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INSTITUTO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Universidade Católica de Moçambique

Relatório de Praticas Pedagógica Gerais

Hortêncio Victor Amalique código:708240825

Curso: Licenciatura em Ensino de Matemática

Disciplina: Praticas Pedagógicas gerais

Ano de Frequência: 1º Ano

Tutora: Sónia Thandy Matlonhana

Gurué, Maio de 2024


INSTITUTO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Universidade Católica de Moçambique
Rua Correia de Brito, 613 Ponta Gêa
C.P 90 ˗ Beira ˗ Moçambique
Telf: (+258) 23 32 64 05
Fax: (+258) 825 018 440
E˗mail: [email protected].

Licenciatura em Ensino de Matemática

Identificação de Problema que Exija Intervenção Pedagógica


Hortêncio Victor Amalique código:708240825

Disciplina: Praticas Pedagógicas gerais


Ano de Frequência: 1º Ano

Gurué, Maio de 2024


Índice
CAPÍTULO I .............................................................................................................................. 3
1.1.Introdução ............................................................................................................................. 3
1.1.1.Objectivos .......................................................................................................................... 3
1.1.1.Geral .................................................................................................................................. 3
1.1.2.Específicos ......................................................................................................................... 3
1.1.2.Metodologia ....................................................................................................................... 4
CAPÍTULO II ............................................................................................................................. 5
2. Conceito de Práticas Pedagógicas .......................................................................................... 5
2.3. Objectivos das Práticas Pedagógicas ................................................................................... 5
CAPITULO III ........................................................................................................................... 8
3. Descrição da Escola Secundaria Geral Eduardo Mondlane ................................................... 8
3.1. Localização Geográfica da Escola Secundaria Geral Eduardo Mondlane .......................... 8
3.2. Historial da Escola Secundaria Geral Eduardo Mondlane .................................................. 8
3.3.2.1. Estrutura e composição dos órgãos da escola ................................................................ 9
3.3.2.2. Descrição Administrativa e Pedagógica da Escola........................................................ 9
3.3.2.3. Documentos Normativos da Instituição ...................................................................... 10
3.3.2.4. Horário de funcionamento da ESGEM ........................................................................ 10
3.3.2.5. Estrutura organizacional da ESGEM ........................................................................... 10
CAPITULO IV ......................................................................................................................... 12
4. Actividades Realizadas na ESGEM durante as Praticas Pedagoficas Gerais (Processo de
Assistência das aulas) ............................................................................................................... 12
4.1. Recepção e apresentação do futuro professor aos alunos .................................................. 12
4.3. Identificação do problema que exija intervenção pedagógica ........................................... 13
4.3.3.Dificuldades no entendimento e aplicação das características de polinómios e fórmulas
de Bhaskara............................................................................................................................... 15
4.3.4.Dificuldade na tradução da linguagem natural para a linguagem algébrica .................... 16
4.3.4.1.Tratamento .................................................................................................................... 17
5.Conclusão .............................................................................................................................. 18
6.Referências bibliográficas ..................................................................................................... 19
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CAPÍTULO I

1.1.Introdução
O presente relatório de Práticas Pedagógicas de Gerais, versa sobre assistência de aulas
realizada na Escola Secundaria Geral Eduardo Mondlane. Como é sabido, no decurso das
actividades das Praticas Pedagógicas Gerais nos cursos de formação de quadros da educação
na Universidade Católica de Moçambique, as PPDFII do primeiro semestre do primeiro ano
consistem na assistência de aulas e destas não fugiram a regra, tendo como palco, assistência
de aulas na Disciplina de Matemática, 9ª classe, turma H, sala 9, na ESGEM. O relatório
aborda todos os momentos vivenciados durante a assistência e/ou observação de aulas que
tinham como propósito, verificar como se processa o processo de ensino e aprendizagem
numa sala de aula no ensino de Matemática. Retrata, problema que exija uma intervenção
pedagógica como uma etapa mais importante que deve considerar como crucial quando o
assunto é leccionação, pois se não há conforto na relação professor-aluno, compromete os
objectivos de ensino, sendo que há necessidade de se consolidar cada vez mais a relação
acima descrita.

