Apostila Metodologica.
Apostila Metodologica.
Apostila Metodologica.
Sumário
INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 3
1. . METODOLOGIA E PESQUISA EM EDUCAÇÃO .............................................. 5
2. . A PESQUISA EM EDUCAÇÃO........................................................................ 12
3. MODALIDADES DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO- tipos de pesquisa .............. 17
3.1. A pesquisa bibliográfica ..................................................................................... 17
3.2. A pesquisa de campo ........................................................................................ 22
3.3. A pesquisa documental ...................................................................................... 24
3.4. A pesquisa-ação ................................................................................................ 25
4.O PROJETO DE PESQUISA E A APRESENTAÇÃO DOS SEUS RESULTADOS . 28
4.1. Considerações sobre a elaboração do projeto de pesquisa .............................. 28
4.2. A ordem de montagem de um trabalho .............................................................. 38
5. CUIDADOS NECESSÁRIOS COM AS REFERÊNCIAS E CITAÇÕES .................. 47
6. A CONSTRUÇÃO DO TEXTO DE UM CAPÍTULO E A CONCLUSÃO .................. 53
6.1. Construindo o texto de um capítulo.................................................................... 53
6.2 A elaboração da conclusão ................................................................................. 55
7.AJUDANDO A ELABORAR RELATÓRIO DE ESTÁGIO........................................ 56
7-1 Como e o que observar? .................................................................................... 56
7.2. Como será a linguagem adequada a um relatório? ........................................... 58
7.3. Algumas recomendações para a elaboração do texto do relatório..................... 59
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS E BIBLIOGRAFIA ............................................. 62
Anexo 1 Exemplo de pesquisa bibliográfica ............................................................. 66
Anexo 2- Exemplo de Pesquisa de campo ............................................................... 68
Anexo 3 Exemplo de Pesquisa documental em Educação ....................................... 69
Anexo 4 Exemplo de pesquisa ação em Educação .................................................. 70
Anexo 5 Exemplo de Projeto de pesquisa de trabalho de término de curso ............. 71
Anexo 6 Introdução de Monografia ........................................................................... 75
2
INTRODUÇÃO
Caro aluno , cara aluna
Cabe ainda destacar que cada instituição tem normas próprias para
a apresentação dos trabalhos monográficos que você precisará conhecer,
também, de forma a atender as recomendações específicas da mesma. Por
exemplo nos nossos módulos convencionamos usar preferencialmente o
tipo de fonte Arial tamanho 12, que é bastante recomendado para trabalhos
científicos.
3
pesquisa qualitativa em educação e as modalidades mais utilizadas tais como as
pesquisas bibliográficas, de campo, documentais e de pesquisa ação.
Ao final dos sete capítulos, além das referências, estão anexos materiais
que são exemplos de tópicos de destaque, que foram explicados ao longo da
apostila.
4
1. . METODOLOGIA E PESQUISA EM EDUCAÇÃO
5
conhecimento". Assim fica patente o caráter social da atividade de pesquisa,
conferindo-lhe como objetivo último o conhecimento para a vida social.
Surge nessa definição um outro termo que exigirá algumas
considerações sobre ele, de forma que o mesmo fique claro para nós Trata-se
do estudo sobre conhecimento.
Nosso mundo humano é construído pela cultura, pelos sujeitos em
suas relações interpessoais e com o ambiente em que vivem. Vivemos no
mundo em constante ação: observamos, sentimos e agimos, mas sempre - e
isso nos diferencia de outras espécies vivas - pensamos. Todos os nossos atos
são acompanhados de pensamento, de reflexões sobre o observado, o sentido e
o vivido.
Assim, o conhecimento diz respeito à compreensão teórica do mundo e
das coisas, a elaboração do mundo das coisas no pensamento, a busca de
significado para eles. Mas torna-se também a ação prática, a definição, no
pensamento e na ação, do modo de agir no mundo.
Nesse sentido, buscamos conhecer, significar, compreender todas as
situações vividas em busca de desvendar mistérios sobre o funcionamento da
vida em suas múltiplas dimensões. Todo conhecimento tem como objetivo, então,
a convivência dos sujeitos com o mundo e as coisas que o cercam - uma
convivência compreendida, significada. Agir sobre o mundo para transformá-lo,
exige sua compreensão e interpretação. A busca do conhecimento é uma atitude
essencialmente humana, buscar compreender e dar significado para o mundo e
as coisas é uma atitude que faz parte da essência do ser humano.
É preciso lembrar que o processo de elaboração de conhecimento
sobre o mundo não é um processo individual. Pode-se dizer que o
conhecimento é histórico e social. Histórico porque cada conhecimento novo dá
continuidade aos conhecimentos anteriores e social porque nenhum sujeito
constrói, a partir de nada, um novo conhecimento: todo conhecimento se apoia
6
em conhecimentos anteriores, produzidos por outros sujeitos, portanto, ele é
social e coletivamente produzido.
