Tese Roberto Final 16 01 2015 19
Tese Roberto Final 16 01 2015 19
Tese Roberto Final 16 01 2015 19
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Ficha de Catalogação
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Agradecimentos
Distante da minha terra natal, Salvador-Bahia, encontrei um segundo lar no Porto, terra que
Embora não seja possível agradecer a todos que de alguma forma me ajudaram a cumprir
À minha esposa Sara França, pelo amor incondicional que junto com o nosso filho Gabriel
sempre me deu, pelo carinho, apoio, paciência e compreensão, sobretudo nos momentos
À minha família: minha mãe Maria Luíza, minhas irmãs Sheila, Elisângela e Ana Paula e
meus irmãos Robson e Agnaldo, que mesmo à distância sempre me apoiaram, motivaram
prestados.
Aos meus amigos pela amizade, companheirismo e paciência em especial o Drº Daniel
Aos treinadores que tiveram a disponibilidade para resolver de forma presencial ao guião
da entrevista.
Índice
ÍNDICE GERAL
ÍNDICE GERAL ............................................................................................................................................ 7
1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................................................... 21
7
Índice
CAPÍTULO IV ............................................................................................................................................. 85
4.1.1 Importância do treino da condição física como fator diferenciador no alto rendimento e na
formação de novos atletas ................................................................................................................ 87
4.2 Grupo II: Caraterização do treino da força durante a época desportiva: periodização,
meios, métodos e controlo do treino .................................................................................93
4.2.7 Parâmetros do sucesso e insucesso na evolução da equipa na época desportiva ........ 112
5.2 Grupo II: Caraterização do treino da força durante a época desportiva: ...................124
5.2.1 Manifestações da força em períodos específicos e modelos periodização da força ....... 124
8
Índice
5.2.4 Influência dos aspetos técnico-táticos e auto avaliação dos parâmetros de sucesso dos
treinadores ........................................................................................................................................ 126
5.4 Grupo IV: Treino funcional em relação ao treino da força e a prevenção lesões no
basquetebol ....................................................................................................................127
9
Índice
ÍNDICE DE TABELAS
TABELA 10: Intensidade das Cargas, Objetivos e sua Aplicação em Algumas Modalidades
Desportivas
TABELA 11: Número de Repetições por Série e Valor de uma Repetição Máxima
11
Índice
12
LISTA DE ABREVIATURAS
RESUMO
O treino da força e da condição física são aspetos que têm vindo a ser destacados na
literatura como um fator determinante de sucesso nas equipas de basquetebol. Apesar da
existência de diversos estudos sobre a temática do treino da força no basquetebol, a
informação é escassa no que diz respeito a uma orientação ou proposta metodológica de
treino específica da modalidade que contribua para uma melhor performance e para a
prevenção de lesões dos atletas. Assim, o presente estudo teve como objetivo geral:
identificar e analisar a visão dos especialistas do treino da força no basquetebol relativas
ao planeamento e aplicação do treino da força em atletas da modalidade; e como objetivos
específicos: (i) identificar como os especialistas de condicionamento físico do basquetebol
de alto rendimento organizam o treino de forma a desenvolver e/ou manter a força
muscular em atletas de basquetebol; (ii) identificar quais os principais aspetos a ter em
conta num programa de treino eficaz e seguro para o desenvolvimento e manutenção da
força no basquetebol.
Utilizamos como metodologia de estudo uma entrevista semi-estruturada, constituída por
24 questões divididas em 4 grupos distintos (I-IV). A amostra foi constituída por quatro
preparadores físicos (dois de nacionalidade brasileira, um de nacionalidade portuguesa e
um de nacionalidade espanhola), de reconhecimento profissional de alto nível.
Como principais conclusões do estudo realçamos a importância dada ao treino da condição
física. Esta é considerada um fator diferenciador da performance no basquetebol, pela sua
contribuição para o aumento do rendimento físico geral na performance do jogo,
recuperação e prevenção de lesões. As manifestações da força indicadas como prioritárias
foram a força resistência e a força explosiva. Relativamente às formas de planificação do
treino, é considerada como prioritária a estimulação da força através do modelo de blocos
concentrados, assim como o treino em circuito e os métodos de hipertrofia alternados com
métodos neurais; destacamos ainda o microciclo como determinante na orientação e
planeamento do treino no período competitivo. A amostra foi consensual em definir como
prioritário no treino da força em jovens o desenvolvimento do conceito da consciência
corporal, aprendizagem e coordenação motora. Concluimos igualmente que todos os
treinadores recorrem a exercícios funcionais desenvolvidos no próprio pavilhão de
basquetebol. É opinião da amostra que várias lesões são preveníveis através de um
trabalho de força, direcionado e continuado ao longo de todo o ano.
Palavras-chave: basquetebol, treino de força, alto rendimento, treinadores de alto nível.
Abstract
ABSTRACT
The training of strength and physical condition are aspects that have been highlighted in the
literature as a determinant of success in basketball teams. Despite the existence of several
studies on the subject of strength training in basketball, information is scarce with respect to
an orientation or methodological proposal for a specific training mode that contributes for a
better performance and injury prevention for the athletes. Thus, the aims of this study were:
identify and analyze the view of strength training experts in basketball concerning planning
and implementation of strength training in sport athletes; and as specific objectives: (i) iden-
tify how the fitness specialists of high-performance basketball organize training in order to
develop and / or maintain muscle strength in basketball players; (ii) identify the key issues to
be considered in an effective and safe training program in basketball.
We applied a semi-structured interview consisting of 24 questions divided into four distinct
groups (I-IV). The sample was made up of four trainers (two Brazilian, a Portuguese and a
Spanish ), with professional recognition of high level.
The main findings of the study highlight the importance given to the training of physical con-
dition. This is considered a differentiating factor in performance in basketball, for their con-
tribution to the increase in the overall physical performance in game performance, recovery
and injury prevention. Demonstrations of force indicated as a priority were the tensile
strength and explosive power. Regarding the methods of training our sample refered a
preference for the concentrated blocks model as well as the circuit training and alternated
neural and hypertrophy methods; we also highlight the microcycle as a determinant factor in
the orientation and planning of training in the competitive period. The sample was consen-
sual defining as a priority for strength training in young players, the development of body
awareness, learning and motor coordination. We conclude also that all coaches use func-
tional exercises developed in the basketball gym. The use of this type of exercises is justi-
fied by the possibility of developing different manifestations of strength, injury prevention
and also motivational reasons and direct transfer to the specific technicalities of the sport. It
is the opinion of the sample that several injuries are preventable through a well planned,
targeted and sustained exercises throughout the year.
Keywords: basketball, strength training, high-yield, high-level coaches
Introdução
Introdução
CAPÍTULO I
INTRODUÇÃO
Introdução
20
Introdução
1. INTRODUÇÃO
21
Introdução
22
Revisão da Literatura
CAPÍTULO II
REVISÃO DA LITERATURA
24
Revisão da Literatura
2. REVISÃO DA LITERATURA
O basquetebol carateriza-se por ser um jogo que engloba uma grande diversidade
de movimentos, com ou sem bola, concretizados com base na velocidade, habilidade e
força, e que depende do trabalho coletivo dos jogadores e da sua luta direta com o
adversário (Ghermanescu, 1978; Cercel, 1990).
