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RESUMO
Este trabalho teve como objetivo definir o perfil dos usuários do Facebook com maior
probabilidade de participar da Economia Compartilhada. Para tanto, realizou-se um estudo
empírico com 2.357 usuários do Facebook, em todos os 26 estados do Brasil e no Distrito
Federal. Eles responderam a uma série de questões que dizem respeito ao
compartilhamento de automóvel e habitação, além de questões sobre valores. Vale ressaltar
que há séculos as pessoas já compartilhavam, embora que numa escala pequena e
localizada. Porém, este movimento se expandiu no século XXI devido ao avanço da
tecnologia e do mundo globalizado. Ao longo do artigo são descritos os conceitos de
Economia Compartilhada, as formas de compartilhamento e as tendências deste
movimento. Através da utilização de duas técnicas estatísticas, a análise fatorial e a
análise de regressão, pôde-se perceber que da nossa amostra de usuários do Facebook,
aqueles com maior probabilidade de compartilhar automóvel e habitação são: i) homens; ii)
de qualquer faixa etária; iii) viúvo ou solteiro; iv) com menor nível de renda e escolaridade;
v) que não fazem questão de ser dono de um determinado produto; vi) que estão
dispostos a mudar o seu estilo de vida para colaborar com o meio ambiente; e vii) que
consideram a maioria das pessoas de confiança.
ABSTRACT
This work aimed to define the profile of Facebook users most likely to participate in the
Sharing Economy. To this end, an empirical study was carried out with since 2,357 Facebook
users, in all 26 states of Brazil and in the Federal District. They had responded to a series of
issues relating to car and housing sharing, as well as questions about values. It is noteworthy
that people have shared for centuries, although on a small and localized scale. However, this
movement expanded in the 21st century due to the advance of technology and the globalized
world. Throughout the article, the concepts of Sharing Economy, sharing types, and the
trends of this movement are described. Through the use of two statistical techniques, factor
analysis and regression analysis, it was possible to notice that from our sample of Facebook
users, those most likely to share a car and housing are: i) men; ii) of any age group; iii)
widowed or single; iv) with a lower level of income and education; v) who do not insist on
owning a certain product; vi) that they are willing to change their lifestyle to collaborate with
the environment; and vii) who consider most people to be trustworthy.
1
Arquiteto e mestre em Desenvolvimento Regional e Urbano (UNIFACS)
2
Doutor em Economia e professor do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional e
Urbano (UNIFACS)
Revista de Desenvolvimento Econômico – RDE - Ano XXII – V. 3 - N. 47 – Dezembro de 2020 -
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1 INTRODUÇÃO
No início do século XXI, nos Estados Unidos, especificamente na região
conhecida como Vale do Silício, na Califórnia, um grupo de jovens, por conta de
estarem com pouco recursos para consumir devido à crise financeira internacional
de 2007-2008, e querendo manter o consumo em alta, teve a ideia de consumir
produtos e serviços de forma compartilhada através dos seus smartphones
conectados pela internet, e assim o movimento econômico e social denominado
Economia Compartilhada começou a ganhar dimensão mundial.
Economia Compartilhada se refere ao “as the act and process of distributing
what is ours to others for their use” (BELK, 2007, p.126); Segundo Hamari, Sjoklint e
Ukkonen (2016) trata-se do uso da propriedade do outro por meio da comunicação
tecnológica, decorrente da cultura de tecnologia do Vale do Silício. Esse conceito
“inclui a criação, produção, distribuição, o comércio e consumo compartilhado de
bens e serviços por pessoas e organizações” (VILLANOVA, 2015, p. 8).
Mesmo sendo a Economia Compartilhada um movimento recente, já
congrega empresas com grande valor de mercado, muitas delas líderes do seu
setor: Uber, Airbnb, Spotify, Facebook, Amazon, Netflix, dentre outras.
A vontade de compartilhar em sociedade é um assunto antigo, que sempre
existiu na história e foi tema de interesse de livros clássicos que descreveram
sociedades onde as pessoas viviam compartilhando: “Utopia” de Thomas Morus
(1516) e “Notícias de lugar nenhum” de William Morris (1891); além dos pensadores
Darcy Ribeiro (1957) e Sérgio Buarque de Holanda (1936), mostrando a forma como
os índios brasileiros da mesma tribo viviam compartilhando.
Na crise financeira internacional de 2007-2008, o jornalista Thomas Friedman
deu a seguinte declaração que retrata bem o momento: “Tanto a mãe natureza
quanto o mercado chegaram a um limite e declararam que o modelo
hiperconsumista em vigência não era mais sustentável” (SILVA et al., 2019, p.01).