O relatório está dividido em quatro capítulos para facilitar a compreensão das actividades
executadas pelo autor, estudante praticante. Sendo porem que, Capitulo I encontram-se as
abordagens relacionadas a Introdução, objectivos e a abordagem metodológica. Já no Capitulo
II, abordam-se aspectos relacionados a revisão bibliográfica dos principais conceitos
relacionados a actividade desenvolvida. Por consequente, no Capitulo III, descreve-se a escola
em todos os aspectos que foram possível colhe-los por parte do estudante praticante. Por fim,
tem-se o Capitulo IV, no qual, a abordagem esta centralizada em apresentar todos os
momentos vivenciados durante a assistência e/ou observação de aulas que tinham como
propósito o autor ao se inserir naquela escola.

1.1.1.Objectivos

1.1.1.Geral
 Conhecer os dados informativos de uma escola, avaliando sobre o seu funcionamento
no seio de toda actividade educacional.

1.1.2.Específicos
 Selecionar uma escola;
 Observar através de assistência das aulas;
 Identificar de problema que exija uma intervenção pedagógica.
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1.1.2.Metodologia
O tipo de pesquisa a ser realizada neste relatorio foi classificada como sendo uma pesquisa de
descritiva, onde a mesma foi pautada em uma pesquisa qualitativa e quantitativa. Para a
melhor compreensao do relatório foi necessário também o uso das fontes bibliográficas como:
dissertações, artigos científicos, patentes na referência bibliográfica.

A outras estategias usadas para a materialização do presente relatório foi a observação


directa. O material documentado, bem como, as respectivas análises foram organizadas em
uma sequência lógica para facilitar a sua compreensão.
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CAPÍTULO II

2. Conceito de Práticas Pedagógicas


Segundo RACGMUP capítulo IX, artigo 67 (2010:25), a prática pedagógica é uma actividade
curricular articuladora da teoria e prática, que se desenvolve no 1º, 2º, 3º e 4º ano dos cursos e
garantem o contacto experimental com situações psicopedagógicas, didáticas e laborais
concretas, reais ou simuladas e que contribuem para preparar, de forma gradual, o estudante
para a vida profissional.
Para Cunha (1992), a Prática Pedagógica é o “quotidiano do professor na preparação e
execução do ensino”. Da definição do autor, tem-se que, a prática pedagógica delimita-se no
ensino, apesar de a mesma ser muito mais abrangente, porque envolve um conjunto de
interesses socialmente determinadas.
Assim sendo, num sentido mais restrito, a Prática Pedagógica é um fenómeno social e
universal, na qual cabem tarefas ao professor de assegurar aos alunos um sólido domínio de
conhecimentos e habilidades, o desenvolvimento de suas capacidades intelectuais, de
pensamento independente, crítico e criativo.

2.3. Objectivos das Práticas Pedagógicas


Segundo Dias (2008), tendo em vista a importância e relevância das práticas
pedagógicas/Estagio Pedagógico, destacam-se os seguintes objectivos principais:
 Contribuir para a interligação do professor com os aspectos curriculares e não
curriculares;
 Relacionar os conhecimentos adquiridos na teoria com os aspectos observados na
leccionação da aula ou conhecimento prático;

 Verificar os aspectos negativos e positivos nas aulas observadas e aulas leccionadas;


Estrutura das Praticas Pedagógicas
As práticas Pedagógicas estão Estruturadas em quatro fases:
 Praticas Pedagógicas Gerais;
 Praticas Pedagógicas Especificas I;
 Praticas Pedagógicas Especificas II;
 Praticas Pedagógicas III (Estagio Pedagógico).
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2.5. Objectivos e principais actividades de cada etapa das Praticas Pedagógicas


2.5.1. Praticas Pedagógicas Gerais
As práticas Pedagógicas Gerais são leccionadas no primeiro (1º) semestre do 1º ano, e visam a
observação e descrição de infra-estrutura de uma dada escola, a fim de verificar o
funcionamento da escola e os órgãos da escola,
2.5.1.1. Objectivos das Praticas Pedagógicas Gerais PPGs
 Conhecer e observar os dados informativos de uma escola, avaliando sobre o seu
funcionamento no seio de toda actividade educacional.
2.5.1.2. Principais Actividades
 Relacionar as diferentes áreas de serviço dentro de uma escola;
 Descrever dados informativos em regime do funcionamento escolar;
 Identificar os documentos constantes numa escola e no sector Pedagógico;
 Descrever a utilidade de tais documentos e o funcionamento dos mesmos.
2.5.2. Praticas Pedagógicas Especificas I
As Praticas Pedagógicas Especificas I, consistem em assistência de aulas nas escolas do
ensino básico, as aulas das PPEI decorrem no Primeiro semestre do segundo ano.
2.5.2.1. Objectivos das PPEI
 O objectivo principal é a assistência de aulas.

