SUCESSÕES

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PROVA SUBSTITUTIVA DE DIREITO DAS SUCESSÕES

PROFESSORA DRA. MARTA RODRIGUES MAFFEIS 1º SEMESTRE 2023

NOME: _______________________________________________ TURMA A B

1 Ygor estabeleceu diversas disposições em seu testamento. Entre elas, é nula a


disposição pela qual deixava:

A) seu automóvel para Abreu, sob a condição de o veículo não ter atingido valor
de mercado superior a vinte salários mínimos no momento de sua morte;
B)
sua casa de campo para Benedito, com o encargo de ele permitir direito de passagem
ao vizinho de fundos;
C) seu apartamento para Cristiano, por ter cuidado de Ygor na parte final da vida;
D) suas ações da sociedade X S.A. para um de seus três netos, a ser escolhido
pela sua esposa, avó dos três;
E) Seu relógio de ouro para seu amigo Zafir, contanto que ele, também por
testamento, deixe uma joia de família para a esposa de Ygor.

2 “A” vivia em união estável com “B” pelo regime da separação obrigatória de bens e
veio a falecer no ano de 2020, sem deixar testamento ou descendentes. Deixou “A”,
porém, o pai, dois avós paternos e dois avós maternos vivos (a mãe era pré-morta).
Assinale a alternativa correta, no que se refere à partilha dos bens da herança,
segundo entendimento dominante e atual do Superior Tribunal de Justiça.
A) A viúva “B” receberá 1/3 parte da herança e 2/3 caberão ao pai do falecido.
B) A viúva “B” receberá metade da herança e o pai do falecido, a outra metade.
C) A viúva “B” nada receberá, em razão do regime da separação obrigatória de
bens, e a herança será inteiramente recolhida pelo pai do falecido.
D) A viúva “B” receberá 1/3 parte; o pai do falecido, 1/3 parte e cada um dos avós
maternos do falecido, 1/6 parte da herança.

3 Alberto e Bianca conviveram em união estável desde 2003, sem realizar qualquer
pacto de convivência, pois não tinham quaisquer bens naquela ocasião. Durante esse
relacionamento, tiveram dois filhos, e Bianca se dedicava aos cuidados da casa, de
modo que não desenvolvia atividades remuneradas. Alberto adquiriu um imóvel em
2005, mediante financiamento imobiliário, que foi adimplido em 2015, com todas as
prestações pagas com o esforço financeiro de Alberto. No ano de 2018, contraíram
casamento civil, adotando o regime da comunhão parcial de bens. Na vigência do
casamento, não adquiriram bens. Em 2021, Alberto faleceu. De acordo com as
disposições legais e entendimento do Superior Tribunal de Justiça, na condição de
viúva, Bianca
A) terá direito à meação sobre o único bem deixado por Alberto, bem como será
herdeira, em concorrência com os filhos comuns do casal.
B) não terá direito à meação sobre o único bem imóvel deixado por Alberto, pois
foi este adquirido com seu exclusivo esforço financeiro, de modo que, não
sendo meeira, será herdeira, em concorrência com os filhos comuns do
casal.
C) não terá direito à meação nem direitos sucessórios sobre o único bem deixado
por Alberto, pois a aquisição foi anterior ao casamento, de modo que o imóvel
deverá ser dividido entre os filhos.
D) não terá direito à meação sobre o único bem deixado por Alberto, pois a
aquisição foi anterior ao casamento, de modo que será herdeira em
concorrência com os filhos comuns do casal.
E) terá somente direito à meação sobre o único bem deixado por Alberto, sendo a
outra metade dividida entre os filhos.

4 Simone, proprietária de apenas um imóvel residencial situado no município de


Goiânia-GO, onde era domiciliada, faleceu sem deixar testamento ou herdeiros
conhecidos. Ultimado o inventário, no qual esse imóvel foi arrecadado, foram
publicados editais, na forma da lei processual. Nesse caso, decorrido o prazo legal
sem que nenhum herdeiro tenha-se habilitado ou requerido a sua habilitação, a
herança deverá ser declarada
A) vacante, passando o imóvel arrecadado ao domínio do município de Goiânia.
B) vacante, passando o imóvel arrecadado ao domínio do Estado de Goiás.
C) jacente, passando o imóvel arrecadado ao domínio do município de Goiânia.
D) jacente, passando o imóvel arrecadado ao domínio do Estado de Goiás.
E) jacente, passando o imóvel arrecadado ao domínio da União.

5 Caio e Mariana convivem em união estável desde janeiro de 2010, sendo que não
realizaram qualquer pacto quando do início da convivência. O casal possui em comum
os filhos Tício e Mévio, bem como adquiriu onerosamente em conjunto e na
constância da união um apartamento localizado na cidade de Criciúma, sendo que,
anteriormente à união, Caio já era proprietário de um imóvel localizado em Nova
Veneza. Infelizmente, em 24/07/2021, Caio vem a falecer vítima de acidente
automobilístico. Em relação a situação narrada:
A) Mariana será meeira de todos os bens de Caio e concorrerá na herança com os
filhos Tìcio e Mévio no tocante ao bem localizado em Nova Veneza.
B) Mariana não será meeira de todos os bens de Caio e concorrerá na herança
com os filhos Tìcio e Mévio no tocante ao bem localizado em Nova Veneza.
C) Mariana será meeira de todos os bens de Caio e concorrerá na herança com os
filhos Tìcio e Mévio no tocante ao bem localizado em Criciúma.
D) Mariana não será meeira e concorrerá na herança com os filhos Tìcio e Mévio
no tocante a todos os bens.
E) Mariana será meeira do bem localizado em Criciúma e concorrerá na herança
com os filhos Tìcio e Mévio no tocante ao bem localizado em Nova Veneza.

