Atividade 6
Atividade 6
Atividade 6
1) João adquiriu, em conjunto com Mário, um veículo da loja Zen. O veículo, depois
de um mês, parou de funcionar. João processou a loja sozinho e a ré se defendeu,
alegando que Mário também teria que participar do processo. Nesse contexto,
responda justificadamente:
Mário não tem que participar do processo, pois não há necessidade de formação de
litisconsórcio, haja vista a inexistência de disposição legal que a determine e o fato de
a sentença não depender da citação de todos que devam ser litisconsortes (art. 114,
CPC). Outrossim, de acordo com entendimento doutrinário, o litisconsórcio necessário
ocorre apenas no polo passivo do processo, não havendo, em regra, litisconsórcio
necessário no polo ativo (art. 115, par. único, CPC). Conclui-se, portanto, que a
formação do litisconsórcio é facultativa e não necessária.
Sim, partindo da premissa que ninguém será obrigado a ser autor em um processo,
Mário poderá participar do processo como um assistente litisconsorcial (art. 124,
CPC), transformando-se em parte principal, uma vez que é cotitular da mesma relação
que já está sendo discutida.
A denunciação da lide tem como objetivo permitir que uma das partes traga ao
processo um terceiro que tenha responsabilidade de ressarci-la pelos eventuais danos
advindos desse processo. Sendo assim, pode-se dizer que o direito regressivo da
parte contra terceiros é o fator principal que legitima a denunciação da lide. De acordo
com o art. 125 do CPC, são dois os casos que têm cabimento a denunciação da lide:
o de garantia da evicção e o do direito regressivo de indenização.
2b) Humberto Theodoro Júnior explica que existe uma polêmica jurisprudencial
relacionada à denunciação da lide feita pelo Estado contra o servidor público.
Qual é essa polêmica e por que existe o problema?
De acordo com Humberto, a polêmica existente diz respeito à afirmação de que não
pode haver denunciação da lide nas ações de responsabilidade civil contra o Estado,
uma vez que este responde objetivamente, e o direito regressivo contra o funcionário
depende do elemento subjetivo de culpa. No entanto, uma vez executada a
denunciação, esta não pode ser recusada pelo juiz, haja vista que o entendimento de
que o fundamento da responsabilidade do Estado é o nexo objetivo do dano, enquanto
o da responsabilidade regressiva do funcionário é culpa, não impede o exercício da
denunciação da lide. A própria Constituição Federal, em seu art. 37, §6º, estabelece
o dever objetivo da Administração em reparar o dano causado por funcionários a
terceiros e institui a ação regressiva do Estado contra este funcionário, desde que
tenha agido com dolo ou culpa.
Sendo assim, considerando o art. 125, II, CPC, que prevê a denunciação da lide
“àquele que estiver obrigado, por lei ou pelo contrato, a indenizar, em ação regressiva,
o prejuízo de quem for vencido no processo” e o dispositivo constitucional citado, não
há como vedar à Administração Pública o recurso à litisdenunciação.
a) O que é uma ação coletiva? Onde ela está prevista e para que serve?
A ação coletiva é aquela que versa principalmente sobre direitos difusos e coletivos,
em que o autor defende a tutela de toda uma comunidade, como, por exemplo: meio
ambiente, patrimônio histórico, patrimônio cultural, concorrência, mercado consumidor
etc. De acordo com o art. 82 do Código de Defesa do Consumidor, são legitimados
para propor a ação coletiva, dentre outros: O Ministério Público; a União; os Estados;
os Municípios e o Distrito Federal; as entidade e órgãos da Administração Pública,
direta ou indireta, ainda que sem personalidade jurídica, especificamente destinados
à defesa dos interesses e direitos protegidos por este código. Outrossim, para além
deste dispositivo, encontra-se prevista nos arts. 81, 87, 91 a 100, 103 e 104 do CDC,
e na Lei n° 7.347/85 (Ação Civil Pública).
Não, só há litisconsórcio na ação proposta por João e Antônio contra Joaquim e Pedro,
haja vista a existência de múltiplas partes em ambos os polos do processo, havendo
cumulação de autores e de réus. Já na ação proposta pelo Ministério Público contra o
Mackenzie, não se verifica a existência de litisconsórcio, uma vez que há unidade de
partes em ambos os polos da relação processual.
O litisconsórcio existente na ação proposta por João e Antônio contra Joaquim e Pedro
pode ser classificado como um litisconsórcio misto, facultativo, simples e inicial.
O Ministério Público possui dois papéis no processo civil: ser parte, funcionando como
autor nas situações que se queira proteger direitos difusos ou coletivos, por meio da
Ação Civil Pública, ou atuar como fiscal da ordem jurídica (art. 176, CPC),
funcionando como uma parte auxiliar do juiz em situações que envolvam interesse
público ou social; interesse de incapaz e conflitos coletivos pela posse de terra, no
intuito de que se chegue a um resultado justo.
De maneira sintética, tem-se a regra: quem pede, adianta e que perde, paga.
7) Qual é a diferença entre denunciação da lide e chamamento ao processo?
A assistência simples (art. 124, CPC) tem como objetivo permitir que um terceiro
intervenha no processo para auxiliar uma das partes a obter uma sentença favorável,
sem defender direito próprio. Um exemplo a ser citado é a intervenção assistencial do
sublocatário na ação de despejo promovida pelo locador contra o locatário.
a) João e Mário propõem uma ação contra as lojas americanas, porque ambos
compraram produtos que já estavam vencidos nas prateleiras. Pedem danos morais;
Neste caso, o litisconsórcio é ativo, facultativo e simples.
b) João propõe uma ação contra Mário, proprietário de um imóvel, e contra todos
os vizinhos desse imóvel (confinantes), pedindo a aquisição da propriedade por
usucapião.
c) João propõe uma ação contra Mário e Maria, alegando ser o proprietário de um
computador, que está registrado como pertencendo aos dois réus.