Gabriela - TCC - Corrigida - Versao Final

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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA

GABRIELA PUTRIKUS

ELABORAÇÃO DO PPRA: INDUSTRIA MADEIREIRA

Florianópolis-SC
2018
GABRIELA PUTRIKUS

ELABORAÇÃO DO PPRA: INDUSTRIA MADEIREIRA

Monografia apresentada ao Curso de


Especialização em Engenharia de Segurança
do Trabalho da Universidade do Sul de Santa
Catarina como requisito parcial à obtenção do
título de Especialista em Engenharia de
Segurança do Trabalho

Orientador: Prof. Ms. José Humberto Dias de Toledo

Florianópolis-SC
2018
GABRIELA PUTRIKUS

ELABORAÇÃO DO PPRA: INDUSTRIA MADEIREIRA

Esta Monografia foi julgada adequada à


obtenção do título de Especialista em
Engenharia de Segurança do Trabalho e
aprovada em sua forma final pelo Curso de
Especialização em Engenharia de Segurança
do Trabalho da Universidade do Sul de Santa
Catarina.

Florianópolis, 21 de agosto de 2018.

______________________________________________________
Professor e orientador José Humberto Dias de Toledo, Ms.
Universidade do Sul de Santa Catarina
Com muito carinho e amor, dedico este
trabalho aos meus pais amados Santino
Putrikus e Glória Volpato Putrikus e toda
minha família, que sempre com muito amor e
compreensão, me incentivaram no que foi
preciso, e acreditaram que eu poderia chegar
até aqui.
AGRADECIMENTOS

Ao corpo docente e à Administração da Universidade do Sul de Santa Catarina


por investirem na qualidade dos serviços.
Ao orientador por acreditar, estimular e fornecer o devido suporte no trabalho.
Aos meus colegas de trabalho pela contribuição através de informações que foram
decisivas no decorrer das atividades.
Aos meus colegas de sala de aula pelo companheirismo, colaboração no astral
durante a execução dos trabalhos em todas as disciplinas.
“Se eu vi mais longe, foi por estar de pé sobre ombros de gigantes.” (Isaac
Newton, 1642).
RESUMO

Este trabalho visa avaliar a aplicação e o desenvolvimento do Programa de Prevenção de


Riscos Ambientais em uma indústria madeireira de pequeno porte situada na cidade de
Anitápolis, no Estado de Santa Catarina. A Metodologia utilizada foi a realização de visitas na
indústria com os proprietários e funcionários para conhecer as instalações, os processos
produtivos e os riscos presentes nos ambientes de trabalhos. Foram realizadas analises dos
ambientes e as condições de trabalhos, desenvolvendo o Programa de Prevenção de Riscos
Ambientais (PPRA). Os dados e resultados alcançados apresentaram necessidades de
melhorias nas instalações e seus ambientes de trabalhos, as não conformidades da indústria
madeireira, proporcionando sugestões de melhorias e adequações aos empregadores para
cumprimento dos requisitos legais e desenvolvimento do programa de gerenciamento de
riscos.

Palavras-chave: Desenvolvimento. PPRA. Madeireira.

.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Lixadeira de cinta.................................................................................30


Figura 2 – Desempenadeira....................................................................................30
Figura 3 – Desengrossadeira..................................................................................31
Figura 4 - Serra Fita...............................................................................................31
Figura 5 - Carro porta toras....................................................................................32
Figura 6 e 7 – Serra circular...................................................................................33
Figura 8 – Destopadeira.........................................................................................33
Figura 9 - Aparelho Dosímetro, marca Instrutherm...............................................55
LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Metodologia de Avaliação por Tipo de Agente e Equipamentos a


serem utilizados........................................................................................................................18
Quadro 2 - Número total de colaboradores............................................................38
Quadro 3 – Quadro Funcional................................................................................39
Quadro 4 - Análise dos Riscos Ambientais do Sócio Proprietário........................43
Quadro 5 - Análise dos Riscos Ambientais do Serrador de Madeira.....................44
Quadro 6 - Análise dos Riscos Ambientais do Operador de Máquina..................45
Quadro 7 - Análise dos Riscos Ambientais do Motorista......................................46
Quadro 8 - Análise dos Riscos Ambientais do Ajudante de carregamento...........47
Quadro 9 - Cronograma de prioridades e metas....................................................56
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO..............................................................................................13
1.1 TEMA E DELIMITAÇAO...........................................................................13
1.2 JUSTIFICATIVA..........................................................................................13
1.3 PROBLEMA DE PESQUISA.......................................................................14
1.4 OBJETIVOS..................................................................................................15
1.4.1 OBJETIVO GERAL................................................................................15
1.4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS.................................................................15
1.5 METODOLOGIA DA PESQUISA...............................................................15
1.6 ESTRUTURA DO TRABALHO..................................................................16
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.................................................................17
2.1 HIGIENE OCUPACIONAL.........................................................................17
2.2 PROGRAMAS DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS................17
2.3 ESTRUTURA DO PPRA..............................................................................21
2.4 DESENVOLVIMENTO DO PPRA..............................................................22
2.5 RESPONSABILIDADES.............................................................................25
2.6 AGENTES DE RISCOS...............................................................................26
2.6.1 Agentes Físicos..........................................................................................27
2.6.2 Agentes Químicos.....................................................................................28
2.6.3 Agentes Biológicos....................................................................................29
2.6.4 Agentes Ergonômicos...............................................................................29
2.7 MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS..............................................................30
2.7.1 Máquinas e Equipamentos utilizados em serrarias...............................31
2.7.1.1 Riscos inerentes à indústria madeireira...................................................34
2.8 EPIS – EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL.........................35
2.8.1 Principais EPIs para a Indústria madeireira.........................................35
2.8.2 Obrigatoriedade........................................................................................36
2.8.3 Legislação..................................................................................................36
2.8.4 Obrigações do empregador......................................................................36
2.8.5 Obrigações do empregado.......................................................................37
2.9 FUNÇÃO DAS CORES NA SEGURANÇA...............................................37
3 ELABORAÇÃO DO PPRA...........................................................................39
3.1 CARACTERÍSTICAS DA EMPRESA........................................................39
3.1.1 Perfil da empresa......................................................................................39
3.1.2 Classificação de Atividade Econômica (CNAE)....................................39
3.1.3 Distribuição dos Colaboradores..............................................................39
3.2 PRODUÇÃO.................................................................................................39
3.3 LAYOUT.......................................................................................................40
4 RISCOS AMBIENTAIS................................................................................41
4.1 METODOLOGIA DE AÇÃO.......................................................................41
4.1.1 Antecipação...............................................................................................42
4.1.2 Fase de reconhecimento e avaliação dos riscos ambientais..................42
4.1.3 Avaliação dos riscos..................................................................................42
4.1.4 Trajetória e Meios de Propagação dos Riscos Ambientais...................42
4.2 LEVANTAMENTO DE DADOS.................................................................43
4.3 ADMINISTRAÇÃO.....................................................................................44
4.4 PRODUÇÃO.................................................................................................45
4.5 AVALIAÇÃO DA ILUMINAÇÃO..............................................................49
4.6 REGISTRO, MANUTENÇÃO E DIVULGAÇÃO DO PPRA....................50
4.6.1 Registro......................................................................................................50
4.6.2 Manutenção...............................................................................................50
4.6.3 Divulgação.................................................................................................50
4.7 MEDIDAS DE CONTROLE........................................................................50
4.7.1 Equipamentos de Proteção Individual (EPI).........................................54
4.7.1.1 Capacitação dos funcionários..................................................................54
4.7.2 Treinamento..............................................................................................54
4.7.3 Medidas adotadas pelo Órgão Regional.................................................54
4.8 EQUIPAMENTOS UTILIZADOS...............................................................55
5 CRONOGRAMA DE PRIORIDADES E METAS.....................................57
6 CONCLUSÃO................................................................................................62
7 SUGESTÃO PARA TRABALHOS FUTUROS..........................................63
REFERÊNCIAS...................................................................................................64
ANEXOS...............................................................................................................66
ANEXO A – COMPROVANTE DE FORNECMENTO DE
EPI/UNIFORMES/JALECOS...............................................................................................67
ANEXO B – MODELO DE ORDEM DE SERVIÇO.......................................68
ANEXO C – MODELO DE ADVERTÊNCIA DISCIPLINAR......................69
ANEXO D – ANÁLISE DO PPRA.....................................................................70
ANEXO E – REGISTRO DE TREINAMENTO..............................................72
13
14

1 INTRODUÇÃO

O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) é uma legislação federal


que especifica a NR 09, emitida pelo Ministério do Trabalho e Emprego no ano de 1994. Este
Programa tem a finalidade de avaliar os riscos que o empregado sofre no seu dia a dia
(OLIVEIRA; PIZA, 2016).
Este Programa é um instrumento necessário para que a direção da empresa possa
ter um conhecimento detalhado das reais condições de trabalho existentes nos locais de
trabalho, condições estas que contribuem diretamente para o desenvolvimento da empresa,
inferindo, de forma decisiva, no rendimento de seus empregados e consequentemente na
produtividade.
O PPRA é parte integrante de um conjunto mais amplo da iniciativa da empresa
no campo da preservação da saúde e da integridade dos funcionários, devendo estar articulado
com o disposto nas demais Normas Regulamentadores (NR’s).
Atendendo à NR-09 (Norma Regulamentadora 9), que estabelece a
obrigatoriedade da elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores e
instituições que admitam trabalhadores como funcionários, foi realizado em uma empresa
madeireira localizada em Anitápolis/SC, o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais
(PPRA). Ele visa à preservação da saúde e da integridade dos funcionários, através da
antecipação, reconhecimento, avaliação e consequente controle das ocorrências de riscos
ambientais existentes na empresa ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em
consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais (SALIBA et al., 2002).

1.1 TEMA E DELIMITAÇAO

Este estudo tem como tema a elaboração de um Programa de Prevenção de Riscos


Ambientais de uma madeireira na cidade de Anitápolis-SC. A empresa madeireira atua no
ramo de serrarias com desdobramento de madeira.

1.2 JUSTIFICATIVA

Segundo Viera (2009), o PPRA nada mais é do que ratificação, na prática, da


Convenção 148 da Organização Internacional do Trabalho – OIT, pelo Brasil. Representa
procedimentos técnicos correlacionados que deverão estar dispostos em um documento base,
15

de uma forma sequencial, definindo qual a condição atual da organização em termos de


segurança do trabalho e quais as medidas corretivas e/ou preventivas devem ser tomadas
dentro de um prazo determinado. A participação dos trabalhadores, empregadores e
especialistas são de fundamental importância para a consecução dos objetivos do PPRA.
As crescentes mudanças tecnológicas expõem os trabalhadores a riscos ambientais
nem sempre reconhecidos ou controlados, gerando necessidade de uma análise técnica
periódica obedecendo às exigências legais (Portaria n 3.214/78. NR 9, MTb).
O reconhecimento e o gerenciamento de riscos evitam prejuízos financeiros e
principalmente ao homem, já que a potencialidade de doenças ocupacionais e acidentes de
trabalho ficam reduzidos. A organização que se preocupa com a segurança e saúde de seus
trabalhadores deverá implantar definitivamente o Programa de Prevenção de Riscos
Ambientais – PPRA em todas as suas áreas de atuação, considerando-o como uma ferramenta
útil, que melhorará constantemente o ambiente de trabalho aumentando a satisfação física e
mental dos colaboradores e, em consequência, a produção e a qualidade dos serviços
prestados (VIEIRA, 2009).

1.3 PROBLEMA DE PESQUISA

Através do PPRA, é possível promover mais qualidade de vida no trabalho,


evitando assim, o gasto do acidentado, da família dele e da empresa por causa de acidente de
trabalho e doenças ocupacionais. Através do PPRA e do cumprimento das ações do PPRA na
empresa, a mesma evita ser multada tanto pela falta do programa, quanto pelas não
conformidades que as ações do PPRA buscam dissipar.
Quando o acidente acontece, as perdas podem alcançar todas as esferas da
sociedade. O PPRA tem como foco o controle dos riscos ambientais, e consequentemente,
com isso, ocorrerá a diminuição ou extinção dos acidentes de trabalho, tal como as doenças
ocupacionais.
Uma empresa saudável é consequência de várias circunstâncias, como a boa
relação entre os empregados e empregadores, a efetiva implantação de um ambiente saudável
e seguro. Com a diminuição dos acidentes, a empresa terá mais funcionários disponíveis para
a realização das atividades e consequentemente, aumentará a produtividade.
O PPRA atua de maneira direta e indiretamente no que diz a respeito da saúde e
segurança dos trabalhadores, auxiliando também em outras ferramentas como o bem-estar e a
qualidade de vida do trabalhador.
16

Diante desse contexto essa pesquisa visa: Será que a elaboração de um PPRA em
uma empresa do ramo madeireiro, promove um ambiente seguro, podendo proporcionar um
ambiente adequado para os seus trabalhadores desenvolverem as suas atividades?

1.4 OBJETIVOS

1.4.1 OBJETIVO GERAL

Este estudo tem como objetivo elaborar um PPRA em uma indústria madeireira
propondo medidas de controle que promovam a preservação da saúde e da integridade física
dos trabalhadores, através de um processo contínuo de melhoria no ambiente de trabalho.

1.4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 Identificar os riscos ambientais existentes no local de trabalho com adoção de


medidas de controle;
 Monitorar a exposição dos funcionários aos riscos ambientais existentes no
local de trabalho;
 Promover um procedimento de melhoria contínua no ambiente de trabalho,
priorizando o bem-estar e saúde do trabalhador;
 Elaborar o PPRA seguindo as recomendações da NR 9.

1.5 METODOLOGIA DA PESQUISA

Quanto a natureza a pesquisa é aplicada pois, visa analisar os ambientes e as


condições de trabalhos em uma madeireira.
Quanto à abordagem dom problema, trata-se de pesquisa quanti-qualitativa, pois
busca identificar os riscos nos ambientes do trabalho e quantificar os riscos existentes.
Já, quanto aos objetivos, trata-se de uma análise exploratória envolvendo
levantamento bibliográfico e experiências práticas.
Quanto aos procedimentos técnicos, envolve- se a Análise Bibliográfica,
Documental, levantamento, Estudo e Caso, Ação, Participante.
Serão realizadas visitas na empresa em conjunto com os proprietários e
funcionários, visando a coleta de dados para realização do estudo de caso, a fim de entender o
17

processo produtivo e verificar nos ambientes de trabalho quais riscos ambientais os


funcionários se encontravam expostos.

