Apostila Metodologica.

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Sumário
INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 3
1. . METODOLOGIA E PESQUISA EM EDUCAÇÃO .............................................. 5
2. . A PESQUISA EM EDUCAÇÃO........................................................................ 12
3. MODALIDADES DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO- tipos de pesquisa .............. 17
3.1. A pesquisa bibliográfica ..................................................................................... 17
3.2. A pesquisa de campo ........................................................................................ 22
3.3. A pesquisa documental ...................................................................................... 24
3.4. A pesquisa-ação ................................................................................................ 25
4.O PROJETO DE PESQUISA E A APRESENTAÇÃO DOS SEUS RESULTADOS . 28
4.1. Considerações sobre a elaboração do projeto de pesquisa .............................. 28
4.2. A ordem de montagem de um trabalho .............................................................. 38
5. CUIDADOS NECESSÁRIOS COM AS REFERÊNCIAS E CITAÇÕES .................. 47
6. A CONSTRUÇÃO DO TEXTO DE UM CAPÍTULO E A CONCLUSÃO .................. 53
6.1. Construindo o texto de um capítulo.................................................................... 53
6.2 A elaboração da conclusão ................................................................................. 55
7.AJUDANDO A ELABORAR RELATÓRIO DE ESTÁGIO........................................ 56
7-1 Como e o que observar? .................................................................................... 56
7.2. Como será a linguagem adequada a um relatório? ........................................... 58
7.3. Algumas recomendações para a elaboração do texto do relatório..................... 59
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS E BIBLIOGRAFIA ............................................. 62
Anexo 1 Exemplo de pesquisa bibliográfica ............................................................. 66
Anexo 2- Exemplo de Pesquisa de campo ............................................................... 68
Anexo 3 Exemplo de Pesquisa documental em Educação ....................................... 69
Anexo 4 Exemplo de pesquisa ação em Educação .................................................. 70
Anexo 5 Exemplo de Projeto de pesquisa de trabalho de término de curso ............. 71
Anexo 6 Introdução de Monografia ........................................................................... 75

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INTRODUÇÃO
Caro aluno , cara aluna

Você está iniciando um módulo muito instigante para todos aqueles


que sentem necessidade de aprofundar os estudos em Educação, através
de pesquisas.

Vamos trabalhar com informações fundamentais a quem deseja criar


textos acadêmicos com aplicação de normas técnicas que fazem a leitura
do texto apresentar clareza, coesão e coerência. O bom uso desses
recursos permite uma leitura que flui de forma ordenada e enquadrada nos
parâmetros que regem a construção do trabalho científico, especialmente da
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

Cabe ainda destacar que cada instituição tem normas próprias para
a apresentação dos trabalhos monográficos que você precisará conhecer,
também, de forma a atender as recomendações específicas da mesma. Por
exemplo nos nossos módulos convencionamos usar preferencialmente o
tipo de fonte Arial tamanho 12, que é bastante recomendado para trabalhos
científicos.

Nossos materiais de estudo não podem ser considerados como


pesquisas científicas, mas algumas das regras de apresentação de
trabalhos acadêmicos estão sendo obedecidas de forma a tornar nossos
textos agradáveis à leitura e ao mesmo tempo, procuramos torná-los
interativos visando fazê-lo construtor dos conhecimentos que vamos
apresentando. Dessa forma estamos colocando caixas de textos com letras
diferentes, usamos cores para chamar atenção e usamos ilustrações o que
não seria comumente utiizado ao longo do texto de trabalhos monográficos.

Assim durante o seu estudo desse material de Metodologia da pesquisa


estaremos abordando aspectos ligados à elaboração do conhecimento, à

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pesquisa qualitativa em educação e as modalidades mais utilizadas tais como as
pesquisas bibliográficas, de campo, documentais e de pesquisa ação.

Faremos ainda a apresentação de esquema de plano de pesquisa e as


partes mais importantes na composição de um bom projeto de pesquisa.

Também trazemos informações essenciais quanto à composição de um


trabalho monográfico apresentando os elementos pré-textuais, textuais e pós
textuais em trabalhos acadêmicos.

Enfim pensamos em auxiliá-lo na elaboração de seu relatório de estágio


e apresentamos considerações que certamente facilitarão o seu trabalho.

Ao final dos sete capítulos, além das referências, estão anexos materiais
que são exemplos de tópicos de destaque, que foram explicados ao longo da
apostila.

Boa leitura e interação!

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1. . METODOLOGIA E PESQUISA EM EDUCAÇÃO

Você já notou que para fazermos as atividades, desde as mais


corriqueiras até as mais complicadas, costumamos realizar um plano de ação?
Dessa maneira podemos considerar que o mesmo ocorre quando
pretendemos realizar uma pesquisa em Educação. Assim buscamos um
caminho para isso.

Ao término do estudo desse capítulo você poderá ter construído e


sistematizado aprendizagens como:
Conceituar metodologia da pesquisa
Refletir sobre a construção do conhecimento
Avaliar a questão da neutralidade do conhecimento

De acordo com Demo(1995 , p.11) metodologia quer dizer “estudo


de caminhos, dos instrumentos usados para fazer ciência”, ou como se
refere Minayo(1998, p.22) “caminhos e instrumental próprios de
abordagem da realidade.”
Já o termo pesquisa significa, no dicionário Aurélio (FERREIRA,
1986), "indagação ou busca minuciosa para averiguação da realidade; investi-
gação, inquirição". Ainda de acordo com Tozoni-Reis (2010, p.2) é a
"investigação e estudo, com o fim de descobrir ou estabelecer fatos ou
princípios relativos a um campo qualquer do conhecimento". Ela pode ser
natural ou social, no entanto, é necessário ressaltar que é um processo através
do qual se conhece e interpreta uma realidade.
Dessa forma a função da pesquisa é a interpretação do que
vivenciamos. A pesquisa, como afirma Santos (1989), é a "prática social de

5
conhecimento". Assim fica patente o caráter social da atividade de pesquisa,
conferindo-lhe como objetivo último o conhecimento para a vida social.
Surge nessa definição um outro termo que exigirá algumas
considerações sobre ele, de forma que o mesmo fique claro para nós Trata-se
do estudo sobre conhecimento.
Nosso mundo humano é construído pela cultura, pelos sujeitos em
suas relações interpessoais e com o ambiente em que vivem. Vivemos no
mundo em constante ação: observamos, sentimos e agimos, mas sempre - e
isso nos diferencia de outras espécies vivas - pensamos. Todos os nossos atos
são acompanhados de pensamento, de reflexões sobre o observado, o sentido e
o vivido.
Assim, o conhecimento diz respeito à compreensão teórica do mundo e
das coisas, a elaboração do mundo das coisas no pensamento, a busca de
significado para eles. Mas torna-se também a ação prática, a definição, no
pensamento e na ação, do modo de agir no mundo.
Nesse sentido, buscamos conhecer, significar, compreender todas as
situações vividas em busca de desvendar mistérios sobre o funcionamento da
vida em suas múltiplas dimensões. Todo conhecimento tem como objetivo, então,
a convivência dos sujeitos com o mundo e as coisas que o cercam - uma
convivência compreendida, significada. Agir sobre o mundo para transformá-lo,
exige sua compreensão e interpretação. A busca do conhecimento é uma atitude
essencialmente humana, buscar compreender e dar significado para o mundo e
as coisas é uma atitude que faz parte da essência do ser humano.
É preciso lembrar que o processo de elaboração de conhecimento
sobre o mundo não é um processo individual. Pode-se dizer que o
conhecimento é histórico e social. Histórico porque cada conhecimento novo dá
continuidade aos conhecimentos anteriores e social porque nenhum sujeito
constrói, a partir de nada, um novo conhecimento: todo conhecimento se apoia

6
em conhecimentos anteriores, produzidos por outros sujeitos, portanto, ele é
social e coletivamente produzido.

O conhecimento "ilumina" a ação humana sobre o mundo e as coisas;


é a luz do caminho a ser percorrido. Assim, o conhecimento pode ser, então,
um instrumento de libertação.
Há ainda uma importante questão relativa à produção do
conhecimento. É a questão da sua neutralidade. Sendo algo construído pelo
homem, esse conhecimento pode ser usado para controle ou para a
libertação, portanto ele não é neutro.
Para Tozoni-Reis o conhecimento é uma forma teórico-prática de
compreensão do mundo, das pessoas e das coisas. Dessa forma devemos
entendê-lo como um instrumento para melhor enxergar as relações dos
sujeitos entre si, e deles com o ambiente em que vivem em variadas, múltiplas
e detalhadas dimensões.
Observe o organograma baseado em Luckesi( 2005) em Filosofia da
Educação.

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Assim, voltando nossa ótica para a pesquisa em educação, é
importante refletir a importância da Educação que pode se apresentar como
transformadora ou reprodutora dos objetivos da sociedade. Se
considerarmos que educação seja um instrumento de reprodução da
sociedade. ela será é uma educação não-crítica, que buscará a adaptação do
sujeito à mesma sociedade. Assim se vivemos numa sociedade desigual, e a
educação é concebida como um processo de adaptação e instrumento de

8
reprodução dessa sociedade, ela terá como objetivo final a manutenção da
desigualdade.
Já a educação como instrumento de transformação da sociedade é a
educação crítica, aquela que tem como finalidade principal a instrumentalização
dos sujeitos para que esses tenham uma prática social crítica e transformadora.
Isso significa dizer que, numa sociedade desigual, os sujeitos precisam se
apropriar de conhecimentos, ideias, atitudes, valores, comportamentos etc., de
forma crítica e reflexiva, para que tenham condições de atuar efetivamente na
sociedade, sob a perspectiva de transformação.
Apropriando-nos das ideias de Luckesi(2005), a partir do organograma
apresentado, quando expõe suas reflexões a respeito do conhecimento
escolar, ele ressalta que o mesmo precisa incorporado pela compreensão,
exercitação e ter utilidade criativa.
Vários conceitos e implicações importantes foram trazidas nesse
capítulo, objetivando despertar seu interesse em captar a realidade através do
conhecimento e registrá-las segundo normas técnicas.. Trabalhamos com
aspectos essenciais sobre os quais ao final desse estudo você deve buscar
fixar a sua atenção.

✓ metodologia

✓ pesquisa

✓ conhecimento e realidade

✓ neutralidade

✓ método direto e indireto de conhecimento

✓ conhecimento escolar

Assim você estará pesquisando e "conhecendo o conhecimento."

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Atividades

1- Interprete a citação abaixo buscando entender o que Minayo


(1998) está trazendo à reflexão::

Entendemos por pesquisa a atividade básica da Ciência na sua


indagação e construção da realidade. É a pesquisa que alimenta
a atividade de ensino e a atualiza frente à realidade do mundo.
Portanto, embora seja uma prática teórica, a pesquisa vincula o
pensamento e ação, ou seja, nada pode ser intelectualmente um
problema, se não tiver sido, em primeiro lugar, um problema da
vida prática. (MINAYO, 1998, p. 17).

2- Pense sobre as ponderações de Luckesi que são apresentadas a


seguir: Reescreva-as segundo seu entendimento.
(...) “devemos pensar no conhecimento não só "como um mecanismo de
compreensão e transformação do mundo", mas também "como uma
necessidade para a ação e, ainda, como um elemento de libertação".
(LUCKESI, 1985,p.51)
“O conhecimento tem o poder de transformar a opacidade da realidade
em caminhos "iluminados", de tal forma que nos permite agir com certeza,
segurança e previsão." (LUCKESI, 1985, p. 51).”

10
3- Aprecie as palavras de Tozoni-Reis (2010, p.4) e interprete-as

Em sua prática social, a pesquisa é uma atividade complexa que


se realiza em todos os momentos da vida humana. Pesquisar é
produzir conhecimentos para a ação. Portanto, pesquisamos
sempre e a todo o momento. Ocorre que, no mundo acadêmico,
dedicamo-nos a uma prática de pesquisa mais sistematizada,
mais organizada. Isso ocorre porque a produção dos
conhecimentos exige as formas científicas de compreensão das
coisas.