7
Assim, voltando nossa ótica para a pesquisa em educação, é
importante refletir a importância da Educação que pode se apresentar como
transformadora ou reprodutora dos objetivos da sociedade. Se
considerarmos que educação seja um instrumento de reprodução da
sociedade. ela será é uma educação não-crítica, que buscará a adaptação do
sujeito à mesma sociedade. Assim se vivemos numa sociedade desigual, e a
educação é concebida como um processo de adaptação e instrumento de
8
reprodução dessa sociedade, ela terá como objetivo final a manutenção da
desigualdade.
Já a educação como instrumento de transformação da sociedade é a
educação crítica, aquela que tem como finalidade principal a instrumentalização
dos sujeitos para que esses tenham uma prática social crítica e transformadora.
Isso significa dizer que, numa sociedade desigual, os sujeitos precisam se
apropriar de conhecimentos, ideias, atitudes, valores, comportamentos etc., de
forma crítica e reflexiva, para que tenham condições de atuar efetivamente na
sociedade, sob a perspectiva de transformação.
Apropriando-nos das ideias de Luckesi(2005), a partir do organograma
apresentado, quando expõe suas reflexões a respeito do conhecimento
escolar, ele ressalta que o mesmo precisa incorporado pela compreensão,
exercitação e ter utilidade criativa.
Vários conceitos e implicações importantes foram trazidas nesse
capítulo, objetivando despertar seu interesse em captar a realidade através do
conhecimento e registrá-las segundo normas técnicas.. Trabalhamos com
aspectos essenciais sobre os quais ao final desse estudo você deve buscar
fixar a sua atenção.
✓ metodologia
✓ pesquisa
✓ conhecimento e realidade
✓ neutralidade
✓ conhecimento escolar
10
Atividades
10
3- Aprecie as palavras de Tozoni-Reis (2010, p.4) e interprete-as
11
2. . A PESQUISA EM EDUCAÇÃO
Há variadas possibilidades de caminhos para a realização de uma pesquisa,
quer seja em Educação ou em outro setor .
12
Você percebeu que o autor está abordando a realidade em aspectos
qualitativos e quantitativos?
1
http://monografias.brasilescola.com/regras-abnt/metodos-pesquisa.htm
13
refletindo o discurso positivista que aplicava os mesmos princípios das ciências
naturais à Educação. Ainda para o autor acabou-se formando uma dicotomia entre
quantitativo e qualitativo, e cada grupo acusava o outro ou de quantificar ou de fazer
pesquisas qualitativas que entendiam como “artificial e inútil”(TRIVINÕS ,1995,p.116).
Ressalta então que essa interpretação é errônea.
A pesquisa em Educação, assim como a pesquisa em outras áreas
das ciências humanas e sociais, é essencialmente qualitativa.
No entanto, é necessário considerar que os fenômenos humanos e
sociais nem sempre podem ser quantificáveis, pois, como afirma Minayo
(1998), trata-se de um "universo de significados, motivos, aspirações,
crenças, valores e atitudes, o que corresponde a um espaço mais profundo
das relações dos processos e dos fenômenos que não podem ser reduzidos à
operacionalização de variáveis".( MINAYO et al,1998, p.21, 22)
A pesquisa qualitativa defende a ideia de que, na produção de
conhecimentos sobre os fenômenos humanos e sociais, interessa muito mais
compreender e interpretar seus conteúdos do que descrevê-los.
No entanto, é preciso compreender a diferença entre a abordagem
quantitativa e a qualitativa na pesquisa. Enquanto a primeira dá ênfase aos
dados visíveis e concretos, a segunda aprofunda-se naquilo que não é
aparente, "no mundo dos significados, das ações e relações humanas"
(MINAYO, 1998). Essa autora afirma também que não há razão para colocar
em oposição essas duas abordagens, pois elas podem se complementar. É
possível dar às análises dos dados quantitativos, por exemplo, uma abordagem
qualitativa. Se você retornar às afirmativas de Triviños verificará que os dois
autores têm o mesmo ponto de vista.
Fique alerta para o fato que os paradigmas qualitativos são, portanto, os
mais valorizados no tratamento dos fenômenos sociais, inclusive em sua dimensão
investigativa. No entanto, no mundo científico em geral, essa valorização ainda é
controversa.
14
Para encerrar a polêmica entre o qualitativo e o quantitativo vamos
considerar que em Educação, a pesquisa possui caráter essencialmente
qualitativo, sem perder o rigor metodológico. A ênfase consiste em
compreender os diversos elementos dos fenômenos estudados.