1.6 ESTRUTURA DO TRABALHO

Este trabalho foi estruturado da seguinte forma:


O título 1, com seus respectivos subtítulos, apresenta a introdução, tema e
delimitação do trabalho, com problema de pesquisa, objetivo geral e específicos, justificativas
e metodologia de pesquisa.
O titulo 2, constitui-se de toda a fundamentação teórica do trabalho, incluindo
todo o desenvolvimento e estrutura que o PPRA deve ser executado, juntamente com suas
responsabilidades e os agentes de riscos, sendo eles: físicos, químicos, biológicos e
ergonômicos. Neste título também foi descrito sobre as máquinas e equipamentos de proteção
individuais utilizadas em madeireiras, incluindo as obrigações tanto do empregador, como do
empregado, em relação a legislação pertinente.
No título 3 foi elaborado o PPRA da indústria madeireira, descrevendo as
características da empresa, sua Classificação de Atividade Econômica (CNAE), a quantidade
de colaboradores e seu Layout.
No título 4, refere-se riscos ambientais da empresa, descrevendo a metodologia de
ação utilizada, que é a antecipação, fase de reconhecimento, avaliação dos riscos ambientais e
trajetória e meios de propagação dos riscos ambientais. Este item também trata do
levantamento de dados da empresa, do registro, manutenção e divulgação do PPRA,
apresentando também as medidas de controle que devem ser tomadas com os resultados desse
estudo, a capacitação e treinamento dos funcionários em relação à utilização correta dos EPIs.
E, por último descrevendo sobre o equipamento de medição utilizado nesse estudo.
O título 5, trata de um cronograma de prioridades e metas, que a empresa deve
exercer no que se diz a respeito à saúde do trabalhador.
O título 6 e 7 refere-se a conclusão do trabalho e sugestão para trabalhos futuros,
respectivamente.
18

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 HIGIENE OCUPACIONAL

Ao longo dos anos, houve sempre quem se preocupasse com a saúde dos
trabalhadores, de forma que foram tomadas algumas iniciativas bastante modestas, mas sem o
rigor técnico-científico necessário. Na época da Revolução Industrial, na Inglaterra, além de
não se utilizarem medidas de controle, o regime de trabalho, às vezes, chegava a doze ou até
dezesseis horas diárias (SPINELLI et al., 2011).
Classicamente, a higiene costuma ser definida como a ciência e arte devotada ao
reconhecimento, avaliação e controle dos riscos profissionais. Esses são os fatores ambientais
inerentes às atividades que podem, eventualmente, ocasionar alterações na saúde, no conforto
ou na eficiência do trabalhador (COX, 1981).
Os termos utilizados no Brasil, para definir a ciência que se dedica ao estudo dos
ambientes de trabalho e a prevenção das doenças causadas por eles, são: Higiene
Ocupacional, Higiene Industrial e Higiene do Trabalho (SANTOS et al.,2004).
Como se percebe, a Higiene Ocupacional é o conjunto de ciências e arte que
objetiva a antecipação, reconhecimento, a avaliação e o controle dos agentes ou fatores
ambientais originados no local de trabalho, que podem causar doença, comprometimento da
saúde e do bem-estar ou significante desconforto e ineficiência aos trabalhadores ou membros
da comunidade. Portanto, esse conceito vai além da saúde do trabalhador, incluindo aspectos
de bem-estar e produtividade que, embora comparativamente menos importantes, mereçam
destaque.
Segundo Santos et al. (2004), “a atuação do profissional da área de Higiene
Ocupacional envolve inter-relações de responsabilidade que, vistas isoladamente, são óbvias,
todavia, é muito difícil lidar com elas, no dia-a-dia, quando analisadas como um todo.”
Essas inter-relações levam a conflitos pessoais sobre o certo, o conveniente, o
justo e suas consequências em cada situação.

2.2 PROGRAMAS DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS

O conteúdo do PPRA deverá atender na íntegra o que preconiza a NR-9 do


Ministério do Trabalho e Emprego e as diversas legislações do Ministério da Previdência em
especial o Decreto n. 3.048/1999 e a Instrução Normativa n.º 11/2006. O PPRA deverá se
19

estender a todas as áreas e ambientes de trabalho ocupados pela empresa, estando articulado
com o Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional (PCMSO) e outras Normas
Regulamentadoras (NRs). Poderão ocorrer pelo menos três situações diversas durante a
realização de um PPRA, tais como: - Empresas que elaboram o PPRA pela primeira vez. -
Empresas que já possuem o PPRA, porém não foram realizadas medições dos agentes
agressivos. - Instalações que possuem PPRA com medições efetuadas.
De acordo com a Portaria SSST n.º 25, de 29 de dezembro de 1994 Para
elaboração do PPRA, a própria NR 09, no seu item 9.2 já nos define uma estrutura mínima do
documento base:
“9.2 Da estrutura do PPRA.
9.2.1 O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais deverá conter, no mínimo, a
seguinte estrutura:
a) planejamento anual com estabelecimento de metas, prioridades e cronograma;
b) estratégia e metodologia de ação;
c) forma do registro, manutenção e divulgação dos dados;
d) periodicidade e forma de avaliação do desenvolvimento do PPRA”.

A avaliação dos agentes deverá considerar as atividades necessárias para


quantificar a concentração ou intensidade através de equipamentos e instrumentos
compatíveis aos riscos identificados, utilizando-se de técnicas apropriadas.
Segundo Pinto Filho (2010), nesta etapa é primordial caracterizar, através de
metodologias técnicas, à exposição de trabalhadores aos agentes de risco, considerando-se os
limites de tolerância e o tempo de exposição, registrando sempre o tipo de instrumental
utilizado, marca, modelo e calibragem.
A dose e o nível de pressão sonora média (Lavg) deverão ser obtidos através de
utilização de audiodosímetro, ou de decibelímetro. O empregado portador do audiodosímetro
deverá ser acompanhado durante todo o tempo, não podendo desviar-se de sua rotina de
trabalho. Os Agentes químicos deverão ser avaliados, através de monitores de difusão passiva
ou métodos de amostragem instantânea para avaliação de campo dos empregados (Pinto
Filho, 2010).
O empregado portador do monitor deverá ser acompanhado durante todo o tempo,
não podendo desviar-se de sua rotina de trabalho. A metodologia e tempo de amostragem
deverão seguir as Normas da FUNDACENTRO, NIOSH e/ou ACGIH.
Após amostragem, os monitores deverão ser avaliados por laboratórios
reconhecidos nacional ou internacionalmente. Não é recomendado a utilização de tubos
colorimétricos para avaliação dos agentes (Pinto Filho, 2010).
20

Quadro 1 - Metodologia de Avaliação por Tipo de Agente e Equipamentos a serem utilizados.


Agente NR – 15 Metodologia Equipamentos
NHO 01 da Fundacentro Medidor de Pressão
Ruído Sonora, Dosímetros,
Anexo 1 e 2 Filtros de Banda de
Oitava.
NHO - 06 Fundacentro Árvore de Termômetros,
Calor Anexo 3 IBUTG – ISO 7.243 Stress térmico eletrônico.
NHO 05 - Fundacentro Dosímetros de bolso,
Radiação (Raio X) CNEN-NE 3.01/88 filmes, canetas, Contador
Ionizante Anexo 5 (demais casos) Geiger Muller,
Cintiladores e Câmaras de
Ionização.
ISO 2.631 – Corpo Inteiro Medidor de Vibração com
Vibração Anexo 8 ISO 5.349 – Mãos e Braços Analisador de freqüência e
acelerômetros.
Artigo 253 da C.L.T Termômetro e
Frio Anexo 9 ACGIH anemômetro.
Tubos passivos, badges,
tubos colorímetricos,
Agentes NHO 02 – Fundacentro dosímetros passivos,
Químicos Gases Anexo 11 NHO 03 – Fundacentro bombas de fole ou pistão,
e Vapores NHO 04 – Fundacentro bomba de amostragem de
NHO 07 – Fundacentro baixa vazão, tubos de
Métodos da NIOSH carvão e sílica, porta tubos
e Impingers.
NIOSH: 7.400; 7.402; Bombas de amostragem +
Anexo 12 9.000; 9.002; cassete condutivo + filtro
Asbesto de Ester de Celulose +
calibrador.
NIOSH 7.300 Bomba de amostragem +
Manganês e seus Anexo 12 cassete + filtro +
compostos Calibrador.
21

Agente NR – 15 Metodologia Equipamentos


Sílica livre MHA 01 D - Fundacentro Bomba de amostragem +
NIOSH: 7.501; 7.500; cassete + filtro PVC +
Anexo 12 7.601; 7.602; 7.603; Ciclone (ou não) +
Calibrador.
Instrução Normativa M.T.E Bomba de amostragem
Benzeno Anexo 13-A n.1 de 20/12/95 Instrumentos de leitura
Direta.
NHO 02 – Fundacentro Bomba de amostragem +
Poeiras ACGIH NIOSH: 7.500 cassete + filtro + ciclone +
Minerais calibrador.
NIOSH 7.300 OSHA ID – Bomba de amostragem +
Fumos e Anexos 11 e 125 cassete + filtro Éster de
Partículas 12 celulose + Ciclone (ou
metálicas não) + Calibrador.
Qualitativa: Inspeção no Conforme método
Agentes Anexo 14 local; Quatitativa: escolhido.
Biológicos Sedimentação; Filtração;
Borbulhação e Impactação
Fonte: Pinto Filho (2010).
O programa abrange apenas os riscos ambientais, tendo sua estrutura,
planejamento e etapas baseadas na linguagem e ferramentas utilizadas em Higiene
Ocupacional, ciência voltada à prevenção e controle da exposição ocupacional aos riscos
químicos, físicos e biológicos, que são riscos ambientais, objeto da NR-9.
O PPRA é, na essência, um programa de higiene ocupacional, ciência que visa a
proteção à saúde do trabalhador, através da prevenção, controle da exposição ocupacional aos
riscos físicos, químicos e biológicos, claramente definidos no contexto da NR-9 (SAAD e
GIAMPAOLI, 2005).
O PPRA, em especial, é o instrumento pelo qual a Higiene Ocupacional, de forma
articulada com os outros programas e com a participação dos trabalhadores,
desenvolverá suas ações, por meio da antecipação, reconhecimento, avaliação e
consequente, do controle de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no
ambiente de trabalho, levando-se em consideração a proteção do meio ambiente e
recursos naturais (SANTOS et al., 2004, p. 28).

As ações do PPRA devem ser desenvolvidas no âmbito de cada estabelecimento


da empresa, sob a responsabilidade do empregador e com a participação dos trabalhadores,
22

sendo sua abrangência e profundidade dependentes das características dos riscos e das
necessidades de controle (SHERIQUE, 2004).
Para Tuffi (2011), “o PPRA é um programa fundamental na melhoria das
condições de trabalho e prevenção das doenças ocupacionais, desde que bem elaborado e
apoiado numa política prevencionista, comprometida com os objetivos do programa”.

2.3 ESTRUTURA DO PPRA

Segundo SALIBA et al., 2002, a implantação do PPRA deverá ser registrada em


documento-base contendo os aspectos estruturais do programa, tais como, planejamento
anual, metas, cronogramas de execução, periodicidade de revisão do programa, que segundo a
norma, deverá ser realizada pelo menos uma vez ao ano. Portanto, esse documento é o
registro administrativo do PPRA e deverá ser elaborado com base no desenvolvimento do
programa pela administração da empresa ou instituição juntamente com o SESMT, uma vez
que as ações dependem da política da mesma com relação à saúde e segurança do trabalhador.
O PPRA deverá conter, no mínimo:
A. Planejamento anual com estabelecimento de metas, prioridades e
cronograma – Entende-se como meta a situação à qual pretende-se chegar após a
implantação do PPRA e do implemento das ações de controle, podendo haver mais de uma,
conforme as situações encontradas no ambiente de trabalho. Como pode se perceber, as metas
poderão ser várias, bem como as ações desencadeadas para alcança-las, portanto, é imperioso
priorizar as metas, bem como suas ações, e que se estabeleça um prazo determinado para o
alcance do objetivo.
B. Estratégia e metodologia de ação – Neste item, deverá ser informada a forma
como se pretende alcançar a meta, no prazo estipulado, como também o método de trabalho a
ser empregado.
C. Forma de registro, manutenção e divulgação dos dados – Aqui busca-se
resguardar as informações, podendo ser informatizada, visando à sua possível utilização
futura, já que estes dados têm de ser preservados por 20 anos. Com relação à divulgação das
informações, a própria NR já fixa alguns parâmetros: a CIPA deverá ter cópia do documento-
base e alterações; todo trabalhador ou seu representante, bem como a autoridade competente,
deverão ter disponível o registro de dados.
D. Periocidade e forma de avaliação do desenvolvimento do PPRA – A NR já
estabelece que deverá ser efetuada, sempre que necessária e pelo menos uma vez ao ano, uma
23

análise global do PPRA, visando a ajustes necessários e estabelecimento de metas e


prioridades (SALIBA et al., 2002).

