Seminario VI

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EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS:

AVALIAÇÃO, E INCLUÇÃO DIGITAL


Acadêmicos¹
Tutor Externo²

RESUMO

A Educação de jovens e adultos, sempre foi vista como um projeto para incluir indivíduos nas
estatísticas dos alfabetizados, que não cursaram o ensino regular no tempo próprio por
dificuldade de acesso. Priorizavam-se quantidades, desvalorizando qualidade do
desenvolvimento da aprendizagem nos sujeitos da EJA. Mas com o passar do tempo foram
atribuídas três funções a essa modalidade: reparadora, equalizadora e qualificadora, com o
intuito de substituir características direcionadas aos educandos, tais como: sujeitos
desprovidos de sabedoria e incapazes de subir degraus em busca do conhecimento e de uma
formação superior. A EJA proporciona aos jovens e adultos a oportunidade de reparar o
itinerário educacional, possibilitando o prosseguimento dos estudos, e a inserção no mundo
digital como instrumento que visa melhorar o processo de ensino e aprendizagem. O
educador deve avaliar o aluno desde o primeiro momento c om o objetivo de coletar
informações e promover aulas atrativas e eficazes evitando assim, a evasão escolar. Sabemos
que é um caminho árduo, mas utilizando as ferramentas cem retas e necessárias,
contextualizando os conteúdos c om o sujeito sociocultural e respeitando suas especificidades,
poderemos acreditar na tão sonhada educação para todos!

Palavras-chave: Educação, Adultos, Jovens, Inclusão digital, EJA

1. INTRODUÇÃO

O acesso à educação é fundamental para a atuação do indivíduo na sociedade de forma


consciente, inclusiva e democrática. Mesmo sendo assegurada pela nossa lei maior, a
Constituição Brasileira, muitos jovens e adultos são desprovidos deste direito, pois não tiveram
acesso ao ensino regular no tempo próprio. De acordo com a CONSTITUIÇÃO DA
REPUBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988, art. 205, “A educação, direito de todos e
dever do estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade,
visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua
qualificação para o trabalho”. A modalidade EJA integra a educação básica, é direcionada as
pessoas analfabetas ou fora da faixa etária correspondente ao ensino fundamental ou médio.
Esse sistema escolarizado oportuniza integração inclusiva desses indivíduos, mas a busca pela
educação depende de vários fatores, que já que a história da EJA é marcada por lutas,
resistências, preconceito e desmerecimento na sociedade. Refletindo sobre esta temática,
analisaremos no decorre deste artigo: as didáticas pedagógicas inclusivas; metodologia de
avaliação utilizadas durante todo processo dessa modalidade, a imensurável contribuição de
Paulo Freire na alfabetização de adultos; A inclusão digital para a ampliação do conhecimento.
Mesmo com tantos avanços, ainda compreendemos a necessidade de refletirmos sobre essa
modalidade, com o objetivo de analisarmos ações s políticas e pedagógicas que favorecem a
diminuição da erva são desse público.

1 Letícia Souza da Silva de Fáveri


2 Tutor Flex 6 (E–mail:[email protected])
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Pedagogia (FF06456) – Prática do Módulo VI – 18/09/2021
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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O educador brasileiro é responsável por uma pratica pedagógica libertadora, a qual foi
provedora da construção do saber, de uma forma mais acessível, especialmente no processo
de alfabetização o e na Educação o de Jovens e Adultos. Seu método estrutura vá -se em três
etapas: investigação, tematização e problematização. Acreditava no diálogo como um
instrumento facilitador da escolarização e prove dor da formação da consciência, contribuindo
na construção do Cidadão. Para aplicar a pedagogia de Paulo Freire é necessário conhecer a
realidade do educando, elaborar um planejamento adequado, respeitar a bagagem cultural do
indivíduo e promover uma educação autônoma e eficaz.
Avaliação é um instrumento que auxilia no processo de aprendizagem, é uma ferramenta
indispensável para o professor, pois permite que o mesmo acompanhe o desenvolvimento do
aluno fazendo as possíveis intervenções, c om o intuito de melhorar a qualidade e de ensino.
Essa prática permite a o Educador perceber as dificuldades de cada educando e assim a
aprimorar o planejamento o.
A necessidade de avaliação na EJA é constante, pois a metodologia de ensino é mais
Insira neste local sua citação direta curta devidamente citada com base no material utilizado.
resumida. É um processo contínuo e programado, realizado durante todo o acompanhamento do
aluno. O professor deve centrar sua atenção e m atividades diferenciadas e diversificadas,
quanto auxiliem no processo de ensino e aprendizagem dos alunos e por sua vez integremos
estudantes, que torta significativo os estudos ampliando a extensão de conteúdos a se
trabalharem com os alunos. Precisa ir de encontro as necessidades dos estudantes
adequando novas metodologias de ensino e fortalecendo a pratica de reinserção aos
estudos, tendo em mente que ao ensinar um adulto é diferente de ensinar uma criança,
pois esta não tem a noção de um mundo como os adultos e assim o discurso e a
intervenção constituem-se de maneiras diferentes.
Tais práticas pedagógicas da EJA precisam ser repensadas considerando se a vida
dos alunos adultos: conflitos, familiares, rotina de trabalho muitas vezes exaustiva ,
situação econômica, entre outros fatores, que podem tornar-se motivos de e vasão escolar,
isso por que a Lei de Di retrizes e Bases traz em seu artigo 37.