As discussões sobre a pesquisa qualitativa como referencial metodológico
em Educação ressaltam as investigações dos fenômenos educativos quer na
escola ou extra muros escolares, nos diversos espaços de nossa sociedade. Esses
fenômenos, na abordagem qualitativa, deverão ser compreendidos em sua
complexidade histórica, política, social e cultural, para que possamos produzir
conhecimentos comprometidos com a educação crítica e transformadora.
Este nosso capítulo sobre a pesquisa em Educação não poderia ser
concluído sem colocar em cena uma outra peculiaridade relativo ao saber
pedagógico. Esse aspecto diz respeito ao caráter multidisciplinar da Educação e ao
fato da mesma fazer interface com outras ciências como por exemplo a Sociologia , a
Filosofia, a Antropologia e a Psicologia.
Para Tozoni-Reis (2010) no entanto, não podemos esperar consensos
teórico-metológicos na nossa área de estudo porque ela é dinâmica e complexa
e precisamos estar conscientes dessa complexidade, produzindo conhecimentos
que vão se constituir em saber pedagógico.
Por fim, faz-se necessário destacar que na caminhada qualitativa da
pesquisa em Educação a tarefa do pesquisador envolvido como principal
instrumento de investigação deve ser destacada. Para nossa Ciência a
compreensão dos conteúdos, como já citamos, é mais importante do que sua
descrição ou sua explicação.
Venha conosco!
16
3. MODALIDADES DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO- tipos de
pesquisa
Imagine que você precisará fazer uma pesquisa, com temática ligada à
Educação. Ao pôr em prática a sua pesquisa há que se considerar a fonte de
dados que você utilizará, já que ela serve de indicativo para modalidade de
pesquisa que vai ser realizada. Dentre as muitas modalidades de pesquisa
presentes nos estudos em Educação, é válido citar quatro tipos, muito utilizados.
São elas :a pesquisa bibliográfica, a pesquisa de campo, a pesquisa documental
e a pesquisa-ação.
19
Severino (1985), ao apresentar uma metodologia para leitura, análise e
interpretação de textos, afirma que não é possível captar os significados mais
profundos das ideias expressas nos textos acadêmicos e científicos se não com
um procedimento de leitura que seja sistematizado. Assim ele traça, diretrizes
metodológicas para a leitura, análise e interpretação de textos.
Atividade
20
Voltando à sugestão de Severino(1985) quando ele enfatiza as múltiplas
tarefas de alguém que interpreta o texto de um autor. Severino chama a atenção
para o fato que é preciso contextualizar historicamente o autor e sua obra, para,
em seguida, proceder a um minucioso resumo da obra no que diz respeito à
estrutura do texto, as ideias apresentadas pelo autor a interpretação dessas
ideias, a problematização (discutir com o autor).
21
sobre o tema, nascidas da sua própria interpretação, resultado de um estudo
aprofundado sobre o assunto. Concordar, discordar, discutir, problematizar os
temas à luz das ideias dos autores lidos são os procedimentos dessa modalidade
de pesquisa.
3.2. A pesquisa de campo
Essa modalidade de pesquisa, como o próprio nome indica, tem a fonte
de dados no próprio campo em que ocorrem os fenômenos. No caso da pesquisa
em Educação, o foco está na observção dos espaços educativos. Quando nos
referimos aos campos educativos, estamos nos referindo ao escolar e extra
escolar, onde as atividades de ensino-aprendizagem se realizam.
22
A partir disso se elabora o relato final que pode ser como já anteriormente
citado uma monografia, um trabalho de conclusão de curso, uma dissertação de
mestrado, uma tese de doutorado ou ainda, por exemplo, o relatório de estágio.
23
3.3. A pesquisa documental
Como o sugerido pelo nome essa modalidade de pesquisa consiste na
coleta dos dados, através de documento que pode ser histórico, institucional,
associativo, ou oficial. Isso significa dizer que a busca de dados estará focada
nos documentos, que exigem uma análise, para a partir daí produzir-se
conhecimentos.
✓ e a Carta de Salamanca
Concluimos ressaltando que a pesquisa documental em educação é,
portanto, uma análise que o pesquisador faz a documentos que tenham
significado para a organização da educação ou do ensino. (Anexo 3)
24
3.4. A pesquisa-ação
Tal como o nome indica, a pesquisa-ação visa produzir mudanças
através ação e ao mesmo tempo através da pesquisa se busca a compreensão a
respeito da ação da qual se participa.(Anexo 4) .A consideração dessas duas
dimensões, mudanças e compreensão, podem dar uma importante contribuição
na elaboração do projeto de pesquisa. Nessa metodologia a pesquisa-ação a
produção de conhecimentos é articulada com a ação educativa. Fazer pesquisa-
ação significa planejar, observar, agir e refletir de maneira mais consciente, mais
sistemática e mais rigorosa o que fazemos na nossa experiência diária. Por um
lado investiga, produz conhecimentos sobre a realidade a ser estudada e, por
outro, realiza um processo educativo para o enfrentamenlo dessa mesma
realidade. Essa modalidade da pesquisa qualitativa também é conhecida como
pesquisa participante, pesquisa participativa ou pesquisa-ação-participativa. E
considerada "uma modalidade nova de conhecimento coletivo do mundo e das
condições de vida de pessoas, grupos e classes populares" (BRANDÃO, 1981,
p. 9).