2.4 DESENVOLVIMENTO DO PPRA

Constitui a parte mais importante do programa, uma vez que a análise e as


avaliações nos postos de trabalho fornecerão subsídios para o controle dos riscos ambientais
porventura existentes.
Segundo SALIBA et al., 2002, o desenvolvimento consiste nas seguintes etapas:
A. Antecipação e reconhecimento
A antecipação consiste na identificação dos riscos e adoção de medidas de
controle na fase de instalação do estabelecimento ou setor da empresa. Assim, poderão ser
previstos o isolamento e a segregação de determinada fonte poluidora. É no planejamento das
instalações que a doção das medidas de controle são mais econômicas e eficientes.
O reconhecimento consiste na identificação qualitativa dos riscos ambientais em
cada posto de trabalho, principais fontes geradoras, caracterização da exposição, medidas de
controle existentes, dentre outros. Esta fase deve ser realizada com bastante critério, pois,
além de subsidiar o planejamento das avaliações quantitativas dos agentes ambientais, pode
levar à adoção imediata de medidas de controle nas situações de risco grave e iminente.
Para esta fase alguns requisitos são essenciais:
 Conhecimento das diferentes formas em que se apresentam os agentes
ambientais e dos riscos peculiares a cada atividade profissional;
 Conhecimento das características intrínsecas e propriedades tóxicas dos
materiais utilizados;
 Conhecimento dos processos e operações industriais desde o recebimento da
matéria-prima até o produto final acabado, incluindo possíveis subprodutos indesejáveis.
Para se obter um levantamento eficaz nessa fase é necessário que seja previamente
estabelecida uma sistemática de operações que garanta a melhor cobertura possível dos riscos
ambientais.
Para tanto, deverá ser estudado inicialmente um roteiro adequado para que todos
os processos sejam visitados, estabelecendo-se o fluxo do processo produtivo, as interfaces e
interferências nos locais de trabalho a serem avaliados.
A partir dessa fase, inclusive, deverão ser utilizadas planilhas que conterão os
dados necessários à documentação do reconhecimento.
24

Nessa fase, a NR determina que:


a) Seja realizada análise de projetos de novas instalações, métodos ou processos
de trabalho ou de modificação dos já existentes, visando a identificar os riscos potenciais,
bem como adotar medidas de controle para sua eliminação ou redução;
b) O reconhecimento dos riscos ambientais contenha itens que possam identifica-
los, que possibilitem o seu controle, bem como da eficácia das medidas a serem adotadas,
além de possibilitar o estabelecimento das metas e sua hierarquização e identificação das
prioridades;
c) Seja feito o planejamento das iniciativas que a empresa irá adotar com relação
às fases de avaliação e controle.
Quando não forem identificados riscos ambientais nas fases de antecipação ou
reconhecimento, o PPRA poderá resumir-se somente a essas fases, devendo ainda ter o
registro e a divulgação dos dados.
B. Avaliação quantitativa
Nessa fase, há que se considerar que a NR-09 determina que os limites de
tolerância deverão ser aqueles estabelecidos na NR-15 ou, na ausência destes, os valores de
limites de exposição ocupacional adotados pelo ACGIH, ou ainda aqueles que venham a ser
estabelecidos em negociação coletiva de trabalho.
Portanto, a avaliação quantitativa não se limita a somente aos agentes químicos
constantes na NR-15. Para tanto deverão ser adotadas normas de avaliação expedidas pela
FUNDACENRO ou NIOSH (National Institut for Ocupational Safety and Health), ABNT
(Associação Brasileira de Normas Técnicas) e outras.
A avaliação dos agentes ambientais consiste em determina-los quantitativamente
através dos métodos padronizados, ou ainda qualitativamente através de análise e inspeção no
local de trabalho.
Essa fase exige como requisito básico para proceder à avaliação o prévio
conhecimento das diversas técnicas de medição instrumental.
Requer-se conhecimento básico sobre calibração de equipamentos, tempo de
coleta satisfatório para determinada amostragem, tipo de análise química a ser feita, validação
de amostragens, local da medição, entre outros fatores.
Deve-se tomar muito cuidado quando for obter resultados que realmente expresse
as condições avaliadas e representem fielmente a exposição do trabalhador, pois qualquer um
dos fatores acima mencionados é suficiente para comprometer o resultado, mascarando,
portanto, a amostragem.
25

Esta avaliação visa à comprovação do controle à exposição, ou inexistência dos


riscos, e a fornecer subsídios para o equacionamento das medidas de controle.
C. Medidas de Controle
As medidas de controle visam a eliminar, minimizar ou controlar os riscos
ambientais e devem ser aplicadas nas seguintes situações:
a) Quando for identificado, na etapa de antecipação, risco potencial à saúde;
b) Quando for constatado, na fase de reconhecimento, risco evidente à saúde;
c) Quando os resultados das avaliações quantitativas da exposição dos
trabalhadores excederem os valores dos limites previstos na NR-15, ou, na ausência destes, os
valores de limites de exposição ocupacional adotados pela ACGIH, ou aqueles que venham a
ser estabelecidos em negociação coletiva de trabalho, desde que mais rigorosos do que os
critérios técnico-legais estabelecidos;
d) Quando, através do controle médico da saúde, ficar caracterizado o nexo causal
entre danos observados na saúde dos trabalhadores e a situação de trabalho a que eles ficam
expostos.
Segundo a NR-09, medidas de controle poderão ser de ordem coletiva,
administrativa ou de organização do trabalho e por uso de EPI.
Para a adoção de medidas de controle deverá ser seguida uma hierarquia na
implantação, dando prioridade às medidas de caráter coletivo e dentro destas as que eliminem
ou reduzem a utilização ou a formação de agentes prejudiciais à saúde (SALIBA et al., 2002).
Conforme SALIBA et al., 2002, as medidas de caráter individual devem ser
utilizados como complementação às relativas ao ambiente, ou seja, serão adotadas somente
quando comprovada a inviabilidade técnica de adoção de medidas coletivas ou quando estas
não forem suficientes ou se encontrem em fase de estudo ou implementação e, também,
quando medidas administrativas ou de organização do trabalho não forem suficientes.
Para adoção de equipamento de proteção individual deverão ser considerados:
a) Adequação do EPI ao risco;
b) Orientação e treinamento sobre o correto uso;
c) Estabelecimento de normas de procedimento;
d) Avaliação clínica de monitoramento da saúde do trabalhador.
Algumas medidas mais comumente utilizadas em Higiene do Trabalho são:
1. Projeto adequado;
2. Substituição do agente;
3. Modificação dos processos;
26

4. Segregação ou isolamento da operação;


5. Ventilação industrial;
6. Enclausuramento;
7. Ordem e limpeza;
8. Equipamento de Proteção Individual (EPI);
9. Educação e treinamento do pessoal;
10. Exames médicos pré-admissionais e periódicos;
11. Limitação do tempo de exposição.
D. Nível de Ação
Segundo a NR-09, considera-se nível de ação o valor acima do qual devem ser
iniciadas ações preventivas de forma a minimizar a probabilidade de que as exposições a
agentes ambientais ultrapassem os limites da exposição. As ações devem incluir o
monitoramento periódico da exposição. As ações devem incluir o monitoramento periódico da
exposição. As ações devem incluir o monitoramento periódico da exposição, a informação aos
trabalhadores e o controle médico.
Foi criado um nível de ação para os agentes químicos, que é igual à metade dos
limites de exposição na NR-15 ou da ACGIH, e outro nível para o ruído, cuja dose é 0,5, ou
seja, Leq = 80 dB (A).
E. Monitoramento
O monitoramento da exposição dos trabalhadores e das medidas de controle
deverá consistir em avaliação realizada de forma sistemática e repetitiva, sempre que houver
qualquer modificação operacional ou funcional. Deve-se definir grupos homogêneos de risco,
estratégias de medição e tratamento estatístico dos dados (NR-09, Mte).
F. Registro dos dados
O registro dos dados deverá ser mantido pelo empregador ou instituição, de forma
a constituir um histórico técnico e administrativo do desenvolvimento do PPRA e deverá ser
mantido por um período mínimo de 20 anos. Este período foi fixado para instrução de
processos de aposentadoria especial e possíveis indenizações por doenças de trabalho (NR-09,
Mte).

2.5 RESPONSABILIDADES

A elaboração do PPRA deverá envolver tanto a participação do empregador,


através do comprometimento no cumprimento do programa como atividade permanente da
27

empresa, quanto dos empregados, colaborando e participando na execução do PPRA e


seguindo as orientações recebidas nos treinamentos, auxiliando também na detecção de
situações que possam colocar em risco à saúde dos trabalhadores (NR-09, Mte).
Conforme a NR-09, o conhecimento e a percepção que os trabalhadores têm do
processo de trabalho e dos riscos ambientais presentes, incluindo os dados consignados no
Mapa de Riscos, previsto na NR-05, deverão ser considerados para fins de planejamento e
execução do PPRA em todas as suas fases.
O primeiro passo desse programa é antecipar os possíveis riscos a que estarão
submetidos em sua vida laboral os funcionários da empresa e todos os envolvidos no local de
trabalho. Permitindo que se possa aprofundar o cuidado e a pesquisa sobre os riscos.
O segundo passo é reconhecer através de avaliação qualitativa ou quantitativa os
riscos que efetivamente de fato incidem na realidade da empresa, e que podem possivelmente
afetar a segurança e saúde do trabalhador. Em seguida deve-se avaliar a intensidade, modos
de propagação e outras informações necessárias, para aplicação de medidas preventivas
cabíveis para minimização ou eliminação dos riscos existentes.
Presta-se ainda, desde que acompanhado de profissional qualificado a dar suporte
nos projetos e na implantação de novas instalações físicas e tecnológicas e ou treinamentos
específicos em Saúde e segurança do Trabalho.
Além de ser fundamental na promoção e realização de atividades de
conscientização, educação e orientação dos colaboradores para a prevenção de acidentes e
doenças ocupacionais.
Para efeito deste, o programa deve contemplar as exigências contidas conforme
determina NR-9, PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, o qual consideram
riscos ambientais, os seguintes agentes de riscos: Físicos, Químicos, Biológicos e
Ergonômicos.

2.6 AGENTES DE RISCOS

Os agentes de risco para a saúde são classificados em agentes físicos, químicos,


biológicos e ergonômicos, existentes no ambiente de trabalho e capazes de causar danos a
saúde do trabalhador. Ressalta-se que em determinados trabalhos didáticos, tais riscos,
também são denominados de riscos ambientais, o que não está de acordo com a Norma NR - 9
- Programa de Prevenção de Riscos ambientais, item 9.1.5, pois, – consideram-se riscos
ambientais os agentes físicos, químicos e biológicos existentes nos ambientes de trabalho que,
28

em função de sua natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição, são capazes de


causar danos a saúde do trabalhador (Atlas ,2002).

2.6.1 Agentes Físicos

Consideram-se agentes de risco físico as diversas formas de energia a que possam


estar expostos os trabalhadores, tais como: ruído, vibrações, pressões anormais, temperaturas
extremas, radiações ionizantes, radiações não ionizantes, ultrassom, materiais cortantes e
pontiagudos, e outros. Os riscos físicos são oriundos de agentes que atuam pôr transferência
de energia sobre o organismo. Dependendo da quantidade e da velocidade de energia
transferida, causarão maiores ou menores conseqüências para o trabalhador ou qualquer outra
pessoa. Os agentes físicos mais presentes são:
 Ruído: o ruído elevado pode produzir uma redução na capacidade auditiva do
trabalhador, sendo que, segundo Sherique (2002), o ruído além dos danos auditivos, pode
provocar alterações em quase todos os aparelhos ou órgãos que constituem o nosso
organismo. Estes efeitos extra-auditivos podem provocar ações sobre o sistema
cardiovascular, alterações endócrinas, desordens físicas e dificuldades mentais e emocionais,
entre as quais irritabilidade, fadiga e outros, normalmente parte de causas de acidentes.
Quanto mais altos os níveis encontrados, maior o número de trabalhadores que apresentarão
início de surdez profissional e menor será o tempo em que este e outros problemas se
manifestarão. O ruído é um dos principais causadores de doença do trabalho na indústria
metalúrgica e metal-mecânica, mas muito pouco tem se feito para se resolver este problema, e
praticamente não existem informações estatísticas sobre este fato. Em relação as vibrações
mecânicas, essas podem ser subdivididas em duas categorias:
 Vibrações Localizadas: caracterizadas em operações com ferramentas manuais
elétricas ou pneumáticas. Poderão produzir, em longo prazo, problemas neurovasculares nas
mãos, osteoporose (perda de substância óssea), e problemas nas articulações de mãos e
braços.
 Vibrações de corpo inteiro: características do trabalho a que estão expostos
operadores de grandes máquinas, motoristas de caminhões e tratores, podendo produzir
problemas na coluna vertebral, dores lombares, rins.
 Temperaturas Extremas: as temperaturas extremas são as condições térmicas
rigorosas, em que são realizadas diversas atividades profissionais, tais como:
29

 Calor Intenso: é responsável por uma série de problemas que afetam a saúde e
o rendimento do trabalhador. Entre as principais doenças do calor temos a internação ou
insolação, a prostração térmica, a desidratação e as cãibras do calor;
 Frio Intenso: é encontrado em diversos tipos de indústrias que utilizam
câmaras frigoríficas ou em certas regiões do país, especialmente durante os meses de inverno.
Poderão ocorrer enregelamentos dos membros, hipotermia (queda da temperatura corporal),
lesões na epiderme, conhecida como ulceração do frio.
 Pressões Atmosféricas Anormais: são encontradas em trabalhos submersos ou
realizados abaixo do nível do lençol freático. Entre os problemas mais freqüentes que afetam
os trabalhadores expostos a pressões elevadas, menciona-se a intoxicação pelo gás carbônico
e diversos males conhecidos como doenças descompressivas, das quais a mais grave é a
embolia causada pelo nitrogênio.
 Radiações Ionizantes: são provenientes de materiais radioativos como é o caso
dos raios alfa, beta e gama ou são produzidos artificialmente em equipamentos como o caso
do raio x. Podem provocar diversos males à saúde, comprometendo, inclusive, gerações
futuras.
 Radiações Não Ionizantes: são de natureza eletromagnética, tais como:
radiações infravermelhas, ultravioleta, laser, micro-ondas. Seus principais efeitos são
queimaduras na pele e nos olhos que podem ser bastante graves, conforme o tipo, intensidade
e duração da exposição.
 Umidade: contato prolongado da pele, mãos, pés ou qualquer parte do corpo
com água ou outros líquidos, podendo eliminar a membrana protetora da pele que ficará
exposta à penetração de agentes nocivos causadores de doenças.

