SUS - Catarina Leite
SUS - Catarina Leite
SUS - Catarina Leite
ABSTRACT The paper sought to characterize the scientific production on the financing of the
Unified Health System, from 1988 to 2016, based on the search in different databases. The ar-
ticles analyzed were mainly characterized by criticizing the various forms of financing already
implemented by the health system since its institution. Others showed the evolution of spend-
ing in certain areas characterized as indispensable, such as Primary Care and Medium and
High Complexity. In the articles, Constitutional Amendment 29 stands out, quoted in almost all
studies, as well as the issue of resource management.
1 UniversidadeFederal da
Bahia (UFBA), Instituto
de Saúde Coletiva (ISC) –
Salvador (BA), Brasil.
[email protected]
2 Universidade Federal da
DIVULGAÇÃO EM SAÚDE PARA DEBATE | RIO DE JANEIRO, N. 58, P. 115-129, JUL 2018
116 Sousa RS, Soares CLM
DIVULGAÇÃO EM SAÚDE PARA DEBATE | RIO DE JANEIRO, N. 58, P. 115-129, JUL 2018
Financiamento do Sistema Único de Saúde: uma revisão da literatura 117
DIVULGAÇÃO EM SAÚDE PARA DEBATE | RIO DE JANEIRO, N. 58, P. 115-129, JUL 2018
118 Sousa RS, Soares CLM
dispondo sobre os valores mínimos a serem criado com a perspectiva de ser um novo
aplicados pela União, estados, Distrito Federal modelo de repasse de recursos federais do
e municípios anualmente. SUS, substituindo os repasses que eram re-
Destaca-se a relevância dessa lei, que es- alizados por meio de seis blocos temáticos
tabelece o que serão considerados despesas (Portaria GM, MS nº 204/2007), os quais
com ações e serviços públicos de saúde, ou passam a ser feitos em duas modalidades:
seja, ela define o que pode ou não ser finan- custeio e investimento. Ademais, o projeto
ciado com recursos destinados à saúde, des- pretende ‘enxugar’ as mais de 17 mil por-
tacando-se ainda os percentuais mínimos a tarias relacionadas com o SUS, sendo 707
serem aplicados exclusivamente à saúde, portarias normativas. A transferência será
além de trazer critérios sobre a transparên- realizada em conta financeira única que não
cia, visibilidade, fiscalização, avaliação e permite transferência para outras contas, e o
controle dos gastos em saúde20. recurso só poderá ser gasto no que tiver pre-
O Movimento Saúde+10, no ano de 2013, foi visto no planejamento24.
apoiado por vários segmentos da sociedade Essas mudanças no financiamento, ao
brasileira, que teve como objetivo coletar as- longo do tempo, produziram efeitos nos sis-
sinaturas para um Projeto de Lei de Iniciativa temas e serviços de saúde em todas as esferas
Popular que assegurasse o repasse integral de de governo. Reunir as evidências produzidas
10% das receitas correntes brutas da União podem revelar seus elementos positivos e
para a saúde, alterando a Lei Complementar nº negativos, bem como trazer possíveis expli-
141/2012. Foram coletadas 2,2 milhões de assi- cações para o subfinanciamento constante.
naturas auditadas, e foi apresentado o Projeto Dessa forma, o presente trabalho sis-
de Lei de Iniciativa Popular (PLC nº 321/2013) tematiza a literatura produzida acerca do
ao Congresso Nacional21. financiamento em saúde, à luz dos marcos
Em 2015, em contraponto ao Movimento normativos, buscando responder à seguinte
Saúde +10, a maioria dos deputados e sena- pergunta: quais as contribuições dos marcos
dores do Congresso Nacional aprovou a PEC normativas acerca do financiamento para o
nº 358/2013, agora EC nº 863. Sobre os re- sistema de serviços de saúde brasileiro?
