Saul Panibra 1
Saul Panibra 1
Saul Panibra 1
INSTITUTO DE FÍSICA
Rio de Janeiro
Outubro de 2015
P187e Panibra Churata, Saúl Josué.
Um Estudo da Teoria de Cordas e Supercordas / Saúl
Josué Panibra Churata.– Rio de Janeiro, 2015.
98f.
Orientador: Henrique Boschi Filho.
Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal do Rio de
Janeiro, Instituto de Fı́sica, Programa de Pós-graduação em Fı́sica,
2015.
1. Cordas bosônicas. 2. Quantização Covariante, Cone de
Luz e BRST . 3. Supersimetria 4. Formalismo RNS. 5. Formalismo
GS. I. Boschi Filho, Henrique, orient. II.Tı́tulo.
iii
Resumo
Um Estudo da Teoria de Cordas e Supercordas
Saúl Josué Panibra Churata
espaço-tempo, D = 26.
Também, revisamos a quantização BRST. Nesta nova abordagem é livre dos estados
fantasmas e também nos fornece a dimensionalidade crı́tica do espaço-tempo.
Abstract
A Study of the theory of Strings and Superstrings
Saúl josué Panibra Churata
In this work is made a study the string and superstring theory. We start considering
some basic aspects of classical string and subsequently aspects of quantization of the
string. We make a review of the covariant quantization, where the Lorentz invariance is
manifest. Consequently, states with negative norm (ghost states) are found. Subsequently,
we will quantize the classical string in the light-cone gauge. Here the Lorentz invariance
is not manifest, but is free from ghost states. This quantization also gives us the critical
dimensionality of spacetime D = 26.
We review the BRST quantization. This new approach is free from ghost states and
Therefore, in this formalism the covariant quantization is performed only on the world
sheet. Finally, we review the GS formalism. This formalism have supersymmetry in the
spacetime, exactly the opposite of what happens in the RNS formalism. The quantiza-
tion in the GS formalism is only possible in the light-cone gauge. Therefore, its Lorentz
vi
Agradecimentos
Agradeço a minha namorada por seu apoio incondicional, a meus amigos do Peru,
Colômbia e Brasil por ensinar-me, explicar-me, aconselhar-me e especialmente por todos
os bons momentos que passei com eles.
Quero agradecer a meu orientador Henrique pela paciência durante todo meu aprendi-
zado neste belo mundo da fı́sica. Agradeço ao Instituto de Fı́sica da UFRJ por receber-me
e dar todas as comodidades que eu poderia pedir. Quero agradecer a CAPES pelo finan-
Sumário
Sumário viii
1 Introdução 1
2 Cordas relativı́sticas 5
3 Quantização da corda 23
4 Teoria de Supercordas 48
4.1 Supersimetria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
4.2 Formulação das supercordas de Ramond-Neveu-Schwarz . . . . . . . . . . . 51
5 Conclusão 78
B Partı́cula Relativı́stica 84
C O operador de Virasoro L0 86
D Matrizes Gamma 88
Referências Bibliográficas 90
x
1
Capı́tulo 1
Introdução
jetos unidimensionais que vibram, chamadas cordas. Cada modo de vibração das cordas
representa um estado quântico da partı́cula fundamental (elétrons, fótons, grávitons, etc).
J ∼ m2 α 0 , (1.1)
A interações fortes tem uma mirı́ade de hádrons. Portanto, fazer uma teoria quântica
de campos de interações fortes exigiu a adição de mais campos. Além disso, os hádrons
encontrados tinham spin maiores que um. Não se sabia construir uma teoria quântica de
campos consistente para partı́culas massivas com spin maior que um. A matriz S surgiu
em 1943. Esta foi uma boa ferramenta para os modelos duais. A dualidade foi descoberta
experimentalmente em 1967 por Dolen, Horn e Schmid [1]. A partir desses resultados,
(para mais referências vide [2, 3]). Gabriele Veneziano ao estudar as interações fortes em
altas energias [4], postulou em 1968 uma amplitude de espalhamento.
Γ(−α(s))Γ(−α(t))
A(s, t) = , (1.2)
Γ(−α(s) − α(t))
onde Γ é a função Gama, α(s) = α(0) + α0 s e s, t, u são as variávies de Mandelstam,
Em seguida em torno de 1973 e 1974, foi proposta uma teoria de calibre não abeliana
com o grupo de simetria SU (3). Esta teoria é a Cromodinâmica Quântica (QCD). Esta
nova teoria explica bem as interações fortes a altas energias e foi consistente com os dados
experimentais. Então, os modelos duais sofreram uma queda, que felizmente, não durou
muito tempo.
Nos anos 70 observou-se uma mudança de ponto de vista da teoria de cordas. O
objetivo inicial foi descrever somente hadrons, mas mudou para descrever uma teoria
das partı́culas elementares [5, pág. 173–175]. Em 1974, J. Scherk e J.H. Schwarz [6],
descobriram que a teoria das cordas predizia uma partı́cula sem massa e de spin 2, que
pode estar associada com a gravitação. A teoria novamente chamou a atenção para ser
uma teoria da unificação.
A teoria das cordas foi criticada por algumas predições, como a apresentação de es-
tados com norma negativa (fantasmas) e apresentação de táquions (estados com massa
quadrática negativa). A solução destes problemas teve consequências que, em princı́pio,
pareciam piorar a teoria, mas posteriormente foram o ponto forte da teoria de cordas. Par-
ano de 1971). Eles realizaram uma supersimetria na folha de mundo (2D), que posteri-
ormente foi generalizada por Wess e Zumino ao espaço-tempo 4D, para mais referências
vide [9].
heterótica E8 × E8 (vide [12]). A teoria tipo I, e as duas teorias Heteróticas têm super-
simetria N = 1, as teorias tipo IIA e tipo IIB têm simetria N = 2. A teoria tipo I
não tem orientação enquanto as quatro teorias restantes têm orientação (diferenciam os
movimentos esquerdos e direitos). A teoria de cordas tipo IIA tem quiralidades opostas
e a tipo IIB têm a mesma quiralidade, as teorias heteróticas diferenciam-se pelos grupos
de simetria SO(32) e E8 × E8 . Mas a existência de cinco teorias de cordas é algo contra-
ditório se nós queremos só uma. Em torno de 1995 surgiram certas ideias que resolveram
ao menos em parte o problema. As cinco teorias de cordas estavam relacionadas por
uma rede de dualidades, as mais conhecidas são a dualidade T e a dualidade S. Neste
trabalho tratarei de explicar a formulação da teoria de cordas; desde cordas bosônicas até
supercordas.
2, começa-se estudando, o funcional da área em 3D, até sua generalização em mais di-
mensões. Estudamos a ação de Nambu-Goto, vemos suas simetrias e sua desvantagem ao
momento de resolver sua equação de movimento. Também estudaremos a ação de Polya-
segunda maneira de quantizar é no calibre de cone de luz. Notaremos que a sua principal
desvantagem é a perda da invariância manifesta de Lorentz, mas o cálculo da dimensão
Capı́tulo 2
Cordas relativı́sticas
resolúveis que servirão para construir uma teoria quântica. As referências desta parte
podem ser encontradas em [14–20].
A ação de uma corda relativı́stica deve ser o funcional do caminho da corda. A corda
gera uma superfı́cie que é chamada folha do mundo. As cordas abertas geram superfı́cies
abertas como bandas no espaço-tempo e uma corda fechada gera uma superfı́cie fechada
como um tubo no espaço-tempo.
uma corda nós chamamos de área própria da folha do mundo. A ação de uma corda
relativı́stica será proporcional a esta área, e é chamada ação de Nambu-Goto.
O restante desta seção é focada apenas em estudar superfı́cies no espaço. Uma linha
no espaço é parametrizada por um único parâmetro, mas no caso de uma área precisa-se
de dois parâmetros ξ 1 e ξ 2 . Tendo esta superfı́cie parametrizada, podemos desenhar sobre
~x(ξ 1 , ξ 2 ) = x1 (ξ 1 , ξ 2 ), x2 (ξ 1 , ξ 2 ), x3 (ξ 1 , ξ 2 ) .
(2.1)
[0, π]. Desejamos encontrar a área de um pequeno retângulo, da superfı́cie do espaço alvo.
Começa-se olhando um retângulo infinitesimal no espaço alvo parametrizado. Os lados do
2
retângulo são denotados por dξ 1 e dξ . Precisamos encontrar dA, que é a área diferencial
∂~x 1 ∂~x 2
d~v1 = dξ e d~v2 = dξ . (2.2)
∂ξ 1 ∂ξ 2
Nós conhecemos da geometria que a área é igual ao produto vetorial de dois vetores.
~×B
A ~ = |A||B| sin θ.
√
dA = |d~v1 ||d~v2 | 1 − cos2 θ,
p
= |d~v1 ||d~v2 | − |d~v1 ||d~v2 | cos2 θ,
p
= (d~v1 · d~v1 )(d~v2 · d~v2 ) − (d~v1 · d~v2 )2 . (2.4)
Z s
∂~x ∂~x ∂~x ∂~x ∂~x ∂~x 2
1 2
A= dξ dξ · · − · . (2.6)
∂ξ 1 ∂ξ 1 ∂ξ 2 ∂ξ 2 ∂ξ 1 ∂ξ 2
Temos que ter em conta que, até agora só tentamos o espaço em R3 .1
A invariância da área por reparametrização nos permite escrever a área de forma explı́cita.
A área de uma superfı́cie, ou melhor, a área de qualquer pedaço da superfı́cie, deve ser
independente da parametrização escolhida. Dizemos que a área é invariante por repara-
metrização.
Demonstração.
∂ ξ˜1 1 ∂ ξ˜2
dξ˜1 = dξ , ξ˜2 = 2 dξ 2 .