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2. . A PESQUISA EM EDUCAÇÃO
Há variadas possibilidades de caminhos para a realização de uma pesquisa,
quer seja em Educação ou em outro setor .

Ao término do estudo desse capítulo você poderá ter construído e


sistematizado aprendizagens como:
Identificar os métodos de pesquisa quantitativa e qualitativa.
Relacionar a metodologia qualitativa com os métodos mais usados em
Educação.
Reconhecer a possibilidade de complementaridade entre o quantitativo e o
qualitativo
Reconhecer o caráter multidisciplinar da Educação que cria uma peculiaridade
ao saber pedagógico.

Para começar a abordar a questão da pesquisa em Educação escolhemos


adaptar o pensamento de Rubem Alves no livro “Entre a ciência e a sapiência” (1999
p.123,124,125).

Há os pianos. Há a música. Ambos são absolutamente reais.


Ambos são absolutamente diferentes. Os pianos moram no mundo
das quantidades. Deles se diz :”Como são bem feitos”. [...] Pianos são
máquinas de grande precisão Sua fabricação exige uma ciência
rigorosa.

A música mora no mundo das qualidades. Dela se diz “Como


é bela”.

[...] A realidade da música se encontra no prazer de quem a


ouve. O prazer é uma experiência qualitativa. Não pode ser medido.
Não há receitas para a sua repetição. Cada vez é única, irrepetível.”

O que será que esse escritor está tentando mostrar?

12
Você percebeu que o autor está abordando a realidade em aspectos
qualitativos e quantitativos?

Vamos imaginar que você queira pesquisar sobre um determinado produto.


Que caminhos você poderá buscar para conhecê-lo?

Ir a uma loja e conversar sobre o mesmo com o representante de vendas?


Buscar na internet o site da empresa e ler a informação sobre o mesmo? Ler o
catálogo de propaganda que você recebeu? Comparar o preço do produto em
diferentes propagandas? Buscar informes nas reclamações da defesa do consumidor
para formar um juízo de valor sobre o produto?

Verificou a multiplicidade de caminhos para a pesquisa?

De acordo com o site brasilescola1 há dois grandes métodos de


investigação: Quantitativo e o Qualitativo. Nesse aspecto a natureza do
problema e seu nível de aprofundamento é que determinarão a escolha do
método de pesquisa..

Se quisermos ser pesquisadores em Educação precisamos escolher


caminhos para realizar a nossa pesquisa. A natureza do trabalho de pesquisa é que
acaba por indicar qual será a melhor opção para realização do estudo que se quer
desenvolver,como já afirmamos acima. Muitas indagações são feitas quanto ao
propósito de realizar pesquisas em educação. Porém, os autores dos trabalhos
de pesquisa em Educação enfatizam a importância da pesquisa qualitativa.
O autor Triviños (1995) ao falar sobre pesquisa qualitativa conta-nos que, a
partir da década de setenta do século XX, o interesse dos educadores se volta para a
discussão dos aspectos qualitativos de Educação. Para ele o ensino sempre se
voltou para o qualitativo mas manifestava-se através de medidas quantitativas como
por exemplo a percentagem de analfabetos, de repetentes , do número de matrículas,

1
http://monografias.brasilescola.com/regras-abnt/metodos-pesquisa.htm

13
refletindo o discurso positivista que aplicava os mesmos princípios das ciências
naturais à Educação. Ainda para o autor acabou-se formando uma dicotomia entre
quantitativo e qualitativo, e cada grupo acusava o outro ou de quantificar ou de fazer
pesquisas qualitativas que entendiam como “artificial e inútil”(TRIVINÕS ,1995,p.116).
Ressalta então que essa interpretação é errônea.
A pesquisa em Educação, assim como a pesquisa em outras áreas
das ciências humanas e sociais, é essencialmente qualitativa.
No entanto, é necessário considerar que os fenômenos humanos e
sociais nem sempre podem ser quantificáveis, pois, como afirma Minayo
(1998), trata-se de um "universo de significados, motivos, aspirações,
crenças, valores e atitudes, o que corresponde a um espaço mais profundo
das relações dos processos e dos fenômenos que não podem ser reduzidos à
operacionalização de variáveis".( MINAYO et al,1998, p.21, 22)
A pesquisa qualitativa defende a ideia de que, na produção de
conhecimentos sobre os fenômenos humanos e sociais, interessa muito mais
compreender e interpretar seus conteúdos do que descrevê-los.
No entanto, é preciso compreender a diferença entre a abordagem
quantitativa e a qualitativa na pesquisa. Enquanto a primeira dá ênfase aos
dados visíveis e concretos, a segunda aprofunda-se naquilo que não é
aparente, "no mundo dos significados, das ações e relações humanas"
(MINAYO, 1998). Essa autora afirma também que não há razão para colocar
em oposição essas duas abordagens, pois elas podem se complementar. É
possível dar às análises dos dados quantitativos, por exemplo, uma abordagem
qualitativa. Se você retornar às afirmativas de Triviños verificará que os dois
autores têm o mesmo ponto de vista.
Fique alerta para o fato que os paradigmas qualitativos são, portanto, os
mais valorizados no tratamento dos fenômenos sociais, inclusive em sua dimensão
investigativa. No entanto, no mundo científico em geral, essa valorização ainda é
controversa.
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Para encerrar a polêmica entre o qualitativo e o quantitativo vamos
considerar que em Educação, a pesquisa possui caráter essencialmente
qualitativo, sem perder o rigor metodológico. A ênfase consiste em
compreender os diversos elementos dos fenômenos estudados.
As discussões sobre a pesquisa qualitativa como referencial metodológico
em Educação ressaltam as investigações dos fenômenos educativos quer na
escola ou extra muros escolares, nos diversos espaços de nossa sociedade. Esses
fenômenos, na abordagem qualitativa, deverão ser compreendidos em sua
complexidade histórica, política, social e cultural, para que possamos produzir
conhecimentos comprometidos com a educação crítica e transformadora.
Este nosso capítulo sobre a pesquisa em Educação não poderia ser
concluído sem colocar em cena uma outra peculiaridade relativo ao saber
pedagógico. Esse aspecto diz respeito ao caráter multidisciplinar da Educação e ao
fato da mesma fazer interface com outras ciências como por exemplo a Sociologia , a
Filosofia, a Antropologia e a Psicologia.
Para Tozoni-Reis (2010) no entanto, não podemos esperar consensos
teórico-metológicos na nossa área de estudo porque ela é dinâmica e complexa
e precisamos estar conscientes dessa complexidade, produzindo conhecimentos
que vão se constituir em saber pedagógico.
Por fim, faz-se necessário destacar que na caminhada qualitativa da
pesquisa em Educação a tarefa do pesquisador envolvido como principal
instrumento de investigação deve ser destacada. Para nossa Ciência a
compreensão dos conteúdos, como já citamos, é mais importante do que sua
descrição ou sua explicação.

De acordo com o citado por Tozoni-Reis ao consultar Alves-Mazzotti e


Gewandsznajder(1998) o pesquisador é o principal instrumento de investigação e
assim precisa de contato direto e prolongado com o campo, para poder captar
os significados dos comportamentos observados.

PESQUISADOR + CAMPO + FONTE = PESQUISA


15
E então caro aluno? Você percebeu como a sua atitude investigativa
e o registro delas através da utilização de determinadas regras, se constitui
numa importante tarefa da educação que se quer efetivamnete
transformadora?

Até este capítulo trouxemos múltiplos enfoques para enriquecer seus de


conhecimentos sobre pesquisa.

Para torná-lo um pesquisador cada vez mais capaz, o próximo


capítulo enfocará as diferentes modalidades de pesquisa em Educação.

Venha conosco!

16
3. MODALIDADES DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO- tipos de
pesquisa
Imagine que você precisará fazer uma pesquisa, com temática ligada à
Educação. Ao pôr em prática a sua pesquisa há que se considerar a fonte de
dados que você utilizará, já que ela serve de indicativo para modalidade de
pesquisa que vai ser realizada. Dentre as muitas modalidades de pesquisa
presentes nos estudos em Educação, é válido citar quatro tipos, muito utilizados.
São elas :a pesquisa bibliográfica, a pesquisa de campo, a pesquisa documental
e a pesquisa-ação.

Ao término do estudo desse capítulo você poderá ter construído e


sistematizado aprendizagens como:
Reconhecer as formas mais usuais de pesquisa em educação: pesquisa
bibliográfica, pesquisa de campo, pesquisa documental e pesquisa-ação.
Destacar a importância da coleta de dados nas diferentes tipos de pesquisa
Analisar a importância da leitura atenta, do fichamento bibliográfico e da
contextualização das obras dos autores referenciados na pesquisa..

Partimos então para o entendimento de cada uma delas, levando em


conta, principalmente, o campo de coleta de dados.
3.1. A pesquisa bibliográfica

Em todas as pesquisas, inclusive nas experimentais, que não são


muito próprias para as ciências humanas e sociais, o pesquisador precisa
buscar na bibliografia especializada conhecimentos científicos e até
informações menos sistematizadas que se relacionam ao seu estudo
De fato, todas as modalidades de pesquisa exigem uma revisão
bibliográfica; uma busca de conhecimentos sobre os fenômenos investigados, na
bibliografia especializada. Ao final da apostila verifique o material usado como
exemplo.(Anexo 1)
A pesquisa bibliográfica tem como principal característica o fato de
que o campo de informação, onde serão feitas as coletas dos dados, se
17
encontra na própria bibliografia sobre o tema ou sobre o objeto que se pretende
investigar.
No entanto, na pesquisa bibliográfica vamos buscar nos autores e obras
selecionados, os dados para a produção do conhecimento pretendido.
O foco nesse tipo de pesquisa é colocar os próprios autores consultados
em uma situação de conversa entre eles. Verifique que isso foi sendo feito ao
longo do nosso módulo de forma procurar ouvir diferentes autores, buscando
elucidar aspectos sobre nossa disciplina.
Assim não partimos para ouvir entrevistados, nem observar situações
vividas, mas mantivemos uma conversação e debate com os autores através de
seus escritos. Isso é bem comum na pesquisa bibliográfica.
A pesquisa bibliográfica obedece a um passo a passo que acaba por ser
comum a outros tipos de pesquisa.
O primeiro passo é o delineamento da pesquisa que consiste na
elaboração do projeto de pesquisa.
Nele o pesquisador vai proceder a uma revisão bibliográfica: para aclarar
melhor o problema de pesquisa. Isso permite que ele se aproprie de
conhecimentos para a compreensão mais aprofundada do assunto e do tema.
A partir dessa seleção e da continuidade dela através da leitura
cuidadosa dos autores e obras selecionados são coletados os dados para
análise.
De posse dos dados e após um estudo aprofundado sobre os mesmos,
passa-se a sua organização, através de categorias de análise.
Depois da análise e interpretação dos dados segue-se para a discussão
dos resultados obtidos na coleta de dados.
Chega-se a fase de redação final que consistirá na elaboração do
relatório final da pesquisa na forma exigida para o nível de investigação. Esses

níveis podem ser os de monografia, trabalho de conclusão de curso, dissertação


de mestrado, tese de doutorado ou outro tipo de relatório.
18
Parada para revisão

Releia os informes sobre a pesquisa bibliográfica e faça um esquema


simples sobre o passo a passo para a organização da mesma.

Pronto para continuar?

No entanto, é necessário observar a especificidade dos procedimentos


metodológicos Vejamos que procedimentos são esses: leitura apurada,
contextualização da obra e autor estudado.e fichamento bibliográfico.

Comecemos pela leitura para análise e interpretação dos dados. Ela é


específica em todo processo, e exige do pesquisador muita atenção.

19
Severino (1985), ao apresentar uma metodologia para leitura, análise e
interpretação de textos, afirma que não é possível captar os significados mais
profundos das ideias expressas nos textos acadêmicos e científicos se não com
um procedimento de leitura que seja sistematizado. Assim ele traça, diretrizes
metodológicas para a leitura, análise e interpretação de textos.