Esse cenário de crise financeira, com necessidade de redução no custo do
consumo, levou parte da sociedade para uma “mudança da política sociocultural de
consumo” (FREITAS; PETRINI; SILVEIRA, 2016, p. 13), onde o mais importante
passou a ser a aproximação de “pessoas com necessidades ou interesses
semelhantes que se unem para partilhar e trocar ativos menos tangíveis, tais como
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2 REVISÃO DE LITERATURA
Belk (2007) definiu o “consumo compartilhado” como “the act and process of
distributing what is ours to others for their use and/or the act and process of receiving
or taking something from others for our use” (BELK, 2007, p. 126).
Segundo Algar (2007), o conceito de Economia Compartilhada é a prática da
divisão dos produtos, os empréstimos comerciais, aluguel e trocas em ações
realizadas no século XXI.
É necessário registrar a diferença entre “compartilhamento” e “Economia
Compartilhada”. O compartilhamento, como define o próprio significado da palavra
na língua portuguesa, consiste na utilização de produtos e serviços entre as pessoas
de uma forma mais ampla, comportamento que sempre existiu em nossa sociedade
e já foi fruto de muitos estudos, enquanto a Economia Compartilhada consiste no
compartilhamento de produtos e serviços com a utilização da tecnologia, com os
smartphones e a internet conectando as pessoas de forma mais prática, rápida,
eficiente, e em maior escala (MAURER et al., 2015, p.68).
Com o avanço da internet, que conecta pessoas desconhecidas na rede
mundial, surgiram novos modelos de negócios baseados no compartilhamento de
bens e serviços com grande escala, fato que no passado não era possível.
Segundo Hamari, Sjoklint e Ukkonen (2016), a Economia Compartilhada é “to be
based on access over ownership, the use of online services, as well as monetary and
nonmonetary transactions such as sharing, swapping, trading, and renting”. Os
autores afirmam que ela está gerando uma grande revolução no consumo, e que
só está acontecendo graças aos avanços decorrentes da cultura de tecnologia do
Vale do Silício.
A vontade e a prática de compartilhar sempre fez parte do consumo das
pessoas, experiências que remontam há séculos. A Economia Compartilhada,
conforme exposto anteriormente, depende da tecnologia e é produto que tomou
dimensão global no início do século XXI.
Vários pensadores teorizaram sobre sociedades que tinham como base o
compartilhamento de produtos e serviços. Dentre eles destaca-se o filósofo e escritor
inglês Thomas Morus (1478-1535) com o seu livro “Utopia”, escrito em 1516, uma
ficção em que ele relatou a vida em sociedade, todos em uma ilha de mesmo nome,
3
É uma das maiores prestadoras de serviços profissionais do mundo nas áreas de auditoria,
consultoria e outros serviços acessórios para todo tipo de empresas, no mundo inteiro.
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3 DADOS E MÉTODO
Para a realização da Pesquisa empírica sobre Economia Compartilhada foi
lançado um questionário – que se encontra no Apêndice B – através do Facebook,
visando atingir todo o território brasileiro entre os dias 20 a 26 de novembro de 2018.
comuns que refletem algum conjunto de valores. Para tanto, fez-se uso de Análise
Fatorial.
Segundo Fávero (2009), a Análise Fatorial é uma técnica de interdependência
que tem como principais objetivos o resumo e a redução dos dados, buscando
identificar fatores comuns. Nessa ótica, ela pode auxiliar na criação de novas
variáveis como substituídas dos dados originais. Através das correlações
observadas dos dados, esta técnica estima os fatores comuns4, ou dimensões
latentes, que irão permitir a simplificação ou a redução do número de variáveis.
Fávero (2009) também afirma que para melhores resultados é desejável haver um
pouco de multicolinearidade, e a inspeção visual da matriz de correlação deve
apresentar um número razoável de correlações superiores a 0,30, e que há dois
modelos fatoriais básicos. O primeiro é conhecido como análise de componentes
principais, e o segundo consiste na análise fatorial comum. O primeiro procedimento
utiliza três tipos de variância para derivar soluções fatoriais 5. O segundo, por sua
vez, baseia-se somente na variância comum. O presente trabalho se utiliza do
método de componentes principais, pois ele é mais apropriado quando a
preocupação principal é a previsão ou o número mínimo de fatores para explicar a
parte máxima da variância dos dados originais.