∂ξ 1 ∂ξ
Há uma forma mais efetiva para provar a invariância por reparametrização de modo
Nós encontramos a funcional de área para o espaço alvo (que é R3 ). Então podemos
fazer de forma análoga para procurar uma funcional de área para o espaço-tempo (ou
espaço de Minkowski)2 . Neste caso só fazemos uma mudança dos parâmetros ξ 1 e ξ 2 pelos
parâmetros novos σ e τ . Também mudamos as funções xµ (τ, σ) por uma letra maiúscula
X µ (τ, σ). Note-se que X µ é uma função chamada coordenada da corda, e não devem ser
confundidas com as coordenadas do espaço-tempo.
Temos agora um mapeamento do espaço dos parâmetros (τ, σ), para uma superfı́cie
no espaço-tempo; pelas funções X µ = X µ (τ, σ).
2
Espaço de Minkowski M0 = (R4 , η), é uma variedade de Lorentz de quatro dimensões e curvatura
zero, usado para descrever fenômenos fı́sicos no âmbito da teoria da relatividade especial de Einstein, a
métrica η tem assinatura (−, +, +, +).
9
Note que as dimensões da equação (2.9) são de área, L2 . Agora nós estamos procurando
uma ação análoga à ação de uma partı́cula relativı́stica. A ação procurada será então
encontrada usando análise dimensional3 ,
T τf
Z Z σ1 q
S=− dτ dσ (Ẋ · X 0 )2 − (Ẋ)2 (X 0 )2 . (2.10)
c τi 0
Aqui T é uma força que chamaremos tensão da corda. Também temos as abreviações,
∂X µ ∂X µ
Ẋ µ ≡ e X µ0 ≡ . (2.11)
∂τ ∂σ
∂X µ ∂X ν α β
− ds2 = ηµν dξ dξ . (2.12)
∂ξ α ∂ξ β
A métrica induzida é
∂X µ ∂X ν α β ∂X ∂X
γαβ = ηµν α β
dξ dξ = α · β dξ α dξ β , (2.13)
∂ξ ∂ξ ∂ξ ∂ξ
ou mais explicitamente,
(Ẋ)2 Ẋ · Ẋ
γαβ = . (2.14)
X 0 · X 0 (X 0 )2
Assim temos a ação de Nambu-Goto4 [21],
√
Z
T◦
S=− dτ dσ −γ, γ = det(γαβ ). (2.15)
c
Esta é a ação para uma corda que está evoluindo no espaço-tempo. O sinal negativo
é uma conveniência. A ação Nambu-Goto tem duas simetrias diferentes, uma global e a
2
3
A dimensão da ação é MTL , e a dimensão do parâmetro T é mesmo que uma força M L
T 2 . Mais adiante
nós adotamos as unidades naturais onde ~ = 1 e c = 1.
4
Esta ação foi primeiro escrita por Nambu (1970), depois por O. Hara (1971), T. Goto (1971), M.
Minami (1972) e J. Mansouri (1972).
10
uma transformação para cada ponto na folha do mundo e portanto é uma simetria local.
Esta ação é muito adequada por razões pedagógicas. Mas é difı́cil quantiza-la pelo fato
dela apresentar uma raiz quadrada.
Para achar as equações de movimento se faz o mesmo que em mecânica de uma partı́cula
clássica. Encontramos as equações de movimento pelo principio de Hamilton.
Temos a ação de Nambu-Goto,
τf
Z Z σ1
S= dτ dσL(Ẋ µ , X µ0 ), (2.16)
τi 0
onde L, é o Lagrangiano,
T◦
q
L=− (Ẋ · X 0 )2 − (Ẋ)2 (X 0 )2 . (2.17)
c
A partir daqui podemos analisar três termos da equação (2.18). O primeiro termo
desaparece porque no tempo inicial e no tempo final não há variação. Pode-se ver que
conservação da energia (com essas condições não se pode conservar a energia). Mas agora
são consideradas, pela introdução de alguns objetos chamados Dp-branas6 . Então as
cordas são vinculadas a esses objetos e, portanto, pode-se conservar a energia.
Uma corda ligada a um ponto fixo seria uma corda vinculada numa D0-brana. Uma
corda que pode-se mover em uma linha seria uma corda vinculada numa D1-Brana, e
assim por diante.
simples das equações de movimento, e portanto, mais fácil de resolver. Para obter mais
informações a esse respeito consulte o livro de B. Zwiebach [15, págs. 134–136] e o review
de J. Scherk [19]. Mas não vamos ir por este caminho. Na próxima seção, vamos ver
uma ação equivalente à ação de Nambu-Goto que nos permitirá ir mais longe no nosso
caminho para a quantização da corda.
6
As Dp-branas são uma classe especial de p-Branas, D refere-se a Dirichlet.
12
Em geral, podemos descrever objetos estendidos mais gerais. Por exemplo, um ponto
será um objeto 0-dimensional, a corda será um objeto 1-dimensional, a casca esférica será
um objeto 2-dimensional e assim por diante. A generalização da ação pode ser feita com
um volume invariável (n + 1)-dimensional do espaço-tempo que é gerado por um objeto
n-dimensional. Portanto, a constante (T ) que deixa adimensional a ação tem que ter
dimensão (massa)n+1 .
No entanto, estamos apenas tentando descrever os graus bosônicos de liberdade. A ge-
T
Z √
S=− dn+1 σ hhαβ (σ)gµν (X)∂α X µ ∂β X ν , (2.22)
2
eliminado. Mas h não pode ser eliminado simplesmente por reparametrização da world-
13
manifold. Porém, existe uma simetria local adicional que ocorre apenas no caso de objetos
1-dimensional (neste caso a corda), então devemos ter em conta esta simetria. A simetria
hαβ → Λ(σ)hαβ ,
pelo qual
√ 1 √
hhαβ → Λ 2 (n+1)−1 hhαβ .
Essa simetria deixa a ação (2.22) invariante para n = 1. A simetria de Weyl é central
para o desenvolvimento da teoria das cordas. Portanto, esta simetria é o que distingue
de acordo com o critério referido. Então podemos concluir que para n = 1 a teoria é
renormalizável e para n > 1 é não renormalizável. Portanto, podemos concluir que os
objetos de maior dimensionalidade não são uma boa maneira de desenvolver uma teoria
da gravidade quântica, para mais detalhes veja M. Grenn, J. Schwarz, E. Witten [20, pág.
60].
A partir de agora estudaremos apenas a corda livre (objeto 1-dimensional). Na ação
(2.22) fazemos a substituição n = 1, e teremos a ação para a corda bosônica livre. Li-
vre porque não inclui interações e bosônica porque os campos obedecem uma estatı́stica
bosônica. Esta nova ação chama-se de Polyakov8 [22].
T
Z √
S=− d2 σ hhαβ ∂α X µ ∂β X ν ηµν . (2.23)
2
Há três grupos de simetria para a ação de Polyakov.
7
A contagem de potência de um Lagrangiano diz se uma teoria é renormalizável ou não. Num espaço
de d dimensões, a dimensionalidade c do Lagrangiano obtém-se desta forma, dim[L] = L−c , se c ≥ d é
renormalizável e se c < d é não renormalizável.
8
Esta ação foi descoberta independentemente por Brink, Di Vecchia e Howe e por Deser e Zumino,
em 1981 e foi usada por Polyakov para a quantização da corda mediante integrais de caminho. Existem
pequenas diferenças na definição da ação de Polyakov no livro de M.B.Green,J.H.Schwarz,E.Witten e o
livro de K.Becker,M.Becker,J.H.Schwarz, aqui seguimos a definição do primeiro.
14
δX µ = aµν X ν + bµ , δhα,β = 0.
momento.
O tensor pode ser calculado como se segue,
2 1 δS
Tαβ = − √ , (2.24)
T h δhαβ
então temos que,
1
Tαβ = ∂α X µ ∂β Xµ − hαβ hρδ ∂ρ X µ ∂δ Xµ = 0. (2.25)
2
O tensor de energia-momento pode-se encontrar com δh = −hhαβ δhαβ (derivada de uma
matriz).
Em seguida, as equações do movimento correspondentes para X µ também são encon-
tradas. Esta é calculada da forma convencional (a partir da equação de Euler-Lagrange).
Então temos,
√
∂α ( hhαβ (σ)∂β Xµ (σ)) = 0. (2.26)
É muito conveniente usar todo o poder das simetrias de calibre. Podemos escolher coor-
denadas para simplificar nossa ação (2.23). Primeiro torna-se a métrica conformalmente
plana [23],
hαβ = e2φ ηαβ ,
onde φ = φ(σ, τ ), é uma função da folha de mundo. Agora utilizamos a simetria de Weyl
e fazemos φ = 0. Em seguida, conseguimos o que querı́amos,
Esta é uma métrica plana em duas dimensões com assinatura de Minkowski (−, +).
Então teremos para a métrica ηαβ 9 ,
−1 0
ηαβ = , (2.28)
0 1
onde η = det(ηαβ ) = −1.
A ação de Polyakov com a métrica plana é
Z
T
S=− d2 ση αβ ∂α X µ ∂β Xν . (2.29)
2
A equação de movimento associada a X µ é mais simples que (2.26). Portanto, a
T10 = T01 = Ẋ · X 0 = 0
1
T00 = T11 = (Ẋ 2 + X 02 ) = 0 (2.32)
2
9
Fazemos a distinção da métrica do espaço-tempo η µν com a métrica da folha de mundo η αβ da
seguinte forma: as primeiras letras do alfabeto grego αβ refere-se para a métrica da folha de mundo e µν
são utilizadas para a métrica do espaço-tempo.