Tavares (1993), confirma o caráter diversificado do jogo de basquetebol,
caraterizando-o por uma grande variabilidade de situações, riqueza de conteúdos e
variações de trabalho e pausas que conferem um caráter intermitente ao jogo, exigindo ao
atleta a capacidade de gerir uma grande e variada quantidade de informação num curto
espaço de tempo (Oliveira, 2001).
O jogo de basquetebol tem uma duração útil de 40 minutos, divididos em quatro
tempos de 10 minutos, com 15 minutos de intervalo e 2 minutos de pausa entre períodos.
Contudo, durante o jogo ocorrem várias interrupções de contagem de tempo (descontos de
tempo, substituições, lances livres, entre outros), fazendo com que a duração de um jogo
possa variar entre 75 a 90 minutos (McInnes et al., 1995).
Caraterizar o esforço de uma modalidade desportiva, implica em termos gerais,
analisar a intensidade e o volume das ações motoras determinantes para o desempenho
em alto nível. Uma vez colhida essa informação é importante compreender alguns dos
fatores a serem considerados no treino, como o caráter metabólico e a magnitude de danos
teciduais causados pela prática competitiva. Podemos observar que no basquetebol, assim
como em outras modalidades coletivas (como o futebol, hóquei e handebol), alternam-se
momentos de alta intensidade (esforços máximos ou muito próximos do máximo) com
períodos de média e baixa intensidade (submáximos), sendo por isso considerada uma
modalidade de caráter intermitente (Ide, 2010).
Habitualmente classificadas como jogos de cooperação-oposição (Moreno, 1994), as
modalidades citadas acima possuem um perfil de atividades acíclicas, apresentando uma
grande variação na intensidade dos esforços realizados. Esta intensidade varia desde o
repouso completo (em situação de espera para reposição da bola em jogo), até exercícios
de curtíssima duração e de alta produção de potência (sprints, deslocamentos laterais e
para trás, saltos, arremessos e mudanças rápidas de direção) (Lopes, 2005).
Revisão da Literatura
26
Revisão da Literatura
27
Revisão da Literatura
28
Revisão da Literatura
29
Revisão da Literatura
A complexidade das ações motoras dos desportos intermitentes exige uma grande
capacidade de força, assim como de velocidade, agilidade e impulsão vertical, sendo no
seu conjunto considerados fatores preditores de sucesso em desportos intermitentes
(Bangsbo, 1994; Hoffman,1996). De fato, um dos motivos que faz com que o basquetebol
exija grandes níveis de força, deve-se à complexidade das ações motoras que o
caraterizam, como por exemplo saltos, mudança de direção, travagens, acelerações e
algumas ações técnicas como os bloqueios e jogo de 1 contra 1 (Lopes, 2005).
30
Revisão da Literatura
2.3 Força
31
Revisão da Literatura
Segundo Bompa (1999), a força pode ser dividida em força geral e específica. A
primeira é entendida como o suporte de todo o programa de treino de força; a segunda, é
definida como a força dos músculos que são específicos dos movimentos de um
determinado desporto, sendo assim direcionada para aprimorar e potencializar as
habilidades específicas de cada modalidade.
De acordo com diversos autores (Araújo, 1982; Cardoso, 2005; Manso et al., 2010 )
a força é classificada em força máxima, força explosiva, força- resistência.
Segundo Platonov (1992), a força muscular pode-se manifestar em regime estático
ou dinâmico, com encurtamento ou alongamento dos músculos. Também Fajardo (1999)
divide a força em suas manifestações estáticas e ativas. Subdivide a primeira em força
estática máxima (ou força isométrica máxima) e em força estática submáxima (ou força
isométrica submáxima) e subdivide a manifestação ativa em força máxima dinâmica, força
inicial, força de aceleração e força explosiva máxima.
Para Raposo (2005), a força muscular pode manifestar-se de três formas: força
máxima, força de resistência e força explosiva ou rápida.
Marques (2004) por sua vez subdivide a Força Máxima (FM) em força absoluta,
força isométrica máxima (FIM), força dinâmica máxima (FDM) e força excêntrica máxima
(FEM).
32
Revisão da Literatura
Segundo Vittori (1988), a divisão da força pode ser feita de acordo com as suas
manifestações ativas ou reativas:
Manifestações ativas: produzidas por um ciclo simples de trabalho muscular. Podem
ser divididas em força dinâmica máxima (FDM), que se manifesta com movimentos
sem limitação de tempo e com a maior carga possível, e em força explosiva (FE),
uma contração que surge com o máximo de velocidade possível.
Manifestações reativas: produzidas por um ciclo duplo de trabalho muscular (ciclo
alongamento-encurtamento), podendo manifestar-se de forma elástico-explosiva
(armazenamento de energia elástica) ou reflexivo-elástica (reflexo de estiramento).
Na maioria dos desportos coletivos e individuais esta classificação da força é
fundamental para um melhor direcionamento do treino, visto que cada modalidade
apresenta, na caracterização do esforço, um tipo específico de manifestação da força. No
caso do basquetebol a força explosiva é forma de manifestação da força de maior
relevância e será aprofundada de uma forma particular.
Ao analisarmos as diversas classificações pelos autores acima citados, percebemos
que há um consenso em relação aos termos força máxima, força de resistência ou ainda
resistência de força; no entanto existem algumas incongruências em relação à nomeclatura
da manifestação da força em relação à velocidade (potência, força explosiva ou força
rápida e força elástica). Nesse sentido os autores especulam que os termos referidos
representam a mesma capacidade motora, apresentando apenas diferenças que são
caracteristicas específicas de cada tipo de força ( descritas mais à frente).
33
Revisão da Literatura
34
Revisão da Literatura
Entende-se por força explosiva a capacidade motora que permite exercer grandes
potenciais de força num período mínimo de tempo, expressando a relação entre força e
velocidade ou entre força e tempo da sua aplicação. Depende fundamentalmente da
capacidade de contração muscular e manifesta-se pela possibilidade de obter um grande
potencial de força atarvés do recrutamento e sincronização instantânea do maior número
de unidades motoras (Badillo & Ayestarán, 1997).
Para Araújo (1982) a força explosiva é uma qualidade física que permite superar
uma resistência através de uma elevada rapidez de contração, sendo determinante em
modalidades ou desportivas que exigem movimentos acíclicos e cíclicos. Zatsiorsky (1999)
e Bompa (1993a) definem a força explosiva como a habilidade de exercer a máxima força
em menor espaço de tempo. De modo similar, Fajardo (1999) considera que a força
explosiva é a capacidade de exercer uma maior capacidade de força no menor tempo
possível.
