(PDF Download) O Problema Da Autoridade Política 1st Edition Michael Huemer Fulll Chapter
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O Problema da
Autoridade Política
Um Exame do Direito de Coagir
e do Dever de Obedecer
Michael Huemer
O Problema da
Autoridade Política
Um Exame do Direito de Coagir
e do Dever de Obedecer
Michael Huemer
Universidade do Colorado em Boulder
Giácomo de Pellegrini
Tradução
Sociedade Aberta
Conteúdo
Prefácio viii
I A Ilusão da Autoridade 1
1 O Problema da Autoridade Política 2
1.1 Uma parabola política 2
1.2 O conceito de autoridade: uma primeira passagem 4
1.3 Ações versus agentes: a necessidade de autoridade 6
1.4 O significado de coerção e o alcance da autoridade 7
1.5 O conceito de autoridade: uma segunda passagem 10
1.6 Um comentário sobre metodologia 13
1.7 Plano do livro 16
i
CONTEÚDO ii
4 A Autoridade da Democracia 55
4.1 Majoritarismo ingênuo 55
4.2 Democracia deliberativa e legitimidade 56
4.2.1 A ideia de democracia deliberativa 56
4.2.2 Democracia deliberativa como fantasia 57
4.2.3 A irrelevância da deliberação 60
4.3 Igualdade e autoridade 61
4.3.1 O argumento da igualdade 61
4.3.2 Uma teoria da justiça absurdamente exigente? 64
4.3.3 Apoiando a democracia através da obediência 66
4.3.4 A igualdade democrática é exclusivamente pública? 67
4.3.5 Respeitando os julgamentos de outras pessoas 69
4.3.6 Coerção e tratando os outros como inferiores 70
4.3.7 Da obrigação para a legitimidade? 72
4.4 Conclusão 74
5 Consequencialismo e Equidade 76
5.1 Argumentos consequencialistas para obrigação política 76
5.1.1 A estrutura dos argumentos consequencialistas para obriga-
ção política 76
5.1.2 Os benefícios do governo 76
5.1.3 O dever de fazer o bem 78
5.1.4 O problema da redundância individual 79
5.2 Consequencialismo de regras 80
5.3 Equidade 81
5.3.1 A teoria da equidade da obrigação política 81
5.3.2 Obediência como custo de bens políticos 83
5.3.3 Obrigação política para dissidentes 86
5.3.4 Particularidade e a questão de bens alternativos 87
CONTEÚDO iii
6 A Psicologia da Autoridade 96
6.1 A relevância da psicologia 96
6.1.1 Este livro é perigoso? 96
6.1.2 O apelo à opinião popular 97
6.2 O experimento de Milgram 100
6.2.1 Método 100
6.2.2 Previsões 102
6.2.3 Resultados 102
6.2.4 Os perigos da obediência 103
6.2.5 A falta de confiabilidade de opiniões sobre autoridade 104
6.3 Dissonância cognitiva 105
6.4 Demonstração social e viés de status quo 108
6.5 O poder da estética política 110
6.5.1 Símbolos 110
6.5.2 Rituais 112
6.5.3 Linguagem de autoridade 114
6.6 Síndrome de Estocolmo e o carisma do poder 117
6.6.1 O fenômeno da Síndrome de Estocolmo 117
6.6.2 Por que a Síndrome de Estocolmo ocorre? 119
6.6.3 Quando ocorre a Síndrome de Estocolmo? 120
6.6.4 Os cidadãos comuns são propensos à Síndrome de Estocolmo?121
6.7 Estudos de caso sobre abuso de poder 123
6.7.1 My Lai revisitado 123
6.7.2 O Experimento Prisional de Stanford (EPS) 125
6.7.3 Lições do EPS 125
6.8 Conclusão: anatomia de uma ilusão 128
Referências 322
Prefácio
viii
Prefácio ix
1
1
2
1. O Problema da Autoridade Política 3
Por que concedemos esse status moral especial ao governo e somos justificados
ao fazê-lo? Este é o problema da autoridade política.
uma ameaça de dano, incluindo a imposição coercitiva de dano real àqueles que
são flagrados violando a lei. Na moral do senso comum, a ameaça ou imposição
coercitiva real de dano está normalmente errada. Isso não quer dizer que não
possa ser justificada; é apenas dizer que a coerção requer uma justificativa. Isso
pode ser devido à maneira pela qual a coerção desrespeita as pessoas, procurando
ignorar sua razão e manipulá-las através do medo, ou a maneira pela qual parece
negar a autonomia e a igualdade de outras pessoas.
