TCC Ezequiel Kleinschmitt
TCC Ezequiel Kleinschmitt
TCC Ezequiel Kleinschmitt
CAMPUS DE CURITIBANOS
CURSO DE AGRONOMIA
EZEQUIEL KLEINSCHMITT
CURITIBANOS
2018
EZEQUIEL KLEINSCHMITT
Curitibanos
2018
Ficha de identificação da obra elaborada pelo autor, através do Programa de Geração
Automática da Biblioteca Universitária da UFSC.
Kleinschmitt, Ezequiel
49 p.
EZEQUIEL KLEINSCHMITT
- Primeiramente a Deus pela minha vida, saúde e força para superar e vencer mais esta
batalha.
- A minha família, pelo carinho, incentivo е apoio. A meu pai Hélio e a minha mãe Hulda
que me educaram e ensinaram a encarar as dificuldades, sempre me dando incentivo e
força nas horas difíceis, de desânimo е cansaço.
- Aos colegas de projeto de extensão Joatan Césare Andrades Clamer, José Filipe Maciel,
Maurício Rosa Magro e Ana Rosa França.
- Aos professores e docentes da Universidade, que foram peças importantes para minha
formação acadêmica e pessoal.
- Agradeço em especial a minha orientadora Prof. Dra. Sonia Purin da Cruz, por
proporcionar oportunidades de conhecer novas áreas de estudo, por todo seu empenho e
dedicação, pelo apoio e confiança, ensinando e mostrando a valia de ser um profissional
dedicado e responsável.
- E a todos que de alguma forma fizeram parte da minha formação, о meu muito obrigado.
Resumo
Com a constante inovação no setor agropecuário, principalmente em busca de maior
produção e redução de custos, surge um crescente interesse pelo uso de inoculantes
contendo bactérias promotoras de crescimento de plantas e de fertilizantes bioindutores.
Essas técnicas mostram-se como boas alternativas para alavancar produtividades e
proporcionar bons rendimentos econômicos e sociais, sem causar danos ao meio
ambiente. Este trabalho foi conduzido com objetivo de observar os resultados e respostas
da cultura do milho (Zea mays), quanto ao seu desenvolvimento e produtividade, quando
submetida às aplicações de produtos de interesses agronômico e comercial, desenvolvidos
pela empresa Total Biotecnologia. O experimento foi implantado em condições de campo
em uma propriedade rural no município de Ponte Alta - SC, na localidade de Faxinal
Paulista e a semeadura do milho ocorreu em outubro de 2016. O delineamento
experimental utilizado foi o de blocos casualizados com 8 tratamentos e 5 repetições, com
parcelas de 29,25m², sendo 6,5 m de comprimento por 4,5 m de largura e espaçadas entre
si por 1 m. Os tratamentos foram: T1: testemunha, sem adubação nitrogenada em
cobertura; T2: 75% da dose de N em cobertura (300 kg de uréia/ha); T3: 100% da dose
de N em cobertura (400 kg de uréia/ha); T4: 75% de N em cobertura com inoculação
(Azospirillum brasilense) das sementes na dose de 100ml/60.000 sementes; T5: 75% de
N, produto RAIZ® líquido aplicado na dose de 100ml para 60.000 sementes; T6: 75% de
N, Produto RAIZ® líquido aplicado na dose de 100ml para 60.000 sementes + produto
Simetria® aplicado na dose de 200ml/ha em pulverização sobre a linha de plantio até V6;
T7: 75% N, Produto RAIZ® líquido aplicado na dose de 100ml para 60.000 sementes +
Produto Stamina® aplicado na dose de 200ml/ha em pulverização sobre a linha de plantio
até V6; T8: 75% N, Produto RAIZ® líquido aplicado na dose de 100ml para 60.000
sementes + os produtos Stamina® e Simetria® aplicados na dosagem de 200ml/ha cada,
em pulverização sobre a linha de plantio até V6. Avaliou-se altura de inserção da primeira
espiga, altura total das plantas, massa da parte aérea seca, N da parte aérea e grãos e a
produtividade. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância (ANOVA) e as
médias comparadas pelo teste de Scott-Knott ao nível de 5% de probabilidade. Foram
detectadas diferenças significativas para as variáveis altura de plantas e altura de inserção
da primeira espiga, onde os tratamentos 1, 2, 3 e 4 promoveram médias superiores aos
demais. O tratamento 6 diferiu significativamente em relação ao T1, T2 e T3, com uma
produtividade 18,4% superior à testemunha. Espera-se que os resultados deste trabalho
possam contribuir para um maior conhecimento sobre as respostas da cultura do milho ao
uso de fertilizantes bioindutores e à inoculação em estudo e, que essas técnicas possam
contribuir na obtenção de boas produtividades da cultura de forma economicamente
viável.
