Evan Um Epitáfio 1st Edition Jordan Kurella Full Chapter Free

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 43

Evan Um epitáfio 1st Edition Jordan

Kurella
Visit to download the full and correct content document:
https://ebookstep.com/product/evan-um-epitafio-1st-edition-jordan-kurella/
More products digital (pdf, epub, mobi) instant
download maybe you interests ...

Tate French Edition Maryann Jordan

https://ebookstep.com/product/tate-french-edition-maryann-jordan/

El Camino del Lobo 1st Edition Belfort Jordan

https://ebookstep.com/product/el-camino-del-lobo-1st-edition-
belfort-jordan/

Manajemen Keuangan Konsep Laporan Keuangan dan Obligasi


Buku Ajar 1st Edition Evan Stiawan S E M M

https://ebookstep.com/product/manajemen-keuangan-konsep-laporan-
keuangan-dan-obligasi-buku-ajar-1st-edition-evan-stiawan-s-e-m-m/

The Kingship of Self Control William George Jordan

https://ebookstep.com/product/the-kingship-of-self-control-
william-george-jordan/
12 pravila za život protuotrov kaosu Jordan B. Peterson

https://ebookstep.com/product/12-pravila-za-zivot-protuotrov-
kaosu-jordan-b-peterson/

Coração do Inverno Livro 9 de A Roda do Tempo 1st


Edition Robert Jordan

https://ebookstep.com/product/coracao-do-inverno-livro-9-de-a-
roda-do-tempo-1st-edition-robert-jordan/

Faca dos Sonhos Livro 11 de A Roda do Tempo 1st


Edition Robert Jordan

https://ebookstep.com/product/faca-dos-sonhos-livro-11-de-a-roda-
do-tempo-1st-edition-robert-jordan/

Um país terrível Um romance sobre a Rússia 1st Edition


Keith Gessen

https://ebookstep.com/product/um-pais-terrivel-um-romance-sobre-
a-russia-1st-edition-keith-gessen/

Um país terrível Um romance sobre a Rússia 1st Edition


Keith Gessen

https://ebookstep.com/product/um-pais-terrivel-um-romance-sobre-
a-russia-1st-edition-keith-gessen-2/
Maio de 2020 , e eu estava tossindo tão forte que cuspia pedacinhos de dentes
na pia.
Sim, dentes, pequenos pedaços de esmalte da cor de ossos. A princípio,
pensei que fosse por causa do estresse, considerando minha recente separação, a
novidade da solidão e a nova vida de dormir em caixas de papelão na minha
metade da casa duplex possivelmente mal-assombrada para a qual me mudei.
Recebi quatro móveis no divórcio: os piores de um ótimo casamento que
terminou quando meu ex-marido me disse: “Evan, eu te amo, você é incrível,
mas eu simplesmente não sou gay”. Tudo porque eu disse a ele no Dia de Ação
de Graças que, bem, sou um homem. Ele me enviou um cartão de Natal com
uma foto dele e da nova namorada. É, ela é bonita.
Não enviei de volta um cartão de Natal comigo posando com a mancha
de sangue que estava no chão da sala de jantar. Isso teria sido estranho. Além
disso, eu não estava namorando a mancha de sangue, embora costumasse
passar tempo suficiente com ela para que pudéssemos estar namorando. Pelo
amor de Deus.
Em maio de 2020, eu já estava tomando testosterona há três semanas. Até
então, os únicos resultados eram um grande aumento na confiança e pequenos
pedaços de dente na pia. Claro, pensei que cuspir pedaços dos meus dentes e às
vezes de ossos significava que eu tinha COVID, então, entrei em pânico. Por
mais que eu pensasse que estar em um subemprego e solteiro significava que
minha vida era a pior, eu não queria morrer. De jeito nenhum. Então, em vez
disso, limpei os pedaços de dentes com uma toalha de papel e os coloquei em
um pote no porão. Porque os ossos vão para debaixo da terra.
Quando não estava varrendo os pedaços regurgitados, compartilhando
caronas ou ficando chapado com minha vizinha Katie, que morava na metade
que não era mal-assombrada, estava ocupado limpando a mancha de sangue no
chão da sala de jantar. Ou o que seria uma sala de jantar se eu tivesse móveis.
Katie se autodenominava maconheira profissional e teórica da conspiração. Ela
era quem dizia que a casa era certificadamente assombrada. Falou que era
quem poderia provar isso. Eu não precisava de prova: a mancha de sangue era
suficiente. Não saía nem mesmo com os mais fortes e terríveis produtos
químicos.
No entanto, eu não tinha fechado contrato para ter um companheiro de
quarto morto. É por isso que estava tentando me livrar dele. Katie era
inabalável, continuava aparecendo com mais evidências.
Ela perguntou se eu já tinha sentido frio em locais em que não deveria
sentir frio. Já acontecera, sim. Como no banheiro, na sala de jantar, na cozinha
perto da janela. Eu disse a ela que casas antigas costumam ter correntes de ar e
que ela era estranha. Ela colocou a língua para fora e disse que eu não
acreditava em nada. Ela estava certa.
Nada do que Katie disse sobre fantasmas era verdade. O que era verdade
era que eu estava obcecado com a mancha de sangue, e Katie estava obcecada
com minha obsessão. Ela aparecia regularmente perguntando como estava a
limpeza. Passava pela minha varanda já meio chapada e perguntava como
estava a limpeza. Depois, ela perguntava se podia entrar e ver como estava a
limpeza. Era uma rotina que tínhamos estabelecido, assim como eu me
acostumava com muitas coisas estranhas de outras pessoas estranhas.
Provavelmente foi por isso que contei a Katie sobre os dentes.
“Que nojo. Vai a um dentista, Evan.”
“Não”, respondi, suspirando. “Meus sonhos só estão ganhando mais
forma conforme o meu corpo também cresce.”
“Você está rangendo os dentes enquanto dorme”, sentenciou.
“Todo mundo range os dentes enquanto dorme.”
“Muito engraçado. Ha ha”, ironizou ela. “Você sabe que esse fantasma foi
assassinade, né? Assassinade bem aqui na sua casa. Talvez com uma faca ou
várias facas, sei lá. Não sou cientista forense nem devota do CSI.”
“Assassinade porque era boa pessoa ou... má pessoa?”
Eu estava chapado por completo nesse ponto e muito envolvido na
conversa sem sentido de Katie.
Ela deu de ombros e tentou olhar pela minha janela.
“Não sei. Isso não cabe a mim decidir. Eu só me mudei depois, mas
pessoas como você e eu pertencemos a esses lugares iguais a esse aqui, com
nossas bagunças autênticas e esquisitices específicas.”

Setembro de 2021 , e eu tenho um novo namorado.