Interpretar, num sentido restrito, é tomar uma posição própria a


respeito das ideias enunciadas, é superar a estrita mensagem do
texto, é ler nas entrelinhas, é forçar o autor a um diálogo, é
explorar toda a fecundidade das ideias expostas, é cotejá-las
com outras, enfim, é dialogar com o autor. (SEVERINO, 1985, p.
60).

Atividade

Aplique ao texto de Saviani (1998, p.45) esse procedimento sugerido no


parágrafo anterior.

Para a pedagogia crítico-social dos conteúdos, o processo de


apropriação do conhecimento como elaboração ativa do sujeito, em interação
com o objeto e os outros sujeitos, é o ponto chave do processo de ensino.

20
Voltando à sugestão de Severino(1985) quando ele enfatiza as múltiplas
tarefas de alguém que interpreta o texto de um autor. Severino chama a atenção
para o fato que é preciso contextualizar historicamente o autor e sua obra, para,
em seguida, proceder a um minucioso resumo da obra no que diz respeito à
estrutura do texto, as ideias apresentadas pelo autor a interpretação dessas
ideias, a problematização (discutir com o autor).

Vamos tentar esclarecer a situação de contextualização. Suponha que


você leia algo escrito por Comênio (1592-1670), na Didática Magna. Tenha
sempre em mente que ao escrever o texto o autor vivia no período de
nascimento do pensamento pedagógico moderno e assim mais facilmente você
entenderá as propostas que ele apresenta.

Outra técnica de leitura muito valiosa é o fichamento bibliográfico. O


fichamento bibliográfico deve acompanhar o estilo do pesquisador, mas alguns
de seus elementos são fundamentais tais como : informações completas sobre
autor e obra, informações do contexto histórico da produção da obra, resumo da
obra, identificação do objetivo, identificação da tese (ideia original defendida pelo
autor), identificação do referencial teórico (conceitos, categorias e pressupostos),
informações sobre as fontes e referências utilizadas pelo autor (INÁCIO-FILHO,
1995). O fichamento permite, portanto, sistematizar o trabalho de coleta de
dados sobre o qual serão empreendidas as análises dos temas em estudo.

Assim, a produção de conhecimentos, que resulta do trabalho de


investigação científica que toma a pesquisa bibliográfica como modalidade e não
se reduz a uma apresentação das ideias de diferentes autores acerca do tema
estudado. Ao contrário, exige do pesquisador a produção de argumentações

21
sobre o tema, nascidas da sua própria interpretação, resultado de um estudo
aprofundado sobre o assunto. Concordar, discordar, discutir, problematizar os
temas à luz das ideias dos autores lidos são os procedimentos dessa modalidade
de pesquisa.
3.2. A pesquisa de campo
Essa modalidade de pesquisa, como o próprio nome indica, tem a fonte
de dados no próprio campo em que ocorrem os fenômenos. No caso da pesquisa
em Educação, o foco está na observção dos espaços educativos. Quando nos
referimos aos campos educativos, estamos nos referindo ao escolar e extra
escolar, onde as atividades de ensino-aprendizagem se realizam.

A pesquisa de campo em educação, portanto, caracteriza-se pela ida


do pesquisador aos espaços educativos para coleta de dados, com o objetivo
de compreender os fenômenos que nele ocorrem. Ao proceder a análise e
interpretação dos dados, a pesquisa poderá contribuir aclarar aspectos
educativos tanto nos ambientes educativos escolares quanto nos espaços
extra escolares.(Anexo 2)

Dessa forma, os grandes momentos do processo de pesquisa, nessa


modalidade, também são, a princípio iguais ao da pesquisa bibliográfica, e
seguidos da coleta de dados com a ida ao campo. Ocorre então a busca de
dados para a análise mediante a aplicação de algumas técnicas e instrumentos.
Esses dados passam por determinada organização. São agrupados em
categorias para facilitar a análise.

Seguem-se dois momentos essenciais quando são analisados,


interpretados e discutidos os resultados obtidos na coleta de dados em diálogo
com os autores consultados .Ou seja o que foi observado é confrontado com as
ideias dos autores selecionados como referenciais para análise.

22
A partir disso se elabora o relato final que pode ser como já anteriormente
citado uma monografia, um trabalho de conclusão de curso, uma dissertação de
mestrado, uma tese de doutorado ou ainda, por exemplo, o relatório de estágio.

Há algumas maneiras de proceder à coleta de dados, levando em conta


as condições, objetivos e práticas de sua realização. As técnicas mais usadas
pelas pesquisas de campo das ciências da educação são a observação e a
entrevista.

A técnica de observação variará segundo o grau de participação do


pesquisador no local observado, podendo assumir dois tipos: observação ou
observação participante. Tenha em mente que observação é a técnica de coleta
de dados por meio da qual o pesquisador assume o papel de observador sem
nenhuma intervenção intencional no fenômeno observado, enquanto a
observação participante leva em conta a ação do próprio pesquisador. É, por
assim dizer um trabalho em que um professor, fazendo investigação de coleta de
dados por exemplo do processo aprendizagem da leitura e escrita dos seus
alunos, a observa e registra .

No tocante à entrevista essa pode também ser utilizada como entrevista


estruturada ou semi-estruturada, segundo o grau de sistematização delas. A
entrevista estruturada é a técnica de coleta de dados em que o pesquisador segue
rigorosamente um roteiro preestabelecido para suas entrevistas. Podemos
considerar que o questionário é um instrumento muito usado na pesquisa de
campo, e o mesmo tem o máximo da estruturação possível para uma entrevista.

A entrevista semi-estruturada é como o próprio nome indica o meio


termo entre a estruturada e a totalmente livre como uma conversa entre
entrevistador e entrevistado sobre os temas de interesse da pesquisa.

23
3.3. A pesquisa documental
Como o sugerido pelo nome essa modalidade de pesquisa consiste na
coleta dos dados, através de documento que pode ser histórico, institucional,
associativo, ou oficial. Isso significa dizer que a busca de dados estará focada
nos documentos, que exigem uma análise, para a partir daí produzir-se
conhecimentos.

A seguir estão alguns exemplos de documentos que podem ser


utilizados para esse trabalho em Educação:

✓ O Relatório Mundial da Educação lnfantil da Unesco

✓ A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9394/96


✓ O Plano Nacional de Educação

✓ Os Parâmetros Curriculares Nacionais.


✓ Os Referênciais Curriculares Nacionais para a Educação Infantil.

✓ As Diretrizes Curriculares para os cursos de Pedagogia


✓ Agenda 21

✓ e a Carta de Salamanca
Concluimos ressaltando que a pesquisa documental em educação é,
portanto, uma análise que o pesquisador faz a documentos que tenham
significado para a organização da educação ou do ensino. (Anexo 3)

Que outros importantes documentos você poderia citar como exemplo

para pesquisa documental em Educação?

24
3.4. A pesquisa-ação
Tal como o nome indica, a pesquisa-ação visa produzir mudanças
através ação e ao mesmo tempo através da pesquisa se busca a compreensão a
respeito da ação da qual se participa.(Anexo 4) .A consideração dessas duas
dimensões, mudanças e compreensão, podem dar uma importante contribuição
na elaboração do projeto de pesquisa. Nessa metodologia a pesquisa-ação a
produção de conhecimentos é articulada com a ação educativa. Fazer pesquisa-
ação significa planejar, observar, agir e refletir de maneira mais consciente, mais
sistemática e mais rigorosa o que fazemos na nossa experiência diária. Por um
lado investiga, produz conhecimentos sobre a realidade a ser estudada e, por
outro, realiza um processo educativo para o enfrentamenlo dessa mesma
realidade. Essa modalidade da pesquisa qualitativa também é conhecida como
pesquisa participante, pesquisa participativa ou pesquisa-ação-participativa. E
considerada "uma modalidade nova de conhecimento coletivo do mundo e das
condições de vida de pessoas, grupos e classes populares" (BRANDÃO, 1981,
p. 9).

Tem como ponto forte a participação democrática dos sujeitos


envolvidos. tomando como ponto de partida os problemas reais, e refletindo
sobre eles, visa-se romper a separação entre teoria e prática na produção de
conhecimentos sobre os processos educativos. "

Atividade

Compare as afirmativas e estabeleça as suas conclusões a respeito da


pesquisa- ação, a partir do exposto pelos dois autores.

25
Texto 1

(...)consiste em uma alternativa de pesquisa que coloca a ciência a


serviço da emancipação social, trazendo duplo desafio: o de pesquisar e o de
participar, o de investigar e educar, realizando a articulação entre teoria e prática
no processo educativo. (DEMO, 1992 citado por TOZONI REIS,p.41).

Texto 2

A pesquisa-ação tem como ponto de partida a articulação entre a


produção de conhecimentos para a conscientizaçao dos sujeitos e solução de
problemas socialmente significativos (THIOLLENT, 2000 citado por TOZONI
REIS, p.41).

Nessa modalidade de pesquisa os participantes deixam de ser "objetos"


de estudo para serem pesquisadores, produtores de conhecimentos sobre sua
própria realidade. O sujeito que vive a realidade socioambiental em estudo é,
portanto, um sujeito-parceiro das investigações definidas participativamente; ou
ainda, um pesquisador comunitário que constrói e produz conhecimentos sobre
essa realidade em parceria com aquele que seria identificado, numa outra
modalidade de pesquisa, como pesquisador acadêmico.

São claros os fundamentos político-sociais da pesquisa científica sob a


metodologia da pesquisa-ação em educação. Referem-se, em especial, à
necessidade de superar um modelo de ciência que se fundamenta na separação
entre a teoria e a prática. Por outro lado para alguns pesquisadores que utilizam
métodos e metodologias convencionais, a pesquisa ação é pobre, porque não

26
existem as condições metodológicas exigidas para um trabalho considerado
“científico”.
Ao final da apresentação das quatro formas mais comuns de pesquisa
metodológica em Educação, é válido registrar que no Brasil, as pesquisas em
educação têm crescido muito em número e qualidade da produção .
Ressaltamos que não há necessidade de se fechar um círculo, levando
em conta somente os tipos de pesquisa apresentados no nosso capítulo.
Há na verdade um desejo de construir práticas inovadoras de pesquisa em
Educação, de forma a permitir a elaboração de um retrato cada vez mais próximo
da realidade educativa em nosso país, para que todos os envolvidos em Educação
possam auxiliar com seus trabalhos para a construção da sonhada sociedade mais
justa e democrática.
Fica aqui o convite: vamos então partir para o processo de pesquisa e
registro da mesma? O próximo capítulo tratará de auxiliá-lo a construir
conhecimentos a esse respeito.

27
4. O PROJETO DE PESQUISA E A APRESENTAÇÃO DOS SEUS
RESULTADOS
Quando pretendemos realizar uma boa pesquisa há dois grandes
momentos que merecem atenção especial. O primeiro deles trata da
elaboração do projeto de pesquisa e o segundo da forma correta de registrar
seus resultados.

Ao término do estudo desse capítulo você poderá ter construído e


sistematizado aprendizagens como:
Reconhecer o passo a passo necessário para construir um projeto de
pesquisa
Estabelecer relação entre as partes do projeto inicial com a elaboração do
relato final da introdução da pesquisa
Identificar os elementos pré, pós e textuais na montagem de um trabalho
acadêmico

4.1. Considerações sobre a elaboração do projeto de pesquisa


Ao partirmos para a pesquisa faz-se necessário elaborar um projeto
de pesquisa adequado ao que se pretende e ao mesmo tempo procurando
atender às normas técnicas e à qualidade científica. É nele que o
pesquisador esboça, delimita e expõe o objeto de estudo explicitando o tipo
de abordagem que pretende dar ao assunto sobre o qual trabalhará.

De acordo com Tozoni-Reis(2010) podemos entender projeto de


pesquisa nãopode ser entendido como via de única mão, sem possibilidades de
contornar quando suregirem os imprevistos Dessa forma, ressalva que o
projeto nos permite criar as condições concretas para evitar qualquer coisa que
nos imobilize.