2.5.2.2. Principais Actividades


Os estudantes participam em reuniões de planificação; trabalham em oficinas pedagógicas,
analisam e corrigem com o tutor os cadernos dos alunos; assistem reuniões de turma e de
encarregados de educação. Também os estudantes são convidados a analisar criticamente as
aulas lembrando que, a mesma não visa procurar problemas, desvios e falhas da escola e sim
compreender e interpretar os fenómenos educacionais observados, dando atenção aos factores
externos (sócio-culturais, políticos, ideológicos) que rodeiam o currículo, bem como nos
elementos internos da organização da própria escola. Tal análise crítica visa também verificar
a adequabilidade e o sentido de teorias e preceitos aprendidos nas disciplinas teóricas de
forma a articular melhor a teoria com a prática de ensino real.
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2.5.3. Praticas Pedagógicas Especificas II


As Praticas Pedagógicas Especificas II, ocorrem no segundo semestre do terceiro ano (3º)
ano.
2.5.3.1. Objectivos das Praticas Pedagógicas Especificas II
 O objectivo das Praticas Pedagógicas Especificas II é de observar as aulas1 dos
colegas praticantes.
2.5.3.2. Principais Actividades
 Leccionação de micro-aulas na Universidade Católica;
 Execução de pequenos projectos pedagógicos.
2.5.4. Praticas Pedagógicas III: Estagio Pedagógico
O estágio Pedagógico decorre no quarto (4º) ano do Primeiro Semestre, onde mais uma vez os
estudantes são convidados a assistir aulas dos tutores e dos colegas praticantes (duas
semanas).
2.5.4.1. Objectivos das Praticas Pedagógicas III
 O objectivo é assistir aulas dos tutores e dos colegas praticantes (duas semanas)
depois leccionar.
2.5.4.2. Principais Actividades
 Leccionam aulas com a supervisão do tutor e do supervisor da Universidade Católica;
 Participam em reuniões pedagógicas;
 Participam reuniões de turma.
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CAPITULO III

3. Descrição da Escola Secundaria Geral Eduardo Mondlane


A Escola Secundaria contem 7 blocos, sendo o primeiro bloco contendo 3 sala (secretaria,
Gabinete da Diretora e Gabinete administrativo). O segundo bloco conte 3 sala sendo uma
delas sala dos professores e as restantes sala de aula, e o quarto bloco contem três salas sendo
uma delas sala de espera. Os restantes blocos contem três salas de aula para cada bloco.
Também a escola contem dois blocos de casa de banho, sendo que cada um dos blocos uma
divisão há dois, o primeiro bloco e para os professores e professoras, enquanto o segundo
bloco e reservado para alunos e alunas.
3.1. Localização Geográfica da Escola Secundaria Geral Eduardo Mondlane
A Escola Secundaria Geral Eduardo Modlane, situa-se no bairro da Floresta, localizando-se a
cerca de 900 metros do mercado do lixo - Quelimane, no sentido cidade de Quelimane à
padeiro.
3.2. Historial da Escola Secundaria Geral Eduardo Mondlane
A actual Escola Secundaria Geral Eduardo Mondlane, surgiu de igual modo como outras
escolas que tendem a responder a constante e crescente demanda dos alunos escolarizados no
Sistema Nacional de Educação.
A escola foi criada com o fim de encurtar a distância dos alunos que graduam nas EPC
Samora Moisés Machel, bem como as outras escolas dos bairros circunvizinhos como:
Sampene, 7 de Abril – Cololo, Acordos de Lusaka e até 17 de Setembro.
Não obstante em 1998, o Governo Provincial Juntamente com A DPECZ (Direcção
Provincial de Educação e Cultura da Zambézia), naquela altura, chamadas vieram nesta
comunidade e junto com os líderes e em várias rondas negociaram o espaço que outrora era
campo de futebol usado pelos jovens deste bairro.
Enquanto se negociava, o governo permitiu o começo do funcionamento da Escola em 1998,
na EPC 7 de Abril – Cololo, com a 8 ͣ Classes, Curso diurno estando sob condições de salas
anexas da futura Escola em negociação no bairro Floresta.
Finalizada a obra, a Escola Foi sugerida o nome de Escola Secundaria Samora Moisés
Machel, enquanto aguardava a sua inauguração oficial.
A quando a visita presidencial em 1999, na altura o presidente Joaquim Alberto Chissano, ele
propôs a mudança do nome uma vez que no seu entender não faria tanto sentido encontrar
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num raio menor duas Escolas com o nome do mesmo antigo Chefe do Estado, e desta forma
passou-se a chamar actual Escola Secundaria Geral Eduardo Mondlane – Quelimane.
No ano 2000 a Escola introduziu a 10 ͣ Classes em ambos os curso, Diurno e Nocturno
respectivamente.
Desde a sua inauguração, esta foi dirigida pelos 8 diretores da Escola.

