Level 2
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[Título do curso]
Sumário
1 - Introdução ............................................................................................................ 3
2- Capacidade de desempenho Esportivo ................................................................. 4
2.1 Desenvolvimento da Capacidade de Desempenho Esportivo.............................. 4
2.2 Programas de Treinamento ................................................................................. 5
3 - Métodos de Treinamento ..................................................................................... 6
3.1 Componentes de Carga ...................................................................................... 6
3.2 Princípios do Treinamento Esportivo ................................................................... 7
3.3 Princípio da Sobrecarga ...................................................................................... 8
3.4 Princípio da Sobrecarga Individualizada .............................................................. 8
3.5 Princípio da Sobrecarga Progressiva .................................................................. 8
3.6 Tipos de Aumento da Sobrecarga ....................................................................... 8
3.7 Princípio da Sequência Correta da Sobrecarga ................................................... 9
3.8 Princípio da Variação da Sobrecarga .................................................................. 9
3.9 Princípio da Alternância da Sobrecarga .............................................................. 9
3.10 Princípio da Relação Ideal Entre Sobrecarga e Recuperação ......................... 11
3.11 Princípio da Sobrecarga Progressiva .............................................................. 12
3.12 Princípio da Periodização da Sobrecarga ........................................................ 12
3.13 Princípio da Regeneração Periodizada ........................................................... 12
3.14 Princípio de Adequação a Idade ...................................................................... 12
3.15 Princípio do Direcionamento da Sobrecarga ................................................... 12
4 - Planejamento, Organização e Avaliação de um Treinamento ............................ 14
4.1 Planejamento de Treinamento Anual................................................................. 14
4.2 Planejamento do Macrociclo.............................................................................. 14
4.3 O Planejamento Semanal .................................................................................. 14
4.4 Planejamento das Sessões de Treinamento ..................................................... 14
4.5 Planejamento de Treinamento........................................................................... 15
4.6 Sessão de Treinamento .................................................................................... 15
4.7 Avaliação do Treinamento ................................................................................. 16
5 - Periodização ...................................................................................................... 17
5.1 Teoria da supercompensação ........................................................................... 17
5.2 Método clássico de Periodização ...................................................................... 22
5.3 Modelo em bloco de Periodização ..................................................................... 22
6 - Força Muscular .................................................................................................. 26
6.1 Tensão muscular ............................................................................................... 33
6.2 Tipos de tensão ................................................................................................. 34
1
6.3 Classificação das Manifestações de Força ........................................................ 37
6.4 Fatores mecânicos ............................................................................................ 40
6.5 Força absoluta................................................................................................... 41
6.6 Força isométrica máxima .................................................................................. 41
6.7 Força excêntrica máxima .................................................................................. 41
6.8 Força dinâmica máxima .................................................................................... 41
6.9 Força dinâmica máxima relativa ........................................................................ 41
6.10 Força explosiva ............................................................................................... 43
6.11 Força elástico-explosiva .................................................................................. 44
6.12 Força elástico-explosivo-reativa ...................................................................... 44
7 - Desenvolvimento de Potência ............................................................................ 50
7.1 Treinamento de Potência .................................................................................. 56
7.2 Pliompetricos ..................................................................................................... 56
8 - MECANISMOS RESPONSÁVEIS PELA MAIOR FORÇA NO CICLO
ALONGAMENTO / ENCURTAMENTO.................................................................... 58
8.1 Treinamento de Flexibilidade............................................................................. 59
9 Conclusão ............................................................................................................ 61
2
1 - Introdução
No início dos anos 90, ao participar das competições de Ginástica, tive o privilégio de
trabalhar com preparador físico e fisiologista o Prof. Gilberto (Giba para os íntimos)
Monteiro. Um profissional e acadêmico da UNIFESP que possui experiência na
preparação de atletas de várias modalidades como a Ginástica, o Basquete e o
Futebol profissional.
Sendo assim, nossa intenção foi trazer todo o aprendizado que recebemos na
Metodologia FReis de Levantamento de Peso e somarmos ao conhecimento
acadêmico já aplicado a décadas nos demais esportes, compilamos essas
experiências da qual resultou neste documento.