A forma como conheci meu atual namorado foi assim: eu o encontrei no
meu quintal, saindo da cova que cavara para ele. Ele parecia tão surpreso por
estar lá quanto eu estava surpreso por vê-lo se levantar. Ou talvez ele estivesse
bravo? Difícil dizer quando estamos falando de esqueletos, já que eles não
podem sorrir e seus rostos estão congelados em um lembrete perpétuo de que a
morte é ruim.
Trouxe ele para dentro o mais rápido que pude, porque a Katie é viciada
em tudo que é paranormal. A última coisa que eu precisava era o excesso de
interesse dela no meu zero interesse por roubo de túmulos. Então, joguei meu
casaco sobre o Namorado Esqueleto e o trouxe com pressa para dentro. Ele tem
estado comigo desde então. Me acostumei rápido com ele, foi até fácil. Já
minha gata não aceitou tão bem. Continuo dizendo a mim mesma que vai
levar tempo, porque ela leva tempo com tudo.
Engatar um romance com um Namorado Esqueleto pode ser considerado
estranho, claro. Mas, se eu fizer uma escala de um a dez sobre namorados
estranhos que tive na vida, com dez sendo o mais estranho, ele seria no
máximo um sólido quatro.

Junho de 2020 , e as pessoas achavam que a pandemia tinha acabado.


Foi quando conheci Dylan em um aplicativo de namoro. Também
encontrei uma gata em um site de adoção. Dylan e eu trocamos mensagens
picantes à distância por meses, e a gata se mudou no dia em que vi sua foto. O
nome da gata no abrigo era “Caminhoneira”, porque ela tinha só um olho e
um problema de atitude. Eu também tinha um problema de atitude, todos os
meus ex diziam isso. Então, Caminhoneira veio para casa, e eu a renomeei para
“Miaustófeles” ou “Miausona” ou “Miau-Miau”.
Miau-Miau pegou, os outros não. Porque Miau-Miau implicava algum
respeito que os outros não tinham.
Depois da gata, Dylan ainda demorou para se mudar, mas suas atitudes
eram muito relacionáveis. Ele estava mais animado do que eu, muito, muito
engraçado e era bem mais habilidoso com o telefone do que eu com o
removedor de manchas. Ao contrário de mim, o escritório de Dylan mudou
para o home-office em vez de apenas demitir todo mundo. Ele tinha seguro e
tempo de sobra, ele me disse. Eu já estava acostumado com o trabalho de
entrega, então nossas vidas convenientemente combinavam: ele ficava
entediado em uma reunião e me mandava mensagens picantes enquanto eu
tentava encontrar um lugar para estacionar na High Street para entregar uma
pizza de carne suprema.
Dylan era um ótimo namorado: era bom de se olhar, melhor de se ouvir,
e tinha jeito com safadezas. Miau-Miau era uma ótima gata porque destruiu
todas as quatro peças de mobília do meu ex-marido e as tornou irreconhecíveis.
Eu também estava me tornando irreconhecível: no meu pescoço cresceram
músculos que eu nem sabia que existiam em mim, meu rosto criou cavernas e
nessas cavernas cresceram cabelos, e minhas mãos pareciam pertencer a outra
pessoa. Quase achei que pela primeira vez em toda minha vida me sentia de
fato feliz.
Mas não estava, não realmente. A coisa de cuspir dentes e ossos ainda
estava acontecendo, o que eu não contei para o Dylan, afinal, para novos
namorados, aceitar coisas esquisitas pode até ser ossos do ofício, mas, quando
se trata de ossos reais saindo pela garganta, provavelmente devia ser demais até
para o início de um namoro. Além disso, descobri que a Miau-Miau não
passava de uma legítima medrosa. Tudo a assustava: a sala de jantar, o
banheiro, a janela da cozinha. Ela passava trinta por cento do tempo naquela
pose de assustada, com a coluna arqueada e os pelos das costas arrepiados,
depois quarenta por cento do tempo cochilando, e os trinta por cento restantes
fitando o nada pela janela.
Katie disse que a gata estava estressada e precisava sair. Afirmou que os
gatos pertenciam ao lado de fora, que deviam ser livres para vagar e, bem,
serem gatos. Katie diz muitas coisas, das quais apenas algumas fazem sentido.
Mas ela parou de falar sobre o dentista e nunca reclamou da minha tosse
agonizante, que tenho certeza que ela podia ouvir através das paredes.
Não é como se eu fosse discreto sobre isso: acordava muitas vezes
sufocando com um osso de dedo, ou um pedaço generoso de costela, ou algo
assim. A vida, sendo sincero, estava horrível. No entanto, quanto mais isso
continuava, menos oco eu me sentia. Era um pouco como se estivesse me
acostumando a ser um maldito adulto. Mesmo assim, fui a um dentista e a um
médico. Meus dentes estavam bem, nenhum pedaço faltando. O médico pediu
um raio-x, e eu ainda estava com todos os meus ossos no corpo. Um homem
completo, mas não estava feliz.
Isso, até julho, quando recebi uma mensagem de Dylan que dizia:

andei pensando, docinho, não consigo viver mais um dia sem


sentir seus boquetes na vida real. me passa seu endereço,
querido. estou indo aí.

Setembro de 2021 , e a Miau-Miau odeia a vida dela.


