Apostila Fisica Parte 2 Ceep

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ELETRICIDADE:

É a parte da Física que estuda os fenômenos que ocorrem com as Cargas Elétricas. É dividida didaticamente
em duas partes: Eletrostática, que estuda os fenômenos físicos produzidos por cargas elétricas que se encontram em repouso
e a Eletrodinâmica, que estuda os fenômenos físicos produzidos pelas cargas elétricas que se encontram em movimento.
CargaElétrica:

Todas as coisas que existem ao nosso redor são constituídas de moléculas, que por sua vez são constituídas de
átomos. Os átomos são constituídos basicamente por três partículas elementares: prótons, elétrons e nêutrons.

CargaElétricaéapropriedadefísicacaracterísticadosprótonsedoselétrons. prótons →
possuem carga elétrica de sinal positivo (+)
Núcleo
nêutrons→sãoformadosporumprótoneumporumelétron,apresentandocargaelétricanula
Átomo
Eletrosfera→elétrons–possuemcargaelétricadesinalnegativo(-)

ELETROSTÁTICA:

Chamamos de Eletrização de um Corpo o processo pelo qual podemos adicionar ou retirar carga(s) elétrica(s) de
um corpo.
Acarga elétricaquepodeser adicionadaouretiradadeum corposerásempreoelétron, vistoqueele encontra-
semaisafastado donúcleodoátomo,oque“facilita”asuatransferênciadeum corpoparaoutro,quando comparadoaopróton(este
seencontranonúcleo do átomo,juntoaos nêutrons.Pararetirá-lodonúcleo,devemos “quebrar” o núcleo do átomo, o que é algo
bastante complicado de se realizar na prática).
Assim, de maneira simplificada, temos que a quantidade mínima de carga elétrica a ser transferida entre corpos é
de um elétron, uma vez que o elétron não pode ser dividido (no Ensino Médio) sem perder suas características elétricas.
Se um corpo apresenta número de prótons igual ao número de elétrons, dizemos que ele está eletricamente
neutro. Se um corpo apresenta quantidades diferentes de prótons e de elétrons, dizemos que o corpo está eletrizado, sendo
que isso pode ocorrer de duas formas:
- CorpoEletrizadoPositivamente:quandoháfaltadeelétronsnocorpo.
- CorpoEletrizadoNegativamente:quandoháexcessodeelétronsnocorpo.
-
PRINCÍPIOSDAELETROSTÁTICA:.

São Princípios básicos que dispõe sobre o comportamento das cargas elétricas quando elas interagem entre si.
Através da análise desses Princípios é que podemos entender melhor, por exemplo, como se dispõe num corpo eletrizado as
cargas elétricas.
I-Cargaselétricasdemesmosinalserepelemedesinaiscontráriosseatraem.
EstePrincipio éumaconseqüênciadaexistência delinhas decampoou deforça(conteúdoabordado mais adiante), ao
redor de uma carga elétrica. Suas conseqüências estão representadas na figura abaixo:

F repulsão F Assim, ao aproximarmos cargas elétricas de mesmo sinal, sejam


positivas ou negativas, surge nas cargas elétricas uma força de natureza
repulsão elétrica, que tentará fazer com que as duas cargas se afastem (Força de
F Repulsão).
Se aproximarmos cargas elétricas de sinais contrários,
Fatração F surgeumaforçadenaturezaelétricaquetentaráfazercomqueasduas cargas se
F aproximem (Força de Atração).
II–Numsistemaeletricamenteisolado,asomaalgébricadassuascargaselétricaséconstante.
Chamamos de sistema eletricamente isolado a todo sistema onde as cargas elétricas que pertencem ao sistema
não podem sair dele e cargas elétricas externas ao sistema não podem entrar. Assim, como não haverá aumento ou diminuição
do número de cargas elétricas no sistema, a soma das cargas elétricas positivas e negativas será sempre uma constante.
PROCESSOSDEELETRIZAÇÃO:
São os processos a serem realizados para que se consiga eletrizar um corpo, seja positivamente ou
negativamente. São eles:
Eletrização por Atrito: ocorre quando o atrito entre dois corpos é o agente responsável pela transferência de
elétrons entre eles. Ao final desse processo, os corpos ficam eletrizados com cargaselétricas iguais(em
quantidades), porém de sinais contrários(um positivo e um negativo).
Paraentenderesseprocesso,imaginequeumbastãodevidroseráatritadocomumpedaçode lã.

1

Vamos considerar que lã e vidro estejam inicialmente neutros. Da Química, sabemos que elétronsque recebem
energia podem “pular” para uma camada eletrônica mais externa.Ao atritarmos os dois, a temperatura deles
Vidro aumenta, pois fornecemos energia aos elétrons. Durante a mudança de camada eletrônica, alguns elétrons do
Antes vidro são “roubados” pela lã, fazendo com que o vidro fique com faltade elétrons (carga elétrica +) e a lã fique
com excesso de elétrons (carga elétrica -).
daEletrização
Comooselétronsperdidospelovidrodevemestarsobrandonalã,podemosconsiderarqueambos
ficameletrizadoscomamesmaQuantidadedeCargasElétricas,porémalãficacomcargaelétricadesinal Negativo (excesso de elétrons) e
o vidro fica com carga elétrica de sinal Positivo (falta de elétrons).
++ Lã
Vidro+ ++
++ →Apósa Eletrização
++
+
Eletrização por Contato: ocorre quando um corpo que já está inicialmente eletrizado é posto em contato
(apenas encostado) com outro corpo, que pode estar neutro, por exemplo. Ao final desse processo, osdois corpos
ficam eletrizados com cargas elétricas de mesmo sinal.
Sabemos que cargas elétricas de mesmo sinal de repelem. Portanto, num corpo eletrizado as cargas elétricas
procuram estar o mais afastado possível entre si. Quando um outro corpo é posto em contato com o corpo eletrizado, as cargas
elétricas que estão se repelindo encontram um meio para ficarem ainda maisafastadas umas das outras e, portanto, algumas
cargas elétricas acabam passando para o outro corpo, fazendo com que ele também fique eletrizado e com carga elétrica de
mesmo sinal.
Paraentenderesseprocesso,analiseoesquemaabaixo:
Antes Depois
Duranteocontato
CorpoA CorpoA CorpoA

CorpoB CorpoB
Neutro CorpoB

Eletrização por Indução: ocorre quando aproximamos (SEM CONTATO) um corpo que já está eletrizado
(corpoA) de um outro corpo, que pode estar eletricamente neutro (corpo B), por exemplo. Durante esteprocesso, ocorre
apenas uma separação entre as cargas elétricas existentes no corpo B devido àpresença do corpoA.Assim,
dizemos que o corpo eletrizado induz a separação das cargas elétricas no corpo B.
Essa separação que ocorre entre as cargas elétricas do corpo que estava inicialmente neutro ocorre devido ao fato
de que cargas elétricas de sinais contrários se atraem.
Paraentenderoprocesso,analiseoesquemaabaixo:
Corponeutro


Bastãoeletrizado ( indutor ) _
Esfera(induzido)

Figura1(corposafastados) Figura2(corpospróximos)
Na Figura 1, apresentamos o bastão eletrizado negativamente separado do corpo neutro. Na Figura2, ao
aproximarmos os dois corpos, sem contato, ocorre que as cargas elétricas presentes no corpo que tem o mesmo sinal das cargas
elétricas do bastão (negativas) são repelidas por ele. Isso faz com que cargas elétricas negativas docorposeafastem
dobastão,posicionando-seàdireitadocorpo.Noteque nafigura 2ficabem visível a separação das cargas elétricas no corpo.
ATENÇÃO:apesardaseparaçãodecargas,atenteaodetalhedequeocorpocontinuaeletricamente neutro, pois
possui a mesma quantidade de cargas elétricas positivas e negativas.
Se afastarmos agora o bastão do corpo, a distribuição das cargas elétricas em ambos retorna a apresentada na
Figura 1.
FIOTERRA:
Recurso presente em eletrodomésticos, computadores e equipamentos elétricos e eletrônicos em geral.Tem por
objetivo eliminar excessodecargas elétricas (positivas ounegativas) presentes em um corpo,para evitar que estas sejam
transmitidas a uma pessoa através de um choque elétrico.
Basicamente, ao realizarmos contato elétrico entre um corpo eletrizado com a Terra (através de um fio),
fornecemos a essas cargas elétricas em excesso um local onde elas podem se afastar a distâncias maiores, fazendo com que elas
deixem o corpo, que pode ficar neutro.
Se o corpo apresenta excesso de elétrons, eles se movem para a Terra, abandonando o corpo, para que possam se
afastar a distâncias maiores, deixando o corpo eletricamente neutro, por exemplo.

2
Se o corpo possui falta de elétrons, a Terra fornece elétrons em excesso nela para que o corpo fique eletricamente
neutro.

PROBLEMAS:
1) Oscorposeletrizadosporatritoeporcontatoficamcarregadosrespectivamentecomcargaselétricasdesinais:
a) iguais,iguais
b) iguais,iguais
c) contrários,contrários
Xd)contrários,iguais

2) (PUC-SP) Dispõe-se de uma barra de vidro, um pano de lã e duas pequenas esferas condutoras, A e B, apoiadas em suportes isolados,
todos eletricamente neutros.Atrita-se a barra de vidro com o pano de lã, a seguir coloca-se a barra de vidro em contato com a esferaAe o pano
com a esfera B.Após essas operações:
a) opanodelãeabarradevidroestarãoneutros.
Xb)opanodelãatrairáaesferaA
c) asesferasAeBcontinuarãoneutras.
d) abarradevidrorepeliráaesferaB.
e) asesferasAeBse repelirão.

3) (UF-SE) Dois corposAe B são eletrizados por atrito e em seguida um corpo C, inicialmente neutro, é eletrizado por contato com B.
Sabendo-se que na eletrização por atrito B perdeu elétrons paraA, pode-se afirmar que ao final desses processos as cargas de A, B e C são,
respectivamente:
a) positiva,positivaepositiva.
b) positiva,negativaepositiva.
c) negativa,negativaenegativa.
Xd)negativa,positivaepositiva
e)negativa,negativaepositiva.

4) (F.Carlos Chagas-SP) Uma esfera metálica M, positivamente eletrizada, é posta em contato com outra esfera condutora N, não-eletrizada.
Durante o contato ocorre deslocamento de:
a) prótonseelétronsdeMparaN.
b) prótonsdeNparaM.
c) prótonsdeMparaN.
Xd)elétronsdeNpara M.
e)elétronsdeMparaN.
5) (FUVEST-SP)TrêsesferasdeisoporM,NeP,estãosuspensasporfiosisolantes.QuandoseaproximaNdeP,nota- se uma repulsão entre essas
duas esferas. Quando se aproxima N de M, nota-se uma atração entre essas duas esferas. Das possibilidades de sinais de carga dos corpos M, N e P
propostas abaixo (I, II, III, IV e V), quais são compatíveis comasobservações?
I) M(+),N(+),P(-); a)IeIII;
II) M(-),N(-),P(+); b)IIeIV;
III) M(0),N(0),P(-); c)IIIeV;
IV) M(-), N(+), P(+); xd)IVeV;
V) M(+),N(-),P(-). e)IeII.
6) (Fund. C. Chagas -BA)UmaesferametálicacondutoraM, negativamenteeletrizada, épostaem contatocom outraesferacondutora N, não eletrizada
(carga neutra). Durante o contato entre as esferas, ocorre deslocamento de:
a) prótonseelétronsdeMparaN; d)elétronsdeNparaM;
b) prótonsdeNparaM; xe)elétronsdeMparaN;
c) prótonsdeMparaN; f)nêutronsdeMparaNeprótons deNparaM.
7) (UFRGS) Quando um bastão eletricamente carregado atrai uma bolinha condutoraA, mas repele uma bolinha condutora B, conclui- se que:
a) abolinhaBnãoestácarregada;
b) ambasasbolinhasestãocarregadasigualmente;
c) ambasasbolinhaspodemestardescarregadas;
d) abolinhaBdeveestarcarregadapositivamente;
e) abolinhaApodenãoestarcarregadaeletricamente.X
8) Na figura abaixo, X, Y e Z são esferas metálicas e idênticas.AesferaY está fixada em um suporte isolante e as esferas X e Z estão suspensas por fios
isolantes.As esferas estão em equilíbrio eletrostático. Nessas condições, é possível afirmar que:(0,2 p)
a) asesferasX,YeZpossuemcargaselétricasdemesmosinal;
b) asesferasXeYpossuemcargaselétricasdesinais iguais;
c) asesferasYeZpossuemcargaselétricasdesinais iguais;
d) astrêsesferaspossuemcargaelétricanula;
e) aesferaYpodepossuircargadesinalcontrárioadasesferasXeZ.X
9) Associeascolunas:
(a) eletrizaçãoporatrito ()cargaselétricasdemesmosinalserepelemedesinaiscontrários
(b) eletrizaçãoporindução; seatraem;
(c) eletrizaçãoporcontato; ()ocorreapenasseparaçãoentrealgumascargaselétricasdocorpo;
(d) princípiodaeletrostática. ()oscorposficameletrizadoscomcargasdemesmosinal;
()oscorposficamcarregadoscomcargasiguais,desinaiscontrários () num sistema
eletricamente isolado, é constante a soma algébrica
dascargaselétricas;
()podeocorrersemaexistênciadecontatoentreos corpos.