Não tentarei explicação alguma abrangente de quando a coerção é justifi-
cada. Confio no julgamento intuitivo de que a coerção prejudicial requer uma
justificativa, bem como em algumas intuições sobre condições particulares que
constituem ou não justificativas satisfatórias. Por exemplo, uma justificativa legí-
tima é a autodefesa ou defesa de terceiros inocentes: alguém pode coagir outra
pessoa se for necessário para impedir que ela prejudique injustamente outra
pessoa. Outra justificativa para coerção prejudicial é o consentimento. Assim, se
você estiver em uma luta de boxe com a qual ambos os participantes concordaram,
poderá dar um soco no seu oponente.
Por outro lado, muitas razões possíveis para coerção são claramente inade-
quadas. Se você tem um amigo que come muitas batatas fritas, tente convencê-lo
a desistir. Mas se ele não ouvir, você não pode forçá-lo a parar. Se você admira o
carro do seu vizinho, pode se oferecer para comprá-lo. Mas se ele não vender,
você não pode ameaçá-lo com violência. Se você não concorda com as crenças
religiosas de seu colega de trabalho, tente convertê-lo. Mas se ele não ouvir,
você não pode dar um soco em seu nariz. E assim por diante. Na ética do senso
comum, a esmagadora maioria das razões para a coerção falha como justificativa.
Os Estados modernos precisam de uma explicação da legitimidade política,
porque os Estados modernos geralmente coagem e prejudicam os indivíduos
por razões que seriam consideradas inadequadas para qualquer agente não-
governamental. Isso pode ser ilustrado através de algumas melhorias na história
da Seção 1.1.
Suponha que você anuncie que acredita que uma cidade vizinha está cons-
truindo algumas armas muito destrutivas, armas que um dia poderão ser usadas
para aterrorizar outras aldeias. Para impedir que isso aconteça, você reúne al-
guns moradores de mesma opinião e viaja para a cidade vizinha, onde depõe
violentamente o prefeito, destruindo alguns edifícios e previsivelmente matando
várias pessoas inocentes no processo.
Se você se comportasse dessa maneira, seria rotulado de terrorista e assassino,
e os pedidos de execução ou prisão perpétua provavelmente seriam abundan-
tes. Mas quando o governo se comporta dessa maneira, seu comportamento é
rotulado como “guerra”, e muitos o apoiam. Certamente, muitos rejeitam a ideia
de guerra preventiva. Mas apenas extremistas políticos descrevem soldados ou
1. O Problema da Autoridade Política 10
A maioria das premissas morais nas quais confio são avaliações morais de
comportamentos particulares em cenários relativamente específicos. A história
do vigilante na Seção 1.1 é um exemplo disso. É razoável assumir como premissa
que o indivíduo nessa história age de forma inadmissível. O caso não é um
dilema (como, por exemplo, o trolley problem16 ), nem envolve uma controvérsia
moral (como, por exemplo, o caso de alguém que faz um aborto). Para o senso
comum, a avaliação negativa é um veredicto direto e óbvio.17
Alguns filósofos acreditam que, ao fazer filosofia moral, deve-se confiar ape-
nas em princípios éticos abstratos, recusando-se a confiar em avaliações intuitivas
de casos específicos.18 Outros acreditam, mais ou menos, que apenas deve-se
confiar em julgamentos sobre casos particulares.19 Ainda outros pensam que não
se pode confiar em julgamentos éticos e que não há conhecimento moral.20 Todas
essas visões me parecem erradas. O que parece certo é que julgamentos éticos
controversos tendem a não ser confiáveis, enquanto julgamentos éticos incon-
troversos e óbvios – sejam específicos ou gerais – tendem a ser confiáveis. Devo
assumir que temos algum conhecimento moral e que nossos julgamentos éticos
mais claros e amplamente compartilhados são exemplos desse conhecimento.21
Embora minhas premissas éticas sejam relativamente incontroversas, minhas
conclusões não serão. Pelo contrário, as conclusões que chego estão tão longe das
opiniões iniciais da maioria das pessoas que provavelmente nenhum argumento
poderia convencer a maioria das pessoas a aceitá-las. Finalmente, concluo que a
autoridade política é uma ilusão: ninguém tem o direito de governar e ninguém
é obrigado a obedecer a um comando apenas porque provém de seu governo.