3
2- Capacidade de desempenho Esportivo
Objetivos do Treinamento
4
2.2 Programas de Treinamento
Como os exercícios são atividades básica para se obter o progresso num
treinamento, as suas diferentes formas constituem o cerne do treinamento
esportivo. A extensão e a velocidade com que se atinge um bom desempenho
esportivo dependem da escolha correta dos exercícios. Esta escolha é feita de
acordo com a finalidade, a economia e a eficácia dos exercícios, dos quais se
podem diferenciar alguns tipos:
Meios de Treinamento
5
3 - Métodos de Treinamento
6
3.2 Princípios do Treinamento Esportivo
Os diversos princípios:
Princípio da Sobrecarga
7
Princípio da Ciclização
Princípio da Especificidade
Princípio da Proporcionalização.
8
frequência de um treinamento (o treinamento de uma a duas vezes por semana
passa a ser diário), do volume ou ainda da intensidade do mesmo.
(Ehlenz/Grosser/ Zimmermann 1983).
Em seguida, são utilizados exercícios um pouco mais leves, para os quais não
é necessária uma grande pausa de recuperação. Ex.: exercícios de velocidade
e de resistência de força.
9
coordenação, etc.) atuam diferentemente sobre o organismo e que, por esta
razão, o volume e o tempo gasto para a recuperação são variáveis de acordo
com os mesmos.
10
3.10 Princípio da Relação Ideal Entre Sobrecarga e
Recuperação
11
3.11 Princípio da Sobrecarga Progressiva
Sobrecargas progressivas (ou contínuas) quando inseridas num contexto de
um treinamento regular – promovem uma elevação constante do desempenho
esportivo até que se atinja o desempenho individual máximo.
Um recurso utilizado por muitos atletas profissionais para superação desta fase
de estagnação consiste em adotar um longo período de descanso sem
competições (1 a 2 semestres).
13
4 - Planejamento, Organização e Avaliação
de um Treinamento
A mais importante característica do planejamento do treinamento é sua divisão
em fases e sua contínua adequação e periodização dos estímulos.
14
4.5 Planejamento de Treinamento
Determinação do período de treinamento, dos objetivos e das dificuldades do
mesmo;
15
4.7 Avaliação do Treinamento
Averiguar se:
16
5 - Periodização
17
intervalo do treino de um ou dois dias, os estoques bioquímicos são
recompostos ao dobro e o desempenho atlético é otimizado (Bompa, 2004).
18
19
20
21
5.2 Método clássico de Periodização
O modelo de periodização de Matveev consiste na divisão da temporada em
períodos, cada um com uma função e duração (Matveev, 1991)
22
A duração do bloco A compreende um período de 3 meses, sendo subdivididas
em 4 semanas para cada microciclo (A1, A2 e A3) (Gomes, 2002). Esta
duração objetiva otimizar a capacidade física especifica em realizar as ações
em máxima rapidez (Oliveira, 1999). Mas como estresse é alto no organismo, a
qualidade técnica do competidor tende ser deteriorada no bloco A (Brito, 1997;
Cometti, 2001). Mesmo assim ocorrem sessões técnicas e/ou táticas.
A duração do bloco B está por volta de dois e meio a três meses (Gomes,
2002), visando à maximização das capacidades competitivas (Verkhoshanski,
1995). A distribuição dos microciclos B pode variar, entre B1 e B2 à B1, B2 e
B3. Todos geralmente possuem a mesma duração.
23
Para o modelo de bloco estar adequado para os esportes de rendimento da
atualidade, precisa de certos ajustes, como a modificação na duração dos seus
blocos e ser máximas, com alguns microblocos recuperativos, mas sendo muito
pouco ao longo da temporada. Segundo Verkhoshanski (2001), para esportes
cíclicos de força rápida a velocidade é a principal capacidade física, merecendo
bastante atenção em cada bloco. Sendo interessante a realização de testes
uma vez por mês para o professor identificar a qualidade do treinamento em
cada bloco.
O trabalho ao longo do ano é com uma elevada carga (é o micro forte) porque
o atleta precisa se manter bem qualificado em toda temporada (Farto, 2002).
Nesta periodização a diferença entre volume e intensidade é apenas 20%
(Silva e colaboradores, 2004) e a carga mínima das sessões é de 80%
(Cometti, 1999). Isto é prescrito no período preparatório, competitivo e de
transição.
24
O modelo de periodização de cargas seletivas (CS) o volume pouco oscila e a
intensidade costuma ser alta o ano todo.