3. METODOLOGIA ................................................................................................................. 18
5 CONCLUSÕES ...................................................................................................................... 43
REFERÊNCIAS ........................................................................................................................ 44
ANEXOS .................................................................................................................................... 49
9
1 INTRODUÇÃO
1.1 OBJETIVOS
2 REFERENCIAL TEÓRICO
química e seu alto valor nutricional, ou mesmo para usos industriais e também
energéticos. Seus destinos industriais são também muito vastos, destacando-se que o
cereal pode ser utilizado na produção de alimentos básicos (fubás, farinhas, canjicas e
óleos), ou de produtos mais elaborados utilizados na produção de balas, gomas e doces,
aromas, essências, sopas desidratadas, produtos achocolatados, corantes, refrigerantes,
cervejas, molhos, etc. Ultrapassando a fronteira alimentícia, os amidos industriais
derivados do milho podem ser utilizados na produção de papelão, adesivos e fitas
gomadas. Energeticamente, o etanol produzido a partir do milho também tem importância
global. Nos EUA, esta é a principal fonte de bionergia utilizada (BARROS e ALVES,
2015).
Ainda, em uma propriedade rural, o milho tem diversas aplicações, podendo estar
também incluído na alimentação humana, na alimentação animal na forma de grãos ou
como forragem, ou na geração de receita resultante da comercialização do excedente de
produção (ALVARENGA et al., 2006).
Esta importante cultura é essencial para o avanço quantitativo e qualitativo do
consumo de alimentos no Brasil e no mundo, que ocorre através da interação entre os
diversos elos da cadeia produtiva. Nestes elos, encontram-se os produtores rurais,
empreendedores e uma competitiva e moderna agroindústria. Desta forma, cabe ressaltar
que a cultura do milho é de fundamental importância para o setor agropecuário, sendo
uns dos principais insumos do complexo agroindustrial devido às suas diferentes
aplicações, assumindo importante papel socioeconômico. Devido ao fato de o milho ter
uma utilização bastante ampla e às crescentes demandas pelo cereal, a produção mundial
da cultura registrou um crescimento de 38,4% entre as safras 2004/05 e 2014/15
(BARROS e ALVES, 2015).
No passado do setor produtivo agrícola do Brasil, prevaleceu o cultivo de milho
de primeira safra ou da chamada safra de verão. Historicamente, ainda na década de
1990/91, aproximadamente 94% da produção nacional ocorria na primeira safra; os
demais 6%, na segunda safra (BARROS e ALVES, 2015). Na temporada 1995/96, a
oferta da segunda safra passou a representar 12,5% da oferta total; em 2000/2001, 18,7%;
em 2005/06, 25,5%; em 2010/11, 44,7%; chegando a 58,2% na temporada 2013/14. Essa
mudança na participação das ofertas da primeira e da segunda safra foi possível devido
ao avanço tecnológico e a ajustes, nos períodos de cultivo. Isso impactou, inclusive, no
cultivo de soja na primeira safra, principal cultura que antecede o milho de segunda safra.