Mas, embora isso possa ser contra-intuitivo para a maioria das pessoas, não
acho que isso revele algum erro da minha parte. Bertrand Russell disse: “O
ponto da filosofia é começar com algo tão simples que não pareça digno de
ser declarado, e terminar com algo tão paradoxal que ninguém vai acreditar.”22
Eu não acredito que isso seja o ponto da filosofia, mas raciocinar de premissas
intuitivas a conclusões surpreendentes não é necessariamente uma marca da
filosofia ruim.
16
Ver Foot 1967.
17
Nisto uso o “senso comum” para o que a grande maioria das pessoas tende a aceitar, es-
pecialmente em minha sociedade e sociedades às quais os leitores deste livro provavelmente
pertencem. Isso não deve ser confundido com o uso técnico de “crenças de senso comum” em
meus trabalhos anteriores (2001, 18-19).
18
Singer 2005.
19
Dancy 1993, capítulo 4.
20
Mackie 1977.
21
Ver Huemer 2005, especialmente o capítulo 5, para uma descrição do conhecimento moral e
respostas ao ceticismo moral.
22
Russell, 1985, p. 53.
1. O Problema da Autoridade Política 15
intrigante – que é necessária alguma explicação para o motivo pelo qual algumas
pessoas devem ter esse status moral especial – de uma maneira que não seja intri-
gante, por exemplo, que deveria ser errado atacar outras pessoas sem provocação.
O fracasso em encontrar uma explicação satisfatória da autoridade política pode,
portanto, levar a pessoa a desistir da crença na autoridade, em vez de desistir
das crenças morais do senso comum.
uma ideia que pode ser refutada em trinta segundos com o mínimo de reflexão.
Essa foi mais ou menos a minha atitude antes que eu soubesse alguma coisa sobre
a teoria. Também é minha experiência que aqueles que sustentam essa atitude não
têm ideia do que os anarquistas realmente pensam – como os anarquistas pensam
que a sociedade deve funcionar ou como eles respondem às objeções de trinta
segundos. Os anarquistas enfrentam dificuldades: a maioria das pessoas não
dará ouvidos ao anarquismo seriamente porque está convencida de que a posição
é louca; estão convencidas de que a posição é louca porque não a entendem; não
o entendem porque não vão dar uma audiência séria. Peço, portanto, ao leitor
que não desista de ler este livro apenas por causa de sua conclusão. O autor não
é estúpido, nem louco e nem mau; ele tem uma consideração fundamentada de
como uma sociedade sem Estado pode funcionar. Independentemente de você
aceitar ou não essa consideração, é muito provável que você ache que valeu a
pena considerar.
Na literatura filosófica nos últimos anos, tornou-se comum questionar a rea-
lidade das obrigações políticas. O ceticismo sobre a obrigação política é agora
provavelmente a visão dominante. Esse desenvolvimento surpreendente deve-se
principalmente ao ardiloso trabalho de A. John Simmons, que derrubou várias
considerações importantes de obrigação política em sua obra Moral Principles
and Political Obligation. Apoio a maioria dos argumentos de Simmons. Alguns
leitores já estarão familiarizados com esses argumentos, mas muitos não; assim,
nos capítulos seguintes, explico os argumentos mais importantes contra a obriga-
ção política, independentemente deles já terem sido impressos antes. Ao mesmo
tempo, acredito que os filósofos contemporâneos não foram suficientemente
longe. Os filósofos que trabalham com obrigações políticas têm enfrentado prin-
cipalmente a inadequação de considerações existentes de obrigações políticas.