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CENTROESTADUALDEEDUCAÇÃOPROFISSIONALDECURITIBA
DISCIPLINA:FÍSICA-
ProfessorRonaldWykrota([email protected])AULAS 85 e 86

QuantizaçãodaCargaElétrica:
Vimos anteriormente que a partícula que é transferida quando eletrizamos um corpo é sempre o elétron, somente
sendo possível a transferência de quantidades inteiras de elétrons entre os corpos, pois em nosso estudo momentâneo ainda não
é possível realizar a divisão de um elétron (não podemos transferir de um corpo para outro apenas meio elétron, ou dois e meio
elétrons).
Sabemos que o elétron possui a menor carga elétrica que é encontrada na natureza. Esse valor de carga elétrica é
igual, em valor absoluto (significa que devemos desconsiderar o sinal), à carga elétrica de um próton. Essas cargas são iguais
em valor absoluto, constituindo a chamada carga elementar (e), que é a menor quantidade de carga elétrica que se pode
transferir de um corpo para outro, possuindo o valor de: e=1,6.10-19C
Sendo n o número de elétrons em excesso ( ou em falta ) de um corpo eletrizado, sua carga elétrica, em módulo,
será igual ao produto do número de elétrons em excesso (ou em falta) existentes no corpo pela carga elétrica elementar.Assim,
temos: Q = n.e, onde: Q = Quantidade de Carga Elétrica ( C);
n=númerodeelétronsemexcessoouemfaltanocorpo; e = carga
elementar (e = 1,6.10-19 C)

UnidadedeCargaElétrica:
No Sistema Internacional de Unidades (S.I.) a unidade de carga elétrica é ocoulomb, cujo o símbolo é ( C ).
Submúltiplosdocoulomb:
São utilizados para facilitar a escrita de númerosmuito grandes ou muito pequenos. Basicamente, ao escrever o
número, troca-se o símbolo pelo seu valor, em potência de dez.
Submúltiplos Símbolo Valor(C)
Mili m 10
-3

Micro µ 10
-6

Nano n 10
-9

Pico p 10
-12

PROBLEMAS:
1–UmcorpoinicialmenteneutroéeletrizadocomcargaQ=32µC.Qualonúmerodeelétronsretiradosdo corpo? Dado: e = 1,6.10 -19 C.
DADOS: 32.10-6=n n=32.10-6-(-19) n=20.10-6+19
Q=32µC→ Q=n.e
Vamos substituir o Submúltiplo→micro peloseuvalor.Assim:
→ 1,6.10-19 → 1,6 → ↓
e=1,6.10-19C n Q=32µC→Q=32.10-6C 32.10-6=n.(1,6.10-19) n= 20.10+13e
= ??? n=2.10+14elétronsemfalta

ATENÇÃO: para padronizarmos as nossas respostas, vamos procurar “ajeitar” os números que se apresentam na frente da potência de dez de tal maneira que o núm

Q=255.10-7C→ com osalgarismos 255,conseguimos escreveronúmero2,55, queémaiordoque1emenordoque10.Para tanto, deslocamos a vírgula duas casas para a e
Q=2,55.10-7+2→Q=2,55.10-5C
Q=0,8798.10-9C→comosalgarismos8798,conseguimosescreveronúmero8,798,queémaiordoque1emenordoque
10.Paratanto,deslocamosavírgulaumacasaparaadireitae,portanto,devemosDIMINUIRum aoexpoentedapotência. Assim, temos:
Q=8,798.10-9-1→Q=8,798.10-10C

2) SeumcorpoinicialmenteneutroéeletrizadocomumacargaQ=56mC,quantoselétronseleperdeunesse processo? Dado: e = 1,6.10 -


19
C
n=3,5.1017elétronsemfalta
3)

4) Quantoselétronsprecisamserretiradosdeumcorpoparaqueelefiquecomacargade1C?
n=6,25.1018 elétrons

5) Quantoselétronsforamretiradosdeumcorpoqueestáeletrizadocomacargaelétricade8µC?Dado:e= 1,6.10-19C.
n =5.1013elétrons
7)
Q=4.10-6C

Determineacargaelétricadeumcorpo,queinicialmenteneutro,perdeu2,5.10 13elétronsnumprocessode eletrização. Dado: e = 1,6.10-


19
C.
4
CENTROESTADUALDEEDUCAÇÃOPROFISSIONALDECURITIBA
DISCIPLINA: FÍSICA

ProfessorRonaldWykrota([email protected])AULAS 87, 88 e 89

ForçaElétrica–LeideCoulomb
As experiências realizadas por cientistas importantes comprovam que durante o processo de eletrização por
atrito, o número de cargas elétricas cedidas por um corpo é igual ao número de cargas elétricas recebidas pelo outro corpo.
Assim, pode-se enunciar o Princípio da Conservação da Carga Elétrica: “Numsistema eletricamente isolado, é
constante a soma algébrica das cargas elétricas”.
Também através de observação experimental, pode-se verificar que quando aproximamos corpos eletrizados um
do outro, eles interagem entre si através da ação de uma Força, que pode fazer os corpos eletrizados se afastarem ou se
aproximarem. Esse fato permite enunciar o Princípio daAtração e Repulsão entre as cargas elétricas: “Cargas elétricas de
mesmo sinal de repelem e de sinais contrários se atraem.”
F repulsão F
Analisando a figura ao lado, percebemos que se aproximarmos duas
repulsão cargas elétricas de mesmo sinal existe uma tendência natural a que elas
F se afastem.
Se aproximarmos cargas elétricas de sinais diferentes, percebemos que
Fatração existe uma tendência a que estas cargas elétricas se atraiam entre si.
F F
Se essas cargas elétricas são atraídas ou repelidas entre si, isso acontece devido à ação de uma Força, que pode
fazer com que as cargas elétricas se movimentem (para afastar ou aproximar). Como essa forçaé de na natureza elétrica (cargas
elétricas), vamos chamá-la de Força Elétricae iremos representá-la por F.
Aintensidade dessa Força Elétrica é obtida através da Lei de Coulomb, que tem por enunciado: “AsForças
de atração ou de repulsão entre duas cargas elétricas puntiformes (que tem forma de ponto, ouseja,
tamanho desprezível) são diretamente proporcionais ao produto das cargas elétricas e
inversamenteproporcionais ao quadrado da distância que as separa”.

O esquema representa duas cargas elétricas, Q1 e Q2,


-F +Q1 +Q2F queseencontramseparadasnoespaçoporuma
→ distânciad.Devidoàinteraçãoentreasduascargas
d elétricas, elas ficam submetidas à ação de uma força F (no
exemplo, uma força de Repulsão).
Matematicamente,podemosescreveraLeideCoulombatravésdaexpressão:
F=K. Q1.Q2 ,onde:F=IntensidadedaForçaElétrica (N);
d2
K=constanteeletrostáticadomeio(N.m2/C2); Q1e Q2=
valores das cargas elétricas (C);
d=distanciadeseparaçãoentreascargaselétricas (m).
AintensidadedaForça Elétricade atraçãoouderepulsãoentreduas cargas elétricas quaisquer varia conforme o meio
em que as cargas elétricas estão inseridas.Assim, na fórmula acima, o meio está representado pelaconstanteeletrostática
(K).Cadasubstância possuium valorparaessaconstante. Especificamenteseomeio de separação entre as cargas elétricas for o
vácuo, o valor de K será: Kvácuo = 9.109 N.m2/ C2

PROBLEMAS:
1) Duas cargas elétricas, Q1 = 1µC e Q2 = 4µC, estão separadas por uma distância de 0,3m, no vácuo. Determine a intensidade
da força elétrica de repulsão entre as cargas.
DADOS: F= K.Q1.Q2 Como é uma multiplicação, podemos alteraraordemdosfa
Q1= 1µC ComoQ1eQ2estãoescritos d2 F=400 .109–6-6
Q2= 4µC, emfunçãodosubmúltiploµ( F=9.109.1.10-6.4.10-6
Vácuo→ Kvácuo=9.109N.m2/ C2 micro),devemossubstituiro (0,3)2
d = 0,3m símboloµpeloseuvalor:10-6→ F=9.1.4.109.10-6.10-6 → F=400.10-3
F= ??? Assim:Q1=1.10-6C 0,09 F= 4.10-3+2→”ajeitando”
-6 9+(-6)+(- 6)
Q2=4.10 C F=36.10 F=4.10-1 NouF =0,4N
0,09
2) Duascargaselétricas,Q1=15µCeQ2=40µC,estãoseparadasporumadistânciade0,1m,novácuo. Determine a intensidade da força
elétrica de repulsão existente entra as cargas.

F=540N
5
3) Duas cargas elétricas,Q1 =9.10-6 Ce Q2 = - 4.10-6 C, estãoseparadas por uma distância de 0,2m, novácuo.Determine a
intensidade da força elétrica de atração existente entre elas.
ATENÇÃO:ossinais dascargassãoutilizadosparadescobrirmosseaForçaElétricaédeatraçãoouderepulsão.Assim,vocênão precisa colocá-los nas suas contas.

F= 8,1N

4) Duascargaselétricas,Q1=15.10-6CeQ2=150.10-6C,estãoseparadaspeladistânciade0,1m,novácuo. Determine a intensidade da


força elétrica de repulsão existente entre elas.

F= 2025N

5) Duascargaselétricas,Q1=-12.10-6CeQ2=30.10-6C,estãoseparadaspeladistânciade0,3m,novácuo. Determine a intensidade da


força elétrica de atração existente entre elas.

F= 36N

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CENTROESTADUALDEEDUCAÇÃOPROFISSIONALDECURITIBA
DISCIPLINA: FÍSICA

Professor:RonaldWykrota([email protected])AULAS 90 e 91

CAMPOELÉTRICO: E
Imagine uma carga elétrica Q fixada num determinado ponto do espaço. Essa carga elétrica puntiforme Q
modifica de alguma forma a região que a envolve, de modo que, ao colocarmos uma carga puntiforme de prova (carga de prova
significa que esta carga não está fixa a um ponto qualquer, podendo se movimentar livremente, conforme desejamos) q num
ponto P desta região, será constatada a existência de uma
ForçaF,deorigemelétrica,agindoemq.Nestecaso,dizemosqueacargaQorigina,aoseuredor,umCampo
Elétrico. Foradaregiãoachurada,
a carga Q não conse- Na figura ao lado, a carga Q encontra-se fixa num ponto do espaço e q é
guemais influenciara a carga de prova, que pode ser movimentada aleatoriamente, em qualquer
carga q atravésda ação
de uma direção, conforme desejarmos.
Força Elétrica. Conformeaumentamos adistânciaentre as duas cargas elétricas, a carga de
prova fica submetida a uma Força Elétrica cuja intensidade é dada pela
cargaQ(fixa)
Lei de Coulomb.
cargade Assim, quanto mais afastamos as cargas elétricas, a força elétrica
prova(q) existente entre elas vai diminuindo de tal maneira que a partir de uma
d determinada distância a força fica tão reduzida que não seria mais
suficiente para movimentar a carga de prova.
Regiãodeinfluênciadacarga Q Nesse limiar, dizemos que a carga q ainda está sob a influênciada carga
sobre a carga de prova q
Q. Além desse limiar, a força elétrica percebida por q passa a ser
(emtrêsdimensões)
praticamente nula, pois a distância entre elas é grande.
Combasenoexpostoenaanálisedosfenômenospráticosobservados,podemosdefinir:
Campo Elétrico:Existe uma região de influência da carga Q, onde qualquer carga de prova q, nela colocada,
estará sob a ação de uma força de origem elétrica.Aessa região chamamos de Campo Elétrico.
CargaElétricaPuntiforme:éumacargaelétricaquepossuidimensõesmuitopequenas, semelhantes à de um ponto na
definição Matemática. Resumindo, são cargas elétricas muito pequenas.

CAMPOELÉTRICOPRODUZIDOPORUMACARGAELÉTRICAPUNTIFORMEFIXA:

PodemoscalcularaintensidadedoCampoElétricoproduzidoporumacargaelétricapuntiforme mesclando a definição de


Vetor Campo Elétrico com a Lei de Coulomb, obtendo como resultado:

E=K.Q , onde: E=IntensidadedocampoElétricoproduzidopelacargapuntiforme(N/C); K =


d2 Constante Eletrostática do meio onde a carga se encontra (N.m 2/C2); Q = valor da
carga elétrica que está criando o campo Elétrico (C);
d=Distânciadacargaelétricaaopontoondequeremossaberocampoelétrico(m).

RELEMBRANDO:seomeioexistenteentreascargaselétricasforovácuo,ovalordeKserá:Kvácuo=9.109N.m2/ C2

LINHASDECAMPOELÉTRICO:(ouLinhasdeForça)
São as linhas que envolvem as cargas elétricas. Essas linhas são invisíveis a olho nu, mas seus efeitos são
percebidos com facilidade em laboratório, comprovando a sua existência.
Por convenção, essas linhas saem das cargas elétricas positivas e entram nas cargas elétricas negativas. Assim,
podemos representá-las graficamente da seguinte maneira:
CARGASPOSITIVASCARGASNEGATIVASCARGASDEMESMOSINALCARGASDESINAISCONTRÁRIOS CAMPOUNIFORME

ATENÇÃO: No Campo Elétrico Uniforme, a distância entre as linhas de campo elétrico são todas iguais entre si epor isso esse
campo Elétrico é chamado de Uniforme. Essa condição só acontece quando a distância deseparação entre as placas é
relativamente pequena, pois se aumentarmos um pouco a distância, as linhas sedeformam, assumindo o formato apresentado
para duas cargas elétricas de sinais contrários.

Analisando as figuras apresentadas acima, podemos perceber que as linhas de Campo Elétrico produzidas por
uma mesma carga elétrica nunca se cruzam. É esse fenômeno que faz surgir a Força Elétrica de atração ou de repulsão entre
duas cargas elétricas (Lei de Coulomb), uma vez que ao aproximarmos as cargas elétricas de mesmo sinal, por exemplo, as
linhas de Campo Elétrico precisam se deformar para que continuem sem se cruzar. Para acontecer essa deformação nas linhas
de campo, existe a necessidade de se fornecer Trabalho às cargas, através da aplicação de uma Força, utilizada para aproximar
as cargas elétricas.
7
PROBLEMAS:

1) DetermineaintensidadedoCampoElétricoproduzidoporumacargaelétricade16C,localizadano vácuo, a uma distância


de 0,01m da carga. Como é uma Multiplicação, a ordem dos fatores não altera o resultado
DADOS:
Q=16C=16.10-6C E= K.Q E=9.16.109.10-6 E=144.109+(-6)
Kvácuo=9.109N.m2/ C2 d2 (0,0001) (0,0001)
d= 0,01m E=9.109.16.10-6 E=1440000.103N/C E=1,44.109N/C
(0,01)2
2) DetermineaintensidadedoCampoElétricoproduzidoporumacargaelétricade8C,localizadanovácuo, a uma distância de
0,1m da carga.

E=7,2.106N/C

3) DetermineaintensidadedoCampoElétricoproduzidoporumacargaelétricade9C,localizadano vácuo, a uma distância de


0,02m da carga.

E=2,025.108N/C

4) DetermineaintensidadedoCampoElétricoproduzidoporumacargaelétricade16C,localizadano vácuo, a uma distância


de 0,1m da carga.

E=1,44.107N/C

5) DetermineaintensidadedoCampoElétricoproduzidoporumacargaelétricade18C,localizadano vácuo, a uma distância


de 0,02m da carga.

