RESUMO Atendimento de Pais e Cuidadores Na Ludoterapia Centrada Na Criança - Aula Com Gisella Fadda Do Texto Escrito Por Vera Alves

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Atendimento de pais e cuidadores na ludoterapia centrada na criança - Aula com

Gisella Fadda do texto escrito por Vera Alves.

- Inicialmente precisamos compreender que há uma diferença significativa na


compreensão da abordagem humanista.
- Na ludoterapia clássica, em outras abordagens, os pais são vistos apenas como
informantes da criança que é considerada a cliente. Onde os pais são apenas meio para
obter um diagnóstico ou para alcançar a criança. Nessa ludoterapia, as sessões de
anamnese são com os pais, em seguida os atendimentos ocorrem somente com a
criança e de forma mais espaçada ocorre as sessões de devolutiva com os pais.
- A Prof. Vera propõe a ideia que a criança e o adolescente não são o cliente, mas
também não são os pais. É o descortinar das relações (o facilitar das relações) no
contexto em que as crianças estão inseridas entre os membros da família. Não há um
cliente ou clientes, há um grupo que é bem específico, é quem se propõe e se abre
para que o psicólogo conheça com maior profundidade e facilite o crescimento e o
relacionamento para o grupo familiar.
- Não há clientes neste momento, há uma situação familiar que precisa ser conhecida e
facilitada. O psicólogo se centra naquele que está disponível diante dele. Pode ser os
pais ou a criança. O foco está nas relações.
- O desafio que o ludoterapeuta precisa superar é não atender a criança de início.
- A expressão atenção psicológica, não se trata de oferecer psicoterapia para os pais.
Para a Vera, é oferecer a óptica de uma clínica ampliada que se faz nesse coletivo,
onde há interações sociais. Como uma forma estrutural de plantão psicológico, na
qual a intenção primária está em acolhimento e em uma conversa interessada com os
pais, um atendimento único e não planejado, disponível para a necessidade
psicológica.
- Uma criação de um espaço seguro para acolhimento e reflexão.
- A família pode ser um grupo facilitador de crescimento.
- Como isso ocorre? os pais ligam marcando um horário, as pessoas indicam a
necessidade de mais um encontro ou não. A proposta centra-se no experienciar dessa
família, para entender como essa família está se ajustando.
- Qual a mágica desse tipo de encontro? Nenhuma. É apenas uma conversa sustentada
no real interesse em conhecer e estar junto com os pais nesse mergulho das relações
familiares.
- Gisella ao escutar pais e mães autistas na experiência de doutorado, notou que ao
perguntar sobre relação dos pais com o filho, demonstrou estar centrada na pessoa que
estava em sua frente. A atenção estava centrada em escutar esses pais, quais as suas
percepções sobre as relações, oferecendo escuta reflexiva para compreensão do que
estava sendo vivido. Ela incluiu em seu atendimento a escuta interessada com os pais,
sendo parte fundamental do processo de ludoterapia centrada. Isso os ajuda a
reconhecer o filho e a relação construída com ele.
- Essa escuta profunda modifica o olhar a respeito de suas relações, quase como se só
depois dessa escuta eles conseguissem olhar para a criança ou adolescente além
daquilo que ela está sendo no momento ou como ela é em sua estrutura.
- Caracterização desse tipo de abordagem:
1) Perspectiva positiva da família compreendendo o comportamento de qualquer
membro desta, ainda que ele seja prejudicial, como sendo uma busca por algo
positivo: tentando compreender o comportamento sem tomar partido
2) Uma crença na tendência formativa não apenas de cada indivíduo, mas também no
grupo familiar.
3) Uma intenção de ser eficaz nos seus próprios objetivos: oferta de espaço para a
família melhor se conhecer e compreender, promovendo amadurecimento de suas
relações.
4) Um respeito por cada membro e por toda família, bem como respeito pela sua
autonomia e dignidade: ou seja, não resulta em orientações e dicas para os pais.
5) Uma busca contínua pela habilidade de se concentrar intensamente e com clareza
para aprender a construção linear da realidade vivida pela família, pedaço a pedaço,
bem como apreender o todo vivido sem perder de vista essa apreensão que se faz
difícil pela presença de mais pessoas, mas também pela complexidade de suas
relações.
6) Uma tolerância para vivenciar as incertezas, as ambiguidades, sendo capaz de
viver uma situação caótica até que os fatos suficientes se acumulem para ser possível
abstrair os sentidos deles.
7) Um senso de humor, curiosidade e humildade em relação ao que é vivido na
família.
- A partir dessa forma de abordagem da família, permeada pelas atitudes facilitadoras
proposta por Carl Rogers, o ludoterapeuta responderá a cada membro da família
presente ao encontro e ao todo formado por eles.
- A facilitação é feita com foco nas relações, sendo intervenções que clarificam o que
está sentido pelos membros que provoquem abertura para compreensão dos outros.
- A função do ludoterapeuta está em apreender os significados implícitos daquilo que
eu considero como valores, sentimentos, emoções que impactam os outros membros.
A atenção do ludoterapeuta está nas relações e não nas pessoas.
- As intervenções estão com foco nas relações.
- Não há como definir quantos encontros serão necessários, nós vamos avaliando a
medida em que eles ocorrem se há ou não necessidade de continuar. E desse modo, os
pais terão a percepção da necessidade do filho em entrar na ludoterapia.
- Esse cuidado psicológico pode se estender para outros membros: por exemplo, na
escola.
- A Prof. Vera Alves percebeu que quando ocorre esse primeiro acolhimento com os
pais e depois a Ludoterapia com os filhos, temos como benefício os seguintes
aspectos: como os pais vivenciaram o espaço terapêutico para eles, eles têm mais
respeito pelo espaço terapêutico do filho. Eles entendem a importância desse contato e
como deve ser preservado.
- Há situações também em que os pais percebem que esse primeiro acolhimento foi tão
frutífero que eles não vêem necessidade de ludoterapia com a criança, eles
entenderam a dinâmica da família. Ou então, ocorrem em paralelo.
- Eles delineiam a condução da terapia.
- A importância do contato com os pais está no seguinte modo: ocorre uma grande
diferença quando os pais conseguem olhar para seus filhos com aceitação de quem é e
como é. Isso é extremamente positivo para o crescimento da criança, ela desponta
quando se sente amada e aceita.
- A oferta está em um espaço de escuta e compreensão coletiva, advindo de maior
consciência de quem são e como se relacionam entre si.
- Essa ideia está centrada na escuta psicológica e no plantão psicológico de Carl
Rogers.

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