Existem alguns critérios que ajudam o pesquisador a definir o número de
fatores a extrair. No mais utilizado, o da raiz latente, somente os fatores que
possuem raiz latente ou autovalores maiores que um, são considerados
significativos. O critério do gráfico Scree servirá de auxílio à raiz latente. Segundo
Hair (2005), esse método é utilizado para identificar o número ótimo de fatores que
podem ser extraídos antes que a variância única comece a dominar a estrutura da
variância comum.
É importante destacar que o estudo de Análise Fatorial sugere que, em um
determinado momento, os fatores sejam rotacionados para redistribuir a variância e,
assim, oferecer ao pesquisador a oportunidade de ter uma visão diferenciada dos
fatores.
4
Segundo Hair (2005), um fator é a combinação linear das variáveis originais. Os fatores também
representam as dimensões latentes que resumem ou explicam o conjunto original das variáveis
observadas.
5
De acordo com Hair (2005), existem três tipos de variância em análise estatística. A variância
comum, que é a poção da variância para qual todas as variáveis covariam juntas; a variância
única, a parte da variância que é específica para somente uma variável e, por fim, a variância de
erro que é a parte da variância decorrente do erro na coleta de dados, por exemplo.
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4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Para a realização da Análise Fatorial, cujo objetivo inicial é verificar a
coerência das respostas, o primeiro passo foi construir uma matriz de correlação
policórica, pois a maioria das respostas dos dados são ordinais. Nesse sentido, a
matriz, que pode ser verificada em anexo, foi construída a partir das respostas para
as seguintes questões:
1 – (automóvel_terceiros) Você prefere, sempre que precisar, usar um
automóvel compartilhado a ter um automóvel próprio. Opções de resposta: concordo
plenamente; concordo parcialmente; não concordo nem discordo; discordo
parcialmente; discordo plenamente.
2 – (automóvel_próprio) Tendo um automóvel com ociosidade de uso, você
estaria disposto a compartilhá-lo? Opções de resposta: sim; talvez; não.
3 – (habitação_ociosa) Sendo proprietário de um imóvel ocioso, você estaria
disposto a compartilhá-lo. Opções de resposta: concordo plenamente; concordo
parcialmente; não concordo nem discordo; discordo parcialmente; discordo
plenamente.
4 – (habitação_casa) Você compartilharia um quarto de sua casa/apartamento
para um turista? Opções de resposta: sim; não.
5 – (habitação_turista) Na condição de turista, qual opção você preferiria?
Opções de resposta: fico no quarto compartilhado até pelo mesmo preço do hotel; só
fico no quarto compartilhado se for mais barato; sempre prefiro ficar hospedado em
um hotel.
6 – (propriedade) Você não faz questão de ser o dono de um determinado
produto, desde que você possa utilizá-lo. Opções de resposta: concordo
plenamente; concordo parcialmente; não concordo nem discordo; discordo
parcialmente; discordo plenamente.
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Variável KMO
automóvel_terceiros 0,8163
automóvel_próprio 0,8009
habitação_ociosa 0,8232
habitação_casa 0,7316
habitação_turista 0,7132
propriedade 0,7670
meio_ambiente 0,6941
solidariedade 0,6836
tecnologia 0,5660
Média 0,7501
Fonte: o Autor.
3
2.5
Eigenvalues
2
1.5
1
.5
0 2 4 6 8 10
Number
Fonte: o Autor.
Factor analysis/correlation Number of obs = 2,259
Method: principal-component factors Retained factors = 3
Rotation: orthogonal varimax (Kaiser off) Number of params = 24
Tabela 2 – Análise Fatorial
estudos. As cargas fatoriais podem ser vistas nas Tabelas que estão no Apêndice A.
O Gráfico 2 a seguir mostra como as variáveis estão associadas.
Factor loadings
.8
solidaria
meio_ambie~e
ser_dono
.6
Factor 2
.4
carro_comp
imovel_oci~o
.2
carro_ocioso
tecnologia casa_turista
turista_ho~l
0
0 .2 .4 .6 .8
Factor 1
Fonte: o Autor.
2 – Nível de escolaridade:
ensino médio completo 0,126*** 0,041 3,070 0,002
ensino superior completo 0,049 0,056 0,880 0,381
pós-graduação completa 0,033 0,061 0,540 0,588
compartilhar que aqueles que disseram que “é preciso ter cuidado” ao lidar com os
outros. Isto significa que a Economia Compartilhada deve ter maior probabilidade de
sucesso num ambiente em que as pessoas confiam umas nas outras. Porém, a
confiança é um valor relativamente escasso no Brasil, pois que apenas cerca de
7,1% dos brasileiros confiam nas pessoas em geral, tal como apresentado por
Inglehart et al. (2014) através da World Values Survey.