E=4,050.108N/C

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CENTROESTADUALDEEDUCAÇÃOPROFISSIONALDECURITIBA
DISCIPLINA: FÍSICA

ProfessorRonaldWykrota([email protected])AULAS 92 e 93

POTENCIALELÉTRICOPRODUZIDOPORUMACARGAELÉTRICAPUNTIFORME: V
Para que uma carga elétrica se movimente dentro de um material condutor, ela deve receber uma determinada
quantidade de Energia, assim como qualquer outro objeto ou partícula. Essa energia recebida pela carga elétrica é utilizada
para que ela se movimente de um determinado ponto a outro do espaço. Se ela recebe mais energia, pode percorrer distâncias
maiores e vice-versa.
Essa energia elétrica fornecida à carga faz com que ela se movimente, uma vez que a carga elétrica fica
submetida à ação de uma Força (também de origem elétrica, dada pela Lei de Coulomb), que irá produzir um deslocamento na
carga elétrica. Assim, dizemos que essa Força, que produz deslocamento, realiza um Trabalho sobre a carga elétrica em
questão.
Assim, podemos definir como o Potencial Elétricoproduzido por uma carga elétrica puntiforme ao Trabalho
realizado pela Força Elétrica, por unidade de carga, para deslocar a carga elétrica do ponto ondeela se
encontra até o infinito.
O Potencial Elétrico também pode ser chamado, mais tecnicamente, de Tensão Elétrica ou ainda de
Diferença de Potencial (d.d.p). No Sistema Internacional de Unidades (S.I.), a unidade do Potencial Elétrico é o volt (V).
ATENÇÃO: popularmente, a Tensão Elétrica é conhecida como Voltagem. Esse é um termo popular,
nãotécnico/científico, e por isso não será utilizado neste material.
Matematicamente, após uma pequena dedução matemática, podemos calcular o Potencial Elétrico através da
equação:
V=K.Q ,onde:V=PotencialElétrico(V);
d K=ConstanteEletrostáticadomeio(N.m2/C2); Q =
Carga Elétrica (C);
d=DistânciadacargaaopontoondequeremossaberoPotencial(m).

RELEMBRANDO:seomeioexistenteentreascargaselétricasforovácuo,ovalordeKserá:Kvácuo=9.109N.m2/ C2

PROBLEMAS:
1) Determine a intensidade do Potencial Elétrico produzido por uma carga elétrica de 15 C, localizada novácuo, a uma
distância de 0,01m da carga. Como é multiplicação, a ordem dos fatores não altera o resultado.
DADOS:
Q=15C=15.10-6C V= K.Q V=9.15.109.10-6 V=135.109+(-6)
Kvácuo=9.109N.m2/ C2 d 0,01 0,01
d= 0,01m V=9.109.15.10-6 V=13500.103 V=1,35.107V
V=??? 0,01 EsseéoPotencialElétrico produzido
2) Determine a intensidade do Potencial Elétrico produzido por uma carga elétrica de 13 nC, localizada novácuo, a uma
distância de 0,1m da carga. Como é multiplicação, a ordem dos fatores não altera o resultado.
DADOS:
Q=13nC=13.10-9C V= K.Q E=9.13.109.10-9 V =117.109+(-9) V=1170.1
Kvácuo=9.109N.m2/ C2 d 0,1 0,1 →
d = 0,1m V=9.109.13.10-9 V=1170.100 V=1170V
V=??? 0,1
RELEMBRANDO→daMatemática,temosquequalquernúmeroelevadoazeroéiguala1.Portanto,10 0=1
3) DetermineaintensidadedoPotencialElétricoproduzidoporumacargaelétricade9C,localizadano vácuo, a uma distância
de 0,3m da carga.

V=2,7.105V
4) DetermineaintensidadedoPotencialElétricoproduzidoporumacargaelétricade3mC,localizadano vácuo, a uma distância
de 0,2m da carga.

V=1,35.108V
5) Determine a intensidade do Potencial Elétrico produzido por uma carga elétrica de 15 C, localizada novácuo, a uma
distância de 0,5m da carga.

V=2,7.105V

6) Determine a intensidade do Potencial Elétrico produzido por uma carga elétrica de 300 nC, localizada no vácuo, a
uma distância de 0,9m da carga.

V=3000V

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CENTROESTADUALDEEDUCAÇÃOPROFISSIONALDECURITIBA
DISCIPLINA: FÍSICA

Professor:RonaldWykrota([email protected])AULAS 94, 95 e 96

ELETRODINÂMICA:

É a parte da Física que estuda as cargas elétricas que se encontram em movimento, compondo uma corrente
elétrica.
ELÉTRONS LIVRES:da Química, sabemos que quando um elétron recebe uma quantidade específica de
energia, chamada de quantun ou quanta de energia, esse elétron pode passar de uma camada eletrônica mais interna para
uma camada eletrônica mais externa do átomo.
Se um elétron da última camada de um átomo receber essa energia e puder realizar essa “passagem”, poderá se
desprender desse átomo e ficar, por um pequeno intervalo de tempo, livre do seu átomo. Nessas condições, chamamos esse
elétron de Elétron Livre.
Sabe-se que esse elétron permanece nessa condição de “liberdade” por intervalos de tempo muito pequenos, uma
vez que ele encontrará rapidamente um átomo onde esteja faltando um elétron e ali ele será “requisitado”, voltando novamente
a fazer parte de um átomo e perdendo, assim, a denominação de elétron livre.
MATERIAIS CONDUTORES DE ELETRICIDADE:são as substâncias que apresentam, em sua
estrutura,uma“grande” quantidadede elétrons livres (quesão os responsáveis pelaconduçãodecorrente elétrica numa substância).
São exemplos: metais em geral, alguns poucos tipos de borracha, etc.
MATERIAIS ISOLANTES DE ELETRICIDADE:são as substâncias que apresentam, em sua estrutura, uma
“pequena” quantidade de elétrons livres.Assim, a substância não é boa condutora de eletricidade. São exemplos: vidro,
plásticos em geral, alguns tipos de borracha, madeira seca, etc.
CORRENTE ELÉTRICA:se inserirmos um material condutor de eletricidade num Campo Elétrico, o
movimento dos elétrons livres, que era totalmente desordenado, passa a ter a mesma orientação do campo elétrico, tornando-se
assim um movimento bem ordenado de elétrons.
Assim,podemos definircorrenteelétricacomosendo omovimentoordenado de elétrons livres quese estabelece num
material condutor, devido à presença de um Campo Elétrico.

condutormetálico movimentodeelétrons
← SentidoRealdacorrenteelétrica

ddp
→i

GeradorElétrico(FontedeTensão)

INTENSIDADEDECORRENTEELÉTRICA: (i)
Considere um condutor metálico ligado aos terminais de um gerador elétrico. Sejan o número de elétrons que
atravessam a seção transversal do condutor no intervalo de tempo T. Como cada elétron apresenta a carga elementar ( e ), no
intervalo de tempo T, então passa pela seção transversaldo condutor a carga elétrica de valor absoluto igual a: Q = n. e ,
onde e = 1,6. 10-19 C é a carga elétrica elementar (RELEMBRANDO).
Define-seintensidademédiadecorrenteelétricanumcondutor,numintervalodetempoTarazão:
i =∆Q ,onde:i=intensidadedecorrenteelétrica(A);
∆t ∆Q=quantidadedecargaelétricaqueatravessaocondutor(C);
∆t=intervalodetempoanalisado(s).
UNIDADE DE INTENSIDADE DE CORRENTE ELÉTRICA:é a unidade elétrica fundamental do Sistema
Internacional de Unidades (S.I.). É denominada de ampère(A).

ATENÇÃO: popularmente, a Intensidade de Corrente Elétrica é conhecida como Amperagem. Esse é


umtermo popular, não técnico/científico, e por isso não será utilizado neste material.

PROBLEMAS:

1) Um condutor elétrico é percorrido por uma corrente elétrica de intensidade 20A. Determine a carga elétrica que atravessa a
seção transversal do fio num intervalo de tempo de 10 segundos.
DADOS: i=∆Q 20.10=∆Q
i = 20A ∆t

10
Q = ??? 20=∆Q ∆Q=200C →essaéaquantidadedecargaelétricaqueatravessaocondutor,nesseintervalo
∆t=10s 10 detempo.

11
2) Certo aparelho eletrônico mede a passagem de 150.10 2 elétrons por minuto, através de uma seção transversal do condutor.
Sendo a carga elementar 1,6.10-19 C, calcule a intensidade de corrente elétrica que atravessa o condutor, nesse intervalo de
tempo. ∆Q=n.e
DADOS: i=∆Q ∆Q=150.102.1,6.10-19 Agoraquepossuímos i= ∆Q
n=150.102 elétrons ∆t → ovalorde∆Q,podemos calcularaintensidadede∆tde corrente elétrica: 60

∆t=1min =60s Nãotemos∆Q↓ ∆Q =2,4.10-15C i=∆Q
i=2,4.10-15C
e=1,6.10-19C ∆Q=n.e ∆t A
i=4.10-17
60 →
i =??? verpágina04

3) Um fio metálico é percorrido por uma Corrente Elétrica contínua e constante de intensidade 8A. Sabe-se que uma carga
elétrica de 32C atravessa uma seção transversal do fio num intervalo de tempo T. Determine o intervalo de tempo t.
DADOS:
i= 8A i= ∆Q →8=32→∆t=32→ ∆t=4s → Esseéointervalodetempo que está sendo analisado.
Vamosaplicaradefiniçãodein- tensidade→
de Corrente Elétrica:
∆Q=32C ∆t ∆t 8
i=∆Q
∆t=??? ∆t

4) Um condutor elétrico é percorrido por uma corrente elétrica de intensidade 10A. Determine a carga elétrica que atravessa a
seção transversal do fio num intervalo de tempo de 60 segundos.

∆Q=600C

5) Certo aparelho eletrônico mede a passagem de 1,95.10 6 elétrons por minuto, através de uma seção transversal do condutor.
Sendo a carga elementar 1,6.10-19 C, calcule a intensidade de corrente elétrica que atravessa o condutor, nesse intervalo de
tempo.

∆Q=3,12.10-13C i = 5,2.10-15 A

6) Um fio metálico é percorrido por uma Corrente Elétrica contínua e constante de intensidade 45A. Sabe-se que uma carga
elétrica de 4500C atravessa uma seção transversal do fio num intervalo de tempo T. Determine o intervalo de tempo t.

∆t= 100s

7) Certoaparelhoelétrico medeapassagem de396.1014elétronsporminuto,atravésdeumaseçãotransversaldo condutor. Sendo a


carga elementar 1,6.10-19 C, calcule a intensidade de corrente elétrica que atravessa o condutor, nesse intervalo de tempo.

∆Q=6,336.10-3C i=1,056.10-4A

8) DefinaCorrenteElétrica.

9) DefinaIntensidadedeCorrenteElétrica.

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DISCIPLINA:FÍSICAProfessor:RonaldWykrota([email protected])AU
LAS 97 e 98

RESISTÊNCIA ELÉTRICA (R): é a oposição à passagem de uma corrente elétrica que os materiais
apresentam. Essa oposição dificulta a passagem da corrente elétrica no material. Quanto maior a resistência elétrica do
material, mais difícil se torna para a corrente elétrica atravessar o corpo.
NoSistemaInternacional,aunidadedeResistênciaelétricaéoohm(Ω).
RESISTORES:Nos aquecedores elétricos em geral (chuveiros elétricos, torneiras elétricas, ferros elétricos etc.),
ocorre a transformação de Energia Elétrica em Energia Térmica. O fenômeno da transformação de Energia Elétrica em Energia
Térmica é denominado de Efeito Térmico ou Efeito Joule.
O elemento de circuito cuja função exclusiva é efetuar a conversão de Energia Elétrica em Energia Térmica
recebe o nome de Resistor. Esse resistor é um componente eletro-eletrônico que possui valor de Resistência Elétrica pré-
estabelecido.
Emesquemasdecircuitoselétricos,umresistorérepresentadopelosseguintessímbolos:
R R
ou

LEI DE OHM:O físico alemão George Simon Ohm verificou que num Resistor, percorrido por uma corrente
elétrica (i), quando entre seus terminais for aplicada a d.d.p. (U) e for mantida a temperatura constante, o quociente daTensão
pela respectiva intensidade de corrente elétrica era uma constante característica do resistor.
U/i=constante=R(ResistênciaElétricadoResistor)
Através dessa observação prática, podemos enunciar a Primeira Lei de Ohm: Para um resistorÔhmico, a
intensidade de corrente elétrica que atravessa o resistor é diretamente proporcional à Tensão aplicadaaos seus terminais.
Umresistorqueobedece à 1ALei de Ohm é denominado de Resistor Ôhmico. Para esse resistor, se elaborarmos
um gráfico da Tensão X Intensidade de Corrente Elétrica, obteremos sempre uma reta crescente,pois existe uma relação
diretamente proporcional entre as grandezas Tensão e Intensidade da Corrente Elétrica.
Matematicamente:U=R.i,onde:U=Tensãoaplicadaaoresistor(V);
R=Resistênciaelétricadoresistor(Ω);i
=intensidade decorrente elétrica (A).
PROBLEMAS:
1) Um resistortem resistênciaelétrica igual a 50. Calcule a intensidade de corrente elétrica que oatravessaráse ele for
submetido a uma tensão de 60V.
DADOS: VamosaplicaraPrimeiraLeideOhm: → U= R.i Essa é a intensida- dedeCorrenteEle- tr
R = 50Ω U= R.i → isolandoi →60=i→ i=1,2A →
U = 60V 60=50.i 50
i= ???
2) Umresistorôhmico,quandosubmetidoàumatensãode20V,éatravessadoporumacorrenteelétricade intensidade 4A. Qual é a
Resistência elétrica do resistor?
DADOS: VamosaplicaraPrimeiraLeideOhm: → U= R.i EssaéaResistên- cia elétrica do Re- sist
U = 20V U = R.i → isolandoR →20 =R→ R =5Ω →
i= 4A 20=R .4 4
R = ???
3) Um resistor ôhmico, quando submetido à uma tensão de 100V, é atravessado por uma corrente elétrica de
intensidade5A.Qualdeve seratensãoaplicadaaos terminais desseresistorparaqueelesejapercorridoporuma corrente elétrica de
intensidade 1,2A?
DADOS: PrimeiraLeideOhm:
i= 5A NÃOtemosaresistênciadoResistor. Assim,vamosaplicara1ALeideOhm
U =R.i para calcularmos a sua Resistência.
Agoraquesabemosaresistência, podemos aplicarU=
novamente
R.i a 1ALeideOhmparadescobr
U=100V U =R.i → 100= R.5→ U= R.i →U = 20 .(1,2)
R = ??? R =100 U=24V↓
5 Estaéanovatensãoque deve ser aplicada.
ResistênciadoResistor←R= 20Ω
4) Umresistortemresistênciaiguala150.Calculeaintensidadedecorrentequeoatravessaráseelefor submetido a uma tensão de
75V.
i=0,5A

5) Umresistorôhmico,quandosubmetidoàumatensãode120V,éatravessadoporumacorrenteelétricade intensidade 2A. Qual é a


resistência elétrica do resistor?