Atividade
25
Texto 1
Texto 2
26
existem as condições metodológicas exigidas para um trabalho considerado
“científico”.
Ao final da apresentação das quatro formas mais comuns de pesquisa
metodológica em Educação, é válido registrar que no Brasil, as pesquisas em
educação têm crescido muito em número e qualidade da produção .
Ressaltamos que não há necessidade de se fechar um círculo, levando
em conta somente os tipos de pesquisa apresentados no nosso capítulo.
Há na verdade um desejo de construir práticas inovadoras de pesquisa em
Educação, de forma a permitir a elaboração de um retrato cada vez mais próximo
da realidade educativa em nosso país, para que todos os envolvidos em Educação
possam auxiliar com seus trabalhos para a construção da sonhada sociedade mais
justa e democrática.
Fica aqui o convite: vamos então partir para o processo de pesquisa e
registro da mesma? O próximo capítulo tratará de auxiliá-lo a construir
conhecimentos a esse respeito.
27
4. O PROJETO DE PESQUISA E A APRESENTAÇÃO DOS SEUS
RESULTADOS
Quando pretendemos realizar uma boa pesquisa há dois grandes
momentos que merecem atenção especial. O primeiro deles trata da
elaboração do projeto de pesquisa e o segundo da forma correta de registrar
seus resultados.
28
Eis aqui o meu projeto!
O que pesquisar?
Resposta: formulação do problema, das hipóteses e das
referências teóricas.
Por que pesquisar?
Resposta: justificativas.
Como pesquisar?
Resposta: metodologia da pesquisa.
Quando pesquisar?
Resposta: cronograma
Com que recursos?
Resposta: orçamento.
Quem pesquisa?
Resposta: pesquisador/coordenador/orientador e/ou
grupo de pesquisa.
(RUDIO,1986)
29
Nossa caminhada até aqui está possibilitando que você perceba a
importância da elaboração de um bom projeto?
30
O assunto e o tema da pesquisa: informações da introdução
Todo trabalho científico, seja ele uma proposta ou um relatório de
pesquisa em forma de artigo ou texto completo tem início com a introdução. Essa
introdução precisa ter a qualidade necessária para integrá-la ao corpo do
trabalho.
A introdução tem o objetivo de traçar um panorama geral do estudo
proposto, isto é, descrever em linhas gerais o estudo que será apresentado
A introdução deve informar ao leitor o ponto a partir do qual o autor da
proposta concebe o assunto e o tema a ser estudado. Para isso, necessitamos,
em primeiro lugar, apresentar o assunto em estudo e, então, apresentar o tema.
Assunto Tema
31
Uma introdução bem escrita não precisa ser longa, mas deve ser
objetiva, tratar do assunto e do tema estudado de forma a fazer quem lê se
interessar e seguir adiante com a leitura
É válido apresentar ao leitor na introdução, o que e como será tratada a
temática a ser desenvolvida no decorrer do texto.
Falando de uma forma mais livre, a introdução pode ser comparada ao
lançamento de uma novela ou um filme que vá estrear. Antes deles
acontecerem, a televisão mostra partes do conteúdo, traça o perfil rápido dos
personagens de maneira a interessar o público.
Assim, é importante que o tema seja contextualizado na introdução para
que se possa compreender melhor as perspectivas de análise.
Se o pesquisador apresentar o trabalho acerca da alfabetização na
Educação Infantil, como citado no exemplo anterior, é imprescindivel que na
introdução ele deixe claro o que ele entende como "Educação Infantil" e
"alfabetização" para esse grupo de crianças, explicando os principais conceitos
que serão abordados pelo trabalho. Fará essa explicação a partir de uma breve
análise das principais concepções defendidas e/ou criticadas por outros autores.
Assim, a introdução de um projeto de pesquisa tem necessariamente algumas
tarefas a cumprir: deve fazer uma breve revisão bibliográfica sobre o assunto e o
tema, tomar posição acerca das diferentes concepções sobre eles, anunciar o
estudo a ser empreendido e apresentar, brevemente e parte a parte, o restante
do projeto.