A força explosiva manifesta-se assim através de um quociente entre a magnitude da
força e o tempo. De acordo com alguns autores (Grosser, Starischka, & Zimmermann,
1988), a força explosiva, sendo uma força que surge no menor tempo possivel; depende,
entre outros, da força máxima, da velocidade de contração muscular e da coordenação
intramuscular. A maioria dos desportos coletivos dependem muito mais da força explosiva
do que da produção de força máxima, sendo necessária em sobretudo em movimentos
acíclicos como arremessos, saltos e nem situações que exigem mudanças rápidas de
direção (Harre, 1982).
Martinez (2009) sintetiza algumas das principais formas de trabalho para o
desenvolvimento da capacidade de força explosiva, tal como se pode ver na tabela 6.
35
Revisão da Literatura
São diversos os autores que tem enfatizado a importância da força explosiva dos
membros inferiores na performance dos atletas no basquetebol, procurando investigar
variavéis relacionadas com a melhoria do rendimento desportivo. Na tabela seguinte são
apresentados alguns estudos que relacionam o treino da força explosiva e o basquetebol
36
Revisão da Literatura
Os efeitos do treino da força são descritos nos estudos de Janeira et al (2003), onde
foi feita uma avaliação dos efeitos do treino pliométrico nos indicadores de força explosiva
(SCM, SC, PMM) em jovens basquetebolistas, tendo sido obtido um resultado
37
Revisão da Literatura
38
Revisão da Literatura
39
Revisão da Literatura
Os principais objetivos do treino de força são considerados por Matveiev (1991) como:
40
Revisão da Literatura
Platonov (1992) afirma que no processo de treino da força muscular os objetivos gerais
devem estar bem definidos, o que implica desenvolver as diferentes manisfestações da
força e aumentar a capacidade de potenciação da força nas ações em competições em
sincronia com as necessidades técnicas. Por outro lado, Marques (2005) considera como
principais objetivos do treino da força definir quais as orientações metódologicas para o
desenvolvimento de cada uma das manifestações de força e anunciar os principais
exercícios de força para o desenvolvimento da performance atlética.
Outro objetivo fundamental do treino de força é o de contribuir para a prevenção de
lesões. Alguns autores tem encontrado resultados bastante significativos no que diz
respeito aos benefícios do treino da força na prevenção de lesões em altetas de várias
modalidades (Badillo & Ayestaran, 1997), contribuíndo assim para que os atletas diminuam
a ausência dos treinos e jogos, apresentando ainda uma maior disponibilidade para uma
atividade segura e eficaz.
Assim os principais objetivos do treino da força no basquetebol podem ser resumidos
como:
Desenvolvimento da força máxima como base para o desenvolvimento das demais
manifestações de força;
41
Revisão da Literatura
É consensual que a força se pode desenvolver através de duas vias principais: a via
hipertrófica e a via neural (Schmidtbleicher, 1992; Badillo & Ayestarán, 1995; Manso et al.,
1996; Bompa, 1999); através da coordenação neuromuscular; intramuscular (através do
recrutamento de unidades motoras ) ou intermuscular (músculos agonistas, antagonistas e
sinergistas) ou de forma estrutural, pela via hipertrófica (aumento da secção transversal do
músculo), (Bompa, 1993b; Marques, 2005a).
A força muscular aumenta progressivamente nas primeiras semanas de treino,
devido aos fatores neurais (Moritani, 1979) enquanto que a hipertrofia surge após 8 a 10
semanas de treino (Vrijens, 1989 ).
Relativamente à hipertrofia, esta é desenvolvida através do aumento da secção
transversal do músculo (Schmidtbleicher, 1992; Badillo & Ayestarán, 1995; Manso et al.,
1996; Bompa, 1999). Os indivíduos com mais fibras tipo II têm maior potencial para
desenvolver processos de hipertrofia, devido à maior predisposição para tal das mesmas
fibras (Schmidtbleicher,1992).
No caso da adaptação neural, a força é desenvolvida através da melhoria da
coordenação neuromuscular intra e intermuscular. A melhoria da coordenação
intramuscular poderá dar-se pelo processo de recrutamento das unidades motoras, pela
frequência do estímulo nervoso e pela sincronização das unidades motoras (Freitas,
1999b).
De acordo com Badillo & Ayestarán (1995) e Bompa (1999), o aperfeiçoamento dos
movimentos de contração e relaxamento dos músculos agonistas e antagonistas provoca
uma melhor coordenação intermuscular.
Em relação aos principais objetivos dos aspetos físiológicos do treino da força,
Marques (2005) aponta como fundamentais os seguintes:
Compreender a função e a importância do músculo esquelético
Por outro lado Badillo & Ayestarán (1997) consideram que a capacidade de um
individuo desenvolver a força muscular depende sensivelmente dos seguintes fatores:
42
Revisão da Literatura
Fatores hormonais
Estruturais Hipertrofia
Recrutamento
Coordenação Intermuscular
Encurtamento Elasticidade
Balanço Anabólico
Hormona de Crescimento
Hormonais
Testosterona
Cortisol
De acordo com Powers (2009) o aumento da força muscular ocorre nas primeiras
semanas após o início de um programa específico de treino de força. Schmidtbleicher
(1992) destaca que as primeiras adaptações são ao nível da coordenação intermuscular, e
que só o aumento da massa muscular provoca melhorias significativas a nivel da força
máxima e força explosiva.
43
Revisão da Literatura
Sabe-se que o treino da força pode induzir alterações no sistema nervoso central,
podendo aumentar o número de unidades motoras recrutadas e a sincronização da
unidade motora durante um determinado padrão de movimento (Powers, 2009; Powers &
Howley, 2000).
Segundo Bojanora (1982), uma rotina de treino resistivo aumenta os níveis de força
máxima e força resistente dos atleta, melhorando ainda os níveis de explosividade e
rapidez, fundamentais em qualquer nível de competição e essenciais no basquetebol.
Considerando que a força máxima é uma componente da potência, os ganhos de
força através da hipertrofia podem assim contribuir para o aumento significativo dos niveis
da potência muscular (Kawamori & Haff, 2004).
44
Revisão da Literatura
No que diz respeito aos elementos do programa de treino da força, Marques (2004)
considera como principais objetivos para o desenvolvimento eficaz dos mesmos:
Por funcionar como um estímulo que provoca adaptação orgânica, Gomes (2002)
afirma que se devem considerar três conceitos de carga: carga externa (a quantidade de
trabalho desenvolvida); carga interna (o efeito que a carga externa propicia ao organismo),
e carga psicológica, conhecida como a carga de treino percebida pelo atleta.
Independentemente do tipo de carga, Moura (2005) afirma que em relação às
alterações no treino, devem-se encontrar como alterações orgânicas especificas as
seguinte adaptações; adaptação geral às cargas (externa, interna e percebida); o stress
físico decorrente das mudanças fisiológicas e uma consequente reação orgânica,
culminando nas adaptações específicas do organismo.