16
Pode-se mudar para outro sistema de coordenadas que nos ajudará a resolver melhor os
problemas discutidos mais adiante. Estas são conhecidas como coordenadas do cone de
luz. Estas novas coordenadas facilitam nosso desenvolvimento no momento de quantizar
a teoria. Mas também tem uma grande desvantagem. Nestas coordenadas a invariância
x+ + x− x+ − x−
x0 = √ , e x1 = √ . (2.33)
2 2
σ+ = τ + σ e σ − = τ − σ, (2.37)
10
Notamos que nós tomamos somente a coordenada temporal x0 e uma das coordenadas espaciais neste
caso x1 , as outras coordenadas permanecem inalteradas.
17
∂+ ∂− X µ = 0. (2.42)
1 1 i X 1 µ −2in(τ +σ)
XLµ (τ + σ) = xµ + `2s pµ (τ + σ) + `s α e , (2.44)
2 2 2 n6=0 n n
1 1 i X 1 µ −2in(τ −σ)
XRµ (τ − σ) = xµ + `2s p̄µ (τ − σ) + `s ᾱ e , (2.45)
2 2 2 n6=0 n n
18
onde αnµ e ᾱnµ são os modos de Fourier. Também, xµ é a posição do centro de massa, pµ é
o momento total da corda e `s é o comprimento da corda. Estas soluções são mostradas
(αkµ )∗ = α−k
µ µ
e (ᾱnµ )∗ = ᾱ−n . (2.47)
Agora impomos condições na fronteira. Já que temos duas classes diferentes de cordas
Agora vamos aplicar as condições na fronteira. Começamos com cordas abertas com
X 0µ (τ, σ)|σ=0,π = 0.
∂XRµ 1 X
= − `2s p̄µ − `s αnµ e−2in(τ −σ) . (2.49)
∂σ 2 n6=0
onde se,
11
Há uma variedade de livros que mostram as soluções da equação de onda de corda com algumas
diferenças menores, mas elas não são transcendentais. O livro de B. Zwiebach [15, págs. 183–186] mostra
em detalhes a solução da equação de onda.
19
onde α0µ = `s µ
2
p . Portanto, temos que.
Z π Z π
µ 1 X
pCM = 2T dσ Ẋ µ = dσ2`s αnµ e−2inτ cos 2nσ
0 2π`2s 0 n∈Z
1
= 2 2 2`s α0µ π
2`s π
= pµ , (2.54)
1
aqui T = 2π`2s
, é a tensão12 da corda. Assim notamos que a posição (2.52) e momento
(2.54) são do centro de massa da corda.
Porém, também pode-se impor condições de contorno de Dirichlet. Os extremos da
As cordas fechadas geram tubos no espaço-tempo. Elas não tem extremos. Portanto, as
condições na fronteira são periódicas,
parâmetro de declive esta relacionado com o comprimento da corda `s como segue α0 = `2s , vide o livro
de B.Zwiebach [15, págs. 168 – 170].
13
Aqui não estudamos as Branas, as Branas são estudadas no livro de J.Polchinski String Theory Vol
II.
20
Define-se,
1 1
α0µ = `s pµ e ᾱ0µ = `s p̄µ . (2.58)
2 2
Então as derivadas de (2.56) e (2.57) podem-se escrever,
X
∂+ XLµ = `s αnµ e−2in(τ +σ) e (2.59)
n∈Z
X
∂− XRµ = `s ᾱnµ e−2in(τ −σ) , (2.60)
n∈Z
onde ∂± → ∂
∂σ ±
e σ ± = τ ± σ. A condição de periodicidade impõe pµ = p̄µ .
A posição do centro de masa é
Z 2π
µ 1
XCM = dσX µ (τ, σ) = xµ + `2s pµ τ, (2.61)
π 0
muitas formas.
21
então temos
∞ ∞
µν µ ν
X
ν µ 1 µ ν ν µ
X 1 µ ν ν
J =x p −x p −i (α−n αn − α−n αn ) − i (ᾱ−n ᾱn − ᾱ−n ᾱnµ ). (2.64)
n=1
n n=1
n
A partir daqui vemos que o momento angular da corda tem contribuições de movimento
do centro de masa e das vibrações da corda.
1X
Lm = αm−n · αn , (2.68)
2 n∈Z
1X
L̄m = ᾱm−n · ᾱn . (2.69)
2 n∈Z
Com as condições de realidade fı́sica L∗m = L−m e L̄∗m = L̄m . Portanto, o Hamiltoniano
pode-se expressar da seguinte forma,
H = L0 + L̄0 . (2.70)
22
1X
Lm = αm−n · αn . (2.72)
2 n∈Z
Para cordas abertas Lm = L̄m . Portanto L̄m esta ausente para cordas abertas. Os
vı́nculos de Virasoro L0 são importantes porque eles incluem uma quantidade muito im-
portante. O quadrado do quadrimomento (ou momento no espaço-tempo) pµ . Mas, o
pµ pµ = −M 2 . (2.77)
Assim os vı́nculos L0 e L̄0 , dizem que a massa efetiva de uma corda em termos de
modos de oscilação é,
4 X 4 X
M2 = α n · α −n = ᾱn · ᾱ−n . (2.78)
α0 n>0 α0 n>0
Capı́tulo 3
Quantização da corda
Até agora nós tratamos as cordas de uma forma clássica. Agora precisamos quantizar
a teoria. Neste capı́tulo tentamos três abordagens para quantizar as cordas. Primeiro
vamos fazer a quantização covariante. Nesta quantização se utiliza o calibre de Lorentz,
o método de quantização é análogo à quantização de Gupta Bleuer para QED. Depois
que o espaço-tempo tem dimensão crı́tica D = 26. Para a corda bosônica também são
encontrados estados com norma negativa, normalmente conhecidos como fantasmas. Esses
fantasmas surgem na quantização covariante. A fixação de um calibre ajuda a eliminar
elimine essas incoerências não fı́sicas. Uma teoria para eliminar essas incoerências, é a
incorporação da Supersimetria (SUSY) na teoria das cordas, como veremos no capı́tulo 4.
1
Tenha em mente que estes estados fantasma são diferentes dos campos fantasma da quantização
BRST. A quantização covariante da QED também apresenta este tipo de problema. Os estados com
norma negativa são eliminados com o método de quantização de Gupta-Bleuler.
24
Vamos a quantizar D campos X µ que são governados pela ação de Polyakov (2.29) (vide
Ẋ · X 0 = Ẋ 2 + X 02 = 0. (3.1)
As coordenadas da corda X µ (τ, σ), são promovidas para operadores. Portanto, preci-
samos o momento conjugado Pτµ . Da dinâmica Lagrangiana temos
∂L
Pτ µ = . (3.2)
∂(∂τ X µ )
Da ação,
Z
T
S= d2 σ ∂τ X µ ∂τ Xµ − ∂σ X µ ∂σ Xµ , (3.3)
2
temos a Lagrangiana,
T
L= ∂τ X µ ∂τ Xµ − ∂σ X µ ∂σ Xµ . (3.4)
2
∂L
Pτ µ (τ, σ) = = T ∂τ Xµ . (3.5)
∂(∂τ X µ )
As relações de comutação são tomadas num mesmo tempo. As posições espaciais são
[xµ , pν ] = iη µν , (3.9)
µ
[αm , αnν ] = mη µν δm+n , (3.10)
µ
[ᾱm , ᾱnν ] = mη µν δm+n , (3.11)
µ
[αm , ᾱnν ] = 0, (3.12)
onde,
0 se m + n 6= 0
δm+n =
1 se m + n = 0
Definimos agora
1 µ 1 µ
aµν = √ αm , aµ†
m = √ α−m ∀m > 0. (3.13)
m m
As relações de comutação (3.10) e (3.11) com esta nova definição são:
[aµm , aν† µ ν† µν
n ] = [ām , ān ] = η δm,n ∀m, n > 0. (3.14)
Note-se que isto vale para cordas fechadas. Portanto, para cordas abertas, temos só a
relação de comutação,
µ
[αm , αnν ] = mη µν δm+n,0 . (3.15)
µ µ
Os operadores αm e ᾱm , são semelhantes aos operadores de criação e destruição do
µ µ
oscilador harmônico da mecânica quântica. Aqui o operador αm (ou ᾱm ) para m < 0, são
µ µ
αm |0i = ᾱm |0i = 0, m > 0. (3.16)
É importante distinguir o estado de vácuo de uma teoria quântica dos campos (TQC)
e o estado de vácuo de uma corda. O estado de vácuo no TQC é um vácuo do espaço-
tempo, enquanto que, um vácuo de uma corda está relacionado ao estado fundamental de
Podemos agora construir o espaço de Fock com ajuda dos operadores de criação (os
µ µ
modos vibracionais da corda). Os operadores de criação αm ou ᾱm com m < 0 atuam
no vácuo |0; pµ i e desta forma você pode criar novos estados. Qualquer estado pode ser
definido como segue,
Cada estado que pertence ao espaço de Fock trata-se de um diferente estado excitado
da corda. Cada um destes estados tem uma interpretação no espaço-tempo. Estes estados
do espaço de Fock representam uma partı́cula no espaço-tempo.
Aqui há um problema. Nós construı́mos um espaço de Fock com estados que tem
norma negativa. Isto pode ser analisado a partir dos comutadores (3.14) e (3.15). O
comutador das componentes temporais tem sinal negativo. Assim,
0 0
[αm , α−m ] = −m, [a0m , a0†
m ] = −1. (3.19)
Este resultado tem como consequência a existência de estados com norma negativa.
