2018 - TCC - Visi Domingos - Simulação de Uma Unidade de Refino Do Petróleo
2018 - TCC - Visi Domingos - Simulação de Uma Unidade de Refino Do Petróleo
2018 - TCC - Visi Domingos - Simulação de Uma Unidade de Refino Do Petróleo
Luanda
2019
VISI KIALEMBUA PEREIRA DOMINGOS
Luanda
2019
Domingos, Visi Kialembua Pereira.
Agradeço aos meus pais André Bernabé e Maingui Graça por se sacrificarem e
abrirem mãos de suas necessidades, para que eu pudesse estudar sempre nas
melhores condições. Não poderia deixar de agradecer ao meu grande e único irmão
Raúl André pelos conselhos que na qual ao longo de todos anos vem me
fornecendo.
Não poderia deixar de agradecer ao professor Júlio Kuende pelo apoio moral
durante todos estes anos, e sem esquecer os professores Luís Alberto, Walter
Augusto, Waldik Jaime, Miguel Filho, André Filemon, Magata Nkuba, Letícia Torres,
Domingos Santana, Kátia Gabriel, Miguel Clemente, e a toda comunidade Isptec.
― ALBERT EINSTEIN
RESUMO
Refining is one of the most important segments of the oil industry, since it is
responsible for a set of processes and unit operations to obtain higher value-added
products such as gasoline, kerosene, light and heavy gas oils, among others. In this
context, it is necessary to know the behavior of the process by using a commercial
simulator that contains a database of pure components, several mathematical and
thermodynamic models, to ensure the implementation of the distillation unit near its
optimum operational point. of mass and energy balances, thermodynamic equilibrium
relationships and specificities of each equipment. The complexity of the studied
thermodynamic systems and the separation operations involved in the petroleum
refining processes resulted in the definition of parametric sensitivity analysis
strategies of the atmospheric distillation and debranching columns. The simulation
involved the analysis of column operating parameters, such as the reflux ratio,
column feed temperature, steam temperature and steam flow, up to their
convergence limits. With the simulation, it was possible to characterize and quantify
the petroleum fractions, as well as to identify the best operating conditions that
guarantee better process performance. The results obtained with the implementation
of this work were satisfactory, having determined the optimum conditions of refinery
operations, which result in the minimization of energy consumption and therefore in
the maximization of light diesel production rates, namely RR = 17 , Feeding T =
344.44 ° C, Steam T = 260 ° C and Vapor Flow = 141 t / d. The economic feasibility
study carried out also allowed us to determine the time of return of the investement
having been of 2 years.
SIGLA NOMENCLATURA
AR Água de Resfriamento
BM Balanço de Massa
BE Balanço de Energia
𝑓𝐿 Factores de Lang
LE lucro de empreendimento
P Pressão (atm)
R Receita
𝐿∗𝑎𝑡𝑚
R Constante dos gases Ideias (𝑚𝑜𝑙∗𝑘 )
RET Retificadoras
RR Razão de Refluxo
𝑇 Temperatura (ºC)
Z Factor de Compressibilidade
ÌNDICE
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................. 10
1.1. Contextualização ............................................................................................... 10
1.2. Objectivos geral e específico............................................................................. 12
1.2.1. Objectivo Geral ....................................................................................... 12
1.2.2. Objectivos Específicos ........................................................................... 12
1.3. Hipóteses Relacionadas .................................................................................... 13
1.4. Justificativa ........................................................................................................ 15
1.5. Estrutura da Monografia .................................................................................... 16
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ............................................................................. 17
2.1. História do petróleo no mundo ...................................................................... 17
2.1.1. História do petróleo em Angola ............................................................. 17
2.2. Refino do petróleo........................................................................................... 19
2.3. Parâmetros de Caracterização ....................................................................... 21
2.3.1. Massa Especifica .................................................................................... 21
2.3.2. Curva de Destilação ................................................................................ 22
2.3.3. Ponto de Fulgor ...................................................................................... 23
2.4. Destilação ......................................................................................................... 24
2.4.1. Destilação Flash ...................................................................................... 24
2.4.2. Destilação Fraccionada .......................................................................... 25
2.4.3. Conceitos Fundamentais ....................................................................... 26
2.5. Modelos Termodinâmicos ................................................................................. 29
2.6. Variáveis operacionais na Destilação Atmosférica ............................................ 32
2.7. Impactos Ambientais do Petróleo.................................................................. 34
2.7.1. Métodos de tratamento........................................................................... 35
2.8. Simulação Computacional.............................................................................. 36
2.8.1. Aplicações da Simulação ....................................................................... 38
2.9. Análise de Sensibilidade Paramétrica ............................................................... 39
3. METODOLOGIA ............................................................................................... 41
3.1. Capacidade Nominal ....................................................................................... 41
3.2. Diagrama de Blocos e Fluxograma de Processo ......................................... 41
3.3. Estratégias de Simulação ............................................................................... 42
3.3.1. Simulação do Processo.......................................................................... 43
3.4. Estratégias de optimização ............................................................................... 50