25
6 - Força Muscular
Curva Força-Tempo
26
Toda ação de qualquer movimento pode ser representada com a C.f-t. Diante
de uma resistência a ser vencida, o efeito do esforço é determinado pela
relação entre essa resistência e a magnitude da força manifestada para
superá-la. Quanto maior a força e mais rapidamente manifestar-se, maior a
velocidade de deslocamento da resistência. O objetivo do treinamento,
portanto, deve consistir em melhorar ao máximo possível a força aplicada para
vencer uma dada resistência. Na figura abaixo, temos a representação da força
empregada (F) para vencer uma resistência (P). A área sombreada indica a
diferença entre a força a ser superada (P) e a exercida pelo sujeito. O aumento
dessa área é o que pretendemos com o treinamento.
27
máxima no mesmo tempo, mas o esportista A possui maior PMF(Potência
máxima de força) e alcançou uma força absoluta maior no mesmo tempo (
direita). Isso indica que os dois são igualmente rápidos diante das mesmas
cargas relativas, mas o A é mais forte do que o B: no mesmo tempo, pode
expressar força maior. Dois indivíduos podem ter a mesma força máxima
relativa (relação força/peso corporal) e, no entanto, um IMF diferente.
28
29
Em síntese, o que ocorre com o treinamento é um aumento da força máxima
aplicada e uma redução do tempo necessário para consegui-la, com a
consequente redução do tempo de execução do trabalho. Todas essas
mudanças tem uma repercussão direta na melhora dos resultados esportivos.
A especificidade do treinamento também se reflete claramente na C.f-t, o que
pode ser observado nos resultados produzidos por um treinamento com cargas
(pesos) pesadas e outro de tipo explosivo.
30
Portanto, parece claro que a medida sistemática dos valores da C.f-t permite-
nos otimizar a programação e o controle do treinamento em função de alguns
objetivos determinados.
31
De acordo com as características da especialidade esportiva, produzem-se
curvas típicas em que se estabelecem diferenças na produção tanto de força
máxima quanto submáxima. Na figura 1.12, estão representados a força
máxima e o tempo necessário para produzir uma força submáxima em termos
absolutos (2.500 N) de três grupos de esportistas de diferentes especialidades.
Os esportistas de força alcançariam uma força maior se o tempo de aplicação
também fosse maior, mas demoram mais tempo para alcançar uma força
menor. Os de resistência sempre ficarão por baixo dos demais, isto é, varrem
uma área menor (menor impulso) em sua manifestação máxima de força em
qualquer situação. Os de velocidade são capazes de manifestar mais força em
menos tempo, mesmo que finalmente alcancem um PMF menor do que
aqueles de força.
32
6.1 Tensão muscular
Toda manifestação de força reflete a tensão produzida no músculo. A tensão
será a capacidade das pontes cruzadas para descobrir força. Portanto, no
campo esportivo, a tensão vem transformada em força (Bosco,1988). Somente
do ponto de vista da Física não ocorreria isso no caso de uma ativação
isométrica, já que inexiste aceleração, pois a velocidade é zero, a força
mecânica seria nula (F= m x a), mas é óbvio que se produziu uma grande
tensão no músculo, e a força exercida pelo indivíduo poderia ter sido, inclusive,
a máxima possível.
33
6.2 Tipos de tensão
Tônica: É produzida quando se tenta vencer uma grande resistência tanto por
meio de uma contração isométrica (força elástica) quanto anisométrica (força
dinâmica). A duração da tensão é relativamente longa. A velocidade de
execução é lenta ou nula. A força desenvolvida manifestada está no limite das
possibilidades do indivíduo ou próxima disso. O pico máximo de força (PMF) é
alcançado ao final da contração. Se nos arriscássemos a quantificar a
magnitude da força (resistência) a ser vencida, esta seria colocada entre 80 a
85% e 100% da capacidade do sujeito na posição ângulo em que o esforço é
realizado.
34
força aplicada diminua. É produzida quando levantamos pesos rapidamente ou
lançamos objetos muito pesados. Um salto sem contramovimento, sem
alongamento prévio, é um exemplo válido desse tipo de tensão para as cargas
mais leves. As resistências a serem vencidas estariam entre 50 a 80%,
aproximadamente, da força isométrica máxima no ângulo em que se produz a
máxima tensão ou aplicação de força.