Daqui e com a relação de comutação (3.19), temos o estado a0†
m |0i com norma
Nós pomos nossa atenção por um momento aqui. Em uma teoria da natureza é es-
sencial que os estados fı́sicos tenha normas positivas para não violar princı́pios de unita-
riedade e causalidade. Porem, há formas para eliminar esses estados com norma negativa
Em termos dos modos de Fourier, o vı́nculo clássico pode ser escrito como, Lm = L̄m = 0.
Onde,
1X
Lm = αm−n · αn , (3.24)
2 n
Nós não imporemos todas essas equações para os operadores no espaço de Hilbert. Na
verdade, só podemos exigir que os operadores Lm e L̃m eliminem os elementos de matriz
entre dois estados fı́sicos |φi e |φ0 i.
Até agora não foi explicado como impor os vı́nculos para L0 e L̄0 . O problema é que,
ao contrário dos operadores Lm com m 6= 0, o operador L0 não é unicamente definido
28
quando passamos à teoria quântica. Há uma ambiguidade na ordem entre os operado-
res causada pelas relações de comutação (3.11). Para resolver essa ambiguidade, vamos
escolher apenas uma opção de ordenamento. Vamos definir os operadores para ter orde-
namento normal.
O ordenamento normal é denotado por : : , esto denota que todos os operadores de
1X
Lm = : αm−n · αn : . (3.28)
2 n
[αm−n , αn ] = 0. (3.29)
quadrado para a corda. Os operadores L0 e L̃0 são importantes porque estão relacionados
com o momento ao quadrado pµ pµ = p2 . Os modos α0 e α̃0 estão relacionados ao momento
desta forma α0µ = α̃0µ = α0 /2pµ . Usando a condição de camada de massa pµ pµ = −M 2 ,
p
Daqui vemos que constante a tem um efeito fı́sico para alterar o espectro de massa da
corda. A condição de não existência de fantasmas em uma teoria da natureza, faz que a
págs. 81–86]. Nós teremos que calcular o número de campos escalares (dimensão crı́tica)
e a constante a através do formalismo da quantização do cone de luz na seção § 3.2.
O operador de Virasoro L0 é
∞
1 X
L0 = α02 + α−n · αn , (3.33)
2 n=1
Daqui podemos chegar a uma forma interessante (para mais detalhes vide o apêndice
C),
∞ ∞ ∞
1 X 1 X DX
α−n · αn = α0 · α0 + α−n · αn + n. (3.36)
2 n=−∞ 2 n=1
2 n=1
Isso é o que procuramos. Da equação (3.36), nós olhamos o último termo da equação.
Esta série diverge. Mas na história da fı́sica já se teve problemas parecidos. Por exemplo,
Pode-se ainda aproveitar as simetrias que tem a corda bosônica. Há uma simetria residual
da corda (para mais detalhes vide [14, págs. 40–41]), que será útil para escolher o calibre
30
do cone de luz. Quando se faz esta escolha é possı́vel construir um espaço de Fock livre de
fantasmas (estados como norma negativa). Mas a consequência desta escolha é a perda da
1
X ± = √ (X 0 ± X D−1 ). (3.37)
2
X
v · w = −v + w− − v − w+ + v i wi . (3.38)
i
Uma vez que as coordenadas são tratadas diferentemente umas das outras, a in-
variância de Lorentz já não é manifesta. A solução da equação de movimento em co-
Agora, vamos escolher o calibre. Há liberdade de escolha de calibre pela invariância
por reparametrização. Então fazendo a seguinte escolha,
1 1 1 1
XL+ = x+ + α0 p+ σ + e XR+ = x+ + α0 p+ σ − . (3.41)
2 2 2 2
X + = x+ + α0 p+ τ, (3.42)
este é o calibre do cone de luz. Aqui é feita a escolha αn+ = 0 para n 6= 0. Quando fazemos
esta escolha não covariante podem aparecer anomalias quânticas. No calibre de cone de
(Ẋ ± X −0 )2 = 0, (3.43)
1
Ẋ − ± X −0 = (Ẋ i ± X i0 )2 . (3.44)
2α0 p+
∂+ ∂− X − = 0. (3.45)
fixados pelos vı́nculos (3.48) e (3.49). Os modos de oscilação para αn− são,
r ∞ D−2
− 1 1 X X i
αn = α αi . (3.52)
2α0 p+ m=−∞ i=1 n−m m
Vı́nculos
Há um problema quando vamos para a teoria quântica. Temos o problema de ambiguidade
de ordem na condição de camada de massa (3.55). O mesmo problema que na quantização
covariante. Então, temos a constante adicional a pela ambiguidade de ordem. Portanto
Esta equação pode ser expressa com os operadores número da seguinte forma,
D−2
XX D−2
XX
i
N= α−n αni e N̄ = i
ᾱ−n ᾱni . (3.57)
i=1 n>0 i=1 n>0
4 4
M2 = 0
(N − a) = 0 (N̄ − a). (3.58)
α α
33
Agora da condição da camada de massa (3.55), um resultado direito para uma teoria
quântica é,
1X i i 1X i i 1X i i
α−n αn = α−n αn + α α . (3.59)
2 n6=0 2 n<0 2 n>0 −n n
Note que não tomamos a ambiguidade de ordem para chegar a esta forma.
Daqui os operadores de aniquilação αni com n > 0 são colocados no lado direito.
Estamos fazendo um ordenamento dos operadores, tal que,
1X i i 1X i i X
i D−2X
[α−n αn − n(D − 2)] + α−n αn = α−n αni + n. (3.60)
2 n<0 2 n>0 n>0
2 n>0
Note que o último termo diverge. Podemos dar uma interpretação fı́sica como a
soma da energia no ponto zero de infinitos osciladores. A forma de resolver isto pode-se
O último termo da equação (3.60) é uma série muito peculiar. Esta série diverge. Para
dar um sentido fı́sico a esta série usamos a regularização pelo método de corte,2 onde será
encontrado que,
∞
X 1
n→− . (3.61)
n=1
12
Esta série não é estranha na fı́sica. A série se apresenta em diferentes situações, por
exemplo, ao tratar a energia do vácuo do efeito Casimir. A série (3.61), não converge.
Porém, esta série pode ter um valor muito peculiar fazendo a regularização adequada.
1 1
Este valor é − 12 . Há algumas formas de encontrar o resultado − 12 . Nesta seção para
encontrar este número nós usamos a regularização pelo método do corte.
Então o que fazemos é substituir a soma (3.61) por outra soma que é regularizada
P∞ + α0 l)1/2 P∞ + α0 l)1/2
Se A = n=1 ne−n(π/2p , e M = − n=1 e−n(π/2p , agora diferenciando M
com respeito de temos,
∞
dM + 0 1/2
X + 0 1/2
= (π/2p α l) ne−n(π/2p α l) ,
d n=1
dM
= (π/2p+ α0 l)1/2 A.
d
∞
1 d X −n(π/2p+ α0 l)1/2
A=− e . (3.62)
(π/2p+ α0 l)1/2 d n=1
P∞ + α0 l)1/2
Vamos, agora, nós concentrar no termo n=1 e−n(π/2p da equação (3.62). Fa-
zemos uma mudança de variável, desta forma,
∞ ∞
−n(π/2p+ α0 l)1/2
X X
e → e−nλ .
n=1 n=1
1 − rn
S n = a1 · , |r| < 1.
1−r
Esta soma só converge se e só se λ > 0. Nós precisamos da soma no infinito, então o termo
Definição 3.1. O polinômios de Bernoulli Bk (x) são definidos pela função geradora:
text X tk
= Bk (x) . (3.64)
et − 1 k∈N k!
et X tk−1
= Bk (1) .
et − 1 k∈N k!
1 d X tk−1
A= Bk (1)
(π/2p+ α0 l)1/2 d k∈N k!
d X Bk (1) tk−1
=−
t d k∈N k! k!
X Bk (1) d k−1
=− t
t k∈N k! d
X Bk (1)
= (1 − k)tk−2 (3.65)
k∈N
k!
B2
A = B0 (1)t2 + B1 (1) − + O()
2!
1 1
= 2
− + O()
t 12
2p+ α0 l 1
= 2 − + O() (3.66)
π 12
36
O primeiro termo diverge quando → 0, este termo tem que ser subtraı́do. Depois da
renormalização temos,
∞
X 1
n→− (3.67)
n=1
12
Existe uma função que pode ajudar-nos a encontrar um valor desta serie infinita. A função
zeta de Riemann é definida como:
∞
X 1
ζ(s) = R(s) > 1, (3.68)
n=1
ns
onde s é um número complexo e R denota só a parte real. Assim, está serie só converge
para R(s) > 1 e nós podemos definir uma função analı́tica nesta região.
Fazendo a continuação analı́tica nós chegamos a uma forma diferente para a função
Zeta3 , que é válida para R(s) < 0.
s 1 − s
Γ π −s/2 ζ(s) = Γ π −(1−s)/2 ζ(1 − s), (3.69)
2 2
π2
sabemos que Γ(1) = 1, Γ(− 21 ) = −2π 1/2 e ζ(2) = 6
. Então a função zeta de Riemann
para o valor s = −1 é,
1
ζ(−1) = − . (3.70)
12
Portanto, encontramos o valor da série que aparece no último termo das equações
(3.36) e (3.60).
Agora vamos substituir este resultado na equação (3.36) que está relacionada com L0 .
Então temos,
4 4
M2 = 0
(N − a) = 0 (Ñ − a). (3.71)
α α
De fato, agora nós podemos encontrar os comutadores dos operadores de Virasoro.
para eliminar os estados como norma negativa nós precisamos algumas condições. Destas
condições surgem as dimensões extras na teoria de cordas.
Portanto, para eliminar estes estados com norma negativa nós precisamos que
a = 1, D = 26.