O Namorado Esqueleto tem seus lugares favoritos na casa. Ele gosta de
ficar na cozinha perto da janela. Ele gosta do espelho do banheiro, em que
experimenta chapéus. Ele gosta muito da sala de jantar, especialmente do lugar
onde costumava ficar aquela mancha antiga de sangue. Nossos gostos são
parecidos e ainda assim diferentes. Ele sempre quer carne para o jantar, então
tenho que mandar mensagem para o Dylan perguntando sobre bons
restaurantes ou receitas desse tipo. Eu continuo tentando ser vegetariano, o que
o Namorado Esqueleto acha bobo, já que foram os ossos dele que eu
desenterrei de dentro de mim.
Às vezes, das coisas que ele diz, várias parecem que são o que eu gostaria
de ter dito, ou coisas que engoli em vez de dizer. O Namorado Esqueleto é
tudo o que eu queria ser quando era mais feminina, e tudo o que eu desejava
ser em público, mas não sei se é permitido, ou está tudo bem, ou o que diabos
é ser um homem. Mas ele não se importa. Ele é um esqueleto, quem vai
impedi-lo?
Dylan sabe que estou vendo outra pessoa, mas não sabe que são os ossos
que nós dois enterramos. Há coisas que algumas pessoas não precisam saber.
Assim como o Namorado Esqueleto não sabe que estou mandando mensagens
para o Dylan, porque o Namorado Esqueleto acha que o Dylan não passa de
um pedaço de bunda que ele quer “escalar como um mastro de bandeira”.
O Namorado Esqueleto pode ser perturbador para algumas pessoas.
Claro, ele é um esqueleto. E realmente saiu da cova que o Dylan e eu cavamos
para ele. Além disso, seu senso de humor não é nem um pouco bom. Mas ele
diz que me ama e eu meio que preciso disso agora. Então, está tudo bem. Sobre
a Katie, no entanto, é rude que eu não a acompanhe tanto quanto costumava
na varanda. E é estranho que eu mantenha a porta e as persianas fechadas o
tempo todo.
Em uma de nossas reuniões na varanda, menos frequentes do que o
habitual, ela disse:
“Você está sendo mal-educado com esse gato, e até comigo, porque não
me deixa ver a gata. Estou sofrendo, Evan, porque não consigo ver a Miau-
Miau na janela. Abra as malditas persianas."
“Você precisa reduzir a maconha, Katie.”
“Isso foi tão insensível, Evan.” Ela se curvou novamente. “E sabe mais o
quê? É maldade você não me deixar entrar para ver seu novo namorado. Eu sei
que você tem um, consigo sentir ele se movendo lá dentro.”
“Sentir?”
“Sim, sentir.”
Deixando de lado a esquisitice da Katie, sair com o Namorado Esqueleto
é mais fácil do que eu pensava que seria. Eu pensava, desde que o Dylan foi
embora meses atrás, que eu era o vilão em todos os meus relacionamentos.
Algum tipo de perdedor patológico, tão estranho que não conseguia manter
nem o básico da vida em ordem, por isso todo mundo acabava indo embora. E
por isso eu sempre estava tão desgraçadamente sozinho.
Talvez fosse verdade: talvez eu fosse tão estranho a ponto de os vivos não
me amarem.
O Namorado Esqueleto, no entanto, me ama. Ele me diz isso, muito. Eu
digo isso a ele também, muito. Talvez seja o ditado de que a desgraça adora
companhia, ou o fato de muitos dos meus ex terem dito que estou morto por
dentro.
A Miau-Miau vai se acostumar com ele, eventualmente. Ela tem que se
acostumar. Desde que o Namorado Esqueleto apareceu, ela passa o tempo se
escondendo em armários, ou se lambendo furiosamente na minha roupa
íntima. Mas com o tempo vai gostar dele, assim como foi comigo. Espero que
mais cedo do que tarde, porque a Katie diz que a casa não está mais
assombrada.
“Isso é ótimo”, concordei, meio chapado e meio dormindo.
“Sim”, redarguiu ela em um estado semelhante. “Posso dizer que agora
está oficialmente possuída.”
“Legal.”

Setembro de 2020 , e Dylan enfim se mudou para o duplex.


A mancha de sangue estava desaparecendo do chão, e eu tinha três potes
de ossos coletados no porão (além de uma caixa de plástico gigante cheia dos
ossos maiores, mais completos: pedaços de caixa torácica, coluna, etc.). Em
setembro, eu tinha quase um corpo inteiro, menos algumas partes essenciais,
que estavam começando a me assustar. Eu realmente, realmente, não queria
pensar em vomitar um crânio.
Quando Dylan se mudou, eu estava tomando testosterona há quase seis
meses. Apareceu a barba, a pele parou de se irritar e eu já tinha meu estilo
definido: camiseta e jeans, me tornando praticamente invisível para qualquer
pessoa. Assim me sentia confiante por completo.
Dylan disse que eu parecia um chefão quando me apertou na cama.
Pelo apartamento (como chamávamos cada uma das metades), ele dizia
que eu era seu garanhão, seu único homem, sua melhor peça de bunda. Eu
amava cada segundo disso. E quando ele chegou em setembro de uma viagem
de dois ou três estados de distância, com quatro dias de barba sem fazer e com
uma aparência de quem morrera e ressuscitara, eu me apaixonei por ele mais
uma vez. Ele desceu da altura do caminhão de mudança com cada grama de
cansaço/energia que aparentava e me beijou na High Street.
“Estou em casa”, disse.
Teria respondido, mas não conseguia falar. Ele estava tão sexy que parecia
irreal.
Dylan mal colocou as coisas dele para dentro, só as mais caras, porque
fomos interrompidos por beijos, em nosso apartamento, tropeçando em seu
equipamento de computador e câmera e coisas de acampamento para cair no
sofá. Miau-Miau desapareceu por três horas; e por quinze minutos desse
tempo, dei a Dylan um daqueles boquetes idênticos aos filmes de pornografia.
Ele cheirava mal pela viagem, mas não me importei. Sentia saudades e era a
nossa casa naquela época.
Duas horas depois, ele estava carregando as coisas dele e eu estava
engasgando no banheiro com um osso de calcanhar. Em questão de minutos,
ele estava na porta, batendo educadamente.
“Ei, querido, está tudo certo aí? Tudo okay? Você não está grávido, está?”
O osso do calcanhar foi parar no meu bolso, e eu saí de olhos vermelhos e
limpando a boca.
“Não, querido, não estou grávido.”
“Ok, que bom. Bom, sim, muito bom."
Ele parecia aliviado, mas apenas pela metade. Pela metade de uma
metade. Acabou olhando de soslaio para mim pelo resto do dia e não
transamos novamente por mais três dias. Acordei tossindo umas noites depois,
e na noite seguinte, e na outra noite. Tossi o osso do outro calcanhar. Depois
alguns ossos do pé. Um conjunto inteiro de ossos do pulso. Coloquei-os nos
potes no porão com o resto.
Tive que me esgueirar para fazer isso, o que não foi fácil. A chegada do
Dylan me fez sentir mais ancorado, e meu caminhar ficou mais pesado
enquanto vagava por este velho apartamento, abrindo portas que imploravam
por lubrificantes e pisando em assoalhos que soavam alarmes quando eram
tocados. Mas eu tentei, ainda mais achando que o Dylan tinha um sono
pesado. No entanto, mesmo quem dorme pesado ainda pode ficar desconfiado,
acho. Porque depois de quatro ou cinco noites dessa procissão, encontrei Dylan
descendo as escadas do porão quando eu estava voltando para a cama.
“Evan, o que você estava fazendo? Tudo certo?”
“Oh.”
“O que está acontecendo? Você precisa me contar algo?”
Não havia saída além da verdade. Ele se revirava quando eu tossia. Cobria
a cabeça com o travesseiro. Ele tinha me evitado de manhã, e depois me levava
para fazer o teste de COVID a cada dois dias, como se eu tivesse um fetiche
por pessoas enfiando coisas no meu nariz. Eu estava em pé no chão do porão,
pés descalços no solo de concreto siltoso, mãos se abrindo e fechando em
punhos ao meu lado. Eu tinha que contar.
Eu tinha que contar, mas não conseguia olhá-lo nos olhos para ele
quando disse:
“Tenho tossido ossos à noite. Começou com dentes, mas agora são ossos.
Ossos reais. E então eu os coloco aqui embaixo. Porque parecia a coisa certa a
fazer. O lugar de ossos é debaixo da terra.”
O cabelo de Dylan estava bagunçado devido a ter estado deitado, parecia
que ocorrera uma explosão de um lado. Seu rosto também estava sonolento,
amassado, com vincos do travesseiro desenhados pelas bochechas e parecia
meio caído de tanto dormir e sonhar. Mas seus olhos se acenderam,
completamente acordados. Ele desceu o resto das escadas, espiando sobre meu
ombro. Seu sorriso era largo, divertido, cheio de travessuras enquanto olhava
de mim para os potes e de volta para mim.
Então ele apontou sobre meu ombro.
“São eles?”, perguntou, como se tivesse avistado uma relíquia antiga.
Sua expressão ficou suave, e ele segurou minhas bochechas em suas mãos.
“Evan, eu estava tão preocupado, mas isso? Isso é tão — eu nem sei dizer
— estranho, mas de um jeito legal? Só quero ver os ossos. Quero ver o que
você cultivou.”