2.6.2 Agentes Químicos

São agentes causadores em potencial de doenças profissionais devido a sua ação


química sobre o organismo dos trabalhadores. Podem ser encontrados na forma sólida, líquida
e gasosa. Consideram-se agentes de risco químico as substâncias, compostas ou produtos que
possam penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos, névoas,
neblinas, gases ou vapores, ou que, pela natureza da atividade de exposição, possam ter
contato ou ser absorvido pelo organismo através da pele ou por ingestão.
 Névoas: são encontradas quando líquidos são pulverizados, como em
operações de pinturas. São formadas normalmente quando há geração de spray.
30

 Poeiras: são formadas quando um material sólido é quebrado, moído ou


triturado. Sendo que quanto menor a partícula, mais tempo ela ficará suspensa no ar, e maior
será a chance de ser inalada. A poeira de madeira é definida como qualquer tipo de
particulado em suspensão proveniente do manuseio de madeira.
A poeira pode ser originada de diversos meios, tais como, minério, madeira,
poeiras de grãos, amianto e sílica.
 Gases: são substâncias não líquida ou sólida nas condições normal de
temperatura e pressão, tais como: oxigênio, nitrogênio, gás carbônico.
 Vapores: ocorrem através da evaporação de líquidos ou sólidos, geralmente são
caracterizados pelos odores (cheiros), tais como: gasolina, querosene, solvente de tintas.
 Fumos: ocorrem quando um metal ou plástico é fundido (aquecido),
vaporizado e resfriado rapidamente, formando partículas muito finas que ficam suspensas no
ar, originadas através de soldagem, fundição, extrusão de plásticos.

2.6.3 Agentes Biológicos

São microorganismos causadores de doença, com os quais pode o trabalhador


entrar em contato, no exercício de suas atividades profissionais. Entre muitas doenças
causadas por agentes biológicos, inclui-se a tuberculose, a brucelose, o tétano, a malária, a
febre amarela e o carbúnculo.
 Bactérias: causam as pneumonias e as inflamações purulentas;
 Parasitas: sugam o homem as suas substâncias nutritivas;
 Vírus: são responsáveis pelas gripes, caxumbas, paralisia infantil;
 Fungos: responsáveis pelas doenças em crianças e velhos debilitados;
 Protozoários: ficam alojados no intestino, causando diarreia.

2.6.4 Agentes Ergonômicos

São agentes causadores de doença, caracterizam-se por atitudes e hábitos


profissionais prejudiciais a saúde, os quais podem refletir no esqueleto e órgão do corpo. A
adoção desses comportamentos no posto de trabalho pode criar deformações físicas, atitudes
viciosas, modificações da estrutura óssea.
Os riscos ergonômicos decorrem do momento em que o ambiente de trabalho não
está adequado ao ser humano. A melhoria das condições de trabalho deve levar em
31

consideração o bem estar físico e psicológico, estando ligados a fatores externos (ambiente) e
internos (plano emocional). Em síntese, quando há disfunção entre o posto de trabalho e o
indivíduo.
Alguns exemplos de situações anti-ergonômicas podem ser evidenciadas através
de posturas incorretas ou posições incômodas, trabalho físico pesado ou em regime de turno,
além de ritmos excessivos e falta de bancos e assentos não ajustáveis, entre outros.
A exposição aos agentes de riscos pode ser adequadamente controlada, isto
implica em gastos, muitas vezes, considerados supérfluos. Sabe-se que existe uma preferência
pelo uso de Equipamento de Proteção Individual – EPI desconfortável e de eficiência
contestada em muitos casos, e por vezes causadores de efeitos secundários, em detrimento de
equipamentos de proteção coletiva.
É comum que em um mesmo ambiente fechado encontrem-se, trabalhadores
operando máquinas de ruído intenso e outros trabalhadores desempenhando outras tarefas,
expondo-se ao mesmo ruído.
Existem outras situações agressivas no trabalho como: ritmos de produção
exigidos; atividades monótonas; exposições do corpo na realização das tarefas; movimentos
forçados e cargas excessivas; inadequação corpo máquina; manutenção inadequada de
máquinas e instrumentos; poluição e falta de higiene do trabalho; utilização de EPI
inadequado; excesso de pessoas em lugares fechados; ventilação insuficiente; máquinas
inseguras; falta de capacitação e treinamento para uso de novas tecnologias e tempo dedicado
a uma determinada atividade que podem também estar relacionados às doenças profissionais e
aos acidentes de trabalho.

2.7 MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS

Conforme Silva (2002), muitas máquinas estão envolvidas no processo de


fabricação de móveis, e estas variam de acordo com a serraria e seu sistema de produção.
Assim também é no caso de indústria madeireira, pois para obter o acabamento em madeiras é
necessário a utilização de várias máquinas e equipamentos. Ressalta-se os sistemas de
transmissão sem proteção adequada, de maneira que, permitem o acesso dos operadores
quando em funcionamento, ocasionando em determinadas ocasiões, o esmagamento de partes
do corpo do operador. Alguns equipamentos, por exemplo, esmeris, lixadeiras e serras,
quando desprovidos de proteção, podem lançar fragmentos contra os operadores, podendo
atingir os olhos, quando estes não usarem equipamentos de proteção individual. Máquinas de
32

polir, jatear e afiar – quando do contato do operador com o rebolo ou o objeto abrasivo –
causam a laceração de partes do corpo, quando também estas estiverem desprovidas de
proteção.

2.7.1 Máquinas e Equipamentos utilizados em serrarias

 Aparadora - Utilizada para retirar rebarbas do acabamento, sobretudo em


laminações;
 Lixadeira de cinta - Acabamento de superfícies planas ou curvas. Elimina
imperfeições e asperezas para que a peça possa receber o acabamento final. Compõe-se de
duas colunas ligadas por uma cinta de lixa, entre as quais existe uma mesa fixa onde é apoiada
a peça de madeira;
Figura 1 – Lixadeira de cinta.

Fonte: Elias Máquinas, (2018).

 Desempenadeira - Utilizada para nivelar a superfície da peça;


Figura 2 – Desempenadeira.

Fonte: Ferramentas Ícaro, (2018).

 Desengrossadeira - Visa dimensionar a espessura das peças. Utilizada também


na operação de desbaste, para aplainar superfícies, tornando-as uniformes. É constituída por
33

uma base de ferro fundido e possui, na parte superior, uma capa de proteção cobrindo o eixo,
o qual é constituído por navalhas e dois rolos de alimentação que funcionam
automaticamente. Ao nível da mesa estão dispostos outros dois rolos lisos que servem para o
deslize da madeira;
Figura 3 – Desengrossadeira.

Fonte: Google Imagens (2018).

 Serra Fita: A serra fita, atualmente, é a máquina mais versátil e mais


empregada para o desdobro de toras, pois desdobra toras de diâmetros e densidades diferentes,
com espessura de corte reduzida. Segundo Abreu (2005), essa máquina exerce um importante
papel na serraria, pois é a primeira máquina do fluxo produtivo. Porém problemas nesta
implica no atraso da produção;
Figura 4 - Serra Fita.

Fonte: Autor, 2018.


34

 Desdobro principal - As operações de desdobro principal são aquelas realizadas


com serras principais, equipamentos de grandes dimensões, que necessitam de um maior
consumo de energia para o seu funcionamento. As reduções das dimensões de toras,
diminuição da altura de corte e a facilitação do trabalho de equipamentos menores em
operações secundárias são funções de serras principais. Nestas serras as toras são desdobradas
longituditalmente e transversalmente.
As máquinas e equipamentos utilizados no desdobro principal são: serras de
quadro ou alternativas; serras circulares; serras de fita e carro porta toras. O uso desses
equipamentos nas operações principais gera produtos e subprodutos, tais como: semiblocos,
blocos, pranchões, tábuas, costaneiras, serragem e cavacos (ROCHA, 2002).
 Carro porta toras:O carro porta toras é um equipamento de grande importância
na operação de serraria. Possui a função de transportar as toras até a máquina de desdobro, no
qual a última fixa no carro móvel.
Figura 5 - Carro porta toras.

Fonte: Autor, 2018.

 Serras Circulares - Essa máquina é utilizada nas operações de canteagem e


resserragem de praticamente todos os produtos da serraria, algumas dessas máquinas são
produzidas por torneiros mecânicos sob encomenda. O risco nesse equipamento ocorre
quando não existem os dispositivos necessários para proporcionar proteção básica ao
operador: o cutelo divisor e a coifa ou cobertura de proteção. Embora a Serra Circular pareça
ser de fácil manejo, não pode ser utilizada pôr pessoas não habilitadas e qualificadas, pois é
uma das máquinas que oferece muitos riscos de acidentes. Sua operação requer profissional
especializado e capacitado, instalação adequada, dispositivos de proteção, regulagem e
manutenção periódica;
35

Figura 6 e 7 – Serra circular.

Fonte: Autor, 2018.

 Destopadeira - permite efetuar cortes com grande velocidade e precisão.


Recomendada para destopo de tábuas e pranchas. Conta com proteção na “mesa” para a
lâmina, com eixo “embutido” na estrutura da máquina.
Figura 8 – Destopadeira.

Fonte: Google, 2018.

2.7.1.1 Riscos inerentes à indústria madeireira

Os trabalhadores da indústria madeireira, essencialmente as serrarias, estão


sujeitos a diversos riscos. Veja a seguir alguns dos motivos que fazem o número de acidentes
serem mais recorrentes na indústria de beneficiamento da madeira:
 Uso constante de equipamentos e máquinas, muitas das quais tem alto poder de
causar mutilação ao trabalhador quando mal conservadas ou manejadas incorretamente;
 Falta de capacitação e falta de treinamentos específicos;
 Falta de proteções adequadas, caso dos equipamentos de segurança coletiva e,
principalmente individual;
Devido ao alto número de acidentes de trabalho, os Equipamentos de Proteção
Individuais (EPI) se tornam extremamente importantes na garantia da integridade física dos
trabalhadores em serrarias.
Por esta razão é fundamental que o empregador disponibilize a todos seus
funcionários EPI’s que garantam a proteção durante as atividades diárias. A responsabilidade
36

do empregador é capacitar seus funcionários quanto ao uso do EPI, orientando-os sobre a


importância do uso correto de cada equipamento.

2.8 EPIS – EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

EPI é Equipamento de Proteção Individual previsto na Norma Regulamentadora


NR-6. O equipamento de proteção individual (EPI) é um instrumento de uso pessoal, cuja
finalidade é neutralizar a ação de certos acidentes, que podem causar lesões aos trabalhadores,
e protegê-los contra possíveis danos à saúde, causados pelas condições de trabalho.
Equipamento de Proteção Individual é todo dispositivo ou produto, de uso individual,
utilizado pelo trabalhador, destinado a proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e
a saúde no trabalho. Portanto, o EPI deve ser usado como medida de proteção, quando não for
possível eliminar o risco de proteção coletiva, e caso seja necessário complementar a proteção
individual.
De qualquer forma, o uso do EPI deve ser limitado, procurando-se, primeiro,
eliminar ou diminuir o risco, com a adoção de medidas de proteção geral. Quando seu uso for
inevitável, faz-se necessário tomar certas medidas quanto à sua seleção e indicação, pois o uso
e fornecimento dos EPI é disciplinado pela NR-6.

2.8.1 Principais EPIs para a Indústria madeireira

Em serrarias, o empregador deve oferecer aos trabalhadores basicamente os


mesmos equipamentos de proteção individual de outros tipos de indústrias. Veja a seguir
alguns dos itens mais importantes na garantia da segurança e da saúde do trabalhador para
esta atividade:
 Máscara: Evitam a inalação de poeira, partículas de serragem suspensas no ar e
partículas tóxicas através das vias respiratórias. Existem 2 tipos: sem manutenção
(descartáveis) e com baixa manutenção, que possuem filtros especiais para reposição;
 Viseira facial transparente: Protegem os olhos e o rosto de possíveis respingos
durante o manuseio;
 Luvas: Protegem as mãos do trabalhador. Especialmente em serrarias devem
ser resistentes para proteger as mãos contra possíveis cortes;
 Óculos transparentes: Protegem a área dos olhos contra poeira, serragem e
partículas suspensas no ar;
37

 Protetor auricular: Protegem os ouvidos de ruídos vindos dos equipamentos,


comuns em serrarias;
 Avental: Produzido com material resistente a solventes orgânicos e possíveis
cortes;
 Botas: Devem ser impermeáveis, preferencialmente de cano alto, além de
serem resistentes aos solventes orgânicos e possíveis quedas de objetos cortantes ou
perfurantes.

2.8.2 Obrigatoriedade

 Lei 6514 de 22/12/77 altera o Capítulo V do Título II da CLT, estabelecendo


uma série de disposições quanto à segurança e medicina do trabalho;
 Portaria n.º 3214 / 78 aprova as Normas Regulamentadoras - NR do mesmo
Capítulo.

2.8.3 Legislação

A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, de forma gratuita, EPI


adequado ao risco de acordo com a NR-6, item 6.3, em perfeito estado de conservação e
funcionamento, nas seguintes circunstâncias:
a) Sempre que medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os
riscos de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho;
b) Enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas;
c) Para atender situações de emergência.

2.8.4 Obrigações do empregador

a) cumprir e fazer cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança


e medicina do trabalho;
b) elaborar ordens de serviço sobre segurança e medicina do trabalho, dando
ciência aos empregados, com os seguintes objetivos:
I - prevenir atos inseguros no desempenho do trabalho;
II - divulgar as obrigações e proibições que os empregados devam conhecer e
cumprir;
38

III - dar conhecimento aos empregados de que serão passíveis de punição, pelo
descumprimento das ordens de serviço expedidas;
IV - determinar os procedimentos que deverão ser adotados em caso de acidente
do trabalho e doenças profissionais ou do trabalho;
V - adotar medidas determinadas pelo MTb;
VI - adotar medidas para eliminar ou neutralizar a insalubridade e as condições
inseguras de trabalho.
c) informar aos trabalhadores:
I - os riscos profissionais que possam originar-se nos locais de trabalho;
II - os meios para prevenir e limitar tais riscos e as medidas adotadas pela
empresa;
III - os resultados dos exames médicos e de exames complementares de
diagnóstico aos quais os próprios trabalhadores forem submetidos;
IV - os resultados das avaliações ambientais realizadas nos locais de trabalho.
d) permitir que representantes dos trabalhadores acompanhem a fiscalização dos
preceitos legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho.

