SBTLM - SBK Eclesiologia

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SEMINÁRIO TEOLÓGICO BATISTA DO LESTE MINEIRO

SEMINÁRIO BATISTA KAIRÓS - Ensino a Distância

SEMINÁRIO TEOLÓGICO BATISTA DO LESTE DE MINAS


SEMINÁRIO BATISTA KAIRÓS - EAD
ECLESIOLOGIA
PARTE 2

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13 A IGREJA EM AÇÃO

Como se tornou realidade o sonho de Jesus?

Quais os planos de Jesus para concretizar o seu projeto de edificar a sua Igreja e

levá-la a expandir-se vitoriosamente por todo o mundo?

Quais foram as estratégias?

O livro de Atos nos mostra algumas respostas:

A) EFUSÃO DO ESPÍRITO EM PENTECOSTES

- o próprio Jesus promovendo o crescimento da igreja;

- O Espírito Santos já atuava em ações particulares como no VT;

- A partir do Pentecostes passou a atuar em caráter efetivo e universal.

B) LIDERANÇA CAPACITADA

- Jesus mesmo escolheu e treinou os líderes que dariam continuidade a sua obra;

- A escolha foi segundo os critério de Deus e não os humanos.

O resultado é que em Atos encontramos vários ministérios distintos:

APÓSTOLO: Embaixador, aquele que é enviado com uma missão especial. No

sentido restrito, os 12 escolhidos por Jesus, acrescido por Matias e Paulo

posteriormente. Foram escolhidos com missão especial, para anunciar a Palavra e

realizar feitos maravilhosos. No sentido amplo, uma das funções dos missionários

cristãos. Não existe no NT qualquer referência a uma sucessão apostólica;

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PROFETA: O que anuncia em voz alta, porta voz, o que fala em nome de alguém

que é superior a ele. Anuncia a Palavra de Deus, seu juízo e eventos futuros.

Ministério muito importante antes do término da Bíblia. Além de Jesus e os apóstolos

foram poucos os que realizaram algum tipo de profecia. É importante não confundir

com adivinhação.

Exemplo: Profecia de um presidente evangélico no Brasil durante a campanha

eleitora de 2002. Dois "profetas" anunciaram ter recebido de Deus a revelação. O

problema é que eram nomes diferentes e nenhum dos dois alcançou ao menos o

segundo turno das eleições naquele pleito;

EVANGELISTA: Ef 4.11Portador de boas novas, aquele que anuncia as boas novas

de salvação. Foram os evangelistas que espalharam o evangelho quando foram

dispersos (Atos 8.4);

PASTOR: Não designa posição hierárquica ou institucional, mas a virtude do líder

para apascentar o rebanho de Jesus Ef 4.11. Jesus fez uma diferenciação entre o

bom e o mal pastor. O verdadeiro dá a vida pelas ovelhas, o falso não tem vínculo

emocional, quando chega o lobo, foge. A motivação do pastoreio deverá sempre ser

o amor a Jesus, não tem como amar as ovelhas sem amar a Jesus;

MESTRE: Do grego Disdakalo. Também traduzido como doutores Ef 4.11 e

instruidores em 1 Tm 2.7. Deve tornar claro o ensino de Jesus; traçar a linha

divisória entre a verdade e a mentira para que os discípulos de Jesus não sejam

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enganados pelos falsos mestres; levar os discípulos a observarem, através do seu

modo de viver, os ensino de Jesus (Mt 28.20); prepara a Igreja para a volta de

Cristo;

SUPERVISOR: Episkopos – bispo, superintende, aquele que tem uma visão global

da obra, o que faz inspeção da obra. Não designa posição de mando, mas de

serviço específico e de responsabilidade. Em 1Tm 3 encontramos as funções dos

bispos e dos diáconos distintamente, levando-nos a crer que havia apenas duas

categorias de obreiros na Igreja: Diáconos e pastores, estes também chamados

anciãos, mestres, bispos, evangelistas, conforme a função em foco;

ANCIÃO: Tecnicamente tem a ver apenas com a idade. Espiritualmente independe

da idade. Refere-se ao respeito que deve receber o pastor/presbítero em sua

função. Tem raízes no valor dado aos anciãos pela tradição judaica de buscar aos

anciãos para julgar e tomar decisões;

MINISTRO – Diakono: O uso secular desta palavra equivale a “criado, servente”.