“A educação de jovens e adultos será destinada àqueles que não tiveram acesso ou
oportunidade de estudos no ensino fundamental e médio na idade própria”
(BRASIL,1996, p, 15)

Além de novos saberes e competências, a sociedade atual espera que a escola também
desenvolva sujeitos capazes de promover simultaneamente seu próprio aprendizado. Assim os
saberes e os processos de ensinar e aprender tradicionalmente desenvolvidos pela escola mostra-
se cada vez mais obsoletos e desinteressantes pelos alunos. O professor, então, vê-se desafiado a
ensinar de modo diferente do que lhe foi ensinado. (FIORENTININI et al, 2005, p,89)

Freire (1983, p. 111) leciona que o ensino dos jovens e adultos implica em um processo
contextualizado, onde não há uma memorização mecânica e visual de palavras, sentenças ou
silabas, o que implica numa postura sobre o contexto humano. Sendo assim, o papel do educador
é fundamental, sobretudo ao dialogar com o analfabeto em situações concretas, oferecendo
instrumentos que o alfabetize.
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Segundo Valente (1999) o mundo está em constantes avanços tecnológicos e as ferra


mentas digitais não podem ser vistas como uma tecnologia cotidiana sequer, e sim recursos que
oferecem transformação no campo social, uma vez que favorece subsídios na formação necessária
a o futuro profissional, preparando o aluno para os desafios da sociedade. Conforme Lion (1995), a
informática precisa ser entendida e encarada no espaço de ensino de jovens e adultos como uma
ferramenta de conhecimento, pela qual é possível modificar e transformar os indivíduos através do
processo de ensino, complementa Lion (1995). Nos ensinamentos de Moll (2004), é importante
considerar a especificidade e a diversidade cultural na educação de jovens e adultos, promovendo
um ensino renovado e transformador

No periódico publicado por Mendes (2009) o EJA, portanto, procura ultrapassar o


âmbito educacional das escolas regulares, possibilitando uma maior compreensão da vida
moderna e a realidade em que o aluno está inserido, objetivando o desenvolvimento e
criatividade, sensibilidade, autoestima e afetividade doa alunos através de uma formação
intelectual e critica dos diferentes campos do saber. Para isso, de acordo c om os
ensinamentos de Lima, Andrade e Damasceno (2008) uma educação em que se e m que se
extinguem as novas tecnologias, admite se assim que o ambiente de ensino se torne uma
monotonia, desprovido de estímulos.
Neste contexto, ressalta -se ainda a importância do processo de avaliação. A avaliação
de aprendizagem trata -se de um conjunto de elementos que visam orientar as interversões
pedagógicas necessárias na atuação do professor. Nesse sentido, ela não pode estar dissuadida de
seu cará ter continuo e sistemático durante todo o percurso de aprendizagem e não
simplesmente ao final das etapas do trabalho. É importante destacar que o momento da
avaliação de aprendizagem do aluno do EJA não deve ser concebido com o processo ac
abado, completo e sim como um ponto inicial de observação e avaliação da pratica
pedagógica, refletindo e retomando o planejamento e a forma mais adequa da de tornar
o processo de aprendizagem mais dinâmico , buscando ainda avaliar de outras formas os
educandos , de modo a perceber o desenvolvimento do aluno e seu avanço por meio de
outros recursos previstos nas práticas escolares, pois enquanto é avaliado em diversos
sentidos, os alunos expõem a capacidade de raciocínio. (BRASIL,1996).