A carga imposta ao atleta durante as sessões de treino, pode ser entendida como
uma combinação de elementos como intensidade, duração e freqüência, que quando
aplicados de maneira apropriada podem promover a adaptação do atleta de forma
satisfatória (Smith, 2003).
45
Revisão da Literatura
Badillo e Ayestarán (1997) acrescentam que o tempo durante o qual o indivíduo está
sujeito a tensão e a duração dos estímulos está relacionado com o número de repetições
realizadas e que a distribuição do volume de treino em pequenas frações provoca um maior
rendimento desportivo e da força muscular.
Mcardle et al. (2002) afirmam que o volume e a intensidade do treino está relacionada
com a periodização da época desportiva por um período específico, cujo objetivo consiste
em prevenir a exaustão na tentativa de alcançar uma intensidade fisiológica máxima para a
competição.
A distribuição do volume em doses adequadas possui um papel muito importante no
aproveitamento do efeito que uma determinada carga possa apresentar. De acordo com
Fleck & Kramer (1997) a frequência e a duração de treino tem um influência direta no
volume, existindo várias formas de quantificar esta variavél. A frequência de treinos refere-
se normalmente ao número de sessões de treino por semana, por mês e ano; este número
46
Revisão da Literatura
Bompa (2002) acrescenta ainda que a força máxima é melhor alcançada através de
exercícios com cargas iguais ou superiores a 90% de intensidade da força máxima, com
uma velocidade de execução do movimento lenta.
Por outro lado, Latiskevits (1991), considera que para o desenvolvimento da força
propriamente dita devem ser utilizados métodos de treino baseados em esforços
extensivos, que consistem em utilizar cargas de 60 a 70 % de 1RM com 8 a 12 repetições,
47
Revisão da Literatura
ou se o objetivo for aumentar a força máxima e o peso corporal do atleta, utilizar cargas de
80%, com 3 a 5 repetições. Na tabela seguinte (tabela 10) é feita uma relação da
intensidade das cargas, objetivos e sua aplicação em algumas modalidades.
Tabela 10. Intensidade das Cargas, Objetivos e sua Aplicação em Algumas Modalidades
Desportivas (adaptado de Dick, 1999)
30 – 50%, 55 – 65%
Todas as modalidades de
Desenvolver a força máxima 3% - 5% do peso corporal),ou exercícios
carácter explosivo
pliométricos específicos
Desenvolver força resistência 40 – 60% (aplicada aos movimentos Canoagem, luta, natação,
para grandes demandas técnicos, ex. corrida em plano inclinado) hockey no gelo
48
Revisão da Literatura
% DE 1RM Nª DE REPETIÇÕES
100 1
95 2
90 4
85 6
80 8
75 10
Bompa (1999) por sua vez, sugere alguns parâmetros como os mais importantes a
considerar no treino para a fase de hipertrofia, descritos na tabela que que segue.
49
Revisão da Literatura
Parâmetros Trabalho
Duração 4 a 6 semanas
Carga 70 - 80%
N° Exercícios 6-9
Repetições 6-12
Séries 4-6/8
Intervalo 3 a 5 minutos
Velocidade Lenta / Média
Frequência semana 2-4
50
Revisão da Literatura
Os meios são definidos como instrumentos que são utilizados no processo de treino.
Nesse sentido Weineck (2002) classifica os em meios de treino organizacionais ( materiais
ou dispositivos de trabalho) e meios de informação (como por exemplo orientação e
descrição verbal dos movimentos).
Entre as formas de organização do treino Harre (1982) destaca como os mais
comuns:
Treino estacionário: realização de todas as séries de exercícios antes de iniciar o
outro (ideal para desenvolver a força máxima)
Treino em séries: alternância das séries ou exercícios (tem como objetivo
desenvolver a força máxima combinada com a força resistência em curtos periodos
de tempo); normalmente utilizado para exercícios localizados.
51
Revisão da Literatura
Araújo (1982) destaca uma outra forma de organização do treino da força muito utilizada
no basquetebol, o treino em circuito. Sobre esta forma de organização muito utilizada
também por outras modalidades desportivas. Zatsiorsky (1999) a este respeito sublinha
que a ideia é estimular o máximo de capacidades ao mesmo tempo; pode ser utilizado em
modalidades com grande capacidade de força máxima e de força resistência (remo,
canoagem), e também em modalidades como o basquetebol.
Entre os meios e materiais mais utilizados, podemos destacar: peso do próprio corpo,
haltéres, máquinas de musculação, bolas medicinais, tubos cirúrgicos, barreiras, escadas,
cordas, plintos, planos inclinados e eletroestimulação (Ehlenz et al., 1990).
Araújo (1982) considera que em cada exercício se trabalha habitualmente com 50% do
número máximo de repetições conseguida em um teste de um minuto, representando 30%
da força máxima. O mesmo autor sugere um circuito composto por seis estações com
exercicíos direcionados para a cadeia anterior e posterior do corpo, de acordo com o
objectivo de cada atleta.
52
Revisão da Literatura
Como já foi referido acima existem diversos métodos para o desenvolvimento da força
muscular. No basquetebol são fundamentais o desenvolvimento da força explosiva, que é
potencializado através do treino pliométrico, bem como o treino combinado.
Na tabela que se segue podemos observar alguns dos métodos adotados por Marques
(2005) para o desenvolvimento da força.
53
Revisão da Literatura
54
Revisão da Literatura
Concêntrico
Excêntrico
Intervalo ( min) 3 2 2 3 3
Intensidade Exercícios
Nos domínios do treino da força explosiva, alguns autores tem estudado os efeitos
do treino pliométrico a partir da aplicação de diversas formulações do treino de força em
jovens basquetebolistas.
Santos e Janeira (2012) avaliaram os efeitos nos indicadores de explosividade em
jovens basquetebolistas. A amostra foi constituída por 3 grupos experimentais e 1 grupo
controlo, todos formados por jovens cadetes. Ao longo de 10 semanas (frequência bi-
semanal), os grupos experimentais e grupo de controlo, paralelamente à prática de
basquetebol, foram submetidos, respetivamente, a um programa de treino complexo (GTC;
n= 15; idade média de 14.5 anos), a um programa de treino pliométrico (GTP; n = 14;
idade média de 14.4 anos), e a um programa de treino resistivo (GTR; n = 15; idade média
de 14.5 anos). O grupo de controlo (GC; n = 10; idade média de 14.2) esteve apenas
envolvido com a prática regular do basquetebol. Os resultados revelaram muitas
56
Revisão da Literatura
57
Revisão da Literatura
Alguns autores referem-se ao termo treino complexo como uma forma de alternar
cargas leves e pesadas (Fleck & Kontor, 1986; Young et al., 1998; Duthie et al., 2002). O
termo treino complexo foi introduzido por Verkhoshansky (1966) e baseia-se no princípio de
que exercícios básicos para o desenvolvimento da habilidade reativa sejam realizados em
uma condição de aumento da excitabilidade do sistema nervoso central (resultante de
exercícios preliminares com exigência de grande esforço).