Entende-se que este processo foi então favorecido pela expansão do consumo interno e,
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diazotróficas, as quais podem ser de vida livre, estar associadas a espécies vegetais ou
ainda, podem ser do tipo nodulantes, as quais são capazes de estabelecer simbiose com
plantas leguminosas (MOREIRA et al., 2010). De modo geral, acredita-se que as BPCP
beneficiam o crescimento das plantas por uma combinação de todos esses mecanismos
(DOBBELAERE; VANDERLEYDEN; OKON, 2003).
2.3 BIOINDUÇÃO
osmótica e luz, que são determinantes para o posterior metabolismo dos microrganismos.
Além disso, para a produção de determinados compostos, existem formas de cultivo
microbiano que possibilitam controlar fatores ambientais e nutricionais, com o intuito de
obter um produto final de interesse. Trabalha-se, portanto, com ajustes de temperatura,
aeração e disponibilidade nutritiva fornecida aos microrganismos, tendo como produto
final seus metabólitos gerados da fermentação (etileno e auxinas, giberilinas, etc) e não
os microrganismos vivos (AMARAL, 2017).
Os microrganismos do gênero Azospirillum são capazes de realizar este processo,
onde na ausência de O2 obtêm energia para o seu funcionamento realizando a degradação
parcial de moléculas orgânicas, resultando em rendimento energético inferior ao
mecanismo aeróbio. Sendo assim, ao se trabalhar com metabólitos microbianos ao invés
de utilizar os microrganismos vivos, possibilita fazer um caminho direto metabólito-
planta fazendo com que a mortalidade dos microrganismos não seja mais o problema
(AMARAL, 2017).
Fazer o uso agrícola de produtos oriundos desta tecnologia, tem surgido como
novidade. Os fertilizantes com ação de bioindução podem induzir o metabolismo e as
funções das plantas e propositalmente maximizar o potencial genético dos materiais
vegetais disponíveis no mercado, aumentando variáveis de crescimento e tolerância a
estresses, otimizar os efeitos de insumos, aumentar a produtividade, a colheita, e reduzir
custos (PASCHOLATI, 2005). Dourado Neto et al. (2004), ao testarem o uso de
bioestimulantes a base de citocinina, giberilina e ácido indolcanóico na cultura do milho,
encontraram resultados com o aumento significativo para rendimento de grãos, passando
de 5644,10 kg. ha-1 para 6743,06 kg. ha-1.
Citando-se outra molécula que pode ser produzida através dos microrganismos,
menciona-se a quitosana. Esta por sua vez é obtida a partir da parede celular de
microrganismos (FRANCO et al., 2005; STAMFORD et al., 2008) e apresenta a
capacidade de estimular o sistema de defesa das plantas, atuar no aumento da simbiose
entre plantas e microrganismos (KAUR; DHILLON, 2014) e regulação no crescimento e
desenvolvimento de plantas (RAMÍREZ et al., 2010). Alguns autores obtiveram
resultados interessantes quanto ao uso desta molécula.
Di Piero e Garda (2008), puderam verificar que a quitosana mostrou-se eficiente
contra a antracnose provocada por C. lindemuthianum na cultura do feijão. Neste estudo,
obteve-se uma porcentagem de redução de 70% da severidade da doença. Outros estudos
demonstram que a quitosana (50 µg. mL-1) inibiu a germinação de esporos e reduziu a
17
3. METODOLOGIA
. Macronutrientes
P (Melich) K Ca Mg
SB 9,37 cmolc/dm³ H + Al Al
Fonte: Autor
Fonte: Autor
Figura 3. Produto comercial Simetria® (A) e Stamina® (B), utilizados para aplicação
foliar.
Fonte: Autor
Fonte: Autor
em torno de 500 kg. m3. Sendo assim, compreende-se que foram aplicados cerca de
2500kg de cama de aviário por hectare, o que forneceu aproximadamente 70kg/ha de N,
67,5kg. ha-1 de P e 57,5 kg. ha-1 de K na pré-semeadura da aveia.