35
importante com a resistência (capacidade de manter a atividade durante mais
ou menos tempo) na maioria dos casos. O que processe, portanto, é estudar
cada especialidade tomando como referência o tempo de aplicação de força,
as condições iniciais, o PMF e o momento em que é produzido, o regime de
trabalho, etc., e obter um perfil adequado de gesto e das necessidades do
esporte em questão. Os resultados, nesses casos, não dependem somente da
magnitude dos parâmetros de força aplicados, mas também da capacidade de
manter os níveis ótimos durante o maior tempo possível.
36
6.3 Classificação das Manifestações de Força
Se a carga a ser deslocada for muito leve, não será necessário alcançar um
grande pico de força isométrica máxima, isto é, não é necessário ser “muito
forte” para conseguir grande velocidade necessária. Quando a carga aumenta,
além de ser igualmente explosivo, é necessário ter mais força máxima.
37
A explosão é, de certo modo, especifica para cada magnitude de carga. O
treinamento para melhorar a explosão com cargas leves é diferente daquele
com cargas altas. No primeiro caso, é preciso manter uma força máxima ótima
e alcançar uma grande velocidade para manifestar e aplicar uma força
suficiente, já que a resistência é muito pequena. No segundo, a velocidade é
menor e a força aplicada, maior; e somente esta já é suficiente para que a
metodologia de treinamento mude de forma substancial. Um indivíduo
explosivo diante de cargas leves não o é igualmente diante de grandes cargas,
mas não obteria bons resultados por falta de força. Um indivíduo explosivo
diante de cargas pesadas provavelmente não o seria menos diante de cargas
leves por falta de velocidade.
Portanto, sempre que for citado o termo força explosiva estará relacionado a
cargas grandes, médias ou leves. Cada uma delas terá suas peculiaridades,
mas todas são igualmente explosivas.
38
proporcionalmente com cargas altas, médias ou baixas, o que dependerá da
magnitude da carga a ser deslocada, do PMF, de sua posição e da duração da
expressão de força nesse pico máximo.
39
força-velocidade, embora, em determinados momentos, acentue-se um
aspecto ou outro.
Possíveis variáveis:
Composição do musculo
Área muscular: número e espessura de fibras
Tipo de fibras: proporção de fibras rápidas e lentas
Ângulo de inserção do músculo
Utilização das unidades motoras (UMs)
Recrutamento
Frequência de impulso
Sincronização
Coordenação intermuscular
Fatores que contribuem para a contração
Reflexo de alongamento
Elasticidade muscular
Redução da atividade de células inibidoras (Golgi)
40
6.5 Força absoluta
A capacidade potencial teórica de força dependente da constituição do
músculo: secção transversal e tipo de fibra. Essa força não se manifesta de
forma voluntária, isto é, nem em treinamento nem em competição: só em
situações psicológicas extremas com a ajuda de fármacos ou por
eletroestimulação.
41
velocidade a uma resistência inferior àquela com que se manifesta a força
dinâmica máxima. A melhora sistemática dessa manifestação de força é um
objetivo importante do treinamento, já que é a principal e mais frequente
expressão de força durante uma competição. Podemos dizer que um esportista
tem somente a força que é capaz de aplicar a uma velocidade dada. De nada
serve uma força isométrica máxima ou, inclusive dinâmica máxima muito
elevada se a porcentagem dessa força aplicada a maiores velocidades for
baixa.
42
Se tomarmos como referência a figura abaixo, podemos deduzir os déficits de
força produzidos em função das cargas. Nessa figura, está estabelecida a
relação entre a força isométrica máxima e as diferentes forças dinâmicas
máximas conseguidas com porcentagens da força isométrica.
A força aplicada representa a força dinâmica máxima para cada carga (força
dinâmica máxima relativa) que se expressa com porcentagem da isométrica
máxima.
43
uma forte aceleração na expressão de força. Portanto, a força explosiva está
presente em todas as manifestações de força.
Se não de dispõe de meios para medir diretamente a força explosiva por meio
da C.f-t, utiliza-se, fundamentalmente, o salto vertical sem contramovimento. A
altura do salto depende da velocidade de decolagem, enquanto esta, da
capacidade do indivíduo para aplicar força rapidamente (força explosiva).