Abril de 2021 , e Dylan nunca mais vai voltar.


Katie diz que sou a depressão em forma de pessoa e não sou mais
divertido, então ela tem aparecido ainda mais desde que Dylan foi embora para
garantir que eu seja mais legal e menos chato. O problema é que tenho
compensado minha falta de namorado com mais trabalho. Continuo evitando
a Katie e trabalhando horas mais longas, ficando fora de casa por mais tempo e
comprando coisas que não posso pagar, porque a solidão é a melhor razão para
cometer os piores erros.
Minha fatura do cartão de crédito era a prova disso. Miau-Miau adorava
essa situação. Destruiu um novo sofá (com as garras), uma jaqueta de couro
(com xixi) e desfiou o cabo de uma TV cara (comeu). Mas eu não conseguia
me livrar dela. Eu a amava demais. Ela era uma boa gata: adorava se
aconchegar, deixava eu cortar suas unhas, ronronava toda vez que eu a
acariciava e dava terríveis lambidas com aquela língua de lixa nos pelos que eu
cultivara por sólidos dois meses.
Katie apareceu uma noite depois da meia-noite quando entrei
cambaleando e sóbrio, mas sobrecarregado. Ela me parou antes mesmo de
chegar à porta e segurou meus ombros, me fazendo sentar na cadeira dobrável
no alpendre.
“Você e eu, vamos conversar”, exigiu.
“Sobre o quê?”
“Sobre você e como você é um completo desastre sendo um homem que
costumava ser meu amigo.”
“Ainda somos amigos, Katie. Eu só estou cansado, realmente muito
cansado.”
Ela sorriu, acendeu um baseado e me entregou.
“Você é um desastre, eu sou um desastre, e é por isso que somos amigos.
Ah, e eu mandei umas vibrações boas para sua gata pela janela. Ela vai precisar
de comida de verdade, sabe, quando você resolver fazer isso.”
Comecei a adormecer na cadeira e, quando acordei, Katie tinha ido
embora. Típico.
Miau-Miau era minha salvação para manter o mínimo de decência no
mundo, mas com Dylan tendo partido, ela se tornara a pior. Um pouco por
minha culpa. Eu a amava, mas a deixava sozinha por nove, dez e,
eventualmente, doze horas por dia. Não suportava os ecos da casa, a falta de
barulhos estranhos e a mancha de sangue que agora estava ausente, na qual eu
tinha sido obcecado quando me mudei pela primeira vez.
A rotina e a solidão, com sua familiaridade fria, me mantinham seguindo
como a rotação de um moedor. Sabia o que fazer e para onde ir. Levantar,
escovar os dentes, tomar banho, alimentar Miau-Miau e depois sair para
transformar o trabalho autônomo em um jogo até voltar para casa. Algo tinha
que ceder. E então, com o tempo algo enfim cedeu.
Em abril, na manhã seguinte àquela conversa com Katie, os ossos que
enterrei com Dylan começaram a sair do chão.

Fevereiro de 2021 , e Dylan decidiu terminar comigo.


“Isso está ficando muito estranho”, argumentou.
Estávamos de pé no quintal com pás em noites que deveriam ter sido
atipicamente quentes (mas eram apenas assustadoramente quentes) para
fevereiro. Pelo menos facilitava enterrar as coisas. Dylan tinha uma mão na pá e
a outra no bolso de sua calça jeans e ele não me olhava nos olhos. Em vez disso,
encarava a garagem, que abrigava placas de condenação{1} e o carro de Katie
que também estava meio que condenado. Nunca andava.
“Isso está cada vez mais estranho.”
Dylan então se virou para mim então, me examinando com um suspiro
profundo.
“Você é incrível, Evan. Realmente incrível. Eu te amo, te amo muito.”
Quando o sol nasceu na manhã seguinte, Dylan se foi e todas as suas
coisas também. Como se nunca tivesse estado lá. Me deu um fora total. Deixou
suas chaves e todo vestígio possível dele para trás. A última coisa que ele me
disse foi: “Evan, estou preocupado com você, mas não sou capaz de cuidar de
você. Você vomita ossos. Limpa um local no chão da sala de jantar como Lady
Macbeth. Nem está procurando um emprego novo. Eu... não consigo mais.”
Miau-Miau ficou deprimida por uma semana e meia depois que Dylan se
foi, ela sempre gostou mais dele do que de mim. Tínhamos isso em comum: eu
também gostava mais de Dylan do que de mim.

Setembro de 2021 , e o Namorado Esqueleto está comigo há cinco meses.


Namoramos há cerca de quatro meses. Dylan se mudou oficialmente há
um ano, exatamente hoje, ou talvez há menos que isso. Mas eu não quero falar
disso. Quero falar sobre meu Namorado Esqueleto. Ele é bom. É um bom
conversador: tipo, podemos conversar sobre coisas que, eu não sei, ambos
queremos falar? Raramente discutimos, o que é divertido nessa fase inicial (ou
tardia) de um relacionamento.
Eu sei do que ele gosta, o que é bom. Ele gosta de chocolate quente
apimentado e cobertores felpudos com franjas que ele pode roçar nos dentes.
Ele também gosta de documentários sobre a natureza, porque, como ele diz, “A
natureza não liga para nada”. Seu favorito absoluto são audiolivros,
especialmente biografias, o que me surpreendeu. Eu também costumava gostar
muito de biografias.
Por mais que eu queira evitar pensar em como Dylan se mudou
exatamente há um ano, não consigo esquecer, sentado do lado de fora deste
lugar que serve asinhas apimentadas e lendo todas as nossas mensagens antigas.
O pedido que vim buscar está atrasado, e meu coração também parece
atrasado, e o Namorado Esqueleto quer fazer o jantar hoje à noite. Tenho dois
textos dele sobre que tipo de carne colocar na lasanha quando recebo outro
texto, que diz:

feliz aniversário, baby, sinto sua falta. estou na cidade por n


motivos. você está em casa? posso passar por aí. . .