Schmidtbleicher (1992) defende que num período de treino similar, a utilização de
métodos de hipertrofia muscular seguidos de métodos de força explosiva ou velocidade de
desenvolvimento da força parecem ser de maior utilidade que os métodos mistos.
58
Revisão da Literatura
podem aumentar o controlo motor e a coordenação geral num nivel superior relativamente
às máquinas de musculação.
Comparando as máquinas de musculação com os pesos livres, estes últimos
apresentam como principais vantagens: baixo custo, mobilidade e uma adequação mais
exacta da carga em relação ao peso corporal.
2.3.8.1 Exercícios
59
Revisão da Literatura
Num estudo realizado por Freitas (1999a), foram destacados como meios de
primeira escolha para o desenvolvimento da força muscular as bolas medicinais e
lastradas, seguindo-se as barreiras, os bancos e o trabalho em treino-circuito. Os pesos e
halteres, os saltos em profundidade e a utilização do próprio corpo como meio de exercício
foram também muito frequentes. As máquinas de musculação, as escadas, os saltos sem
carga e/ou sem obstáculos apesar de menos indicados na amostra global que os meios
anteriores revelaram frequências de utilização de 62,5% o que não pode deixar de ser
considerado importante. As cordas e outros meios, como os coletes lastrados ou os
recursos naturais foram os menos referidos. Marques (2004), sugere alguns exercícios
fundamentais para o desenvolvimento da força geral que se encontram descritos na tabela
que se segue.
Tabela 16. Exercícios para o Desenvolvimento da Força Geral
Exercícios Frequência Observações
Semanal
Supino 2 Incremento de 5% de 1 RM
por semana
Remada 2
Arranque de força 1
60
Revisão da Literatura
61
Revisão da Literatura
62
Revisão da Literatura
desenvolvimento do treino. Os microciclos tem uma duração média de uma semana, mas
podem variar entre 3 a 14 dias.
Seiru-lo Vargas (1987) sintetiza algumas questões importantes no trabalho das equipas
de desportos coletivos, tais como: existência de competições todas as semanas, controlo
das cargas de treino e ciclos semanais. Refere ainda optar por microestruturas de
adaptação (microciclos), sempre de acordo com os princípios de supercompensação.
No que se refere ao macrociclo de treino, Castelo (2000) considera que este é
constituído por um conjunto de microciclos destinados a abordar um ou mais objetivos do
período de uma dada etapa de preparação do atleta.
De acordo com Manso et al. (1996) o macrociclo engloba um conjunto de objetivos
traçados para um processo completo de treino com uma finalidade concreta, no qual se
inclui uma fase de competição. Tradicionalmente uma época de treino divide-se em 3
partes:
Período Preparatório;
Período Competitivo;
Período Transitório.
Um mesociclo é um sistema de treino que engloba vários microciclos e tem uma
duração média de 4 semanas podendo variar entre 2 a 6 semanas (Zatsiorsky, 1995).
Marques (2005) considera que habitualmente é utilizado no início do mesociclo um
maior volume, contrastando com uma menor intensidade de carga externa, e à medida que
as semanas decorrem ocorre uma situação inversa (o volume do treino diminui enquanto
ao intensidade de carga externa aumenta).
Podemos assim concluir que o planeamento e a periodização do treino em desportos
coletivos estão altamente condicionados pela longa duração do quadro competitivo. Dessa
forma a periodização torna-se fundamental na manutenção de programas de treino
equilibrados e objetivos.
63
Revisão da Literatura
64
Revisão da Literatura
2. Concentração das cargas de trabalho num mesmo periodo por menos tempo;
65
Revisão da Literatura
Por esse motivo, deve ser prestada uma atenção especial à pesquisa do
conhecimento inerente aos fatores que influenciam decisivamente o aumento da
capacidade de trabalho dos basquetebolistas, bem como as suas relações e contribuições
nos diferentes momentos da temporada (Moreira et al., 2005).
Planear e periodizar o treino de força é um grande desafio para uma grande parte
dos treinadores de basquetebol. O fato de os períodos competitivos serem bastante longos,
condiciona de alguma forma os programas de treino de força. A longa duração do período
competitivo implica a necessidade de uma manutenção dos ganhos de força, pelo que
quanto maior for o periodo competitivo, mais importante será a manutenção dos ganhos
adquiridos. Nesta linha de raciocínio, Hilyer (1989) refere-se à importância da planificação
no treino do basquetebol, destancando que a mesma é necessária para a realização de
uma temporada com o rendimento máximo possivel dos atletas. Moreira (2005) destaca
uma metodologia clássica de estruturação do treino com períodos bem definidos: período
preparatório, competitivo e transitório, uma metodologia utilizada particularmente por
alguns treinadores brasileiros. (Hilyer & Hunter, 1989)
Siff e Verkhoshansky (2000) citam dois sistemas de distribuição das cargas de
treino. Um sistema tradicional, que consiste na organização do treino de forma concorrente
e de utilização da carga de uma forma diluída, compreendendo ainda um treino paralelo
das várias capacidades motoras e suas manifestações (nomeadamente força, velocidade e
resistência), ao longo de um mesmo período. Um segundo sistema, descrito como
contemporâneo, e que tem sido alvo de utilização e investigação pelos especialistas do
desporto mundial atual, denominado de sistema de cargas concentradas.
Os modelos referidos acima são os mais utilizados no basquetebol, principalmente
por equipas de alto rendimento, e tem sua aplicação defendida nos estudos de Oliveira e
Silva (2001) no voleibol e de Moreira e colaboradores (2004) no basquetebol.
Carvalho (1996) expõe uma sequência de trabalho das várias manifestações de força: (C
Carvalho, 1996)
1. Em primeiro lugar, deve solicitar-se a força resistência;
2. Em segundo lugar, o objetivo deve ser a força máxima, através de um período inicial
dedicado à hipertrofia muscular, seguido de um período dedicado aos fatores
neurais;
3. Segue-se por fim a solicitação da força rápida e força reativa.
recuperação, os objetivos das sessões de treino e a ordem dos exercícios. O mesmo autor
salienta que devem ser selecionados em primeiro lugar os grandes grupos musculares com
controlo do incremento dos níveis de força equilibrando a sua transferência para o jogo.
Cometti (2002) destaca que para solicitar as fibras de contração rápidas deve-se
trabalhar com cargas mais elevadas ( 80% de 1 RM) com um máximo de seis repetições.
Outra consideração importante é o posicionamente correto do atleta, na utilização da
execução do movimento com uma postura adequada, a qual será essencial para a
prevenção de lesões.
No que diz respeito à força explosiva, capacidade física presente em grande parte das
ações dos jogadores de basquetebol, Comas (1991) destaca que o desenvolvimento eficaz
não é obtido de forma isolada, e que é necessário conhecer as caracteristicas individuais
de cada jogador, relativas aos gestos técnicos e músculos envolvidos para definir o tipo de
treino de força a aplicar.