Em 2015 por necessidades de vagas para os alunos do II Ciclo a nível da autarquia da cidade
de Quelimane, viu se a necessidade de introduzir a 12 ͣ Classes, dos grupos A e B, de ambos
os turnos. Em 2016 a Escola teve os seus primeiros graduados da 12 ͣ Classes, e em 2020,
introduziu o grupo C.
Actualmente a escola é dirigida pela diretora Elsa Floriano Gimo Colomola Inácio.
3.3.2.1. Estrutura e composição dos órgãos da escola
Em termos de estrutura, a escola esta divida em três áreas a destacar: área Administrativa,
Pedagógica e Direcção. Onde a área administrativa é composta por chefe da secretaria,
assistente técnico e agentes de serviço; área pedagógica composta por pedagógicos (do curso
nocturno e diurno), coordenadores dos ciclos, área de delegados de classes e director de turma
e já para a direcção é composta por director da escola, director adjunto pedagógico e chefe da
secretaria.
3.3.2.2. Descrição Administrativa e Pedagógica da Escola
A Escola Secundaria do 1º e 2º Grau de Coalane, desde que ela tornou – se autónoma,
funcionou apenas com o 1º ciclo (8ª à 10ª classe). No ano de 2019 a escola introduziu o 2º
ciclo. Actualmente a escola funciona com 1 (um) Director, 4 (quatro) Directores Adjuntos
Pedagógicos (DAP), sendo 2 (dois) para o curso diurno e 2 (dois) para o curso nocturno, 1
(um) Director Adjunto Administrativo e 1 (uma) Chefe da Secretaria. Esta estrutura foi
coadjuvada por 6 (seis) directores de classe, 14 (catorze) Delegados de disciplina e 40
directores de turmas.
A escola possui um património administrativo e pedagógico constituído por 14 (catorze) salas
de aulas, 1 (uma) biblioteca, 1 (um) bloco sanitário, 1 (um) cantinho de saúde escolar e 1 (um)
apartamento que serve de sala de professores.
A escola funciona com um total de 85 funcionários e agentes de estado, dos quais 59 são
professores, sendo 15 mulheres e 44 homens (Docentes na sala de aula), 26 funcionários,
sendo 12 mulheres e 14 homens trabalhadores não docentes afectos na área de administração
e apoio técnico geral e 2 trabalhadores sazonais. Dos 59 professores da escola, 8 são de
matemática, sendo 1 (uma) mulher e 7 (sete) homens.
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3.3.2.3. Documentos Normativos da Instituição


Como estabelece os regulamentos das instituições de ensino, documentos normativos podem
ser vistas como sendo um conjunto de instrumentos empregues na orientação do corpo
directivo, professores, alunos e trabalhadores na uniformização de métodos e na tomada
deconsciência de medidas perante situações anómalas que possam acontecer no decurso das
actividades escolares.

