Aula 3 Evento Xeque Mate
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Carolina Mueller
@psi.carolinamueller
Carolina Mueller
2 - Sentir culpa por ter dado tudo errado ou ter um sentimento de dever com
relação a essa pessoa, de não poder abandoná-la. Sentir pena da pessoa tóxica a
pesar de tudo que ela fez de ruim. A empatia e tolerância são sub-traços de
personalidade típicos de sobreviventes de RAPs. Você não pode deixar a sua empatia
elevada te manter em uma situação de vida tóxica! E a empatia consigo? E a
autocompaixão? Autocompaixão não é ter pena de si, e, sim, fazer escolhas que
fazem bem para você.
3 - Acreditar que não consegue viver e nem ser feliz sem a pessoa apesar do
dano que ela te causa. Isso tem nome… Esse é o vínculo traumático (chamado de
abstinência no coloquial). Ele mantido pela dissonância cognitiva em combinação
com os sintomas de trauma.
"Parece ser até mesmo algo espiritual, energético, a conexão que sinto."
"Sinto a presença da outra pessoa, sem ela estar aqui, parece que entrou na minha
cabeça."
Por mais contra-intuitivo que pareça, ficar falando sobre o que aconteceu é o MAIOR
erro de sobreviventes, porque piora a dissonância cognitiva - faz você lembrar das
partes ruins mas também das partes boas (isso te confunde) e piora os sintomas de
trauma: a ansiedade, a depressão, o sentimento de culpa, vergonha, abandono. Fora
os problemas de memória, concentração, sono perturbado, pesadelos, exaustão,
dores no corpo e muito mais.
Cada vez que você re-vive essas memórias, pensa sobre, fala sobre, o trauma vai
ficando PIOR porque as vias neurais vão se fortalecendo. O seu cérebro fica exausto
de tão ativado, é como se estivesse pegando fogo. É claro que ninguém faz isso de
propósito ou sabendo que está piorando cada vez mais o seu trauma.
A sua percepção é de que se você falar sobre isso, uma hora você vai conseguir
colocar tudo isso para fora e vai se aliviar. Mas, na verdade, tragicamente, não é isso
que acontece. Pelo contrário. Você piora com o passar do tempo.
Para conseguir fazer isso, você precisa parar de se expor a gatilhos que te lembrem
o RAP como filmes, livros, pessoas que te contam notícias dessa pessoa. E para
quem convive, sim, esse é um desafio adicional gigantesco. Não é uma situação
ideal.
Agora. Se você não pode falar sobre, como você vai se recuperar? Fingir que não
aconteceu? Não. Não é isso. Eu identifiquei 5 pilares essenciais para a
recuperação de um RAP. E vou te mostrar o mapa da recuperação a seguir.
PILAR 1 - Psicoeducação
Sem conhecimento, não temos a menor chance. Precisamos entender a
personalidade patológica, mas também as sequelas desse relacionamento e a sua
estrutura de personalidade como sobrevivente.
Por isso, precisamos viver e processar o luto pelas perdas (ex. perda da fantasia
compartilhada, perda de um estilo de vida, de uma família, de tempo de vida, de si).
A sua própria personalidade também tem um papel nisso tudo. Por isso, é essencial
aprender a confiar em si novamente e nas pessoas certas, evitando cair vítima de
pessoas tóxicas no futuro, sabendo escolher e construir relacionamentos
emocionalmente seguros e recíprocos.
MENTORIA ÂNIMA
pré-inscrições abertas
A Mentoria ÂNIMA é o meu programa online completo de recuperação
para sobreviventes de relacionamentos amorosos patológicos (RAPs).
SAIBA MAIS