Mas ainda não enfrentaram a inadequação das considerações de legitimidade po-
lítica.23 E muito poucos filósofos hoje dão muita atenção ao anarquismo político.
Normalmente, os argumentos sobre a obrigação política tomam como certo que o
Estado é vitalmente necessário; a visão dominante diz que, embora necessitemos
de governo e mesmo que os Estados modernos sejam justificados na maioria
de suas atividades típicas, ainda não somos obrigados a obedecer à lei apenas
como tal. Espero que este livro induza uma reflexão mais profunda, tanto no
pressuposto da legitimidade política quanto no pressuposto da necessidade do
Estado.
23
Simmons (1979, 196) nega que haja governos “legítimos” ou que quaisquer governos tenham
o “direito” de coagir ou punir seus cidadãos. No entanto, ele parece usar esses termos em um
sentido mais forte que o meu, porque continua aceitando que os governos possam ser moralmente
justificados em suas atividades (199). Isso é confirmado por Simmons 2001, 130-1. Portanto, a
aparente concordância de Simmons comigo é apenas verbal; na minha terminologia, Simmons
aceita legitimidade política, enquanto eu a rejeito.
2
18
2. A Teoria Tradicional do Contrato Social 19
não violará seus direitos. Por exemplo, normalmente é errado cortar uma pessoa
com uma faca.
Mas se você contratou um médico para realizar uma cirurgia em você, não é
errado e nem é uma violação dos seus direitos que ele o corte para realizar essa
cirurgia. Na mesma linha, se os cidadãos concordaram em pagar ao governo por
seus serviços e concordaram em ser submetidos à coerção se não pagarem, então
é permitido que o governo force seus cidadãos a pagar.3
que não tinha o direito para isso, como em um coup d’état, ou o governo (ou
seus cidadãos ou futuros cidadãos) apreendeu a terra que atualmente controla
dos habitantes originais pela força. Qualquer um desses eventos invalidaria a
autoridade do Estado, em uma visão lockeana.
No caso dos Estados Unidos e de seu governo, por exemplo, a história é
de conquista. O território atual dos Estados Unidos foi roubado dos nativos
americanos e depois colocado sob o controle do governo dos EUA. Do ponto de
vista lockeano, essa história torna ilegítimo o controle do governo dos EUA sobre
a terra.
Como eu disse, essa teoria é principalmente de interesse histórico hoje; ne-
nhum teórico contemporâneo proeminente apoia a teoria explícita do contrato
social. A próxima versão da teoria do contrato social é projetada para evitar esses
problemas.
fícios de seu governo. Existem certos bens públicos – como segurança nacional
e prevenção ao crime – que o Estado fornece automaticamente a todos dentro
de seu território. Esses bens não são relevantes para o consentimento, porque
são benefícios dados caso os cidadãos os desejam ou não. Os pacifistas, por
exemplo, recebem o “bem” da defesa militar, contra sua vontade. No entanto,
existem outros bens que os cidadãos têm a opção de aceitar. Por exemplo, quase
todo mundo usa estradas que foram construídas por um governo. O governo
não força as pessoas a usar essas estradas; portanto, este é um caso de aceitação
voluntária de um benefício governamental. Da mesma forma, se alguém chama
a polícia para pedir assistência ou proteção, se leva outra pessoa ao tribunal, se
envia voluntariamente seus filhos para escolas públicas ou se tira proveito dos
programas governamentais de bem-estar social, aceita voluntariamente os bene-
fícios governamentais. Pode-se então argumentar que se aceita implicitamente
as condições conhecidas como vinculadas à existência de um governo – que se
deve ajudar a pagar os custos monetários do governo e obedecer às suas leis.