Deste modo, este conjunto de instrumentos, compreende todos os documentos indispensáveis


para o funcionamento de uma instituição de ensino dentro dos parâmetros legais traçados pelo
MINED. Dos documentos normativos existentes constam nesta escola os seguintes:
a) Regulamento interno da escola;
b) Regulamento do ensino secundário geral;
c) Regulamento de avaliação;
d) Plano anual, trimestral, mensal e semanal da secção pedagógica.
A aplicação destes documentos que regulam o funcionamento da escola proporcionam um
ensino bem sistematizado e organizado, estabelecendo relações entre escolas, com a
comunidade e com outras instituições afins em suma permite a comunhão de objectivos,
métodos e tarefas entre diversas escolas.
O plano de actividade anual, trimestral, mensal e semanal tem por objectivo programar os
trabalhos a serem desenvolvidos no espaço de tempo em causa e atribuir as
responsabilizações as pessoas envolvidas para o cumprimento dos deveres pedagógicos. Estes
reflectem actividades desde o período das matrículas até a época dos exames.
3.3.2.4. Horário de funcionamento da ESGEM
A ESGEM, funciona das 7:30 as 15:30, para o atendimento ao público em geral, mas
internamente ela funciona entres momentos que são: das 06:00h as 20h.
3.3.2.5. Estrutura organizacional da ESGEM
A ESGEM é do tipo ``C´´, mas com um efectivo de alunos e número de turmas equiparadas a
uma escola do tipo ``B´´. Possui um organigrama cuja estrutura organizacional é funcional e
adequada de acordo com as orientações do MINEDH, para deste tipo e nível de ensino.
O organigrama que em apenso mostra os vários constituintes da escola e as relações de
interdependência entre os diferentes actores do PEA.
O funcionamento e as relações entre os diferentes actores da estrutura organizacional, são
reguladas pelas orientações da MINED e normas vigentes na República de Moçambique e
pelo regulamento interno da escola.
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Quanto aos instrumentos de gestão, para além de legislação diversa e do regulamento interno,
a escola possui o seu plano de desenvolvimento, com base no qual são elaborados os planos
operacionais anuais.
A ESGEM é uma das instituições de ensino secundário geral público que contribui de forma
significativa com a educação do cidadão moçambicano capaz de contribuir para o
desenvolvimento socioeconómico do país, razão pela qual da sua existência e a necessidade
de continuamente fortalecer-se a sua acção na missão de educar a nova geração.
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CAPITULO IV

4. Actividades Realizadas na ESGEM durante as Praticas Pedagoficas Gerais (Processo


de Assistência das aulas)
O processo das práticas pedagógicas Gerais decorreu em duas fases, a saber, na sala de aula,
em que a tutora fazia menção de todas as actividade que iriam ser realizadas no campo e a
outra fase que constitui o próprio trabalho de campo.
4.1. Recepção e apresentação do futuro professor aos alunos
De certo, a instituição do ensino em particular o grupo directivo desejou boa chegada ao
grupo escalado a escola, aos estudantes praticantes. A satisfação foi maior, pois, os nossos
colegas, ex-estagiários, haviam deixado boas impressões a instituição, visto que, as
actividades de estágios foram realizadas nos anos anterior e os estudantes afectes naquela
instituição souberam ser, estar e agir nos termos pré-estabelecidos como abordaram os
representantes da instituição em especial os seus tutores. Com profunda alegria, o sector
pedagógico da escola deram os seus aplausos” internos pela presença dos estudantes
praticantes. Como resultado da boa observação, o acesso ao horário sucedeu de forma
simples.
O autor deste relatório esteve afecto na 9ª classe, Turma H, sala 9, tendo como tutor dr. Sousa
4.2. Actividades desenvolvidas nas Praticas Pedagógicas
Teve início na semana de 27/03/2024, com o seguinte horário.5ª feira ás 16:50h-17-30h.
No primeiro dia de assistência (dia 01/04/2024), os Alunos cumprimentaram o professor,
respondem com agrado a saudação e em seguida fez o controlo das presenças dos alunos, O
Professor permitiu entrar os alunos atrasados, o Professor perguntou aos alunos se tinham
feito a leitura, alguns alunos fizeram e os outros não. O Professor mesmo sabendo que alguns
alunos não fizeram a leitura foi falando de situações da vida real até ao ponto de tratar de
todos os conceitos que iria abordar na aula.
O tutor introduziu a aula com o seguinte tema: noção de polinómios e grau de um polinómio
adição e subtracção e multiplicação de um polinómio por um monómio e por um binómio o
professor questionou ao seu aluno sobre conceito de polinómio os alunos não deram o seu
parecer sobre as questões expostas pelo professore, com as ideias dos alunos sobre o que é
polinómios e grau de um polinómio o professor acabou dando a definição dele segundo os
dizeres de alguns autores, deu alguns exemplos e finalizou por ditar apontamentos.
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No segundo dia (03/04/2024), os Alunos cumprimentaram o professor, respondem com


agrado a saudação e em seguida fez o controlo das presenças dos alunos, O Professor permitiu
entrar os alunos atrasados. O professor colocou o tema no quadro: Multiplicação de
polinómios e propriedades

Decomposição de um polinómio em factores recorrendo a propriedade distributiva (factor


comum), produtos notáveisa ± b2 e a + ba - b.

