Trabalho Direito Fiscal

Fazer download em docx, pdf ou txt
Fazer download em docx, pdf ou txt
Você está na página 1de 10

INSTITUTO SUPERIOR DE CONTABILIDADE E AUDITORIA

DE MOÇAMBIQUE
(ISCAM)

Contabilidade e Auditoria

Direito Fiscal

A Importância dos Impostos Indirectos no Desenvolvimento da Cidadania

Turma 02
2º ano
Laboral

Discentes: Docente:
Deyse Gisela Valor Fragoso
Domingos Chavel
Milton Lumbandali
Shelly Tovela
Yolanda Xirindza

Maputo, Setembro 2019


Índice
CAPÍTULO I...................................................................................................................................2

1.1. Introdução.........................................................................................................................2

1.2. Objectivo geral..................................................................................................................2

1.3. Objectivos específicos.......................................................................................................2

1.4. Metodologia......................................................................................................................2

CAPÍTULO II..................................................................................................................................3

2.1. Revisão bibliográfica........................................................................................................3

2.3. Classificação dos impostos...............................................................................................4

CAPÍTULO III.................................................................................................................................8

3. Conclusão.............................................................................................................................8

CAPÍTULO IV................................................................................................................................9

4. Referências...............................................................................................................................9
CAPÍTULO I
1.1. Introdução
O presente trabalho é de carácter investigativo e tem como tema Importância dos impostos
indiretos no desenvolvimento da cidadania e foi elaborado com vista a completar os requisitos
necessários e exigido por esta instituição de ensino, Instituto Superior de Contabilidade e
Auditoria de Moçambique, especificamente na disciplina de Direito Fiscal para obtenção do
grau de licenciatura. É do nosso conhecimento que cidadãos devem contribuir com o crescimento
do país, e uma das formas é contribuindo no pagamento de impostos. Durante o debruçar deste
artigo, na primeiro capítulo prosseguimos abordando sobre a metodologia de elaboração,
material usado, notas introdutórias, no segundo capítulo introduzimos noções sobre imposto,
objectivos do imposto, importância dos impostos e no terceiro e último capítulo as conclusões.

1.2. Objectivo geral


Compreender a natureza do imposto e aspecto da sua arrecadação nas entidades privadas e
públicas.

1.3. Objectivos específicos


Descrever o impacto socioeconómico do Imposto indireto nas entidades privadas e públicas;

Identificar os diferentes tipos de impostos existentes no nosso;

Descrever os objectivos dos impostos.

1.4. Metodologia
Metodologicamente, o presente trabalho está constituído por informações proveniente das fontes
bibliográficas que contemplam aspectos conceituais, pesquisas disponíveis que tratam do tema
em estudo, recolha de dados e informações disponíveis na internet.

3
Capítulo II
2.1. Revisão bibliográfica
Imposto

Segundo (Waty, 2007) e Nabais (2016), “Impostos podem ser definidos como uma prestação
pecuniária, unilateral, coactiva, definitiva, e não sinalagmático, sem carácter de sanção,
estabelecida por lei, a favor de uma entidade pública ou com funções públicas, para a satisfação
de necessidades colectivas e redistribuição de riqueza.”

Com isso, Waty e Nabais quiseram dizer que o imposto é uma prestação unilateral em que a
contraprestação do seu pagamento não é directamente sentida pelo contribuinte, que é paga em
dinheiro com carácter coactivo e definitiva, fixada por lei que é cobrado a pessoas com
capacidade contributiva sem nenhum carácter sancionatório.

“O imposto é um pagamento para o orçamento do Estado, com natureza unilateral e obrigatória,


incluídos encargos legais e juros previstos em normas tributárias, sendo estes pagos na moeda
nacional da República de Moçambique.” (n˚. 1 e 2 do art.º 4 da Lei n˚. 15/2002, de 26 de
Junho, LBST)

2.2 Objectivos do imposto

Segundo (Ibrahimo, 2002), “Os impostos são criados para a satisfação de fins públicos,
expressão ampla que engloba objectivos fiscais (obtenção de receitas públicas) e extrafiscais
(sociais e económicos) ”.

a) Objectivos fiscais: aqui os impostos visam a obtenção de receitas para o financiamento


da satisfação das necessidades financeiras do Estado através das despesas públicas.
b) Objectivos sociais: os impostos visam a repartição justa da riqueza e dos rendimentos, a
diminuição das desigualdades, tendo em conta as necessidades e os rendimentos do
agregado social, operando-se assim uma verdadeira redistribuição da riqueza.
c) Objectivos económicos: além do mais, os impostos podem combater a inflação, obter a
selectividade do consumo e protecção das indústrias nacionais.

4
2.2. Classificação dos impostos
Os impostos do Sistema Tributário Nacional classificam-se em directos e indirectos, actuando a
diversos níveis, designadamente:

a) Tributação directa de rendimentos e da riqueza; e


b) Tributação indirecta da despesa. (n˚. 3 do art.º 56 da LBST)

Critérios de Classificação dos impostos

(Waty, 2007) e Nabais (2016) estabelecem os seguintes critérios de classificação dos impostos:

a) Critério financeiro: por este critério são directos os impostos que atingem manifestações
imediatas de capacidade contributiva e tem por pressuposto a própria existência dum
sujeito, dum património e dum rendimento.
Impostos indirectos são aqueles que atingem manifestações mediatas de capacidade
contributiva e tributam a despesa ou a transferência de bens ou manifestações indirectas
de capacidade tributaria passiva.
b) Critério económico: por este critério, os impostos directos visam atingir faculdades
contributivas permanentes ou estáveis ou aquelas que não constituem custos de produção
das empresas. Os impostos indirectos correspondem aos impostos sobre o consumo que
deduzidos do produto nacional fazem apurar o rendimento nacional e visam atingir
faculdades contributivas intermitentes.
c) Critérios da repercussão económica: por este critério são directos os impostos que não
são repercutiveis no adquirente final dos bens ou serviços, coincidindo com o
consumidor; indirectos serão os impostos que serão repercutiveis no consumidor, isto e, o
devedor do imposto transferir o encargo fiscal que suportou para outros sujeitos
económicos.
d) Critério do tipo de relação jurídica: em conformidade com este critério a distinção
entre impostos directos e impostos indirectos reside no tipo de relação jurídica fonte da
obrigação do imposto, ou seja, na configuração instantânea ou duradoura do elemento
temporal do facto tributário.