cursos sobre a saúde, a emenda trouxe que a Destarte, o presente trabalho buscou
União aplicaria um montante não inferior a caracterizar a produção científica sobre o
15% da receita corrente líquida do respectivo financiamento do SUS, no período de 1988
exercício financeiro22. a 2016, identificando convergências e di-
Em 2016, foi aprovada a PEC 241 que es- vergências entre os trabalhos encontrados
tabeleceu um teto para o crescimento das e descrevendo possíveis efeitos dos diversos
despesas do governo federal. Por um lado, marcos normativos do financiamento nos
ela foi considerada necessária para reduzir a sistemas estaduais e municipais de saúde.
dívida pública do País e tirar a economia da
crise fiscal, por outro, foi vista como uma pro-
posta extrema que poderia ameaçar direitos Metodologia
sociais. Na prática, o teto consistiria no valor
gasto no ano anterior corrigido pela inflação Uma revisão de literatura foi realizada sobre
(desvalorização do dinheiro) acumulada no o financiamento da saúde em três diferentes
último ano, ou seja, a PEC congela as despe- bases de dados: Biblioteca Virtual em Saúde
sas, porque o poder de compra do montante (BVS), Scientific Electronic Library Online
será sempre o mesmo23. Essa PEC foi aprova- (SciELO) e o banco de Teses & Dissertações
da no final de 2016 e passou a ser a EC 95. da Coordenação de Aperfeiçoamento de
Por fim, em 2017, o Projeto SUS Legal foi Pessoal de Nível Superior (Capes), utilizando
DIVULGAÇÃO EM SAÚDE PARA DEBATE | RIO DE JANEIRO, N. 58, P. 115-129, JUL 2018
Financiamento do Sistema Único de Saúde: uma revisão da literatura 119
como descritor ‘financiamento da saúde’. Capes (tabela 1). Esse material foi comple-
Inicialmente, foram encontrados 85 artigos mentado com a produção do Instituto de
em português, selecionados para o estudo, Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), apenas
sendo que o maior número de artigos foi en- na seleção de trabalhos que trataram da EC
contrado no SciELO, seguido da BVS e por 95, abordando a austeridade fiscal.
último, do banco de teses e dissertações da
DIVULGAÇÃO EM SAÚDE PARA DEBATE | RIO DE JANEIRO, N. 58, P. 115-129, JUL 2018
120 Sousa RS, Soares CLM
7 7
Normas Operacionais Emenda Constitucional 29/00 Pacto pela Saúde 2006 Planos de Saúde e
Básicas 1991-1996 e Lei Complementar 141/2012 Austeridade Fiscal
Figura 1. Série histórica dos fatos mais relevantes sobre o financiamento do Sistema Único de Saúde desde a Constituição
Federal de 1988 até os dias atuais
SUS financiado com o Transferências realizadas Vinculação de Regulamentação dos Movimento que apoiou o Estabeleceu um teto
OSS da União, dos como ressarcimento aos percentuais mínimos de blocos de financiamento Projeto de Lei de para o crescimento das
estados, do Distrito serviços prestados; recursos orçamentários Iniciativa Popular que despesas do governo
Federal e dos municípios, transferência regular e que a União, estados, assegurasse o repasse federal
além de outras fontes. automática, fundo a Distrito Federal e integral de 10% das
fundo; criação da Gestão municípios seriam receitas correntes brutas
Plena da Atenção Básica obrigados a aplicar em da União para a saúde
e Gestão Plena do ações e serviços alterando a Lei
Sistema de Saúde; e públicos de saúde Complementar nº
criação do PAB 141/2012
DIVULGAÇÃO EM SAÚDE PARA DEBATE | RIO DE JANEIRO, N. 58, P. 115-129, JUL 2018
Financiamento do Sistema Único de Saúde: uma revisão da literatura 121
DIVULGAÇÃO EM SAÚDE PARA DEBATE | RIO DE JANEIRO, N. 58, P. 115-129, JUL 2018
122 Sousa RS, Soares CLM
trabalhos de Teles31 e o de Santos Neto32 bus- que essa modalidade foi capaz de possibilitar
caram analisar o gasto público do SUS; já Santo um financiamento diferenciado para municí-
e Tanaka33, além de enfocar o gasto público em pios mais pobres do País de forma positiva.