4 4 X D−2X
M2 = (N − a) = ( Ñ − a) ≡ α i
α
−n n
i
+ n. (3.73)
α0 α0 n>0
2 n>0
1
P
Daqui nós fazemos com ajuda da série n>0 n → − 12
D−2X
−a = n
2 n>0
D−2 1
=−
2 12
D−2
=− ,
24
pµ pµ + m2 = 0, (3.74)
Então, da relação,
(L0 − a) |φi = 0, (3.76)
1 2
α = α0 M 2 , (3.79)
2 0
onde α0 = 1
2πT
. Portanto, a condição de camada de massa para cordas bosônicas abertas
é,
α0 M 2 = (N − a), (3.80)
ou também !
D−2
α0 M 2 = N− . (3.81)
24
Daqui, para ter a = 1, se precisa ter D = 26.
Para cordas fechadas pode-se fazer um cálculo similar. Então temos,
∞ ∞
1 0 2 X X
αM = α−n · αn − a = ᾱ−n · ᾱn − a = N − a = N̄ − a (3.82)
4 n=1 n=1
Então agora para cordas abertas aplicamos o operador de massa α0 M 2 ao estado base,
α0 M 2 = −1 (3.84)
Os estados com massa negativa são chamados táquions. São estados não fı́sicos, porque os
táquions viajam mais rápido que a luz. Porém, os táquions não podem ser removidos da
teoria por razões de consistência. Quando nós implementamos a supersimetria na teoria
de cordas nós poderemos nós livrar dos táquions. Em consequência também teremos uma
teoria mais em acordo com a realidade, porque também teremos férmions junto com os
bósons.
39
i
Agora para N = 1, há um bóson vetorial α−1 |0; ki, estes estados não tem massa,
α0 M 2 = 0. Nós vemos que há 24 estados, a importância destes estados está em que eles
(3.82). O estado fundamental |0; ki é outra vez um táquion, com massa α0 M 2 = −4.
j
Para N = 1 há 576 estados e o estado tem a forma de |Ωij i = α−1
i
ᾱ−1 |0; ki. Este
estado corresponde ao produto tensorial de dois vetores sim massa. A parte simétrica
e sem traço do tensor |Ωij i, transforma pelo grupo SO(24) como uma partı́cula de spin
Nesta parte vamos estudar a teoria de campo conforme em duas dimensões ( para mais
referências vide [33]). A evolução temporal da corda gera uma superfı́cie bidimensional
Vamos trabalhar com uma métrica Euclidiana no espaço plano. Lembrando as trans-
formações conformes da teoria de variáveis complexas, uma transformação conforme é
uma aplicação de uma região do plano complexo para outra região nova. A transformação
∂x0ρ ∂x0σ
gρσ 0 (x0 ) = Λ(x)gµν (x). (3.85)
∂xµ ∂xν
2
Λ(x) = 1 + (∂ · ) + O(2 ). (3.89)
d
∂0 0 = ∂1 1 , ∂0 1 = −∂1 0 . (3.90)
1
z = x0 + ix1 = 0 + i1 ∂z = (∂0 − i∂1 ), (3.91)
2
1
z̄ = x0 − ix1 ¯ = 0 − i1 ∂z̄ = (∂0 + i∂1 ). (3.92)
2
41
Uma função holomorfa f (z) = z + (z) dá origem a uma transformação conforme
z → f (z). Então o intervalo sob uma transformação conforme é como segue
∂f ∂f
ds2 = dzdz̄ → dzdz̄. (3.93)
∂z ∂ z̄
X X
z0 = z + n (−z n+1 ) e z̄ 0 = z̄ + ¯n (−z̄ n+1 ). (3.95)
n∈Z n∈Z
c
[Lm , Ln ] = (m − n)Lm+n + (m3 − m)δm+n,0 . (3.98)
12
Também, podemos fazer o mesma mudança para ¯ln → L̄n . Enfim, a extensão central
da álgebra de Witt é chamada álgebra de Virasoro e c é uma constante chamada carga
central.
42
Uma teoria de campos conforme é uma teoria de campos quânticos que é invariante pelas
Agora nós aplicamos a teoria de campo conforme às cordas. Então fazemos uma
mudança das coordenadas do cone de luz em coordenadas Euclideanas. Para fazer isso
precisamos da rotação de Wick, onde se faz uma transformação na coordenada temporal
z = τ + iσ e z̄ = τ − iσ. (3.99)
Agora temos que transformar a ação usando as transformações (3.99). Então, trocamos
as coordenadas da seguinte forma,
z + z̄ z − z̄
τ= e σ= . (3.101)
2 2i
∂ 1 ∂ ∂
∂= = ( −i ) e (3.102)
∂z 2 ∂τ ∂σ
∂ 1 ∂ ∂
∂¯ = = ( + i ). (3.103)
∂ z̄ 2 ∂τ ∂σ
Então a ação de Polyakov em coordenadas complexas é,
Z
1 ¯ µ.
S= d2 z∂X µ ∂X (3.104)
2πα0
43
A nova ação de Polyakov é muito mais simples e podemos achar as equações de movi-
mento clássicas da mesma forma que fizemos antes. Exigimos que a variação da ação seja
¯ µ (z, z̄) = 0.
∂ ∂X (3.106)
Como já vimos antes, os métodos para quantizar as cordas tem ventagens e desvanta-
Este método se chama quantização BRST (onde o BRST refere-se a Becchi, Rouet,
Stora e Tyutin [27, 28]). A quantização BRST tem a invariância de Lorentz manifesta,
mas também apresenta estados fantasmas. Os estados fantasma são fáceis de separar dos
estados fı́sicos. Este método quantiza uma teoria de campos com uma simetria de calibre.
Consideramos uma teoria de campos φ que tem uma simetria de calibre. As trans-
formações de calibre satisfazem à álgebra,
Estos campos são fermiônicos. Agora, podemos construir dois operadores com ajuda
do campo Ki e dos campos fantasma bi e cj . O primeiro operador BRST é,
1
Q = ci Ki − fij k ci cj bk . (3.109)
2
U = c i bi . (3.110)
os estados |ψi com número fantasma 0. Então, se o número fantasma é 0, temos que,
U |ψi = 0. (3.113)
A importância dos estados |ψi com número fantasma zero é o seguinte. Observando
Ki |ψi = 0.
Daqui pode-se dizer que um estado com número fantasma zero é invariante BRST e
também é invariante pela simetria descrita pelos geradores Ki . Além disso, se um estado
|ψi tem número fantasma igual a zero, então se diz que o estado |ψi não é um estado
Aqui consideramos a quantização BRST através das transformações BRST que é derivado
a partir do abordagem de caminho integral. Para mais detalhe pode-se ver [18, 20, 29].
δX µ = i(c+ ∂+ + c− ∂− )X µ
A ação que contem os campos fantasma em coordenadas do cone de luz pode ser
escritas como,
Z
1
Sf = d2 (b++ ∂− c+ + b−− ∂+ c− ). (3.116)
π
Esta ação tem uma simetria pelas transformações BRST.
f
Agora, o tensor energia-momento fantasma T±± , em componentes é dada por,
1
[Lfm , Lfn ] = (m − n)Lfm+n + (m − 13m3 )δm+n,0 . (3.126)
6
Lm = LX f
m + Lm − aδm,0 , (3.127)
a constante a do último termo do lado direito aparece por ordenamento normal para
m = 0.
Capı́tulo 4
Teoria de Supercordas
As cordas bosônicas foram estudadas nos capı́tulos anteriores. O espectro das cordas
fechadas apresenta um táquion. Os táquions são não fı́sicos, eles representam uma insta-
teoria de acordo com a natureza se precisa de férmions. Uma forma de incluir os férmions
é através da supersimetria. A supersimetria relaciona férmions com bósons (bósons com
férmions). A teoria de cordas com supersimetria chama-se teoria de supercordas. Existem
1
Nathan Berkovits propôs um novo formalismo em 1999, o novo formalismo é chamado Espinores
Puros.
49
4.1 Supersimetria
O modelo mais simples que é conhecido, é o modelo de Wess-Zumino [30]. Este modelo
é simples, mas serve para entender a supersimetria na fı́sica. O primeiro modelo super-
simétrico que é compatı́vel com o modelo padrão foi enunciado por Howard Georgi e Savas
Dimopoulos em 1981, e é chamado Modelo Padrão Supersimétrico Mı́nimo (MSSM) [31].
Em seguida nós desenvolveremos uma supersimetria para cordas. A ação para a corda
bosônica está relacionada a uma teoria de campos em duas dimensões, formulada num
espaço bidimensional (a folha de mundo). Uma ação necessária para desenvolver uma
1
Y µ (σ, θ) = X µ (σ) + θ̄ψ µ (σ) + θ̄θB µ (σ). (4.2)
2
O gerador de supersimetria é
∂
QA = A
+ i(ρα θ)A ∂α . (4.3)
∂ θ̄
δX µ = ¯ψ µ ,
δB µ = −i¯ρα ∂α ψ µ .
Demonstração. Para fazer esta demonstração precisamos de uma das identidades de Fierz
1
θA θ̄B = − δAB θ̄C θC , (4.8)
2
sabendo que θA = θA .
Começamos com a transformação do supercampo (4.6),
∂ 1
A µ
¯ QA Y = ¯ A
A
+ i(ρ θ)A ∂α (X µ (σ) + θ̄B ψBµ + θ̄B θB B µ (σ))
α
∂ θ̄ 2
∂ 1
= ¯A ψAµ + ¯A A ( θ̄B θB )B µ + i¯A (ρα θ)A ∂α X µ + i¯A (ρα θ)A θ̄B ∂α ψBµ
∂ θ̄ 2
∂
= ¯A ψAµ + ¯A A (−θA θ̄B )B µ − iθ̄A ρα A ∂α X µ − iθ̄A ρα A θ̄B ∂α ψBµ
∂ θ̄
= ¯A ψAµ + ¯A θA B µ − iθ̄A ρα A ∂α X µ − iθ̄A ρα θB A ∂α ψBµ
∂
DA = + (ρθ)A ∂α . (4.10)
∂ θ̄A
Demonstração. Só se multiplica D̄Y µ com DYµ e substituı́mos em (4.9). Note que dθ2 =
Z Z Z
dθ̄θ̄ = 1, dθθ̄θ = −2 e dθ(a + θb) = b.