Vale frisar que Botsman e Rogers (2011) defendem que a confiança nas
relações sociais, organizações e instituições tende a influenciar significativamente
o consumo compartilhado (MAURER et al., 2015, p.68) e, segundo Kiyonari,
Yamagishi, Cook e Cheshire (2006), a maioria dos estudiosos, assim como os
cidadãos comuns, acreditam que a confiança é um importante lubrificante das
relações sociais.
A preocupação com o meio ambiente, bem como a pouca importância dada
ao “ter” são características dos que tendem a compartilhar. Aqueles que
responderam “extremamente disposto” ou “muito disposto” a pergunta: “você está
disposto a mudar o seu estilo de vida para colaborar com o meio ambiente?”
mostram-se mais propícios ao compartilhamento. A preocupação com relação à
questão ambiental no momento do consumo faz parte de um pensamento mais
amplo que está ligado a ética do consumo, onde uma parcela da sociedade
condiciona a compra de um determinado produto ou a utilização de um serviço a
questões éticas, tais como: respeito ao meio ambiente, ausência de trabalho
escravo, respeito às minorias e diversidade na contratação da mão de obra,
preferência por utilização das forças de produção locais, não agressão aos
animais.
Sob este aspecto, vale registrar o trabalho de Coelho et al (2015). Os
autores elaboraram uma pesquisa pelo suporte digital Google Drive com 308
pessoas residentes no Brasil e todas com mais de 18 anos, para “analisar os
principais determinantes do comportamento do consumidor no contexto brasileiro,
face ao consumo ético”. Eles analisaram as variáveis que remeteram ao
“individualismo, egoísmo e orientação comunitária”, “sensibilidade ao preço” e
“satisfação com a vida e na compra compulsiva”. Concluiu-se que o cliente mais
propenso a ter um consumo ético é aquele “com alto nível escolar, [alta] renda
familiar, [e o que está] ocupado”. Na referida pesquisa também se concluiu que
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Conforme exposto neste trabalho, o compartilhamento sempre existiu na
sociedade. No entanto, ele ganhou dimensão global no século XXI com o
desenvolvimento da internet e dos smartphones. Especialmente após a crise
financeira internacional de 2007-2008, momento em que as pessoas queriam manter
o consumo em alta, mas precisavam economizar recursos financeiros no ato do
consumo.
Este trabalho demonstrou os vários tipos de compartilhamento: i) de pessoa
para pessoa sem dinheiro; ii) de empresa para pessoa sem dinheiro; iii) de pessoa
para pessoa com dinheiro; e iv) de empresa para pessoa com dinheiro. Ademais,
foi possível perceber que grandes empresas internacionais como Uber e Airbnb,
por exemplo, estão inseridas dentro do que se chama de Economia Compartilhada.
Do ponto de vista empírico, o artigo apresentou dados sobre a percepção dos
usuários do Facebook a respeito do compartilhamento de automóveis e habitação.
Foi lançado um questionário através do Facebook, visando atingir todo o território
nacional entre os dias 20 e 26 de novembro de 2018. A divulgação do post com o
questionário foi feita com publicidade paga e 2.357 usuários responderam.
É importante registrar ao leitor sobre as limitações da amostra desta
pesquisa. A despeito de muitos estudos acadêmicos utilizarem a ferramenta do
Facebook para coletar dados primários, é preciso ter cautela em relação aos
resultados. Há um viés na amostra que deve ser registrado. Estudos posteriores
podem ser realizados a fim de obter amostras com representatividade estatística em
todo o território nacional.
Para se chegar ao perfil do consumidor com maior probabilidade de
compartilhar automóvel e habitação fez-se a Análise Fatorial e a Análise de
Regressão com os dados dos 2.357 questionários e se chegou ao seguinte perfil
deste consumidor: homem, cuja faixa etária e a região em que mora no Brasil não é
muito relevante, viúvo ou solteiro, com menor nível de renda e escolaridade, que
não faz questão de ser dono de um determinado produto e está disposto a mudar o
seu estilo de vida para colaborar com o meio ambiente; ademais, este consumidor
típico considera a maioria das pessoas de confiança.
Sobre esta última questão, o trabalho demonstrou um resultado que pode
limitar o potencial de desenvolvimento desta atividade. Quando foi feita a seguinte
pergunta aos entrevistados: “Falando de um modo geral, você diria que a maioria
das pessoas é de confiança ou é preciso ter cuidado ao lidar com elas?”, somente
11% dos entrevistados responderam: “a maioria das pessoas é de confiança”. A
confiança é um elemento importante para o compartilhamento, mas este parece ser
um valor escasso no Brasil, especialmente quando comparando com outros países.