saúde, buscaram identificar a participação de Ao analisarem mais especificamente a
tais despesas dos diversos entes federativos. participação da esfera federal no financia-
Santos34 e Leite, Lima e Vasconcellos35, mento da saúde, Solla et al.29 consideraram
concentrados na gestão dos recursos, res- que a União contribuiu positivamente para
pectivamente, analisaram o processo da o financiamento da AB em seu orçamento.
tomada de decisão da gestão estadual de Em oposição a esses achados, Lira37 apontou
determinado município e buscaram exami- a lógica das disparidades sobre as regiões,
nar a composição, a direção e a gestão dos identificou que o incentivo federal para a
recursos na área da saúde. AB não foi suficiente para modificá-la; além
Sobre a relevância da proposta da norma, disso, as transferências federais acabam por
Solla e colaboradores29 buscaram compre- favorecer a MAC de municípios com maior
ender a importância da EC 29, enquanto ins- capacidade instalada.
trumento legal relevante para incremento de Como exemplo de haver uma problemática
investimentos dos três níveis de governo na em tal assunto discutido, pode-se citar Santo e
saúde. Enquanto Feliciano36 buscou respon- Tanaka33 que identificaram que a baixa da co-
der se o crescimento da receita orçamentá- bertura do PSF e o crescimento da produção
ria municipal per capita tem gerado maior de procedimentos de MAC estão interligados.
investimento em saúde e maior oferta de Concluíram os autores que os recursos acabam
serviços públicos. por ser direcionados para a reprodução do
Ao buscar compreender os resultados da im- modelo médico-assistencial tradicional. Para
plantação da EC 29, pode-se citar Lira37, Lima Feliciano36, a União deveria ser mais protago-
e Andrade38 e Mendes e Marques39. Os três nista no financiamento da saúde.
trabalhos abordaram o tema sobre diferentes De volta à discussão sobre a disparidade
perspectivas. O primeiro analisou a equidade dos municípios, Mendes e Marques39 dizem
no que concerne à distribuição dos recursos que municípios menores não contam com
financeiros destinados às ações e serviços recursos próprios suficientes para financiar
descentralizados do SUS; o segundo buscou as despesas não cobertas pelo financiamento
aferir os resultados das regras que definem os federal. Para Teles31, os municípios privi-
recursos vinculados à saúde nos orçamentos legiados economicamente são mais favore-
municipais e o último, nessa ordem, analisou cidos, havendo, portanto, desigualdade na
o financiamento do nível da AB à saúde, com distribuição dos recursos. Entretanto, Lima
ênfase na expansão dos recursos alocados para e Andrade38 observaram, mas em oposição a
a Estratégia Saúde da Família (ESF). Mendes e Marques39, que há entraves rela-
No que se refere à equidade do finan- cionados com as questões internas da política
ciamento em saúde, houve divergências de saúde, principalmente, frutos do sistema
entre os resultados analisados. Para alguns mais geral de repartição de competências e
estudos, a alocação dos recursos entre os partilha de receitas públicas não ligadas ex-
entes não foi suficiente para garantir a equi- clusivamente ao setor da saúde, para o finan-
dade37. Corrobora isso a investigação de ciamento nos municípios de grande porte.
Teles31, cujos resultados dos trabalhos mos- Apesar dos diversos estudos apontarem a
traram que os municípios economicamente fragilidade dos municípios, em se tratando
mais ativos receberam mais recursos. Em do seu próprio financiamento, Santos Neto32
contraponto, Solla et al.29 trouxeram outra apresentou uma evolução na aplicação de
perspectiva sobre o assunto, em que afirmaram suas receitas, em que observou que muitos
DIVULGAÇÃO EM SAÚDE PARA DEBATE | RIO DE JANEIRO, N. 58, P. 115-129, JUL 2018
Financiamento do Sistema Único de Saúde: uma revisão da literatura 123
municípios aplicaram uma porcentagem bem contribuição do Pacto pela Saúde para a AB
acima do mínimo exigido pela EC 29, ou seja, ao identificarem os baixos valores repassados
mais de 15% do total de impostos arrecadados. para a ESF, bem como do PAB Fixo e valor per
Entretanto, Feliciano36 assim como Leite, capita. Essa situação leva os municípios a se
Lima e Vasconcelos35 trazem reflexões utilizarem dos próprios recursos para equili-
pertinentes, nas quais apontaram que é ne- brar essa lacuna segundo os autores.