3.4.1. Variáveis de Processo .................................................................................. 51
3.4.2. Função Objectiva.......................................................................................... 51
3.5. Balanço de Massa e Energia .......................................................................... 51
3.6. Dimensionamento dos Equipamentos .......................................................... 55
3.6.1. Trocadores de Calor ............................................................................... 55
3.6.2. Separador Gás-Líquido .......................................................................... 57
3.6.3. Coluna de Destilação Atmosférica ........................................................ 59
3.7. Análise de Viabilidade Económica ................................................................ 62
3.8. Layout da Unidade de Produção.................................................................... 63
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES ...................................................................... 64
4.1. Capacidade Nominal ....................................................................................... 64
4.2. Diagrama de Bloco ............................................................................................ 64
4.3. Fluxograma de Processo ................................................................................ 66
4.3.1. Diagrama de Instrumentação do Processo .......................................... 70
4.3.2. Balanço de massa e energia .................................................................. 76
4.3.3. Dimensionamento dos equipamentos .................................................. 93
4.3.4. Análise dos parâmetros de Operação ................................................... 95
4.3.5. Coluna Debutanizadora ........................................................................ 103
4.4. Análise de Viabilidade Econômica .................................................................. 105
4.5. Layout do Projecto ........................................................................................ 107
5. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES ......................................................... 109
5.1. Conclusões ..................................................................................................... 109
5.2. Recomendações para trabalhos futuros .......................................................... 110
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................... 111
7. ANEXOS ............................................................................................................. 116
10
1. INTRODUÇÃO
1.1. Contextualização
O petróleo é uma das matérias-primas mais importantes do mundo actual, pois dele
podem-se obter, por destilação ou síntese química, produtos como gasolina,
querosene, gás de cozinha, lubrificantes, borrachas, plásticos, tecidos sintéticos,
tintas, energia eléctrica, entre outros. O petróleo é uma mistura complexa de
compostos orgânicos e inorgânicos, constituído maioritariamente por
hidrocarbonetos e é encontrado à profundidades variáveis, tanto no subsolo terrestre
como no marítimo (CARDOSO, 2005).
No seu estado natural, o petróleo não pode ser aproveitado de forma directa para
outros fins que não o de fornecimento de energia via combustão. Por isso, depois de
extraído das jazidas, é transportado para uma refinaria onde é submetido a um
conjunto de processos e operações unitárias, para se obter os produtos de acordo
com as respectivas especificações (SPEIGHT e EXALL, 2014).
I. Fazer a revisão bibliográfica, para se conhecer o estado de arte sobre o tema deste
trabalho.
II. Descrever de forma clara, as etapas envolvidas numa unidade de refinação do
petróleo.
III. Elaborar o diagrama de blocos e o fluxograma do processo de refino do petróleo.
IV. Fazer o balanço de massa e energia, baseado no fluxograma do processo.
V. Dimensionar os equipamentos do processo.
VI. Realizar a simulação de todo o processo e avaliar as relações paramétricas
envolvidas.
VII. Fazer a avaliação económica e a análise da sustentabilidade do projecto.
VIII. Analisar os efeitos ambientais que podem decorrer do processo de refinação do
petróleo.
IX. Elaborar o layout do processo.
13
1.4. Justificativa
A refinaria de Luanda foi projectada para processar 100 mil bbl/dia do óleo Cru, mas
sabe-se que, a mesma actualmente processa apenas 65 mil bbl/dia. Eis a
necessidade de desenvolvimento do presente trabalho de simulação, para se
averiguar os factores ou variáveis que limitam a capacidade de processamento, na
perspectiva de melhorar a produção e minimizar o consumo de energia.
Mas, apesar de toda essa capacidade de exploração, a única empresa nacional que
processa o petróleo só tem capacidade para atender 20% da demanda energética
do país, o que implica que aproximadamente 80% dos combustíveis são importados.
A importação acarreta custos elevadíssimos que podem ser minimizados se os
níveis de processamento fossem melhorados e/ou optimizados. Neste contexto,
neste trabalho é realizado um estudo de optimização, por simulação dos processos
de refinação do petróleo na perspectiva de redução das taxas de consumo de
energia e maximização dos caudais de produção de diesel.
16
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
A principal expansão da indústria petrolífera teve lugar no fim dos anos 60, quando a
Cabinda Gulf Oil Company (Cabgoc) descobriu petróleo em “offshore”, ao largo do
Enclave “ onshore” angolano de Cabinda. Em 1973, o petróleo passou a ser a
principal exportação de Angola, e desde então, foram feitas numerosas descobertas
não só na área de Cabinda, mas também noutras áreas ao largo da costa de Angola
(MAPASSI, 2015).
18
Alguns petróleos têm um alto teor de asfaltenos e são usados em especial para a
produção de asfalto. Nos petróleos considerados leves, as fracções desejadas são o
querosene e o diesel. O rendimento e a qualidade do querosene por exemplo, é uma
consideração importante uma vez que este material é vendido como combustível
para jatos comerciais (LISBOA, 2016).
O refino do petróleo constitui-se de uma serie de etapas pelas quais o óleo crú é
convertido em uma série de produtos comercializáveis com as qualidades desejadas
e nas quantidades estabelecidas pelo mercado (SPEIGHT, 2015).
20
141.5 (1)
º𝐴𝑃𝐼 = − 131.5
𝑑60/60º𝐹
A Equação (1) mostra que quanto maior for a massa específica do produto, menor
será o grau API do mesmo. Dessa forma é possível relacionar o tipo de petróleo
segundo a classificação por massa específica e o grau API. A Tabela 1 mostra essa
classificação.