Segundo Argenta et al. (2001) e Calegari (2002), a aveia-peta é eficiente na
reciclagem de nutrientes, apresenta baixa taxa de decomposição dos resíduos comparado
às fabáceas ou leguminosas, em função da alta relação C/N (> 30). No entanto, no caso
do nitrogênio (N), que é um elemento muito móvel no sistema, estima-se que 60 a 70%
desse nutriente encontrado na biomassa das plantas são reciclados e novamente
absorvidos pelas plantas no cultivo seguinte (SPAIN; SALINAS, 1985). Com isso,
estima-se que 42 a 49kg de N. ha-1 foram disponibilizados pela palhada da aveia à cultura
do milho.
A inoculação com as bactérias Azospirillum brasiliense foi realizada com
inoculante líquido aplicado diretamente nas sementes. Após a aplicação, as sementes
foram homogeneizadas para proporcionar uma maior uniformidade de cobertura com os
microrganismos. Esse procedimento foi realizado no momento da semeadura, à sombra,
como maneira de prevenção da morte microbiana ocasionada pelos raios solares.
Em relação à aplicação do produto RAIZ líquido, destaca-se que se seguiu um
procedimento similar ao de inoculação. O produto foi aplicado pouco antes da semeadura,
diretamente sobre as sementes na dose de 100ml para 60.000 sementes (16,96kg) e
posteriormente, homogeneizadas.
Em se tratando dos produtos aplicados em pulverização (Simetria e Stamina),
utilizou-se um pulverizador para parcelas experimentais de capacidade de 1,0L (Figura
5). As doses aplicadas foram de 200ml/ha para ambos os produtos, diluídos em um
volume de calda de 150L/ha, pulverizados sobre a linha de plantio até o estádio fenológico
V6. Entende-se que neste estádio de desenvolvimento, as plantas devem apresentar seis
folhas com colar visível e a primeira folha com ponta arredondada em senescência.
Realizaram-se previamente todos os cálculos para a aplicação dos produtos e preparação
da calda a campo, e realizou-se as lavagens do pulverizador com água destilada antes de
iniciar a pulverização nas parcelas experimentais.
25
Figura 5. Pulverizador para parcelas experimentais utilizado para aplicação dos produtos
foliares.
Fonte: Autor
Fonte: Autor
26
Fonte: Autor
Fonte: Autor
27
Fonte: Autor
A produtividade foi avaliada pela colheita e pesagem dos grãos da área útil total
de cada parcela, consistindo nas quatro linhas centrais, dispensando-se 1 metro em cada
cabeceira. Esta variável foi determinada em kg.ha-1, com correção da umidade para 13%.
29
Por fim, o teor de nitrogênio nos grãos foi também verificado pelo método da digestão
nítrico-perclórica e titulação segundo a metodologia de Tedesco et al. (1995), realizada
após a colheita dos grãos e determinação da produtividade.
Os resultados obtidos foram submetidos à análise de variância com o auxílio do
programa computacional R Statistical e as médias comparadas pelo teste de Scott Knott
a 5% de probabilidade (p<0,05).
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4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Este trabalho foi conduzido com base na hipótese de que os tratamentos com
bioestimulantes poderiam proporcionar incrementos na altura de plantas e altura de
inserção da primeira, assim como na massa da parte aérea seca. Porém, os resultados
obtidos não confirmaram esta hipótese, pois a cultura do milho apresentou resposta
contrária à esperada. Os tratamentos que não receberam nenhuma aplicação de qualquer
fórmula de produto bioiestimulante foram os que apresentaram melhor resposta para as
variáveis apresentadas na Tabela 1.
Tratando-se do uso de bioestimulante, é conhecido que os efeitos da aplicação
destes produtos são significativos quando as plantas são submetidas a determinadas
condições de estresse, seja ele de caráter biótico ou abiótico. É provável que os níveis de
estresse aqui averiguados durante o período experimental, não foram suficientes para que
os produtos expressassem o seu verdadeiro potencial sobre a altura de plantas, altura de
inserção da primeira espiga e a massa da parte aérea seca.