Considere a seguir o caso de consentimento através da presença. Essa, na
minha experiência, é a teoria mais popular de como os cidadãos dão seu con-
sentimento ao Estado, talvez porque seja o único caso que pode ser aplicado a
todos dentro do território do Estado. O governo não exige que ninguém (exceto
prisioneiros) permaneça no país, e é sabido que aqueles que vivem dentro de um
determinado país devem obedecer às leis e pagar impostos. Portanto, permane-
cendo voluntariamente, talvez aceitamos implicitamente a obrigação de obedecer
às leis e pagar impostos.8
Por fim, alguns cidadãos podem dar consentimento implícito através da parti-
cipação no sistema político. Se alguém vota nas eleições, pode-se inferir que se
aceita o sistema político em que está participando. Isso, por sua vez, pode obrigar
alguém a respeitar o resultado do processo político, incluindo as leis feitas de
acordo com as regras do sistema, mesmo quando diferentes das leis desejadas.
Se alguma dessas quatro sugestões persistir, elas seriam responsáveis tanto
pela obrigação política quanto pela legitimidade política, pelo menos no que diz
respeito a alguns cidadãos.
suponha que um criminoso aponte uma arma para sua cabeça e exija que você
assine os direitos do filme baseado em seu livro mais recente. Se você assinar, o
contrato será inválido, porque a ameaça de violência o tornou não-voluntário.
Ou suponha que você concorda em comprar uma televisão de um vendedor, mas
o vendedor não informa que a televisão está quebrada e não exibe uma imagem.
Nesse caso, o contrato de venda é inválido porque foi provocado por fraude
por parte do vendedor. As televisões normalmente são consideradas capazes
de exibir uma imagem, e isso é essencial para o motivo pelo qual as pessoas
as compram. Assim, se alguém deseja vender uma televisão que não funciona,
deve declarar essa condição; caso contrário, a suposição padrão é que a televisão
funcione.
Não tentarei uma abranger todos os casos de quando existe um contrato
válido. Mas a seguir estão quatro princípios gerais plausíveis que governam
acordos válidos:
1. O consentimento válido requer uma maneira razoável de optar por não participar
(sair do acordo). Todas as partes de qualquer contrato devem ter a opção
de rejeitá-lo sem sacrificar nada a que tenham direito. Considere uma
modificação do exemplo da reunião do conselho da Seção 2.3. O presidente
diz: “A reunião da próxima semana será transferida para terça-feira às dez
horas. Aqueles que se opuserem gentilmente sinalizarão isso cortando os
braços esquerdos.”9 Nenhum braço é cortado. “Bom, estamos de acordo!”,
ele declara. Este não é um acordo válido, porque a demanda de que os
membros do conselho desistam de seus braços esquerdos, pois o preço da
dissidência da mudança de cronograma não é razoável. Por outro lado,
no exemplo da minha festa da Seção 2.3, a exigência de que você saia da
minha festa se não concordar em ajudar na limpeza é razoável, porque
tenho o direito de determinar quem pode participar de minhas festas. A
diferença importante entre o exemplo modificado da sala de reuniões e o
exemplo da festa não é uma questão de quão grandes são os custos; isto é,
não é simplesmente que perder o braço esquerdo seja muito pior do que ser
expulso de uma festa.10 O presidente não teria justificativa nem de exigir
que os membros do conselho pagassem $1 para expressar sua objeção à
mudança de horário. Pelo contrário, é uma questão de quem tem direitos
sobre o bem que os dissidentes são solicitados a desistir. Aqueles que
buscam um acordo seu com alguma proposta não podem exigir que você
desista de seus direitos como custo de rejeitar a proposta. Posso exigir que
9
Esse exemplo é de Simmons (1979, 81).
10
Como Otsuka (2003, 97) argumenta, o consentimento pode ser válido mesmo quando a falta
de consentimento tenha sido muito cara.