˃30 Leve
20-30 Médio
˂20 Pesado
2.4. Destilação
a) Volatilidade
b) Pressão de Vapor
𝐵
𝑙𝑛𝑃 𝑠𝑎𝑡 /𝐾𝑃𝑎 = 𝐴 − 𝑇/𝐾 +𝐶 (2)
A pressão de vapor não depende apenas dos componentes, mas também da sua
composição. A pressão de vapor de uma mistura será a ponderação das pressões
de vapor dos componentes puros. Cada componente dará uma contribuição na
pressão de vapor da mistura, e esta será devida sua composição. Pode ser
determinada pela equação 3.
𝑦𝑖 𝑃 = ∑𝑖 𝑥𝑖 𝑃𝑖𝑠𝑎𝑡 (3)
e) Equilíbrio liquido-vapor
𝑦𝑖 𝑃 = 𝑥𝑖 𝑃𝑖𝑠𝑎𝑡 (7)
𝑦𝑖 𝑃 = 𝑥𝑖 𝛾𝑖 𝑃𝑖𝑠𝑎𝑡 (8)
O coeficiente de actividade pode ser calculado por diversos modelos, entre eles
podem se destacar os seguintes: Equação de Margules de 2 ou 3 parâmetros,
Equações de Van Laar, Equações de Wilson, Equação NRTL, Equação UNIQUAC e
modelo UNIFAC. Estas equações são usadas pelo software para o cálculo desse
coeficiente.
29
𝑃𝑉 𝐵𝑃
𝑍 = 𝑅𝑇 = 1 + 𝑅𝑇 (9)
B = ∑𝑁 𝑁
𝑖=1 ∑𝑗=1 𝑦𝑖 𝑦𝑗 𝐵𝑖𝑗 (𝑇) (10)
𝑃
ln ∅𝑖 = [2 ∑𝑁
𝑖=1 𝑦𝑖 𝐵𝑖𝑗 − 𝐵 ] 𝑅𝑇 (12)
𝑅𝑇 𝑎
𝑃 = 𝑉−𝑏 − 𝑉(𝑉+𝑏)+𝑏(𝑉−𝑏) (13)
c) Refluxo circulante: parte da corrente líquida que sai como produto lateral
da coluna pode ser utilizado para aquecimento de outras correntes de
hidrocarbonetos da unidade de destilação, retornando para a coluna em
uma posição superior à da retirada. Esta troca de calor sensível implica no
sub-resfriamento da corrente, retirando calor do interior da coluna e
permitindo a redução da carga térmica no condensador de topo. Pelo facto
de retornar sub-resfriado, o refluxo circulante piora o fraccionamento na
33
i. chuvas ácidas;
ii. modificações das características dos solos devidas à lavagem dos mesmos
pelas chuvas ácidas;
iii. mudanças do corpo aquático pelo aumento das concentrações de metais
tóxicos;
35
Existem também simuladores livres de processo para utilização não comercial, como
o DWSIM.
38
3. METODOLOGIA
O fluxo de alimentação foi definido inserindo as condições de alimentação (vazão, temperatura, pressão e a designação do fluxo),
conforme mostra a Figura 6.
Caracterizada a carga, o simulador oferece facilidades para a especificação das operações unitárias envolvidas bem como das
correntes que as interligam. Sendo assim, a Figura 7 representa o fluxograma do processo simulado em estado estacionário.
O simulador permite ainda observar o ambiente da torre, mostrando com mais detalhe, os Pumps Around, as Strippers e o
condensador, conforme a Figura 8.
𝐸𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎
𝐺𝑒𝑟𝑎çã𝑜 𝑆𝑎𝑖𝑑𝑎 𝐶𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝐴𝑐ú𝑚𝑢𝑙𝑜
𝑑𝑒 𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎
𝑑𝑒 𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑒 𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑒 𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑒 𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎
𝑎𝑡𝑟𝑎𝑣é𝑠 𝑑𝑎𝑠 + { }−{ }−{ }={ }
𝑑𝑒𝑛𝑡𝑟𝑜 𝑎𝑡𝑟𝑎𝑣é𝑠 𝑑𝑎𝑠 𝑑𝑒𝑛𝑡𝑟𝑜 𝑑𝑜 𝑑𝑒𝑛𝑡𝑟𝑜 𝑑𝑜
𝑓𝑟𝑜𝑛𝑡𝑒𝑖𝑟𝑎𝑠
𝑑𝑜 𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 𝑓𝑟𝑜𝑛𝑡𝑒𝑖𝑟𝑎𝑠 𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎
{ 𝑑𝑜 𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 }
52
𝐸𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎
𝑆𝑎𝑖𝑑𝑎 𝐴𝑐ú𝑚𝑢𝑙𝑜
𝑑𝑒 𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎
𝑑𝑒 𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑒 𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎
𝑎𝑡𝑟𝑎𝑣é𝑠 𝑑𝑎𝑠 − { }={ }
𝑎𝑡𝑟𝑎𝑣é𝑠 𝑑𝑎𝑠 𝑑𝑒𝑛𝑡𝑟𝑜 𝑑𝑜
𝑓𝑟𝑜𝑛𝑡𝑒𝑖𝑟𝑎𝑠
𝑓𝑟𝑜𝑛𝑡𝑒𝑖𝑟𝑎𝑠 𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎
{ 𝑑𝑜 𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 }
Se o regime for permanente, em que não ocorre acúmulo dentro do sistema, como
acontece em muitas etapas do processo, obtêm-se a Equação (17).