O meio acadêmico dá ao projeto de pesquisa uma importância que se


assemelharia ao cartão de vista do pesquisador.

28
Eis aqui o meu projeto!

Você vai elaborar um projeto de pesquisa? Que tal seguir os princípios


apresentados por Rudio(1986 citado por TOZONI REIS, 2010).

Podemos partir desses princípios para pensar no projeto de


pesquisa.que será realizado.

O que pesquisar?
Resposta: formulação do problema, das hipóteses e das
referências teóricas.
Por que pesquisar?
Resposta: justificativas.
Como pesquisar?
Resposta: metodologia da pesquisa.
Quando pesquisar?
Resposta: cronograma
Com que recursos?
Resposta: orçamento.
Quem pesquisa?
Resposta: pesquisador/coordenador/orientador e/ou
grupo de pesquisa.
(RUDIO,1986)

29
Nossa caminhada até aqui está possibilitando que você perceba a
importância da elaboração de um bom projeto?

Os esquemas para realizar as pesquisas podem apresentar pequenas


alterações de acordo com o que a Instituição propõe para a realização. .(Anexo
5)
Exemplo de esquema de Projeto de Pesquisa do
Trabalho de Término de Curso do Centro Universitário da
Cidade-UNIVERCIDADE

MODELO DE PROJETO DE PESQUISA


1. INTRODUÇÃO
2. DELIMITAÇÃO DO TEMA
3. OBJETIVOS
4. JUSTIFICATIVA
5. FORMULAÇÃO DO PROBLEMA
6. HIPÓTESE(S)
7. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
8. METODOLOGIA DA PESQUISA
9. CRONOGRAMA
10. BIBLIOGRAFIA

Dessa forma as decisões a serem tomadas no projeto de pesquisa


dizem respeito não só ao tema e sua importância mas também aos objetivos,
às justificativas, ao problema, às hipóteses, aos procedimentos metodológicos,
ao tempo de execução, aos recursos financeiros necessários e aos
pesquisadores participantes.

30
O assunto e o tema da pesquisa: informações da introdução
Todo trabalho científico, seja ele uma proposta ou um relatório de
pesquisa em forma de artigo ou texto completo tem início com a introdução. Essa
introdução precisa ter a qualidade necessária para integrá-la ao corpo do
trabalho.
A introdução tem o objetivo de traçar um panorama geral do estudo
proposto, isto é, descrever em linhas gerais o estudo que será apresentado
A introdução deve informar ao leitor o ponto a partir do qual o autor da
proposta concebe o assunto e o tema a ser estudado. Para isso, necessitamos,
em primeiro lugar, apresentar o assunto em estudo e, então, apresentar o tema.

Um assunto, no processo de investigação científica, diz respeito a uma


abordagem mais geral do tema a ser estudado. Assim, se vamos estudar, por
exemplo, um tema sobre a a introdução do colegiado escolar numa dada
instituição, podemos considerar que o assunto é a Gestão escolar. Outro
exemplo: se o assunto de um estudo monográfico é alfabetização, o tema pode
ser a alfabetização na Educação Infantil.

Assunto Tema

Assim é recomendável que na introdução o pesquisador, a partir do


assunto mais geral, caminhe para enfocar seu tema.

31
Uma introdução bem escrita não precisa ser longa, mas deve ser
objetiva, tratar do assunto e do tema estudado de forma a fazer quem lê se
interessar e seguir adiante com a leitura
É válido apresentar ao leitor na introdução, o que e como será tratada a
temática a ser desenvolvida no decorrer do texto.
Falando de uma forma mais livre, a introdução pode ser comparada ao
lançamento de uma novela ou um filme que vá estrear. Antes deles
acontecerem, a televisão mostra partes do conteúdo, traça o perfil rápido dos
personagens de maneira a interessar o público.
Assim, é importante que o tema seja contextualizado na introdução para
que se possa compreender melhor as perspectivas de análise.
Se o pesquisador apresentar o trabalho acerca da alfabetização na
Educação Infantil, como citado no exemplo anterior, é imprescindivel que na
introdução ele deixe claro o que ele entende como "Educação Infantil" e
"alfabetização" para esse grupo de crianças, explicando os principais conceitos
que serão abordados pelo trabalho. Fará essa explicação a partir de uma breve
análise das principais concepções defendidas e/ou criticadas por outros autores.
Assim, a introdução de um projeto de pesquisa tem necessariamente algumas
tarefas a cumprir: deve fazer uma breve revisão bibliográfica sobre o assunto e o
tema, tomar posição acerca das diferentes concepções sobre eles, anunciar o
estudo a ser empreendido e apresentar, brevemente e parte a parte, o restante
do projeto.

Justificativa

Outro aspecto essencial ao projeto de pesquisa diz respeito às justificativas


do estudo. Justificar é mostrar que o tema proposto é relevante procurando

32
enfatizar as razões pelas quais se justifica sua realização. É possível
conseguir argumentos a partir da leitura dos autores e obras que tratam do
tema. Esses darão suporte ou subsídios para a justificativa.

De acordo com Deslandes devemos considerar algumas indagações:


"Quais os motivos que a justificam? Que contribuições para a compreensão,
intervenção ou solução para o problema trará a realização de tal pesquisa?"
(DESLANDES,1998). Nos projetos de pesquisa em educação, é na justificativa
que o pesquisador argumenta sobre a relevância social e científica do tema em
estudo que deve ter razões que comprovem a importância da realização
mesma.

Definição dos objetivos


Um objetivo é um propósito, uma meta, um alvo que se pretende
atingir, uma ação a ser realizada, a própria materialização do estudo. Assim, a
definição dos objetivos é uma das mais importantes etapas de um trabalho
científico. É a partir da formulação dos objetivos que se pode delinear o projeto
de pesquisa.
A formulação deles obedece a uma certa ordem e coerência. Vejamos
de que forma isso deve ser considerado. É conveniente apresentar,
primeiramente, objetivos gerais do estudo para, em seguida, traçar os
objetivos específicos. Também não é interessante apresentar muitos
objetivos, mas aqueles que têm mais significado para o trabalho. Facilita
muito a leitura se os objetivos estiverem interligados entre si e apresentados
de forma sequencial. É recomendável para garantir a clareza da ação a ser
realizada, iniciar sempre a formulação deum objetivo usando uma ação no
infinitivo: identificar, analisar, compreender etc.

33
O problema de pesquisa

A escolha e formulação ao problema de pesquisa, parte importante do


projeto, é uma das tarefas mais difíceis na construção da proposta da
pesquisa.
O tema necessita, num primeiro momento, ser explorado de tal forma
pelo pesquisador a ponto de criar os indicativos para um problema de pesquisa,
ainda mais específico. O problema emerge, dessa forma, do tema criando a
problematização. Para Salomon(2004) o proposto é partir de um assunto mais
amplo, delimitar um tema, pensá-lo na perspectiva do estudo, e dos objetivos,
é chegar perto da formulação do problema.
Como o problema decorre de um aprofundamento do tema, ele é sempre
individualizado e específico.
Autores ligados à metodologia da pesquisa indicam que o problema deve
ter algumas características. A mais usual delas é formular o problema como
pergunta, o que serve para facilitar a pesquisa. A formulação do problema deve
ser clara e precisa. A apresentação como pergunta parece ser a mais simples,
além do que facilita sua identificação por quem consulta o projeto de pesquisa.

A escolha de um problema merece que o pesquisador faça sérias indaga-


ções (RUDIO, 1986 citado por TOZONI-REIS 2010, p.2):
a) Trata-se de um problema original?
b) O problema é relevante?

c) Ainda que seja "interessante", é adequado para mim?

d) Tenho hoje possibilidades reais para executar tal estudo?

e) Existem recursos financeiros para a investigação desse tema?

f) Terei tempo suficiente para investigar tal questão?

34
A formulação das hipóteses
O que são hipóteses e qual seu papel no projeto de pesquisa?
Hipóteses têm ligação com as indagações que orientam a investigação. Isto é,
são respostas provisórias aos problemas de pesquisa e têm como função
principal nortear as investigações. As hipóteses orientam o diálogo do
investigador com a realidade a ser compreendida e interpretada, portanto,
devem ser claras, objetivas, específicas e ter como base as referências
teóricas do estudo apresentado pelo projeto.
Para Salomon(2004, p 35) a hipótese e problema formam um todo
indivisível, quando se pensa no projeto, tanto em termos de metodologia quanto
teoricamente.
A definição da hipótese como resposta provisória ao problema é um
dado interessante. Por ser a "solução" indicada a hipótese precisa ser
comprovada ou rejeitada pela pesquisa. Assim a coleta de dados e sua análise
se fazem em função da(s) hipótese(s)
Tanto o problema como a hipótese são formulados dentro do marco teó-
rico de referência adotado pelo pesquisador. O esboço desse marco teórico já
deve existir e ser revelado no projeto. O processo de pesquisa, particularmente
nas fases do levantamento bibliográfico e da documentação, proporcionam ao
pesquisador sua complementação ou sua reformulação.

Marco teórico também é chamado de referencial teórico.O que é


preciso fazer para construir um marco teórico? Revisar a literatura, isto é,
ler os livros e os autores que tratam do assunto que você pretende
pesquisar e reconhecer e escolher a teoria de um autor sobre o assunto.
Isto se chama: revisão de literatura.

35
A escolha da metodologia

A metodologia tem como objetivo principal informar sobre o caminho a


ser percorrido na pesquisa,tanto na monografia, no projeto de pesquisa ou
trabalho de término de curso. Deve apresentar todo caminho percorrido, com a
coerência teórico-metodológica necessária. Assim, num projeto de pesquisa em
educação encontramos na metodologia, em primeiro lugar, uma reflexão teórica
sobre a metodologia de pesquisa qualitativa e a modalidade de pesquisa escolhida
para o trabalho: pesquisa bibliográfica, pesquisa de campo, pesquisa documental,
pesquisa-ação etc.

Deslandes (1998) nos inspira a sintetizar os principais elementos da meto-


dologia para realização da pesquisa: definição do universo ou campo onde se fará a
pesquisa; coleta de dados; e organização e análise dos dados, isto é, após a
reflexão teórica acerca da modalidade de pesquisa escolhida, na metodologia
devem constar a abrangência do universo a ser pesquisado (lembremos que a
pesquisa qualitativa não se baseia em critérios estatísticos de amostragem do
universo de pesquisa, mas exige que ele seja definido e anunciado), as técnicas e
instrumentos que vão viabilizar a coleta de dados, descritos da maneira mais
detalhada possível (entrevistas, observações, questionários etc.), e a descrição
também detalhada de como serão organizados e analisados os dados coletados.

É uma boa possibilidade anexar o roteiro, mesmo que provisório, das


observações, entrevistas e/ou questionários ao projeto de pesquisa.

36
É possível ainda apresentar uma descrição detalhada de todos os pro-
cedimentos de pesquisa usados no trabalho. Trata-se de especificar quantas
entrevistas foram previstas, quantas foram realizadas, com que público, onde, além
dos procedimentos de organização e análise dos dados.

Leia o exemplo que visa auxiliá-lo a identificar as partes do projeto de


pesquisa, no resumo final de uma pesquisa realizada..

Uma professora procurou descobrir porque havia diferenças na forma de


denominar um mesmo colégio quando os alunos estavam cursando a primeira
fase da Ensino Fundamental e outra quando ingressavam na segunda fase. Para
entender o porquê da diferença de representação para a mesma instituição na
passagem do 5º ano para o 6º ano, a professora entrevistou professores de
ambos os segmentos, pais de alunos que também eram professores do mesmo
colégio e assitiu às aulas tanto do primeiro quanto do segundo segmento para
tentar descobrir no discurso dos diferentes agentes sociais, as razões para a
diferença de nomenclatura e atitude, dentro da mesma instituição. Para isso usou
a análise de discurso como forma de desvelamento daquela realidade , além da
pesquisa bibliográfica e documental.