Cervera (1996) ,no planeamento da força explosiva, indica a necessidade, durante o
período preparatório, da utilização de métodos de treino que visem o desenvolvimento da
força explosiva e dos fatores neurais. Durante o período pré-competitivo, deve ser aplicado
o fator hipertrofia e utilização de cargas ligeiras (< 70-80% 1RM) e cargas pesadas (> 80%
1RM). No período competitivo devem continuar a ser utilizadas cargas ligeiras e pesadas.
Ao longo dos dois períodos iniciais, devem ser ainda considerados treinos que visem
trabalhar a força máxima.
Alguns autores (Moreira 2004; Cheng, 2003; Vencino, 2009) realizaram estudos muito
interessantes em relação à aplicação do planeamento e periodização do treino no
basquetebol e a alguns indicadores de rendimento nessa modalidade, nomeadamente à
força explosiva. Num estudo de Vencino constituído por atletas do sexo feminino da equipa
da primeira divisão B da liga espanhola de basquetebol foi feita uma exposição detalhada
da periodização e planeamento do treino com atletas de basquetebol. O modelo de
periodização utilizado foi o de Seirul-lo Vargas (1994), um modelo baseado nas oscilações
de pequenas cargas de treino dentro de cada macrocilo de preparação. Como resultado
final o autor conclui que quanto maior é o nivel técnico de uma equipa maior importância
deve ser dada à planificação do treino a longo prazo para que seja obtido sucesso, sendo
para isso fundamental ser um estudioso dos princípios e métodos do treino desportivo.
Moreira et al. (2004) por sua vez, analisaram as alterações dos indicadores de
velocidade e de força (explosiva) do treino segundo os conceitos do sistema de preparação
de cargas seletivas durante um mesociclo do período pré-competitivo. Nesse estudo, a
67
Revisão da Literatura
amostra foi constituída por nove atletas do sexo feminino de uma equipa sénior de
basquetebol do Brasil. O mesociclo de treino teve a duração de cinco semanas (cinco
microciclos de treino) com uma utilização seletiva das cargas dirigidas ao aperfeiçoamento
da resistência e da força, com um aumento gradual do volume de realização dos exercícios
de alta intensidade metabólica e de caráter especializado. Os resultados demonstraram
uma alteração positiva e estatisticamente significativa para todas as variáveis analisadas.
Cheng et al. (2003) procuraram conhecer os efeitos do treino da força em vinte jovens
basquetebolistas do sexo masculino com idades compreendidas entre os 16 e os 19 anos.
A amostra foi dividida em dois grupos: um grupo experimental (GE) e um grupo controlo
(GC). Todos os sujeitos foram envolvidos no programa de treino completo. Os resultados
encontrados comprovaram a efectividade do treino combinado para a força explosiva (8
semanas com pesos e pliométria) com aumento significativo do SCM, embora sem
resultados significativos nos saltos contínuos.
Face ao longo calendário competitivo nos jogos desportivos, os autores acreditam que a
tendência seja de manter o estímulo da força muscular distribuída em microciclos
específicos duarnte toda a época desportiva.
Relativamente às exigências da força no basquetebol, esta caracteriza-se pela
manifestação da força explosiva nas diversas ações do jogo (Araújo, 1982; Janeira, 1994;
Santos, 2009 ), nomeadamente nos saltos verticais (no ressalto ofensivo e defensivo),
sprints em contra-ataque e em recuperação defensiva, lançamentos em suspensão e
deslizamentos defensivos (Araujo, 1982; Santos, 2009). Além disso, estas ações devem
ser executadas repetidamente durante longos períodos de tempo, o que requer força de
resistência para manter altos níveis de desempenho (Araújo, 1982; Kraemer, 1987;
Janeira, 1994; Marques, 2004; Santos, 2009).
Janeira (2002) considera que apesar da natureza universal do jogo de basquetebol, há
ainda muito a descobrir acerca das exigências fisiológicas e dos métodos de treino mais
apropriados para produzir modificações substanciais nas respostas dos atletas face às
exigências das competições. A pluralidade dessas exigências e a sua diversificação
situacional reclama dos atletas a expressão máxima das suas capacidade (Tavares, 1993).
Decorrentes das suas múltiplas funções, os jogadores de basquetebol solicitam ao
longo do jogo, diversas formas de manifestação das capacidades físicas (resistência, força,
velocidade, destreza, flexibilidade) com utilização predominante da força em três formas
68
Revisão da Literatura
básicas: força máxima, força resistente e força explosiva, com destaque para as ações de
carácter explosivo (Santos, 2009).
Araújo (1982) considera as qualidades físicas acima referidas como essenciais para
uma melhor performance no basquetebol, no entanto, no processo de preparação física da
equipa, destaca a necessidade de relacionar essas qualidades físicas, os métodos de
treino e a periodização do treino, segundo uma ordem temporal específica preconizada
pelas leis científicas do treino.
69
Revisão da Literatura
70
Revisão da Literatura
O conceito de treino funcional (TF) tem vindo a sofrer grandes alterações ao longo
da última década, apresentando-se cada vez mais como uma tendência na metodologia do
treino. É um paradigma baseado no espaço comum entre a reabilitação e a condição física
(NSCA, 2005).
Apesar da multiplicidade de definições de TF, apresentam-se de seguida algumas:
Um contínuo de exercícios abrangendo equilíbrio e propriocepção, sem a utilização
de máquinas, com o objetivo de desenvolver a força em condições instáveis e
gestão do peso corporal em todos os planos do movimento (Boyle, 2003).
71
Revisão da Literatura
2.4.1 Lesões
72
Revisão da Literatura
73
Revisão da Literatura
Exercício Descrição
Marcha cruzada em uma linha Caminhar sobre uma linha com a colocação dos pés um à frente do
(de frente e de costas) outro, mantendo o olhar em frente
Medicine Ball Apoio unipodal sobre a medicine ball com semiflexão do joelho e
tronco, e posteriormente, após o atleta estar em posição de equilíbrio
encerrar os olhos
Minitramp Apoio unipodal sobre o minitramp com semiflexão do joelho e tronco,
e posteriormente, após o atleta estar em posição de equilíbrio
encerrar os olhos
Balancin Apoio bipodal, o atleta sobe para o balancini com os pés na posição
transversal com semiflexão do joelho e tenta equilibrar-se; quando
mostrar facilidade em executar o exercício pede-se para encerrar os
olhos.Posteriormente é realizado o exercício com apoio unipodal.
74
Revisão da Literatura
75
M Materais e Métodos
Materais e Métodos
CAPÍTULO III
MATERIAIS E MÉTODOS
77
Materais e Métodos
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M Materais e Métodos
3. MATERIAIS E MÉTODOS
3.1 Metodologia
Este estudo adota uma metodologia qualitativa para avaliar a visão de especialistas
do treino (treinadores e preparadores físicos) do alto rendimento de basquetebol, no que
diz respeito ao treino da força. Esta metodologia foi utilizada para permitir uma visão mais
aprofundada e detalhada, mas também personalizada dos treinadores da amostra.