𝐸𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎 = 𝑆𝑎𝑖𝑑𝑎 (17)
𝐸𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎
𝑆𝑎𝑖𝑑𝑎
𝑑𝑒 𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎
𝑑𝑒 𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎
𝑎𝑡𝑟𝑎𝑣é𝑠 𝑑𝑎𝑠 = { }
𝑎𝑡𝑟𝑎𝑣é𝑠 𝑑𝑎𝑠
𝑓𝑟𝑜𝑛𝑡𝑒𝑖𝑟𝑎𝑠
𝑓𝑟𝑜𝑛𝑡𝑒𝑖𝑟𝑎𝑠
{ 𝑑𝑜 𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 }
Por sua vez, o balanço de energia em regime permanente é muito importante para o
projecto e avaliação de processos, tal como o balanço de massa, para o
dimensionamento de equipamentos do processo. O balanço de energia determina a
taxa de energia envolvida nos equipamentos de transferência calor, assim a
equação (18) ilustra como fazer o balanço de energia em um sistema, sendo que
para alguns equipamentos são simplificadas algumas das etapas desta expressão
(BRASIL, 2004).
𝐸𝑛𝑒𝑟𝑔𝑖𝑎
𝐸𝑛𝑒𝑟𝑔𝑖𝑎 𝐸𝑛𝑒𝑟𝑔𝑖𝑎 𝐸𝑛𝑒𝑟𝑔𝑖𝑎 𝐴𝑐ú𝑚𝑢𝑙𝑜
𝑡𝑟𝑎𝑛𝑓𝑒𝑟𝑖𝑑𝑎
{ } + {𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑓𝑒𝑟𝑖𝑑𝑎 } − {𝑔𝑒𝑟𝑎𝑑𝑎 𝑛𝑜 } − { 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑖𝑑𝑎 } = { 𝑑𝑒 𝑒𝑛𝑒𝑟𝑔𝑖𝑎 } (18)
𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑜
𝑑𝑜 𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 𝑛𝑜 𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 𝑛𝑜 𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎
𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎
53
𝑇
∆𝐻𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜𝑠 = ∑ 𝜕𝑖 ∫𝑇 𝑝 𝐶𝑝𝑖 × (𝑇 − 𝑇𝑟𝑒𝑓 ) (21)
0
𝑇
∆𝐻𝑟𝑒𝑎𝑔𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠 = ∑ 𝜕𝑖 ∫𝑇 𝑟 𝐶𝑝𝑖 × (𝑇 − 𝑇𝑟𝑒𝑓 ) (22)
0
ℎ = 𝐶𝑝𝑚𝑖𝑥 × 𝑇 (25)
Onde:
Esta forma é a mais aplicada para a maioria de processos de produção em que são
desprezíveis tanto as energias cinética e potencial, como trabalho mecânico. A
Equação (24) é normalmente aplicada em colunas de destilação, fornos e caldeiras
(BRASIL, 2004).
ℎ𝑜 = 𝐽𝐿 ∗ 𝐽𝐵 ∗ 𝐽𝐶 ∗ ℎ𝐶𝐹 (27)
A perda de carga nos tubos é calculada da mesma forma que no método Kern. Já na
superfície externa é calculada de forma diferente, onde na parte exterior existe a
perda de carga através dos tubos e também devido à zona de janela.
(2+0,6∗𝑁𝐶𝑊 )∗𝑤22
∆𝑃𝑊 = 𝑃𝑎𝑟𝑎 𝑅𝑒 > 100 (30)
2∗𝑆𝑚 ∗𝑆𝑤 ∗𝜌2
56
A perda de carga total é a soma dessas duas parcelas, e é dado pela Equação (31).
𝑁𝐶𝑊
∆𝑃 = [(𝑁 − 1) ∗ ∆𝑃𝐶 ∗ 𝑅𝐵 + 𝑁 ∗ ∆𝑃𝑊 ] ∗ 𝑅𝐿 + 2 ∗ ∆𝑃𝐶 ∗ 𝑅𝐵 ∗ (1 − ) (31)
𝑁𝐶
Onde:
𝐿𝐶 = Altura do corte dos defletores que é o mesmo que a altura das janelas(m)
𝑄 = 𝑈 ∗ 𝐴 ∗ 𝐹𝑟 ∗ (𝑀𝐿𝐷𝑇) (32)
1−𝑆
√𝑅 2+1∗ln
1−𝑅∗𝑆
𝐹𝑟 = (33)
2−𝑆∗(𝑅+1−√𝑅2 +1)
𝑅−1∗ln
2−𝑆∗(𝑅+1+√𝑅2 +1)
Onde:
𝜌𝐿 −𝜌𝑉 1⁄2
𝑢𝑡 = 0,07 ∗ ( ) (36)
𝜌𝑉
Onde:
No caso de separadores verticais, o diâmetro do vaso deve ser suficiente para que
não haja o arraste das gotas. Então, o diâmetro mínimo permissível é calculada pela
Equação (37).