37
4.2. A ordem de montagem de um trabalho
Com o projeto de pesquisa bem elaborado, podemos partir para a
realização e apresentação da pesquisa, que conterá também os chamados
elementospré-textuais, os textuais e ospós-textuais.

Reforçando as ideias apresentadas

Essa estrutura conta com:

✓ elementospré-textuais (capa, folha de rosto, resumo, sumário);

✓ elementos textuais (introdução e seus componentes,


desenvolvimento e conclusão)

✓ e elementospós-textuais (referências e anexos).

4.2.1. Os elementos pré-textuais

São assim considerados a Capa, Folha de Rosto e Sumário. Esses


componentes são utilizados em todos os trabalhos acadêmicos.
A capa, a folha de rosto e o sumário, devem vir cada um deles em
folha separada. Eles fazem parte da apresentação inicial do projeto de
pesquisa de uma monografia e depois é transformado na própria apresentação
do trabalho.
É importante ressaltar que cada Instituição estabelece o modelo que
deseja aplicar a seus trabalhos, especialmente quanto à capa e folha de rosto..

38
Os tipos de letra mais comumente aplicadas são a Times New Roman e a Arial
no tamanho 12 .
O sumário é obrigatório segundo as regras da ABNT e consiste na
enumeração das divisões, capítulos e outras partes do trabalho com o
respectivo número de página. Há algumas regras para a apresentação do
sumário que podem ser procuradas por você na ABNT sob o número
6027/1989. Optamos por não apresentá-las nesse seu primeiro contato com a
metodologia da pesquisa. À medida que seu interesse pelo método de
apresentação da pesquisa for crescendo, você deverá buscar mais informações
sobre as normas na ABNT.
Observe as sugestões de modelo, que se referem aos elementos pré
textuais publicado em nosso manual de estágio.

2
portaldoprofessor.mec.gov.br

39
NOME DA INSTITUIÇÃO

NOME DO ALUNO
(letra maiúscula, fonte arial ou times new roman 14, negrito centralizado)

RELATÓRIO DE ESTÁGIO
(letra maiúscula, fonte arial ou times new roman 14, negrito centralizado)

Local (cidade) e ano (da entrega)


(letra minúscula, fonte arial ou times new roman 14, negrito centralizado)

41
NOME DA INSTITUIÇÃO

NOME DO ALUNO
(letra maiúscula, fonte arial ou times new roman 14, negrito centralizado)

RELATÓRIO DE ESTÁGIO
(letra maiúscula, fonte arial ou times new roman 14, negrito centralizado)

Relatório de Estágio apresentado


para a conclusão do Estágio
Supervisionado do Módulo (nº do
Módulo) da (nome da instituição)
Tutor:

Local (cidade) e ano (da entrega)


(letra maiúscula, fonte arial ou times new roman 14, negrito centralizado)

42
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ............................................................................................... XX

DESENVOLVIMENTO ................................................................................... XX

CONCLUSÃO................................................................................................. XX

REFERÊNCIAS ............................................................................................. XX

ANEXOS ........................................................................................................ XX

43
4.2.2 Os elementos textuais da pesquisa

Daqui em diante estaremos apresentando as formas de registro dos


resultados de sua pesquisa.

Ao apresentar um trabalho acadêmico você tem três partes principais e


inevitáveis, quais sejam : a introdução o desenvolvimento e a conclusão, (ABNT-
NBR14.724/2002) e cada uma delas apresenta aspectos que precisam ser
cuidados ao tratarmos de um trabalho de pesquisa.

A introdução é a parte inicial do texto que deve conter a delimitação do


assunto e tema estudado, objetivos, e demais elementos que ajudam a situar o
universo pesquisado.

Para destacar as partes da Introdução

Já criamos pistas para você construir a Introdução de qualquer trabalho


acadêmico. Quando precisamos descrever os resultados do trabalho, aquele
esquema do projeto de pesquisa nos trará os aportes para se construir a
Introdução da monografia propriamente dita.

Você poderá, comparando o exemplo do Anexo 5 mais esquemático com


o do anexo 6, que contém a introdução de um trabalho já feito, estabelecer as
suas conclusões.

Você também verificará o quanto o projeto é valioso durante a pesquisa ,


para elaborar a introdução dos resultados da pesquisa, mas também para a
continuidade do estudo.

44
Descrever o desenvolvimento do trabalho significa acompanhar a
exposição detalhada e pormenorizada da temática estudada. O desenvolvimento
é constituído de capítulos e seções abordando os aspectos da pesquisa
realizada. Representa um longo exercício de elaboração escrita e precisa ser
abordado levando em conta a coerência e a clareza. Ao compor os capítulos do
texto você sempre fará referências a autores, citando-os direta ou indiretamente.
Esse assunto será abordado em capítulo posterior.

Por fim , entre os elementos textuais, encontra-se a conclusão , onde


você deve expor o que foi possível verificar, referindo-se o que você expôs na
introdução. É comum também que sejam trazidas recomendações, tendo em
vista as ações futuras.

Questionário síntese sobre esse capítulo

Na abordagem de introdução de um trabalho qual dessas duas


partes é considerada mais geral: o assunto ou o tema?

Que parte da Introdução pode ser apresentada como uma


pergunta?

Que parte da introdução é considerada como propósito ou meta?

Como se denomina o caminho que se escolhe para realizar a


pesquisa?

As instituições adotam sempre os mesmos modelos de projeto de


pesquisa?

45
Em que parte do projeto de pesquisa são indicados instrumentos
que serão utilizados tais como : questionários,entrevistas e observações ?

Quais são os três grupos de elementos que estruturam a ordem


de montagem para apresentação de uma pesquisa?

Qual a denominação geral para a capa, folha de rosto e sumário?

Ao expor seu trabalho de pesquisa há três partes, chamadas


textuais , que não podem ser esquecidas. Quais são elas?

Que parte inicial da apresentação escrita da pesquisa tem o


projeto como fonte de inspiração para redigi-la ?

Banco de respostas às perguntas

Atenção !

Há respostas repetidas e respostas que não serão usadas

Introdução - Metodologia - Elementos pré./pós/ e textuais.- Objetivos

Introdução, desenvolvimento e conclusão - Problema

Sim - Hipótese- Elementos pré textuais.- Não

Assunto - Tema - Elementos pós textuais.- Objetivos

46
5. CUIDADOS NECESSÁRIOS COM AS REFERÊNCIAS E
CITAÇÕES

Quando citamos autores no nosso trabalho de pesquisa precisamos


também atender às normas técnicas de apresentação dos mesmos, tanto nas
citações no texto quanto na apresentação das referências bibliográficas.
Assim este capítulo será dedicado a apresentação de tópicos sobre as
referências e as.citações

Ao término do estudo desse capítulo você poderá ter construído e


sistematizado aprendizagens como:
Reconhecer as referências como um conjunto padronizado de elementos
retirados de um documento que permite a sua identificação.
Identificar e diferenciar as citações diretas e as indiretas.
Entender a importância da veracidade da utilização da citação de autor, de
forma a evitar o plágio na construção do texto.

As referências são um componente importante do projeto de pesquisa,


pois têm o papel de oferecer ao leitor mais algumas pistas sobre os caminhos
teóricos e metodológicos percorridos pelo pesquisador.
Sua finalidade objetiva é apresentar a documentação usada nos estudos
empreendidos para desenvolvimento do tema, proporcionando um maior
aprofundamento dos estudos.
As diretrizes e normas para as referências são as mesmas tanto para
projetos quanto para relatórios de pesquisa quer sejam monografias, trabalhos de
término de curso, dissertações, teses artigos científicos ou relatos de estágios.
Muitos pesquisadores até iniciam a leitura de um trabalho científico pelas
referências, pois, a partir dos autores tratados no estudo, temos um conjunto de
informações a respeito da abordagem dada ao tema, e isso já fornece uma pista
do interesse do leitor pelo estudo.

47
A apresentação das referências devem ser bastante detalhadas, uma vez
que objetivam padronizar as informações em todos os países do mundo. No
Brasil, como já citamos, essa normatização é feita pela ABNT.
Para o objetivo do nosso estudo serão trazidas a você alguns informes
essenciais dada a importância que essa parte da pesquisa apresenta.
As referências completas devem vir sempre no final do texto, mas à
medida que desenvolvemos o trabalho há também alguns cuidados no
tratamento das mesmas sendo essencial observar rigorosamente as normas de
referências.
Dessa forma todos os autores citados ou referenciados durante o texto
têm que estar nas Referências. Se um autor teve muita importância na
fundamentação teórica do trabalho, ele tem que estar citado ou referido
durante o mesmo.
Há duas formas de citar um autor: de forma direta ou indireta
A citação direta é a fala literal do autor, transcrita diretamente do texto
lido. Para fazer "citações diretas' de autores quando forem muito adequadas ao
tema abordado deve-se ter em conta alguns procedimentos. Para trechos
transcritos com até 3 linhas, colocar a citação no corpo do trecho, sempre entre
aspas, sem itálico e com fonte igual a do restante do texto. Se a citação
ultrapassar as três linhas ela deve ser apresentada em destaque, com fonte
menor e com recuo em relação ao parágrafo utilizado no texto. Observe o
recurso sendo usado no nosso módulo na página 8. Atenção: o número da
página da obra de onde a citação direta for extraída precisa aparecer também.
A citação indireta é um recurso que indica a influência dos autores lidos
nas ideias apresentadas pelo pesquisador. Para chamada no texto, deve-se en-
trar com o último sobrenome do autor e o ano de publicação. Exemplos:
(GARCIA, 1993) caso ela venha no final da paráfrase ou se você preferir ou
Garcia (1993) se estiver se referindo a ele durante a paráfrase..

48
Para reforçar
Nas citações, as chamadas pelo sobrenome do autor, pela instituição responsável
ou título incluído na sentença devem ser em letras maiúsculas e minúsculas.
Exemplo: Ramal (2002) e, quando estiverem entre parênteses, devem ser em
letras maiúsculas. Exemplo: (RAMAL, 2002)

Continuando a nossa conversa sobre as citações há ainda mais


algumas informações úteis.
Assim nas citações diretas ou indiretas, quando se trata de uma obra
de dois autores, deve-se colocar "e" entre eles. Exemplo: De acordo com
Gandin e Gandin (1999) ... ou (GANDIN e GANDIN,1999) se estiver no final do
texto citado.
Por outro lado usa-se "et al” se os autores forem três ou mais por
exemplo: (MINAYO et al, 2005) ou Reis et at (2005).
Outra regra a ser seguida é a de que para fazer omissões de partes do
trecho citado ou saltos maiores nas citações, deve-se usar reticências entre
colchetes [...];.Você pode observar a aplicação da regra na página 9 do nosso
módulo.
Quando se você quer citar um autor que foi citado por outro (citação de
citação), porque não se tem a obra original usa-se apud ou citado por. Exemplo:
Segundo Montessori (apud GADOTTI, 2002).
Algumas vezes as notas de rodapé são necessárias .Use-as somente
para completar informações. A versão mais moderna dos editores de texto oferece
esse recurso, podendo se colocar o número no texto e no rodapé. A referência já
vai aparecer com letra menor do que a do texto e com espaço simples.

49
Algo mais sobre citação

Citação é a menção de uma informação extraída de outra fonte. Ela pode ser
direta ou indireta. Citação direta é a transcrição textual de parte da obra do
autor consultado. Citação indireta é o texto baseado na obra do autor
consultado. Sempre que utilizar citações diretas, é necessário especificar no
texto a página, volume, tomo ou seção da fonte consultada. Na citação
indireta, a indicação da página consultada é opcional.