R = 60Ω

6) Um resistor ôhmico, quando submetido a uma tensão de 150V, é atravessado por uma corrente elétrica de intensidade 15A.
Qual deve ser a tensão aplicada aos terminais desse resistor para que ele seja percorrido por uma corrente elétrica de
intensidade 20A?
U = 200V

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CENTROESTADUALDEEDUCAÇÃOPROFISSIONALDECURITIBA
DISCIPLINA:FÍSICAProfessor:RonaldWykrota([email protected])AU
LAS 99, 100, 101 e 102

CircuitoElétrico:
É ocaminho fechadoporondeuma CorrenteElétricapodecirculareproporcionarosefeitosquesão
desejados.
ASSOCIAÇÕESDERESISTORES:
Emvárioscasospráticosexisteanecessidadedeseutilizarresistoresdevaloresquenãosão
encontrados no comércio. Nestes casos, para se chegar ao valor de Resistência Elétrica que se faz necessário é comum associar
resistores até que se obtenha o valor que é desejado.
Os resistores podem ser associados de diversos modos. Basicamente, existem três modos distintos deassociá-
los:em série,em paraleloeaassociação mista(queenvolvesimultaneamenteaassociaçãoem série e em paralelo ao mesmo
tempo).
Em qualquer associação de resistores, denomina-se de Resistor Equivalente (Re) ao resistor que
podesubstituirtodos osresistoresdeumaassociação,proporcionandoexatamenteomesmoefeitoaocircuitoque todos os resistores
juntos.
ASSOCIAÇÃODERESISTORESEMSÉRIE:
Vários resistores estão associados em série quando são conectados entre si de maneira seriada, ouseja, ligados
um em seguidado outro,de modoa serempercorridospelamesma CorrenteElétrica.Abaixo, segue um esquema
simplificado que mostra um exemplo genérico de resistores associados em série. A parte traceja pode ser entendida como
sendo uma continuação do circuito, pois podemos associar vários resistores simultaneamente (e não apenas 3 ou 4 resistores).
R1 R2 R3 Rn Oíndicenrepresentaque
podemosterinúmerosre-
U1 U2 U3 Un sistoresassociados.Assim, n
seria entendido como sendo o
i número de resis-
toresqueestãoassocia-
dos.
U
Significaquepodemosterinúmerosresistores
CaracterísticasimportantesdaAssociaçãoemSériedeResistores:

- a intensidade da corrente elétrica (i) em cada resistor é a mesma, pois só existe um caminho para que os
elétrons livres se movimentem.Assim, temos que: i=i1 =i2 =i3=...=in
- atensãodafonte(U)éigualasomadastensõesexistentesemcadaumdosresistores.Assim,
temosque: U =U1+U2 +U3++Un
- aplicando-se a Primeira Lei de Ohmnaspropriedadesacima, pode-se chegaràconclusãodequea
ResistênciaEquivalente(Req)deumaAssociação emSériedeResistorespodeserobtida atravésdasoma
dasresistênciaselétricasdecadaumdosresistores.Assim,temosque:Req=R1+R2+R3++Rn

PROBLEMAS:

1) UmresistorR1=5eumresistorR2=20sãoassociadosemsérieeaessaassociaçãoaplica-seuma tensão de 100 V. Calcule:


a) Qualaresistênciaequivalentedaassociação?
DADOS: Istosignificaque os dois resistores po- dem ser substituídos
R1= 5 Comosótemosdoisresistoresassociados: Req= 5+20 Req=25 →
R2=20 Req=R1+ R2
U = 100V

b) Qualéaintensidadedecorrenteelétricatotal(i)naassociação?
DADOS: Como queremos a intensidade de Corrente Elétrica total, devemos
Aplicandoa1ALeideOhm
considerar o circuito como
ao circuito
um todo.total,
Assim,aresistênciaaserconsideradaéaResistên-
temos: cia Equ
Req=25 → U=Req.i →U =Req.i→i =100→ i=4A
U = 100V 100=25.i 25

c) QualéaintensidadedaCorrenteElétricaemcadaresistor?

Como temos uma associação em Série de Resistores, a intensidade da corrente elétrica que circula por todos os resistores é igual à corrente Elétrica total.Assim, temo

14
d) Qualéatensãoem cadaresistorassociado(U1=???eU2=???)?
DADOS: Como já calculamosa intensidade de corrente elétricaem emcadaresistor(i1=i2=4A),bastaaplicarmosa 1ALeide Ohm para cada resistor. Assim, temos:
R1= 5 → U1=R1.i → U2= R2.i
R2=20 U 1 =5.4 U2= 20.4
U = 100V U1=R1.iU2=R2e.i U1=20V ↓ U2= 80V ↓
U1= ??? Tensãonoresistor1 Tensãonoresistor2
U2= ???
i=i1=i2=4A→intensidadedecorrenteelétricatotal,calculadanoitemc)

ATENÇÃO:pelaspropriedadesdaassociaçãoemsériederesistores,sesomarmosastensõesemcadaumdosresistores (U1
eU2,nestecaso)devemosobter,obrigatoriamente,ovalordaTensãodaFonte(U).Assim,temosque:U=U1+U2
U= 20 +80
Estaéatensãodafonte,segundooenunciadodoproblema←U=100V

2) Paraocircuitoaolado,determine: R1=8 R2=2 R3=10

U = 60V
a) Qualéaresistênciaequivalente(Req)daassociação?
DADOS: Req=R1+R2+R3
R1= 8 → Req= 8+2+ 10 → → EssaéaResistência EquivalentedaAsso- ciação d
Comosótemostrêsresistoresassociados,temos: Req=20
R2= 2
Req=R1+R2+R3
R3=10
U = 60V

b) Qualéaintensidadedecorrenteelétricatotal(i)naassociação?

DADOS: Como queremos a intensidade de corrente elétrica total, devemos considerar o circuitocomoum todo. Assim, a resistência elétrica a ser considerada é a Resistênc
Req=20 → Aplicandoa1ALeideOhm ao circuitototal,U=Rtemos:
eq.i
U=Req.i → 60= 20.i→ i= 3A
U = 60V
60= i
20
c) QualéaintensidadedaCorrenteElétricaemcadaresistor?

Como temos uma associação em Série de Resistores, a intensidade da corrente elétrica que circula por todos os resistores é igual à corrente Elétrica total.Assim, temo

d) Qualéatensãoemcadaresistorassociado(U1=???,U2=???eU3=???)?
DADOS: Comojácalculamosaintensidadedecorrenteelétricatotal, vamos aplicar a Primeira Lei de Ohm para cada Resistor
R1= 8 U1=R1.i,U2= R2.i,U3= R3.i U1=R1.i U2=R2.i U3=R3.i
R2= 2 U1=8.3 U2= 2.3 U3=10.3
R3 U1= 24V U2=6V U3= 30V
=10U =
60Vi =
ATENÇÃO:pelas propriedades da associação em série de resistores, se somarmos as tensões em cada um dos resistores(U1,U2eU3,nestecaso)devemosob
3A
U1= ??? U=24 +6 + 30
U2= ??? U=60V→Estaéatensãodafonte,segundooenunciadodoproblema
U3= ???

3) UmresistorR1=50eumresistorR2=10sãoassociadosemsérieeaessaassociaçãoaplica-seuma tensão de 1200 V. Calcule:


a) Qualaresistênciaequivalentedaassociação?

Req=60

b) Qualaintensidadedecorrenteelétricatotalnaassociação?
i= 20A

c) Qualéaintensidadedecorrenteelétricaemcadaresistor?
i=i1=i2= 20A
d) Qualéatensãoem cadaresistorassociado(U1=???,U2=???)?

U1=1000V;U2=200V

15
4) Paraocircuitoaolado,determine: R1=15 R2=15 R3=20

U = 250V
a) Qualéaresistênciaequivalentedaassociação?

Req=50

b) Qualéaintensidadedecorrenteelétricatotalnaassociação?

i=5A

c) Qualéaintensidadedecorrenteelétricaemcadaresistor?
i=i1=i2=i3=5A
d) Qualéatensãoemcadaresistorassociado(U1=???,U2=???eU3=???)?

U1=75V;U2=75V;U3=100V

5) Umresistor R1 = 100e umresistor R2= 80 são associadosemsérie ea essa associação aplica-se uma tensão de 360 V.
Calcule:
a) Qualaresistênciaequivalentedaassociação?

Req=180

b) Qualaintensidadedecorrenteelétricatotalnaassociação?
i=2A

c) Qualéaintensidadedecorrenteelétricaemcadaresistor?
i=i1 =i2= 2A
d) Qualéatensãoem cadaresistorassociado(U1=???,U2=???)?

U1=200V;U2=160V

6) Paraocircuitoaolado,determine: R1=60 R2=40 R3=20

U = 480V
a) Qualéaresistênciaequivalentedaassociação?

Req=120

b) Qualéaintensidadedecorrenteelétricatotalnaassociação?

i=4A

c) Qualéaintensidadedecorrenteelétricaemcadaresistor?
i=i1 =i2=i3= 4A

d) Qualéatensãoemcadaresistorassociado(U1=???,U2=???eU3=???)?

U1=240V;U2=160V;U3= 80V

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CENTROESTADUALDEEDUCAÇÃOPROFISSIONALDECURITIBA
DISCIPLINA:FÍSICAProfessor:RonaldWykrota([email protected])AU
LAS 103, 104, 105 e 106

ASSOCIAÇÃODERESISTORESEMPARALELO:

Vários resistores estão associados em paralelo quando são conectados entre si de maneira a que fiquem dispostos
paralelamente, ouseja,ligados um aolado do outro, demodo a serem percorridos,cadaum,por uma intensidade de corrente
elétrica. Abaixo, segue um esquema simplificado que mostra um exemplo genéricoderesistoresassociadosem
paralelo.Apartetracejapodeserentendidacomosendoumacontinuaçãodo circuito, pois podemos associar vários resistores
simultaneamente (e não apenas 3 ou 4 resistores).
AA A A A
ii1 i2 i3 in O índice n representa que podemos ter inúmeros re- sistoresassoci
R1R2 nseriaentendidocomo
U Rn sendo o número de resis- toresqueestãoassociados.
R3

BB B B B
Significaquepodemosterinúmerosresistores
Olhando para o circuito apresentado acima, percebe-se que todos os resistores (R 1, R2, R3, Rn) estão conectados
aos pontos Ae B, caracterizando assim uma associação em paralelo de resistores.
CaracterísticasimportantesdaAssociaçãoemParalelodeResistores:

- a tensão da fonte (U) é igual à tensão em cada um dos resistores, pois cada um deles está conectado
diretamente à fonte de tensão, através dos pontosAe B.Assim, temos: U = U1 = U2 = U3 == Un
- como cada resistor está sendo submetido à tensão (U) da fonte, cada um dos resistores será percorrido por uma
corrente elétrica. Para determinarmos a intensidade da corrente elétrica total que sai da fonte ( i), basta somarmos as
intensidades das correntes elétricas em cada um dos resistores.Assim, temos:
i=i1 +i2+i3+...+in
- aplicando-se a Primeira Lei de Ohmnaspropriedadesacima, pode-se chegaràconclusãodequea
ResistênciaEquivalentedeumaAssociaçãoemParalelodeResistorespodeserobtidaatravésdafórmula:
1=1+1+1 +....+1
ReqR1R2R3Rn

ATENÇÃO→CASOS PARTICULARES: devem ser utilizados sempre que for possível, pois facilitam as contas, uma vez que
não há necessidade de aplicar a fórmula geral, tirar mínimo múltiplo comum, etc.

I) CIRCUITOSCOMAPENASDOISRESISTORES(R1eR2),DEQUAISQUERVALORES(DIFERENTES):
Req =R1 . R2→SópodeserutilizadoparacircuitosqueapresentemAPENASdois
R1+R2resistores,devaloresdiferentes.

II) VÁRIOSRESISTORES,TODOSDEMESMOVALOR(TODOSCOMVALORESIGUAIS):
Req=R ,onde:Req=resistênciaequivalente(Ω);
nR = Valor de um dos resistores (Ω);→comosãotodosresistoresiguais(demesmo n=númeroderesistoresassociados.valor),podemosescolherqualquerumdeles
PROBLEMAS:paraaplicarnafórmula.

1) Um resistor de R1= 5 e um resistor de R2= 20 são associados em paralelo e conectados à uma fonte de tensão de 100 V.
Calcule:
a) Qualaresistênciaequivalente(Req)daassociação?
DADOS: Reqresistores.
Podemos utilizar algum dos casos particulares?? SIM, pois temos apenas dois =R1.R2 Assim, vamosutilizarafórmuladoCASOPARTICULARI;
R1= 5 Req=R1.R2 R1+R2
R2=20 R1+R2 → Req=5.20 →Req=100 → Req=4Ω ↓
U = 100V 5 +20 25

b) Qualéatensãoem cadaresistor? EssaéaResistênciaEquivalentedo Circuito


Como os resistores estão associados em paralelo, uma das características dessa associaçãoéqueTODOSosresistoresestãosubmeti
U=U1=U2=100V→os resistoresapresentamtensões iguais

c) Qualéaintensidadedecorrenteelétricaemcadaresistor?
DADOS: Como temos a tensão (U1e U2) em cada resistor e assuas resistênciaselétricas(R1eR2),vamosaplicaraPrimeiraLei de Ohm para cada Resistor. Assim, temos:
R1= 5 U1=R1.i1U2=R2.i2 → U1= R1.i1 U2= R2.i2
R2=20 100=5.i1 100=20.i2
U1= 100V i1=100 i2=100
U2= 100V 5 20
i1= ??? i1=20A i2=5A
i2= ???

17
d) Qualaintensidadedecorrenteelétricatotalnaassociação?
DADOS: ATENÇÃO:
R1= 5 ComoqueremosacorrenteTOTAL,devemosconsiderar o circuito todo, através da sua Resistência Equivalente. Assim, aplicando a Primeira
Notequesesomarmosas Lei de Ohm, temos:r
correntesemcadaumdos
R2=20 U= Req.i →U =Req.i i=20+5= 25A
U = 100V 100=4.i → i=25A
Req=4Ω 100=i
4
2) Associam-se em paralelo dois resistores de resistências R1 = 20 e R2 = 30 e a essa associação aplica-se uma tensão de
120 V. Calcule:
a) Qualaresistênciaequivalentedaassociação?

Req=12

b) Qualéatensãoem cadaresistor?
U1=120VeU2= 120V

c) Qualéaintensidadedecorrenteelétricaemcadaresistor?

i1= 6Aei2=4A

d) Qualéaintensidadedecorrenteelétricatotalnaassociação?

i= 10A
3–Paraocircuitoaolado,determine:
DADOS:U=90V;R1=30Ω;R2=30Ω;R3=30Ω
R1R2R3
U

a) AresistênciaEquivalentedaAssociação:
DADOS: Podemosutilizaralgumdoscasosparticulares?? Req=R Essa é a Resistência Equi- valentedocircuitoapresen-
R1= 30 SIM,poistemosapenasresistoresdemesmo va- n → Req=10Ω →
R2= 30  lor (iguais). Assim, vamos utilizar o CASO PARTI- Req =30
U = 90V CULAR II: Req= R 3
R3=30 n

b) Qualéatensãoem cadaum dosresistores?