Z
i
S= d2 σd2 θD̄Y µ DYµ
4π
Z
i
= d2 σd2 θ(−ψ̄ µ ρα ∂α ψµ θ̄θ + B µ Bµ θ̄θ − θ̄ρα ∂α X µ ρβ θ∂β Xµ )
4π
Z
1
=− d2 σd2 θ(∂α Xµ ∂ α Xµ + ψ̄ µ ρα ∂α ψµ − Bµ B µ )
2π
É preciso o mecanismo GSO (proposto por Gliozzi, Sherk e Olive [9]) para truncar o
espectro e obter o mesmo número de estados bosônicos e fermiônicos. O processo desta
parte pode ser encontrada em [20].
2
A supersimetria estendida na folha de mundo para N = 2 leva à dimensão crı́tica D = 2, e uma
supersimetria N = 4 conduz a uma dimensão crı́tica negativa.
52
Sabemos que a dinâmica da corda gera uma região no espaço-tempo. Esta região é
chamada folha do mundo. O requerimento do movimento clássico da corda é que a região
da folha do mundo seja mı́nima. Então, temos a ação de Polyakov da corda bosônica,
√
Z
1
Sbos =− d2 σ −hhαβ (σ)gµν (X)∂α X µ ∂β X ν . (4.11)
2
h = det(hαβ ) e hαβ = (h−1 )αβ . A métrica gµν descreve o espaço-tempo curvo. Porém,
pode-se fazer uma fixação de calibre para ter uma métrica gµν = ηµν num espaço-tempo
plano.
Precisamos de uma teoria de cordas com bósons e férmions. Nesta parte é estudado
o formalismo Ramond-Neveu-Schwarz. Se generaliza a ação bosônica (4.11). Portanto,
são introduzidos os campos fermiônicos ψ µ (τ, σ), os quais são espinores de Majorana3
de duas componentes na folha do mundo e vetores pelas transformações de Lorentz no
espaço-tempo.
onde { , } é o anticomutador.
As componentes de ψ µ são números de Grassmann, e têm a propriedade,
{ψ µ , ψ ν } = 0. (4.15)
persimétricas,
δX µ = ¯ψ µ = ψ̄ µ ,
δψ µ = −iρα ∂α X µ , (4.17)
δ ψ̄ µ = i¯ρα ∂α X µ .
versa.
Demonstração. A variação da ação (4.12) tem que ser zero (δS = 0), usando as proprie-
dades (4.16), nós temos.
Z
1
δS = − d2 σ(2∂α δX µ ∂ α Xµ − iδ ψ̄ µ ρα ∂α ψµ − iψ̄ µ ρα ∂α δψµ )
2π
Z
1
=− d2 σ(¯2∂α ψ µ ∂ α Xµ − iδ ψ̄ µ ρα ∂α ψµ + i∂α δ ψ̄µ ρα ψ µ )
2π
Z
1
=− d2 σ(¯2∂α ψ µ ∂ α Xµ + ¯ρβ ∂β X µ ρα ∂α ψµ − ¯ρβ ρα ∂α ∂β X µ ψµ )
2π
Z
1
=− d2 σ¯(2∂α ψ µ ∂ α Xµ + ρβ ρα ∂β X µ ∂α ψµ − ρβ ρα ∂α ∂β X µ ψµ )
2π
Z
1
=− d2 σ¯(2∂α ψ µ ∂ α Xµ + ∂α (ρβ ρα ∂β X µ ψµ ) − 2ρβ ρα ∂α ∂β X µ ψµ ). (4.18)
2π
54
1
ρβ ρα ∂α ∂β = (ρβ ρα ∂α ∂β + ρβ ρα ∂α ∂β )
2
1 β α
= (ρ ρ ∂α ∂β + ρα ρβ ∂β ∂α )
2
1
= (ρβ ρα ∂α ∂β + ρα ρβ ∂α ∂β )
2
1
= (ρβ ρα + ρα ρβ )∂α ∂β
2
1
= {ρβ , ρα }∂α ∂β
2
= −∂α ∂ α . (4.19)
Daqui a integração das derivadas totais podem ser tratadas com as condições de contorno,
1 1
Tαβ = ∂α X µ ∂β Xµ + ψ̄ µ ρα ∂β ψµ + ψ̄ µ ρβ ∂α ψµ . (4.26)
4 4
55
σ ± = τ ± σ, (4.27)
∂± = ∂τ ± ∂σ . (4.28)
ρ+ = ρ0 + ρ1 , ρ− = ρ0 − ρ1 . (4.30)
− 0 1 + 0 0
ρ+ = η+− ρ = , ρ− = η−+ ρ = . (4.31)
0 0 −1 0
Portanto, a condição do traço de tensor energia-momento igual a zero, toma a forma
i µ
T++ = ∂+ X µ ∂+ Xµ = ψ+ ∂+ ψ+µ , (4.32)
2
i µ
T−− = ∂− X µ ∂− Xµ = ψ− ∂− ψ−µ , (4.33)
2
µ
J+ = ψ+ ∂ + Xµ , (4.34)
µ
J− = ψ− ∂ − Xµ . (4.35)
∂α ∂ α X µ = 0. (4.36)
∂− ∂ + X µ = 0. (4.37)
56
As soluções das cordas bosônicas já foram encontradas na seção § 2.4. Para cordas
fechadas temos,
1 1 i X 1 µ −2in(τ −σ)
XRµ (τ, σ) = xµ + pµ (τ − σ) + α e e (4.38)
2 2 2 n6=0 n n
1 1 i X 1 µ −2in(τ +σ)
XLµ (τ, σ) = xµ + pµ (τ + σ) + ᾱ e . (4.39)
2 2 2 n6=0 n n
i X 1 µ 2inσ
X µ (τ, σ) = xµ + pµ τ + (αn e + ᾱnµ e−2inσ ). (4.40)
2 n6=0 n
X1
X µ (τ, σ) = xµ + pµ τ + i αnµ e−inτ cos nσ. (4.41)
n6=0
n
onde α0µ = pµ . Os modos esquerdo e direito se misturam para formar ondas estacionárias.
Campos fermiônicos
∂+ ψ− = 0 e ∂− ψ+ = 0, (4.45)
57
µ µ
ψ+ = ±ψ− e σ = 0, π. (4.47)
µ µ
ψ+ (τ, 0) = ψ− (τ, 0). (4.48)
µ µ
ψ+ (τ, π) = ψ− (τ, π). (4.49)
µ 1 X µ −in(τ −σ)
ψ− (τ, σ) = √ dn e e (4.50)
2 n∈Z
µ 1 X µ −in(τ +σ)
ψ+ (τ, σ) = √ dn e . (4.51)
2 n∈Z
A soma é sobre todos os n inteiros.
µ µ
ψ+ (τ, π) = −ψ− (τ, π). (4.52)
µ 1 X µ −ir(τ −σ)
ψ− (τ, σ) = √ br e e (4.53)
2 r∈Z+1/2
58
µ 1 X µ −ir(τ +σ)
ψ+ (τ, σ) = √ br e . (4.54)
2 r∈Z+1/2
A soma é feita sobre todos os r semi-inteiros.
Para as cordas fechadas pode-se fixar condições na fronteira periódicas ou antiperiódicas
para os modos esquerdo e direito da forma independente. Portanto, tem-se o seguinte,
µ
X
ψ− (τ, σ) = dµn e−2in(τ −σ) ou (4.55)
n∈Z
µ
X
ψ− (τ, σ) = bµr e−2ir(τ −σ) , (4.56)
r∈Z+1/2
µ
X
ψ+ (τ, σ) = b̄µr e−2ir(τ +σ) , (4.58)
r∈Z+1/2
setores como: NS-NS, NS-R, R-NS e R-R. O primeiro e último caso descrevem os bósons
e os dois restantes descrevem os férmions.
Os geradores de super-Virasoro para cordas abertas são,
Z π Z π
1 imσ −imσ 1
Lm = dσ(e T++ + e T−− ) = dσeimσ T++ . (4.59)
π 0 π −π
δS 1
P µ (τ, σ) = = Ẋ µ . (4.62)
δ Ẋµ π
µ
[αm , αnν ] = mδm+n η µν . (4.65)
Estas são as relações de comutação válidas para cordas fechadas e abertas. Porém, as
cordas fechadas precisam de uma relação de comutação a mais
µ
[ᾱm , ᾱnν ] = mδm+n η µν . (4.66)
µ
Os modos de expansão αm são para cordas abertas e fechadas. Os modos de expansão
µ
ᾱm só são para cordas fechadas.
Agora as relações de anti-comutação para as coordenadas fermiônicas ψAµ são,
Isto implica que os modos de expansão bµr e dµn , satisfazem as seguintes relações de
anticomutação,
{bµr , bνs } = η µν δr+s e (4.68)
Estas são relações de anticomutação para cordas abertas e cordas fechadas direitas
(right-moving). Porém, também se precisa de relações de anticomutação para os modos
b̄µr e d¯µn da corda fechada esquerda (left-moving), mas só explicaremos para um caso.
60
µ
αm |0; pi = dµm |0; pi , m>0 (4.70)
µ
αm |0; pi = bµr |0; pi , m, r > 0. (4.71)
µ
Uma aplicação dos operadores de criação α−m o dµ−m aumenta ou autovalor de α0 M 2
por m unidades. De mesma forma para bµ−r aumenta α0 M 2 por r unidades.