2.8.5 Obrigações do empregado

a) cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança e medicina do


trabalho, inclusive as ordens de serviço expedidas pelo empregador;
b) usar o EPI fornecido pelo empregador;
c) submeter-se aos exames médicos previstos nas Normas Regulamentadoras -
NR;
d) colaborar com a empresa na aplicação das Normas Regulamentadoras.

2.9 FUNÇÃO DAS CORES NA SEGURANÇA

Conforme Atlas (2002), e de acordo com a NR- 26 – Sinalização de Segurança,


item 26.1.1, esta Norma tem por objetivo fixar cores que devem ser usadas nos locais de
trabalho para prevenção de acidentes, identificando os equipamentos de segurança,
delimitando áreas e identificar e advertir acerca dos riscos existentes.
39

É importante salientar que a utilização de cores, segundo a NR-26, item 26.1.3,


não dispensa o emprego de outras formas de prevenção, sendo que o seu uso, deve ser o mais
reduzido possível, afim de não ocasionar distração, confusão e fadiga ao trabalhador.
VERMELHO – equipamento de proteção e combate a incêndio. Ex: caixa de
alarme de incêndio, hidrantes, bombas de incêndio, sirene de alarme, caixas com cobertores,
extintores.
AMARELO – canalização para gases não liquefeitos.
BRANCO – passarela e corredores de circulação por meio de faixas, localização
de bebedouros, área em torno dos equipamentos de socorro e urgência, de combate a incêndio
e outros.
PRETO – empregado para indicar as canalizações de inflamáveis e combustíveis
de alta viscosidade.
AZUL – utilizado em “cuidado”, ficando seu emprego limitado a avisos quanto ao
uso e movimentação de equipamentos que deverão permanecer fora de serviço.
VERDE – segurança. Ex: macas, portas de entrada de salas de curativo
LARANJA – tubulações contendo ácidos;
PURPURA – perigo de radiação eletromagnéticas, portas ou aberturas de acesso a
áreas com radioatividade.
LILÁS – utilizado para indicar canalizações que contenham álcalis (bases).
CINZA CLARO – usado para indicar canalização de vácuos.
CINZA ESCURO – usado para indicar eletrodutos.
ALUMINIO – utilizado em canalizações contendo gases liquefeitos, inflamáveis,
e combustíveis de baixa viscosidade.(óleo diesel, combustível, querosene)
MARROM – utilizado para indicar qualquer fluído não especificado pelas outras
cores.
40

3 ELABORAÇÃO DO PPRA

3.1 CARACTERÍSTICAS DA EMPRESA

3.1.1 Perfil da empresa

Empresa: MADEIREIRA XXXXX


Endereço: Rua Gonçalves Junior, 315 – Centro.
Cidade/Estado: Anitápolis/SC.

3.1.2 Classificação de Atividade Econômica (CNAE)

Atividade: Serrarias com desdobramento de madeira


Código de Atividade: 16.10-2-01
Grau de Risco: 03 (três)

3.1.3 Distribuição dos Colaboradores

N.º Total de Colaboradores: 05 (cinco)

QUADRO FUNCIONAL
Quadro 2 - Número total de colaboradores.
FUNÇÕES Nº DE FUNCIONÁRIOS
Serrador de Madeiras 02
Operador de Máquina 01
Motorista 01
Ajudante de Carregamento 01
Fonte: Autor, 2018.

3.2 PRODUÇÃO

Construída em madeira, medindo, aproximadamente 300 metros quadrados, pé


direito medindo 3 metros, piso de terra batida, telhas de cerâmica. Há uma parte da produção
(Laminação) em que o piso é de madeira. A iluminação é natural e artificial por meio de
lâmpadas fluorescentes, a ventilação é natural.
41

3.3 LAYOUT

As condições relatadas no presente trabalho refletem a situação atual da empresa no


período da avaliação, sendo que neste período não houve alterações no Layout no referente
à qualidade e a intensidade dos agentes nocivos presentes na planta da empresa.

Quadro 3 – Quadro Funcional


SETOR FUNÇÃO
Administração Sócio Proprietário
Serrador de madeira
Operador de máquina
Produção Motorista
Ajudante de carregamento
Fonte: Autor, 2018.
42

4 RISCOS AMBIENTAIS

Consideram-se riscos ambientais, tudo que tem potencial para gerar acidentes no
trabalho, em função da sua natureza, concentração, intensidade e tempo de exposição. Divide-
se em agentes físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e de acidentes.
Agentes físicos: são representados pelas condições físicas no ambiente de trabalho, tais como:
vibração, radiação, ruído, calor e frio que de acordo com as características do posto de
trabalho, pode causar danos à saúde. Muitos fatores de ordem física exercem influências de
ordem psicológica sobre as pessoas, interferindo de maneira positiva ou negativa no
comportamento humano, conforme as condições em que se apresentam. Portanto, ordem e
limpeza constituem um fator de influência positiva no comportamento do funcionário.
Agentes químicos: podem ser encontrados da forma gasosa, líquida, sólida e/ou pastosa.
Quando absorvidos pelo organismo, produzem na grande maioria dos casos, reações diversas,
dependendo da natureza, da quantidade e da forma de exposição à substância.
Agentes biológicos: são microrganismos presentes no ambiente de trabalho, tais como: vírus,
bactérias, fungos, bacilos, parasitas e outros. São capazes de produzir doenças, deterioração
de alimentos, mau cheiro, etc. Apresentam muita facilidade de reprodução, além de contarem
com diversos processos de transmissão.
Agentes ergonômicos: é o conjunto de conhecimentos sobre o homem e seu trabalho. Tais
conhecimentos são fundamentais ao planejamento de tarefas, postos e ambientes de trabalho,
ferramentas, máquinas e sistema de produção a fim de que sejam utilizados com o máximo de
conforto, segurança e eficiência. Os casos mais comuns de problemas ergonômicos são:
esforço físico intenso, levantamento e transporte manual de peso, exigência de postura
inadequada, monotonia e repetitividade.
Riscos de acidentes: são os riscos gerados pelos agentes que promovem o contato físico
direto com a vítima para manifestar a sua nocividade.

4.1 METODOLOGIA DE AÇÃO

O PPRA será desenvolvido em quatro etapas, a saber:


 Antecipação;
 Reconhecimento;
 Avaliação dos Riscos Ambientais;
 Implementação de medidas de controle.
43

4.1.1 Antecipação

Na fase de antecipação não foi constatado mudanças nos métodos e processos de


trabalho.

4.1.2 Fase de reconhecimento e avaliação dos riscos ambientais

Na fase de reconhecimento foram inspecionadas as instalações, os métodos de


trabalho, visando à identificação dos riscos, das fontes geradoras e possíveis trajetórias, das
funções e do número de funcionários expostos, dos possíveis danos à saúde relacionados aos
riscos, a caracterização das atividades e do tipo de exposição. Para tal foram observados os
funcionários in loco nos setores/locais/ambientes de trabalho.

4.1.3 Avaliação dos riscos

Envolve o monitoramento dos riscos ambientais para a determinação da


intensidade dos agentes físicos e concentração dos agentes, visando o dimensionamento da
exposição dos trabalhadores.
A avaliação quantitativa deverá ser realizada sempre que necessária para
comprovar o controle da exposição ou a inexistência dos riscos identificados na etapa de
reconhecimento, dimensionar a exposição dos trabalhadores e subsidiar o equacionamento das
medidas de controle:
a) Definir e planejar a estratégia de quantificação dos riscos, baseando-se nos
dados e informações coletadas na etapa anterior;

b) Quantificar a concentração ou intensidade através de equipamentos e


instrumentos compatíveis aos riscos identificados e utilizando-se de técnicas indicadas a
seguir;

c) Verificar se os valores encontrados estão em conformidade com os Limites de


Tolerância estabelecidos e o tempo de exposição dos trabalhadores;

d) Verificar se as medidas de controle implantadas são eficientes.


44

4.1.4 Trajetória e Meios de Propagação dos Riscos Ambientais

a) Risco físico: Ruído, Calor e frio extremo, umidade, pressões anormais,


vibrações, radiações ionizantes e não ionizantes, entre outros.

 A trajetória pode ser pelo ar, por contato, se propagando por todas as direções.

b) Risco químico: Poeira, gases, vapores, produtos químicos em geral (gasolina,


benzeno, etanol, óleo diesel, Xileno e Tolueno), produtos de limpeza domésticos, entre
outros;

 A trajetória é pelo ar, contato e inalação e se propaga para todas as direções;

c) Risco biológico: vírus, bactérias, parasitas, protozoários, fungos e bacilos;

 A trajetória e a propagação se dão por contato e pelo ar em todas as direções.

4.2 LEVANTAMENTO DE DADOS

Para o desenvolvimento do PPRA, foram realizadas medições técnicas e inspeções


de segurança nas instalações da empresa, permitindo o levantamento dos riscos ambientais a
que estão expostos os trabalhadores, tendo em vista seu reconhecimento e adequado controle
e proteção. Os dados obtidos nas medições técnicas foram dispostos em planilhas, referidas
durante a descrição dos riscos em seus respectivos anexos. O estudo das condições de trabalho
na empresa foi realizado individualmente para cada seção da empresa.
Os dados obtidos nas medições técnicas foram dispostos em planilhas, referidas
posteriormente em seus respectivos anexos.
45

4.3 ADMINISTRAÇÃO

Quadro 4 - Análise dos Riscos Ambientais do Sócio Proprietário.


Tempo de Avaliação
Riscos Tipo de Limite de
Função Fonte geradora exposição Quantitativa/
Ambientais Exposição tolerância
(horas/dia) Qualitativa
Físico: Ruído Pessoas /
Absorção 8 horas
(dentro do limite máquinas e 65 dB(A) 85 dB(A)
auditiva habitual
de tolerância Equipamentos
Sócio Químico:
Proprietário X X X X X
Poeiras vegetais

Biológico: Não
X X X X X
evidenciado
Medidas de Controle existentes (EPIs e EPCs): A empresa disponibiliza aos funcionários: Cadeiras ergonômicas, extintores,
sanitários higienizados, pausas para descanso.
Medidas de Controle propostas (EPIs e EPCs): Manter as medidas de controle existentes; Conscientizar e treinar sobre doenças
ocupacionais e acidentes.
Outros riscos/Possíveis danos à saúde: Eventuais acidentes em geral.
Observações: Não evidenciado.
Fonte: Autor, 2018.
46
4.4 PRODUÇÃO

Quadro 5 - Análise dos Riscos Ambientais do Serrador de Madeira.


Tempo de Avaliação
Riscos Tipo de Limite de
Função Fonte geradora exposição Quantitativa/
Ambientais Exposição tolerância
(horas/dia) Qualitativa
Físico: Ruído Motosserra 105,3 dB(A)
Absorção 2 horas/
(dentro do limite Serra Circular 97,7 dB(A) 95 dB(A)
auditiva intermitente
de tolerância Serra Fita 85,4 a 95,3 dB(A)
Serrador de Químico: Vias Corte de
madeira Indeterminado Qualitativa X
Poeiras vegetais respiratórias madeira

Biológico: Não
X X X X X
evidenciado

Medidas de Controle existentes (EPIs e EPCs): A empresa coloca à disposição: extintores de incêndio, cadeiras ergonômicas,
sanitários higienizados, água potável, pausas para descanso, protetor auditivo CA29176/5745, luvas de proteção CA
33244/32148, avental de raspa CA 13777, vestimenta tipo capa de PVC CA 12227, jaqueta de PVC CA 28500, calça de PVC
CA 29500.
Medidas de Controle propostas (EPIs e EPCs): Manter as medidas de controle existentes, conscientizar e treinar. Manter as
fichas de uso e controle de EPI. Fornecer botina de segurança, óculos de proteção incolor, respirador PFF1.
Outros riscos/Possíveis danos à saúde: Não evidenciado, mas eventualmente: o ruído pode causar PAIR (Perda Auditiva
Induzida pelo Ruído), dores de cabeça, irritações, zumbidos, entre outros; a exposição à poeira vegetal, devido o corte de
madeira, pode causar irrtações e doenças respiratórias, como bronquites e asmas.
Observações: Todos os EPIs devem ter Certificado de Aprovação - CA.
Fonte: Autor, 2018.
47
Quadro 6 - Análise dos Riscos Ambientais do Operador de Máquina.
Tempo de Avaliação
Riscos Tipo de Limite de
Função Fonte geradora exposição Quantitativa/
Ambientais Exposição tolerância
(horas/dia) Qualitativa
Físico: Ruído Motosserra 105,3 dB(A)
Absorção 2 Horas/
(dentro do limite Serra Circular 97,7 dB(A) 95 dB(A)
auditiva intermitente
de tolerância Serra Fita 85,4 a 95,3 dB(A)
Operador de
Químico: Vias Corte de
Máquina Indeterminado Qualitativa X
Poeiras vegetais respiratórias madeira
Biológico: Não
X X X X X
evidenciado

Medidas de Controle existentes (EPIs e EPCs): A empresa coloca à disposição: extintores de incêndio, cadeiras
ergonômicas, sanitários higienizados, água potável, pausas para descanso, protetor auditivo CA29176/5745, luvas de
proteção CA 33244/32148, avental de raspa CA 13777, vestimenta tipo capa de PVC CA 12227, jaqueta de PVC CA 28500,
calça de PVC CA 29500.
Medidas de Controle propostas (EPIs e EPCs): Manter as medidas de controle existentes, conscientizar e treinar. Manter
as fichas de uso e controle de EPI. Fornecer botina de segurança, óculos de proteção incolor, respirador PFF1.
Outros riscos/Possíveis danos à saúde: Não evidenciado, mas eventualmente: o ruído pode causar PAIR (Perda Auditiva
Induzida pelo Ruído), dores de cabeça, irritações, zumbidos, entre outros; a exposição à poeira vegetal, devido o corte de
madeira, pode causar irrtações e doenças respiratórias, como bronquites e asmas.
Observações: Todos os EPIs devem ter Certificado de Aprovação - CA.
Fonte: Autor, 2018.
48
Quadro 7 - Análise dos Riscos Ambientais do Motorista.
Avaliação
Tempo de
Riscos Tipo de Fonte Quantitativ Limite de
Função exposição
Ambientais Exposição geradora a/ tolerância
(horas/dia)
Qualitativa
105,3 dB(A)
Físico: Ruído Motosserra
Absorção 2 horas/ 97,7 dB(A)
(dentro do limite Serra Circular 95 dB(A)
auditiva intermitente 85,4 a 95,3
de tolerância Serra Fita
dB(A)
Motorista Químico: Vias Corte de
Indeterminado Qualitativa X
Poeiras vegetais respiratórias madeira
Biológico: Não
X X X X X
evidenciado