Exemplos com citações indiretas:


O diretor de escola, que deveria ser um agente envolvido na formação do
aluno, acaba por se transformar num burocrata que se limita a assinar papéis e
seguir ordens superiores. (HORA, 1994)
Exemplos com citações diretas:
As citações diretas, no texto, de até três linhas, devem estar contidas
entre aspas duplas. As aspas simples são utilizadas para indicar citação no
interior da citação.
Primeiro exemplo
Para Libâneo, “o campo da atividade pedagógica extra-escolar é extenso.
Poder-se-ia incluir no item da educação extra-escolar toda gama de agentes
pedagógicos que atuam no âmbito da vida privada e social.” (LIBÂNEO, 1997,
p.52)
Segundo exemplo
As citações diretas, no texto, com mais de três linhas, devem ser
destacadas com recuo da margem esquerda, com letra menor que a do texto
utilizado e sem aspas.

50
As mudanças recentes no capitalismo internacional colocam novas
questões para a Pedagogia. O mundo assiste hoje a intensas
transformações, como a internacionalização da economia, as inovações
tecnológicas e científicas que levam à introdução, no processo
produtivo, de novos sistemas de organização do trabalho, mudança de
perfil profissional e novas exigências de qualificação dos trabalhadores,
que acabam afetando os sistemas de ensino. (LIBÂNEO, 1997, p.20)

Para fazer as citações indiretas usamos as


paráfrases.

Paráfrase é a interpretação de um texto


com palavras próprias, mantido o
pensamento original. (KOOGAN/HOUAISS,
1994)

Fique atento

Há autores que diferenciam bibliografia de referências bibliográficas nos


trabalhos acadêmico científicos. Dessa forma a bibliografia seria a

51
apresentação dos autores lidos, mesmo os que não são referidos ou citados no
texto, e as referências mostram apenas os autores referidos e citados.

Como nossos módulos não são apresentação de trabalho científico


optamos por usar as duas denominações, tendo em conta que, por exemplo, nos
módulos da Língua portuguesa seria contra producente para a continuidade da
sua leitura, a cada exemplo citar de que gramática o mesmo estava sendo
retirado.

No entanto, em trabalhos acadêmicos deve-se usar apenas a referência


bibliográfica. Há diferentes possibilidades de apresentação das referências mas
a mais usada é a da colocação em ordem alfabética de autores.

Nos trabalhos científicos, as referências devem apresentar os


seguintes dados: autor, título da obra, numeração da edição, local da
publicação, editora e ano de publicação. Esses são os dados mais comuns,
porém, dependendo do tipo de referência, é preciso também constar
indicação do volume, coleção, número de série, do tradutor, número de
páginas, data mais completa de publicação, do endereço de acesso
eletrônico etc. Para saber mais sobre as referências consulte as normas
ABNT(Associação Brasileira de Normas Técnicas).

52
6. A CONSTRUÇÃO DO TEXTO DE UM CAPÍTULO E A
CONCLUSÃO
Para descrever os capítulos e elaborar a conclusão do trabalho são
necessários alguns cuidados.
Ao término do estudo desse capítulo você poderá ter construído e
sistematizado aprendizagens como:
Identificar expressões que ajudam a citar os autores que dão suporte aos
capítulos
Relacionar os objetivos do trabalho com a construção dos capítulos
Reconhecer a necessidade de retorno à Introdução no momento de construir a
conclusão

6.1. Construindo o texto de um capítulo


Ao começar um capítulo deve-se apresentar um parágrafo introdutório que
aborde, de forma geral, o que vai ser descrito nos subitens do mesmo.

Ao final do capítulo o mesmo deve ter um fechamento sobre o que foi


pesquisado e relatado, cabendo fazer referência ao que vai ser desenvolvido a
seguir, no próximo capítulo.

Para que o leitor não tenha a leitura longa que leve à dispersão, procure
abrir parágrafos com freqüência. Elimine também o uso de parênteses e não use
reticências nem pontos de exclamação.

Ao elaborar um texto para um trabalho científico é aconselhável o uso de


forma impessoal na terceira pessoa como nas sugestões:

✓ Achou-se por bem; Utilizaram-se os dados disponíveis; Procurou-


se elucidar. (ISKANDAR, 2003).

Essa rigidez de forma pode ser e já é flexibilizada, com a possibilidade da


utilização da primeira pessoa do plural. Observe o exemplo:
É interessante que ao termos coragem de romper com as fronteiras
disciplinares vamos encontrar respostas a nossas questões as quais, na
53
fronteira disciplinar que alguns insistem em nos prender, não havíamos
encontrado.

Como enfocar, por exemplo, o problema do fracasso escolar se nos


mantivermos na gaveta disciplinar fechada e o entregarmos aos
especialistas avaliadores do sistema? (ALVES E GARCIA, 2001, p.95)

Ao elaborar o texto dos capítulos você deverá, citar os autores cujas


obras darão sustentação as suas ideias a respeito do tema escolhido, utilizando-
se das citações diretas e indiretas, cuja forma de apresentação técnica já
estudamos.

Não fica muito agradável a leitura de textos com citações diretas muito
longas . Evite também utilizar muitas citações numa página só.

É muito comum a utilização de citações indiretas ou paráfrases. Para citar


indiretamente existem algumas expressões que podem nos servir de auxílio.

Há algumas expressões úteis na elaboração desses comentários:

▪ Parece acertado que; dever-se-ia dizer que; é lícito supor; conclui-


se daí que; ao exame desse texto percebe-se que...

Exercícios com paráfrases e citações

Atividade 1

PERRENOUD, Philippe. Avaliação entre duas lógicas: da excelência à


regulação das aprendizagens. Porto Alegre: Artes Médicas, 1999, P.14.
A escola conformou-se com as desigualdades de êxito por tanto tempo quanto
elas pareciam "na ordem das coisas". Dentro dessa perspectiva, uma avaliação formativa
não tinha muito sentido: a escola ensinava e, se tivessem vontade e meios intelectuais,
os alunos aprendiam. A escola não se sentia responsável pelas aprendizagens, limitava-
se a oferecer a todos a oportunidade de aprender: cabia a cada um aproveitá-la! A noção
de desigualdade das oportunidades não significou, até um período recente, nada, além
disto: que cada um tenha acesso ao ensino, sem entraves geográficos ou financeiros,
sem inquietação com seu sexo ou sua condição de origem.
54
Use o espaço abaixo e parafraseie as ideias expressas pelo autor. Você
poderá usar: Segundo... - de acordo com... - como lembra... -, atendendo ao que
propõe. - a partir do pensamento de... -... (ano).Obs.: sempre se coloca o ano da
obra consultada.

Segundo Perrenoud (1999)

6.2 A elaboração da conclusão


Esta é a parte final do texto e para elaborá-la você deve se preocupar em
voltar à Introdução e verificar se seus objetivos, sua hipótese e se os autores
referenciados como essenciais permitiram que você cumprisse o roteiro que havia
traçado.

Abra parágrafos referentes às conclusões a que você chegou a cada


capítulo.

Apresente sugestões para ação a partir do que você concluiu. Também é


interessante relatar se a pesquisa que você realizou instigou-o, a saber, mais
sobre a temática envolvida.

O texto da conclusão é uma criação sua, uma vez que relata seus
achados diante do que foi pesquisado. Por tanto, na conclusão, evite colocar
citações de autores .

O capítulo que concluímos buscou instrumentalizá-lo para escrever seu


texto com coesão, coerência e atendendo às normas técnicas.Surge uma
oportunidade de você treinar a utilização dessas normas porque você terá que
fazer seu relatório de estágio.

55
7. AJUDANDO A ELABORAR RELATÓRIO DE ESTÁGIO

Durante o nosso curso você precisará estagiar e apresentar relatório a


respeito dos estágios realizados.

Essa é uma exigência legal obrigatória para cursos como o que você está
realizando. A legislação pertinente está no nosso manual de estágio.

Serão cinco os relatórios de estágio a serem desenvolvidos no curso: 1-


sobre a Educação Infantil, 2-sobre os Aspectos Administrativos de uma
instituição, 3-sobre o Ensino Fundamental correspondendo à alfabetização e à
observação nas turmas até o quinto ano, e por fim,correspondendo ao módulo III
os relatórios :4-observação de Inclusão e 5-Educação de jovens e adultos.

Assim nesse capítulo abordaremos informações para ajudá-lo a fazer a


observação e elaborar o documento escrito, após a realização do estágio.

Ao término do estudo desse capítulo você poderá ter construído e


sistematizado aprendizagens tais como:
Identificar as partes essenciais num bom relatório
Reconhecer que a linguagem a ser utilizada no relatório é uma linguagem que
precisa seguir normas técnicas
Reconhecer a importância do diário de campo e relacionar as anotações feitas
com as informações a serem registradas no relatório

7-1 Como e o que observar?


O manual de estágio da nossa instituição determina objetivos dos estágios
e o foco de cada um deles, como já citamos acima. Contém também roteiros de
direcionamento do olhar para cada um, com esquemas e perguntas que poderão
ajudá-lo durante a fase de estágio.

56
Ato Autorizativo-
Autorização de funcionamento é o ato pelo qual o Conselho de
Educação, após análise e aprovação de processo específico, permite o
funcionamento das atividades educacionais em estabelecimentos integrantes do
seu Sistema.
CNPJ
Quando se abre e registra uma empresa na Junta Comercial, ela
recebe um número de CNPJ assim como nós temos o CPF. Esse número é o
documento principal da empresa, que a acompanha por toda a sua trajetória,
mesmo que ela mude de endereço, objetivo social ou nome.

Preste muita atenção: nosso estágio deve ser feito em Instituição escolar
cuja documentação legal já esteja registrada para funcionamento. O
estabelecimento deve ter CNPJ e Ato autorizativo.

Agora é hora de partir para o campo prático , o que mais se pode pensar
quanto ao estágio?

Você já ouviu falar em diário de campo?

O diário de campo é um caderno onde você poderá anotar as suas


percepções, vivências, encaminhamentos, opinião de avaliação do estágio,
sugestões sobre como você pensa que a atividade poderia estar sendo feita etc.
Esse diário é opcional.

Joazeiro (2002) faz várias considerações sobre a utilização do diário de


campo : anotar dificuldades, surpresas, fatos, reações das pessoas é a primeira
delas. Anotar também as suas próprias percepções e questionamentos sobre o
que está acontecendo é importante. É preciso também saber fazer uma avaliação

57
sobre cada informação obtida. Se perceber que estratégias de abordagem para
obter os dados que precisa, não estão trazendo bons resultados, pense em
mudança.

O diário de campo serve também para controle de carga horária diária,


porque depois você terá facilidade em preencher o documento da nossa
instituição sobre o dia a dia de observação.

Lembramos que o diário de campo é algo exclusivo do estudante

estagiário e que a ele compete resguardá-lo sob sigilo

Lembre-se : Use a ética e mantenha seu diário como documento de uso pessoal
e particular.

Cumprida a carga horária estipulada para o estágio, e com as suas


anotações feitas, o próximo passo é o desafio de passar suas impressões sobre
as atividades anotadas para a linguagem escrita mais técnica do relatório.Isso
significa dizer que a forma como suas anotações forma feitas, no diário de
campo, não podem ser transcritas literalmente.

Elaborar o relatório exige reflexão. Seu relatório precisa ter coerência


interna, não sendo necessário utilizar, no relato escrito, a cronologia dos fatos
observados. A cronologia vai aparecer na sua ficha de observação de estágio ,
naquele modelo padrão da nossa Instituição.

7.2. Como será a linguagem adequada a um relatório?


O relatório é um documento que também tem normas técnicas,de acordo
com a ABNT, para a elaboração.

58
"É a exposição escrita na qual se descrevem fatos verificados mediante
pesquisas ou se historia a execução de serviços ou de experiências. " (UFPR,
1996) .

Ou ainda: O relatório, então, é uma exposição escrita na qual se


descrevem fatos verificados mediante pesquisas ou se historia a execução de
serviços ou de experiências .(UFPR, 2000).

Pode ser acompanhado de documentos demonstrativos, tais como tabelas,


gráficos, estatísticas .No caso específico do nosso estágio escolar poderá ter
anexos os documentos comuns à escola como exemplo de circulares, provas,
comunicados, convites de eventos, festas e da documentação relativas ao Projeto
Pedagógico da Instituição, do regimento da escola etc. Esses documentos devem
ter correspondência com o que está sendo descrito ao longo do texto.. Por
exemplo se você estiver comentando sobre a avaliação do terceiro ano e tem o
teste para anexar, cite-o em coloque entre parênteses o número de anexo
correspondente ao mesmo(1) .