Outros estudos revelam dados contrastantes com o do presente experimento. A
altura de plantas e de inserção da espiga, assim como os números de fileiras por espiga,
de grãos por fileira, de grãos por espiga e a massa de 100 grãos do milho irrigado não
foram afetados pelos tratamentos com extratos de algas aplicados via foliar, tanto com
uma quanto com duas aplicações.
Galindo et. al (2015), ao avaliar o desempenho agronômico de milho em função
da aplicação de bioestimulantes à base de extrato de algas, observou que as alturas de
planta e de inserção da espiga não foram afetadas pelos tratamentos aplicados via foliar,
tanto com uma quanto com duas aplicações. Resultados semelhantes a estes foram obtidos
por Benlamon (2008) com a cultura do trigo, onde o uso de biestimulante não
proporcionou incrementos na estatura das plantas.
Resultados diferentes foram encontrados por Oliveira et. al (2016) ao avaliar a
altura de plantas, onde obtiveram aumento linear na ordem de 0,765 cm por acréscimo
unitário nas doses do biorregulador Stimulate®, com aumento de 15,9% em relação aos
tratamentos sem a presença do bioestimulante. De acordo com Taiz e Zeiger (2009),
aplicações de auxina e giberelina (ambos os presentes no Stimulate®) promovem o
crescimento longitudinal do caule de diversas espécies, atuando tanto no alongamento
como na divisão celular e, dessa forma, promovendo o crescimento das plantas.
Em um experimento realizado em casa de vegetação no Tocantins, Santos et. al
(2013) utilizaram três bioestimulantes de forma isolada e em diferentes combinações,
onde avaliaram a altura de plântulas, diâmetro do caule, área foliar, massa seca das folhas,
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massa seca do caule e massa seca das raízes, concluindo que os bioestimulantes resultam
em efeitos positivos na maioria das características fisiológicas das plantas.
Santos e Vieira (2005), avaliando o bioestimulante Stimulate® (0,009% de
citocinina, 0,005% de ácido giberélico, 0,005% de ácido indolbutírico e 99,981% de
ingredientes inertes) aplicado via sementes, observaram que o produto é capaz de originar
plantas de algodoeiro mais vigorosas, com maior comprimento, massa seca e
percentagem de emergência. Em trabalho realizado por Luviseto et. al (2016), também
testando o bioestimulante Stimulate®, porém em diferentes doses na cultura do milho,
observaram que a estatura de plantas de milho no estádio fenológico V6 foi influenciada
e diferiu da testemunha, passando de 84,3cm para 90,5cm na dosagem de 400ml.ha-1.
Gazola, Zucareli e Silva (2017), ao trabalharem com a aplicação foliar de um
produto à base de aminoácidos e nutrientes orgânicos originados da proteína colagênica
animal, observou que o produto não afetou as variáveis analisadas na cultura do trigo,
exceto para o número de grãos. O mesmo foi observado com a cultura do por Ciotti et al.
(2008). Ao submeterem a cultura a pulverizações foliares com o produto comercial
Agropex (doses de 0; 0,5; 1,5; 2 L ha-1), em Marau-RS, concluíram que o uso do produto
à base de aminoácidos não trouxe ganhos produtivos e morfológicos para as plantas. A
altura de planta, número de plantas por m2 e a produção de massa seca não tiveram
diferenças significativas. Esses dados corroboram os de Gazola et al. (2014), que ao
aplicarem de maneira isolada o produto à base de aminoácidos, de forma suplementar à
adubação nitrogenada na cultura do milho safrinha, em Londrina-PR, não obtiveram
respostas positivas nas características agronômicas da cultura.
No que se relaciona à inoculação com Azospirillum brasilense, discute-se
resultados apresentados por Muller et al. (2012), que ao testarem a eficiência de
Azospirillum brasilense na cultura do milho no tratamento de sementes e também no sulco
de semeadura, não observaram diferenças entre os tratamentos para o parâmetro de altura
de plantas. Outros autores também observaram ausência de efeito significativo quanto à
utilização de A. brasilense na cultura do milho para esta variável (BOTIN et al., 2014;
RODRIGUES et al., 2014). Com relação à altura de inserção da espiga, Portugal et al.