Medidas de Controle existentes (EPIs e EPCs): A empresa coloca à disposição: extintores de incêndio, cadeiras
ergonômicas, sanitários higienizados, água potável, pausas para descanso, protetor auditivo CA29176/5745, luvas de
proteção CA 33244/32148, avental de raspa CA 13777, vestimenta tipo capa de PVC CA 12227, jaqueta de PVC CA 28500,
calça de PVC CA 29500.
Medidas de Controle propostas (EPIs e EPCs): Manter as medidas de controle existentes, conscientizar e treinar. Manter
as fichas de uso e controle de EPI. Fornecer botina de segurança, óculos de proteção incolor, respirador PFF1.
Outros riscos/Possíveis danos à saúde: Não evidenciado, mas eventualmente: o ruído pode causar PAIR (Perda Auditiva
Induzida pelo Ruído), dores de cabeça, irritações, zumbidos, entre outros; a exposição à poeira vegetal, devido o corte de
madeira, pode causar irrtações e doenças respiratórias, como bronquites e asmas.
Observações: Todos os EPIs devem ter Certificado de Aprovação - CA.
Fonte: Autor, 2018.
49
Quadro 8 - Análise dos Riscos Ambientais do Ajudante de carregamento.
Tempo de Avaliação
Riscos Tipo de Limite de
Função Fonte geradora exposição Quantitativa/
Ambientais Exposição tolerância
(horas/dia) Qualitativa
Físico: Ruído Motoserra
Absorção 8 horas/
(dentro do limite Serra Circular 78,8 dB(A) 85 dB(A)
auditiva habitual
de tolerância Serra Fita
Ajudante de
Químico: Vias Corte de
Carregamento Indeterminado Qualitativa X
Poeiras vegetais respiratórias madeira
Biológico: Não
X X X X X
evidenciado
Medidas de Controle existentes (EPIs e EPCs): A empresa coloca à disposição: extintores de incêndio, cadeiras
ergonômicas, sanitários higienizados, água potável, pausas para descanso, protetor auditivo CA29176/5745, luvas de
proteção CA 33244/32148, avental de raspa CA 13777, vestimenta tipo capa de PVC CA 12227, jaqueta de PVC CA 28500,
calça de PVC CA 29500.
Medidas de Controle propostas (EPIs e EPCs): Manter as medidas de controle existentes, conscientizar e treinar. Manter
as fichas de uso e controle de EPI. Fornecer botina de segurança, óculos de proteção incolor, respirador PFF1.
Outros riscos/Possíveis danos à saúde: Não evidenciado, mas eventualmente: o ruído pode causar PAIR (Perda Auditiva
Induzida pelo Ruído), dores de cabeça, irritações, zumbidos, entre outros; a exposição à poeira vegetal, devido o corte de
madeira, pode causar irrtações e doenças respiratórias, como bronquites e asmas.
Observações: Todos os EPIs devem ter Certificado de Aprovação - CA.
Fonte: Autor, 2018.
50

4.5 AVALIAÇÃO DA ILUMINAÇÃO

O agente físico iluminamento desde a revogação do anexo nº 04 da NR-15 da


portaria 3214/78 do Ministério do Trabalho, em 23/11/1990, pela portaria 3.751, deixou de
ser considerado um agente insalubre para ser considerado um agente ergonômico, logo, não é
pertinente a avaliação de níveis de iluminação, já que, não faz parte do objetivo do laudo
apresentado.
RECOMENDAÇÕES: O projeto de iluminação de qualquer setor/local/ambiente pode ser
desenvolvido de forma a obter-se o máximo de aproveitamento da iluminação natural. Este
procedimento, além de ser vantajoso do ponto de vista econômico, é válido do ponto de vista
técnico, pois, de um modo geral, a iluminação natural apresenta um grau de qualidade
superior à iluminação artificial.
No entanto, lembramos que a iluminação natural não é constante, pois, pode
apresentar significativa variação em função das estações do ano, à hora do dia e das condições
meteorológicas existentes. Em determinadas situações a luz que entra em um
setor/local/ambiente pode ser suficiente para gerar um nível de iluminamento muitas vezes
maior que o mínimo necessário; em outras circunstâncias a presença da luz natural no
setor/local/ambiente fica sensivelmente reduzida propiciando níveis de iluminamento
significativamente inferiores aos mínimos estabelecidos (exigidos). Portanto, mesmo tomando
providências no sentido de promover o máximo aproveitamento da luz natural, devemos
elaborar um projeto de iluminação artificial que seja capaz de gerar os níveis de iluminamento
necessários ao local, quaisquer que sejam as condições de iluminação natural presente.
A iluminação de qualquer setor/local/ambiente de trabalho deve ser feita através
de projetos definitivos e adequados às condições e atividades existentes no local. Nas
atividades em que se necessita de níveis de iluminamento significativamente mais elevados
que os do setor/local/ambiente geral pode-se utilizar uma iluminação suplementar (iluminação
local) para atender os níveis requeridos. O projeto desenvolvido deverá sempre que possível,
gerar níveis de iluminamento superiores aos citados (níveis mínimos de iluminação).
51

4.6 REGISTRO, MANUTENÇÃO E DIVULGAÇÃO DO PPRA

4.6.1 Registro

Todos os dados serão mantidos arquivados durante no mínimo 20 (vinte) anos,


constituindo-se no banco de dados com o histórico administrativo e técnico do
desenvolvimento do PPRA.

4.6.2 Manutenção

a) Avaliação periódica para verificar o andamento dos trabalhos e o cumprimento


das metas estipuladas no cronograma.
b) Monitoramento – será efetuado o monitoramento periódico para avaliar a
eficiência do programa e as medidas de controle implantadas.
c) Controle Médico – os resultados dos exames médicos também serão
instrumentos para avaliar a eficácia do programa.

4.6.3 Divulgação

Todos os dados estarão à disposição dos funcionários, seus representantes legais e


órgãos competentes, em arquivos da empresa/setor pessoal e CIPA (caso haja).
As informações sobre o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA)
serão fornecidas aos trabalhadores através de palestra proferidas pelo SESMT/CIPA ou
entidades credenciadas para tal.

4.7 MEDIDAS DE CONTROLE

Deverão ser adotadas as medidas necessárias e suficientes para a eliminação,


neutralização ou controle dos riscos ambientais sempre que for verificada pelo menos uma das
situações:
- constatação, na fase de reconhecimento, de risco evidente à saúde;
- superação dos limites de tolerância estabelecidos na NR-15, ou na ausência
destes, os da ACGIH;
- caracterização do nexo causal entre danos à saúde e a situação de trabalho,
através de exames médicos.
52

Sugere-se dar prioridade as medidas coletivas, cabendo a empresa estudar a


viabilidade técnica de implantá-las. É importante ressaltar que, durante a análise das medias,
outras soluções além das sugeridas poderão ser encontradas. Desta forma, toda adoção de
medidas deverá ser procedida de um estudo mais profundo da viabilidade técnica e
econômica, bem como a avaliação repetitiva dos agentes ambientais nos locais de trabalho.
Portanto, sempre que forem recomendadas medidas de proteção individual deve-
se primeiramente avaliar as condições de implantação de medidas de proteção coletivas e
administrativas.

NR 1 - Disposições Gerais: Cabe ao Empregador, entre outras:


- Cumprir e fazer cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança e medicina
do trabalho;
- Elaborar Ordens de Serviço sobre segurança e medicina do trabalho, dando ciência aos
empregados dos possíveis riscos no ambiente de trabalho;
- Informar aos trabalhadores:
a) os riscos profissionais que possam originar-se nos locais de trabalho;
b) os meios para prevenir e eliminar tais riscos e as medidas adotadas pela empresa;
c) os resultados dos exames médicos e dos exames complementares aos quais os trabalhadores
foram submetidos;
d) os resultados de avaliações ambientais realizadas nos locais de trabalho;

NR 4 - Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do


Trabalho: De acordo com o dimensionamento previsto na referida NR, a Empresa está
desobrigada a manter em funcionamento o SESMT.

NR 5 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA: A Empresa está desobrigada


a manter em funcionamento uma CIPA, no entanto, de acordo com a legislação, a empresa
deve indicar um designado e fornecer treinamento anual para que este possa desempenhar as
atribuições e objetivos da comissão.

NR 10 - Instalações Elétricas: Todas as máquinas e equipamentos que utilizem energia


elétrica deverão ter aterramento, devendo obedecer ao disposto nesta norma. Recomenda-se
uma revisão periódica em toda a rede elétrica, verificando pontos que necessitem de correções
adequado-a ao estabelecido na NR-10, subitem 10.2.
53

NR 11 - Transporte, movimentação, armazenagem e manuseio de materiais:


Armazenamento de materiais: O material armazenado deverá ser disposto de forma a evitar a
obstrução de portas, equipamentos contra incêndio, saídas de emergência, não dificultando o
trânsito, a iluminação, etc.
- O armazenamento deverá obedecer a requisitos de segurança para cada tipo de material.
- O material empilhado deverá ficar afastado da estrutura lateral a uma distância de no
mínimo 0,50 (cinqüenta centímetros).

NR 12 - Máquinas e Equipamentos: Recomenda-se a realização de manutenções periódicas


nas máquinas e equipamentos com emissão de laudos de modo a prevenir problemas e
acidentes. Todas as partes móveis das máquinas onde haja risco de contato físico dos
trabalhadores e pontos de agarramento devem ser protegidas de modo a evitar acidentes.
Todas as manutenções deverão ser executadas com as máquinas paradas, salvo se o
movimento for indispensável à sua realização.

NR 17 - Ergonomia: Quanto à postura inadequada por permanecer muito tempo em pé ou


sentado, recomenda-se que os colaboradores procurem manter-se na posição anatômica, ou
seja, coluna reta de modo a evitar possíveis problemas de coluna; e que haja alternância entre
posição sentada / de pé;
- Os postos de trabalho deverão ser planejados de forma a oferecer as melhores condições
ergonômicas possíveis aos colaboradores, principalmente nas atividades com predominância
do trabalho sentado onde deve possuir cadeiras ergonômicas, ou seja, giratória com acento e
encosto ajustáveis.
- No levantamento e transporte de materiais, o trabalhador não deverá exceder a sua
capacidade individual de esforço físico, devendo pedir auxílio a um colega, a fim de dividir o
peso a ser transportado. Sempre ao levantar cargas o colaborador deverá sempre flexionar os
joelhos, mantendo a coluna reta e exercendo o mínimo de esforço sobre a mesma.

NR 23 - Proteção Contra Incêndio: Os extintores de incêndio deverão ser distribuídos de


acordo com o PPCI (Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndio) da empresa.
Inspeção: Mensalmente deverá ser realizada inspeção visual dos extintores de incêndio,
verificando-se seu aspecto externo, os lacres, os manômetros e os bicos das válvulas se não
estão entupidos.
54

Localização: Os extintores deverão ser colocados em local de fácil visualização e acesso e


onde haja menos probabilidade de fogo bloquear o seu acesso, sendo que a parte superior não
deverá ser fixada a mais de 1,60 m acima do piso. Os extintores não deverão ser localizados
nas paredes das escadas.
Sinalização: Os locais destinados aos extintores devem ser sinalizados por um círculo
vermelho ou por uma seta larga, vermelha, com bordas amarelas. Deverá ser pintada de
vermelho uma área de no mínimo 1,00 m (um metro) x 1,00 m (um metro) do piso embaixo
do extintor, a qual não poderá ser obstruída por forma nenhuma.
Treinamento: Deverão ser feitos periodicamente exercícios de alerta e combate ao fogo, sob a
direção de pessoas capazes, como se fosse um caso real de incêndio.

NR 24 - Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho:


− Será exigido um chuveiro para cada 10 (dez) trabalhadores nas atividades ou operações
insalubres, ou nos trabalhos com exposição a substâncias tóxicas, irritantes, infectantes,
alergizantes, poeiras ou substâncias que provoquem sujidade, e nos casos em estejam
expostos a calor intenso (subitem 24.1.12).
− Os locais onde se encontram as instalações sanitárias deverão ser submetidos a processo
permanente de higienização, de sorte que sejam mantidos limpos e desprovidos de quaisquer
odores, durante toda a jornada de trabalho.
− Nas operações em que se empregam dispositivos que sejam levadas à boca, somente serão
permitidos os de uso estritamente individual, substituindo-se sempre que for possível, por
outros de processos mecânicos. Assim, recomenda-se o fornecimento de copos individuais
para uso do bebedouro ou fazer uso somente do jato inclinado.

NR 26 - Sinalização de Segurança: Adoção de sinalização de segurança com objetivo de


prevenir acidentes, identificando os equipamentos de proteção individual, delimitando áreas
de risco e advertências contra riscos, entre outros itens.

Luminárias: Revisar periodicamente as lâmpadas da empresa de modo a verificar as que


estiverem queimadas. Estas deverão ser trocadas, para proporcionar maior incidência
luminosa no ambiente de trabalho.
55

4.7.1 Equipamentos de Proteção Individual (EPI)

- selecionar EPI adequado tecnicamente ao risco a que o funcionário está exposto


e a atividade exercida, considerando-se a eficiência necessária para o controle da exposição ao
risco e o conforto, segundo a avaliação do funcionário usuário;
- estabelecer programa de treinamento dos funcionários quanto à sua correta
utilização e orientação sobre as limitações de proteção que o EPI oferece;
- estabelecer normas e procedimentos para promover o fornecimento, o uso, a
guarda, a higienização, a conservação, a manutenção e a reposição do(s) EPI(s), visando
garantir as condições de proteção originalmente estabelecidas. Será aplicada a Norma
Regulamentadora 6 (NR-06) (obrigações de funcionários e empregadores).
Recomenda-se também:
- padronizar os EPIs fornecidos, pois os mesmos podem ser adquiridos de
diversos fabricantes, os quais muitas vezes apresentam baixa qualidade;
- exigir na compra do EPI, o Certificado de Aprovação (CA), com as informações
sobre redução, limitação de proteção, características técnicas, entre outros dados.