“Alguém que executa as ordens de outrem, especialmente de um mestre; servo,

ministro, atendente”. Em Atos 6.2 e 3 o diaconato é formalmente instituído para

“servir as mesas” (dos pobres). Posteriormente, as igrejas passaram a escolher

diáconos para gerir os vários aspectos da beneficência e da sua administração

secular.

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É importante observar que todos estes ministérios não apontam para função de

superioridade criando “castas” e hierarquias, pelo contrários, todos são chamados

ao serviço, todos são servos, devem servir uns aos outros como Cristo serviu com

humildade demonstrada ao lavar os pés dos discípulos Jo 13.13-16.

IMPORTANTE: A maioria das Igrejas batistas reconhecem apenas dois oficiais na

Igreja, Pastores e diáconos. A compreensão é que pastores, anciãos e presbíteros

exercem as mesmas funções com nomes distintos.

C) A PREGAÇÃO

- A pregação é uma grande ferramenta responsável pelo crescimento da Igreja.

Vejamos os argumentos do Apóstolo Paulo em Romanos 10.9-14:

Para ser justificado, o pecador tem que crer em Jesus no seu coração e confessá-lo

com a sua boca (v.9), invocando-o como Salvador;

Para que o pecador creia em Jesus e professe a sua fé, ele precisa ouvir o

evangelho, precisa tomar conhecimento do evangelho;

Para que o pecador ouça o evangelho, é preciso que alguém pregue;

Para que alguém pregue, precisa ser comissionado.

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O QUE DEUS REQUER DO PREGADOR

Experiência pessoal de novo nascimento;

Diga somente o que Deus mandou dizer;

Respeite a liberdade do ouvinte para aceitar ou não;

OBJETIVOS DA PREGAÇÃO CRISTÃ

Levar o pecador a conhecer a Palavra de Deus;

Fazer com que a Palavra de Deus ocupe o lugar central do culto;

Consolar os que sofrem, exortar os que erram, reanimar os vacilantes, instruir na

Palavra de Deus e agir terapeuticamente;

Levar os salvos a decidir moldar suas vidas no mundo segundo os padrões éticos da

Bíblia.

14 LITURGIA DA IGREJA CRISTÃ

- Significa “serviço público”. No NT refere-se ao serviço e objetos de cultos do VT e

ao trabalho dos anjos que hão de herdar a salvação.

- Na linguagem popular é usado muitas vezes de forma pejorativa como sinônimo de

um culto ultrapassado e enrijecido, sem liberdade para ação do Espírito Santo.

Em resumo a liturgia do NT refere-se a:

O serviço prestado pelos sacerdote nos atos de culto no VT;

O ofício sacerdotal de Cristo;

O ministério da Igreja nos atos de adoração;

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O serviço prestado aos irmãos como beneficência, entendido como um serviço

prestado a Deus.

- Muitos entendem liturgia exclusivamente como a “ordem de um culto”.

3 Observações:

Não existe um antagonismo ou conflito entre liturgia tradicional e liturgia moderna;

A liturgia não é um fim em si mesma, porém um meio para se chegar a adoração;

A liturgia deve ser uma expressão de vida, resultado natural da vida, não uma série

de rotinas e procedimentos destinados a despertar e condicionar sentimentos

religiosos.

PRINCÍPIOS NORMATIVOS DA LITURGIA CRISTÃ

A adoração cristã é fundamentada na Palavra de Deus;

Deve produzir uma adoração espiritual;

É cristocêntrica. Cristo é a causa, mediação e fim;

É o Espírito que torna real a presença de Deus na adoração;

Deus exige consistência entre a adoração e a vida;

A verdadeira adoração é resultado da verdadeira evangelização, que resulta em

maior número de verdadeiros adoradores.

UMA PARTE DO CULTO/LITURGIA É A MÚSICA.

Considerações Sobre O Uso Da Música Na Adoração

A música e a letra cristã procedem de corações convertidos a Cristo e cheios do

Espírito Santo;

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Precisa ter conteúdo bíblico;

É necessário exaltar a Deus;

É um dom espiritual que excede os talentos naturais;

Expressa alegria e produz paz e segurança;

Contribui para o crescimento espiritual dos remidos;

Parte de coração comprometidos com Deus e move o coração dos salvos para

assumirem compromisso com o Senhor;

É uma expressão de arte e contribui para o aprimoramento cultural dos ouvintes;

Respeita as raízes culturais do povo, mas não utiliza elementos culturais que entrem

em choque com a teologia cristã;

Reflete e antecipa a glória e a perfeição do céu.