Justificativa
32
enfatizar as razões pelas quais se justifica sua realização. É possível
conseguir argumentos a partir da leitura dos autores e obras que tratam do
tema. Esses darão suporte ou subsídios para a justificativa.
33
O problema de pesquisa
34
A formulação das hipóteses
O que são hipóteses e qual seu papel no projeto de pesquisa?
Hipóteses têm ligação com as indagações que orientam a investigação. Isto é,
são respostas provisórias aos problemas de pesquisa e têm como função
principal nortear as investigações. As hipóteses orientam o diálogo do
investigador com a realidade a ser compreendida e interpretada, portanto,
devem ser claras, objetivas, específicas e ter como base as referências
teóricas do estudo apresentado pelo projeto.
Para Salomon(2004, p 35) a hipótese e problema formam um todo
indivisível, quando se pensa no projeto, tanto em termos de metodologia quanto
teoricamente.
A definição da hipótese como resposta provisória ao problema é um
dado interessante. Por ser a "solução" indicada a hipótese precisa ser
comprovada ou rejeitada pela pesquisa. Assim a coleta de dados e sua análise
se fazem em função da(s) hipótese(s)
Tanto o problema como a hipótese são formulados dentro do marco teó-
rico de referência adotado pelo pesquisador. O esboço desse marco teórico já
deve existir e ser revelado no projeto. O processo de pesquisa, particularmente
nas fases do levantamento bibliográfico e da documentação, proporcionam ao
pesquisador sua complementação ou sua reformulação.
35
A escolha da metodologia
36
É possível ainda apresentar uma descrição detalhada de todos os pro-
cedimentos de pesquisa usados no trabalho. Trata-se de especificar quantas
entrevistas foram previstas, quantas foram realizadas, com que público, onde, além
dos procedimentos de organização e análise dos dados.
37
4.2. A ordem de montagem de um trabalho
Com o projeto de pesquisa bem elaborado, podemos partir para a
realização e apresentação da pesquisa, que conterá também os chamados
elementospré-textuais, os textuais e ospós-textuais.
38
Os tipos de letra mais comumente aplicadas são a Times New Roman e a Arial
no tamanho 12 .
O sumário é obrigatório segundo as regras da ABNT e consiste na
enumeração das divisões, capítulos e outras partes do trabalho com o
respectivo número de página. Há algumas regras para a apresentação do
sumário que podem ser procuradas por você na ABNT sob o número
6027/1989. Optamos por não apresentá-las nesse seu primeiro contato com a
metodologia da pesquisa. À medida que seu interesse pelo método de
apresentação da pesquisa for crescendo, você deverá buscar mais informações
sobre as normas na ABNT.
Observe as sugestões de modelo, que se referem aos elementos pré
textuais publicado em nosso manual de estágio.
2
portaldoprofessor.mec.gov.br
39
NOME DA INSTITUIÇÃO
NOME DO ALUNO
(letra maiúscula, fonte arial ou times new roman 14, negrito centralizado)
RELATÓRIO DE ESTÁGIO
(letra maiúscula, fonte arial ou times new roman 14, negrito centralizado)
41
NOME DA INSTITUIÇÃO
NOME DO ALUNO
(letra maiúscula, fonte arial ou times new roman 14, negrito centralizado)
RELATÓRIO DE ESTÁGIO
(letra maiúscula, fonte arial ou times new roman 14, negrito centralizado)
42
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ............................................................................................... XX
DESENVOLVIMENTO ................................................................................... XX
CONCLUSÃO................................................................................................. XX
REFERÊNCIAS ............................................................................................. XX
ANEXOS ........................................................................................................ XX
43
4.2.2 Os elementos textuais da pesquisa
44
Descrever o desenvolvimento do trabalho significa acompanhar a
exposição detalhada e pormenorizada da temática estudada. O desenvolvimento
é constituído de capítulos e seções abordando os aspectos da pesquisa
realizada. Representa um longo exercício de elaboração escrita e precisa ser
abordado levando em conta a coerência e a clareza. Ao compor os capítulos do
texto você sempre fará referências a autores, citando-os direta ou indiretamente.
Esse assunto será abordado em capítulo posterior.
45
Em que parte do projeto de pesquisa são indicados instrumentos
que serão utilizados tais como : questionários,entrevistas e observações ?
Atenção !
46
5. CUIDADOS NECESSÁRIOS COM AS REFERÊNCIAS E
CITAÇÕES
47
A apresentação das referências devem ser bastante detalhadas, uma vez
que objetivam padronizar as informações em todos os países do mundo. No
Brasil, como já citamos, essa normatização é feita pela ABNT.
Para o objetivo do nosso estudo serão trazidas a você alguns informes
essenciais dada a importância que essa parte da pesquisa apresenta.