Como os resistores estão associados em paralelo, uma das características dessa associaçãoéqueTODOSosresistoresestãosubmetidos
U=U1=U2=U3=90V→os resistores apresentamtensõesiguais

c) Qualéaintensidadedecorrenteelétricaemcadaumdosresistores?
DADOS:
R1=30R2 Comotemosastensões(U1,U2eU3)emcadaresistoreassuas resistências elétricas (R1,RU21e=R
R31),.ivamos
1
aplicar U
a 2Primeira
=R2.i2 Lei de Ohm
U3=Rpara
3.i3
cada um dos resistores. Ass
=30R3=3 U1= R1.i1;U2= R2.i2;U3= R3.i3 → 90=30.i 90= 30.i 90= 30.i
1 2 3
0U1=
90V i1= 90 → i2= 90 → i3= 90
U2= 90V 30 30 30
U3= 90V
i1= ??? i1=3A i3= 3A i3= 3A
i2= ??? ATENÇÃO: neste caso, como todos os resistores são iguais, i3=???
deveocorrerdeasintensidadesdecorrenteelétricanosresis-
toresseremiguaistambém(i1=i2=i3)

d) Qualaintensidadedecorrenteelétricatotalnaassociação?
DADOS: ATENÇÃO:
ComoqueremosacorrenteTOTAL,devemosconsiderar o circuito todo, através da sua Resistência Equivalente. Assim, aplicando a Primeira Lei de Ohm, temos:
Req=10 U=Req.i → Note U=quesesomarmos
Req.i as correntes emcadaumdosresistores,obtemos a corrente total i.
U = 90V 90=10.i i= i1+i2+i3→i= 3+3+3→ i= 9A
i= 90
10
i= 9A

18
3 –Paraocircuitoaolado, determine:
DADOS:U=240V;R1=120Ω;R2=120Ω; R3=120Ω
U R1R2R3

a) AresistênciaEquivalente(Req)daAssociação:

Req=40Ω

b) Qualéatensãoem cadaum dosresistores?

U= U1=U2=U3= 240V

c) Qualéaintensidadedecorrenteelétricaemcadaumdosresistores?

i1=2A;i2=2A;i3=2A

d) Qualaintensidadedecorrenteelétricatotalnaassociação?

i=6A

4 –Paraocircuitoaolado, determine:
DADOS:U=48V;R1=12Ω;R2=12Ω;R3=12Ω
U R1R2R3

a) AresistênciaEquivalentedaAssociação:

Req=4Ω

b) Qualéatensãoem cadaum dosresistores?

U=U1= U2=U3=48V

c) Qualéaintensidadedecorrenteelétricaemcadaumdosresistores?

i1=4A;i2=4A;i3=4A

d) Qualaintensidadedecorrenteelétricatotalnaassociação?

i=12A

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LAS 107, 108, 109 e 110

ASSOCIAÇÃOMISTADERESISTORES:

As associações mistas de resistores são chamadas assim, pois contêm associações em Paraleloe associações em
Sériede resistores, simultaneamente, no mesmo circuito. Qualquer associação mista pode ser substituída por um resistor
equivalente, que se obtém considerando-se que cada associação parcial (série ou paralelo) equivale a apenas um resistor,
simplificando aos poucos o desenho da associação.
Paraentendermelhor,vamosaosproblemas.
PROBLEMAS:
‘1)Paraaassociaçãoderesistoresdocircuitoaolado,calcule: R1

DADOS:U=120V;R1=30Ω;R2=20Ω;R3=20Ω
U R2R3
a)aresistênciaequivalentetotal; Circuito 1
DADOS:I)Vamosresolverprimeiroaassociação
U=120V R1 = 30Ω
emparalelodosresistoresR
R2 = 20Ω R3= 20Ω 2eR3,que são resistores de mesmo valor:
Req1=R →Req1=R→Req1=20→Req1= 10Ω→doparaleloentre R2eR3
n n 2

R1
II)Trocando os resistores R2e R3 pelo ResistorEquivalentecalculado(Req1)e re-desenhando o→substituímosR
circuito, temos:2eR3peloseuresistorequivalente(Req1)
U Req1 Circuito2

III) Agora temos uma associação em série de dois resistores. Assim, para calcular- mosaResistênciaEquivalentetotal(Req), basta somarmos R1e Req1:
Req=R1+ Req1
Req=R1+Req1Req = 30 + 10 Req = 40 Ω

ResistênciaEquivalenteTotaldessaAssociaçãoMista

b) aintensidadedecorrenteelétricatotalquesaidafonte;
Req=40 VamosaplicaraPrimeiraLeideOhmparaocircuito Todo, utilizando a Resistência
U=Equivalente:
Req.i
U=Req.i 120=40.i
U = 120V i=120
40
i=3A
c) atensãoem cadaresistor(U1=??;U2=??;U3=??); →Essaéaintensidadetotaldecorrente elétrica
R1= 30 I) Vamos aplicar a Primeira Lei de Ohm para cada Resistor U1= R 1. i Ueq1=Req1.i Como os resistores R2eR3foramsubstituídos d
Req1= 10 do circuito 2, que é mais simples: → U1= 30 .3→ Ueq1= 10 . 3 U ←Ueq1=U2=U3=30V
= 120V U1= R1. ieUeq1= Req1. i U1= 90V Ueq1=30V
U1= ???
U2= ???
U3= ??? Assim,temos:U1=90V, U2=30VeU3=30V

d) aintensidadedecorrenteelétricaem cadaresistor(i1=??;i2=??;i3=??):
DADOS:
R1=30R2 VamosaplicaraPrimeiraLeideOhmparacadaResistor →U1=R1.i1 →U2=R2.i2→ U3= R3.i3
=20R3=2 U1=R1.i1e U2= R2.i2U3= e
R3.i3 90=30.i1 30=20.i2 30= 20.i3
0
U1= 90V i1= 90 i2=30 i3=30
U2= 30V →calculadosnoitem 30 20 20
vU3 =30V
i1= ??? i1=3A i3= 1,5A i3= 1,5A
i2= ???
i3=??? Assim,temos:i1=3A, i2=1,5Aei3=1,5Asãoascorrentesemcadaresistor

2) Paraaassociaçãoderesistoresdocircuitoaolado,calcule: R1

DADOS:U=60V;R1=10Ω;R2=10Ω;R3=10Ω
R2
U R3
a) aresistênciaequivalentetotal;

R2=15Ω

20
b) aintensidadedecorrenteelétricatotalquesaidafonte;

i= 4A

c) atensãoemcadaresistor;

U1=40V;U2=20V;U3=20V

d) aintensidadedecorrenteelétricaemcadaresistor:

i1=4A;i2= 2 A;i3=2A

3) Paraaassociaçãoderesistoresdocircuitoaolado,calcule: R1

DADOS:U=200V;R1=90Ω;R2=20Ω;R3=20Ω
R2
U R3
a) aresistênciaequivalentetotal;

Req= 100Ω

b) aintensidadedecorrenteelétricatotalquesaidafonte;

i=2A

c) atensãoemcadaresistor;

U1=180V;U2=20V; U3=20V

d) aintensidadedecorrenteelétricaemcadaresistor:

i1=2A;i2= 1 A;i3= 1 A
4) Paraaassociaçãoderesistoresdocircuitoaolado,calcule: R1

DADOS:U=20V;R1=5Ω;R2=10Ω;R3=10Ω
R2
U R3
a) aresistênciaequivalentetotal;

Req=10Ω

b) aintensidadedecorrenteelétricatotalquesaidafonte;

i=2A

c) atensãoelétricaem cadaumdosresistores;

U1=10V;U2=10V;U3=10V

d) aintensidadedecorrenteelétricaemcadaresistor:

i1= 2A;i2=1A;i3=1A

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CAPACITORES:

Capacitor é o dispositivo eletro-eletrônico que tem por finalidade acumular cargas elétricas num circuito. Ele
está presente em vários equipamentos eletrônicos que conhecemos: aparelhos de TV, aparelhos de som, amplificadores,
câmeras fotográficas e equipamentos eletrônicos em geral.
Paraentenderoseufuncionamento,vamosimaginaraseguintesituação:
Conectando-seas chapas metálicas (paralelas) apresentadas ao ladoaumafontede tensão,
+E -
fazemos com que uma das placas fique carregada eletricamente comexcesso de elétrons (carga
+ --
de sinal negativo) e a outra com falta de elétrons (carga de sinal positivo). Assim, surge um
+ ---
Campo Elétrico de intensidade E entre as placas metálicas.
+ --
Ao desligarmos a fonte de tensão das placas, elas ainda permanecem eletrizadas
+ -
com cargas elétricas de sinais contrários. Levando-se em conta os Princípios da Eletrostática,
d
percebemos que essas cargas elétricas ainda devem realmente permanecer nas placas metálicas.
U
Isso acontece por causa do Campo Elétrico que surgiu entre as placas metálicas.
Como as cargas elétricas ficaram acumuladas nas placas metálicas, podemos perceber que esse dispositivo
acumulou uma determinada quantidade de cargas elétricas. Devido a esse fenômeno é que se verifica que o capacitor pode
acumular cargas elétricas.
Uma aplicação bastante comum desse dispositivo acontece em máquinas fotográficas, no flash. Dentro da
máquina fotográfica existe um capacitor que está conectado à bateria, ficando carregado e, portanto, acumulando cargas
elétricas. Ao tirarmos a foto, o capacitor, depois de carregado, é conectado à lâmpada do flash, que utiliza essa corrente elétrica
para fazer o flash acender, descarregando o Capacitor.
Em circuitos eletrônicos, os capacitores são bastante utilizados como filtros e em retificadores de tensão
alternada.
CAPACITÂNCIADEUMCAPACITOR(C):

Também conhecida como Capacidade de um Capacitor. Pode ser definida como sendo a relação entre a
Quantidade de Carga elétrica (Q) que o capacitor acumula e a respectiva Tensão elétrica (U) aplicada aos seus terminais.
AunidadedeCapacitâncianoSistemaInternacional(S.I.)éofarad(F).
Para aumentarmos a Capacitância de um Capacitor é comum inserirmos entre as placas metálicasum material
isolante elétrico, chamado de Dielétrico. A presença desse material entre as placas do capacitor permite que um maior número
de linhas de Campo Elétrico seja concentrada nessa região. Se mais linhas de campo podem existir ali, mais cargas elétricas
podem se alojar nas placas do capacitor, aumentando assim a sua Capacitância.
Experimentalmente, pode-se comprovar que a Quantidade de Carga Elétrica (Q) acumulada pelo capacitor é
diretamente proporcional à tensão aplicada aos seus terminais e a Capacitância do capacitor. Assim, podemos escrever
matematicamente: Q = C. U;onde: Q = Quantidade de carga elétrica acumulada pelo capacitor (C);
C=Capacitânciadocapacitor (F);
U=Tensãoelétricaaplicadaaosterminaisdocapacitor(V).

PROBLEMAS:
1) DetermineaQuantidade deCargaElétricaacumuladanum Capacitor de Capacitância 25µF, quando eleé submetido a
uma tensão de 20V.
Dados:
C= 25µF =25.10-6F Q =C.U
U = 20V Q= 25.10-6.20 ajeitando
Q = ??? Q=25. 20.10-6C Q=5.10-4C → EssaéaQuantidadedeCargaelétricaacu- mulada pelo capacitor, nessas co
Q=500.10-6

2) DetermineaQuantidade deCargaElétricaacumuladanum Capacitor de Capacitância 70µF, quando eleé submetido a


uma tensão de 150V.
Q=1,05.10-2C
3) Determineaquantidadede cargaelétricaacumulada num capacitordecapacitância1000µF,quandoeleé submetido a uma
tensão de 63V.

Q=6,3.10-2C=0,063C

22
CAPACITORDEPLACASPARELELAS:

É o capacitor onde as placas metálicas encontram-se dispostas paralelamente entre si e estão separadas por uma
distância d. As placas metálicas encontram-se isoladas por um dielétrico que possui Permissividade Elétrica (ξ). Essa
permissividade representa, na prática, o número de linhas de Campo Elétrico que podem se concentrar por unidade de área no
dielétrico. Assim, quanto maior a permissividade do dielétrico, mais linhas de campo elétrico podem se formar entre as chapas
metálicas do capacitor e vice-versa.
Seodielétricoexistenteentreasplacasmetálicasforovácuo,apermissividadeelétricaseráde:
ξ=8,85.10-12 F/m →permissividadeelétricadovácuo
PodemoscalcularacapacitânciadeumCapacitordeplacasparalelasatravésdaequação:
C=ξ. A ,onde:C=CapacitânciadoCapacitor(F);
d ξ=permissividadeelétricadodielétrico(F/m); A =
área das placas metálicas (m2);
d=distânciadeseparaçãoentreasplacasmetálicasdocapacitor(m).

PROBLEMAS:

1) Um capacitor de placas paralelas é formado por duas placas metálicas que possuem área total de 0,05m 2 eque se encontram
separadas por uma distância de 0,01m. Sendo o dielétrico existente entre as placas metálicas o vácuo, calcule a
Capacitância (C) desse Capacitor.
DADOS:
A=0,05m2 d Comotrata-sedeumcapacitorde placas paralelas, vamos aplicar:
C=ξ.A C=44,25.10-12F
= 0,01m C=ξ.A → d ↓
ξ=8,85.10-12F/m→odielétricoéoVácuo C = ??? d C=(8,85.10-12).0,05→ “ajeitando”
0,01 ↓
C=0,4425.10-12 C=4,425.10-11F
0,01
2) Um capacitor de placas paralelas é formado por duas placas metálicas que possuem área total de 0,6m 2 e que seencontram
separadas porumadistânciade 0,001m.Sendoo dielétrico existente entre as placas metálicas o vácuo, calcule a Capacitância
(C) desse Capacitor.

C=5,310.10-9F

3) Um capacitorde placas paralelas éformadoporduas placas metálicas quepossuem áreatotal de2,5m 2eque se encontram
separadas por uma distância de 0,0001m. Sendo o dielétrico existente entre as placas metálicas o vácuo, calcule a
Capacitância (C) desse Capacitor.