Deixo o telefone cair quando o aviso de que as asas apimentadas estão


prontas chega. É uma bagunça. O saco está pingando, coloco uma toalha no
banco de trás e minhas mãos estão grudentas, então não consigo responder à
mensagem de Dylan e fico nervoso. Outro texto chega.

sei que está ocupado, baby. vou para o nosso lugar.

Honestamente achei que Dylan nunca mais voltaria para a cidade, ou que
nunca mais queria me ver. De uma maneira estranha e codependente, minha
mente meio que transformou Dylan no Namorado Esqueleto. Isso meio que
fazia sentido para mim. Como quando você está sozinho e só quer um
namorado e acredita tanto que quer um namorado que começa a cuspir dentes
e pélvis e coisas do tipo e então você constrói um namorado, sabe?
Coisas normais.
Não, não são normais, mas fatos são fatos. E os fatos eram: eu amava o
Dylan, eu ainda o amo. Eu o amava muito, talvez de maneira um pouco
obsessiva, admito. Na verdade, estou obcecado com como será a visita dele.
Como ele vai parecer, como ele vai cheirar. Se ele vai me beijar ou não. Devo
tentar beijá-lo? Sim, estou obcecado, o que é uma boa razão para não
responder a uma mensagem de um ex, mas não é por isso que não respondo.
Eu não respondo porque o volante do meu carro está coberto de molho de
pimenta.
Quando chego em casa, Dylan está na minha varanda (nossa varanda).
Ele tem uma barba por fazer perfeita e está vestido com uma camiseta que lhe
cai tão bem que vai tatuar os gomos do seu abdômen na minha memória. Ele
coloca a bolsa no chão e me pega quando subo os degraus.
“Você está cheirando a coisas quentes, coisas muito quentes, vou ter que
te devorar assim entrarmos.”
Ele me beija. O beijo também é quente, mas eu acabo sujando sua
camiseta e fica meio nojenta. Ele me coloca no chão e eu destranco a porta,
mas não deixo Dylan entrar, pelo menos não ainda. Eu tenho algo para contar
a ele. Algo que eu sei que ele sabe, mas tenho quase certeza de que ele não vai
gostar.
“Ah, eu moro com um...” Não consigo dizer, mas tenho que contar. Não
sai como queria dizer. “Meu namorado está aqui.”
Dylan sorri da mesma forma que sorriu quando saiu do caminhão de
mudança há um ano: com a cabeça inclinada, os olhos me fitando fundo. Ele
coloca a bolsa no ombro e põe a mão na moldura da porta. Ele cheira a molho
de pimenta e ao seu antigo desodorante.
“Eu sei, Evan. Você vai me deixar entrar para conhecê-lo ou o quê?”
Eu o deixo entrar e Miau-Miau hesita por um momento antes de
reconhecer Dylan, correndo até ele para dar saltos como um golfinho em
direção à sua mão e se enroscar entre suas pernas. O Namorado Esqueleto se
levanta lentamente, um chocalho de ossos e balanço de cabeça. A casa cheira a
lasanha e carne, muita carne. Talvez um pouco demais. Miau-Miau não fica tão
feliz há semanas. Não, meses. Eu também não. Todo mundo que eu amo está
bem aqui.
“Prazer em te conhecer”, diz Dylan estendendo a mão. “Eu sou o Dylan.”
“Eu sou o Evan”, responde Namorado Esqueleto.
Dylan sorri.
“Evan? Legal. Isso não é nem um pouco confuso.”
Com Namorado Esqueleto e Dylan lado a lado, eu penso que eles são o
casal perfeito. Tão adoráveis. Absolutamente maravilhosos. Estelar. Dylan
também percebe, sorrindo pelos olhos e levantando uma mão em direção à
escápula ossuda. Ele sorri com os dentes agora, com aquela expressão de
confiante dele, e Namorado Esqueleto se derrete da mesma maneira que eu.
Ele é, exatamente, todas as partes de mim que eu pensei ter enterrado.
Que pensei ter deixado para trás. As partes ternas e silenciosas. As estranhas.
Aquelas que eu achava inadequadas e erradas. Aquelas que eu achava
inapresentáveis e esquisitas. As que eu rejeitei e pelas quais Dylan se apaixonou,
e depois deixou de amar.
Namorado Esqueleto é, de fato, eu.

Há alguns momentos em que espero que o Namorado Esqueleto pisque. Mas


claro que ele não pisca, não tem como. A carne sibila e estala no fogão,
esfriando, pontuando os momentos e movimentos, então Namorado Esqueleto
se vira, girando seu grande crânio, para observar Dylan quando ele dá um
passo para trás para pegar minha mão. Ele está ao meu lado, para que nossos
quadris estejam alinhados, calor contra calor. Quando ele me beija na
bochecha, segue com um sussurro no meu ouvido que soa com todas as notas
erradas.
Ele diz:
“Sobre você, Evan? Você é meu. Meu.”
{1}
“Condemned signs” refere-se a placas ou sinais de condenação. Esses sinais são geralmente utilizados
para indicar que uma propriedade foi considerada inadequada, insegura ou imprópria para uso, muitas
vezes devido a problemas estruturais, de segurança ou violações de códigos. Quando uma propriedade
recebe um sinal de condenação, pode ser necessário reparo ou mesmo a interdição completa do local.
Another random document with
no related content on Scribd:
Uinuu loisteessa kuun niin kaunihisti paimen suljetuin
silmin, posket hehkuin. Hiljaa kutrinsa leyhyy tuulessa
tuoksuvan yön.

Häntä Delia ääneti ja riutuin


katsoo korkeudesta kostein silmin.
Vaunut välkkyvät jättäin
hän alas laskeutuu.

Kirkkaammin hänen maahan tullessansa


laaksot, vuoret ja myrttimetsät loistaa.
Yksin valjakko halki
hopeisten pilvien käy.

Nukkuu rauhassa paimen, kutreillansa


neidon kyynelet tähtein lailla välkkyy.
Purppurahuulia polttaa
suudelma taivahinen.

Tyynny, huokaus tuulen puiden yllä!


Hiljaa, morsian ruususeppel, hiljaa
nähdä paimenen untaan
sahrami vuoteella suo!

Kuinka hirveä tyhjyys, kun hän herää, onkaan ympäri


liekehtivän sielun! Luo maan lapsen Olympos saa uness'
ainoastaan.