4∗𝑉
𝐷𝑉 = √ 𝑉 (37)
𝜋∗𝑢 𝑠
Onde:
Onde:
4∗𝑉𝑤
𝐷𝐶 = √ (39)
𝜋∗𝜌𝑉 ∗𝑢𝑉
Onde:
𝑥 𝑥
log[ 𝐿𝐾 ] ∗[ 𝐻𝐾 ]
𝑥𝐻𝐿 𝑑 𝑥𝐿𝐾 𝑏
𝑁𝑚 = (40)
𝛼𝐿𝐾
Onde:
𝛼𝐿𝐾 = volatilidade relativa do componente leve em relação ao pesado
𝑥𝐿𝐾 = concentração do componente leve, sendo ‘d’ no topo e ‘b’ no fundo
𝑥𝐻𝐾 = concentração do componente pesado, sendo ‘d’ no topo e ‘b’ no fundo
𝑁𝑚 = Número de estágios mínimos, para refluxo total
𝛼𝐿𝐾 ∗ 𝛼𝐿𝐾,𝑓
∑ =1−𝑞 (42)
𝛼𝐿𝐾 − 𝜃
Onde:
𝑅𝑚 = Refluxo mínimo
𝜃 = Raiz da equação
61
𝑁 𝐵 𝑥 𝑥
log [𝑁𝑟 ] = 0,206 ∗ log [(𝐷) ∗ ( 𝑥𝐻𝐾,𝑓 ) ∗ (𝑥 𝐿𝐾,𝑏 )] (43)
𝑠 𝐿𝐾,𝑓 𝐻𝐾,𝑑
Onde:
𝑁𝑟 = Número de pratos acima da alimentação, incluindo condensador
𝑁𝑠 = Número de pratos abaixo da alimentação, incluindo refervedor
𝑥𝐻𝐾,𝑓 = Concentração do componente pesado na alimentação
Por sua vez, a receita (R) é determinada pelo produto do preço de venda do produto
que se deseja produzir ( $/dia ), a capacidade de produção ( barril/dia) e 365, de
modo que se obtém o valor anual, conforme a equação (46).
O Inside Batterry Limits (ISBL) é determinado pelo somatório dos preços dos
equipamentos envolvidos no projecto multiplicado pelo factor de Lang. Para este
projecto, o factor de Lang utilizado foi retirado da tabela dos factores de Lang para
diferentes tipos de processamento citado por (PERLINGEIRO, 2005) e apresentada
nos anexos deste trabalho.
𝐿𝐸
𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑡𝑜𝑟𝑛𝑜 𝑑𝑒 𝑖𝑛𝑣𝑒𝑠𝑡𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 = 𝐼 ∗ 100% (49)
𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙
𝐼𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙
𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑡𝑜𝑟𝑛𝑜 = (50)
𝐿𝐸
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Os produtos laterais da torre principal, que são o querosene (que sai pela corrente
C13), diesel (corrente C14) e AGO (corrente C15), são retirados nos pratos 10, 20 e
30 respectivamente. As correntes são divididas em refluxo circulante e produto. Em
seguida, as correntes de produto seguem para as colunas de retificação nas quais é
inserido vapor de água. Após a retificação os produtos são resfriados e
69
Por último, a corrente C16 contendo o resíduo atmosférico, é misturado com uma
corrente C22 de vac coil steam, de modo aumentar a velocidade e minimizar a
formação de coque dentro do aquecedor. A mistura obtida é aquecida em um forno
até a temperatura-limite de craqueamento, para maximizar a fracção de líquido
vaporizado, e é alimentado na coluna de destilação a vácuo numa secção
denominada zona de expansão. Nesta secção ocorre uma transição nas condições
da alimentação, que sai de uma alta pressão da linha de transferência existente
entre o forno de aquecimento para uma condição de baixa pressão dentro da coluna,
promovendo a vaporização dos componentes leves. Nesta coluna são obtidas como
produtos, o gasóleo residual, gasóleo leve, gasóleo pesado e o resíduo de vácuo.
Como o objectivo do forno é fornecer uma temperatura óptima para que ocorra o
processo de destilação, a variável controlada deste sistema é a temperatura de
saída de produto (cru-reduzido) que vai em direcção à torre atmosférica.
F-01
CARGA
SAÍDA
TI
TC
PC
PI
GÁS COMBUSTIVEL
a) Temperatura
Por outro lado, caso a operação da torre seja feita com temperatura de topo abaixo
dos patamares normais, a corrente de fundo da torre será composta de
componentes “mais leves” do que o esperado, o que pode gerar um fluxo muito
grande de produto leve na torre de destilação atmosférica, aumentando a sua
pressão, podendo chegar ao ponto de perda de especificação dos produtos
retirados nesta torre (principalmente querosene e diesel).
b) Pressão
A pressão na torre não é uma variável utilizada para os ajustes normais. Ela deve
ser mantida constante para se ter uma operação estável.
É conveniente observar que uma alteração nas faixas de destilação dos produtos,
altera também outras propriedades, como densidade, viscosidade, ponto de fulgor,
etc.
74
Uma vazão alta de vapor de retificação, além de não permitir um grande ganho na
vaporização dos leves, pode provocar arraste de líquido pelo vapor, o que poderá
acarretar contaminação do produto superior ou até mesmo inundação nos pratos
superiores.