As referências completas devem vir sempre no final do texto, mas à
medida que desenvolvemos o trabalho há também alguns cuidados no
tratamento das mesmas sendo essencial observar rigorosamente as normas de
referências.
Dessa forma todos os autores citados ou referenciados durante o texto
têm que estar nas Referências. Se um autor teve muita importância na
fundamentação teórica do trabalho, ele tem que estar citado ou referido
durante o mesmo.
Há duas formas de citar um autor: de forma direta ou indireta
A citação direta é a fala literal do autor, transcrita diretamente do texto
lido. Para fazer "citações diretas' de autores quando forem muito adequadas ao
tema abordado deve-se ter em conta alguns procedimentos. Para trechos
transcritos com até 3 linhas, colocar a citação no corpo do trecho, sempre entre
aspas, sem itálico e com fonte igual a do restante do texto. Se a citação
ultrapassar as três linhas ela deve ser apresentada em destaque, com fonte
menor e com recuo em relação ao parágrafo utilizado no texto. Observe o
recurso sendo usado no nosso módulo na página 8. Atenção: o número da
página da obra de onde a citação direta for extraída precisa aparecer também.
A citação indireta é um recurso que indica a influência dos autores lidos
nas ideias apresentadas pelo pesquisador. Para chamada no texto, deve-se en-
trar com o último sobrenome do autor e o ano de publicação. Exemplos:
(GARCIA, 1993) caso ela venha no final da paráfrase ou se você preferir ou
Garcia (1993) se estiver se referindo a ele durante a paráfrase..
48
Para reforçar
Nas citações, as chamadas pelo sobrenome do autor, pela instituição responsável
ou título incluído na sentença devem ser em letras maiúsculas e minúsculas.
Exemplo: Ramal (2002) e, quando estiverem entre parênteses, devem ser em
letras maiúsculas. Exemplo: (RAMAL, 2002)
49
Algo mais sobre citação
Citação é a menção de uma informação extraída de outra fonte. Ela pode ser
direta ou indireta. Citação direta é a transcrição textual de parte da obra do
autor consultado. Citação indireta é o texto baseado na obra do autor
consultado. Sempre que utilizar citações diretas, é necessário especificar no
texto a página, volume, tomo ou seção da fonte consultada. Na citação
indireta, a indicação da página consultada é opcional.
50
As mudanças recentes no capitalismo internacional colocam novas
questões para a Pedagogia. O mundo assiste hoje a intensas
transformações, como a internacionalização da economia, as inovações
tecnológicas e científicas que levam à introdução, no processo
produtivo, de novos sistemas de organização do trabalho, mudança de
perfil profissional e novas exigências de qualificação dos trabalhadores,
que acabam afetando os sistemas de ensino. (LIBÂNEO, 1997, p.20)
Fique atento
51
apresentação dos autores lidos, mesmo os que não são referidos ou citados no
texto, e as referências mostram apenas os autores referidos e citados.
52
6. A CONSTRUÇÃO DO TEXTO DE UM CAPÍTULO E A
CONCLUSÃO
Para descrever os capítulos e elaborar a conclusão do trabalho são
necessários alguns cuidados.
Ao término do estudo desse capítulo você poderá ter construído e
sistematizado aprendizagens como:
Identificar expressões que ajudam a citar os autores que dão suporte aos
capítulos
Relacionar os objetivos do trabalho com a construção dos capítulos
Reconhecer a necessidade de retorno à Introdução no momento de construir a
conclusão
Para que o leitor não tenha a leitura longa que leve à dispersão, procure
abrir parágrafos com freqüência. Elimine também o uso de parênteses e não use
reticências nem pontos de exclamação.
Não fica muito agradável a leitura de textos com citações diretas muito
longas . Evite também utilizar muitas citações numa página só.
Atividade 1
O texto da conclusão é uma criação sua, uma vez que relata seus
achados diante do que foi pesquisado. Por tanto, na conclusão, evite colocar
citações de autores .
55
7. AJUDANDO A ELABORAR RELATÓRIO DE ESTÁGIO
Essa é uma exigência legal obrigatória para cursos como o que você está
realizando. A legislação pertinente está no nosso manual de estágio.
56
Ato Autorizativo-
Autorização de funcionamento é o ato pelo qual o Conselho de
Educação, após análise e aprovação de processo específico, permite o
funcionamento das atividades educacionais em estabelecimentos integrantes do
seu Sistema.
CNPJ
Quando se abre e registra uma empresa na Junta Comercial, ela
recebe um número de CNPJ assim como nós temos o CPF. Esse número é o
documento principal da empresa, que a acompanha por toda a sua trajetória,
mesmo que ela mude de endereço, objetivo social ou nome.
Preste muita atenção: nosso estágio deve ser feito em Instituição escolar
cuja documentação legal já esteja registrada para funcionamento. O
estabelecimento deve ter CNPJ e Ato autorizativo.