6 João e Maria viviam em união estável, reconhecida por ambos por meio de escritura
pública, na qual adotaram o regime da comunhão parcial de bens. Maria estava
grávida de 9 (nove) meses quando faleceu, em razão de um acidente automobilístico.
O filho do qual Maria estava grávida morreu alguns minutos após o nascimento com
vida. O casal tinha um patrimônio avaliado em R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais),
adquirido totalmente após o início da união estável. O casal não tinha outros filhos.
Maria tinha pai e mãe vivos, bem como um irmão.

Pode-se corretamente afirmar que


A) um terço do patrimônio do casal pertence a João, e o restante deverá ser
dividido em partes iguais entre os pais de Maria.
B) metade do patrimônio do casal deverá ser atribuído aos pais de Maria, e a outra
metade é de propriedade de João, em razão da meação decorrente da união
estável.
C) metade do patrimônio do casal deverá ser atribuído a João, por ter sucedido a
seu filho, e a outra metade lhe pertence, em razão da meação decorrente da
união estável.
D) um terço do patrimônio do casal pertence a João, e o restante deverá ser
dividido em partes iguais, entre os pais e o irmão de Maria.
E) metade do patrimônio do casal pertence a João, em razão da meação
decorrente da união estável, e a outra metade deve ser dividida entre João, os
pais de Maria e o irmão desta.

7 De acordo com a legislação constitucional e infraconstitucional vigentes, podemos


afirmar:

I. No sistema constitucional vigente, é inconstitucional a diferenciação de regime


sucessório entre cônjuges e companheiros devendo ser aplicado em ambos os casos
o regime estabelecido no artigo 1.829 do Código Civil;

II. Os avós paternos de de cujus herdarão por direito de representação, quando no


momento da abertura da sucessão o pai do falecido for pré-morto;

III. Quando o testador instituir vários legatários para diferentes bens, se um deles não
quiser ou não puder receber o legado, os demais receberão pelo direito de acrescer;

IV. A deserdação somente se aplica aos herdeiros necessários;

V. Denomina-se de bem ereptício aquele que é retirado do indigno, devendo ser


devolvido à pessoa que o recebe como se o indigno nunca tivesse sido herdeiro.

A) Estão corretas I, IV e V.
B) Estão corretas II, IV e V.
C) Estão corretas II, IV e V.
D) Apenas uma está incorreta.
E) Todas são falsas.

8 Sobre o fenômeno jurídico da comoriência, pode-se afirmar:

A) No instituto da comoriência, a presunção se relaciona com o tempo da morte


simultânea de duas pessoas, que não se pode precisar qual tenha sido, e se
presume que tenha ocorrido concomitantemente com a da outra pessoa que ao
mesmo tempo e lugar também faleceu, sendo elas reciprocamente herdeiras.
B) No instituto da comoriência, a morte simultânea de duas pessoas, que não se
pode precisar qual tenha sido, e que tenha ocorrido concomitantemente com a
da outra pessoa, que ao mesmo tempo e lugar também faleceu, sendo elas
reciprocamente herdeiras.
C) No instituto da comoriência, a morte simultânea de duas pessoas, que não se
pode precisar qual tenha sido, e que tenha ocorrido concomitantemente com a
da outra pessoa que ao mesmo tempo e lugar também faleceu,
independentemente da existência de vínculo sucessório entre elas.
D) No instituto da comoriência, a morte simultânea de duas pessoas, que não se
pode precisar qual tenha sido, e que tenha ocorrido concomitantemente com a
da outra pessoa que ao mesmo tempo e lugar também faleceu, sendo elas
reciprocamente herdeiras necessárias.

9 Quanto ao direito de representação na sucessão, compete afirmar:

A) havendo renúncia à herança, os descendentes do renunciante podem substituí-


lo por representação na sucessão a qual renunciou.
B) a representação ocorre apenas na linha reta descendente ou ascendente,
C) o renunciante à herança de uma pessoa não poderá representá-la na sucessão
de outra.
D) o Instituto da representação somente se aplica á sucessão legitima.

10 Lucas deliberadamente matou seu próprio pai, Leônidas, movido pelo rancor de o
pai ter se oposto ao seu casamento. Aberto o testamento de Leônidas, redigido dois
meses antes de sua morte, ele deixava para Lucas, além da sua parte na legítima, um
relógio de ouro de seu uso pessoal. Leônidas deixou uma neta, Melina, filha de Lucas,
seu filho único. Diante disso, é correto afirmar que:
A) Lucas mantém seus direitos à herança do pai, tanto na parte legítima quanto
especificamente ao relógio, pois não foi deserdado expressamente no
testamento;
B) Lucas fica excluído da sucessão no tocante à parte legítima do acervo
hereditário, mas mantém o direito a receber o relógio de ouro;
C) Lucas fica excluído de pleno direito da sucessão, herdando Melina,
automaticamente, em seu lugar, como se Lucas fosse pré-morto;
D) Melina poderá herdar no lugar de Lucas, como se ele fosse pré-morto, se, em
até quatro anos, ajuizar ação de indignidade, e esta for reconhecida por
sentença judicial;
E) tanto Lucas como Melina serão excluídos da sucessão de Leônidas, devendo o
juiz pronunciar de ofício a indignidade no âmbito do procedimento sucessório.

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