Supergeradores de Virasoro
onde,
∞
X
Nα = α−n · αn e (4.79)
n=1
X∞
Nb = rb−r · br . (4.80)
r=1/2
onde,
1
A(m) = D(m3 − m), (4.84)
8
1 1
B(m) = D r2 − . (4.85)
2 4
Aqui A(m) e B(m) são termos das anomalias. Em cordas bosônicas também se tratou
este tipo de termo.
Se requer que os estados fı́sicos bosônicos |φi de acordo com as equações de vı́nculo,
1 a
L0 = α02 + N = p2 + N, (4.89)
2 2
62
onde α0µ = pµ .
1
[Lm , Ln ] = (m − n)Lm+n + Dm3 δm+n , (4.93)
8
1
[Lm , Fn ] = ( m − n)Fm+n , (4.94)
2
1
{Fm , Fn } = 2Lm+n + Dm2 δm+n . (4.95)
2
operador de massa é
M 2 = 2N, (4.99)
Análise do espectro
Vamos analisar o espectro para alguns estados da corda aberta no calibre do cone de luz.
No setor NS, lembrando que a = 21 , o operador da massa é,
∞ ∞
0 2
X
i
X 1
αM = α−n αni + rbi−r bir − . (4.100)
n=1
2
r=1/2
O primeiro estado excitado no setor NS é bi−1/2 |0; kiN S , este estado tem massa nula.
Projeção GSO
foi feito por Gliozzi, Scherk e Olive [13], que é conhecido como projeção GSO.
P∞
G = (−1) r=1/2 b−r ·br+1 . (4.105)
negativa. Desta forma elimina-se o táquion do espectro. Já que o estado fundamental
tem paridade G negativa,
Depois da projeção GSO o estado sem massa bµ1/2 |0i é estado fundamental do setor
NS.
P∞
d−n ·dn
G = Γ11 (−1) n=1 , (4.107)
{Γµ , Γν } = 2η µν . (4.108)
também satisfazem,
de massa.
Na formulação RNS, vimos que pode-se incluir a supersimetria só na folha do mundo,
se adicionar coordenadas fermiônicas ΘAα (τ ). Estas coordenadas são espinores que anti-
comutam, onde A = 1, . . . , N , sendo N o número de supersimetrias, e α = 1, . . . , 2D/2 é o
ı́ndice do espinor de Dirac em um espaço-tempo de dimensão par D. Para o caso D = 10,
Pode-se demostrar que esta ação é invariante pelas transformações globais de super-
formações supersimétricas,
δΘAa = Aa
δ Θ̄Aa = ¯Aa
δX µ = ¯A Γµ ΘA
δ = 0
6
Também pode-se fazer o desenvolvimento com a ação Brink-Schwarz [40].
67
Demonstração.
Z
1
δS = −m δ(−Π0 · Π0 ) 2 dτ
δΠ0 · Π0
Z
=m 1 dτ
(−Π0 · Π0 ) 2
isto quer dizer que o comutador de uma transformação supersimétrica do campo bosônico
move uma quantidade aµ . Enquanto a transformação do campo fermiônico é inalterado.
As transformações supersimétricas mais as transformações de Poincaré formam em con-
{Γµ , Γν } = 2η µν (4.117)
No caso para uma teoria de supercordas tipo IIA temos que N = 2, então há dois
espinores de Majorana-Weyl Θ1 e Θ2 , que tem quiralidade oposta. Portanto, pode-se
1
Θ1 = (1 + Γ11 )Θ, (4.118)
2
1
Θ2 = (1 − Γ11 )Θ. (4.119)
2
Então pode-se escrever
δS1 m m
Pµ = =√ (Ẋµ − ΘΓµ Θ̇) = √ Π0µ . (4.121)
δ Ẋ µ −Π0 · Π0 −Π0 · Π0
Ṗµ = 0 (4.122)
P 2 = −m2 , (4.123)
m2 Θ̇ = 0, e P · ΓΘ̇ = 0. (4.124)
supersimetria. Isto sugere que existe outra contribuição à ação cuja inclusão assegura a
saturação de limite BPS e melhora a supersimetria. Suponhamos que há uma segunda
7
As matrizes Gama satisfazem Γ211 = 1 e {Γ11 , Γµ } = 0.
69
contribuição à ação, portanto a equação de movimento (4.124) muda para (para mais
referências vide [14, pág. 151]),
Simetria Kappa
A ação (4.127) tem uma simetria adicional, que é uma simetria fermiônica local que é
chamada simetria κ. Esta simetria envolve a variação δΘ, então, temos as transformações
Portanto
Π · δΠ
Z
δS = −m dτ − √ + δ Θ̄Γ11 Θ̇ + Θ̄Γ11 δ Θ̇
Z −Π · Π Z
= −2m dτ δ Θ̄γΓ11 Θ̇ − 2m dτ δ Θ̄Γ11 Θ̇, (4.130)
onde
Γ · Π0
γ=√ Γ11 . (4.131)
−Π0 · Π0
70
1
P± = (1 ± γ), (4.132)
2
δ Θ̄ = κ̄P− e
δX µ = −κ̄P− Γµ Θ. (4.134)
a folha do mundo. Lembrando que esta folha é uma superfı́cie bidimensional no espaço
de Minkowski, com D = 10 dimensões. Vamos a considerar a ação de Polyakov9 ,
√
Z
1
S=− d2 σ −hhαβ ∂α X µ ∂β Xµ . (4.135)
2π
Agora tem-se que generalizar esta ação seguindo a mesma maneira da super-partı́cula,
√
Z
1
S1 = − d2 σ −hhαβ Πα · Πβ , (4.136)
2π
8
Um estudo mais detalhado é feito em [41]
9
No livro de Becker-Becker-Schwarz considera-se a ação de Nambu-Goto.
71
onde
Para a teoria tipo IIA os espinores Θ1 e Θ2 tem quiralidade oposta, enquanto para a
teoria tipo IIB tem a mesma quiralidade.
δΘA = A e (4.139)
δX µ = ¯A Γµ ΘA . (4.140)
super-Poincaré. O problema com a ação (4.136) é que não é invariante pelas trans-
formações κ, então é preciso somar um termo S2 do tipo de Wess-Zumino. A nova ação
S = S1 + S2 é invariante pela transformação κ. Este novo termo é,
Z
1
S2 = − d2 σαβ [∂α X µ (Θ̄1 Γµ ∂β Θ1 − Θ̄2 Γµ ∂β Θ2 ) + Θ̄1 Γµ ∂α Θ1 Θ̄2 Γµ ∂β Θ2 ]. (4.141)
π
Onde αβ tem componentes 01 = −10 = 1 e 00 = 11 = 0. As variáveis bosônicas
transforman pela transformação Kappa de acordo a,
onde
1 αβ
P±αβ = (hαβ ± √ ). (4.143)
2 −h
72
√ h1
Z
1
S= d2 σ −h hαβ ∂α X µ ∂β Xµ − 2∂α X µ (P−αβ Θ̄1 Γµ ∂β Θ1 + P+αβ Θ̄2 Γµ ∂β Θ2 )
π 2
i
+ 2P+αβ Θ̄1 Γµ ∂α Θ1 Θ̄2 Γµ ∂β Θ2 . (4.144)
1
δhαβ → Tαβ = Πα · Πβ − hαβ hγδ Πγ · Πδ = 0
h√ 2 i
δX µ → ∂α −h(hαβ ∂β X µ − 2P−αβ Θ̄1 Γµ ∂β Θ1 − 2P+αβ Θ̄2 Γµ ∂β Θ2 ) = 0 (4.145)
X + = x+ + p + τ
1
Γ+ ΘA = 0 onde Γ± = √ (Γ0 ± Γ9 )
2
Na seguinte seção tratamos estos calibres.
Como na seção § 3.2, fazemos uma escolha de calibre do cone de luz. Podemos fazer uma
fixação de calibre hαβ = η αβ e ainda há uma invariância conforme residual que pode ser
10
Nas Lectures de P.A.M. Dirac, se ensina o processo de quantização de uma teoria, onde os vı́nculos
desempenham um papel importante no momento de quantizar [35].
73
aproveitada. Então nós podemos fazer uma escolha de calibre adicional [20]. Definamos
as coordenadas no cone de luz no espaço-tempo D = 10 dimensões,
1
X ± = √ (X 0 ± X 9 ). (4.146)
2
Como na seção § 3.2 nós fazemos a escolha do calibre do cone de luz, da seguinte
forma,
X + (τ, σ) = x+ + p+ τ. (4.147)
Γ+ θA = 0, (4.148)
onde
1
Γ± = √ (Γ0 ± Γ9 ). (4.149)
2
Isto reduz os graus de liberdade em cada campo Θ para oito. A teoria de cordas
considerada aqui tem uma invariância de Lorentz em 10-dimensões, porém no cone de
luz só uma simetria transversal SO(8) é manifesta. As oito componentes de cada espi-
nor Θ formam uma representação espinorial de 8-dimensões do grupo transversal SO(8).
Denotam-se as duas representações de Spin(8) por 8s e 8c . Multiplicando o campo Θ
√
pelo fator p+ , temos que,
p
p+ ΘA →8s + 8c = (S1a , S2ȧ ) tipo IIA
p
p+ ΘA →8s + 8s = (S1a , S2a ) tipo IIB (4.150)
74
A ação da supercorda no calibre do cone de luz para a supercorda tipo IIB é dada
por
Z Z
1 2 αi i
S=− d σ∂α Xi ∂ X + d2 σ(S1a ∂+ S1a + S2a ∂− S2a ). (4.151)
2π π
No calibre do cone de luz as equações de movimento para a supercorda tipo IIB
∂+ ∂− X i = 0,
∂+ S1a = 0,
∂− S2a = 0, (4.152)
∂− S2ȧ = 0.
onde A, B = 1, 2 e a, b = 1, . . . , 8.