7.3. Algumas recomendações para a elaboração do texto do relatório


Para elaboração do relatório , você deve reler as recomendações da
nossa apostila, especialmente os capítulos 5 e 6 . No entanto, para reforçar
aspectos importantes seguem algumas sugestões .

O relatório terá obrigatoriamente elementos textuais, pré textuais e pós


textuais.

No tocante à parte textual é obrigatório que você apresente: introdução,


desenvolvimento e conclusão.

Na introdução apresente um parágrafo inicial que aborde, de forma geral,


a importância do estágio e a seguir descreva especificamente o que vai ser
observado.

59
Ao elaborar o texto fuja da utilização da primeira pessoa do singular.

É preferível que você, com frequência, abra parágrafos e assim evite um


texto muito longo.

De preferência elimine parênteses, não use reticências e nem pontos de


exclamação.

Para elaborar o texto você deverá, certamente, citar os autores cujas obras
dão sustentação as suas ideias a respeito do tema abordado. Assim ao
descrever as observações, por exemplo, na Educação Infantil , faça uma ponte
entre o que você viu e o que estudou no nosso curso e no material de cada
disciplina estudada. Você encontrará as referências dos autores que o auxiliarão
a elaborar as ideias a serem expostas no seu texto.

Para fazer referência aos autores, utilizam-se as citações diretas e


indiretas de duas maneiras: A) cita-se um texto para depois ser interpretado . B)
cita-se um texto como apoio à uma interpretação já feita.

Para criar as subdivisões do desenvolvimento volte aos aspectos citados


no manual de estágio para cada o módulo.. O manual direciona o seu olhar para
alguns tópicos, mas isso não impede de você registrar no seu relatório
observações que vão além do está sugerido .

Ao escrever o texto devemos utilizar expressões impessoais como:

▪ de acordo com as observações feitas...

▪ foi possível perceber durante o estágio...

▪ pelo que foi observado é possível que ...

▪ em decorrência do que foi exposto...

▪ cabe pois concluir que ...

▪ parece acertado que...

▪ conclui-se daí que ...

60
Outra parte muito importante é a hora de elaborar a conclusão. Como já
citamos no capítulo anterior,é interessante voltar à Introdução , onde
normalmente se traçam os objetivos do estágio, seu foco de observação e
suas expectativas , para construir uma conclusão coerente com a proposta
feita na Introdução. É igualmente importante apresentar alguma sugestão
pertinente ao que foi observado, como contribuição à equipe que o acolheu
como estagiário.

Quanto aos elementos pré textuais verifique a padronização para capa


folha de rosto e sumário, constantes do manual de estágio do IECS.

Para os elementos pós-textuais alguns lembretes são necessários. Ao


elaborar as referências bibliográficas verifique as normas que aparecem no
capítulo 5 e também observe a forma como estão apresentadas as referências
bibliográficas do material de cada disciplina. Um lembrete sempre necessário
quanto a busca de informações em sites : procure sites de credibilidade e
informe o endereço e data de acesso ao material.

Como normalmente os relatórios têm anexos,eles devem constar do


sumário e devem ser citados ao longo do texto do relatório.

Escrever um relatório exige uma boa observação, um diário de campo o


mais completo que você consiga, uma lida pormenorizada no manual de
estágio, apuro de linguagem na construção do texto e cuidado técnico para
apresentar as referências bibliográficas consultadas.
além de muita sensibilidade para expressar, com
precisão, suas conclusões ao final

Você já tem o instrumental inicial necessário para


se tornar um bom pesquisador em educação. Bom
trabalho aluno do IECS. Agora é com você.

Observando e registrando aspectos sobre o cotidiano escolar.

61
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS E BIBLIOGRAFIA

ALVES-MAZZOTTI, A. J. & GEWANDSZNAJDER, F. O Método nas


ciências naturais e sociais. São Paulo: Pioneira, 1998.

ALVES, Nilda e GARCIA, Regina. Atravessando fronteiras e descobrindo


(mais uma vez) a complexidade do mundo. In: O sentido da Escola. Rio de
Janeiro: DP&A, 2001.

ALVES, Rubem. Entre a Ciência e a Sapiência – o dilema da


Educação. São Paulo: Loyola, 2001

BRANDÃO, Carlos. R. (org.) Pesquisa participante. 3. Ed, São Paulo:


Brasiliense, 1981.

DEMO, Pedro. Metodologia científica em ciências sociais. São Paulo:


Atlas, 1995.

DESLANDES, Sueli Ferreira. A construção de um projeto de


pesquisa. Pesquisa social- Teoria, Método e Criatividade. (org.) Petrópolis:
Vozes, 1996.

ECO, Umberto. Como se faz uma tese. São Paulo: Perspectiva, 1997

62
FERREIRA, Aurélio. B. H. Novo dicionário da Língua Portuguesa. Rio
de Janeiro: Nova Fronteira, 1986.

FERREIRA, Rosa Maria G. C. Anotações de orientação aos alunos de


TCC. Rio de Janeiro: UNIVERCIDADE, 2004 a 2007.

GANDIN, Danilo e GANDIN, Luís A. Temas para um projeto político


pedagógico. Petrópolis: Vozes, 2003.

INÁCIO-FILHO, A monografia na universidade. Campinas: Papirus,


1995.

ISKANDAR, Jamil Ibraim. Normas da ABNT comentadas para


trabalhos científicos. Curitiba: Juruá, 2003.

JOAZEIRO, Edna Maria Goulart. Estágio Supervisionado: Experiência e


Conhecimento. Santo André: ESETec, 2002.

KOOGAN e HOUAISS. Enciclopédia e dicionário Ilustrado. Rio de


Janeiro: Delta, 1994.

LIBÂNEO, J. C. Democratização da escola pública: a pedagogia crítico


social dos conteúdos. São Paulo: Loyola, 1997.

63
LUCKESI, Carlos Cipriano. Filosofia da educação. São Paulo: Cortez,
21ª reimpressão, 2005

MINAYO, M. C. Pesquisa Social: teoria, método e criatividade.


Petrópolis, Vozes, 1998.

SALOMON, D. V. Como fazer uma monografia. São Paulo: Martins


Fontes, 2004.

SANTOS, B. S. Introdução a uma ciência pós-moderna. Rio de Janeiro:


Graal, 1989.

SAVIANI, Nereide. Saber escolar, Currículo e Didáticos- problemas


de conteúdo e método no processo pedagógico. Campinas, São Paulo:
Autores Associados, 1998.

SEVERINO, A. J. Metodologia do trabalho científico. São Paulo:


Cortez, 1985.

THIOLLENT, M. Metodologia da pesquisa-ação. São Paulo: Cortez,


2000.

TOZONI-REIS, Marília Freitas de Campos Pesquisa e a Produção de


Conhecimentos. Botucatu, São Paulo: UNESP, 2010 Disponível em
<http://www.acervodigital.unesp.br/bitstream/123456789/195/3/01d10a03.pdf>
Acesso em maio de 2011

64
TRIVIÑOS , Augusto N.S. Introdução à pesquisa em Ciências Sociais-
a pesquisa qualitativa em educação. São Paulo: Atlas,1987.

UFPR. Normas para apresentação de trabalhos. Relatórios. Curitiba:


UFPR, parte 3, 2000.

65
Anexo 1 Exemplo de pesquisa bibliográfica
Vejamos agora um exemplo de uma pesquisa bibliográfica.através do
resumo apresentado.

Construção coletiva de diretrizes teórico-metodológicas para a pesquisa


em educação ambiental.

Resumo: este estudo teve como principal objetivo construir diretrizes


teórico-metodológicas para a pesquisa em educação ambiental, uma
necessidade científica já apontada nos diferentes espaços de discussão desta
área de pesquisa. Ao contribuir para o fortalecimento da pesquisa em educação
ambiental, este estudo pode também contribuir para que essa prática social
gere conhecimentos relevantes para a prática da educação ambiental. Assim,
definimos como modalidade da pesquisa qualitativa para a construção coletiva
dessas diretrizes, a pesquisa bibliográfica. A pesquisa bibliográfica foi feita a
partir de um levantamento de materiais já analisados e publicados em livros,
artigos científicos e teses de mestrado e doutorado. Selecionamos os autores e
obras, em forma de livros, mais significativos para a educação ambiental a
partir de uma listagem feita pelo grupo de pesquisadores. Foram selecionados
também artigos completos que relatam as pesquisas em educação ambiental
publicados nos Anais do I, ÍI e III EPEA (Encontro de Pesquisa em Educação
ambiental) e nos Anais da 26.a, 27.a, e 28.a Reunião Anual da ANPEd
(Associação Nacional de Pesquisa em Educação), referentes aos trabalhos
apresentados no GT-22, educação ambiental. Outras fontes de coleta de
dados para a pesquisa em educação ambiental foram os resumos das
dissertações de mestrado e teses de doutorado disponíveis no portal da
Capes, acessados através da internet. Procedemos então, individualmente, a
leitura dos textos distribuídos entre os integrantes do grupo e sua posterior
apresentação e discussão. O principal objetivo aqui foi identificar, analisar e

66
selecionar diretrizes teórico-metodológicas para a pesquisa em educação
ambiental. As diretrizes identificadas, analisadas e selecionadas nos indicam
que a pesquisa em educação ambiental deve: ser pesquisa qualitativa, ter
relevância científica e social, ter como característica básica o princípio da
ação cidadã, produzir conhecimentos pedagógicos para os processos
educativos ambientais, criticar e criar alternativas para os processos
pedagógicos conservadores, constrai conhecimentos para se compreender a
complexidade social e ambiental, tomar os temas ambientais locais como ponto
de partida para processos educativos críticos e transformadores, levar em
conta os princípios da sustentabilidade social e ambiental, ter caráter interdis-
ciplinar e produzir conhecimentos para processos educativos coletivos,
participativos, democráticos e emancipatórios. Estudadas e analisadas, essas
diretrizes vêm contribuindo para o desenvolvimento das pesquisas em
educação ambiental vinculadas ao grupo de pesquisadores e, publicados os
resultados, podem também contribuir para o desenvolvimento da pesquisa em
educação ambiental em outros espaços acadêmicos.

Grupo de Pesquisa em Educação Ambiental - UNESP - Bauru-2010

67
Anexo 2- Exemplo de Pesquisa de campo
Apresentamos, a seguir, o resumo de uma pesquisa de campo para
ilustração.

RESUMO

Esta pesquisa pretendeu ressaltar a temática da motivação profissional,


de uma perspectiva filosófica e reflexiva. Teve por finalidade tratar sobre a
importância da postura do gestor em relação à motivação da sua equipe. Seu
objetivo foi investigar a função do gestor como elemento primordial na correlação
com a equipe dentro da organização, explicitando a motivação como alavanca
para o sucesso da empresa como um todo. O referencial teórico foi Lück( 2001 ).
Essa autora reflete sobre a importância da gestão participativa e a sua influência
de forma eficaz na motivação profissional. O autor Chiavenato (1999), traz um
olhar amplo sobre os aspectos da motivação e o reflexo que a falta da mesma
tem sobre os seres humanos e as suas atividades diárias, afetando até mesmo o
processo ensino- aprendizagem, pois um profissional desmotivado não consegue
desempenhar bem as suas funções. Para esta investigação de cunho qualitativo
foi realizada uma pesquisa de campo através de entrevistas com um grupo de
profissionais, de áreas diversas, de uma Instituição de Ensino privada. Este
estudo conclui que a motivação é um instrumento eficaz na trajetória e no
sucesso de uma Instituição e que cabe ao gestor buscar meios para atuar em
relação a sua equipe cuidando para que ela se sinta corresponsável no
desempenho da organização e motivada a contribuir da melhor forma possível
para o sucesso de todos.