No dia 15/04/2024, os Alunos cumprimentaram o professor, respondem com agrado a


saudação e o professor avaliou e o ajudei no controlo das avaliações.
No dia 22/04/2024, os Alunos cumprimentaram o professor, respondem com agrado a
saudação, O Professor permitiu entrar os alunos atrasados, foi a correção e entrega dos testes,
dai eu me despedi da turma e do professor.
4.3. Identificação do problema que exija intervenção pedagógica
Durante a assistência de aulas na escola Secundaria Geral Eduardo Mondlane, na turma da 9ª
classe na disciplina de Matemática constatei o seguinte problema que requer forte intervenção
pedagógica, mas o problema relacionado à Dificuldades de Aprendizagem concretamente
dificuldade no entendimento e aplicação das características de polinómios e fórmulas de
Bhaskara e outra dificuldade apontada é a dificuldade na tradução da linguagem natural para a
linguagem algébrica
4.3.1.Conceito de Aprendizagem
Aprender é uma habilidade em desenvolvimento que potencializa o homem a agir frente aos
desafios e as necessidades, com o desejo de superá-las, gerando transformações pessoais que
são refletidas na colectividade (Moura & Silva, 20001).
Aprender é uma atividade que ocorre dentro de um organismo e que não podem ser
diretamente observada. De formas não inteiramente compreendidas, os sujeitos da
aprendizagem são modificados: eles adquirem novas associações, informações, insight’s,
aptidões, hábitos e semelhantes (Davidoff, 198, p.158).
Aprender é apropriação do conjunto das produções humanas (saberes, habilidades, atitudes,
valores, dentre outros) (Carvalho & Ibiapina, 2009, p.192).
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4.3.2.Dificuldades de Aprendizagem
Smith e Strick (2012, p.15) define as Dificuldades de Aprendizagem como uma gama de
problemas que podem afetar qualquer área do conhecimento do individuo e que raramente
elas são atribuídas a uma única causa, pois aspectos diferentes podem prejudicar o bom
funcionamento do cérebro.
Dificuldades de Aprendizagem é um termo genérico que se refere a um grupo heterogêneo de
desordens manifestadas por dificuldades significativas na aquisição e uso da audição, fala,
leitura, escrita, raciocínio ou habilidades matemáticas.

4.3.2.1.Características gerais

Para Sampaio (2009), a expressão é usada para referir condições sócio-biológicas que afectam
as capacidades de aprendizado de indivíduos, em termos de aquisição, construção e
desenvolvimento das funções cognitivas, e abrange transtornos tão diferentes como
incapacidade de percepção, dano cerebral, disfunção cerebral mínima (DCM), autismo,
dislexia e afasia desenvolvimental. No campo da Educação, as mais comuns são a dislexia, a
disortografia e a discalculia.

Um indivíduo com dificuldades de aprendizagem não apresenta necessariamente baixo ou alto


QI: significa apenas que ele está trabalhando abaixo da sua capacidade devido a um fator com
dificuldade, em áreas como por exemplo o processamento visual ou auditivo. As dificuldades
de aprendizagem normalmente são identificadas na fase de escolarização, por profissionais
como psicólogos, através de avaliações específicas de inteligência, conteúdos e processos de
aprendizagem.

