Os pontos fortes do SNS angolano, decorrem da:

 os,



PONTOS FRACOS DO SISTEMA NACIONAL DE SAÚDE ANGOLANO

Entre outros, assume especial relevância:


intervenções de saúde e sobre os determinantes de saúde;

 níveis;

de saúde;


saúde;
 ia nos actos de gestão;


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incipientes.

OPORTUNIDADES





Sexual (ITS), VIH/SIDA e grandes endemias em particular e a saúde em
geral;



do desenvolvimento do milénio e a disponibilidade de parceiros da
comunidade internacional para apoiar, são as oportunidades que se
apresentam de momento ao sistema nacional de saúde.

AMEAÇAS

 As ameaças consistem na:






potável, bem como a perspectiva de industrialização do país e a
consequente introdução de tecnologias sem os mecanismos que
acautelem a preservação do meio ambiente.

grandes linhas estratégicas de desenvolvimento do sector da saúde em
Angola.

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PRIORIDADES DA SAÚDE
As prioridades do SNS em Angola até 2025, consistem no
desenvolvimento sustentável e o combate à pobreza, que visam o seguinte:







como o controlo de doenças, constituem os maiores desafios do SNS
em Angola.

Os factores contributivos a estes desafios estão intimamente ligados à


pobreza e à ignorância para além dos factores intrínsecos aos serviços de
saúde. Neste contexto, as intervenções de saúde devem dar primazia à
prevenção de doenças e à promoção da saúde. PERSPECTIVAS, VALORES E
PRINCÍPIOS

A Política Nacional de aúde almeja assegurar em 2025 ―uma vida


saudável para todos‖, num contexto de desenvolvimento nacional sustentável e
de um sistema nacional de

saúde que responda às expectativas da população, prestando cuidados


de saúde de qualidade com equidade e com eficiência.

A reforma do Sistema Nacional de Saúde é uma premissa indispensável


para assegurar uma adequada prestação de serviço, mediante disponibilidade
de recursos humanos e das tecnologias de saúde, de um sistema de
informação operacional, de uma liderança efectiva e boa

A responsabilidade individual e colectiva é fundamental para a


preservação e promoção da saúde ao nível individual, familiar e comunitário. A
liberdade de escolha dos cuidados de saúde, será garantida a todos na medida
do possível e de acordo com os recursos e tecnologias de saúde disponíveis.

OBJECTIVOS DA POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE (PNS)


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A PNS define objectivos aos níveis de impacto, de intervenção e de
resultados discriminados em objectivos gerais específicos.

OBJECTIVO GERAL

O objectivo geral da PNS é de estabelecer as orientações estratégicas


conducentes à melhoria do estado de saúde e da qualidade de vida da
população que permitirão alcançar a perspectiva de uma vida saudável para
todos.

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS


população aos cuidados primários de saúde;
 em como a morbilidade e
mortalidade por doenças prioritárias;

propícios à saúde;

promoção e protecção da saúde.

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REFERENCIA BIBLIOGRAFICA

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Janeiro:Revinter , 2017. Queza, A. J. Tese de Mestrado Integrado em Medicina. Sistema
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Portugal Pag.9.15. 2010

M. S. Regionalização dos Serviços de Saúde. Desafios para Angola. 2010.

Tiago J. A formação de Auxiliares e Técnicos de Enfermagem nos períodos Colonial e


Pós-Independência: um estudo dos egressos da Escola Técnica Profissional de Saúde de
Luanda – Angola. Dissertação de Mestrado em Saúde Pública. Rio de Janeiro: Escola Nacional
de Saúde Pública Sérgio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz; 2011.

https://www.cdc.gov/coronavirus/2019-ncov/hcp/faq.html

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https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/112656/9789241507134_eng.pdf?sequ
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