P PIC
10
TIC
T V-04
CN-01 11
17
12
LIC
V-01 18
C TC-01
19 AC-01 V-05
13
TIC T
LIC
20
V-02 14
TC-02 V-06
TIC T 21 AC-02
LIC
V-03 15
22
V-07
AC-03
TC-03
LIC
T
CD
TRC TIC
16
V-09 V-08
RF- 01
Os dados da Tabela 4, podem ser melhor explicitados de acordo com a Figura 15,
que mostra todas as correntes e as respectivas energias associadas.
C1 C2
ṁe = 375810,1 Kg/h ṁs = 375810,1 Kg/h
Qe = - 805398487,573468 Kj/h Qs = -736003312,156989 Kj/h
Os dados da Tabela 5, foram melhor explicitados na Figura 16, que mostra todas
as correntes e as vazões mássicas associados ao misturador.
C2
ṁe = 375810,1 Kg/h
Qe = - 736003312,156989 Kj/h
C4
ṁs = 378454,6 Kg/h
C3 Qs = - 775945270,929339 Kj/h
ṁe = 2644,456 Kg/h
Qe = - 39941958,7723497 Kj/h
E2 106059994,004723
Sendo assim, os dados da Tabela 6 podem ser melhor explicitados de acordo com a
Figura 17, que mostra todas as correntes e as respectivas energias associadas a 2ª
Bateria.
80
C4 C5
ṁe =378454,6 Kg/h ṁs = 378454,6 kg/h
Qe = - 775945270,929339 Kj/h Qs = - 669885276,924616 Kj/h
Para melhor explicitação, os dados da Tabela 7 são apresentados na Figura 18, que
mostra todas as correntes e as respectivas energias associadas.
81
C5 C6
ṁe = 378454,6 Kg/h ṁs = 378454,6 Kg/h
Qe = - 669885276,924616 Kj/h Qs= - 529724097,106311 Kj/h
Os dados da Tabela 8 foram melhor explicitados na Figura 19, que mostra todas as
correntes e as vazões mássicas associados a coluna de destilação atmosférica.
Qc = 121780770,314245 Kj/h
C12
ṁs = 94980,44 Kg/h
Qs = - 209765478,189781 Kj/h
C13
ṁs = 31417,21 Kg/h
Qs = - 54113790,2221055 Kj/h
C6
ṁe = 378454,6 Kg/h
Qe = - 529724097,106311 Kj/h C14
ṁs = 41729,61 kg/h
C7
Qs = - 64810301,9937100 Kj/h
ṁe = 5896,761 Kg/h
Qe = - 76652292,6061423 Kj/h
C8
C15
ṁe = 737,0952 Kg/h
ṁs = 15751,26 Kg/h
Qe = - 9581536,57576779 Kj/h
Qs = - 24795149,6153594 Kj/h
C9
ṁe = 737,0952 Kg/h
Qe = - 9581536,57576779 Kj/h
C10 C16
ṁe = 737,0952 Kg/h ṁs = 192069,7 Kg/h
Qe = - 9581536,57576779 Kj/h Qs = - 300323980,376814 Kj/h
E-2
Para melhor explicitação, os dados da Tabela 9 são apresentados na Figura 20, que
mostra todas as correntes e as respectivas energias associadas.
C17 C18
ṁe = 94980,44 Kg/h ṁs = 94980,44 Kg/h
Qe = - 209464931,575749 Kj/h Qs = - 193433629,331910 Kj/h
Como se pode observar na Tabela 10, a coluna debutanizadora também é uma das
colunas mais importante da unidade de refinação do petróleo, pois do mesmo são
obtidos produtos de elevado valor agregado, tais como o GLP (conhecida como gás
da cozinha) e Nafta estabilizada. Vale ressaltar que a nafta estabilizada, é utilizado
como matéria-prima na unidade de reforma catalítica, para a produção da gasolina.
86
Os dados da Tabela 10 são melhor explicitados na Figura 21, que mostra todas as
correntes e as respectivas vazões mássicas associadas.
Qc = 10886711,8574829 Kj/h
C20
ṁs = 14161,53 Kg/h
Qs = - 33459982,7238114 Kj/h
C18
ṁe = 94980,44 Kg/h
Qe = - 193433629,331910 Kj/h
Qr = 32856837,0144816 kj/h
C21
ṁs = 80818,91Kg/h
Qs= - 137997246,101266 Kj/h
Os dados da Tabela 11, foram melhor explicitados na Figura 22, que mostra todas
as correntes e os fluxos mássicos associadas ao misturador.