44
Como vemos, toda força explosiva é precedida de uma forte contração
isométrica ou de uma excêntrica. A velocidade de contração concêntrica
depende do grau de tensão originado na contração isométrica precedente e da
velocidade em que é produzido. A duração e a velocidade do alongamento
determinam o tipo de fibras que estimulamos, o resultado do gesto e o efeito do
treinamento.
O alongamento produz uma forte contração excêntrica que gera uma tensão
inicial maior.
Essa tensão elevada significa que há uma diferença maior entre a força interna
e a externa (resistência).
45
Diante de qualquer resistência, quanto maior a velocidade, mais alta será a
pontência alcançada.
46
diferenças de 100% até 7% da carga. Entretanto, é importante observar que a
zona de força explosiva, a pendente máxima da curva, decai a partir dos 10kg,
equivalente a uma carga de 20% da força máxima. Ou seja, a manifestação da
força explosiva máxima, ou simplesmente da força explosiva, é menor com
cargas leves do que com altas, exatamente o contrário do que se poderia
pensar. Isso vem demonstrar o que dizíamos: nos movimentos mais velozes,
com cargas muito leves, a força explosiva máxima não se manifesta.
Assim, parece ser necessário, para manifestar a força explosiva máxima, agir
sobre resistências superiores a 20% da força máxima. Concretamente, Muller
(1987) afirma que é preciso empregar cargas superiores a 25%
(Schmidtbleicher, 1992).
Essa pode ser a razão por que Grosser (1992) define a força explosiva como a
capacidade de desenvolver rapidamente uma força contra resistências
superiores a 50% da força máxima atual.
Nessa mesma linha, Harre e Lotz (1988) asseveram que, muitas vezes, esse
conceito baseia-se também no tempo necessário para alcançar entre 50 e 70%
do valor máximo da força.
E, por esse mesma razão, não nos parece acertada a definição oferecida por
P.Tschiene, embora para E. Locatello seja, de “força veloz”: “capacidade de
desenvolver em um tempo muito breve uma grande força contra um obstáculo
de peso modesto, seja o instrumento esportivo ou o peso do insivíduo, com
uma execução do movimento mais exata possível” (Locatelli,1990). É provável
que essa definição refira-se aos movimentos mais rápidos, mas não aos que
produzem uma força explosiva maior.
47
força explosiva, embora esse autor a empregue como algo diferente mas
intimamente relacionado.
48
Os componentes são os seguintes: força em velocidade lenta (grandes cargas),
força em alta velocidade (cargas médias e leves), coordenação intermuscular e
habilidades específicas, o CAE e o IMF. O treinamento deve ser orientado a
otimizar cada uma dessas cinco variáveis. A potência ótima somente pode ser
conseguida se cada um desses fatores for incorporado ao treinamento.
49
7 - Desenvolvimento de Potência
Tempo
50
O treinamento para produção de potência em diversos movimentos deve levar
em consideração esses conceitos.
51
A figura acima, mostra os resultados do estudo de Newton e colaboradores
(1996). Os autores sugeriram que esse efeito foi necessário para proteger as
articulações de uma súbita desaceleração ao final do movimento, quando o
peso ainda não tinha sido liberado no final da amplitude de movimento do
supino. Esses dados demonstram porque as “ repetições velozes” podem ser
contraprodutivas no movimento da potência em alguns exercícios ( p. ex. ,
supino, meio-desenvolvimento de ombros, extenção de joelhos) e defendem a
apropriada utilização de implementos que possam ser liberados em tais
exercícios (p.ex. medicine ball) ou utilização de exercícios e equipamentos nos
quais o momentum da massa não seja problema (p.ex. isocinéticos,
pneumáticos, hidráulicos, bandas elásticas, etc).
52
velocidades intermediárias do movimento( aproximadamente 30% da
velocidade máxima de encurtamento) ( Knuttgen e Kraemer, 1987). É preciso
força pura de 1RM nos esportes de basismo( levantamentos de potência; então
o nome do esporte é inapropriado), poisnão há necessidade do
desenvolvimento máximo ou próximo do máximo da potência, pois os
atletasdevem mover grandes cargas vagarosamente. Se um atleta está
tentando levantar sua quantidade máxima de peso, as velocidades de
movimento são pouco acima de zero. Emtão, o indivíduo exibe força máxima,
mas baixos níveis de potência em muitos exercícios com 1 RM.