cessária a reflexão sobre até que ponto um Sobre a autonomia, Moreira, Ferre e
município terá a capacidade de gerir a saúde Andrade42 observaram em seu estudo que
de seu território, uma vez que há uma clara apesar da descentralização de responsabi-
dificuldade de autonomia e controle social. lidades e do aporte de recursos, os recursos
O ente estadual, por sua vez, mostra-se co- predefinidos pelo ente federal por meio dos
adjuvante neste processo. Santos34 apresen- blocos reduzem a autonomia dos municípios.
ta uma crítica contundente a essa questão, Reforçando tal argumento, Duarte43 afirma
em que o autor identifica que há falta de que as estratégias vinculadas às redes temá-
empenho do ente estadual em financiar ticas aprofundaram as características de dis-
as ações e serviços de saúde. O trabalho de tribuição espacial desigual. Como sugestão,
Leite, Lima e Vasconcelos35 corrobora essa dois trabalhos fazem observações pertinen-
crítica. Para os autores, o financiamento do tes sobre a revisão das normativas no geral:
sistema de saúde se faz basicamente sobre Mendes e Marques39 sugerem que seria de
as transferências federais e receitas munici- grande relevância rediscutir a inclusão de
pais, com uma parcela pequena de participa- outros itens que não fazem parte dos blocos,
ção do ente estadual. ou seja, não restringir as ações e serviços ao
nível de complexidade; já Vasconcellos40
Financiamento da atenção à saúde no sugere que, para possibilitar uma maior au-
contexto do Pacto pela Saúde tonomia dos gestores com os gastos sobre os
repasses, é necessário rediscutir os critérios
Dos artigos selecionados, 11% relacionaram- e as formas da alocação dos recursos.
-se com o Pacto pela Saúde, apresentado em Apesar das diversas mudanças que o Pacto
2006. Vale lembrar que o Pacto pela Saúde pela Saúde apresentou em seu desenho com
instituiu os blocos de financiamento. os blocos de financiamento e descentrali-
Dois trabalhos enfatizaram sua análise zação da gestão financeira, houve conver-
no bloco do financiamento da AB. O de gências, nos artigos encontrados, sobre as
Vasconcellos40 buscou analisar as bases de problemáticas que essa modalidade de fi-
financiamento federal e estadual no campo nanciamento trouxe, principalmente, sobre
da AB dos municípios do estado da Bahia, evi- a autonomia de gestão dos recursos aplica-
denciando os conflitos presentes após a im- dos pela União42,43.
plantação do Pacto pela Saúde, bem como as
incertezas que cerceiam seu financiamento. Perspectivas do financiamento no
Outrossim, Mendes e Marques41 analisaram o contexto do setor privado e austeri-
financiamento da AB à saúde, com ênfase na dade fiscal
expansão dos recursos alocados para a ESF.
Ao trazer uma crítica ao Pacto, Dos artigos selecionados, 19% foram classifica-
Vasconcellos40 afirma que os problemas dos para compor a temática sobre austeridade
enfrentados pela AB desde os primórdios fiscal e sobre o setor privado de saúde, conside-
do sistema não foram diminuídos mesmo rando o contexto atual de mudanças de governo
após a instituição do bloco da AB pelo Pacto. ocorridas em 2016 e posterior revisão de várias
Mendes e Marques41 complementam a pouca políticas públicas, inclusive o financiamento.