C=2,2125.10-7F

ASSOCIAÇÕESDECAPACITORES:
Da mesma maneira que nos resistores, é comum necessitarmos, em circuitos elétricos ou em equipamentos
elétricos, de Capacitores que não possuem valores nominais comerciais. Assim, para obtermos o valor de capacitância que
necessitamos, devemos associar Capacitores.
AsassociaçõespodemserfeitasemSérie,emParalelooudemaneiraMista.
Em Capacitores, não valem as mesmas características já apresentadas para os resistores, pois são componentes
com características bem diferentes. Assim, temos as seguintes características para a Capacitância Equivalente (Ceq):
ASSOCIAÇÃOEMSÉRIEDECAPACITORES:

ACapacitânciaEquivalente(Ceq)édadapor:

1= 1+ 1+ 1 +...+1 →oíndicenrepresentaquepodemosterncapacitores(vários)associadossimultaneamente
CeqC1C2C3Cn

ASSOCIAÇÃOEMPARALELODECAPACITORES:

ACapacitânciaEquivalente(Ceq)édadapor:
Ceq=C1+C2+C3+...+Cn
→oíndicenrepresentaquepodemosterncapacitores(vários)associadossimultaneamente

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ELETROMAGNETISMO:

As propriedades magnéticas dos materiais foram percebidas na Grécia antiga. Sabia-se que uma pedra, chamada
de Magnetita, conseguia atrair para si pequenos pedaços de ferro.
Inicialmente, esse fenômeno causou grande curiosidade entre a população da época e logo surgiram várias
explicações (algumas até absurdas) para o fenômeno.
Hoje em dia sabemos que a Magnetita é um material dotado naturalmente de propriedades magnéticas.
Chamamos de ímãao material que apresenta propriedades magnéticas e, por isso, pode gerar um Campo Magnético ao seu
redor. Os ímãs podem ser naturais (como a magnetita, por exemplo) ou artificiais, os quaissão processados artificialmenteem
laboratórios epassam aapresentarcaracterísticasmagnéticas (algumas vezes, bem acentuadas).
Todo ímã é composto por dois pólos, chamados de Pólos Magnéticos. Esses pólos recebem os nomes de
Pólo Nortee Pólo Sulde um ímã. Experimentalmente, verifica-se que os pólos magnéticos demesmo nome se
repelem e pólos magnéticos de nomes diferentes se atraem.
PólosmagnéticosdemesmonomeseREPELEM PólosMagnéticosdenomesdiferentesseATRAEM

-F F F-F
N S S N N S N S

Se cortarmos um ímã ao meio, separando-o em dois novos pedaços, teremos dois novos ímãs, cada um com seus
pólos Norte e Sul, respectivamente. Se tornarmos a cortar esses dois pedaços do ímã inicial ao meio, teremos quatro novos
ímãs, cada um com seus respectivos pólos Norte e Sul. Esse fenômeno irá se repetir sempre que cortarmos um ímã em pedaços.
Assim, podemos dizer que não podemos separar os pólosmagnéticos de um ímã, mesmo que esse ímã seja
cortado em pedaços muito pequenos.
Na prática, verifica-se que quando cortamos pedaços muito, muito pequenos de um ímã, onde se pensaria em
separar os pólos magnéticos dele, a substância acaba perdendo as suas propriedades magnéticas, deixando assim de ser um ímã
e possuir pólos magnéticos.
CAMPOMAGNÉTICO:
Éaregiãodoespaço,aoredordeímã,ondeosseusefeitosmagnéticossãopercebidos.
O Campo Magnético criado por um ímã é composto por Linhas de Campo Magnético, que também são
chamadas de Linhas de Indução Magnética. Essas Linhas de Campo Magnético (ou de Indução Magnética) são invisíveis a
olho nu, mas podemos perceber e comprovar facilmente a sua existência jogando limalhas deferro (pó de ferro) em cima de um
ímã coberto por uma fina folha de papel. Fazendo isso podemos perceber que as linhas de campo magnético apresentam a
característica de serem linhas fechadas, que por convenção saemdo pólo Norte e entram no pólo Sul.
Podemos representar as linhas de Campo Magnético conforme a figura abaixo, lembrando que elas encontram-se
em três dimensões.

INDUÇÃOMAGNÉTICA:

Todas as substâncias que conhecemos apresentam em sua estrutura ímãs muito pequenos, chamados de Ímãs
Elementares. Naturalmente, esses ímãs elementares encontram-se posicionados de maneira aleatória, dentro da substância.
Quando uma substância é submetida à presença de um Campo Magnético, podem ocorrer, simplificadamente,
duas situações:
- se a grande maioria dos ímãs elementares da substância sofrerem mudanças em sua distribuição, que era
aleatória, passando agora a ficarem alinhados de acordo com a orientação do Campo Magnético, essa substância apresentará
agora propriedades magnéticas bem mais intensas do que antes. A essas substâncias chamamosdemateriais Ferros-
magnéticos, pois elas são intensamente atraídas por um ímã que esteja em suas proximidades. São exemplos de substâncias
ferro-magnéticas: ferro, ferro doce, aço, vários tipos de metais, etc.
- se apenas uma pequena quantidade dos ímãs elementares da substância ficar alinhada com o Campo
Magnético, essa substância não apresentará propriedades magnéticas intensas. A essas substâncias chamamos de materiais
Paramagnéticos, pois elas não são atraídas por um ímã que esteja em suas proximidades. São exemplos de substâncias
paramagnéticas: Alumínio, madeira, plástico, borracha, cimento, tecidos, vidro, etc.

24
Em 1820, através da realização de um experimento simples, Hans C. Oersted descobriu que a
CorrenteElétricaquepercorreum fiometálicoproduzum CampoMagnéticoaoredor dofio.Apesardeparecerum fenômeno simples,
essa descoberta revolucionou o meio científico da época, pois a partir de sua descoberta surgiram novas possibilidades de
estudo sobre a interação de uma Corrente Elétrica com um Campo Magnético, culminando com a descoberta de conceitos
Físicos que deram origem a vários equipamentos elétricos que utilizamos diariamente em nossas casas, como motores elétricos,
bobinas, transformadores, reatores, dentre outros.
CAMPOMAGNÉTICOCRIADOAOREDORDEUMCONDUTORMETÁLICORETILÍNEO:

As Linhas do Campo Magnético produzido ao redor do fio são circulares e concêntricas ao fio (possuem como
centro da circunferência o centro do fio). Assim, podemos representá-las da seguinte maneira, considerando que o fio encontra-
se perpendicular ao plano da folha:
O sentido das Linhas de Campo Magnético produzidas
LinhasdeCampoMagnético pela corrente elétrica que atravessa o fio metálico foi estudado
Fio por Ampère, que
→aoredordofiometálico,con- siderandoofioperpendicular estabeleceu
ao plano da folha. uma regrapráticaparaasuaobtenção.
Essaregraprática ficou conhecida como Regra da Mão Direita.
Para aplicar a Regra da Mão Direita, devemos fazer o
REGRADAMÃODIREITA seguinte: com a mão direita espalmada, deve-se posicionar o seu
dedo polegar de tal maneira que ele indique o sentido da corrente
elétrica que circula no fio.
Feito isso, se “girarmos” os outros dedos como se
fossemos fechar a mão, esse movimento coincidirá com o sentido
do Campo Magnético ao redor do fio metálico, conforme nos
apresenta a figura ao lado.

NoSistemaInternacionaldeUnidades(S.I.),aunidadedeCampoMagnéticoéotesla(T).
Atravésdeexperiênciasdesenvolvidasem laboratórios,oscientistasconcluíram queaintensidadedo Campo
Magnético produzido por uma Corrente Elétrica que circula por um condutor metálico retilíneo é diretamente proporcional à
intensidade da Corrente Elétrica que atravessa o fio e inversamente proporcional à distância do fio.Assim, podemos calcular a
intensidade desse Campo Magnético através da relação:
B=µ0.i ,onde:B=intensidadedoCampoMagnéticoaoredordofio (T);
2.π.r µ0=permeabilidademagnéticadovácuo,cujovaloré:→ µ0=4.π.10-7T.m
i=intensidadedacorrenteelétricaqueatravessaofio (A); A
r=distânciadocentrodofioaopontoondequeremoscalcularocampomagnético (m).
PROBLEMAS:
1) Um fio metálico retilíneo ligado a um circuito elétrico é percorrido por uma corrente elétrica de intensidade 5A.
Calcule a intensidade do Campo Magnético produzido pela corrente elétrica a uma distância de 0,01m do fio, que se
encontra no vácuo.
DADOS: Vamos aplicar a fórmula paracalcularaintensida-
B = µ0.ido Campo Magnético: B=4.10-7.5 B=1000.10-7
i= 5A B= µ0.i 2.π.r 2.(0,01)
r = 0,01m 2.π.r → B=4.π.10-7.5 → B= 20.10-7 → B=1.10-4T ↓
µ0=4.π.10-7(T.m)/A B 2.π.(0,01) 0,02
=??? Essaéaintensidadedocampo magnético no ponto ind
Matematicamente,po- demos simplificar
B=1000.10 π -7

2) Um fio metálico retilíneo ligado a um circuito elétrico é percorrido por uma corrente elétrica de intensidade 15A.
Calcule a intensidade do Campo Magnético produzido pela corrente elétrica a uma distância de 0,02m do fio, que se
encontra no vácuo.

B=1,5.10-4T

3) A0,4m dedistânciadeum fiometálicoretilíneoaintensidadedocampomagnéticoéde4.10 -6T.Calcule a intensidade da


Corrente elétrica que percorre o fio, que se encontra no vácuo.
DADOS: Vamos aplicar afórmula paracalcularaintensida- de da corrente elétrica:
r = 0,4m B= µ0.i B = µ0.i 4.10-6.2.(0,4)=4.10-7.i
B=4.10-6T 2.π.r → 2.π.r → →3,2.10-6=i→ i=8A
µ0=4.π.10-7(T.m)/Ai 4.10-6= 4.π.10-7.i 4.10-6.2.(0,4)=i 4.10-7
= ??? 2.π.(0,4) 4.10-7

4) A0,3m de distância de um fio metálico retilíneo a intensidade do campomagnético é de 28.10 -6T. Calcule a
intensidade da Corrente elétrica que percorre o fio, que se encontra no vácuo.
i= 42A

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DISCIPLINA:FÍSICAProfessor:RonaldWykrota([email protected])AU
LAS 117 e 118

CAMPOMAGNÉTICOPRODUZIDOPORUMAESPIRACIRCULAR:

Em nosso dia-a-dia, é comum utilizarmos equipamentos ou eletrodomésticos que utilizam Campos Magnéticos
produzidos por Correntes Elétricas que circulam por fios metálicos condutores. Os exemplos mais comuns são os motores
elétricos de máquinas de lavar roupas e de máquinas em geral, transformadores de tensão presentes em postes de energia
elétrica, campainhas, alternador e motorde arranque de carros, máquinas de tomografia computadorizada e ressonância
magnética, dentre outros.
Em princípio, os Campos Magnéticos produzidos por Correntes Elétricas que circulam em fios metálicos
retilíneos apresentam intensidades muito pequenas. Para aumentarmos a intensidade do Campo Magnético, devemos aumentar
a quantidade de fios que produzem o Campo Magnético.Assim, utilizamos espiras e bobinas para produzir Campos Magnéticos
mais intensos.
Definimos por espira ao condutor elétrico metálico único que apresenta formato semelhante ao de uma
circunferência fechada, de raio R.
Na figura ao lado, apresentamos uma única espira que é percorrida por uma Corrente Elétrica de
intensidade i, produzindo um Campo Magnético como é mostrado na figura. Como temos apenas um fio
metálico, a intensidade do Campo Magnético produzido pela Corrente Elétrica é pequena.
A intensidade do Campo Magnético produzido por uma única espira, percorrida por uma corrente elétrica de
intensidade i, pode ser calculada através da equação:
B=µ0.i ,onde:B=intensidadedoCampoMagnético(T);
2.R µ0=permeabilidademagnéticadovácuo,cujovaloré:→ µ0=4.π.10-7T.m
i=intensidadedeCorrenteElétrica(A); R = A
raio da espira (m).
PROBLEMAS:
1) Calcule a intensidade do Campo Magnético produzido por uma espira circular de raio 0,1m, sabendo que ela é
percorrida por uma Corrente Elétrica de intensidade 15Ae que está localizada no vácuo.
DADOS: B=µ0.i
R=0,1m i Comotemosapenasuma espira, vamos utilizar:2.R
= 15A B=µ0.i → B= 4.π.10-7.15→B=60.π.10-7 → B=3π.10-5T ↓
µ0=4.π.10-7(T.m/A) B 2.R 2.(0,1) 0,2
= ??? B=4.15.π.10-7 B= 300.π.10-7 ATENÇÃO:onúmeropi(π)não precisasersubstituídopelose
0,2

2) Calcule a intensidade doCampoMagnético produzido por umaespiracircular de raio 0,01m,sabendo que ela é
percorrida por uma Corrente Elétrica de intensidade 50Ae que está localizada no vácuo.

B=2.π.10-3T

3) Calcule a intensidade do Campo Magnético produzido por uma espira circularde raio 0,004m, sabendoque ela é
percorrida por uma Corrente Elétrica de intensidade 75Ae que está localizada no vácuo.

B=3,75.π.10-3T

CAMPOMAGNÉTICOPRODUZIDOPORUMABOBINA(CHATA):
Para aumentarmos a intensidade do Campo Magnético produzido, aumentamos o número de espiras por onde a
corrente elétrica irá circular, passando a termos um conjunto de espiras. Definimos por Bobina(ou Solenóide) ao conjunto
de várias espiras de fio metálico.
Numabobinachata(depequenocomprimento),cadaespiraqueacompõe está
produzindo um Campo Magnético. Assim, o Campo Magnético produzido pela
bobina circular poder ser calculado multiplicando-se o número (N) de espiras
existentes na bobina pelo Campo Magnético produzido por cada uma das espiras,
que foi apresentado logo acima. Assim, podemos então calcular:
, onde: N=númerodeespirasdasBobina(espiras);
B=N.µ0.i µ0= permeabilidademagnética do vácuo, cujo valor é: µ0= 4.π.10-7T.mi =
2.R intensidade de Corrente Elétrica (A); AR
= raio da espira (m).

Pequenocomprimento 26
PROBLEMAS:
1) Uma bobina chata é composta por 250 espiras de fio metálico, tendo formato circular de raio 0,05m. Estando a bobina
no vácuo e sabendo que ela é percorrida por uma corrente elétrica de intensidade 15A, calcule a intensidade do
Campo Magnético produzida.
DADOS: B=N.µ0.i
N=250espiras R = Comotemosumabobina chata, devemos utilizar:
2.R
0,05m B=N.µ0.i → B =250.4.π.10-7.15→B =15000.π.10-7
2.R B=1,5.π.10-2T
µ0=4.π.10-7(T.m/A)i 2.(0,05) 0,1 →
Onúmeropi(π)fica apenas indicado na resposta
= 15A B=250.4.15.π.10-7 B=150000.π.10-7
B=??? 0,1

2) Uma bobina chata é composta por 2000 espiras de fio metálico, tendo formato circular de raio 0,005m. Estando a
bobina no vácuo e sabendo que ela é percorrida por uma corrente elétrica de intensidade 30A, calcule a intensidade do
Campo Magnético produzida.