(Suom. Lauri Viljanen)

Elegia Yölle.
Kantaen lamppua Kuun sinä saatossa tähtien saavut
jälleen, lempeä Yö, helmasta varjojen maan.
Hiljaisuus, lepo seuraavat sua, valmuja vihmoin.
Parvenne voittoinen tuo unet karkelevat.
Yöpyhä! Leimuvin tuntein heittäydyn sinun helmaas,
köyhän sa kalleus oot, orjien oot vapaus.
Peitä ma ihmisten katseilta, vaienna ihmisten äänet,
äidinhelmassas tuudita lastasi taas.
Ellet haavoja lääkitä voi, mit' on iskenyt päivä,
korvasi kuitenkin tuskani äänelle suot.
Josp' iäks jäisit, oi! Mut kaikkea nielevi aika.
Aallot vaihtele ei kaukana aavalla niin.
Koht' ohi valtasi on, taas säihkyy ruusuinen Eos,
riemuni ennen, se nyt huolta ja kauhua tuo.
Mut levon loppua vailla ma tunnen, yön, jota koskaan
aaveet häiritse ei, ei uni ainoakaan.
Mulle se suokaa, oi jumalat! Pian mulle se suokaa!
Ainoa pyyntöni mun teille se on, jumalat.

(Suom. Lauri Viljanen)

Huokausten salaisuus.

Huokaukset ovat alkutila, jossa tuntee Luojan hengityksen.


Mikä aisteillesi ilon soikaan, syömes sykkimään sai
nopeammin ja sun poskes kalvaat vihmoi riemun lempeällä
ruusuhohtehella? Sano! Huokaus vain surumielen.
Lähtehestä hengen elämän se virtas harhaan Ajan
sokkeloissa.
Lakia kaks ohjaa elämäämme, kaksi voimaa varjoo kaiken,
joka syntyy vaihtuvan kuun kehrän alla. Kuule, ihminen! On
valta pyytää ensimmäinen. Pakko kieltäytyä toinen. Erillänsä
taivahassa, yhtä on ne maissa, joita paha vallitsee. Ja
ikuisesti niiden ykseys ja kaksinaisuus tulee huokausten
salaisuudess' ilmi. Elon suruhuokaus ja kuolon vavistuttaa
sydäntämme täällä, joka hengenveto julistaa sen kutsumusta
aistimaailmassa.

Näätkö merta? Kiitäen se tulee, tahtoo kaihontäysin


käsivarsin taivahan hääsoihtuin alla painaa povelleen maan
liljaseppeleisen. Nää, se tulee! Kaipuusta sen sydän kuohuu,
käsivarret kurkoittuvat. Mutta turhaan. Alla kuun ei mikään
toive täyty. Kuun on täyteyskin hetkellistä. Pettyneenä painuu
meri, ja sen ylväät aallot jälleen väistyy huokauksin rannan
luota.

Kuule tuulta! Suhisten se liitää lehdon poppelien


latvuksissa. Huokauksin paisuvin se puhuu, niinkuin ruumista
se ikävöitsis kihlatakseen kesän kukkarunsaan. Mutta äänet
himmenee jo. Lehväin tuuliharpussa soi joutsenlaulu yhä
hiljemmin ja kuolee vihdoin.

Kevätkin on huokaus maan poven tumman, joka taivahalta


kysyy, eikö kevät ikuinen jo puhkee. Mit' on kiuru,
aamusäteen armas, satakieli, varjoin rakastettu? Eri muotoja
vain huokausten.

Ihminen! jos viisautta elon halaat, kuule mua! Kahteen


lakiin liittyy elämä. On kyky pyytää ensimmäinen. Pakko
kieltäytyä toinen. Vapaudeks aateloi sa pakko, niin saat pyhän
sovituksen ja niin yli tomun kiertotähtein porteista käyt
kunnian sa sisään.

(Suom. Lauri Viljanen)

Narcissus.

Narcissus mykän lähteen yli taipuu, ja vettä aallon kirkkaan


janoo suu. Mut omat kasvot sieltä heijastuu, ja häneen syttyy
oudon syvä kaipuu.

Hän huokauksin lähteen viereen vaipuu, ja silmät kyynelistä


sumentuu. Ja elon riemujen ja kukkain kuu se pian hältä
jäljettömiin haipuu.

Pois suruaan ei tyttö suudellut, ei kohdannut hän ystävien


pöytää, eik' kutreillansa maine kukkinut.

Voi, sielussaan ken jumaluuden löytää ja pyhintä ken


pyytää elämän, maan ruusut kaikki kadottaapi hän!

(Suom. Lauri Viljanen)


CARL JONAS LOVE ALMQUIST (1793
—1866)

Antoniuksen laulu.

Sydämen kotiin ma kerran katselin kuunnellen.


Lähestyi valkeat olennot, vastasi viittoillen.
Hämmästyen näin ikuiset päivänmaat.
Sävelin kuiskivat rannat autuaat.
Sen jälkeen milloinkaan
en mieltynyt maailmaan.

(Suom. Lauri Viljanen)

Kuunteleva Maria.

Jumala, kuinka on kaunista kuulla


ääntä enkelin suun!
Jumala, kuinka on suloista kuolla
lauluun ja säveliin!
Hiljaa sula, mun sieluni, virtaan,
tummaan, taivaiseen purppuravirtaan!
Hiljaa vaivu, mun autuas henkeni,
jumalsyliin viileään, hyvään!

(Suom. Lauri Viljanen)


CARL JOHAN GUSTAF SNOILSKY
(1841 —1903)

Lepo Egyptissä.

Vesi solisee, laakso vihannoi, levon, varjon se vaeltajalle


soi. Tien jokainen äiti on hellyydessään sadun laaksoon
löytänyt nääntyessään.

On edessä huomenna erämaa,


missä poikasta sfinksit tuijottaa.
Pedot, ongelmat vaanii, missä hän kulkee,
hänet täällä äiti syliinsä sulkee.

Aron hiekkaa huomenna hän samoaa,


unen maassa hän ensin levätä saa.
Hän syntyi kulkemaan tuskaa vastaan.
On tääll' oma äidin hän ainoastaan.

Vedest' äitihin katsovat miettivään


kuvat pilvien, sammal ympärillään.
Nyt kostuttaa vesi huulia armaan —
Minä janoon, ne kerran lausuvat varmaan.
Hän viihtää kiihkon lapsellisen,
suun polttavan hiljaa virvoittaen.
Se pikari, pilvet min reunoja varjoo,
merensyvän ja katkeran kalkin tarjoo.

Vesi solisee, laakso vihannoi,


levon, varjon se vaeltajalle soi.
Aro helteinen kutsuu — hetkinen vuota.
Miks kiiruhdat, laps, sinä äitisi luota?

(Suom. Lauri Viljanen)


VERNER VON HEIDENSTAM (1859—
1940)

Pyhiinvaeltajan joululaulu.