(2012) obtiveram resultados divergentes dos aqui apresentados, onde o inoculante a base
de A. brasilense aplicado via foliar favoreceu uma maior altura de inserção de espiga,
com um ganho de 7,3 cm quando comparado ao não inoculado para o tratamento sem
adição de nitrogênio. Em contraste com os resultados deste trabalho, Quadros et al. (2014)
verificaram que a inoculação de milho com Azospirillum brasilense aumentou o
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rendimento de matéria seca da parte aérea em 4,8 t ha-1 em relação ao tratamento não
inoculado.
Amaral (2017), realizou dois experimentos, um em laboratório e outro em
condições de casa de vegetação. O autor avaliou os efeitos do uso do inoculante à base de
Azospirillum brasilense associado ou não ao uso de bioestimulantes de crescimento
vegetal na cultura do milho e, também não verificou diferenças significativas entre os
tratamentos para a altura de plantas e massa seca da parte aérea.
Sabe-se que plantas maiores tendem a apresentar maiores produtividades pelo fato
de sofrerem menor estresse durante o desenvolvimento e acumular maiores quantidades
de reserva no colmo (SILVA et al., 2006). Contudo, a maior estatura de plantas e a
inserção da espiga no colmo contribuem para o aumento do acamamento da cultura
(BRACHTVOGEL et al., 2012), dependendo das características do material genético. A
deficiência de nitrogênio é responsável por retardar a divisão celular nos pontos de
crescimento do milho, resultando em redução na área foliar e no tamanho das plantas,
com reflexos negativos sobre a produção (FANCELLI e DOURADO NETO, 2008). No
entanto, pelos fatores da adubação aplicada e do fornecimento de nutrientes ao solo
advindos da cama de aviário, somada a boa disponibilidade hídrica ocorrida no período,
compreende-se que as plantas do presente estudo não foram submetidas a carências
nutricionais durante o desenvolvimento do experimento.
34
De acordo com a Tabela 2, verifica-se a variável teor de N na parte aérea não foi
influenciada pelo emprego ou não do inoculante e/ou dos produtos bioindutores. Houve
ausência de significância nos resultados encontrados para os teores de N foliar,
encontrando-se um valor médio de 24,13 g de N/kg de massa seca.
Alguns fatores ou elementos podem estar relacionadas com o fato de não se obter
diferenças entre os tratamentos apresentados na Tabela 2. Entre eles, pode-se citar o
híbrido de milho utilizado, o qual pode não ser tão responsivo aos parâmetros vegetativos
para os diferentes tratamentos utilizados. Além disso, o ambiente pode ter exercido
influência sobre os microrganismos A. brasiliense, que possivelmente não encontraram
condições propícias para se estabelecer, tais como aquelas relacionadas ao clima, ou ainda
quanto à fatores ligados às condições do solo como a acidez, por exemplo.
Para o teor de nitrogênio da parte aérea (Tabela 2), se observa que os teores de N
ficaram um pouco abaixo da faixa adequada. Malavolta (2006) quantificou o teor de N
foliar adequado entre 28 a 35 g. kg-1. Segundo Kluge (2016), os reguladores vegetais
possibilitam o aumento na absorção de nutrientes, água e influenciam na atividade
35
hormonal das plantas. No entanto, mesmo com aplicação dos produtos bioindutores, os
valores aqui encontrados mostram-se abaixo da faixa adequada.
Outros trabalhos já realizados encontraram resultados semelhantes. Martins et al.
(2016), ao testarem o desempenho agronômico da cultura do milho em função do
tratamento de sementes com o inoculante Azo Total® (Azospirillum spp) com o
bioestimulante Stimulate® e com o fertilizante líquido Cellerate®, individualmente e em
combinação, verificaram que os produtos utilizados não influenciam nos teores de
nitrogênio foliar em plantas de milho.