REFERÊNCIAS
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BELK, R. Why not share rather than own? Annals of the American Academy of
Political and Social Science, v. 611, n. 1, p. 126-140. 2007.
BOTSMAN, R.; ROGERS, R. O que é meu é seu: como o consumo colaborativo vai
mudar o mundo. Porto Alegre. Bookman, 2011. 262 p.
FREITAS, Cássio Stedetn de; PETRINI, Maira de Cássia; SILVEIRA, Lisilene Mello
da. Desvendando o consumo colaborativo: uma proposta de tipologia. CLAV
2016, 9th Latin American Retail Conference. Fundação Getúlio Vargas. 2016.
HAMARI, Juho; SJOKLINT, Mimmi; UKKONEN, Antti. The Sharing Economy: Why
People Participate in Collaborative Consumption. Journal of the Association for
Information Science and Technology, v. 67, n. 9, p. 2047-2059, 2016.
HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil. Editora José Olympio. 1936.
INGLEHART, R., C. et al. (Ed.). World Values Survey: Round Six - Country-Pooled
Datafile 2010- 2014, 2014Version:
http://www.worldvaluessurvey.org/WVSDocumentationWV6.jsp. Madrid: JD Systems
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KOSINSKI, M.; MATZ, S.; GOSLING, S.; POPOV, V.; STILLWELL, D. Facebook as a
research tool for the social sciences: opportunities, challenges, ethical
considerations, and practical guidelines. American Psychologist, v. 70, n. 6, p. 543-
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MORUS, Thomas. A Utopia. Tradução de Paulo Neves – Porto Alegre: L&PM, 2017.
RIFE, Sean C.; CATE, Kelly L.; KOSINSKI, Michal; STILLWELL, David. Participant
recruitment and data collection through Facebook: the role of personality factors.
International Journal of Social Research Methodology, v. 19, n. 1, p.69-83, 2016.
SILVA, Michele Lins Aracaty e.; LOPES, Rute Holanda; ALMEIDA, Matheus Teixeira
de; FRANCO, Francilene da Silva. Do Eu para o Nós: A Economia Compartilhada/
Colaborativa e o Futuro da Propriedade Individual. In: MOSTRA DE PESQUISA EM
CIÊNCIA E TECNOLOGIA. 2019, Fortaleza. Anais... Fortaleza, 2019.
APÊNDICE A
. estat kmo
|.......................................................| Barreto Júnior, Lopes |...........................................................| 375 |
Variável KMO
automóvel_terceiros 0,7327
automóvel_próprio 0,7377
habitação_casa 0,6331
habitação_turista 0,6371
Média 0,6688
Fonte: o Autor.
APÊNDICE B
QUESTIONÁRIO
4. Qual das opções abaixo melhor descreve seu estado civil atual?
( ) Casado(a), em uma união estável ou casamento civil
( ) Viúvo(a)
( ) Divorciado(a); Separado(a)
( ) Solteiro(a)
( ) Acre
( ) Alagoas
( ) Amapá
( ) Amazonas
( ) Bahia
( ) Ceará
( ) Distrito Federal
( ) Espírito Santo
( ) Goiás
( ) Maranhão
( ) Mato Grosso
( ) Mato Grosso do Sul
( ) Minas Gerais
( ) Pará
( ) Paraíba
( ) Paraná
( ) Pernambuco
( ) Piauí
( ) Rio de Janeiro
( ) Rio Grande do Norte
( ) Rio Grande do Sul
( ) Rondônia
( ) Roraima
( ) Santa Catarina
( ) São Paulo
( ) Sergipe
( ) Tocantins
12. Você não faz questão de ser o dono de um determinado produto, desde que
você possa utilizá-lo.
( ) Concordo plenamente
( ) Concordo parcialmente
( ) Não concordo nem discordo
( ) Discordo parcialmente
( ) Discordo plenamente
13. Você está disposto a mudar o seu estilo de vida para colaborar com o meio
ambiente?
( ) Extremamente disposto
( ) Muito disposto
( ) Mais ou menos disposto
( ) Pouco disposto
( ) Nada disposto
15. Falando de um modo geral, você diria que a maioria das pessoas é de
confiança ou é preciso ter cuidado ao lidar com elas?
( ) A maioria das pessoas é de confiança
( ) É preciso ter cuidado ao lidar com elas