15 CEIA

15.1 ORIGEM DA CEIA CRISTÃ

- Celebração judaica – A Páscoa foi instituída na saída do Egito que era celebrada

com o alimentar-se do cordeiro pascoal;

- A PÁSCOA – Os judeus eram tão pecadores quanto os egípcios, mas foram

poupados pelo derramamento do sangue do cordeiro. O pão ázimo representava a

presença de Iavé;

- A CEIA CRISTÃ – O sangue derramado na cruz nos livra da condenação – O partir

do pão representa a comunhão que temos em Jesus, o pão é partido assim como o

corpo de Jesus foi oferecido por amor de todos.

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15.2 SIGNIFICADO TEOLÓGICO DA CEIA DO SENHOR

- Lembrança da morte que traz vida – A morte de Cristo nos possibilita a vida eterna;

- Lembrança que torna comum um sentido individual – A salvação é individual, mas

nos faz tomar parte de uma salvação coletiva. Fazemos parte um mesmo corpo;

- Lembrança que antecipa, no presente, um evento futuro – A Ceia deve ser

celebrada até a volta de Cristo.

15.3 INTERPRETAÇÕES DA CEIA DO SENHOR

a. CATOLICISMO ROMANO - SACRAMENTALISTA – TRANSUBSTANCIAÇÃO – A

substância do pão é transformada na substância do corpo de Cristo, permanecendo

apenas a forma e aparência de pão.

b. LUTERO – CONSUBSTANCIAÇÃO – Presença real simultânea das substâncias

do pão e do Corpo de Cristo;

c. CALVINO - PRESENÇA MÍSTICA – O pão permanece inalterado, havendo uma

presença eficaz de Cristo no momento da ceia.

d. ZWÍNGLIO – SÍMBOLO MEMORIAL –Pão e vinho são símbolos para memória do

corpo e do sangue de Jesus.

15.4 ABRANGÊNCIA DA PARTICIPAÇÃO NA CEIA DO SENHOR

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a. CEIA UNIVERSAL – Qualquer pessoa, independente da religião ou denominação

podem ser abençoado pelo pão e vinho independente da crença da pessoa;

b. CEIA LIVRE – Basta ser membro de uma Igreja Evangélica para participar;

c. CEIA RESTRITA – Só admite os membros de uma Igreja da mesma fé e ordem

(denominação). Praticada pelas Igrejas batistas da CBB por muito tempo.

Atualmente é pouco utilizada;

d. CEIA ULTRA-RESTRITA- Só os membros da Igreja local podem participar.

Qualquer pessoa, mesmo que seja membro da mesma denominação não podem

participar;

15.5 O PÃO E O VINHO

- O NT não apresenta normas quanto à obrigatoriedade de uso de pão com ou sem

fermento ou o vinho fermentado ou não;

- A maioria das Igrejas utiliza pão de forma previamente cortado em pequenos

pedaços. As vezes utiliza-se pães diversos formatos que são entregues

individualmente ou inteiros e cada participante retira um pedaço.

15.6 PERIODICIDADE DA CELEBRAÇÃO

- Tudo indica que a Igreja primitiva realizava a ceia com muita frequência,

provavelmente uma vez por semana. Hoje muitas Igrejas realizam uma vez por mês.

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É importante não realizar muito esporadicamente nem tão rotineiramente para que

não seja banalizada.

15.7 AUTORIDADE PARA PRESIDIR A CELEBRAÇÃO

- Não existe no NT qualquer recomendação sobre quem deve presidir a celebração.

Convencionou-se que onde existe presença fácil de Pastores, estes auxiliados por

diáconos devem presidir. Não deve ser considerado um absurdo ou heresia uma

ceia realizada por outras pessoas, principalmente em lugares onde é difícil a

presença de um Pastor.

15.8 LOCAL DA CELEBRAÇÃO E ORDEM DOS ELEMENTOS

- O NT também não normatiza, mas tradicionalmente tem sido realizada no templo

das Igrejas. Jesus ofereceu primeiro o pão e depois o vinho, a mesma ordem da

ceia pascoal.

15. 9 COMO CELEBRAR A CEIA?

A Ceia do Senhor não é uma invenção humana. Antes, foi instituída por Deus e a

sua fórmula repete o gesto de Jesus na despedida dos seus discípulos (Mateus 26.