3. MATERIAIS E MÉTODOS

Para realização da presente pesquisa, utilizou-se uma abordagem qualitativa, onde foi
analisado o vídeo “Qual é o papel da EJA no Brasil?” e reflexões sobre os dados publicados em
artigos relacionados a essa modalidade de ensino, além de explorar alguns livros, revistas e redes
eletrônicas que pudessem fomentar a construção desse artigo. O estudo foi embasado em
consultas bibliográficas, que permitiram uma reanalise do sistema de escolarização da
educação de jovens e adultos, revendo as ações pedagógicas necessárias para que o
sujeito EJA, possa ser inserido na sociedade, usufruindo das novas tecnologias e também
para obter qualificação necessária, para o mercado de trabalho.
O objetivo da presente pesquisa é de enfatizar que a educação para jovens e adultos, é
um direito assegurado por lei e não pode ser visto com a filantropia. Diante dessas constatações,
selecionei teóricos que fomentassem essa pesquisa e entre eles evidenciei Paulo Freire que
influenciou plausivelmente o aprendizado de jovens e adultos com sua metodologia libertadora.
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Figura 1: Paulo Freire, educador de adultos.

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Durante a construção deste artigo, pode-se constatar que a educação de jovens e adultos,
muitas vezes é vista pelo seu aluno, com o uma filantropia. E devido a esta visão distorcida, eles
não se permitem lutar por melhorias educacionais, que poderiam fazer toda a diferença durante
este processo. A EJA, além de ser assegurada pela constituição, também se constitui
enquanto um direito, através da L ei de diretrizes e bases da educação nacional em seu
artigo 37 “aqueles que não tiveram acesso ou continuidade de seus estudos nas modal
idades de ensino fundamental e médio na idade própria” (LDB/1996). A avaliação é um
instrumento primordial para investigar o contexto sociocultural do sujeito E JA, que norte ara o
planeja mento de forma especifica promovendo aulas atrativas, com objetivo de contribuir para
sua aprendizagem. Verificamos a avaliação como forte aliada durante todo o processo dessa
modalidade.
Assim pudemos observar que o papel do educador é a sua incursão docente nessa
modalidade se deu através da pratica, sem formação especifica, porém é evidente as mudanças
na atuação desse profissional. É necessário pleitear políticas que contemplam uma formação
adequada, para que a pratica promova uma educação de qualidade e possa transformar em
possibilidades em realidade.

5. CONCLUSÃO

Ao concluir a pesquisa, percebi a importância da EJA para jovens e adultos que por
motivos diversos não tiveram a oportunidade de estudar.
A inserção no mundo digital a través dessa modalidade de ensino, além de
melhorar a autoestima do sujeito, promove melhorias no processo de aprendizagem, que
permite aos alunos qualidade de vida e oportuniza a inclusão social de forma ativa,
onde o empoderamento do conhecimento torna – os cidadãos mais críticos, além de
adapta-se ao seu cotidiano corrido.
EJA além de abrir portas para a emancipação desses alunos, também prepara para a vida
em sociedade. Um dos fatores eficazes nesse processo de escolarização é a avaliação, pois
permite o acompanhamento na evolução da aprendizagem. O mercado de trabalho está cada diz
mais exigente e c om a EJA é a relação entre o educa dor e educando. A efetividade do docente
destinada ao seu alunado faz toda a diferença. Se o professor escuta, a colhe e faz a inserção
de t emas gera dores, construí dos por meio de uma avaliação diagnosticada que permite
transformar esses sujeitos em autores da sua própria história, terá êxito em seu propósito de
vida. Sabemos que o caminho é longo, mas que c om dedicação e apoio das políticas
públicas será possível ofertar um ensino de qualidade para esse público.
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REFERÊNCIAS

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 6023. Informação e documentação


– Referências – Elaboração. Rio de Janeiro, 2002.

CANAL FUTURA. Qual é o papel da EJA no Brasil? Disponível em:


https://www.youtube.com/watch? Acesso em 16 de setembro de 2021.

TEDESCO, 2004. O uso de recursos tecnológicos na educação de jovens e adultos. Brasil


Escola FIORENTINI, D. et a l. (Org.). Cultura, formação e desenvolvimento profissional de
professores que ensinam Matemática: investigando e teorizando a partir da prática. São Paulo:
Mus a Editora, Campinas: G EPF PM- PRAP EM- FE/ UN ICAMP, 2005.

FREIRE, Paulo. Educação como prática da liberdade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983

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