C16
ṁe = 192069,7 Kg/h
Qe = - 300323980,376814 Kj/h
C23
ṁs = 201141,6 Kg/h
C22 Qs = - 418250584,386264 Kj/h
ṁe = 9071,94 Kg/h
Qe = - 117926604,009450 Kj/h
E5 95427667,2745812
Depois que a corrente C24 sai do misturador, ela deve ser pré-aquecida para uma
melhor eficiência da próxima etapa. Nota-se claramente de acordo com os dados da
Tabela 12, o cumprimento da lei de conservação da massa, bem como a lei de
conservação da energia. Nota que há uma particularidade nesta etapa do refino do
petróleo, isto porque temperaturas superiores a 390ºC são evitados, pois começa a
89
E5 = 95427667,2745812 Kj/h
C23 C24
ṁe = 201141,6 Kg/h ṁs = 201141,6 Kg/h
Qe = - 418250584,386264 Kj/h Qs = - 322822917,111682 Kj/h
Topstage 63334230,9308500
Pacooloer
Nota o número de fracções que ainda foi possível obter do resíduo atmosférico, isso
faz da coluna de vácuo uma etapa muito importante, pois só nas condições de
operação que ela suporta é possível obter tais quantidades. Dentro desta coluna, a
temperatura nos pratos é inferior àquele que a corrente C24 acarreta, isso nota-se
nas temperaturas de saída das fracções, elas são muito inferiores a 404ºC. Estas
temperaturas mostram que a corrente C24 perde energia na forma de calor para
uma fonte fria, onde o topo da coluna corresponde a parte mais fria e a base a
91
secção mais quente, fazendo com que os elementos mais leves saiam na parte
superior e as mais pesadas nas partes intermédias e na base respectivamente, daí
que podemos verificar a partir dos dados que a temperatura das correntes de saída
tendem a decrescer do topo para base registando assim uma maior temperatura no
vac do fundo com uma pequena irregularidade nas correntes C28 e C29.
Os dados da Tabela 13 são melhor explicitados de acordo a Figura 24, que mostra
todas as correntes e as respectivas vazões associadas.
Qc = 63334230,9308500 Kj/h
P-9
C26
ṁs = 20645,42 Kg/h
Hs = - 246818642,925213 Kj/h
C27
ṁs = 18836,58 Kg/h
Hs = - 33925543,2525005 Kj/h
C24 C28
ṁe = 201141,6 Kg/h ṁs = 81768,07 Kg/h
Qe = - 322822917,111682 Kj/h Hs = - 138045230,862973 Kj/h
C29
ṁs = 3799,935 Kg/h
Hs = - 6649144,44350271 Kj/h
C25 C30
ṁe = 9071,94 Kg/h ṁs = 85163,58 Kg/h
Qe = - 117926604,009450 Kj/h Qs = - 118484228,245975 Kj/h
E-1
Com base nos dados da Tabela 14, pode-se constatar que os resultados obtidos no
dimensionamento dos equipamentos mostram-se satisfatórios, uma vez que estes se
ajustam aos equipamentos indústrias.
Prato Perfurado
NPT= 50
Espaçamento = 0,5 m
Coluna Atmosférica
Diâmetro = 1,5 m
316L
Altura= 25 m
Área = 1,8 m²
Volume= 45 m³
Prato Perfurado
NPT= 40
Espaçamento = 0,55 m
Coluna Debutanizadora 316L
Diâmetro = 1,5 m
Altura= 22 m
Área = 1,76 m²
Volume= 38,72 m³
Prato Perfurado
NPT= 14
Espaçamento = 0,5 m
Diâmetro = 1,5 m
316L
Coluna Vácuo
Altura= 7 m
Área = 1,76 m²
Volume= 12,32 m³
CS = Carbon Steel (aço carbono); SS316 = high - grade stainless steel (aço
inoxidável de alta qualidade) 316L= Aço inoxidável
95
350
325
300
Temperatura (ºC)
275
250
225
200
175
150
50__TS-1
48__TS-1
46__TS-1
44__TS-1
42__TS-1
40__TS-1
38__TS-1
36__TS-1
34__TS-1
32__TS-1
30__TS-1
28__TS-1
26__TS-1
24__TS-1
22__TS-1
20__TS-1
18__TS-1
16__TS-1
14__TS-1
12__TS-1
10__TS-1
8__TS-1
6__TS-1
4__TS-1
2__TS-1
3150
2950
2750
Vazão do Diesel (t/d)
2550
2350
2150
1950
1750
1550
1350
1150
1 3 5 7 9 11 13 15
Razão de Refluxo
2920
2900
Vazão do Diesel (t/d)
2880
2860
2840
2820
2800
135 185 235 285 335 385 435 485 535
Vazão do Vapor ( t/d )
A partir da Figura 27, pode-se perceber que quanto maior o fluxo de vapor injectado
na coluna, menor será a vazão do diesel, tornando o procedimento desvantajoso,
uma vez que o nosso objectivo é maximizar a produção do diesel. Por outro lado,
vazões muito baixas de vapor podem causar um gotejamento, sendo necessário que
a variação da pressão interna da coluna seja moderadamente suave.
O comportamento desta Figura coincide com o desejável até um certo ponto, pois,
sabe-se que além de se desejar a maximização do diesel, pretende-se também que
essa maximização aconteça em condições energéticas que sejam economicamente
viáveis e certamente que para produzir elevadas quantidades de vapor de água
consumir-se-iam elevadas quantidades de energia.