4.7.1.1 Capacitação dos funcionários

Recomenda-se a capacitação dos funcionários através de cursos, palestras e


reuniões, quando da admissão e periodicamente, para promover a reciclagem dos mesmos e
conscientizar quanto às recomendações de segurança, uso adequado dos EPIs, para torná-los
agentes de inspeção dos locais de trabalho, reduzindo ao mínimo, danos materiais, humanos e
econômicos.

4.7.2 Treinamento

Todos os funcionários deverão ser treinados (segurança e saúde) sobre os riscos


ambientais a que estão expostos e a importância de sua prevenção. Deverão também ser
treinados sobre o uso correto dos EPIs, e as limitações de proteção oferecidas.

4.7.3 Medidas adotadas pelo Órgão Regional

O artigo 191 da CLT diz que a eliminação ou neutralização da insalubridade


ocorrerá:
56

I – com a adoção de medidas que conservem o ambiente de trabalho dentro das


linhas de tolerância;
II – com a utilização de equipamento de proteção individual ao funcionário que
diminua a intensidade do agente agressivo a limites de tolerância.
Parágrafo único: “caberá às Delegacias Regionais do Trabalho, comprovada a
insalubridade, notificar as empresas, estipulando prazos para sua eliminação ou
neutralização, na forma deste artigo”.

Artigo 194 da CLT diz que “o direito do funcionário ao adicional de insalubridade


ou de periculosidade cessará com a eliminação/neutralização/redução do risco à saúde ou
integridade física, nos termos desta Seção e das normas expedidas pelo Ministério do
Trabalho.
Item II do Artigo 3º, da Portaria nº 5.404, de 02/07/99

Quando a utilização dos equipamentos de proteção coletiva ou individual possibilitar


a eliminação/neutralização/redução do agente nocivo aos limites de tolerância, a
referida exposição não será considerada para fins de concessão da aposentadoria
especial.

Subitem 15.4.1.1 da NR-15

Cabe a autoridade regional competente em matéria de segurança e saúde do


funcionário, comprovada a insalubridade por laudo técnico de engenheiro de
segurança do trabalho, devidamente habilitado, fixar adicional devido aos
funcionários expostos à insalubridade quando impraticável sua eliminação ou
neutralização.

A Lei nº 9.032 de 28/04/95 tornou obrigatório a comprovação de exposição a


agentes nocivos mediante elaboração de Laudo Técnico de Condições Ambientais de
Trabalho (LTCAT). Extingue-se nesta data, portanto, a possibilidade de concessão de
aposentadoria especial por simples exercício de determinadas atividades (funções).

4.8 EQUIPAMENTOS UTILIZADOS

 Norma para avaliação da exposição ocupacional ao ruído contínuo e


intermitente.
Utilizou-se a Norma NHO – 01 da FUNDACENTRO;
Avaliação da exposição ocupacional ao ruído contínuo e intermitente.
- Dosímetro marca Instrutherm, modelo DOS 600, número de série 150800037,
operando no circuito de compensação “A” e circuito de resposta lenta (Slow), sendo operado
com o microfone na altura do ouvido do empregado.
57

Figura 9 - Aparelho Dosímetro, marca Instrutherm.

Fonte: Google, 2018.


58
5 CRONOGRAMA DE PRIORIDADES E METAS

Quadro 9 - Cronograma de prioridades e metas.


METAS DATA PERIODICIDADE METODOLOGIA DE AÇÃO RESPONSÁVEL METAS
INICIO/CONCLUSÃO CONCLUÍDAS

Levar o conhecimento dos Avaliação dos riscos e da exposição


funcionários os riscos dos funcionários; implantação de Proprietário ( )Sim ( ) Não
existentes no ambiente de 02/08/2017 a Na admissão medidas de controle. Superior Imediato Data de
trabalho e os meios de 01/08/2018 conclusão:
prevenção ....../....../......
Implantar programa de Deverão ser mantidas palestras por
treinamento periódico, pessoa habilitada, periodicamente ( )Sim ( ) Não
conforme necessidade da 02/08/2017 a conforme necessidade da empresa – Proprietário Data de
empresa, sobre atos e 01/08/2018 Contínuo duração 30 a 60 minutos. Os Superior Imediato conclusão:
condições inseguras, participantes deverão assinar a ata de ....../....../......
EPIs(NR-6), prevenção de presença.
acidentes de trabalho.

Na entrega dos EPIs, os funcionários


59
METAS DATA PERIODICIDADE METODOLOGIA DE AÇÃO RESPONSÁVEL METAS
INICIO/CONCLUSÃO CONCLUÍDAS

deverão assinar um termo de


Implantar ficha de controle de recebimento, o qual se denomina
EPIs – NR-06, conforme 02/08/2017 a Contínuo Ficha de Controle de EPIs. Esta ficha Proprietário ( )Sim ( ) Não
necessidade da empresa. 01/08/2018 ficará arquivada no dossiê do Superior Imediato Data de
funcionário. conclusão:
Obs: Cada funcionário terá sua ficha. ....../....../......
É obrigação da empresa, fornecer EPIs
adequados ao risco, com certificado de ( )Sim ( ) Não
Fornecer EPIs constantes em aprovação e treinar o funcionário para Proprietário Data de
medida de controle propostas 02/08/2017 a Contínuo o correto uso, guarda e conservação. Superior Imediato conclusão:
– NR-6, conforme 01/08/2018 Os EPIs fornecidos deverão ser ....../....../......
necessidade da empresa. registrados em ficha de controle
individual.
Todas as máquinas deverão estar
Verificar periodicamente ou adequadamente aterradas. Deverá ser Proprietário ( )Sim ( ) Não
conforme a necessidade da 02/08/2017 a Anual realizada inspeção periódica nos Superior Imediato Data de
empresa, o aterramento das 01/08/2018 aterramentos, por profissional conclusão:
máquinas. habilitado, conforme NR-10 ....../....../......
Realizar fiscalização É de responsabilidade da empresa a
60
METAS DATA PERIODICIDADE METODOLOGIA DE AÇÃO RESPONSÁVEL METAS
INICIO/CONCLUSÃO CONCLUÍDAS

periódica quanto ao uso dos fiscalização quanto ao uso de EPIs. Proprietário CIPA
EPIs (NR-6), inclusive Quando houver CIPA, ou SESMT SESMT (Interno) ( )Sim ( ) Não
anotando em planilhas as não 02/08/2017 a (interno), a fiscalização será atividade Designado da Data de
conformidades, conforme 01/08/2018 Contínuo dos mesmos. Quando não houver CIPA conclusão:
PPRA e necessidades da CIPA, nem SESMT (interno), o Superior Imediato ....../....../......
empresa. empregador deverá designar pessoa
responsável
Fornecer água potável com A empresa deverá fornecer água
copos descartáveis ou jato potável e fresca, não sendo permitido
inclinado, para os o uso de recipientes coletivos ( )Sim ( ) Não
empregados – NR-24, além 02/08/2017 a Contínuo (fornecer copos descartáveis). Sugere- Proprietário Data de
da higienização e controle de 01/08/2018 se a manutenção de bebedouros de conclusão:
funcionamento de jatos inclinados e guarda protetora, na ....../....../......
bebedouros. proporção de 1 bebedouro para 50
colaboradores.

Deverá ser realizada limpeza diária e


61
METAS DATA PERIODICIDADE METODOLOGIA DE AÇÃO RESPONSÁVEL METAS
INICIO/CONCLUSÃO CONCLUÍDAS

Manter a ordem e 02/08/2017 a periódica do local de trabalho, bem


higienização do local de 01/08/2018 como das instalações sanitárias, 1 Proprietário ( )Sim ( ) Não
trabalho e instalações sanitário para cada 20 empregados, Superio Imediato Data de
sanitárias – NR-24 Contínuo distribuídos por sexo. Também é conclusão:
obrigatório o fornecimento de papel ....../....../......
higiênico, papel toalha e sabonete
liquído, conforme NR-24
Deverão ser realizadas de forma Proprietário CIPA ( )Sim ( ) Não
Realizar auditoria das periódica ou conforme a necessidade SESMT (Interno) Data de
Normas Regulamentadoras- 02/08/2017 a Anual da empresa, auditorias ou inspeção de Designado da conclusão:
NRs conforme a necessidade 01/08/2018 segurança a fim de adequar a empresa CIPA ....../....../......
da empresa. às demais normas regulamentadoras. Superior Imediato
Manter placas de sinalização ( )Sim ( ) Não
para o uso obrigatório de 02/08/2017 a Deverão ser colocadas placas de Proprietário e Data de
EPIs, nos setores indicados 01/08/2018 Contínuo sinalização de segurança conforme o gerentes conclusão:
no PPRA. PPRA. ....../....../......

( )Sim ( ) Não
62
METAS DATA PERIODICIDADE METODOLOGIA DE AÇÃO RESPONSÁVEL METAS
INICIO/CONCLUSÃO CONCLUÍDAS

Adequar-se às NRs (10, 12, 02/08/2017 a Proprietário e Data de


17, 20, 33, 35) entre outras 01/08/2018 Contínuo Conforme atividade da empresa. gerentes conclusão:
que se fizerem necessárias ....../....../......
pela atividade da empresa.

Manter horários para lanche e ( )Sim ( ) Não


descanso no período matutino Prazo de execução imediato e Data de
e vespertino fora da área de 02/08/2017 a Contínuo contínuo. Proprietário conclusão:
trabalho ou no refeitório. 01/08/2018 ....../....../......
Proprietário e ( )Sim ( ) Não
15/07/2018 a Anual Renovar dados do PPRA e PCMSO E empresa prestadora Data de
Renovas o PPRA e PCMSO. 01/08/2019 LTCAT se fizer necessário. de serviço em Seg. conclusão:
e Med. Do trabalho ....../....../......
Fonte: Autor, 2018.
63

6 CONCLUSÃO

Buscando atender às determinações legais, conclui-se o presente trabalho


salientando-se a necessidade de avaliações periódicas das atividades de maneira a identificar
novos riscos.
Recomenda-se, evitar o acúmulo de resíduos nas máquinas e proximidades, assim
como as áreas de circulação devem ser desobstruídas, a fim de facilitar a passagem de pessoas
e materiais. Além dos materiais que devem ser adequadamente armazenados, para evitar
possíveis acidentes de trabalho. De forma que, segundo a NR-12 – Máquinas e Equipamentos,
item 12.1 - Instalações e Áreas de Trabalho, sub-item 12.1.2, as áreas de circulação e os
espaços em torno de máquinas e equipamentos, devem ser dimensionados de forma que o
material, os trabalhadores , e os transportadores possam movimentar-se com segurança.
É importante salientar que a empresa deve assegurar o cumprimento do PPRA
(Programa de Prevenção de Riscos Ambientais) e PCMSO (Programa de Controle Médico e
Saúde Ocupacional), como atividade permanente. Para a melhoria das condições de trabalho,
produtividade e vida dos trabalhadores deve haver necessariamente a boa vontade e
solidariedade entre os envolvidos e para o sucesso da implantação de medidas preventivas é
importante que todos acreditem nelas.
Desta forma, reitero que a efetiva comprovação da neutralização/eliminação do
agente nocivo à saúde do trabalhador, se dará através das fichas de controle de EPIs
personalizadas (onde estão anotados os Certificados de Aprovação - CA), certificados de
treinamentos, atuações do SESMT (Serviço Especializado em Segurança e Medicina do
Trabalho - quando houver), da CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidente-quando
houver), dos designados da empresa, e acima de tudo, comprometimento da direção da
empresa com os programas de segurança do trabalho.
64

7 SUGESTÃO PARA TRABALHOS FUTUROS

Recomenda-se a capacitação dos funcionários através de cursos, palestras e


reuniões, quando da admissão e periodicamente, para promover a reciclagem dos mesmos e
conscientizar quanto às recomendações de segurança, uso adequado dos EPIs, para torná-los
agentes de inspeção dos locais de trabalho, reduzindo danos materiais, humanos e
econômicos.
65

REFERÊNCIAS

ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT 5413 / 1992 –


Iluminância de Interiores – (Esta Norma substitui a NBR 5413/1982).

ACGIH – American Conference of Governamental Industrial Hygienists, Threshold


Limt Values, 1998.

ATLAS – MANUAIS DE LEGISLAÇÃO ATLAS. Segurança e medicina do Trabalho;


São Paulo – 65º EDIÇÃO Atlas 2015.

BARSANO, Paulo Roberto – BARBOSA, Rildo Pereira – Controle de Riscos – Prevenção


de Acidentes no Ambiente Ocupacional – Editora: Iátria – 1ª ed/2014.

COX, Joe. Introdução à Higiene do Trabalho. São Paulo: Fundacentro, 1981.

FREITAS, Carlos Machado de Souza Porto/Marcelo Fiapo de Machado, Jorge mesquita Huet
– Acidentes Industriais Ampliados – Editora Fiocruz – 2000 – RJ.

JAQUES, Sherique. Aprenda como fazer: Perfil Profissiográfico Previdenciário – PPP,


Riscos Ambientais do Trabalho – RAT/FAP, PPRA/NR-9, PPRA-DA (INSS), PPRA/NR-
32, PCMAT, PGR, LTCAT, laudos técnicos, Custeio da Aposentadoria Especial, GFIP –
7. Ed. e atual. – São Paulo : LTr, 2011.

- MTE – MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPRESA. SST – Secretaria de Segurança e


Saúde no Trabalho. Legislação de Segurança e Saúde no Trabalho. Brasília, 1999.