Syyssade, arojen aurinko pyhiin vaeltaessa haalisti viittani.


Nousin jo kukon kiekuessa. Pitkänä aueten taival toi mun
tuhannet virstat kotia päin. Oljille raueten lieden loimun
äärehen vasta illalla jäin.

Tarinat toivioretkien mieleni kuntoon mietti. Ääneti pian väki


maalainen kuunnellen iltaa vietti. Naiset kuiskutti
kumartuessaan lähetysten kuuntelemaan. Hiillos tuiskutti
leimahtaessaan hehkuvat kipinät helmastaan.

Seikkailut, muistot retkeltäin harhaten kuljetulta huoleti


tulkitsin — kätkien näin mieleni salaista tulta. Lihaani vaivaista
lailla hartaan luostariveljen kurita en, niin hänen taivaista
kuningatartaan, Jumalan Äitiä palvellen.

Varjojen maahan autioon kulkenut olen yksin. Kuolleiden


kanssa puhunut oon hymyin ja nyyhkytyksin. Terveenä,
elossa aavikoita vaelsin keskellä vainajain. Seurasin pelossa,
rakastin noita, kodista varjojen kotia hain.

Heräsi kauniina elämään maailma, nukkunut kauan.


Niniven tyttäret viheriään kietoivat vaellussauvan. Soi sävel
haipuva Tähdet sinen hehkuivat valoa raamatun. Varjoihin
vaipuva, ihmeellinen kauneusmaailma valtasi mun.

Kaapuni simpukat korvaan toi Arkipelaagin hyrskeen.


Tympanon ja symbaali soi äärellä aaltojen tyrskeen. Kaviot
raikuen leikkiä kuumaa kentaurit kera neitojen lyö. Tahdissa
kaikuen nauraa ja huumaa laulut villit kuin pohjaton yö.

Kaivaten valoon ja elämään varjojen aavikolta pakenin


katujen vilinään — mutta en kohtalolta. Elämän kylitse kulkija
palaa; vietellen ne kohisevat. Silmäini ylitse varjot salaa
vainoten kätensä ojentavat.

Aikahan toiseen, jo heräävään tie on nuorille avoin.


Vieraaksi heidän luonaan jään. Kuljen aaveen tavoin. Päivän
sotihin nuorten sana niinkuin teräs iskeä saa, ääneti kotihin,
uneksivana varjojen poika vaeltaa.

Koskaan nyt pohtia saata en kysymyksiä hetken. Mietteissä


teen yhä harhaillen varjojen luoliin retken. Himmeää lyhtyä
kantaen löydän manalaan tieni, en elämään. Koskaan en
yhtyä ääressä pöydän veljien seuraan voi hilpeään.

Huutaen kurjet on paenneet. Kivien ympäri heittää valkeita


patjoja hiutaleet. Ruutuja huuru peittää. Lyhdettä etsien
maalaisen vajaa kiertää nälkäinen varpunen. Syksyisten
metsien sumussa ajaa poikanen joulusta laulaen.
Lapsuusvuosien äänten luo lumiset polut mun johtaa, mutta
ei sydäntä saavuta nuo, vain humu korvani kohtaa. Turhaan
tarjoten sovitusta äänet soi hiljaiset, ihanat. Katseeni varjoten
Hades musta nostaa näkynsä uhkaavat.

Unhoa antaa Lethen vuo — mutta pimeän Styxin aallosta


join ma: se mieleen tuo menneisyyden yksin. Varjot hyytävät
kutsuu mieltä Kharonin virralle uneksimaan. Mut veret
pyytävät elämän tieltä rypäleterttuja poimimaan.

Elämän kahleissa rauhaton harhailen maailmalla. Sinne,


miss' en ole, kaipuuni on. Vieraana kaikkialla. Kelle on
auennut Hades, ei saa se elämän heelmiä riistää, ei. Varjojen
rauennut kauneusmaa — se ainaiseksi mun sieluni vei.

(Suom. Lauri Viljanen)


SELMA LAGERLÖF (1858—1940)

Laps, olet lempinyt.

Laps, olet lempinyt, koskaan et


maista nyt riemua rakkauden.
Intohimo tärisytti sieluas sun.
Oi iloitse, rauhan jo sait!
Et nouse enää riemun korkeuksiin.
Oi iloitse, rauhan jo sait!
Et painu enää tuskan syvyyksiin,
et milloinkaan.

Laps, olet lempinyt, koskaan ei


liekehdi sielusi nyt.
Olit ruohokenttä sa kuivunut,
tuless' aaltosit kiitävän sekunnin.
Savun tieltä ja hiilihöytyvien
pois linnut kirkuen pakenivat.
Ne palata saa! Enää leimua et,
et leimuta voi.
Laps, olet lempinyt, koskaan et kuule nyt ääntä rakkauden.
Kuin väsyneet lapset vapauteen tylyn koulun penkeiltä ikävöi,
niin sydämes voimat kaihoavat, mut niitä kutsuta ei. Ne on
niinkuin vartio unhoitettu: niitä kutsuta ei.

Laps, on mennyt hän ainoo, hänen kanssaan rakkaus,


riemu sen. Meni hän, jota lemmit, niinkuin ois hän sinut
avaruuslentoon siivittänyt, jota lemmit, kuin ois ahdistaissa
tulvan pakopaikan sulle ainoon hän lahjoittanut, meni hän,
joka taisi yksinään oven aukaista sydämees.

(Suom. Elina Vaara)


GUSTAF FRÖDING (1860—1911)

Dolores di Colibrados.

Häntä nähnyt en Andalusian mailla, kun kasvoilla, tumman


kevähän lailla, hymys nuoruus kuin valta kaliifien. Hänet näin
vasta, kun oli syyssade käynyt ja Doloreelle talvi jo ennättänyt
lumijuovia hiuksille sirottaen.

Mut tulesta ennen niin lumoavasta viel' ollut ei laannut


leimahtamasta säen viimeinen, katkera katseeseen. Oli
kelmeäll' otsalla ylpeys yllään kuin muistona auringon,
säteilyllään hänen linnansa huippua valaisseen.

Lie äänet kutsuvat kaukaa soineet;


oli ylitse vesien, maiden ne voineet
hänet temmata kodista, juuriltaan.
Yli merien ehkä sai mies hänet viedä.
Minä luin nimen haudalta, muuta en tiedä,
oli vieras hän luonamme kulkiessaan.

Hän vieras ei tuntenut outoja meitä, kävi unhossa hän


ylenkatsotun teitä, oli ahdasta kolkassa pohjolan. Tavan
kaavaan hän tuskin tahtonsa sulki, viha kiehuva kun jo puristi
julki hänen pilkkansa ylpeän, katkeran.