Segundo Barone e Eisner (1997), as observações feitas a partir da interpretação
qualitativa são consideradas válidas e reconhecidas pela comunidade científica. Como
refere Patton (1990) e Stake (1995), estudos que apresentam desenhos qualitativos
transmitem de uma forma mais clara as situações ocorridas na vida real, facilitando a sua
interpretação.
A entrevista é uma das técnicas de recolha de dados utilizadas na investigação
qualitativa. Segundo a definição de alguns autores a entrevista consiste no
desenvolvimento da precisão, focalização, fidedignidade e validade de certo ato social
como a conversação, e tem como objectivo principal a obtenção de informações do
entrevistado sobre determinado assunto (Lakatos, 1985 citado por Paiva, 1994). Ainda de
acordo com Denzin (2000), a entrevista é uma das formas mais poderosas de entender o
ser humano.
Foi assim escolhida uma entrevista aberta e semi-estruturada por nos parecer mais
ajustada ao estudo exploratório proposto, já que permite que os entrevistados exponham
as suas ideias de forma mais aberta, facilitando as respostas sem constrangimentos.
Para a construção do guião de entrevista, foi inicialmente realizada uma revisão da
literatura, com base em manuais da modalidade, livros, revistas, publicações periódicas e
na internet sobre a força muscular. A revisão da literatura permitiu-nos identificar,
selecionar e categorizar quais os conteúdos que viriam a ser determinantes para a
construção do guião de entrevista. Tivemos igualmente como base outros instrumentos
semelhantes (Freitas, 1999b; Paulo, 2007; Pohl, 2007; Queiroga, 2005).
A entrevista (anexo I) foi constituída por um total de 24 questões divididas em 4
grupos distintos, cujos objetivos foram a identificação das características do treino da força
adotado pelos treinadores/preparadores físicos de alto rendimento no basquetebol.
Materais e Métodos
80
Materais e Métodos
que era pretendido, sendo dada a oportunidade de corrigir alguma informação que
aparentemente estivesse incorreta.
Os dados foram analisados utilizando processos indutivos e dedutivos. A estratégia
de análise de dados resultou de uma adaptação de quatro passos metodológicos descritos
por Côté et al (1993): preparação de dados, criação de unidades significantes (i.e excertos
de texto que contêm uma ideia, conceito ou informação que possam ser interpretados
isoladamente), criação e conceptualização de categorias e subcategorias que capturem a
essência da informação dada e por fim codificação de cada unidade dentro das categorias
e subcategorias apropriadas.
Após leitura das entrevistas e do diverso material recolhido, foi efetuada uma
classificação de todas as unidades significativas, nas respetivas categorias e
subcategorias, efetuando-se ainda uma pesquisa de casos negativos, isto é deteção de
excertos das entrevistas que contradissessem, negassem ou tirassem força a alguma ideia
anteriormente referida, extraindo as reais conclusões dos diversos temas focados ( Murphy,
et al., 1998). Para além disso a constante consultadoria com especialistas em análise
qualitativa permitiu-nos conduzir de forma cuidada todo o processo de recolha e análise de
dados.
A organização das questões encontra-se descrita na tabela que se segue (Tabela
20), para facilitar a análise e discussão dos dados.
Grupo I
Grupo II
Modelos de periodização
Caraterização do treino da força Planeamento
durante a época desportiva: Macrociclo
periodização, meios, métodos, e
controlo do treino Microciclos (PP.PC)
Meios Materiais
Organizacionais
Exercícios utilizados
Métodos de desenvolvimento Mecanismos
Tipo de esforço
Métodos combinados
Tempo de recuperação
Variação das Cargas
Grupo III Categoria Subcategoria
Treino da força nos escalões de Importância Controlo Motor
81
Materais e Métodos
formação
Desenvolvimento
Treino funcional:
Treino funcional e a relação com o Definição
treino da força e a prevenção lesões Importância
Relevância Prevenção de lesões
Anos de
T Idade Nacionalidade Graduação Nível AT Função
Experiência
Licenciado em
Preparador físico - Equipa
Desporto;
Sénior;
Especialista em Treino
T1 34 Brasileira 12 Nível III Coordenador da preparação
Desportivo;
física nos escalões de
Pós-graduação em
formação.
Fisiologia do exercício;
Preparador físico - Equipa
Sénior
T2 36 Brasileira 10 Licenciado em Desporto Nível II Coordenador da preparação
física nos escalões de
formação
Preparador físico - Equipa
Licenciado em Desporto Sénior;
T3 42 Portuguesa 5 Doutoramento em Nível I Coordenador da preparação
Ciência do Desporto física nos escalões de
formação.
T4 37 Espanhola 17 Licenciado em Desporto Nível III Preparador físico - Equipa
82
Materais e Métodos
Doutoramento em Sénior;
Ciência do Desporto Coordenador da preparação
física nos escalões de
formação
A idade média dos inquiridos foi de 38 anos, com uma média de 11 anos de
experiência como treinadores ou preparadores físicos de equipas de basquetebol. Quanto
às habilitações específicas todos são licenciados em desporto, um treinador possui
especialização em treino desportivo e pós-graduação em fisiologia do exercício e dois
treinadores possuem doutoramento em ciências do desporto. Todos os profissionais tem
funções de preparador físico e todos possuem o curso federativo de nível não inferior a I,
de treinador de basquetebol, apesar de não serem obrigados a possuir certificado de
treinador.
Mantendo os critérios de seleção optamos por não restringir a entrevista a
treinadores portugueses, tornando a amostra mais eclética. Assim a amostra foi constituída
por dois treinadores de nacionalidade brasileira, um de nacionalidade portuguesa e um de
nacionalidade espanhola.
Todos os inquiridos trabalham com equipas masculinas. Quanto ao nível técnico,
todos os treinadores trabalham com equipas séniores. Outra característica significativa da
amostra é o fato de todos os elementos terem experiência como treinadores e/ou
preparadores físicos na formação de jovens atletas e na coordenação do departamento de
preparação física nos escalões de formação das suas equipas.
As equipas do treinador T1 e T4 são compostas por um treinador principal, dois
treinadores adjuntos, um fisioterapeuta e um médico. As equipas do treinador T2 e T3 são
formadas por um treinador principal, um treinador adjunto e um fisioterapeuta. Uma
característica relevante da amostra é a variabilidade geográfica. Dos profissionais
brasileiros, todos trabalham com equipas brasileiras de alto nível sendo que um deles
integra a seleção nacional do seu país no escalão principal como preparador físico,
possuindo assim vasta experiência internacional. O treinador/preparador físico português,
para além de experiência como treinador na liga de seu país, trabalha fundamentalmente
na formação de novos talentos e possui também vasta experiência internacional como
preparador físico de atletas de outras modalidades como por exemplo no atletismo. O
treinador/preparador físico espanhol para além de experiência internacional, trabalha na
83
Materais e Métodos
formação de novos talentos assim como o treinador português e prepara os seus atletas
para jogar em alto nível em um dos campeonatos nacionais mais competitivos da Europa.