B=2,4.πT

3) DefinaEspira.

4) DefinaBobina.

5) Explique porque o Campo Magnético produzidoporuma Bobina é maisintensodo queo produzido por uma espira.

6) Paraumamesmabobina,expliqueoqueacontececomoCampoMagnéticoproduzidoquando aumentamos a intensidade da


Corrente Elétrica que a atravessa.

7) Uma bobina chata é composta por 4000 espiras de fio metálico, tendo formato circular de raio 0,1m. Estando a bobina
no vácuo e sabendo que ela é percorrida por uma corrente elétrica de intensidade 15A, calcule a intensidade do
Campo Magnético produzida.

B=1,2.π.10-1T

8) Uma bobina chata é composta por 600 espiras de fio metálico, tendo formato circular de raio 0,02m. Estando a bobina
no vácuo e sabendo que ela é percorrida por uma corrente elétrica de intensidade 4A, calcule a intensidade do Campo
Magnético produzida.

B=2,4.π.10-2T

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LAS 119 e 120

CAMPOMAGNÉTICOPRODUZIDOPORUMABOBINALONGA:

Ao contrário de uma bobina chata, é comum que as bobinas presentes em equipamentos elétricos possuam
comprimentos relativamente consideráveis (sem exageros).
Quando uma bobina é percorrida por uma Corrente Elétrica, ela automaticamente se transforma num ímã, pois
apresenta um Campo Magnético. Quando a Corrente Elétrica deixa de circular pela bobina, esta deixa imediatamente de
produzir um Campo Magnético, perdendo também as suas características magnéticas. Assim, uma bobina só se comporta
como um ímã quando ela é percorrida por uma Corrente Elétrica. Sem a Corrente Elétrica, a bobina comporta-se
como um objeto qualquer, sem características magnéticas.
Em face do exposto, podemos chamar uma bobina de Eletroímã, ou seja, ela é um ímã que funciona
exclusivamente através da Energia Elétrica.
Assim como num Capacitor, podemos melhorar o desempenho de uma bobina inserindo em seu interior um
material que permita que mais linhas de Campo Magnético sejam produzidas. Na bobina, geralmente isso é feito inserindo-se
um núcleo de material metálico, chamado de Núcleo da Bobina.

BobinaLongacomNúcleo A intensidade do Campo Magnético produzido no interior de uma Bobina


longa que possui N espiras e que tem comprimento ℓ pode ser calculada através da
equação:

B=µ0.N.i ,onde:B=intensidadedoCampoMagnético (T);


P µ0=permeabilidademagnéticadovácuo,cujovaloré:µ0=4.π.10-7T.m
N=númerodeespiras (espiras); A
i=intensidadedaCorrenteElétricaquecirculapelabobina(A);
ℓ =comprimentodabobina (m).

PROBLEMAS:

1) Uma bobina de comprimento 0,8m é fabricada com 500 espiras de um fio metálico de cobre. Quando conectada à rede
elétrica, é percorrida por uma Corrente Elétrica de intensidade 8A. Estando essa bobina localizada no vácuo, calcule a
intensidade do Campo Magnético produzido no seu interior.
DADOS:
ℓ= 0,8m Temosumabobinalonga. B=µ0.N.i B=16000.π.10-7
N=500espiras i = Vamos aplicar: → P → 0,8 →B=2.π.10-3T ↓
8A B=µ0.N.i B = 4.π.10-7.500.8 B=20000.π.10-70,8
µ0=4.π.10-7(T.m/A) P EssaéaintensidadedoCampo
B=??? B=4.500.8.π.10-7 Magnéticoproduzidopelabobi- na,
0,8 no seu interior.

2) Uma bobina de comprimento 0,6m é fabricada com 1500 espiras de um fio metálico de cobre. Quando conectada à
rede elétrica, é percorrida por uma Corrente Elétrica de intensidade 20A. Estando essabobina localizada no vácuo,
calcule a intensidade do Campo Magnético produzido no seu interior.

B=2.π.10-2T

3) Uma bobina que possui comprimento de 0,6667m produz, em seu interior, um Campo Magnético de intensidade
9.π.10-7 T. Sabendo que essa bobina é percorrida por uma Corrente Elétrica de intensidade 0,5Ae que ela localiza-se
no vácuo, calcule o número de espiras (N) que essa bobina possui.
DADOS:
ℓ = 0,6667 m Temos uma bobina longa. B = µ0.N.i simplificando
B = 9.π.10-7T Vamos isolar N em: → P
i = 0,5A B = µ0.N.i 9.π.10-7= 4.π.10-7.N.(0,5)→ isolando N →6,0003.π.10-7=N→ µ0= N= 3 espiras
4.π.10-7 (T.m/A) P 0,6667 2.π.10-7
N = ??? 9.(0,6667).π.10-7=4.(0,5).N.π.10-7 6,0003=N
6,0003.π.10-7= 2.N.π.10-7 2

4) Uma bobina que possui comprimento de 1,3334m produz, em seu interior, um Campo Magnético de intensidade
18.π.10-7T. Sabendo que essa bobina é percorrida por uma Corrente Elétrica de intensidade 1Ae que ela localiza-se no
vácuo, calcule o número de espiras (N) que essa bobina possui.
N= 6 espiras

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LAS 121 e 122

FORÇAMAGNÉTICAQUEATUASOBRECARGASELÉTRICASEMMOVIMENTONUMCAMPO MAGNÉTICO:

Considere uma Carga Elétrica que se movimente livremente no espaço. Como ela está em movimento, a carga
elétrica produz ao seu redor um Campo Magnético, conforme já vimos.
Se no seu caminho essa Carga Elétrica encontrar um Campo Magnético (não produzido por essa carga elétrica
em questão), os dois Campos Magnéticos irão interagir entre si e devido a esse fenômeno a Carga Elétrica ficará submetida à
ação de uma Força de origem magnética, chamada de Força Magnética(Fm). Essa Força Magnética também é conhecida
como Força de Lorentz.
Como a Carga Elétrica agora está submetida à ação de uma Força, a sua trajetória pode sofrer alterações,
dependendo de algumas condições.
Para determinarmos as características da Força Magnética a que a Carga Elétrica ficará submetida, podemos
aplicar a regra prática conhecida como Regra da Mão Esquerda. Para utilizar essa regra, a nossa mão esquerda deve estar
com os dedos polegar, indicador e médio perpendiculares entre si. O dedo polegar irá indicar
osentidodaForçaMagnéticasofridapelacargaelétrica.Odedoindicador indicaráosentidodoCampoMagnético e o dedo médio
deverá indicar a velocidade do movimento da Carga Elétrica em relação ao Campo Magnético.
Paraentendermelhor,vamosanalisarasfiguras:
REGRADAMÃOESQUERDA:
UmaCargaElétricaqsemovimentaemdi-reção a um Campo Magnético Uniforme:
m

q Figura1 Figura2

Na Figura 1, apresentamos um Campo Magnético com direção horizontal e sentido da direita para a
esquerda.Acarga q movimenta-se verticalmente de baixo para cima, em direção ao Campo Magnético.
Na Figura 2, apresentamos um esquema de como devemos posicionar os dedos da mão esquerda com as
grandezas físicas que eles indicariam o sentido. Dedo polegar indica o sentido da Força Magnética ( Fm), o dedo indicador deve
indicar o sentido do Campo Magnético (B) e o dedo médio indica o sentido da velocidade V com que a carga elétrica se
movimenta.
Aplicando a Regra da Mão Esquerda na Figura 1, podemos determinar a direção da Força Magnética que irá
atuar sobre a carga q.

V
Para aplicarmos a Regra da Mão Esquerda na Figura 1, o nosso
dedoindicadordeapontarhorizontalmentedadireitaparaaesquerdaeo
dedo médio deverá apontar verticalmente de baixo para cima. Assim, nosso dedo
polegar indicará a direção e o sentido da Força Magnética, que neste caso está
saindo do plano da folha.
B AFigura ao lado, apesar de não possibilitar uma visão perfeita em
trêsdimensões,nosmostraqueaForçaMagnética(Fm)aqueacargaé
Fm submetidaestásaindodoplanodafolha.
A intensidadedaForçaMagnéticaqueatuasobreumaCargaElétricaemmovimentonumCampo Magnético pode ser
calculada através da equação:

Fm=q.V .B.senθ ,onde:Fm=ForçaMagnética(N); q =


carga elétrica (C);
V=velocidadedomovimentodaCargaElétrica(m/s); B =
intensidade do Campo Magnético (T);
Θ=ânguloexistenteentreavelocidadedacargaelétricaeoCampoMagnético(º).

CASOSPARTICULARES:

29
I) CargaElétricaemrepousoemrelaçãoaoCampoMagnético:

Se a Carga Elétrica encontra-se em repouso em relação ao Campo Magnético, ela possui velocidade
de0m/s(estáparada).Sesubstituirmosessevalornafórmulaapresentadaacima,teremosqueaForçaMagnética sofrida pela carga será
nula (zero).

Fm=q.V.B.senθ→Fm=q.0.B.senθ→ Fm=0N→ qualquernúmeromultiplicadoporzeroéigualazero

II) CargaElétricaquesemovimentanamesmadireçãodoCampoMagnético:

Se a Carga Elétrica é lançada na mesma direção do Campo Magnético, o ângulo que ela descreve com o Campo
Magnético será de 0º. Se substituirmos θ pelo valor 0º na fórmula apresentada, temos que sen 0º =
0.Assim,aForçaMagnéticasofridapelaCargaElétricatambémseránula.

Fm=q.V.B.senθ→Fm=q.V.B.sen(0º)→Fm=q.V.B.0→ Fm= 0N

III) CargasElétricaslançadasperpendicularmenteaoCampoMagnético:

Se a Carga Elétrica é lançada perpendicularmente ao Campo Magnético, o ângulo que ela descreve com o
Campo Magnético (θ) será de 90º. Se substituirmos θ pelo valor de 90º na fórmula apresentada, temos que o sen 90º =
1.Assim, a intensidade da Força Magnética sofrida pela Carga Elétrica será de:

Fm=q.V.B.senθ→Fm=q.V.B.sen(90º)→Fm=q.V.B.1→ Fm= q.V.B

Nessas condições, se a intensidade da Força Magnética for constante e perpendicular à velocidade da Carga
Elétrica, esta descreverá Movimento Circular Uniforme, podendo, em alguns casos, ficar “presa” dentro de um Campo
Magnético, sem conseguir sair dele, descrevendo uma trajetória circular.

PROBLEMAS:
1) Ao se movimentar numa determinada região do espaço, uma partícula eletrizada com Carga Elétrica de 2µC encontra um
Campo Magnético de intensidade 5.102 T.Apartícula movimenta-se com velocidade de 90m/s e penetra no Campo
Magnético com um ângulo de 30º (em relação ao Campo Magnético). Calcule a intensidade da Força Magnética que
atuará sobre a partícula.
DADOS:
Vamosaplicaraequação:
q=2µC=2.10-6C B Fm=q.V .B.senθ
Fm=q.V.B.senθ → →Fm=450.10-4N
= 5.102T
V= 90m/s Fm=(2.10-6).(90).(5.102).(sen30º)
Θ= 30º Fm=4,5.10-2N
Fm=??? Fm=2.90.5.10-6.102.(sen30º) Esta é a intensidade da Força Magnética sofrida pela carga. Sua direç
Fm=900.10-4.(0,5)

2) Ao se movimentar numa determinada região do espaço, uma partícula eletrizada com Carga Elétrica de 45nC encontraum
CampoMagnéticodeintensidade9.103T.Apartículamovimenta-secom velocidadede250m/se penetra no Campo Magnético
com um ângulo de 45º (em relação ao Campo Magnético). Calcule a intensidade da Força Magnética que atuará sobre a
partícula.

Fm=7,159.10-2N

3) Uma partícula eletrizada com Carga Elétrica de 2µC penetra, perpendicularmente, num Campo Magnético de intensidade
3T com velocidade de 20000m/s. Calcule a intensidade da Força Magnética que atuará sobre a partícula.

Fm=0,12NouFm=1,2.10-1N

4) Uma partícula eletrizada com Carga Elétrica de 35µC penetra, paralelamente, num Campo Magnético de intensidade 5T
com velocidade de 30000m/s. Calcule a intensidade da Força Magnética que atuará sobre a partícula.
Fm= 0N

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LAS 123 e 124

FORÇAMAGNÉTICAQUEATUASOBREUMCONDUTORRETILÍNEOINSERIDONUMCAMPO MAGNÉTICO:

ConsidereumfiometálicodecomprimentoP,percorridoporumaCorrenteElétricadeintensidadei.
Sabemos que a Corrente Elétrica que circula pelo fio metálico produz um Campo Magnético ao seu redor. Se
esse fio estiver inserido num Campo Magnético de intensidade B, haverá interação entre esses dois Campos Magnéticos e fio
metálico ficará submetido à ação de uma Força de origem magnética que tenta, em alguns casos, modificar a posição inicial do
fio.
Em termos práticos, é a existência dessa Força de natureza magnética que provoca vibração e/ou zunido em
equipamentos elétricos que utilizam bobinas, como campainhas, motores elétricos, transformadores, válvulas, etc.
Paravisualizaressefenômeno,analiseafiguraabaixo:
AgoratemosumfluxodeCargasElétricasque
constituem a Corrente Elétrica. Então podemos substituir,
θ na Regra da Mão Esquerda, a velocidade dacargaelétrica
P B VpelosentidodaCorrenteElétrica, indicado na figura por i.
i Então, aplicando a Regra da Mão
EsquerdanaFigura,percebemosqueaForçaMagnéticaaque o
fio fica submetido está saindo do plano da folha (não
perpendicularmente).
PodemoscalcularaintensidadedaForçaMagnéticasofridapelofioatravésdaequação:

Fm=B.i.P.senθ ,onde: Fm=ForçaMagnética(N);


B=intensidadedoCampoMagnético(T);i =
intensidade de Corrente Elétrica (A);
ℓ=comprimentodofioimersonoCampoMagnético (m);
θ=ânguloexistenteentreacorrenteelétricaeoCampoMagnético(º);

CASOSPARTICULARES:
I) SeaCorrenteElétricaforparalelaaoCampoMagnético:
Se a Corrente Elétrica for paralela ao Campo Magnético, o ângulo existente entre a Corrente Elétrica
eoCampoMagnéticoserá de0º.Assim,temos queaintensidade daForçaMagnéticasofrida pelofio énula, pois:

Θ=0º →Fm=B.i.ℓ.senθ→Fm=B.i.ℓ.sen0º→Fm= B.i.ℓ.0 → Fm= 0N

II) SeaCorrenteElétricaforperpendicularaoCampoMagnético:
Se a Corrente Elétrica for perpendicular ao Campo Magnético, o ângulo existente entre a Corrente Elétrica e o
Campo Magnético será de 90º.Assim, temos que a intensidade da Força Magnética sofrida pelo fio é máxima, pois:

Θ=90º →Fm =B.i.ℓ.senθ→Fm =B.i.ℓ.sen90º→Fm=B.i.ℓ.1 → Fm= B.i.P

PROBLEMAS:
1) Um condutormetálicoretilíneopossui0,3m decomprimento.Talfioépercorridopor umaCorrenteElétrica de Intensidade
5A e encontra-se fixo dentro de um Campo Magnético de intensidade 6.10 -4 T. Considerando que o fio possua uma
inclinação de 30º em relação ao Campo Magnético, calcule a intensidade da Força Magnética sofrida pelo fio, nessas
condições.
DADOS:
ℓ=0,3m i VamosaplicaraEquação: Fm= B.i.P.senθ Fm=6.5.(0,3).(0,5)10-4
= 5A Fm= B.i.P.senθ →
RELEMBRANDO:↓ Fm=4,5.10-4N
B = 6.10-4 T Fm= 6.10-4.5.(0,3).sen30º
sen30º=0,5 EssaéaintensidadedaForçaMagnéticasofrida pelofio.Suadireçãoeoseuse
→Θ = 30º
Fm=??? Fm=6.5.(0,3).10-4. (0,5)

2) Um condutormetálicoretilíneopossui0,5m decomprimento.Talfioépercorridopor umaCorrenteElétrica de Intensidade


15A e encontra-se fixo dentro de um Campo Magnético de intensidade 560.10 -1 T. Considerando que o fio esteja
perpendicular (90º) em relação ao Campo Magnético, calcule a intensidade da Força Magnética sofrida pelo fio,
nessas condições.
Fm= 420N

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LAS 125 e 126

INTRODUÇÃOÁFÍSICAMODERNA–TÓPICOSDEFÍSICAMODERNA:

Chamamos de Física Moderna à parte da Física que estuda os fenômenos descobertos mais recentemente por esta
Ciência, especialmente do final do século XIX até os nossos dias.
È graças a descoberta e explicação de vários fenômenos estudados pela Física Moderna que hoje podemos
utilizar as mais variadas tecnologias que estão presentes em nosso dia-a-dia, como computadores, telefones celulares,
televisores de LCD, de LED e de Plasma, aparelhos de Ressonância Magnética, aparelhos de Tomografia Computadorizada,
Radiografias de Raio X, Energia Nuclear de Usinas Nucleares, equipamentos que utilizam Raios Laser, Máquinas Fotográficas
digitais e uma série de outros equipamentos eletrônicos presentes no nosso cotidiano.
Durante muito tempo, a natureza da luz foi uma incógnita para os cientistas. Alguns a consideravam como
partícula, o que explicava parte dos fenômenos luminosos. Outros a consideravam como onda, o que explicava parte dos
fenômenos luminosos. Porém, nenhuma das considerações acima conseguia explicar simultaneamente os fenômenos luminosos
já conhecidos naquela época.

EQUAÇÕESDEMAXWELL:

Ampliando e aprofundando as descobertas de Coulomb, Ampère, Oersted e Faraday, James Clark Maxwell
estruturou matematicamente um conjunto de Equações, chamadas de Equações de Maxwell, que sintetizavam todo o
conhecimento sobre o Eletromagnetismo existente em sua época.
Um dos resultados mais importantes das Equações de Maxwell foi a determinação do valor da velocidade de
propagação de uma onda eletromagnética, no vácuo. O valor determinado corresponde ao mesmo valor da velocidade de
propagação da luz, no vácuo, que já era conhecido na época, sendo de aproximadamente 3.108m/s.
Essa coincidência de valores de velocidades levou Maxwell a suspeitar que a Luz fosse uma Onda
Eletromagnética. Hoje em dia sabemos que a suspeita de Maxwell é verdadeira, pois podemos considerar a Luz como Onda
Eletromagnética, pois ela também não precisa de um meio material para se propagar.Além disso, as suposições de Maxwell
foram verificadas experimentalmente pelo alemão Heinrich Hertz.

ESPECTROELETROMAGNÉTICO:

A descoberta das ondas eletromagnéticas teve grande importância para o meio industrial. Conforme as previsões
de Maxwell, existem ondas eletromagnéticas que possuem comprimentos muito pequenos ou que possuem comprimentos
muito grandes. Ao conjunto dessas ondas eletromagnéticas chamamos de EspectroEletromagnético, que hoje podemos
representar esquematicamente através da figura abaixo:

Os estudos de Maxwell revolucionaram as possibilidades


de comunicação (rádio, televisão, celulares, etc), pois permitiu o
desenvolvimento das telecomunicações e orientação espacial via
radares.
A região do Espectro Eletromagnético que é composta
pelas radiações luminosas tem grande importância para os seres vivos,
pois sabemos que é a Luz que nos permite o estímulo da nossa visão.
Ao conjunto de freqüências da Luz que os seres
humanos conseguem enxergar naturalmente chamamos de Espectro
Visível da Luz.

RAIOSX:
Em 1895, o físico alemão Roentgen percebeu, acidentalmente, que uma tela recoberta por um sal de Bário
brilhava sempre que um tubo de Crookes emitia Raios Catódicos(chamamos de raios catódicos, basicamente, a todo feixe
de elétrons que é emitido por um dispositivo adequado a esse fim). Ao colocar a sua mão entre a tela e o tubo, ele percebeu que
podia enxergar, de forma clara, o contorno dos ossos de sua mão.

32
Roentgen também descobriu que os raios emitidos pelo tubo de
Crookes impressionavam chapas fotográficas, demarcando nitidamente o
contorno dos ossos de nosso corpo. Assim, Roentgen chamou os raios emitidos
pelo tubo de Raios X, que utilizamos hoje com muita freqüência na medicina
para obter radiografias dos nossos ossos.
A figura ao lado apresenta uma suposta radiografia da cabeça do
personagem Homer Simpson.As partes mais claras de uma radiografia médica
representam tecidos com maior densidade, que são atravessados com menos
intensidade pelo raio X.

OÁTOMODERUTHERFORD:

Após as várias descobertas científicas ocorridas no final do século XIX, o físico Ernest Rutherford propôs um
modelo de átomo. Nesse modelo, as cargas elétricas positivas de um átomo, responsáveis por cercade 90% da sua massa,
estariam concentradas em um núcleo central do átomo. As cargas elétricas negativas desenvolvem órbitas circulares ao redor
deste núcleo, em grande velocidade.

MECÃNICAQUÂNTICA:

Algunsestudosrealizados noinício doséculo XXobtiveram conclusõesquecontrariavam aMecânica de Newton,


surgindo então a necessidade de elaboração de uma nova teoria que pudesse explicar os resultados observados.
Devido a essa necessidade, surgiu um conjunto de teorias que chamamos de Mecânica Quântica,que
proporcionou avanços que mudaram radicalmente a vida dos seres humanos. Através dos estudos relacionados à Mecânica
Quântica, hoje temos e utilizamos em grande escala os transistores, raio laser, processadores de computador, chips eletrônicos,
dentre outros.

EFEITOFOTOELÉTRICO:

No final do século XIX, algumas experiências realizadas descobriram que superfícies metálicas, quando
atingidas por raios luminosos, emitiam elétrons. Essa descoberta ia contra os conceitos sobre o caráter ondulatório da luz,
teoria que se acreditava correta até então.
Foi Albert Einstein que obteve uma explicação
satisfatória para esse fenômeno. Nela, Einstein ampliou o conceito
deQuantização daEnergia(deMaxPlanck)para as ondas
Eletromagnéticas e chamou cada pacote de Energia transportada
pela Luz de fóton.
Ao penetrar numa superfície metálica,
umfótonatingeum elétron, lhe transferindotodaasuaenergia. Ao
abandonar o metal, o elétron realiza um Trabalho (δ).
A explicação desse fenômeno rendeu,
posteriormente, o Prêmio Nobel de Física a Einstein, em 1921.
Atualmente, vários equipamentos
eletroeletrônicos utilizam-se do Efeito Fotoelétrico em seu
funcionamento, como células fotoelétricas, controles remotos e
circuitos de segurança.
AlbertEinstein

DUALIDADEONDAPARTÍCULADALUZ:

Alguns fenômenos luminosos, como a interferência e a difração da luz, são explicados com base na natureza
ondulatória da Luz(luzé uma onda eletromagnética). Outros fenômenos, entretanto, somente podem ser explicados através da
Teoria Corpuscular da Luz (luz é composta por partículas).
Assim,segundoParaná(2003):
“Na Física Moderna, um feixe de Luz é constituído de um feixe de fótons. O
comportamento coletivo desse feixe de fótons é de natureza ondulatória. O comportamento “individual” de
cada fóton é de natureza corpuscular. Assim, a Luz apresenta um caráter dual: pode ser compreendida como
uma onda, quanto vista à distância, mas só pode sercompreendida em todas as suas características quando
vista de perto, de acordo com a sua natureza corpuscular...”

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CENTROESTADUALDEEDUCAÇÃOPROFISSIONALDECURITIBA
DISCIPLINA:FÍSICAProfessor:RonaldWykrota([email protected])AU
LAS 127 e 128

OMODELOATÔMICODEBOHR:

Simplificadamente,segundoomodeloatômicodeRutherford,oselétronsgiramaoredordonúcleo
doátomo.
De acordo com os estudos de Maxwell, cargas elétricas que
possuem aceleração emitem radiação, o que as fazem perder energia. Se
esses elétrons perdem energia constantemente, o raio da sua órbita
diminui constantemente e, portanto, o elétron deve acabar colidindo com
o núcleo do átomo, fazendo com que a matéria entre em colapso.

Para explicar esse fenômeno, em 1913, Niels Bohr propôs que a teoria de Maxwell não poderia ser aplicada à
escala atômica. Utilizando a idéia de Quantização da Energia, proposta por Max Planck, Bohr propôs que os elétrons de
um átomo estariam concentrados em certos níveis energéticos, nos quais não haveria emissão de radiação (e perda de energia).
Para passar para um nível energético mais elevado, o elétron precisa ganhar energia suficiente, do meio externo, para realizar
esse “salto”. Para retornar ao nível energético original, o elétron deve perder a energia absorvida no “salto”.

OPRINCÍPIODAINCERTEZADEHEISENBERG:

Nãoépossívelconhecer,simultaneamenteecomprecisãoabsoluta,aposição e a Quantidade de Movimento do elétro

Enunciado em 1927 por Werner Heisenberg, constitui uma das idéias fundamentais do pensamento físico dos
dias de hoje. Nele, se sabemos com boa precisão a posição de uma partícula, sua Quantidade de
Movimentoficaindeterminadaou,seaQuantidadede Movimentodeumapartículaéconhecidacom boaprecisão, a sua posição não
pode ser determinada.
Assim, não podemos dizer que sabemos perfeitamente a trajetória de um elétron. O que podemos dizer é que, em
certo instante de tempo, existe uma região definida do espaço onde existe uma maior probabilidade de se encontrar um elétron.

TEORIADARELATIVIDADE:

Em1905,AlbertEinsteinformuloudoisprincípiosbásicosdaTeoriadaRelatividadeRestrita.

1º)AsLeisdaFísicasãoasmesmasparatodososobservadoresem quaisquer sistemas de referência inerciais.


2º)AvelocidadedaLuznovácuotem omesmovalorparatodososobservadores, qualquer que seja o seu movimento ou o movimento da

Em suateoria, Einstein propôs que otempodepende doreferencial adotadocomopadrão.Assim,um mesmo evento


pode durar intervalos de tempo diferentes para dois observadores que escolham referenciais diferentes. A essa diferença nos
tempos percebidos em cada um dos referenciais chamou-se de Dilatação dosTempos.
Segundo Einstein, para um observador que se desloque com uma velocidade próxima a davelocidade da luz, o
tempo passa mais vagarosamente do que para outro, que adote um referencial com velocidade menor que a velocidade da luz.
Para explicar esse fenômeno, Einstein utilizou um exemplo que hoje é conhecido como Paradoxo dos Gêmeos.

ATENÇÃO:PararefletirmaiseentendermelhorestaimportanteTeoriadaFísica,façauma pesquisa sobre o Paradoxo dos Gêmeos, pr

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RADIOATIVIDADE:

Em 1896, um ano após a descoberta dos Raios X, o físico francêsAntoine Henri Becquerel descobriu que cristais
de um sal de Urânio emitiam naturalmente radiação.
Aanálise dessas emissões de radiação levou os cientistas a concluir que quando um átomo de uma
substânciaradioativaemiteessaradiação(naformadepartículas),ocorreumadesintegraçãonointeriordonúcleo do átomo. Assim,
dependendo da partícula que é emitida, a quantidade de cargas positivas do núcleo do átomo pode aumentar, diminuir ou
permanecer a mesma.
Como a quantidade de prótons existente no núcleo do átomo pode variar, pode transformar o átomo do elemento
químico inicial em outro, que possui número atômico diferente.
Emumadesintegraçãoradioativa,podemseremitidostrêstiposderadiação:

raiosalfa(α),constituídosdenúcleosdeátomosdeHélio(He);
raiosbeta(β),constituídosdeelétronsoudepósitrons;
raiosgama(),constituídosdefótonsdealtaenergia.

FISSÃOEFUSÃONUCLEAR:

Através de experiências onde o núcleo de um átomo de Urânio foi bombardeado com nêutrons descobriram-se as
propriedades de Fissão e Fusão nucleares.
Após o núcleo do átomo de Urânio sofrer a colisão com nêutrons, o núcleo de Urânio dividiu-se em dois outros
núcleos, de massas atômicas aproximadamente iguais. Após essa divisão do núcleo, ocorreu a liberação de uma grande
quantidade de energia (208Mev) na forma de Calor.
Esse fato culminou na confirmação da Equação E = m.c2, que foi proposta porAlbert Einstein e virou tema de
estudos no mundo inteiro. Os resultados desses estudos culminaram com a parição dos primeiros Reatores Nucleares, em 1942,
onde se utilizava a fissão nuclear para produzir Energia Elétrica.
Essa nova tecnologia foi, infelizmente, adaptada e em 1945 e resultou na fabricação da primeira bomba nuclear,
que é um artefato militar utilizado para matar pessoas e destruir países em grande escala.

REFERÊNCIAS:

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