Agora é hora de partir para o campo prático , o que mais se pode pensar
quanto ao estágio?
57
sobre cada informação obtida. Se perceber que estratégias de abordagem para
obter os dados que precisa, não estão trazendo bons resultados, pense em
mudança.
Lembre-se : Use a ética e mantenha seu diário como documento de uso pessoal
e particular.
58
"É a exposição escrita na qual se descrevem fatos verificados mediante
pesquisas ou se historia a execução de serviços ou de experiências. " (UFPR,
1996) .
59
Ao elaborar o texto fuja da utilização da primeira pessoa do singular.
Para elaborar o texto você deverá, certamente, citar os autores cujas obras
dão sustentação as suas ideias a respeito do tema abordado. Assim ao
descrever as observações, por exemplo, na Educação Infantil , faça uma ponte
entre o que você viu e o que estudou no nosso curso e no material de cada
disciplina estudada. Você encontrará as referências dos autores que o auxiliarão
a elaborar as ideias a serem expostas no seu texto.
60
Outra parte muito importante é a hora de elaborar a conclusão. Como já
citamos no capítulo anterior,é interessante voltar à Introdução , onde
normalmente se traçam os objetivos do estágio, seu foco de observação e
suas expectativas , para construir uma conclusão coerente com a proposta
feita na Introdução. É igualmente importante apresentar alguma sugestão
pertinente ao que foi observado, como contribuição à equipe que o acolheu
como estagiário.
61
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS E BIBLIOGRAFIA
ECO, Umberto. Como se faz uma tese. São Paulo: Perspectiva, 1997
62
FERREIRA, Aurélio. B. H. Novo dicionário da Língua Portuguesa. Rio
de Janeiro: Nova Fronteira, 1986.
63
LUCKESI, Carlos Cipriano. Filosofia da educação. São Paulo: Cortez,
21ª reimpressão, 2005
64
TRIVIÑOS , Augusto N.S. Introdução à pesquisa em Ciências Sociais-
a pesquisa qualitativa em educação. São Paulo: Atlas,1987.
65
Anexo 1 Exemplo de pesquisa bibliográfica
Vejamos agora um exemplo de uma pesquisa bibliográfica.através do
resumo apresentado.
66
selecionar diretrizes teórico-metodológicas para a pesquisa em educação
ambiental. As diretrizes identificadas, analisadas e selecionadas nos indicam
que a pesquisa em educação ambiental deve: ser pesquisa qualitativa, ter
relevância científica e social, ter como característica básica o princípio da
ação cidadã, produzir conhecimentos pedagógicos para os processos
educativos ambientais, criticar e criar alternativas para os processos
pedagógicos conservadores, constrai conhecimentos para se compreender a
complexidade social e ambiental, tomar os temas ambientais locais como ponto
de partida para processos educativos críticos e transformadores, levar em
conta os princípios da sustentabilidade social e ambiental, ter caráter interdis-
ciplinar e produzir conhecimentos para processos educativos coletivos,
participativos, democráticos e emancipatórios. Estudadas e analisadas, essas
diretrizes vêm contribuindo para o desenvolvimento das pesquisas em
educação ambiental vinculadas ao grupo de pesquisadores e, publicados os
resultados, podem também contribuir para o desenvolvimento da pesquisa em
educação ambiental em outros espaços acadêmicos.
67
Anexo 2- Exemplo de Pesquisa de campo
Apresentamos, a seguir, o resumo de uma pesquisa de campo para
ilustração.
RESUMO
68
Anexo 3 Exemplo de Pesquisa documental em Educação
No texto podemos ter, através do resumo da mesma, um exemplo de
uma pesquisa documental em Educação.
Sinaes: do documento original à legislação
Resumo: No início do governo Lula, foi constituída a Comissão
Especial de Avaliação da Educação Superior (CEA) com o objetivo de elaborar
uma nova proposta de avaliação. O texto tem como propósito discutir e
apresentar a hipótese que a legislação que instala o Sistema Nacional de
Avaliação da Educação Superior (Sinaes) é diferente da Proposta da CEA,
apesar de serem apresentadas como interligadas. O estudo tem como fontes
primárias os documentos: "Bases para uma nova proposta de avaliação da
Educação Superior", da CEA, e "Diretrizes para a avaliação das instituições de
Educação Superior", da Conaes, a Lei 10.861 que instituí o Sinaes e a Portaria
MEC 2.051 que o regulamenta. Conclui-se que o conteúdo da proposta e da
legislação são consequências das concepções da formação e a de controle; e
que uma das causas das diferenças reside no fato de que no governo Lula não
há consenso a qual função a avaliação deve atender.