26-28). Por isto, podemos buscar formas criativas de a celebrar, desde que seu

sentido e sua fórmula original sejam mantidos. Ela contém dois elementos, o pão,

que é mastigado, e o suco de uva que é bebido.

Por qual motivo a maioria das Igrejas evangélicas utiliza o suco e não o vinho? Por

uma convenção, que indica a nossa disposição de nos abstermos do álcool.

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O pão simboliza o corpo de Cristo, morto por nós, e o vinho simboliza o sangue de

Jesus, derramado por nós na Cruz. Como símbolos, o pão e o vinho, mesmo depois

de consagrados ou ingeridos, permanecem com as mesmas substâncias químicas.

Eles não contém o corpo de Jesus (consubstanciação) nem se transformam no

corpo de Jesus (transubstanciação).

A Ceia do Senhor é uma celebração memorial (passada) do novo pacto e uma

celebração escatológica (futura) do cumprimento do Reino de Deus ((Mateus 26. 26-

29). A celebração da Ceia do Senhor é uma recordação do novo pacto selado

conosco na cruz. O pacto velho se dava pela reciprocidade mediada pela lei. O novo

pacto se dá pela fidelidade de Deus para com o homem e do homem para com

Deus, fidelidade esta mediada pela graça. Ele é fiel por Sua graça, não por nossa

fidelidade. Nós lhe somos fiéis, não por nossa competência, mas por Sua graça.

A Ceia do Senhor deve ser celebrada pela Igreja, porque é ela quem anuncia o

Reino de Deus. Por seu caráter público e por sua natureza, a postura dos que dela

participam deve ser sempre reverente e festiva.

Dela devem participar todos os que crêem que Jesus Cristo é o Salvador e que

Jesus Cristo voltará como Senhor, razão pela qual já entregaram a Ele as suas

vidas.

Há denominações que servem a Ceia do Senhor em casas das pessoas

impossibilitadas de virem ao templo. Tradicionalmente as Igrejas Batistas da CBB

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não tem esta prática, por entender que sua ministração deve ser pública e na

comunhão da Igreja.

Nas igrejas batistas, há uma variação quanto aos que devem ter acesso a esta parte

do culto. Uns optam pela Ceia restrita, ministrando-a somente a batistas. Outros

oferecem-na somente aos membros da Igreja local. E outros dão o privilégio da livre

participação aos crentes em Cristo e batizados em idade consciente. Muitas Igrejas

tem escolhido a terceira opção, por entender que é mais fiel ao espírito apostólico.

A Ceia do Senhor deve ser tomada de modo digno (1Coríntios 11. 27) e nunca sem

o discernimento da natureza do corpo do Senhor (1Coríntios 11. 32). Tomar a Ceia

do Senhor de modo digno é compreender o seu significado memorial e escatológico,

que exclui a ideia de que a participação na Ceia do Senhor confere qualquer graça a

quem dela toma, mas apenas a alegria da renovação do seu pacto com Deus.

Tomar a Ceia do Senhor de modo indigno é evitar a comunhão fraternal. Em Corinto

os cristãos usavam a Ceia como uma forma de ostentação de posses materiais.

Hoje podemos não ostentar diante do nosso irmão durante a Ceia diretamente, mas

podemos fazê-lo não esperando pelo outro para a refeição ou ignorando este irmão.

Tomar a Ceia do Senhor de modo indigno é tomá-la burocraticamente, sem se

apossar da alegria que a participação nela distribui.

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Tomar a Ceia do Senhor de modo indigno é deixar de tomá-la por causa de algum

pecado, pois o correto é pedir perdão a Deus e estabelecer com Ele a intimidade

que a Ceia proporciona.

Ao participarmos, estejamos conscientes em relação ao pão, que o tomamos porque

recebemos o sacrifício de Jesus Cristo por nós. Graças ao Seu amor, somos

fortalecidos por Ele e capacitados a viver o Evangelho.

Ao tomarmos o vinho, recordemos o sacrifício de Jesus Cristo por nós, sacrifício que

permite a cada um de nós a força da alegria. Nossa vida seja, portanto, um

compromisso de proclamação da sua volta.

Visão reformada da Ceia do Senhor

A visão reformada da ceia é de que pão e vinho são apenas símbolos do corpo e do

sangue de Jesus. A “Curta confissão de fé em 20 artigos de John Smyth” de 1609, a

declaração de fé batista mais antiga, no artigo 15, diz assim sobre a ceia do Senhor:

A ceia do Senhor é um sinal externo da comunhão com Cristo, e dos fiéis entre si

pela fé e pelo amor.