Rikas oltuaan onnen lahjoista ennen oli tuhlannut kaikki


hän vuosien mennen ja kantaa, nääntyen häpeään, sai kurjia
ryysyjä vanhuudessaan, mut kuiskutus soi hänen
kulkiessaan: »Kas, aatelinen käy ryysyissään!»

Huvi rahvaan on ilkkua aatelisverta,


sitä saada herjata, nauraa kerta
Ja painaa ylhäinen lokahan maan.
Ja he pistivät neuloilla häntä sen tähden
ja nauroivat raa'asti, liekkejä nähden
hänen tummassa maurilaiskatseessaan.

Ja naapurit lausui: »Dolores on houkko,


hän on toisenlainen kuin meidän joukko,
hänen järkensä on kovin hämmentynyt»
Ei puuttunut pohjaa puheelta tältä,
sillä viimein sielu sumeni hältä.
Peri hullujenhuone Doloreen nyt.

Koki sentään hän lopulta kirkastumisen.


Näin särkyvän katsehen haaveellisen,
ja hymyillen tuskassa kuoleman ois
hän tahtonut käteensä käteni saada.
Ja kuiskaten hiljaa: »Se pierda Granada,
ay de mi Alhania», hän sammui pois.

Minä näin: oli kärsimys piirteitä syönyt, ja mietin: »Sota on


linnan lyönyt, jalo viinitarha nyt autio on; kävi tuhoten,
polttaen, synkentäen yli Granadan kuolema — kuitenkin näen
minä kauniin ja ylpeään raunion»

Ei Cordovan moskeijakatedraali, vaan laakson kirkko


hautahan vaali hänet keskellä pohjolan metsien.
Vahakynttilät, suitsutus tuoksuneet eivät, vain muutamat
miehet arkkua veivät väen halki huoleti tungeksien.

Andalusian aamu ei liekehdi sinne, ei suhise myrtti, ei


sypressi, minne Dolores on laskettu uinumahan. Läpi usvien
riutuva aurinko hohtaa, ja sen sätehet viluisen koivun kohtaa
Doloreen haudalle kumartuvan.

(Suom. Lauri Viljanen)

Nyt katsokaat uneksijaa.

Nyt katsokaat uneksijaa,


päin painuvin tuolla hän vaeltaa.

Polut oudot hän etsii, ei teitämme pole,


ei kaltaisemme hän ole.

Näin unensa julkeat valehtelevat:


kuu, aurinko, tähdet häntä kumartelevat.

On isämme rakkahin poika tää,


hänet maahan iskekää!

(Suom. Elina Vaara)


OSCAR LEVERTIN (1862—1906)

Sa kuule, sateess' elokuun.

Sa kuule, sateess' elokuun yö kuulas kuiskii, elää, kuin


sadun yöhön lumottuun veet suihkulähteen helää. Ja
pisaroiden huuhtelun kaikk' kukat tuntee salaa, myös sydämiä
sun ja mun suo raikkaan tulvan valaa.

Nyt muistaa vanhan laulelman ja kyyhkyn, haukan harmaan


ja prinssin, joka prinsessan vei ylpeän ja armaan —. Pääs
vaipuu vasten poskeain, sun hiukses hiljaa aukee, ja vasta
sateen nukahtain myös syleilymme raukee.

(Suom. Lauri Viljanen)


ERIK AXEL KARLFELDT (1864—1931)

Sinun silmäs ovat tulta.

Sinun silmäs ovat tulta, syttä sydämeni minun.


Käänny luotain, ennenkuin ma niinkuin miilu
leimahdan!
Viulu olen, armahani, josta loihtii kätes sinun,
mitä tahdot, miten tahdot — kaikki laulut
maailman.

Käänny luotain, käänny luoksein! Tuhkaksi ma


palaa mielin.
Olen riemu, olen kaipuu, liitän syksyn
keväimeen.
Vireessä on viulu, soida suo sen hulluin, hurjin
kielin,
valaa vuodet rakkauteni viime lauluun huumeiseen!

Käänny luoksein, käänny luotain! Kuin syysilta


tahdon palaa;
verta, kultaa viirissämme säihkyy myrskyn
humisten —
kunnes hiljenee, ja hämyyn askeleesi häipyy
salaa,
sinä kuuman nuoruuteni seuralainen
viimeinen.

(Suom. Lauri Viljanen)

Yökohokit keskellä viljaa.

Yökohokit keskellä viljaa nyt avaa kruunujaan, ja sarvekas


hirvi hiljaa käy etsien puolisoaan. Nyt vilukot puhkee suohon
liki hämyistä tietäni mun, läpi välkkyvän silmäruohon tulen
taas luo rakastetun.

Kuuneitsyt, kiulusi kasta sa auringon purppuraan —


ruislinnusta karkeasta satakielen ma tulisen saan. Tie pellon
tarhalle kulkee, jo lehdoissa lemmityn nään, minut
intohimoisna sulkee pian syliin hän lämpimään.

Häkin pohjalle vuoteeksemme jo Maarian heinät hain, siell'


lepohon raukenemme, lemu huumaa haasiain. — Maan
pojalle väkevälle, jonka valtimot raukeina lyö, suot runsaan
rakkautes hälle, tummasilmäinen Elokuunyö.

(Suom. Lauri Viljanen)

Elokuunhymni.
Kanervanummi sammuu loistossansa auringonlaskun lailla
verkkaisen. Vartoen metsä syvää bassoansa virittää syksyn
tulovirtehen. Kuuletko: sotaa, synnin parannusta kumea ääni
harjun takaa soi? Näetkö: laakson lokaan polku musta ylitse
oratuomikunnaan toi?

Jos mua seuraat, hyvästellä sun tuoksuja täytyy, kesän


kukkatarhaa. Kuin minä silloin lämpenetkö, kun viileät pilvet
avaruutta harhaa? Kuuletko: kevään kaikki luutut soivat
sulaen myrskyn urkuin pauhinaan, kohussa syksyn sateen
ilakoivat toukokuun purot, kaste yli maan?

Koskaan ei joutsen valkosulissansa morsiant' etsi tiellä


ilmojen, koskaan ei kauris varro armastansa, lehtien hiljaa
tuuleen kahisten. Mennyttä! Vuottaa lammet kukkivat
myöhäistä juhlaa rakkaudenhuuman, kuulee ne kuikan huudot
haikeat, juottaa ne joskus hirven lemmenkuuman.

Jos mua seuraat, seppel laske pois, laaksoissa jonka solmit


suvisissa; koskaan se päässäs et sa käydä vois saleissa
tanssiin soihdunvaloisissa. Surra et saa! Voin toisen sulle
antaa lehdistä, jotka tuuli puista vei. Kruunua syksyn
kulmillaan ken kantaa, haaveissa hymyy, enää naura ei.

(Suom. Lauri Viljanen)

Você também pode gostar