DIVULGAÇÃO EM SAÚDE PARA DEBATE | RIO DE JANEIRO, N. 58, P. 115-129, JUL 2018
124 Sousa RS, Soares CLM
DIVULGAÇÃO EM SAÚDE PARA DEBATE | RIO DE JANEIRO, N. 58, P. 115-129, JUL 2018
Financiamento do Sistema Único de Saúde: uma revisão da literatura 125
DIVULGAÇÃO EM SAÚDE PARA DEBATE | RIO DE JANEIRO, N. 58, P. 115-129, JUL 2018
126 Sousa RS, Soares CLM
Referências
1. Paiva CHA, Teixeira LA. Reforma sanitária e a cria- 9. Brasil. Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990. Dispõe
ção do Sistema Único de Saúde: notas sobre contextos sobre as condições para a promoção, proteção e recu-
e autores. Hist. Ciênc. Saúde–Manguinhos. 2014 jan- peração da saúde, a organização e o funcionamento
-mar; 21(1):15-35. dos serviços correspondentes e dá outras providências
[internet]. Diário Oficial da União. 20 set 1990 [acesso
2. Teles AS, Coelho TCB, Ferreira MPS. Sob o prisma da em 2017 fev 10]. Disponível em: http://www.planalto.
equidade: financiamento federal do Sistema Único de gov.br/ccivil_03/leis/L8080.htm.
Saúde no estado da Bahia. Saúde Soc. [internet]. 2016
set [acesso em 2017 mar 28]; 25(3):786-799. Disponí- 10. Brasil. Lei nº 8.142, de 28 de dezembro de 1990. Dispõe
vel em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_ sobre a participação da comunidade na gestão do Sis-
arttext&pid=S0104-12902016000300786&lng=pt&nr tema Único de Saúde (SUS) e sobre as transferências
m=iso. intergovernamentais de recursos financeiros na área
da saúde e dá outras providências [internet]. Diário
3. Rosa T. Desafios do SUS: o que esperar para os próxi- Oficial da União. 31 dez 1990 [acesso em 2017 fev 10].
mos anos de gestão? Rev. Consensus [internet]. 2015 Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/
[acesso em 2017 mar 29]; (14). Disponível em: http:// leis/L8142.htm.
www.conass.org.br/consensus/desafios-sus-o-que-es-
perar-para-os-proximos-anos-de-gestao/. 11. Brasil. Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Sis-
tema Único de Saúde. Brasília, DF: CONASS; 2007.
4. Mendes EV. 25 anos do Sistema Único de Saúde: re-
sultados e desafios. Estud. Av. [internet]. 2013 [2017 12. Brasil. Conselho Nacional de Secretários de Saúde. O
mar 29]; 27(78):27-34. Disponível em: http://www. Financiamento da Saúde. Brasília, DF: Conass; 2011.
scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-
-40142013000200003&lng=en&nrm=iso. 13. Brasil. Conselho Nacional de Secretários de Saúde.
Para entender a gestão do SUS. Brasília, DF: Conass,
5. Brasil. Ministério da Saúde. Financiamento público de 2003.
saúde. Brasília, DF: Ministério da Saúde; 2013.
14. Carvalho GCO. Financiamento Público Federal do Sis-
6. Brasil. Constituição, 1988. Constituição da Repúbli- tema único de Saúde, 1988-2001. São Paulo: Paper-
ca Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal; Crom; 2002.
1988.
15. Mendes A, Funcia FR. O SUS e seu financiamento. In:
7. Santos RJM, Luiz VR. Transferências federais no fi- Marques RM, Piola S, Roa AC, organizadores. Sistema
nanciamento da descentralização. In: Marques RM, de Saúde no Brasil: organização e financiamento. Rio
Piola S, Roa AC, organizadores. Sistema de Saúde no de Janeiro: Associação Brasileira de Economia da Saú-
Brasil: organização e financiamento. Rio de Janeiro: de; 2016. p. 144-151.