A “Confissão de Fé Batista de 1689” (cap. 30, parágrafos 1, 5 e 7), espelhando a

posição reformada da ceia do Senhor disse assim:

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A ceia do Senhor Jesus foi instituída por ele, na mesma noite em que foi traído,

para ser observada nas igrejas até o fim do mundo; a fim de lembrar perpetuamente

e ser um testemunho do sacrifício de sua morte (1Co 11.23-26); para confirmar os

crentes na fé e em todos os benefícios dela decorrentes; para promover a nutrição

espiritual e o crescimento deles, em Cristo; para encorajar o maior engajamento

deles em todos os seus deveres para com Cristo; e para ser um elo e um penhor da

comunhão com ele e de uns com os outros (1Co 10.16-17, 21).

5
Os elementos exteriores desta ordenança, devidamente consagrados para os usos

que Cristo ordenou, possuem uma correlação com Cristo crucificado. De fato,

embora os termos sejam apenas usados figuradamente, às vezes eles são

chamados pelo nome das coisas que representam, isto é, o corpo e o sangue de

Jesus Cristo (1Co 11.27), se bem que, em substância e em natureza, continuem

sendo apenas pão e vinho, como eram antes (1Co 11.26-28).

7
De fato e em verdade, os que recebem exteriormente os elementos desta

ordenança, desde que comungando [tomando em comunhão] dignamente, – pela fé,

não de maneira carnal ou corporal, mas espiritual – recebem a Cristo crucificado e

dele se alimentam, bem como todos os benefícios de sua morte. Para os que crêem,

o corpo e o sangue de Cristo estão presentes na ordenança, não de maneira

corporal ou carnal, mas de modo espiritual, tanto quanto estão presentes os

elementos visíveis (1Co 10.16; 11.23-26).

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A Declaração Doutrinaria da CBB deixou de fora um dos aspectos mais ricos do

significado da celebração da ceia do Senhor, a possibilidade de pela fé alimentar a

alma. Lê-se assim na Declaração Doutrinária da Convenção Batista Brasileira:

A ceia do Senhor é uma cerimônia da igreja reunida, comemorativa e proclamadora

da morte do Senhor Jesus Cristo, simbolizada por meio dos elementos utilizados: o

pão e o vinho. Nesse memorial o pão representa seu corpo dado por nós no Calvário

e o vinho simboliza o seu sangue derramado. A ceia do Senhor deve ser celebrada

pelas igrejas até a volta de Cristo e sua celebração pressupõe o batismo bíblico e o

cuidadoso exame íntimo dos participantes.

Sempre que celebramos a ceia, a nossa fé é alimentada pela recordação e pela

proclamação da morte do Senhor. O Espírito de Deus usa as lembranças e o

conteúdo da nossa proclamação para fortalecer a mente e o coração dos cristãos na

observância e na celebração desse memorial.

Portanto, em instantes, quando comermos do pão e bebermos do cálice, poderemos

nutrir nossas almas pela fé na presença espiritual de Cristo.

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ATIVIDADE COMPLEMENTAR

1. Listar as 3 tipos de líderes na Igreja Cristã e descrever aspectos práticos e

teóricos de cada um deles (no máximo 5 linhas cada um).

2. Defina liturgia e explique como é a liturgia na Igreja que você é membro;

3. Explique as interpretações dadas a Ceia do Senhor.

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REFERÊNCIAS

BLAUW, Johannes. A natureza missionária da igreja. ___edição. São Paulo.


ASTE.

CARRIKER, Timóteo. Missão Integral. 1a ed. São Paulo: SEPAL. 1992

OLIVEIRA, Zaqueu Moreira. Um Povo Chamado Batista – História e Princípios.


Recife: Kairós, 2010.

MULHOLLAND, D. M. Teologia da Igreja: Uma Igreja Segundo os Propósitos de


Deus. São Paulo: Shedd Publicações, 2004.

MULLINS, E.Y. Axiomas da Religião – Uma Nova Interpretação da Fé Batista. Rio


de Janeiro: Casa Publicadora Batista, 1956.

STRONG, Augusto Hopkins. Teologia Sistemática. V. II. Rio de Janeiro, Hagnos,


2003.

VAN ENGEN, Charles. Povo missionário, povo de Deus. 1a ed. São Paulo: Vida
Nova. 1991

WALKER, W.W. História da Igreja Cristã. ____ edição. São Paulo. ASTE.

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