53
aumentos na força máxima ( i.e., a parte de alta força/ baixa velocidade na
curva de força-velocidade), e as elevaçõessão menores em velocidades altas.
No treinamento de potência, no qual são utilizadas resistências leves e altas
velocidades na ação muscular, a produção de força é maior em velocidades
mais altas do movimento, e a taxa de produção de força aumenta( p. ex. , mais
força em 100 milésimos de segundo). Isso é importante para aumentar o
desenvolvimento de potência em atividades que possuem tempo limitado para
desenvolver potência, tal como uma corrida de velocidade ( Hakkinen e Komi,
1985 ).
54
ocorre a partir da complexa natureza das ações musculares de explosão e da
integração das solicitações de rápida e de lenta produção de força dentro do
contexto de um movimento completo. Outro fator que pode intervir em
observações mais claras das adaptações específicas ao treinamento é o fato
de que, em indivíduos sedentários, uma ampla variedade em intervenções de
treinamento pode produzir aumentos na força e na potência. Isso acontece
devido à parte da força na equação possivelmente estar predominando nos
aumentos de potência até que atinja um valor estável ( Baker, 2001 c). Komi e
Hakkinen( 1988) sugeriram que, dependendo do estado de treinamento do
indivíduo, a resposta poderá não seguir sempre o princípio de velocidade
específica do treinamento. Sujeitos com baixos níveis de força podem
apresentar aumentos na característica de força-velocidade sem influência do
estilo de treinamento de força utilizado ( Komi e Hakkinen, 1988). Tipos
especializados de treinamento parecem causar adaptações de fatores únicos (
i.e., alta força, alta potência) somente após um nível básico de treinamento de
força e potência.
55
7.1 Treinamento de Potência
7.2 Pliompetricos
Um tipo de treinamento de potência que tem sido utilizado por mais tempo que
os tipos de treinamento descritos anteriormente, como o salto com sobrecarga
partindo da posição agachada e o supino no qual a barra é lançada no ar, é o
pliométrico. Esse treinamento, de forma geral, é executado com exercícios de
saltos com o peso do corpo e lançamentos de medicine ball. Sinônimo de
pliométrico é termo : exercício do ciclo alongamento-encurtamento. Os saltos
com o peso do corpo e os lançamentos de medicine ball são bem mais
descritos pelo termo exercício do ciclo alongamento-encurtamento do que por
pliométricos.
56
ocorre. O músculo é alongado e , então, encurtado. O alongamento armazena
energia elástica. A adição da energia elástica na força normal da ação
concêntrica é uma das razões geralmente utilizadas na explicação da ação
concêntrica mais forte no ciclo alongamento-encurtamento. Outra explicação
comum trata do reflexo neural, que resultaria num rápido recrutamento de
fibras musculares ou num recrutamento de um número maior de fibras
musculares.
57
8 - MECANISMOS RESPONSÁVEIS PELA
MAIOR FORÇA NO CICLO ALONGAMENTO /
ENCURTAMENTO
58
característico do ciclo alongamento-encurtamento. A atividade eletromiográfica,
entretanto, não se altera de forma significativa num músculo que executa uma
ação isométrica e é então alongado ( Thompson e Chapman, 1988). Foi
relatado que a atividade eletromiográfica não apresentou diferenças
significativas entre uma ação muscular com e sem pré-estiramento ( Finni,
Ikegawa e Komi, 2001). Isso indica que a atividade reflexa não é responsável
pelo aumento da força provocado pelo ciclo alongamento-encurtamento.
Claramente, alguns aumentos de força são causados prelo ciclo alongamento-
encurtamento, mas o mecanismo responsável não está completamente
elucidado; de fato, mais de um mecanismo deve estar envolvido.
59
Dessa forma, apesar de o alongamento ser um importante estresse do
exercício para grandes partes das capacidades motoras, ele pode não ser o
fator principal na prevenção de lesões. Os protocolos de alongamento podem
ser vistos como parte de uma estratégia de aquecimento agudo e também
como um tipo de treinamento crônico pra aumentar a amplitude do movimento
articular. Recentes evidências indicam que essas duas interpretações do
alongamento não deveriam ser combinadas, pois o alongamento pode afetar
algumas capacidades de desempenho em determinados protocolos de
aquecimento.
60
9 Conclusão
Sendo assim, pratique isso com seus alunos e observe pois, as melhores em todos os
aspectos aparecerão no resultado final.
61