Cordas abertas
Ao contrário do que acontece no formalismo RNS, no caso de cordas abertas não existe
é preciso que ambos extremos da corda tenham o mesma sinal. Agora só tomamos a
condição de Neumann na fronteira. Portanto, temos que,
S 1a = S 2a , σ = 0, π. (4.155)
Os modos de expansão para campos fermiônicos para uma corda aberta são,
∞
1a 1 X a −in(τ −σ)
S (τ, σ) = √ Sn e e
2 n=−∞
∞
2a 1 X a −in(τ +σ)
S (τ, σ) = √ Sn e , (4.156)
2 n=−∞
onde
a
{Sm , Snb } = δ ab δm+n . (4.157)
a a †
A condição de realidade implica que S−m = (Sm ).
i
|ȧi = σȧb S0b |ii ,
i
|ii = σȧb S0b |ȧi . (4.160)
76
hi|ji = δij ,
1
hȧ|ḃi = (hΓ+ )ȧḃ . (4.161)
2
a i
Os estados excitados são construı́dos com os operadores S−n e α−n .
A condição da camada de massa (mass-shell) é,
∞
X
0 2 i
αM = (α−n a
αni + nS−n Sna ). (4.162)
n=1
Neste caso não temos uma constante adicional, a constante de ordenamento normal para
os modos bosônicos se cancelam com a constante para os modos fermiônicos. Portanto,
não temos táquions no espectro e não precisamos da projeção GSO.
Cordas fechadas
Para a teoria tipo IIA tem-se os estados bosônicos |ii ⊗ |ji e |ȧi ⊗ |bi. Os estados
No caso da teoria tipo IIB os estados bosônicos são |ii ⊗ |ji e |ȧi ⊗ |ḃi. Os estados
fermiônicos são |ii ⊗ |ḃi e |ȧi ⊗ |ji.
Até agora, vimos dois formalismo para incorporar a supersimetria às cordas. Cada
formalismo tem vantagens e desvantagens como já foi mencionado. Mas há um novo
formalismo que resolve alguns problemas dos formalismos precedentes. Este novo forma-
lismo desenvolvido por Nathan Berkovits é chamado formalismo de Espinores Puros [43].
Neste formalismo pode-se quantizar as supercordas na forma covariante e a supersimetria
é manifesta no espaço-tempo.
78
Capı́tulo 5
Conclusão
tatamos que as equações de movimento de Nambu-Goto são mais difı́ceis para resolver
porque eles apresentam uma raiz quadrada enquanto as equações de movimento de Polya-
kov são mais fáceis de resolver escolhendo um adequado calibre covariante hαβ = η αβ .
Vimos a importância das simetrias em cada ação. A ação de Polyakov para objetos n-
dimensionais não é renormalizável exceto para as cordas (objetos de n = 1). Isto é uma
consequência da simetria de Weyl que está presente apenas nas cordas mas não em ob-
jetos de dimensão n > 1. Nós vimos que a quantização da corda no calibre covariante
hαβ = η αβ apresenta fantasmas (estados com norma negativa) e táquions. Mas no calibre
do cone de luz pode-se eliminar os fantasmas e também é mais fácil calcular a dimensão
crı́tica D = 26. Na quantização em o calibre do cone de luz nós apresentamos duas formas
de regularizar: a regularização pelo método de corte e a regualarização pela função ζ, nas
duas formas encontramos que a soma ∞ 1
P
n=1 n, tem um valor de − 12 . Este valor é muito
ter os dois setores com o mesmo número de estados. Com o mecanismo GSO também se
elimina o táquion que é um estado não fı́sico. A supersimetria restringida só à folha de
mundo não é adequada quando se toma o processo de interação de cordas.
Neste formalismo nós vimos a aparência das ações para a supercorda tipo IIA e IIB.
A quantização covariante neste formalismo é muito difı́cil de fazer. No entanto, há um
novo formalismo desenvolvido em 1999 por Nathan Berkovits [43] (Formalismo de Espi-
Com estudos mais avançados será possı́vel compreender um tema que na ultima década
está atraindo a atenção de muitos fı́sicos, a correspondência AdS/CFT (ou conjetura de
Maldacena [44, 45]). Este novo paradigma é uma dualidade entre uma teoria de cordas
em um espaço curvo (com gravidade) AdS5 × S 5 e uma teoria de calibre super-conforme
(sem gravidade) em um espaço plano de quatro dimensões. Esta dualidade hoje em dia
descobrir sua origem para conseguir estabelecer sua infalibilidade teórica e poder ter
80
uma visão mais ampla. Minha perspectiva futura é aplicar o conhecimento adquirido
que está escrito nesta dissertação, para futuras pesquisas e aplicações na correspondência
Apêndice A
∂ξ i
dξ 1 dξ 2 = det( ) dξ˜1 dξ˜2 = det(M ) dξ˜1 dξ˜2 , (A.2)
˜
∂ξ j
∂ξ i
onde a matriz M = ∂ ξ̃ j
,
∂ξ 1 ∂ξ 1
!
∂ ξ˜1 ∂ ξ˜2
Mij = ∂ξ 2 ∂ξ 2 . (A.3)
∂ ξ˜1 ∂ ξ˜2
similarmente para ξ˜1 e ξ˜2 , temos,
∂ ξ˜i
dξ˜1 dξ˜2 = det( ) dξ 1 dξ 2 = det(M ) dξ 1 dξ 2 . (A.4)
∂ξ j
∂ ξ˜1 ∂ ξ˜1
!
∂ξ 1 ∂ξ 2
Mij = ∂ ξ˜2 ∂ ξ˜2
. (A.5)
∂ξ 1 ∂ξ 2
Combinando as equações (A.2) e (A.4), temos que,
Onde definimos,
∂~x ∂~x
gij = · . (A.12)
∂ξ i ∂ξ j
Esta é a métrica induzida,
!
~
x ~
x ~
x ~
x
∂ξ 1
· ∂ξ 1 ∂ξ 1
· ∂ξ 2
gij = ~
x ~
x ~
x ~
x . (A.13)
∂ξ 2
· ∂ξ 1 ∂ξ 2
· ∂ξ 2
√
Z
A= dξ 1 dξ 2 g. (A.15)
edades da invariância de uma forma mas clara. A partir das propriedades da métrica
gij . Sabemos da invariância da métrica ds2 , é invariante por qualquer transformação. Se
temos,
Onde,
∂ ξ˜p i ∂ ξ˜q j
dξ˜p = dξ , dξ˜q = dξ . (A.19)
∂ξ i ∂ξ j
Substituindo (A.19) em (A.18), temos,
∂ ξ˜p i ∂ ξ˜q j
gij dξ i dξ j = g̃ij dξ j dξ , (A.20)
∂ξ i ∂ξ
∂ ξ˜p ∂ ξ˜q i j
gij dξ i dξ j = g̃ij dξ dξ . (A.21)
∂ξ i ∂ξ j
Em seguida teremos que,
∂ ξ˜p ∂ ξ˜q
gij = g̃ij i j = g̃ij M̃pi M̃qj , (A.22)
∂ξ ∂ξ
gij = M̃ipT g̃pq M̃qj . (A.23)
Apêndice B
Partı́cula Relativı́stica
d µ
δxµ (τ ) = −ε(τ ) x (τ ). (B.2)
dτ
φ = p2 + m2 = 0, (B.4)
X
HT = HC + ck φk labelap5 (B.5)
∂L µ
onde Hc = ∂ ẋµ
ẋ − L = 0 (HC é Hamiltoniano canônico).
85
∂L ẋi
= m√ = pi .
∂ ẋi −ẋ 2
δP 0 = {P 0 , G}P = 0,
δP i = {P i , G}P = 0.
Em uma teoria quântica o vı́nculo (B.4) tem que eliminar um estado quântico Φ.
Então temos,
φ̂ |Φi = 0,
ou simplesmente
(∂ µ ∂µ + m2 ) |Φi = 0
A equação de movimento é
ẋ2 + e2 m2 = 0
Apêndice C
O operador de Virasoro L0
O operador L0 é definido,
∞
1 2 X
L0 = α0 + α−n · αn . (C.1)
2 n=0
µ
[αm , αnν ] = mη µν δm+n,0 (C.4)
87
então se m = n, temos
[αnµ , α−n
ν
] = nη µν .δn+n,0
∞ ∞ ∞
1 X 1 X DX
α−n · αn = α0 · α0 + α−n · αn + n (C.8)
2 n=−∞ 2 n=1
2 n=1
Esta é a forma que nós precisamos. O ultimo termo tem uma série que diverge.
88
Apêndice D
Matrizes Gamma
{Γµ , Γν } = 2η µν . (D.1)
0 σai ȧ
i αβ i
(γ ) = −(γ )αβ = . (D.6)
σbiḃ 0
1
Para maı́s informação vide [42].
89
i
As matrizes sigma satisfazem σȧa = (σai ȧ )T e podem ser expressas como o produto
direto de matrizes 2 × 2.
σa1ȧ = ⊗ ⊗
σa2ȧ = 1 ⊗ τ 1 ⊗
σa3ȧ = 1 ⊗ τ 3 ⊗
σa4ȧ = τ 1 ⊗ ⊗ 1
σa5ȧ = τ 3 ⊗ ⊗ 1
σa6ȧ = ⊗ 1 ⊗ τ 1
σa7ȧ = ⊗ 1 ⊗ τ 3
σa8ȧ = 1 ⊗ 1 ⊗ 1
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