2. A Teoria Tradicional do Contrato Social 24
3. Uma ação pode ser tomada como indicação de concordância com algum esquema,
apenas se for possível acreditar que, se alguém não o adotasse, o esquema não seria
imposto a ele. Suponha que, no exemplo da reunião do conselho, o presidente
anuncie: “A reunião da próxima semana será transferida para terça-feira
às dez horas, e eu não me importo com o que algum de vocês tem a dizer
sobre isso – a mudança de horário acontecerá mesmo você objetando ou
não. Agora, alguém quer se opor?” Ele faz uma pausa. Ninguém diz nada.
“Bom, estamos combinados”, ele declara. Nesse caso, não há acordo válido.
Embora os membros do conselho tenham tido a chance para objetar, tam-
bém ficou entendido que, se objetassem, a mudança de cronograma seria
imposta de qualquer maneira. Seu fracasso em expressar objeções, por-
tanto, não pode ser considerado um indicativo de concordância. Isso pode
simplesmente indicar que eles não desejaram perder tempo protestando
contra algo sobre o qual não tinham escolha.
Language: English
SYNTHETIC RESINS
AND THEIR RAW MATERIALS
Under the Rate Adjustment Provisions (Sec. 336) of the Tariff Act of
1930
Dressed or Dyed Furs, Report No. 122, Second Series,
1937 $0.05
Slide Fasteners (Zippers), Report No. 113, Second Series,
1936 .10
Under the Unfair Practices Provisions (Sec. 337) of the Tariff Act of
1930
Coilable Metal Rules, Report No. 106, Second Series, 1936 .05
REPORTS TO THE UNITED STATES SENATE
Under the General Powers Provision (Sec. 332) of the Tariff Act of
1930
Nets and Netting and Other Fishing Gear, Report No. 117,
Second Series, 1937 .10
Salmon and Other Fish, Report No. 121, Second Series,
1937 .15
Subsidies and Bounties to Fisheries Enterprises by Foreign
Countries, Report No. 116, Second Series, 1936 .15
Tuna Fish, Report No. 109, Second Series, 1936 .10
Wood Pulp and Pulpwood, Report No. 126, Second Series,
1938 .30
OTHER REPORTS UNDER THE GENERAL POWERS
PROVISION OF THE TARIFF ACT OF 1930
Dominion and Colonial Statistics, Report No. 127, Second
Series, 1938 .10
Dyes and Other Synthetic Organic Chemicals in the United
States, 1937, Report No. 132, Second Series, 1938 .10
Extent of Equal Tariff Treatment in Foreign Countries, Report
No. 119, Second Series, 1937 .15
The Mica Industry, Report No. 130, Second Series, 1938 .25
Chemical Nitrogen, Report No. 114, Second Series, 1937 .25
Flat Glass and Related Glass Products, Report No. 123,
Second Series, 1937 .35
Iron and Steel, Report No. 128, Second Series, 1938 .60
Cutlery Products, Report No. 129, Second Series, 1937 .15
TRADE AGREEMENTS INFORMATION
Trade Agreement With Canada (a summary of the provisions
of this agreement), Report No. 111, Second Series,
1936 .15
Miscellaneous Reports
Changes in Import Duties Since the Passage of the Tariff Act
of 1930, Miscellaneous Series, 1937 .10
Rules of Practice and Procedure (Sixth Revision) and Laws
Relating to the United States Tariff Commission,
Miscellaneous Series, 1938 .10
ERRATA
Since publication of the report on Synthetic Resins the
Commission’s attention has been called to certain necessary
corrections.
Page 37—2d line under heading “Production in the United
States”
Strike out “The Resinous Products and Chemical Co., Inc.,” and
insert “Rohm and Haas,”
Page 154—Last item under “Vinyl Resins”
Transfer the name of E. I. du Pont de Nemours and Co.,
Wilmington, Del. to line below so that it will not be opposite a trade
name. This company manufactures Vinyl Resins but not “Koroseal”.
December 1938
Transcriber’s Note: The errata have been corrected for this e-text, together with a
number of sundry typos.
UNITED STATES TARIFF COMMISSION
SYNTHETIC RESINS
AND THEIR RAW MATERIALS