_____________. Norma Regulamentora 9. Programa de Prevenção de Riscos Ambientais.


Disponível em: http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nr/nr9.htm Acesso em: 6 jul.
2018.

OIU – ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO. Conferência Internacional


do Trabalho (70º reunião). Serviços de saúde dos trabalhadores. Informe IV(2). Genebra:
OIT, 1985.

OLIVEIRA, Luis de Oliveira; PIZA, Fábio de Toledo. Segurança e Saúde no Trabalho. –


São Caetano do Sul, SP: Difusora Editora, 2016.

SAAD, Irene e GIAMPAOLI, Eduardo. Programa de Prevenção de Riscos Ambientais –


PPRA NR-9 COMENTADA. São Paulo: ABHO, 2005.

SALIBA, Tuffi Messias; CORRÊA, Márcia Angelim C; AMARAL, Lênio Sérvio. Higiene
do Trabalho e Programa de Prevenção de Riscos Ambientais. – 3ª ed. – São Paulo : LTr,
2002.

SANTOS et al. Introdução à Higiene do Ocupacional. São Paulo (SP): Fundacentro, 2004.

SHERIQUE, Jaques. Aprenda como fazer: Programa de Prevenção de Riscos Ambientais


– PPRA, Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da
Construção – PCMAT, Mapas de Riscos Ambientais – MRA.- São Paulo : LTr, 2002.
66

SPINELLI, Robson; BREVIGLIERO, Ezio; POSSEBON , José. Higiene Ocupacional –


Agentes Biológicos, Químicos e Físicos. São Paulo: Editora SENAC São Paulo, 2011.

STELMAN, J.M.; DAUM, S.M. – Trabalho e saúde na indústria: riscos físicos e químicos
na prevenção de acidentes. São Paulo: EIPU/EDUSP, 1975.

TUFFI, Messias Saliba. Curso Básico de Segurança e Higiene Ocupacional. São Paulo:
LTR Editora Ltda., 2011.

VIEIRA, Sebastião Ivone. Manual de Saúde e Segurança do Trabalho. -2ª ed.- São Paulo:
LTr, 2008.
67

ANEXOS
68
ANEXO A – COMPROVANTE DE FORNECMENTO DE EPI/UNIFORMES/JALECOS
Nome da Empresa: Assessoria em Medicina e
COMPROVANTE DE FORNECIMENTO DE
INDÚSTRIA MADEIREIRA Segurança do Trabalho:
E.P.I./ UNIFORMES/ JALECOS

Nome: Setor: Função: MOTIVO DE DEVOLUÇÃO – M.D.

N° Cadastro Manequim: Calçado: Tamanho de luvas (1) Quebrou (10) Extraviou


LEGENDA
E.P.I.: Equipamento de
Data de Admissão Data de Demissão (2) Descolou (11) Terminou Proteção Individual
(3) Sujou (12) Quebrou
(4) Amassou (13) Molhou
CPF: RG: (5) Rasgou (14) Manchou M.D.: Motivo de Devolução
(6) Arrebentou (15) Descosturou C.A.: Certificado de Aprovação
(7) Endureceu (16) Mudança de Função (ou controle interno)
(8) Saturou (17) Desligado
(9) Furou (18) Outros
Empregado: Usuário das peças
Almoxarife: Fornecedor
DECLARAÇÃO DE RECEBIMENTO
Dos Equipamentos de Proteção Individual: Pelo presente declaro ter recebido os equipamentos de proteção individual (EPI), abaixo relacionados, de acordo com a necessidade de meu cargo/função, em
perfeito estado de conservação e funcionamento, devendo solicitar sua substituição sempre que os mesmos estiverem desgastados, danificados ou não preencherem as finalidades a que se destinam, ficando ciente
da obrigatoriedade de seu uso, exclusivamente no local e em função do trabalho, bem como da devolução do mesmo ao termino de contrato de trabalho, responsabilizando-me ainda, enquanto funcionário, pela
sua guarda e conservação, cabendo indenizar seu custo a empresa no caso de extravio ou danos provocados por utilização indevida. Declaro também, que na ocasião de entrega dos referidos equipamentos
relacionados, fui devidamente treinado e orientado pelo “SESMT” da empresa, quanto ao uso correto, recebendo ainda informações sobre sua conservação e higienização, conforme a NR 6, item 6.2, 6.4. 6.6. 6.7
e suas alíneas, atendendo ainda o disposto na NR-1, item 1.7. alíneas A,C (Títulos I e II), 1.8, alíneas A,B e D, subitem 1.8.1 da Portaria Ministerial nº 3.214 de 08/06/78, alterada com a portaria nº 06 de
09/03/83, fundamentada pela CLT, Lei nº 6.514, Cap. “V”, artigos 157 (Títulos I e II) e 158 (Títulos I e II, alíneas A e B) de 22/12/77.
O descumprimento dos termos aqui estabelecidos, importara em ato faltoso do empregado, com aplicação de penalidades, que a critério do empregador, poderão variar de advertência por escrito a rescisão do
contrato de trabalho, por justa causa, independentemente de outras medidas de ordem jurídica aplicáveis com base especialmente no Art. 158 da CLT e NR-1 da Portaria do MTE 3.214/78 (1.8 e 1.8.1).

OBS:

Data:

Ciente:
Assinatura do Empregado
Solicitamos observar com atenção as orientações e instruções dadas pela empresa, referente a correta utilização e finalidade dos EPI`s fornecidos.
69
Data da Nº CA Data da
Quant Unid Especificação do Material Almoxarife Empregado M.D.
Entrega Devolução
ou controle
70

ANEXO B – MODELO DE ORDEM DE SERVIÇO

INDÚSTRIA MADEIREIRA
Ilmo(a). Sr(a).

1. Todos os empregados, em todos os níveis e funções deverão cumprir


rigorosamente as instruções e regulamentos de segurança estabelecidos pela empresa.
2. Compete aos empregados comunicar imediatamente ao SESMT, à CIPA,
quando houver, e ao superior imediato, quaisquer situações de risco que possam comprometer
a segurança do trabalho e/ou a integridade física do funcionário.
3. O uso do EPI-Equipamento de Proteção Individual (óculos de segurança, luvas,
sapatos de segurança, etc...) é obrigatório (item 6.7 da NR-6 da Portaria MTb nº 3.214/78),
sendo de responsabilidade do encarregado do setor não permitir o início ou continuação do
trabalho sem que o empregado esteja usando o EPI adequado a sua proteção.
4. O EPI deverá ser utilizado apenas para o fim a que destina, cabendo ao
empregado indenizar seu custo a empresa no caso de extravio ou dano por utilização indevida.
5. A fiscalização do uso do EPI compete ao encarregado, que constatando sua não
utilização advertirá o infrator e fará comunicação ao SESMT, à CIPA, quando houver, e ao
superior imediato.
6. Os empregados deverão seguir as instruções de segurança emitidas pela
empresa, cabendo as chefias orientá-los permanentemente, durante o horário de serviço para
seu cumprimento, observando durante a jornada de trabalho, atos, ações e situações que
possam gerar acidentes.
7. Os empregados ficam cientes da obrigatoriedade de atender à convocação
emitida pela empresa fixando-lhes dia e hora para a realização de seu exame periódico anual
ou semestral, conforme o caso.
NOTA: O não cumprimento do aqui estabelecido implicará em ato faltoso do empregado com
a aplicação de penalidade, que a critério da empresa poderá variar de advertência por escrito à
rescisão do contrato de trabalho do empregado por justa causa, independentemente de outras
medidas de ordem jurídica, aplicáveis com base especialmente no Art. 158 da CLT e NR-1,
item 1.8 e 1.8.1, da Portaria TEM nº 3.214/78.

CIDADE, .........., de ........................... de .............. .

______________________________
Assinatura do funcionário
71

ANEXO C – MODELO DE ADVERTÊNCIA DISCIPLINAR

CARTA DE ADVERTÊNCIA DISCIPLINAR


Sr(a): ___________________________________________
Referente a: Advertência

Tendo em vista V. ter cometido o(s) ato(s) de indisciplina e infringido os


dispositivos legais da letra “h” do Artigo 482 da CLT - Consolidação das Leis do Trabalho e
a letra “b” do Artigo 158 da CLT- Consolidação das Leis do Trabalho, resolvemos aplicar-
lhe como medida disciplinar a presente CARTA DE ADVERTENCIA, com o intuito de
evitar a reincidência ou o cometido de outra(s) falta(s) de qualquer natureza prevista em lei
que nos obrigará a tomar outras medidas cabíveis de acordo com a legislação em vigor.

Descrição da Advertência:
Local e Data: , de de .
________________________
Assinatura do empregado
Testemunhas: __________________________________________________________

__________________________________________________________

Ciente do(a) Empregador(a):

Em: / / ___________________________________
Assinatura do(a) Empregador(a)

D
72

ANEXO D – ANÁLISE DO PPRA


ANÁLISE DO PPRA
1. IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA

Razão Social: INDÚSTRIA MADEIREIRA


Endereço:
Cidade: Anitápolis UF: SC
CNPJ:
Vigência do PPRA: 02 de Agosto de 2017 a 01 de Agosto de 2018
AVALIAÇÃO ANUAL DO PLANEJAMENTO DE AÇÕES SIM NAO
A empresa possui definidas as responsabilidades, autoridades do pessoal
X
envolvido com a organização do P P R A?
O P P R A possui um documento - base contendo todos os aspectos
X
estruturado constando do item 9.2.1 da NR 9?
Pela atividade econômica da empresa e números de funcionários deverá
X
existir CIPA:
A empresa implantou uma CIPA? Na
O documento base e suas modificações foram discutido com a CIPA? Na
O documento base possui uma cópia anexada ao livro de atas da CIPA
Na
quando essa existir?
O documento base está à disposição das autoridades competentes? X
O cronograma incorporado ao documento base indica claramente os
prazos para o desenvolvimento das etapas e cumprimento das metas do X
PPRA?
RECONHECIMENTO DOS RISCOS
Foi realizada a identificação de todos os riscos existentes? X
Foi determinada a possível fonte geradora dos riscos? X
Foi identificada a trajetória e os meios de propagação dos agentes no
X
ambiente de trabalho?
Foi determinado às funções e número de trabalhadores expostos ao risco? X
Foi identificado o tipo de exposição aos riscos? X
Foi relacionado o possível dano à saúde aos riscos identificados,
X
disponíveis em literatura técnica?
Foi feita a descrição das medidas de controle existente? X
Foi feita a descrição das medidas de controle Que deverão existir? X
AVALIAÇÃO QUANTITATIVA SIM NÃO
Foi detectada a necessidade ou não de avaliação quantitativa? X
Foi realizada a avaliação quantitativa dos riscos ambientais existentes na
empresa?
Físico Químico:
☒ Ruído ☐ Hidrocarbonetos
☐ Umidade ☐ Fumos metálicos
☐ Calor ☐ Aerodispersóides X
☐ Frio ☐ Poeiras minerais
☐ Radiações ionizantes ☐ Poeiras vegetais
☐ Radiações não ionizantes
☐ Vibrações
73

As avaliações quantitativas ultrapassaram os limites de tolerância


previstos na NR 15 ? X

NÍVEL DE AÇÃO
Estão sendo observados os níveis de ação? X
Quando o nível de ação é atingido existe o controle sistemático previsto
X
no item 9.3.6.2 da NR 9
No monitoramento existe a periodicidade do mesmo? X
Há registro do monitoramento? X
MEDIDAS DE CONTROLE SIM NÃO
Na adoção de medidas da proteção coletiva e individual foi obedecida a
hierarquia determinada no item 9.3.5.2 da NR9? X
Os funcionários foram treinados em relação às medidas de proteção
X
coletiva e ou individual adotada?
Existe registro deste treinamento? Foi obedecida a hierarquia constante no
X
item 9.3.5 da NR 9?
Na utilização do EPI, este foi selecionado adequadamente a função do
X
trabalhador estabelecendo o conforto do usuário?
Existem normas por escrito quanto ao fornecimento conservação,
X
higienização, manutenção e reposição do EPI?
Os critérios definidos foram relacionados às avaliações e aos dados do
X
PCMSO?
RESPONSABILIDADES
Há comprometimento por parte do empregador assegurando o
desenvolvimento de todas as medidas propostas no cronograma de ações X
do PPRA
Os funcionários conhecem o programa? X
Os trabalhadores seguem as orientações sobre segurança do trabalho
recebidas nos treinamentos?
Todos os trabalhadores têm acesso a esses registros? X
Houve melhorias na empresa em relação a saúde e segurança do trabalho
X
depois da elaboração do PPRA?
Obs: NA (não aplicável)
74

ANEXO E – REGISTRO DE TREINAMENTO

Empresa: INDÚSTRIA MADEIREIRA


DATA: Horário:
REGISTRO DE TREINAMENTO
Tema principal: segurança no trabalho, uso, conservação e troca dos EPIs.
Os empregados abaixo assinados, usuários de equipamentos de proteção individual: calçados
de segurança, luvas, na limpeza e outros serviços que machuquem as mãos, participaram do
treinamento periódico sobre:
-RISCO FÍSICO: Ruído, conhecendo os riscos; uso troca e conservação dos EPIs. Ruído da
empresa.
-RISCO QUÍMICO: Conhecendo O Risco químico, uso, troca e conservação dos EPIs.
-RISCOS DE ACIDENTE: conhecendo os riscos; uso troca e conservação dos EPIs, o uso
de calçados e luvas, cinto paraquedista (acima de 2 metros) e demais cuidados com segurança
e higiene.
-RISCO ERGONÔMICO: Posturas físicas de trabalho, o bom uso das cadeiras, a prática de
caminhadas e exercícios físicos, alongamentos e a prática de exercícios físicos em geral.
-USO DE ADVERTÊNCIA POR ESCRITO E DEMISSÃO POR JUSTA CAUSA APÓS
3 ADVERTÊNCIAS SEGUIDAS, VISANDO A SEGURANÇA DO EMPREGADO E
manutenção da EMPRESA dentro da qualidade total exigida pelas terceirizadas e o MTE.
NOME SETOR ASSINATURA

01

02

03

04

05

06

07

08

09

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