5
Impostos indirectos ou sobre a despesa

“A tributação indirecta que, que compreende os impostos sobre a despesa são: Imposto sobre
valor acrescentado (IVA), imposto sobre o consumo específico (ICE) e direitos aduaneiros.”
(art.º 66 da LBST)

Imposto sobre valor acrescentado (IVA)

Segundo Nabais (1997), o IVA e um imposto sobre o consumo que e cobrado por todos
fornecedores de bens e serviços no âmbito das suas actividades e depois entregues a entidades
fiscais.

O IVA é aplicado no âmbito da lei nº32/2007, de 31 de Dezembro (Código do Imposto sobre


Valor Acrescentado).

A taxa do imposto é de 17%. (Artigo 17, nº1 do CIVA)

Imposto sobre o consumo específico (ICE)

Segundo (Pene, 2004), trata-se de um imposto cujo código foi aprovado pela lei 17/2009, de 10
de Setembro e tributa de forma selectiva o consumo de determinados bens tal como bens de luxo,
produtos prejudiciais a saúde, como e o caso de álcool e tabaco, assim como para bens
produzidos no território nacional ou que vem do estrangeiro.

As taxas variam de 20% a 75%.

Direitos aduaneiros

Os direitos aduaneiros incidem sobre mercadorias que estão consignadas na pauta aduaneira
importadas ou exportadas no território aduaneiro. As taxas podem ser:

a) Bens essenciais: 0%;


b) Matéria-prima: 2,5%;
c) Bens de capitais: 5%;
d) Bens intermédios: 7,5%;

6
e) Bens de consumo: 35%.

Incidência objectiva

O art.º 1 da lei nº 32/2007, de 31 de Dezembro define o IVA como um imposto que incide sobre
o valor das transacções de bens e prestações de serviços realizados no território nacional, a titulo
oneroso, por um sujeito passivo agindo como tal, bem como as importações de bens.

Incidência subjectiva

Segundo o artigo 2 do CIVA são sujeitos passivos do imposto:

a) As pessoas singulares ou colectivas ou com estabelecimento estável ou representação


em território nacional, que exerçam actividades de comércio ou prestação de serviços
com ou sem fins lucrativos;
b) As pessoas singulares ou colectivas que preencham os pressupostos da incidência real
do imposto sobre o rendimento de pessoas singulares ou imposto sobre o rendimento
de pessoas colectivas;
c) As pessoas singulares ou colectivas que, segundo a legislação aduaneira realizem
importações de bens;
d) As pessoas singulares ou colectivas que em factura do documento equivalente,
mencione indevidamente o IVA.
2.3. Importância dos impostos indirectos

Segundo (Ibrahimo, 2002), o imposto indirecto é um valor acrescido que incide sobre as
transacções de bens e prestação de serviços entre agentes económicos.

O imposto indirecto tem um papel importante no que concerne ao desenvolvimento da sociedade


devido a sua natureza e finalidade, é de natureza neutra por não distorcer o valor da mercadoria a
transaccionar ou serviços a prestar, a sua finalidade é mais importante ainda uma vez que o
imposto é usado para garantir bens, serviços com vista a satisfazer as necessidades da
colectividade.

7
É de sublinhar que o motivo que leva o autor a falar sobre este imposto, é o facto de tratar-se de
um imposto neutro, neutro por não distorcer o valor da mercadoria em causa, portanto, apesar de
ser os agentes económicos, compradores, vendedores e produtores a pagar nas devidas
repartições das finanças estes não reportam directamente porque quem suporta este imposto é o
consumidor final.

Os impostos indirectos permitem a manutenção dos níveis das receitas actuais bem como o
aumento das receitas para poder continuar com as despesas sociais para redução da pobreza e
também para reduzir a dependência de financiamentos externos.

8
CAPÍTULO III
3. Conclusão
A arrecadação dos impostos nas instituições públicas e privadas é feita através do apuramento
dos impostos a cada fim do exercício económico dessas instituições deduzidos os saldos que
advém dos impostos liquidados mediante a transmissão de bens ou serviços prestados por essa
entidade e os impostos pagos por tais instituições na compra de materiais necessários para o
funcionamento normal das suas actividades, e os respectivos impostos são revertidos para cobrir
as despesas do Estado que visam satisfazer as necessidades colectivas.

9
CAPÍTULO IV

4. Referências
Gomes, N. S. (2003). Manual de Direito Fiscal. Lisboa: Rei dos Livros.

Ibrahimo, I. (2002). O Direito e a Fiscalidade. Maputo.

Nabais, J. C. (2000). Direito FIscal. Edições Almeida, S.A.

Pene, C. (2004). Apontamentos do Direito Fiscal Mocambicano. Maputo: Escolar Editora.

Sousa, D. P. (2013). DIreito Fiscal e Processo Tributário. Coimbra Editora.

Waty, T. A. (2007). Direito Fiscal. Maputo: W&W Editora.

10

Você também pode gostar