Embora a dificuldade de aprendizagem não seja indicativa do nível de inteligência, os seus


portadores têm dificuldades em desempenhar funções ou habilidades específicas, ou em
completar tarefas, caso entregues a si próprios ou se encarados de forma convencional. Estes
indivíduos não podem ser curados ou melhorados, uma vez que o problema é crônico, ou seja,
para toda a vida. Entretanto, com o apoio e intervenções adequados, esses mesmos indivíduos
podem ter sucesso escolar e continuar a progredir em carreiras bem-sucedidas, e mesmo de
destaque, ao longo de suas vidas, (Aquino,1997).
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4.3.2.2.Classificação de Dificuldades de Aprendizagem


Segundo Coll, Marchesi e Palácios (2004) classifica as Dificuldades de Aprendizagem como:
a) Condições intrínsecas da pessoa que apresenta Dificuldades de Aprendizagem (por
exemplo, a herança, a disfunção cerebral mínima, ou os atrasos maturativos);
b) Circunstâncias ambientais nas quais se dá o desenvolvimento e /ou aprendizagem (como
por exemplo, ambientes familiares e educativos pobres, projetos instrucionais inadequados);
c) Uma combinação das anteriores em que as condições pessoais são influenciadas- de forma
positiva ou negativa, conforme os casos- pelas circunstâncias ambientais.
4.3.3.Dificuldades no entendimento e aplicação das características de polinómios e
fórmulas de Bhaskara.

Bona (2006) coloca que ao entrevistar os professores sobre o tema em questão, observou que
na fala dos professores, percebe-se que, cada qual a sua maneira, procura sanar as
dificuldades dos alunos. Porém, ainda é muito forte a repetição dos procedimentos
convencionais como de “explicar” várias vezes o caminho trilhado que gerou a dificuldade ou
erro cometido pelo aluno. A preocupação maior é com a memorização dos passos a seguir no
uso da fórmula do que com a elaboração das ideias conceituais envolvidas.

Segundo o autor as preocupações dos professores trazem a crença de que a ordenação das
operações a serem realizadas no emprego da fórmula de Bhaskara é suficiente para os alunos
atribuir-lhe significado e sentido. Isso passa ser a garantia de que a única forma de ensinar é
“explicar” o que o aluno tem que fazer com a fórmula e a aprendizagem ideal se daria
imediatamente.

Ao analisar os erros dos alunos, Bona (2006) concluiu que as dificuldades, geradoras de erros,
com a fórmula de Bhaskara são as mesmas, nos seguintes aspectos:

 O sinal em –b, quando o coeficiente b da equação é negativo;

 No cálculo da potência em b2, multiplicam a base pelo expoente;

 A regra de sinal das operações matemáticas;

 Na extração da raiz quadrada, dividem o radicando por 2;

 Em 2.a esquecem-se de observar quando o coeficiente “a” é negativo,


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ou não percebem quando a ≠ 1.

O autor também cita as dificuldades em operacionalizar com frações e na resolução de


problemas com equações do 2º grau

O outro estudo revisado foi o de Nabais (2010) que visa saber como lidam os alunos e quais
as dificuldades mais frequentes que se deparam ao resolver equações do 2º grau. A pesquisa
foi desenvolvida junto aos alunos do 9º ano em Lisboa-Portugal.
Nabais (2010) concluiu que os alunos apresentaram dificuldades na resolução de equações do
2º grau, e que os erros ocorrem na aplicação do processo de factorização e na lei de
anulamento do produto.

4.3.4.Dificuldade na tradução da linguagem natural para a linguagem algébrica

Outra dificuldade apontada é a dificuldade na tradução da linguagem natural para a


linguagem algébrica. Pois, os alunos apresentam dificuldade de representar e entender certas
palavras que aparecem no texto natural, como as palavras: “excede”, “produto”; “área”, sendo
que esta última o aluno entende como se fosse perímetro.

Em relação à resolução de problemas a autora observou que os alunos sentem dificuldades na