ROTHEN, José .Carlos e SCHULZ, Almiro. Uberlândia :, Centro Universitário do
Triângulo.UNITRI, 2005.
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Anexo 4 Exemplo de pesquisa ação em Educação
RESUMO
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Anexo 5 Exemplo de Projeto de pesquisa de trabalho de término de curso
Univercidade- Pedagogia- TCC 1 - 5º Período- Unidade Freguesia
1. INTRODUÇÃO
2. DELIMITAÇÃO DO TEMA
A função da linguagem, a objetividade das informações, a articulação
textual e a identificação dos diferentes gêneros textuais, serão temas
abordados através do desenvolvimento dessa monografia.
Estabelecer-se-á, com base na linha de pesquisa da Univercidade,
relativa à gestão pedagógica e cotidiano da escola, uma investigação de
ações e projetos que possibilitem ao professor trabalhar com seu aluno de
forma a fazê-lo buscar autonomamente informações que necessitem. Esse
estudo atende ainda à formação da pesquisadora em Administração e
Supervisão Escolar.
3. OBJETIVOS
Favorecer, através de uma metodologia de projetos, a formação do
comportamento leitor dos alunos, desde cedo para que observem os textos
apresentados, identifiquem suas formas e reconheçam os aspectos e as
pistas que facilitem a compreensão do conteúdo.
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Elucidar junto aos professores meios de contribuir para a qualidade da
leitura.
Colaborar com reflexões baseadas nas experiências vivenciadas pela
pesquisadora, relatando as dificuldades apresentadas pelos candidatos na
inscrição para o Vestibular de uma Universidade Pública Federal.
4. JUSTIFICATIVA
A pesquisa originou-se da necessidade de investigar as raízes da
dificuldade que muitos alunos concluintes do nível médio apresentam na
transferência do conhecimento escolar para uma situação nova.
Ao efetuar inscrições para o Vestibular, o candidato não consegue
repassar para o formulário as informações solicitadas, baseando-se nas
explicações de editais e manuais disponibilizados para orientação, gerando
uma grande quantidade de dados errados inviabilizando o ato de confirmação
de inscrição.
5. FORMULAÇÃO DO PROBLEMA
Em que medida o Supervisor poderá contribuir para diminuir a
dificuldade que os alunos concluintes do Ensino Médio apresentam em
situações que exigem a autoinformação?
6. HIPÓTESE(S)
A questão da autoinformação está ligada à função da linguagem,
chamada referencial que prevê objetividade e ao domínio dos vários tipos de
textos. Ao se deparar com situações novas, esta linguagem torna-se emotiva
e o aluno confunde-se.
Parte-se da hipótese que a escola não vem trabalhando
adequadamente os diferentes gêneros textuais, dificultando assim a formação
de leitores.
7. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
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A pesquisa fundamentar-se-á na proposta dos PCNs para o Ensino
Médio, com ênfase no uso da linguagem, métodos e tecnologias, passando
pela importância da coesão e coerência textual de Ingedore Koch, seguindo a
linha de pensamento de Luiz Antonio Marcushi em seu livro Por uma Proposta
para a classificação dos gêneros textuais.
8. METODOLOGIA
A metodologia usada neste trabalho será qualitativa de cunho
bibliográfico e documental com análise de textos, revistas, consulta de vários
livros que possam esclarecer de forma objetiva como desenvolver um trabalho
sistemático e organizado com a linguagem de forma que o aluno possa atuar
como agente transformador na sociedade.
9. CRONOGRAMA
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Eventos MÊS/ANO MÊS/ANO MÊS/ANO MÊS/ANO
10. BIBLIOGRAFIA
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Anexo 6 Introdução de Monografia
INTRODUÇÃO
Esta pesquisa teve como objetivo geral refletir sobre as possibilidades que
os espaços escolares proporcionem a interação do indivíduo com a natureza,
ensejando a aproximação e o respeito, para que o homem venha interrelacionar-
se harmoniosamente com o ambiente.
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socioambientalista, comprometida com a qualidade de vida no cotidiano escolar;
verificar por que caminhos as instituições escolares vêm trabalhando a questão
da Educação Ambiental no seu currículo, fazendo um breve histórico ao longo
das décadas.
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No primeiro capítulo foi feito um histórico da questão ambiental no Brasil e
a inclusão da educação ambiental no currículo contemporâneo.
E por fim, no terceiro capítulo foi feita a união do tema abordado e o papel
do supervisor na elaboração de possíveis estratégicas de ação curricular que
potencializam a questão de ensino-aprendizagem, da formação de atitudes e de
respeito ao meio ambiente que vem sendo discutida de forma séria e objetiva.
Este estudo não pretendeu dar o assunto como acabado, mas levantar
questões para possíveis discussões e encaminhamentos.
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