BRAGA, Aline..RJ: UNIVERCIDADE, 2006

PALAVRAS CHAVES: Motivação, Gestão participativa, Equipe


Pedagógica, Processo Ensino-Aprendizagem.

68
Anexo 3 Exemplo de Pesquisa documental em Educação
No texto podemos ter, através do resumo da mesma, um exemplo de
uma pesquisa documental em Educação.
Sinaes: do documento original à legislação
Resumo: No início do governo Lula, foi constituída a Comissão
Especial de Avaliação da Educação Superior (CEA) com o objetivo de elaborar
uma nova proposta de avaliação. O texto tem como propósito discutir e
apresentar a hipótese que a legislação que instala o Sistema Nacional de
Avaliação da Educação Superior (Sinaes) é diferente da Proposta da CEA,
apesar de serem apresentadas como interligadas. O estudo tem como fontes
primárias os documentos: "Bases para uma nova proposta de avaliação da
Educação Superior", da CEA, e "Diretrizes para a avaliação das instituições de
Educação Superior", da Conaes, a Lei 10.861 que instituí o Sinaes e a Portaria
MEC 2.051 que o regulamenta. Conclui-se que o conteúdo da proposta e da
legislação são consequências das concepções da formação e a de controle; e
que uma das causas das diferenças reside no fato de que no governo Lula não
há consenso a qual função a avaliação deve atender.
ROTHEN, José .Carlos e SCHULZ, Almiro. Uberlândia :, Centro Universitário do
Triângulo.UNITRI, 2005.

69
Anexo 4 Exemplo de pesquisa ação em Educação

RESUMO

O trabalho de conclusão de curso se propõe a desenvolver uma abordagem


clara e precisa concernente a algumas implicações pedagógicas do processo de
Educação de Jovens e Adultos. Sua temática está focalizada nos desafios que
os educadores enfrentam no seu fazer pedagógico e a contribuição que a
metodologia de Paulo Freire acrescenta para o desenvolvimento de uma prática
diferenciada. Realizou-se uma pesquisa qualitativa em educação. Para tanto o
atual trabalho destacou a importância da aplicabilidade de um estudo
investigativo envolvendo educadora e educandos de um projeto de uma
Organização não governamental, para reforçar que a sociedade está unida para
uma perspectiva transformadora. Revelou-se que é possível vencer obstáculos
presentes no cotidiano escolar, possibilitando uma educação que priorize o
pensamento critico dos educandos, desenvolvendo sua autonomia intelectual e
com isso um compromisso com a sociedade que permita ao jovem e adulto o
resgate dos direitos sociais que lhes foram negados.

ROSA, Priscila Gonçalves. RJ: UNIVERCIDADE, 2006.

PALAVRAS-CHAVES: Educação de Jovens e Adultos, alfabetização,


aprendizagem

70
Anexo 5 Exemplo de Projeto de pesquisa de trabalho de término de curso
Univercidade- Pedagogia- TCC 1 - 5º Período- Unidade Freguesia
1. INTRODUÇÃO

Atualmente, a informação é uma das principais ferramentas para a


participação no mundo social e o domínio da linguagem torna-se essencial
para desenvolver competências que possibilitem ao homem movimentar-se e
interar-se com o meio.
Buscar-se-á neste projeto, investigar a dificuldade que os alunos de
nível médio apresentam para transmitir informações, pois é através da análise,
pesquisa, busca de argumentos que o aluno poderá selecionar informações
produzindo sentido para problematizar os modos de construir conhecimento
facilitando a forma de ver a si mesmo e o mundo.

2. DELIMITAÇÃO DO TEMA
A função da linguagem, a objetividade das informações, a articulação
textual e a identificação dos diferentes gêneros textuais, serão temas
abordados através do desenvolvimento dessa monografia.
Estabelecer-se-á, com base na linha de pesquisa da Univercidade,
relativa à gestão pedagógica e cotidiano da escola, uma investigação de
ações e projetos que possibilitem ao professor trabalhar com seu aluno de
forma a fazê-lo buscar autonomamente informações que necessitem. Esse
estudo atende ainda à formação da pesquisadora em Administração e
Supervisão Escolar.
3. OBJETIVOS
Favorecer, através de uma metodologia de projetos, a formação do
comportamento leitor dos alunos, desde cedo para que observem os textos
apresentados, identifiquem suas formas e reconheçam os aspectos e as
pistas que facilitem a compreensão do conteúdo.

71
Elucidar junto aos professores meios de contribuir para a qualidade da
leitura.
Colaborar com reflexões baseadas nas experiências vivenciadas pela
pesquisadora, relatando as dificuldades apresentadas pelos candidatos na
inscrição para o Vestibular de uma Universidade Pública Federal.
4. JUSTIFICATIVA
A pesquisa originou-se da necessidade de investigar as raízes da
dificuldade que muitos alunos concluintes do nível médio apresentam na
transferência do conhecimento escolar para uma situação nova.
Ao efetuar inscrições para o Vestibular, o candidato não consegue
repassar para o formulário as informações solicitadas, baseando-se nas
explicações de editais e manuais disponibilizados para orientação, gerando
uma grande quantidade de dados errados inviabilizando o ato de confirmação
de inscrição.
5. FORMULAÇÃO DO PROBLEMA
Em que medida o Supervisor poderá contribuir para diminuir a
dificuldade que os alunos concluintes do Ensino Médio apresentam em
situações que exigem a autoinformação?
6. HIPÓTESE(S)
A questão da autoinformação está ligada à função da linguagem,
chamada referencial que prevê objetividade e ao domínio dos vários tipos de
textos. Ao se deparar com situações novas, esta linguagem torna-se emotiva
e o aluno confunde-se.
Parte-se da hipótese que a escola não vem trabalhando
adequadamente os diferentes gêneros textuais, dificultando assim a formação
de leitores.

7. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

72
A pesquisa fundamentar-se-á na proposta dos PCNs para o Ensino
Médio, com ênfase no uso da linguagem, métodos e tecnologias, passando
pela importância da coesão e coerência textual de Ingedore Koch, seguindo a
linha de pensamento de Luiz Antonio Marcushi em seu livro Por uma Proposta
para a classificação dos gêneros textuais.

8. METODOLOGIA
A metodologia usada neste trabalho será qualitativa de cunho
bibliográfico e documental com análise de textos, revistas, consulta de vários
livros que possam esclarecer de forma objetiva como desenvolver um trabalho
sistemático e organizado com a linguagem de forma que o aluno possa atuar
como agente transformador na sociedade.

Será também apresentada uma coleta de dados com exemplificação


dos formulários de inscrição numa Universidade Federal com erros que
demonstram a dificuldade de interpretação das informações solicitadas.
Utilizar-se-á ainda o relato de experiência do pesquisador que durante sua
atividade laboral na Instituição citada vem constatando o problema bem de
perto.

9. CRONOGRAMA

73
Eventos MÊS/ANO MÊS/ANO MÊS/ANO MÊS/ANO

Projeto 05/06 05/06 05/06 05/06

Introdução 05/06 05/06 05/06 05/06

Capítulo 1 06/06 06/06 06/06 06/06

Capítulo 2 08/06 08/06 08/06 08/06

Capítulo 3 08/06 08/06 08/06 08/06

Conclusão 12/06 12/06 12/06 12/06

10. BIBLIOGRAFIA

BRASIL. Ministério de Educação. Secretaria de Educação Básica.


Parâmetros Curriculares Nacionais para Ensino Médio. Brasília: 1998.

KOCH, Ingedore Villaça. A Coesão Textual. São Paulo: Contexto,


2004.

---------. Coerência Textual. São Paulo: Contexto, 2005.

MARCUSCHI, Luis Antônio. Por Uma Proposta para Classificação


dos Gêneros Textuais. Rio de Janeiro: Lucerna, 2002.

CORREA, Rosana..Projeto de pesquisa para elaboração do trabalho


de término de curso Rio de Janeiro:UNIVERCIDADE, 2006

74
Anexo 6 Introdução de Monografia
INTRODUÇÃO

Discutir sobre as questões ambientais no interior das instituições de


ensino é de suma importância para a sociedade, pois o futuro da humanidade
depende da relação estabelecida entre a natureza e o uso que o homem faz e
poderá fazer dos recursos naturais disponíveis.

Sendo assim esta pesquisa tratou da educação ambiental voltada para o


interior das escolas, tendo o supervisor e o corpo docente como agentes
transformadores na conscientização infantil de uma sociedade futura centrada no
desenvolvimento de valores, atitudes, posturas éticas que são trabalhadas desde
a infância, e que vão consolidar-se na vida adulta, contemplando as inter-
relações do meio natural com o social, verificando assim, a necessidade de uma
crescente internalização da questão ambiental, estimulando a criança para uma
reflexão da realidade atual.

O presente estudo tem como tema: Educação Ambiental: O Papel do


Supervisor numa visão eco pedagógica no contexto escolar. Esta pesquisa
tomou como direção a formação de profissionais da educação na ética,
representação social e cidadania e atende à habilitação em administração e
supervisão escolar da UNIVERCIDADE referente à formação e trabalho do
profissional da Educação, a constituição do saber docente e de suas práticas,
através das relações sociais existentes.

Esta pesquisa teve como objetivo geral refletir sobre as possibilidades que
os espaços escolares proporcionem a interação do indivíduo com a natureza,
ensejando a aproximação e o respeito, para que o homem venha interrelacionar-
se harmoniosamente com o ambiente.

Como objetivos específicos o estudo visou: estudar as possibilidades de o


Supervisor Escolar contribuir na construção de uma consciência

75
socioambientalista, comprometida com a qualidade de vida no cotidiano escolar;
verificar por que caminhos as instituições escolares vêm trabalhando a questão
da Educação Ambiental no seu currículo, fazendo um breve histórico ao longo
das décadas.

A justificativa que demonstra a relevância em abordar esse tema partiu da


possibilidade de se repensar as práticas sociais e o papel do supervisor como
mediador e como transmissor de um conhecimento necessário aos docentes,
para que esses compreendam o meio ambiente global e local, os problemas e
possíveis soluções, a importância da responsabilidade de cada um para a
construção de uma sociedade ambientalmente sustentável.

O trabalho de pesquisa apresenta como questão-problema: em que


medida a escola pode contribuir na formação do professor/aluno/comunidade,
como parte de uma sociedade mais consciente das suas ações, vivências e
experiências perante o meio ambiente?

Como hipótese, tem-se que os supervisores escolares, em consonância


com o corpo docente poderão possibilitar a reformulação do currículo, na
implementação de novas habilidades e competências para se trabalhar a
questão da preservação ambiental dentro do contexto escolar, refletindo,
futuramente, a vivência de uma sociedade cidadã-consciente.

Neste estudo foram utilizados pressupostos teóricos de Carvalho (2004),


Reigota (2001), Gadotti (2000) entre outros, uma vez que são autores
renomados e fizeram considerações significativas sobre o assunto.

A metodologia utilizada foi de pesquisa qualitativa de tipo bibliográfica


descritiva e documental, na qual foram utilizados diversos documentos e livros de
autores renomados que tratam do assunto supracitado.

Para apresentar este trabalho foram criados três capítulos assim


dispostos:

76
No primeiro capítulo foi feito um histórico da questão ambiental no Brasil e
a inclusão da educação ambiental no currículo contemporâneo.

O segundo capítulo trouxe à tona a função do supervisor escolar como


articulador de propostas ambientais que viabilizam a trabalho e a prática docente
no contexto escolar.

E por fim, no terceiro capítulo foi feita a união do tema abordado e o papel
do supervisor na elaboração de possíveis estratégicas de ação curricular que
potencializam a questão de ensino-aprendizagem, da formação de atitudes e de
respeito ao meio ambiente que vem sendo discutida de forma séria e objetiva.

Este estudo não pretendeu dar o assunto como acabado, mas levantar
questões para possíveis discussões e encaminhamentos.

GÓIS, Edijane C.S. Trabalho de término de curso. Rio de Janeiro


UNIVERCIDADE, 2005

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