2 Mulheres Escritoras Negras Brasil

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Palestra "Mulheres Negras Escritoras”

Sissa Moroso.
Algumas Mulheres Negras Escritoras
*Brasileiras *

1. Maria Firmina dos Reis


2. Maria Carolina de Jesus
3. Antonieta de Barros (Catarinense)
4. Conceição Evaristo
5. Lélia Gonzalez
6. Sueli Carneiro
Maria Firmina não tinha posses, mas não vivia na
pobreza. Ocupava um lugar intermediário, porém
mais próximo da pobreza do que da riqueza.
Foi professora de primeiras letras e colaboradora de
jornais literários, publicando poesias, ficção e
crônicas.
Ao se aposentar, no início
da década de 1880, aos 58
anos funda a primeira
escola mista gratuita do
estado do Maranhão. Essa
iniciativa causou escândalo
no povoado de Maçaricó, e
a escola foi fechada.
Úrsula não seria apenas o primeiro romance abolicionista da
literatura brasileira, mas é também o primeiro romance da
literatura afro-brasileira.
Em 1887, Maria Firmina escreveu também um conto sobre o
mesmo tema, "A Escrava". Em 1871, publicou a coletânea de
poesias Cantos à beira-mar.
Morreu em 1917, aos 92 anos de idade,
na cidade de Guimarães, no Maranhão.
Tudo mudou quando Carolina conheceu o jornalista Audalio Dantas, em 1958.
14 de março de 2019 - 105º aniversário de Carolina Maria de Jesus
Nasceu em 11 de julho de 1901, em Florianópolis. Foi alfabetizada
e formou-se professora pela Escola Normal Catarinense. Pretendia
seguir no ensino superior cursando Direito, mas a carreira ainda era
proibida às mulheres.
Antonieta de Barros foi a primeira mulher negra a ser eleita por
voto popular no Brasil, como deputada estadual em 1934
carregando a bandeira da transformação social por meio
da educação.
Rompendo barreiras, ela foi professora, escritora e jornalista — e
deixou sua marca na história do país.
De origem humilde, é
reconhecida por muitos
como uma figura
revolucionária. Filha de
escrava liberta e órfã de pai,
Antonieta teve uma infância
muito pobre e difícil. Fundou
a própria escola, onde deu
aulas para moradores
carentes (adultos e crianças)
na antiga Desterro. Dedicou-
se principalmente na luta
contra os preconceitos de
cor, classe e gênero no Brasil,
e no combate ao
analfabetismo de pessoas em
vulnerabilidade social.
Foi alfabetizada pelos
próprios estudantes que
moravam em sua casa —
uma pensão fundada por
sua mãe para
complementar a renda -
e continuou estudando
até se tornar jornalista,
professora e política,
com principais bandeiras
de educação para todos,
valorização da cultura
negra e emancipação
feminina.
Antonieta trabalhou na elaboração da Constituição de Santa Catarina em 1935,
tendo escrito os capítulos “Educação e Cultura” e “Funcionalismo”.
Antonieta de Barros: protagonista de uma mudança. No período em que as
mulheres não tinham liberdade para se expressar, Antonieta rompeu com todos os
padrões limitantes impostos a ela. Sua coragem garantiu estudo às mulheres, aos
negros e aos menos favorecidos que cruzaram seu caminho.
Os 19 deputados catarinenses em 1934, apenas uma mulher!
O nome da primeira mulher negra a ser eleita deputada no Brasil
agora está no livro dos Heróis e Heroínas da Pátria em 2023.
Pseudônimo:
Maria da Ilha
Maria da Conceição Evaristo de
Brito, nasceu em 29 de novembro
de 1946, em Belo Horizonte - MG.
Trabalhou como empregada
doméstica, se tornou professora e
fez faculdade de Letras, além de
mestrado e doutorado.
Começou na literatura em 1990,
quando seis de seus poemas
foram incluídos no volume 13 da
coletânea Cadernos Negros,
publicação literária periódica que
teve início em 1978, com o intuito
de veicular a cultura e a produção
escrita afro-brasileira, seja na
forma da prosa, seja na forma da
poesia
"Autora de contos, poemas e romances, parte deles traduzida para
o inglês e o francês, além de vasta obra teórica, Conceição Evaristo
foi finalista do prêmio Jabuti em 2015 e contemplada, em 2018,
com o Prêmio de Literatura do Governo de Minas Gerais pelo
conjunto de sua obra, sendo reconhecida como uma das mais
importantes escritoras brasileiras da contemporaneidade.
Principais obras de Conceição Evaristo
Ponciá Vicêncio, 2003 (romance)
Becos da Memória, 2006 (romance)
Poemas da recordação e outros movimentos, 2008 (poesia)
Insubmissas lágrimas de mulheres, 2011 (contos)
Olhos d’água, 2014 (contos)
Histórias de leves enganos e parecenças, 2016 (contos e novela)
Canção para ninar menino grande, 2018 (romance)
Em Olhos D’água,
Conceição Evaristo reúne,
sem meias palavras,
contos que apresentam
aos leitores realidades
difíceis vivenciadas por
mulheres negras
enfrentando a violência
urbana e a pobreza no
Brasil. O livro venceu o
prêmio Jabuti de
Literatura de 2015, na
categoria Contos e
Crônicas.
Lélia Gonzalez é
homenageada em grafite
gigante no centro de São
Paulo