Associação Brasileira de Economia da Saúde; 2016.
cap. 6. 16. Dain S. Os vários mundos do financiamento da
Saúde no Brasil: uma tentativa de integração. Ci-
8. Brasil. Contribuição Provisória sobre Movimentação ênc. Saúde Colet. [internet]. 2007 nov [2017 fev 10];
Financeira. Brasília, DF: Senado Federal; [data desco- 12(supl.):1851-1864. Disponível em: http://www.
nhecida] [acesso em 2017 mar 29]. Disponível em: ht- scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-
tps://www12.senado.leg.br/noticias/entenda-o-as- -81232007000700008&lng=en&nrm=iso.
sunto/cpmf.
DIVULGAÇÃO EM SAÚDE PARA DEBATE | RIO DE JANEIRO, N. 58, P. 115-129, JUL 2018
Financiamento do Sistema Único de Saúde: uma revisão da literatura 127
17. Brasil. Constituição Federal (1988). Emenda Consti- 23. Fagundez I. Aprovada na Câmara, PEC 241 segue para
tucional nº 29, de 13 de setembro de 2000. Altera os o Senado: entenda as polêmicas do texto [internet].
arts. 34, 35, 156, 160, 167 e 198 da Constituição Federal e BBC Brasil. 2016 out 16 [acesso em 2017 mar 28]. Dis-
acrescenta artigo ao Ato das Disposições Constitucio- ponível em: http://www.bbc.com/portuguese/bra-
nais Transitórias, para assegurar os recursos mínimos sil-37603414.
para o financiamento das ações e serviços públicos de
saúde. Diário Oficial da União. 14 set 2000. 24. Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saú-
de. SUS Legal: Ministério apresenta detalhes do novo
18. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria Executiva. De- modelo de repasse de recursos do SUS [internet]. Co-
partamento de Apoio à Descentralização. Coordena- nasems. 2017 fev 2 [acesso em 2017 mar 26]. Disponível
ção-Geral de Apoio à Gestão Descentralizada. Diretri- em: http://www.conasems.org.br/sus-legal-ministe-
zes operacionais dos Pactos pela Vida, em Defesa do rio-apresenta-detalhes-do-novo-modelo-de-repasse-
SUS e de Gestão. Brasília, DF: MS; 2006. -de-recursos-do-sus/.
19. Brasil. Ministério da Saúde. Portaria nº 204, de 29 de 25. Mendes NA, Santos SBS. Financiamento descentrali-
janeiro de 2007. Regulamenta o financiamento e a zado da saúde: a contribuição dos municípios paulis-
transferência dos recursos federais para as ações e os tas. Saude Soc. [internet]. 2000 dez [acesso em 2018
serviços de saúde, na forma de blocos de financiamen- fev 14]; 9(1-2):111-125. Disponível em: http://www.
to, com o respectivo monitoramento e controle. Diário scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-
Oficial da União. 31 jan 2007. -12902000000100009&lng=pt&nrm=iso.
20. Brasil. Lei Complementar 141, de 13 de janeiro de 2012. 26. Araújo AB. Avaliação dos efeitos da descentralização
Regulamenta o § 3o do art. 198 da Constituição Federal do sistema municipal de saúde sobre o financiamento
para dispor sobre os valores mínimos a serem aplica- do hospital geral de Coaraci – Bahia. Salvador: UFBA;
dos anualmente pela União, Estados, Distrito Federal e 2014.
Municípios em ações e serviços públicos de saúde; es-
tabelece os critérios de rateio dos recursos de transfe- 27. Souza RR. Construindo o SUS: a lógica do financia-
rências para a saúde e as normas de fiscalização, ava- mento e o processo de divisão de responsabilidades en-
liação e controle das despesas com saúde nas 3 (três) tre as esferas de governo [dissertação]. Rio de Janeiro:
esferas de governo; revoga dispositivos das Leis nº UERJ; 2002.