compreensão e aplicação da resolução das equações do 2º grau, como também, apresentam
dificuldade na escrita da equação que traduz simbolicamente o problema.
Cury, Bisogni e Bisogni (2011) realiza uma pesquisa junto a 22 professores da educação
básica, com o objetivo de analisar o desempenho de professores em formação continuada em
questões relacionadas a conteúdos da educação básica. Os autores apresentam ao grupo de
professores soluções de problemas resolvidos por alunos, para que aqueles analisassem a
resolução e identificassem os erros e oferecessem estratégias de ensino para superar tais erros.
Em relação às formas de resolução da equação do 2º grau, percebemos no estudo de Cury,
Bisogni e Bisogni (2011) que alguns professores optaram pela fórmula de Baskara como
única opção de resolução.
Segundo o autor, muitos dos professores, para realizar a análise dos erros dos alunos,
primeiramente resolveram a equação. E afirmam que os mesmos encontraram dificuldades na
resolução das atividades, principalmente em entender os processos de resolução de uma
equação de 2º grau, e que apresentaram falta de domínio desse conteúdo e uma certa rigidez
de certos procedimentos que parecem ser esperados dos alunos.
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4.3.4.1.Tratamento
Dificuldades de aprendizagem podem ser tratadas com uma variedade de métodos, mas
geralmente são consideradas como desordens vitalícias. Alguns (ajustes, equipamentos e
auxiliares) são projetados para acomodar ou ajudar a compensar a deficiência, enquanto
outros (educação especial) destinam-se a fazer melhorias nas áreas fracas. O psicopedagogo
Reuven Feuerstein, autor da Teoria da modificabilidade cognitiva estrutural, afirma que a
inteligência pode ser "expandida". Segundo ele, qualquer pessoa, independente de sua idade e
mesmo que seja considerada inapta, pode desenvolver sua inteligência e adquirir a capacidade
de aprender.

Os tratamentos incluem:

 Ajustes na sala de aula:


 Atribuições de lugares especiais;
 Tarefas escolares alternativas ou modificadas;
 Procedimentos de avaliação/testes modificados;
 Equipamento especial:
 Fonadores eletrônicos e dicionários;
 Processadores de texto;
 Calculadoras falantes;
 Livros em fita;
 Assistentes de sala de aula:
 Tomadores de nota;
 Leitores;
 Corretores;
 Educação especial:
 Horários prescritos em uma classe especial;
 Colocação em uma classe especial;
 Matrícula em uma escola especial para a aprendizagem dos alunos com deficiência.
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5.Conclusão
Vencida uma longa serie de dificuldades, que apresentando-se com visos de insuperáveis,
teriam talvez desacoraçoado outro animo, que por mais irresoluto estivesse menos convencido
da utilidade e alcance do seu cometimento, tem-se por terminado enfim o relatório de Praticas
Pedagógicas Gerais, que contribui bastante na minha percepção das praticas pedagógicas de
assistência de aulas como um fenómeno de aprendizagem com dupla função de entre elas,
ganhar o domínio na exploração dos meios e/ou recursos didácticos que o assistente apreende
durante as actividades de observância e como aplicar os métodos com a realidade concreta,
neste caso, faixa etária dos alunos, dos comportamentos e da constituição dos alunos em sala
de aula.
Também conclui que as mudanças no método de ensino, estratégias diferentes de estudo e até
mesmo a reorganização do espaço físico contribuem para o progresso de um aluno que está
com dificuldade em determinado conteúdo ou matéria. Além disso, é importante que os
processos educacionais colaborem para a identificação das dificuldades por meio de
planejamentos pedagógicos fundamentados em expectativas de aprendizagem.
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6.Referências bibliográficas
Aquino, Júlio Grappa. (1997). Erro e fracasso na escola alternativa e práticas. 2ª Ed. São
Paulo.
Bem, V; Cruz, d. M.; Schuelter, W. (2003). A interação na EAD é necessária? Universidade
do Sul de Santa Catarina – UNISUL.
Dias, Hildizina Norberto, et al. (2006). Guia de Práticas pedagógicas. Maputo.
José, Elisabete da Assunção. (1997). Coelho, Maria Teresa. Problemas de aprendizagem. São
Paulo.
Mizukami, Ensino: As abordagens do processo.http://portal.mec.gov.br/docman/julho-2013-
pdf/13677-diretrizes-educacao-basica-2013-pdf/file

Sampaio, Simaia. (2009). Dificuldades de aprendizagem: a psicopedagogia na relação sujeito,


família e escola. Rio de Janeiro.
Silva, D. M. (2006). O Impacto dos estilos de aprendizagem no ensino de contabilidade na
FEA-RP/USP. Dissertação de Mestrado, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, SP,
Brasil
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Anexos
Figuras da Escola Secundaria Geral Eduardo Mondlane

Fig.1: Parte frontal da Escola Secundaria Eduardo Mondlane.


Fonte: Autor (2024)

Fig2. Bloco da Secretaria


Fonte: Autor (2024)

Fig3. Sala de aula de Assistência


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Fonte: Autor (2024)

Fig4. Sala dos professores


Fonte: Autor (2024)

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