Lélia Gonzalez ganha


doodle comemorativo
em seu 85º
aniversário
Ela foi a única negra no curso de
graduação da Universidade de São Paulo
(USP), em 1970, onde se formou em
Filosofia.
Fundou o Geledés – Instituto da Mulher
Negra – primeira organização negra e
feminista independente de São Paulo, que
ajudou a aprovar a criminalização do
racismo, na Constituição de 1988, e criou
a assessoria jurídica SOS Racismo.

O nome Geledés foi escolhido justamente para


dar força e demarcar raízes: Geledé é uma
sociedade secreta feminina de caráter religioso
existente nas sociedades tradicionais iorubás.
Ela expressa o poder feminino sobre a
fertilidade da terra, sendo uma forma de culto
ao poder feminino.
Sueli Carneiro nasceu no dia 24 de
junho de 1950 (72 anos) é uma das
mais importantes vozes em defesa da
luta das mulheres negras contra o
machismo e o preconceito racial. Ao
lançar luz para as maiores
desvantagens que elas têm em
relação a outros segmentos sociais, a
filósofa, escritora e ativista trouxe o
fundamental debate sobre a questão
racial para a luta feminista no país
Sueli Carneiro é uma ativista antirracismo do movimento social negro
brasileiro. Entender sua história de vida, suas influências e as mudanças
concretas geradas por sua militância é compreender parte do cenário
espacial, político e geográfico do movimento social negro contemporâneo.

“Se a questão da
mulher avança, o
racismo vem e barra as
negras. Se o racismo é
burlado, geralmente
quem se beneficia é o
homem negro. Ser
mulher negra é
experimentar essa
condição de asfixia
social”.
Em seus livros, ela aborda temas como
gênero, raça e ascensão social, sempre a
partir do ponto de vista de quem mais sofre
preconceito em nossa sociedade.
O livro da filósofa, escritora e ativista negra Sueli
Carneiro resgata artigos escritos e publicados na
imprensa brasileira pela autora na primeira década do
XXl. Nos textos Sueli faz um convite à reflexão crítica da
sociedade brasileira, e explica como o racismo e o
sexismo têm estruturado as relações sociais, políticas e
de gênero.

Sueli Carneiro foi capa da CULT em maio de 2017,


e em entrevista concedida à revista afirmou:
"Nós, mulheres negras, somos a vanguarda do
movimento feminista nesse país“

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