8.080, de 19 de setembro de 1990, e 8.689, de 27 de ju-
lho de 1993; e dá outras providências. Diário Oficial da 28. Melamed C, Costa NR. Inovações no fi-
União. 13 jan 2012. nanciamento federal à Atenção Básica. Ci-
ênc. Saúde Colet. [internet]. 2003 [2018 fev 14];
21. Saúde Mais Dez. Movimento Nacional em Defesa da 8(2):393-401. Disponível em: http://www.scie-
Saúde Pública. Brasília, DF, [data desconhecida] [aces- lo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-
so em 2017 mar 28]. Disponível em: http://www.sau- -81232003000200006&lng=pt&nrm=iso.
demaisdez.org.br/index.php/2012-10-10-19-14-46/ma-
nifesto. 29. Solla JJSP, Reis AAC, Soter APM, et al. Mudanças re-
centes no financiamento federal do Sistema Úni-
22. Scaff FF. Surge o orçamento impositivo à brasilei- co de Saúde: atenção básica à saúde. Rev. Bras. Saú-
ra pela Emenda Constitucional 86 [internet]. Conjur. de Mater. Infant. [internet]. 2007 dez [acesso em 2018
2015 mar 24 [acesso em 2017 maio 26]. Disponível em: fev 14]; 7(4):495-502. Disponível em: http://www.
http://www.conjur.com.br/2015-mar-24/contas-vista- scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-
-surge-orcamento-impositivo-brasileira-ec-86. -38292007000400018&lng=pt&nrm=iso.
DIVULGAÇÃO EM SAÚDE PARA DEBATE | RIO DE JANEIRO, N. 58, P. 115-129, JUL 2018
128 Sousa RS, Soares CLM
30. Pereira BLS. Os fundos municipais de saúde: uma aná- 37. Lira AML. A instância estadual e o financiamento do
lise dos municípios das capitais brasileiras [disserta- Sistema Único de Saúde (SUS) sob a perspectiva da
ção]. Brasília, DF: Universidade de Brasília, DF; 2013. equidade regional: estudo do caso do Rio de Janeiro
61 p. [tese]. Rio de Janeiro: Fundação Oswaldo Cruz; 2010.
140 p.
31. Teles AS. Financiamento do Sistema Único de Saú-
de no Estado da Bahia [dissertação]. Feira de Santana: 38. Lima LD, Andrade CLT. Condições de financiamento
Universidade Estadual de Feira de Santana; 2015. 129 p. em saúde nos grandes municípios do Brasil. Cad. Saú-
de Pública [internet]. 2009 out [acesso em 2018 fev 15];
32. Santos Neto JÁ, Mendes NA, Pereira AC, et al. Aná- 25(10):2237-2248. Disponível em: http://www.scielo.
lise do financiamento e gasto do Sistema Único de br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X200
Saúde dos municípios da região de saúde Rota dos 9001000014&lng=pt&nrm=iso.
Bandeirantes do estado de São Paulo, Brasil. Ciênc.
Saúde Colet. [internet]. 2017 abr [acesso em 2018 fev 39. Mendes A, Marques RM. O financiamento da Aten-
15]; 22(4):1269-1280. Disponível em: http://www. ção Básica e da Estratégia Saúde da Família no Sis-
scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413- tema Único de Saúde. Saúde Debate [internet]. 2014
-81232017002401269&lng=pt&nrm=iso. dez [acesso em 2018 fev 15]; 38(103):900-916. Dispo-
nível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_
33. Santo ACGE, Tanaka OY. Financiamento, gasto e arttext&pid=S0103-11042014000400900&lng=pt&nr
oferta de serviços de saúde em grandes centros ur- m=iso.
banos do estado de São Paulo (Brasil). Ciênc. Saú-
de Colet. [internet]. 2011 mar [acesso em 2018 fev 40. Vasconcellos SC. A problemática do financiamen-
15]; 16(3):1875-1885. Disponível em: http://www. to da atenção básica nos municípios no período do
scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413- Pacto pela Saúde (2006-2010): o caso do Estado da
-81232011000300022&lng=pt&nrm=iso. Bahia [dissertação]. São Paulo: Universidade de São
Paulo; 2013 [acesso em 2018 fev 15]. Disponível em:
34. Santos FAS, Gurgel Junior GD, Pacheco HE, et 10.11606/D.6.2013.tde-11112013-161424.
al. A regionalização e financiamento da saúde:
um estudo de caso. Cad. Saúde Colet. [internet]. 41. Mendes A, Marques RM. O financiamento da Aten-
2015 out-dez [acesso em 2018 fev 15]; 23(4):402- ção Básica e da Estratégia Saúde da Família no Sis-
408. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo. tema Único de Saúde. Saúde Debate [internet]. 2014
php?script=sci_arttext&pid=S1414-462X2015000400 dez [acesso em 2018 fev 15]; 38(103):900-916. Dispo-
402&lng=pt&nrm=iso. nível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_
arttext&pid=S0103-11042014000400900&lng=pt&nr
35. Leite VR, Lima KC, Vasconcelos CM. Financia- m=iso.
mento, gasto público e gestão dos recursos em saú-
de: o cenário de um estado brasileiro. Ciênc. Saú- 42. Moreira LMC, Ferre F, Andrade EIG. Financiamento,
de Colet. [internet]. 2012 jul [acesso em 2018 fev descentralização e regionalização: transferências fede-
15]; 17(7):1849-1856. Disponível em: http://www. rais e as redes de atenção em Minas Gerais, Brasil. Ciênc.
scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413- Saúde Colet. [internet]. 2017 abr [acesso em 2018 fev 15];
-81232012000700024&lng=pt&nrm=iso. 2017 abr; 22(4):1245-1256. Disponível em: http://www.
scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-
36. Feliciano M. Orçamento municipal, despesa com saú- -81232017002401245&lng=pt&nrm=iso.
de e oferta de serviços públicos em Pernambuco [dis-
sertação]. Recife: Universidade Federal de Pernambu- 43. Duarte LS. Desenvolvimento desigual e a regionaliza-
co; 2014. 116 p. ção do SUS: uma análise territorial dos recursos finan-
DIVULGAÇÃO EM SAÚDE PARA DEBATE | RIO DE JANEIRO, N. 58, P. 115-129, JUL 2018
Financiamento do Sistema Único de Saúde: uma revisão da literatura 129
ceiros para as redes de atenção à saúde no Estado de SUS. Saúde Debate [internet]. 2015 jun [acesso em 2018
São Paulo (2009 2014) [tese]. São Paulo: Universidade fev 16]; 39(105):491-505. Disponível em: http://www.
de São Paulo; 2016. 260 p. scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-
-11042015000200491&lng=pt&nrm=iso.
44. Porto SM, Uga MAD, Moreira RS. Uma análise da utili-
zação de serviços de saúde por sistema de financiamen- 47. Vieira FS. Nota Técnica Ipea nº 26 - Crise econômica,
to: Brasil 1998-2008. Ciênc. Saúde Colet. [internet]. 2011 austeridade fiscal e saúde: que lições podem ser apren-
set [acesso em 2018 16 fev]; 16(9):3795-3806. Disponí- didas. Brasília, DF: IPEA; 2016.
vel em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_
arttext&pid=S1413-81232011001000015&lng=pt&nrm 48. Soares A, Santos NR. Financiamento do Sistema
=iso. Único de Saúde nos governos FHC, Lula e Dilma.
Saúde debate [internet]. 2014 [acesso em 2018 fev
45. Costa DMF. Planos de saúde e SUS: uma análise das re- 16]; 38(100):18-25. Disponível em: http://www.scie-
lações entre o financiamento público e o crescimento lo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-
do mercado de planos de saúde [dissertação]. Recife: -11042014000100018&lng=pt&nrm=iso.
Fundação Oswaldo Cruz; 2010. 94 p.
49. Vieira FS. Implicações de decisões e discussões recen-
46. Mendes A, Weiller JAB. Renúncia fiscal (gasto tributá- tes para o financiamento do Sistema Único de Saúde.
rio) em saúde: repercussões sobre o financiamento do Saúde debate. 2016; 40:187-199.
DIVULGAÇÃO EM SAÚDE PARA DEBATE | RIO DE JANEIRO, N. 58, P. 115-129, JUL 2018