Resultados similares foram encontrados em experimento realizado por Kluge
(2016), no município de Candói-PR no ano de 2013. O autor avaliou a eficiência da
inoculação de Azospirillum brasilense associada ao regulador vegetal Stimulate®,
utilizando diferentes doses de adubação nitrogenada na cultura do milho. Por sua vez,
este autor observou que o uso do regulador vegetal não proporcionou respostas com
relação a folhas senescentes e teor de N foliar. Ainda, ao avaliar teor médio de N foliar
nos estádios de florescimento da cultura, o autor observou que o teor de N disponível
aumenta de forma quadrática conforme as doses crescentes de adubação nitrogenada,
obtendo-se o valor máximo de 38 g de N. kg-1 com a utilização da dose de 236 kg. ha-1
de N. Logo, isso justifica-se pela maior disponibilidade de N para as plantas ocasionadas
pela adubação.
Amaral (2017), também não verificou diferenças significativas entre os
tratamentos para os teores de N total da parte aérea. A autora avaliou em condições
laboratoriais e em casa de vegetação os efeitos do Azospirillum brasilense associado ou
não ao uso de bioestimulantes na cultura do milho.
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Produtividade
Tratamentos N nos grãos (g/kg)
(kg/ha)
1 12209,79 b * 11,93 ns**
2 13349,55 b 15,05
3 12784,44 b 11,04
4 14086,12 a 12,88
5 14265.93 a 14,04
6 14966.05 a 13,10
7 14817.75 a 13,44
8 14485.13 a 12,87
Média 13870,59 13,04
CV % 10,56% 9,91
* = Valores seguidos da mesma letra na coluna não diferem entre si de acordo com o teste de
Scott Knott (p<0,05).
** ns = Não significativo pela ANOVA ao nível de 5% de probabilidade.
tratamento com A. brasiliense + 75%N (T4) com o tratamento controle com 100% de N
(T3), fica claro que, além de possibilitar reduzir a adubação nitrogenada em 33,77 kg. ha1
de N (75 kg de ureia), o emprego da técnica de inoculação com A. brasiliense eleva
produtividade em 10,18% em relação a forma de trabalho comumente utilizada pelos
produtores (100% de N).
Logo, essa informação confirma as respostas similares encontradas por outros
autores, demonstrando que esta técnica pode ser encarada como capaz de aumentar a
produtividade da cultura do milho. Conforme o trabalho citado por Bárbaro, Brancalião
e Ticelli (2008) o Azospirillum poderia substituir em até 50% a dose de nitrogênio. Com
isso, apresentam-se os resultados encontrados por Gai (2015), que ao comparar o
tratamento de Azospirillum + 80 kg ha-1 de N com o tratamento 120 kg ha-1 de N, obteve
uma contribuição de 33% da dose de N à cultura, provavelmente proporcionada pela
fixação biológica realizada pelos microrganismos. Em tese, este valor encontra-se
próximo ao observado nesse estudo.
Em um estudo realizado a campo por Fukami et al. (2016), avaliando diferentes
métodos de inoculação com A. brasilense, verificaram que os tratamentos aplicados em
pulverização foliar com duas e quatro doses de inoculante, associados a 75% de N,
promoveram ganhos de 773 e 439 kg. ha-1, respectivamente em relação ao tratamento
controle com 100% da dose de nitrogênio. Resultados similares de ganho em
produtividade em função do uso de A. brasilense na cultura do milho foram também
obtidos por Portugal et al. (2012). Estes os autores encontraram um aumento de 14,75%
na produção de grãos em comparação ao tratamento sem inoculação.
No entanto, existem estudos onde os tratamentos com a inoculação com A.
brasiliense não apresentaram ganhos em produtividade. Como exemplo disso, cita-se o
experimento realizado por Müller et al. (2012), onde os autores avaliaram a produtividade
do milho em resposta a inoculação de Azospirillum brasilense no tratamento de sementes
e também no sulco de semeadura, com diferentes doses, comparando-os ao tratamento
controle, onde não verificaram diferenças significativas. Mascarello e Junior (2015)
observaram a ausência de ganhos em produtividade ao utilizar a inoculação de sementes
de milho com A. brasilense. Também, o mesmo foi constatado por Basi (2013), onde o
autor não verificou incrementos significativos na produtividade do milho, quando
submetido aos tratamentos de inoculação com A. brasiliense na semente e no sulco de
semeadura.