Em síntese, analisando esta distribuição, podemos observar que todos os
treinadores: apresentam formação acadêmica em educação física e desporto ( e têm no
mínimo formação nível I de treinador de basquetebol); todos foram atletas da modalidade
(adiciona um conhecimento teórico e prático adicional) e todos coordenam o departamento
de preparação física dos seus clubes onde trabalham com a formação de jovens atletas.
84
Apresentação e Discussão dos Resultados
CAPÍTULO IV
APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
85
Apresentação e Discussão dos Resultados
86
Apresentação e Discussão dos Resultados
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Apresentação e Discussão dos Resultados
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Apresentação e Discussão dos Resultados
89
Apresentação e Discussão dos Resultados
plano dentro da nossa periodização para adaptar o que for preciso para obter
um bom desepenho na competição”.
“Em primeiro lugar é necessário analisar o tempo que o atleta necessita para
estar disponivel a atuar em alta perfromance no alto rendimento e a partir
daí preparamos a base para que o atleta suporte toda a carga e intensidade
que o jogo vai impor”.
90
Apresentação e Discussão dos Resultados
“Há estudos que mostram cada vez mais que a componente do treino aeróbio
é muito significativa no basquetebol e tem uma importância decisiva nos
níveis de potência aeróbia”.
“Os atletas necessitam de niveis de potência aeróbia muito altos para permitir o
grande nivel de sustentabilidade ao longo de todo o jogo”.
91
Apresentação e Discussão dos Resultados
93
Apresentação e Discussão dos Resultados
Por outro lado o teinador T3 para além de destacar a força explosiva como
fundamental no alto rendimento salientou que:
“A força pode ser importante mas também pode ser altamente prejudicial
para o rendimento de um atleta de basquetebol, já que para ser eficaz e
favorável, tem de permitir aumentar os nivéis de velocidade do atleta. A
relação força/velocidade é decisiva no basquetebol pelo que é necessário
que o jogador seja capaz de reproduzir exercícios ou trabalho com a
componente velocidade associada a uma manifestação da força”.
94
Apresentação e Discussão dos Resultados
95
Apresentação e Discussão dos Resultados
“Eu priorizo o treino em bloco mas primeiro preparo o jogador para as demais
qualidades físicas, treinando cada uma delas. A primeira qualidade física que
trabalhamos é a resistência de força, e a partir dai treinamos a força pura, a
força explosiva e de seguida as demais qualidades físicas”.
96
Apresentação e Discussão dos Resultados
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Apresentação e Discussão dos Resultados
98
Apresentação e Discussão dos Resultados
“ O treino da força é feito durante todo o ano com orientação distinta para
cada fase da periodização ”
99
Apresentação e Discussão dos Resultados
100
Apresentação e Discussão dos Resultados
Preparação Preparação
2 Competição Transição
Geral Específica
101
Apresentação e Discussão dos Resultados
4.2.4 Meios
102
Apresentação e Discussão dos Resultados
103
Apresentação e Discussão dos Resultados
4.2.5 Métodos
104
Apresentação e Discussão dos Resultados
105
Apresentação e Discussão dos Resultados
106
Apresentação e Discussão dos Resultados
107
Apresentação e Discussão dos Resultados
109
Apresentação e Discussão dos Resultados
111
Apresentação e Discussão dos Resultados
de força e velocidade, para que por sua vez os movimentos possam ser
rápidos e interpretados na velocidade solicitada. Não podemos deixar de ter em
consideração que a equipa adversária vai tentar constantemente impedir ações
ofensivas, e portanto a rapidez na antecipação de situações do jogo e a
velocidade com que os atletas interpretam as situações e ocupam os espaços,
são determinantes para a construção de uma equipa rápida e inteligente do
ponto de vista físico e técnico. Salientou por isso que é fundamental que os
treinadores de alto rendimento evoluam no campo da integração da equipa
multidisciplinar.
112
Apresentação e Discussão dos Resultados
113
Apresentação e Discussão dos Resultados
114
Apresentação e Discussão dos Resultados
115
Apresentação e Discussão dos Resultados
116
Apresentação e Discussão dos Resultados
117
Apresentação e Discussão dos Resultados
Depois de ter sido questionado como era realizado esse estudo nos
atletas, o treinador explicou o seguinte:
“O exame é feito através da colheita de tecido mucosa bucal, onde vão ser
testados 4 marcadores genéticos, com pesquisa de um vetor que permite
identificar a capacidade que cada atleta tem para desenvolver a força e
resistência”.
118
Apresentação e Discussão dos Resultados
119
Apresentação e Discussão dos Resultados
120
CAPÍTULO V
CONCLUSÕES
121
Conclusões
122
Conclusões
5. CONCLUSÕES
123
Conclusões
124
Conclusões
126
Conclusões
127
Conclusões
que desde a sua formação querem e podem chegar mais longe na sua carreira
profissional.
129
Bibliografia
130
Bibliografia
CAPÍTULO VI
BIBLIOGRAFIA
131
Bibliografia
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140
Anexos
CAPÍTULO VII
ANEXOS
141
Anexos
142
Anexos
7. ANEXOS
Caro Treinador,
Esta entrevista pretende colher informações sobre a sua experiência e suas
idéias a cerca da preparação física com atletas de basquetebol nomeadamente
no que diz repeito ao treino especifico da força, no que diz respeito aos meios,
métodos,periodização, avaliação e controlo do treino e a sua aplicação nos
diversos escalões.
Dados Demográficos
Nome:
Profissão
Escolaridade/ Graduação:
Licenciado em Educação Física e Desporto
Mestre em Educação Física e Desporto
Doutoramento em Ciências do Desportivas
Outras Formações Superiores
_______________________________________________________________
________
Escola (s) de Formação Superior:
_______________________________________________________________
________
Formação Federativa: Nível____Treinador Nível_____________ Modalidade
(s)________Basquetebol_____________
Citar modalidades:
143
Anexos
Questões Grupo I
Questões Grupo II
144
Anexos
Período de Preparação
2ª 3ª 4ª 5ª 6ª S D
2ª 3ª 4ª 5ª 6ª S D
145
9. Que formas de organização do treino privilegia? Quais destas formas de
organização do treino são mais utilizadas pela sua equipa?
_____________________________________________________________
____________________________________________________________
11. Na sua equipa quais são os métodos utilizados para desenvolvimento
da força?
_______________________________________________________________
12. Que vias utiliza para desenvolver a força na sua equipa?Via neural, via
hiperttrófica, ambas?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
23. Aplica algum método de avaliação nos atletas? Considera que o treino
funcional pode contribuir para prevenção de lesões no basquetebol? Quais os
grupos musculares mais acometidos no basquetebol?
148