99
2900,5
2900
Vazão do Diesel (t/d)
2899,5
2899
2898,5
2898
2897,5
200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 1800 2000
Temperatura (ºC)
2950
2900
Vazão do Diesel (t/d)
2850
2800
2750
2700
340 350 360 370 380 390 400 410
Temperatura de Alimentação (ºC)
46000000
44000000
Carga termica do Reboiler (kj/h)
42000000
40000000
38000000
36000000
34000000
32000000
30000000
28000000
0,4 0,9 1,4 1,9 2,4 2,9 3,4 3,9 4,4
Razão de Refluxo
Conforme se observa na Figura 30, quanto maior for a razão de refluxo, maior será a
carga térmica do refervedor. Este comportamento era de se esperar, pois ao
aumentarmos a razão de refluxo, uma maior quantidade de material circula no
interior da coluna, e, consequentemente, tem que haver um acréscimo na
quantidade de energia na forma de calor através do refervedor para que o produto
desejado não saia das especificações previamente estabelecidas, daí que este
parâmetro tem de ser devidamente controlado, pois pretende-se reduzir o máximo
104
2500
2000
Vazão do destilado
1500
1000
500
0
1 2 3 4 5 6 7 8
Razão de Refluxo
RR GLP Nafta
Figura 31: Influência da razão de refluxo na vazão dos produtos do topo e da base
Com ajuda do simulador, foi possível calcular o custo dos equipamentos e o custo
total das utilidades, sendo que as utilidades usadas no processo foram a
electricidade, água de refrigeração e o vapor.
106
Com base na Tabela 18, pode se constatar que o tempo de retorno do capital
investido para implementação do projecto é de 2 anos, que parece ser muito
reduzido para projectos indústrias desta magnitude, apesar das grandes receitas
que são arrecadadas neste segmento da indústria petrolífera. No entanto, o tempo
retorno reduzido pode ser justificado, isto porque, na análise da viabilidade
económica do projecto não se levou em consideração o custo da instalação dos
equipamentos, impostos, seguro, custo de operação, custo do terreno onde será
instalado a Refinaria e outros.
107
São colocados dois pontos de entrada, cuja entrada B, servirá para o abastecimento
de matéria-prima, e de produtos que serão necessários para o processamento do
petróleo. A entrada C, permite o acesso directo do pessoal da área administrativa,
entre outros. Na área administrativa são encontradas recepções, sala de reuniões e
sala de espera, gabinetes, e entre outros.
Entrada B
20
10 8 1 – Zona de Instalações
9 13 eléctricas;
2 - Laboratório;
3 e 4 – Balneários
5 – Armazenamento dos
produtos;
6 - Refeitório;
14 7 – Zona de
11 processamento;
8 – Area de manutenção
15 16 9 – Area de Geração de
12 utilidades
17
10 – Zona de
7
armazenamento da
1 materia prima;
11 – Sala de EPI
12 – Sala de controlo;
13 – Unidade de
18 Recuperação de Enxofre
14 – Estação de
Tratamento de despejos
Industriais
2 6 15 – Enfermaria;
5 16 – Wc
3 4 19 17 – Sala de reunião;
18 – Zona administrativa;
19 - Recepção
21
20 e 21 – Guarita
22 – Zona de Lazer
23 – Parque de
Entrada C estacionamento
23
22
5. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
5.1. Conclusões
Para trabalhos futuros que terão linhas de pesquisa similares a este estudo,
recomenda-se:
II. Sabendo que uma nova refinaria estrategicamente localizada, com padrões
internacionais, capaz de processar acima de 100000 bpd de petróleo pesado
comprado localmente produzirá derivados a um preço muito competitivo em
relação as refinarias europeias, e é economicamente viável, propõe-se a
implementação de uma refinaria com capacidade de produção acima de 100
mil barril/d.
III. Propõe-se que seja feita uma análise de sensibilidade paramétrica na coluna
de destilação a vácuo, com vista a se determinar as condições óptimas de
operação para a maximização de gasóleo leve de vácuo.
IV. Outra possível alteração é ajustar as eficiências dos pratos que nesta
simulação foram considerados como ideais, e procurar explorar outras
variáveis do processo, tais como a temperatura do topo, Temperatura de
refluxo diesel, entre outras.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANP. Anuário Estatístico Brasileiro do Petróleo, 2009. ISSN ANP. Disponivel em:
<www.anp.gov.br>. Acesso em: 7 Setembro 2018.
BABU, B. Process plant simulation. [S.l.]: USA: Oxford University Press, 2004.
SONS, J. W. &. Handbook of petroleum product analysis. [S.l.]: John Wiley &
Sons, 2015.
SPEIGHT, J.; EXALL, D. I. Refining Used Lubricating Oils. [S.l.]: CRC Press,
2014.
7. ANEXOS
Neste capitulo são apresentados os anexos que inclui os dados de factor de Lang,
identificação de cada uma das correntes utilizadas no diagrama de controlo da
coluna de destilação atmosférica, e o cronograma das actividades utilizada para a
realização do trabalho.
Anexo A
Sólido 3,9
Sólido e fluido 4,1
Fluido 4,8
Número 10 11 12 13 14
Número 15 16 17 18 19
Número 20 21 22
Simbologia Controlador/Indicador
LIC Nível
PIC Pressão
TIC Temperatura
Actividades AGO SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAIO JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
2017 2017 2017 2017 2017 2018 2018 2018 2018 2018 2018 2018 2018 2018 2018 2018 2018
Introdução X X
Objectivos X X
Justificativa X X
Fundamentação X X X X X X X X X X X X
Teórica
Metodologia X X X X X X
Definição da X X X
Capacidade
Nominal
Diagrama de X X
Blocos
Balanço de X
Massa
Entrega 1ª Fase X
Defesa 1ª Fase X
Simulação no X X X X X
Aspen Hysys
Balanços de X X X
massa e energia
Análise de X X X X X
Sensibilidade
Parametrica
Avaliação X X
Económica
Entrega Final X
120