38
5 CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
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ANEXOS
Chuv
Chuva Chuva Chuva
Outubro a Novembro Dezembro Janeiro
(mm) (mm) (mm)
(mm)
01/10/2016 0,0 01/11/2016 0,2 01/12/2016 0,0 01/01/2017 4,4
02/10/2016 0,6 02/11/2016 3,2 02/12/2016 0,0 02/01/2017 0,4
03/10/2016 0,0 03/11/2016 0,0 03/12/2016 33,0 03/01/2017 0,6
04/10/2016 0,0 04/11/2016 0,0 04/12/2016 3,0 04/01/2017 30,8
05/10/2016 23,6 05/11/2016 0,0 05/12/2016 0,0 05/01/2017 36,0
06/10/2016 33,0 06/11/2016 0,0 06/12/2016 0,2 06/01/2017 4,8
07/10/2016 0,2 07/11/2016 0,0 07/12/2016 0,4 07/01/2017 10,6
08/10/2016 0,2 08/11/2016 0,0 08/12/2016 0,6 08/01/2017 0,6
09/10/2016 0,2 09/11/2016 22.8 09/12/2016 2,8 09/01/2017 47,4
10/10/2016 0,0 10/11/2016 0,0 10/12/2016 9,0 10/01/2017 0,4
11/10/2016 0,0 11/11/2016 0,0 11/12/2016 11,8 11/01/2017 0,0
12/10/2016 2,8 12/11/2016 0,0 12/12/2016 0,0 12/01/2017 0,0
13/10/2016 1,4 13/11/2016 0,0 13/12/2016 0,2 13/01/2017 0,0
14/10/2016 0,0 14/11/2016 0,0 14/12/2016 0,0 14/01/2017 0,0
15/10/2016 0,0 15/11/2016 0,0 15/12/2016 0,0 15/01/2017 0,0
16/10/2016 0,0 16/11/2016 56,4 16/12/2016 0,0 16/01/2017 0,0
17/10/2016 32,4 17/11/2016 0,4 17/12/2016 0,2 17/01/2017 2,0
18/10/2016 10,8 18/11/2016 0,0 18/12/2016 10,2 18/01/2017 0,2
19/10/2016 31,0 19/11/2016 0,2 19/12/2016 9,6 19/01/2017 0,8
20/10/2016 0,2 20/11/2016 0,0 20/12/2016 33,0 20/01/2017 0,0
21/10/2016 0,2 21/11/2016 0,0 21/12/2016 0,8 21/01/2017 8,0
22/10/2016 0,0 22/11/2016 0,0 22/12/2016 4,6 22/01/2017 0,4
23/10/2016 0,4 23/11/2016 0,0 23/12/2016 2,8 23/01/2017 3,6
24/10/2016 0,4 24/11/2016 0,0 24/12/2016 0,4 24/01/2017 0,8
25/10/2016 23,6 25/11/2016 2,6 25/12/2016 0,2 25/01/2017 6,8
26/10/2016 18,6 26/11/2016 0,0 26/12/2016 3,4 26/01/2017 2,2
27/10/2016 3,4 27/11/2016 41,4 27/12/2016 0,2 27/01/2017 0,4
28/10/2016 0,0 28/11/2016 50,6 28/12/2016 0,4 28/01/2017 1,0
29/10/2016 0,2 29/11/2016 46,2 29/12/2016 3,6 29/01/2017 0,0
30/10/2016 0,0 30/11/2016 0,2 30/12/2016 6,4 30/01/2017 0,2
31/10/2016 0,0 31/12/2016 14,6 31/01/2017 0,2
TOTAL 183,2 201,4 151,4 162,6
Fonte: Estação agrometeorológica UFSC Curitibanos
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